Jerónimo Martins - Tópico Geral
FerroPT Escreveu:Até posso concordar com alguns dos teus argumentos, não concordo é com a forma geral com que se tem abordado este assunto. É tudo a a tentar bater na Jerónimo e Martins quando este é uma das melhores empresas portuguesas que paga salários acima da média do sector, que respeita os seus compromissos com todos os seus stakeholders. Os teus argumentos não justificam um boicote só isso que quero que percebas...
Eu não ia responder mas o teu post mudou-me a ideia..
Tu sabes quanto recebem os colaboradores do Pingo Doce? Eu conheço quem trabalhe lá e conheço quem já tenha visto o seu contrato não ser renovado por ter estado um período de baixa (baixa de curta duração - menos de dois meses - e com certeza te digo que não era fraudulenta).
Não vou dizer que a Sonae é o paraíso, mas como se diz na terra onde agora vivo - não forces a barra. A JM não é a empresa de sonho para os caixas e para o pessoal das lojas.
FerroPT Escreveu:Em relação à tua situação apenas tracei um paralelismo e traçando de novo, a JM não tem solução se não se expandir, neste mundo globalizado ou se cresce ou se é engolido. Sem a ida para a Holanda a obtenção de capitais alheios a custos mais competitivos iria ser bastante mais complicado.
O teu paralelismo é abusivo, desonesto e falacioso. Aliás para o nosso PM, pessoas como eu emigrarem constitui-se um problema a menos, empresa como a holding familiar Francisco Soares dos Santos emigrarem constitui-se um problema a mais.
Aliás se de facto tiveres lido a argumentação neste e nos outros tópicos, podes verificar que na minha opinião, esta deslocalização não significa bulhufas no melhor acesso ao crédito. Podes acreditar no contrário, mas para mim estás apenas a pensar pela cabeça dos outros (neste caso estás a admitir que tudo o que o ASS diz, é por ser verdade - na verdade o que ele diz, é porque tem interesse em o dizer).
FerroPT Escreveu:Quanto ao voltares para cá, da mesma forma que tu não voltas porque não tens condições, o ASS tirou de cá a holding porque também não tem condições para a ter cá... ou melhor, ter até tem, mas são piores... da mesma forma acontecia se tu voltasses... ter condições tinhas, só que viverias pior e tu não queres isso porque és um ser racional assim como o ASS.
Em jeito de conclusão quero apenas dizer que o ASS se não fosse patriótico já tinha tirado a holding daqui há muito mais tempo... mas aguentou e aguentou e aguentou... agora foi a gota de água. E como já disse aqui ele já tinha avisado que isto iria acontecer caso não lhe dessem estabilidade fiscal. Depois quero ressalvar que o ASS já fez mais pelo país do que todos nós juntos. Já pagou mais impostos do que todos nós juntos. Já criou mais empregos em Portugal do que o número de utilizadores deste fórum. Mas cometeu um grave pecado, tornou-se rico... e tornar-se rico em Portugal é considerado por muitos como terrorismo.
É evidente que não leste o que eu e outros escreveram. Não dirias o que estás a dizer agora, porque toda essa argumentação já está lá nos posts passados.
Nem sei porque raio estou eu a escrever, quando notoriamente não faz sentido debater com alguém que pegou o fim da discussão e quer voltar a trazer à baila críticas já perfeitamente devolvidas.
Na verdade não tenho assim tanto interesse no que tu pensas, como aliás também não deves ter no que eu penso.
Até à próxima!
Pedro Carriço
db7 Escreveu:FerroPT Escreveu:pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa mas comparar uma pessoa individual com um grupo como a JM é no mínimo ridículo.
Em relação ao boicote, obviamente que cada um esta no direito de fazer o que entende, no entanto parece-me injusto porque como é sabido a concorrência fez exatamente o mesmo.
A JM foi infeliz no timing que escolheu para se descolar para os países baixos.
Não é ridículo, é um exercício mental. A única forma de poder por as pessoas comuns e normais na pele do ASS. Porque a holding é o que dá alimento à família toda dele assim como os empregos de pessoas individuais dão alimento às suas famílias. Maior parte dos familiares dele trabalham na JM... aquela empresa para além de ser o ganha pão de toda a família é ainda o trabalho de uma vida...
