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Caldeirão da Bolsa

BCP - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

As opiniões do BESI....

por ocart » 26/1/2012 1:38

Têm o mesmo valor que aqueles que dias antes da falencia do Lemon Brother insistiam em referir price targets ridiculos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
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Finalmente!

por Jean Claude Trichet » 26/1/2012 1:35

Finalmente o Ramalho foi corrido.
Já não é sem tempo, safa!
 
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Sim, já li, já vi na televisão !!!

por hallo » 26/1/2012 1:31

Pois é,

Afinal o BCP vai ter uma tomada de posição forte por parte da Sonangol um reforço já é garantido. E quem sabe agora melhor que ninguém o ICBC, possa entrar. Lá vêm os direitos novamente.

Relativamente ao que vai acontecer, não vou tentar adivinhar o futuro. Mas seguramente que para muitos accionistas pode ser um alívio.

Agora amanhã vamos ter grandes emoções. Que se agarrem porque amanhã vamos ver o comboio a andar.


Com os melhores cumprimentos
Hallo
 
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por Cardos » 26/1/2012 1:12

Boa noite,

Santos Ferreira abandona liderança do BCP!... notícia 1ª página do jornal Diário Económico...

Cumprimentos,
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Santos Ferreira abandona liderança do BCP

por RcrdPrnt » 26/1/2012 1:12

Santos Ferreira abandona liderança do BCP

O maior banco privado português vai mudar os estatutos e o modelo de governação.

O Millennium bcp vai mudar de presidente executivo e de modelo de governação já na próxima assembleia-geral extraordinária, a realizar a 28 de Fevereiro. Carlos Santos Ferreira afirmou ao Diário Económico que tenciona cumprir até ao fim o mandato para que foi eleito, como presidente executivo, mas acrescenta que, "mais dia ou menos dia, os accionistas quererão mudar o modelo de governação, e, nessa altura, outras pessoas terão de surgir".

A afirmação deixa implícito o que se vai seguir nas próximas semanas. A vontade dos principais accionistas, particularmente da Sonangol, que tem 15% do capital, é a de abrir um novo ciclo na vida do BCP, nomeadamente com a mudança de estatutos e a entrada no curto prazo de pelo menos um novo parceiro, provavelmente os chineses da ICBC. E não querem esperar pelo fim do actual mandato, que tem apenas um ano, para o concretizar.

Carlos Santos Ferreira escusa-se a confirmar oficialmente a informação do Diário Económico, mas responde, por escrito: "Tenciono cumprir até ao fim o mandato para que fui eleito de presidente do conselho de administração executivo. Dito isto, mais dia ou menos dia, os accionistas quererão mudar o modelo de governação, passando do actual modelo dualista para o denominado monista". Hoje, o BCP tem um conselho geral e de supervisão, presidido pelo embaixador António Monteiro, e que tem os representantes dos accionistas, e um conselho de administração executivo, presidido por Carlos Santos Ferreira, que gere operacionalmente o banco. O novo modelo passa pela criação de um conselho de administração, do qual sairá uma comissão executiva e um novo presidente, cujo nome continua em segredo.


http://economico.sapo.pt/noticias/santo ... 36740.html
 
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Previsões BPI - BCP

por hallo » 26/1/2012 1:10

É pá, que excelente "timing" o do BPI Research.
Perfeito. As noticias para os resultados do BCP agora já são péssimas. :)

Num dia que na Grécia os bancos bombaram. Que os EUA até nem se portaram mal.

Agora vamos ter de esperar até á apresentação de resultados para ver se é verdade ou não.

Por outro lado, já temos mais delineado por uma notica do negócios o que poderá acontecer.

BCP deve pedir mínimo de 500 milhões aos accionistas
26 Janeiro 2012 | 00:01

Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt

Plano de capitalização do banco prevê aumento de capital reservado a actuais investidores, além da emissão de títulos híbridos a subscrever pelo Estado

Os accionistas do BCP deverão ser chamados a injectar, pelo menos, mais 500 milhões de euros no banco. A operação de aumento de capital está prevista no plano de capitalização que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira entregou ao Banco de Portugal na sexta-feira, sabe o Negócios. E será complementada com a emissão de instrumentos de capital contingente ("CoCos") a subscrever pelo Estado, num montante que deve superar os mil milhões de euros.

A operação de emissão de novas acções conta com o apoio dos maiores accionistas do BCP, designadamente a Sonangol. Aliás, o aumento de capital, assim como a utilização dos "CoCos", já mereceu a aprovação, em termos gerais, do Conselho-geral e de Supervisão do banco, onde têm assento os principais investidores. Os pormenores das duas operações terão ainda de ser submetidos à assembleia-geral da instituição.

De acordo com uma análise do Banco Espírito Santo de Investimento, o