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pdcarrico Escreveu:FerroPT Escreveu:Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa lá, mas já escrevi o suficiente para justificar o que defendo. Isso não tem que ver com o facto de estar emigrado nem tem que ver com o facto de outras empresas terem emigrado o seu capital. Se realmente quiseres saber o que eu penso podes ir lá atrás e ler (neste no outro tópico). Se não quiseres, estás no teu direito. Eu é que não me vou repetir. Para além do mais, já nem discutia os méritos do boicote, mas sim o que entendo serem os efeitos do boicote.
Só para conste, já pensei por várias vezes voltar a Portugal. Mas infelizmente não tenho alternativa de sustento (contrariamente ao caso da JM). Se souberes de uma boa alternativa de empregabilidade para mim e para a minha mulher, terei todo o prazer em mandar-te o meu CV (e o dela). Acho que não preciso de ser mais claro!
Eu já li os teus argumentos todos, já não é a primeira vez que falamos sobre isto...
Até posso concordar com alguns dos teus argumentos, não concordo é com a forma geral com que se tem abordado este assunto. É tudo a a tentar bater na Jerónimo e Martins quando este é uma das melhores empresas portuguesas que paga salários acima da média do sector, que respeita os seus compromissos com todos os seus stakeholders. Os teus argumentos não justificam um boicote só isso que quero que percebas...
Em relação à tua situação apenas tracei um paralelismo e traçando de novo, a JM não tem solução se não se expandir, neste mundo globalizado ou se cresce ou se é engolido. Sem a ida para a Holanda a obtenção de capitais alheios a custos mais competitivos iria ser bastante mais complicado.
Quanto ao voltares para cá, da mesma forma que tu não voltas porque não tens condições, o ASS tirou de cá a holding porque também não tem condições para a ter cá... ou melhor, ter até tem, mas são piores... da mesma forma acontecia se tu voltasses... ter condições tinhas, só que viverias pior e tu não queres isso porque és um ser racional assim como o ASS.
Em jeito de conclusão quero apenas dizer que o ASS se não fosse patriótico já tinha tirado a holding daqui há muito mais tempo... mas aguentou e aguentou e aguentou... agora foi a gota de água. E como já disse aqui ele já tinha avisado que isto iria acontecer caso não lhe dessem estabilidade fiscal. Depois quero ressalvar que o ASS já fez mais pelo país do que todos nós juntos. Já pagou mais impostos do que todos nós juntos. Já criou mais empregos em Portugal do que o número de utilizadores deste fórum. Mas cometeu um grave pecado, tornou-se rico... e tornar-se rico em Portugal é considerado por muitos como terrorismo.
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FerroPT Escreveu:pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa mas comparar uma pessoa individual com um grupo como a JM é no mínimo ridículo.
Em relação ao boicote, obviamente que cada um esta no direito de fazer o que entende, no entanto parece-me injusto porque como é sabido a concorrência fez exatamente o mesmo.
A JM foi infeliz no timing que escolheu para se descolar para os países baixos.
FerroPT Escreveu:Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
Desculpa lá, mas já escrevi o suficiente para justificar o que defendo. Isso não tem que ver com o facto de estar emigrado nem tem que ver com o facto de outras empresas terem emigrado o seu capital. Se realmente quiseres saber o que eu penso podes ir lá atrás e ler (neste no outro tópico). Se não quiseres, estás no teu direito. Eu é que não me vou repetir. Para além do mais, já nem discutia os méritos do boicote, mas sim o que entendo serem os efeitos do boicote.
Só para conste, já pensei por várias vezes voltar a Portugal. Mas infelizmente não tenho alternativa de sustento (contrariamente ao caso da JM). Se souberes de uma boa alternativa de empregabilidade para mim e para a minha mulher, terei todo o prazer em mandar-te o meu CV (e o dela). Acho que não preciso de ser mais claro!
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Desta vez vou ter de me alongar porque esta discussão continua e ainda não percebo porquê.
Não percebo uma coisa... tu pelos vistos, fizeste o mesmo que o ASS abandonaste o país em busca de melhores condições (presumo eu) e foste pagar impostos noutro país e de certeza que ninguém em Portugal deixou de ser teu amigo por causa disso, nem a tua família de renegou, nem te retiraram a nacionalidade. Por outro lado queres que o mesmo comportamento que tu tiveste seja punido com um boicote ao PD. Depois pergunto-te boicota-mos o PD e vamos comprar onde ? No continente ? grupo sonae ?(tb na holanda), ou vamos às mercearias pagar o dobro do preço pelas coisas para não nos sobrar dinheiro ao fim do mês. Neste momento acho que para um português ir ao PD é inevitável, porque é simplesmente o supermercado mais próxima e mais barato de maioria das pessoas... podes eventualmente gastar mais tempo ou mais dinheiro ou eventualmente mais tempo e mais dinheiro para te dirigires a outro sítio. Para além disto tudo boicotar o Pingo doce é um disparate pois não há nenhuma razão lógica para o fazer. E o que me espanta é que facilmente as pessoas deixam-se manipular desta maneira pela comunicação social e pelos políticos, ouvem um desgraçado qualquer de um comentador dizer meia dúzias de alarvidades e vão todos atrás da cantiga do bandido. Se isto fosse razão para boicotar o pingo doce, não podias abastecer gasolina na galp, usar a electricidade da edp, ter televisão por cabo, internet ou telefone (MEO e PT), não podias ter conta nos bancos e tinhas de andar a fazer desvios gigantes para não passar numa autoestrada da brisa. Acreditas que exista alguém em Portugal que consiga fazer tudo isto sem a sua vida tornar-se num pesadelo gigante ?
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pdcarrico Escreveu:Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
Hummmm.... nem sei se a maioria das pessoas clientes do PD saberá que a JM está na Polónia e menos ainda o peso das duas operações.

Até aqui no Caldeirão, com pessoas mais informadas, foi uma enorme confusão sobre o que realmente se passou, a propósito da mudança da sede.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Desconfio que toda a gente tem noção de que o boicote não terá efeitos financeiros pesados, mas apesar disso pode fazê-lo.
É a mesma coisa do que decidir comprar produto nacional. Uma decisão individual não muda a balança comercial, mas na mesma uma pessoa pode fazê-lo quanto mais não seja para estar de bem com a própria consciência e agir coerentemente com o que se defende.
Eu, como sabes, não vivo em Portugal, mas boicotaria o PD se vivesse. Apesar disso não tenho dúvidas que o ASS não estaria nem um pouco importado com o meu boicote.
Pedro Carriço
Exacto Pedro, eu só fiz esse comentário porque a maioria das pessoas que decidiram boicotar o PD (e não quer dizer que realmente o façam) pensam que vão dar um grande rombo na empresa.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
Não será certamente o caso do Carrancho, do Marco António e de outras pessoas informadas, mas a maioria do zé pagode que decidiu boicotar o PD fá-lo convencido que até pode levar a JM à falência. Pura ingenuidade, como é óbvio.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
AutoMech Escreveu:
Voltando à Jerónimo Martins, apesar da polémica a cotação soma e segue. Parece-me que está em máximos do último mês. Ninguém melhor do que o mercado para avaliar a situação, acima do ruído do dia a dia. Quais boicotes, qual quê.
Caro Auto,
Sabes que na avaliação da JM que a aproxime do actual valor de mercado, é a Biedronka responsável por 90% do valor do equity da empresa. Isso apesar de as operações em Portugal ainda representarem uns 40% em termos de volume e ebidta.
Ou seja para as acções sofrerem era preciso que houvesse um boicote na Polónia.
Além disso, na minha interpretação, esta deslocalização até pode beneficiar a cotação. A minha justificação para a holding familiar ter migrado tem que ver com uma hipotética isenção fiscal numa mais valia futura ... se por exemplo o senhor decide vender o grupo JM ao wallmart, ou ao Pão de Açucar, ao Carrefour ... não seria nunca agora, mas admitindo que essa é uma hipótese futura, e admitindo que a compra dos 56% de controlo obrigaria a uma OPA sobre o restante capital, então abre-se a possibilidade de uma valorização nesse cenário.
É apenas uma possibilidade, não sei naturalmente se alguém da família a cogitou. Mas o facto é que os investidores adoram empresas que podem ser compradas.
Pedro Carriço
db7 Escreveu:Vendo as coisas por esse lado então nunca há cunhas. Eu não sou nada a favor de cunhas na função publica e em parte nenhuma, mas agora estas a ser injusto para a função publica. Então se o tio tem uma prima formada em determinada área que num dado momento é necessária não a pode sugerir?? Isso já consideras cunha? E se fores sugerido para um privado onde percebes um pouco da matéria já não cunha porque conheces a pessoa e te da garantias?
Não me preocupa que uma empresa privada adjudique um trabalho à gráfica do amigo, mesmo sendo mais caro, mas já não aceito que no público seja feito o mesmo.
Portanto, sim, faço a distinção entre público e privado. Mas não vou perder tempo a convencer ninguém. Foi só um aparte num tópico que deve ser da Jerónimo Martins.

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Digam o que disserem, Portugal ( e não só...) é um país de cunhas. Principalmente neste tempos de elevado desemprego. E digo por situações que presenciei.
Já cheguei a ir a entrevistas onde me perguntam se sei fazer 50 coisas diferentes! Se só sei fazer 49 já não sirvo para o lugar. No meu lugar fica o "fulano" primo de um vizinho do patrão.... E falando com pessoas que trabalham com ele (pessoas com quem nem tenho amizade) confessam que das 50 coisas que deveria saber, só sabe 1...
E não é so no privado! Na FP é igual.
Já vi concursos onde a avaliação do curriculo dava uma grande nota a uma pessoa e depois na entrevista essa pessoa tinha uma nota baixa ficando com uma nota final média, do gênero 15 valores... E a pessoa que ficava com o emprego conseguir ter uma entrevista fantástica,tipo sei lá... 20 valores, ficando com uma nota final de 15,5 valores...
É o país que temos, "não olhes para o que eu faço, ouve o que eu digo..."
Já cheguei a ir a entrevistas onde me perguntam se sei fazer 50 coisas diferentes! Se só sei fazer 49 já não sirvo para o lugar. No meu lugar fica o "fulano" primo de um vizinho do patrão.... E falando com pessoas que trabalham com ele (pessoas com quem nem tenho amizade) confessam que das 50 coisas que deveria saber, só sabe 1...
E não é so no privado! Na FP é igual.
Já vi concursos onde a avaliação do curriculo dava uma grande nota a uma pessoa e depois na entrevista essa pessoa tinha uma nota baixa ficando com uma nota final média, do gênero 15 valores... E a pessoa que ficava com o emprego conseguir ter uma entrevista fantástica,tipo sei lá... 20 valores, ficando com uma nota final de 15,5 valores...
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AutoMech Escreveu:Pata-Hari Escreveu:E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?),
Isso na minha opinião não é cunha, nem pouco mais ou menos. É simplesmente ir buscar alguém com quem já trabalhámos e em quem temos confiança em termos profissionais para uma determinada posição. Eu já fiz isso várias vezes e também já me fizeram umas quantas. Para quê perder tempo e dinheiro a recrutar, quando conhecemos a pessoa que precisamos e que nos dá garantias ?
O problema está, sim, no lugar na Camara Municipal, na direcção regional de não-sei-quê ou no director do centro de emprego que é ocupado pelo primo da mulher do presidente ou pelo tipo da concelhia do partido Y e que não percebe nada do assunto para o qual foi 'recrutado'.
- - - - - -
Vendo as coisas por esse lado então nunca há cunhas. Eu não sou nada a favor de cunhas na função publica e em parte nenhuma, mas agora estas a ser injusto para a função publica. Então se o tio tem uma prima formada em determinada área que num dado momento é necessária não a pode sugerir?? Isso já consideras cunha? E se fores sugerido para um privado onde percebes um pouco da matéria já não cunha porque conheces a pessoa e te da garantias?
Portugal é o país das cunhas, privado e publico.
Pata-Hari Escreveu:E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?),
Isso na minha opinião não é cunha, nem pouco mais ou menos. É simplesmente ir buscar alguém com quem já trabalhámos e em quem temos confiança em termos profissionais para uma determinada posição. Eu já fiz isso várias vezes e também já me fizeram umas quantas. Para quê perder tempo e dinheiro a recrutar, quando conhecemos a pessoa que precisamos e que nos dá garantias ?
O problema está, sim, no lugar na Camara Municipal, na direcção regional de não-sei-quê ou no director do centro de emprego que é ocupado pelo primo da mulher do presidente ou pelo tipo da concelhia do partido Y e que não percebe nada do assunto para o qual foi 'recrutado'.
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Voltando à Jerónimo Martins, apesar da polémica a cotação soma e segue. Parece-me que está em máximos do último mês. Ninguém melhor do que o mercado para avaliar a situação, acima do ruído do dia a dia. Quais boicotes, qual quê.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Re: Para Fooman e A-330...
A-330 Escreveu:O grande problema é que a esmagadora maioria das pessoas é acomodada e pouco competitiva.
Se 2 trabalhadores, 1 preguiçoso e 1 esforçado, recebem o mesmo,
o 1o é mais esperto que o 2o, com menos investimento consegue igual retorno!
Competidor inadaptado às regras, não se conforma e vai competir para o estrangeiro

E eu adiciono que tenho uma experiência parecida. Já tive (vários) chefes que foram eles próprios a recomendarem-me para empregos melhores ou diferentes e outros que me sugeriram sem mesmo eu ter pedido ou sabido (chama-se a isso cunha?), tive oferta de emprego antes de me formar (que aliás aceitei) da parte de um professor que era presidente de uma empresa, tive outras ofertas que me apareceram sem que as procurasse, tive head hunters que me ligaram. Tenho mil e uma histórias diferentes de muitas oportunidades diferentes, umas que aproveitei, outras que não aproveitei.
Re: Para Fooman e A-330...
Elias Escreveu:A-330 Escreveu:Vivemos em mundo democrático,onde todos tem chances de chegar ao topo.É verdade que uns largam para essa corrida na frente, mas com esforço e talento todos podem chegar.
Assim como há herdeiros ricos que nada mais fazem do que queimar dinheiro e acabam pobres , também há pobres talentosos que acabam ricos.
Agora , há que entender que neste mundo há menos gente com dons e talentos do que gente normal e são esses que entram para a história e ficam conhecidos.Porque são menos. Se fossem muitos,era apenas mais um.
Há um empresário no Brasil que começou a vida nas obras , estudava à noite , e depois de voltar para o alojamento que dividia com os outros colegas das obras e para não os acordar ia para a casa de banho estudar.Todos partiram da mesma linha , só um virou empresário.
É assim.O esforço compensa.Não nos tornamos todos ricos , mas seguramente em melhor situação do que se não tivéssemos feito nada.Uns esperam acontecer, outros fazem acontecer.
A330
A-330,
Isso é assim em teoria.
Na prática, as coisas são bastante diferentes. Portugal é um país onde o que mais conta para ter sucesso não é o talento ou o mérito mas sim o chamado "capital social".
Quem conhece as pessoas certas nos lugares certos, tem muito mais hipóteses de obter um tratamento de favor e de subir na hierarquia do que aqueles que, ainda que tecnicamente competentes, não tenham os contactos certos.
O tratamento de favor, o compadrio e, claro, a corrupção, são factores que minam totalmente a chamada igualdade de oportunidades e promovem a mediocridade.
Elias , discordo.
A minha própria história de vida é uma prova disso. No começo da carreira não tinha cunhas ,penei , e hoje tenho cunha de uns e sou cunha para outros.Resumindo ,fiz amizades.Não é preciso sabujar , basta ser correto,boa pessoa , ajudar e quando vc precisa as ajudas aparecem.
Cunhas há em todo o lugar. Você mesmo não meteria uma cunha por um filho? Eu sim.Nem é preciso tanto.Já levei o nome de amigos várias vezes lá acima.E já cheguei para uma entrevista e vi o meu Cv em cima da mesa do chefe , sem que tenha sido eu que o entreguei. A vida é assim.
Estou no meu oitavo em emprego e em pelo menos metade deles não tive ajuda nenhuma.O que significa que não é fator primordial.
Vc referiu "Portugal é um país onde o que mais conta...". Eu falei de indivíduos.E em um mundo globalizado , os indivíduos que fazem acontecer não se restringem a um único país.Isso é para quem espera acontecer.Se em um país as oportunidades não aparecem ,vai-se à procura delas onde elas estão.
O grande problema é que a esmagadora maioria das pessoas é acomodada e pouco competitiva.
A330
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Re: Para Fooman e A-330...
A-330 Escreveu:Vivemos em mundo democrático,onde todos tem chances de chegar ao topo.É verdade que uns largam para essa corrida na frente, mas com esforço e talento todos podem chegar.
Assim como há herdeiros ricos que nada mais fazem do que queimar dinheiro e acabam pobres , também há pobres talentosos que acabam ricos.
Agora , há que entender que neste mundo há menos gente com dons e talentos do que gente normal e são esses que entram para a história e ficam conhecidos.Porque são menos. Se fossem muitos,era apenas mais um.
Há um empresário no Brasil que começou a vida nas obras , estudava à noite , e depois de voltar para o alojamento que dividia com os outros colegas das obras e para não os acordar ia para a casa de banho estudar.Todos partiram da mesma linha , só um virou empresário.
É assim.O esforço compensa.Não nos tornamos todos ricos , mas seguramente em melhor situação do que se não tivéssemos feito nada.Uns esperam acontecer, outros fazem acontecer.
A330
A-330,
Isso é assim em teoria.
Na prática, as coisas são bastante diferentes. Portugal é um país onde o que mais conta para ter sucesso não é o talento ou o mérito mas sim o chamado "capital social".
Quem conhece as pessoas certas nos lugares certos, tem muito mais hipóteses de obter um tratamento de favor e de subir na hierarquia do que aqueles que, ainda que tecnicamente competentes, não tenham os contactos certos.
O tratamento de favor, o compadrio e, claro, a corrupção, são factores que minam totalmente a chamada igualdade de oportunidades e promovem a mediocridade.
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Medina
“Jerónimo Martins é o bombo da festa”
Económico
08/01/12 13:25
Comunidade
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Fiscalista Medina Carreira mostra-se surpreendido com as reacções à venda da Jerónimo Martins a uma subsidiária holandesa.
"O caso Jerónimo Martins é surpreendente para mim. Não pelo caso em si, mas pela reacção que provocou", afirmou Medina Carreira, no programa 'Gente que Conta' do Diário de Notícias e da TSF, argumentando que "antes da Jerónimo Martins já havia 19 empresas das vinte do PSI 20 [com participadas ou ‘holdings' em território holandês], e algumas com participações públicas".
Para o fiscalista, "a Jerónimo Martins agora é o bombo da festa, de uma maneira completamente alarve".
A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, anunciou esta semana, que a sociedade Francisco Manuel dos Santos (SFMS) vendeu a totalidade do capital que detinha no grupo à sua subsidiária na Holanda, mas mantém os direitos de voto.
Numa tentativa de calmar os ânimos em torno da operação, que foi muito criticada pelos partidos da oposição, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu, na sexta-feira, no Parlamento, que a Jerónimo Martins vai continuar a pagar impostos em Portugal, nomeadamente em sede de IRC. O chefe de Governo adiantou que "a autoridade tributária e aduaneira está a analisar os aspectos fiscais que rodeiam a operação de modo a fazer uma leitura mais correcta daquilo que se passou".u".
Em entrevista ao Expresso, publicada ontem, o principal accionista da SFMS, Alexandre Soares dos Santos, explicou que "a Holanda é o país que melhores garantias oferece à iniciativa privada muito por causa dos acordos que tem com outros países, mas também na protecção do investimento", lamentando ter sido apanhado "no meio de uma guerra política".
O seguinte comentário está no Jornal de Negocios, será verdade ?! 5º maior importador ?!
"A cadeia de supermercados Pingo Doce é já o quinto maior importador português. Segundo dados preliminares do INE, em 2010 o volume de importações da empresa do grupo Jerónimo Martins foi apenas ultrapassado pela Petrogal, Galp Gás Natural, Autoeuropa e SIVA - Sociedade de Importação de Veículos Automóveis.
Na comparação com o ano anterior, o Pingo Doce sobe assim da sexta para a quinta posição na tabela nacional de importadores, cotando-se como o único dos grandes importadores da área da distribuição a reforçar a quota de importação e a cimentar a posição no Top 10 deste ranking: o Lidl baixou da quinta para a 11.ª posição e a Modelo Continente Hipermercados caiu da 8.ª para a 32.ª posição. Para a CentroMarca, esta evolução é a prova de que a Jerónimo Martins está a adoptar uma estratégia de “prática massiva de importação”.
Em reacção a palavras recentes do CEO da Jerónimo Martins, Pedro Santos dos Santos, sobre o facto de a empresa “preferir, em igualdade de condições e sempre que possível, a compra de produtos nacionais”, o presidente da CentroMarca, João Paulo Girbal, assume uma posição crítica e socorre-se dos dados do INE para desmontar estas declarações: “É muito fácil dizer coisas e depois não as provar, porque o público em geral não as vai confirmar”, acusa João Paulo Girbal."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=530171

"A cadeia de supermercados Pingo Doce é já o quinto maior importador português. Segundo dados preliminares do INE, em 2010 o volume de importações da empresa do grupo Jerónimo Martins foi apenas ultrapassado pela Petrogal, Galp Gás Natural, Autoeuropa e SIVA - Sociedade de Importação de Veículos Automóveis.
Na comparação com o ano anterior, o Pingo Doce sobe assim da sexta para a quinta posição na tabela nacional de importadores, cotando-se como o único dos grandes importadores da área da distribuição a reforçar a quota de importação e a cimentar a posição no Top 10 deste ranking: o Lidl baixou da quinta para a 11.ª posição e a Modelo Continente Hipermercados caiu da 8.ª para a 32.ª posição. Para a CentroMarca, esta evolução é a prova de que a Jerónimo Martins está a adoptar uma estratégia de “prática massiva de importação”.
Em reacção a palavras recentes do CEO da Jerónimo Martins, Pedro Santos dos Santos, sobre o facto de a empresa “preferir, em igualdade de condições e sempre que possível, a compra de produtos nacionais”, o presidente da CentroMarca, João Paulo Girbal, assume uma posição crítica e socorre-se dos dados do INE para desmontar estas declarações: “É muito fácil dizer coisas e depois não as provar, porque o público em geral não as vai confirmar”, acusa João Paulo Girbal."
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=530171
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
É muito fácil olhar para o império e esquecer a história, como se tudo tivesse caído do céu.
O País desistiu de Alexandre Soares dos Santos
Manuel Castelo-Branco
Tive o privilégio de trabalhar com Alexandre Soares dos Santos (ASS), numa altura em que o Pingo Doce era um pequeno negócio pertencente a um accionista de base industrial, numa sólida parceria com a Unilever. Conheci um homem austero, discreto.
Não me recordo dele por ser um homem afável ou particularmente próximo. Lembro-me no entanto, de um empresário particularmente cuidadoso e ponderado nas suas decisões, um empreendedor que arriscava o capital e os seus activos.
Foi assim que comprou as lojas ao Pão de Açúcar, o Recheio, o Cash & Carry Arminho, o Feira Nova, os Supermercados Inô e a cadeia Biedronka e Eurocash na Polónia ou o investimento falhado no Brasil.
Recordo-me também de um empresário justo e com uma enorme preocupação social.
Na altura, a Lever, joint venture entre a JM e Unilever, era uma das melhores escolas de gestão do País, um dos melhores ambientes de trabalho que conheci, onde o mérito era reconhecido e premiado com justiça e equidade.
A mesma política continuou ASS na distribuição e retalho. Em 2009 distribuiu 240 € a todos os cargos não dirigentes. Em 2010 foram 250 €, distribuídos a mais de 50.000 empregados, ou seja cerca de 12,5 milhões de Euros. Isto sem contabilizar o valor para aumentos salariais e outras regalias.
Acresce ainda, que hoje a JM é uma sociedade cuja maioria das receitas e margem tem origem fora de Portugal, valor que irá crescer com os investimentos superiores em 2 mil milhões de Euros previstos para a Polónia e Colômbia
Tenho realmente pena que ASS tenha desistido do País. Mas mais lamentável ainda, é que o País tenha desistido, hà muito, de empresários com o nível de empreendedorismo e dinamismo de Alexandre Soares dos Santos. As empresas não são dos Países onde vivem os seus accionistas, nem tão pouco dos Países onde nasceram. As empresas estão onde lhes proporcionam condições para investir e que permitem crescimento e rentabilidade aos seus accionistas.
Esta é a triste consequência de um País que durante os últimos 30 anos andou a engordar com aumentos consecutivos de impostos para empresas e cidadãos. Perdeu a competitividade. O peso da maquina fiscal, da burocracia, dos aumentos da mão de obra sem a correspondente aumento da produtividade e a conhecida rigidez laboral. Portugal tornou-se num monstro devorador alicerçado em direitos insustentáveis, de investimentos dificilmente justificáveis, ou modelos de gestão facilmente criticáveis Com isto, o Pais não cresceu, antes engordou. Tornou-se balofo e deixou de acompanhar o ritmo. ASS e a JM apenas fizeram aquilo que os seus accionistas, trabalhadores e clientes lhe pedem diariamente – que continuem a crescer, a criar emprego e a remunerar os seus accionistas e pagar salários aos seus trabalhadores.
E já agora, parafraseando o meu amigo Pedro, no Facebook: “Todos os que rasgam as vestes com a notícia de que Soares dos Santos transmitiu acções da Jerónimo Martins para uma sociedade com sede na Holanda, não se esqueçam de não encher o depósito em Badajoz. “
http://31daarmada.blogs.sapo.pt/5422386.html
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Supermann Escreveu:Tanto a sede fiscal do Pingo Doce como da Jerónimo continuam em Portugal. Não houve mudança nenhuma. mas lá está ... é logo um alarido.
As pessoas andam frustradas por não poderem levar a vida que gostariam (e com a qual sonharam). A frustração acumulada induz tensão. Para libertar essa tensão, as pessoas precisam de descarregar as suas frustrações em alguém.
Umas vezes é nas gasolineiras "que andam a gamar a gente".
Outras vezes é nos políticos "que vivem à nossa custa".
Outras ainda é no povo "que é estúpido e vota nesta gente".
Agora o Soares dos Santos pôs-se a jeito e também leva por tabela.
Estes alaridos são como as greves: não resolvem absolutamente nada dos problemas estruturais, mas ajudam a descarregar as tensões latentes.
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Pata-Hari Escreveu:Ora bem, superman. É exactamente isso que me parece a mim também!
E agora surgem novos dados que também não são irrelevantesSoares dos Santos: "Não sei se Portugal fica no euro"
07 Janeiro 2012 | 14:09
Lusa
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O presidente da Jerónimo Martins (JM), Alexandre Soares dos Santos, afirmou hoje não saber se Portugal fica no euro e garantiu que a transferência do accionista maioritário da empresa para a Holanda teve em conta essa hipótese.
“Verificámos que a Holanda é o país que melhores garantias oferece à iniciativa privada muito por causa dos acordos que tem com outros países (…), mas também na protecção do investimento”, explicou Soares dos Santos numa entrevista dada ao semanário Expresso, em que lamentou ter verificado que estava “no meio de uma guerra política” e disse não saber se “Portugal fica no euro”. “E se sair é para o escudo. Tenho direito a de defender o meu património”, avançou.
Na entrevista em que aborda diversos assuntos polémicos, em particular o da transferência para a Holanda da empresa da família de Soares dos Santos, que tem 56 por cento da JM, o presidente de um dos maiores grupos de distribuição português justificou que a decisão não teve a ver com os impostos elevados que se pagam em Portugal, embora tenha reconhecido que há vantagens fiscais no futuro.
“A transferência(…) não teve nada a ver com com impostos. Não sei se vou pagar mais ou menos impostos. Houve uma revolução em 1974 mas no parlamento continua a insultar-se a iniciativa privada”, salientou.
Segundo Soares dos Santos, “os diferentes Governos de Portugal nunca apoiaram a iniciativa privada e nunca tentaram cativar as ‘holdings’" e, por outro lado, realçou que "a banca está simplesmente incapaz de nos ajudar".
"Desde 2008 que sabemos que não podemos contar com a banca portuguesa para financiamento [de investimentos]”, sublinhou.
O empresário explicou ao Expresso que haverá vantagens fiscais “no futuro” nesta transferência para a Holanda e admitiu que o planeamento fiscal “é um direito legítimo de uma sociedade”.
“A maior parte dos nossos impostos é fruto da má gestão de quem tem a responsabilidade de gerir o dinheiro dos contribuintes. O planeamento fiscal é um dos factores, os outros são o ambiente que nos recebe, as garantias que esse investimento tem e que Portugal não oferece”, lamentou.
Soares dos Santos referiu ainda que “Portugal deveria ter pedido ajuda [externa] entre 2007 e 2008”, falou da ausência de uma legislação "constante, coerente e consistente" que diga ao investidores: “Vem és bem recebido, és bem tratado”, e questionou o facto de ter de pagar “tanto à [eléctrica] EDP, que ainda por cima é um monopólio”.
Sobre a entrada do capital chinês na EDP disse: “Não conheço como gerem as empresas, não é uma economia de mercado, não sei a qualidade da gestão”.
O empresário alertou ainda para que em Portugal "há um poder instalado que é contra tudo e que liquida tudo" e disse "não perceber porque é que os partidos políticos, empresários e os sindicatos, sob a égide do Presidente da República, não se sentam para procurar uma solução em conjunto".
Claro que é como nos parece...
Tanto a sede fiscal do Pingo Doce como da Jerónimo continuam em Portugal. Não houve mudança nenhuma. mas lá está ... é logo um alarido.
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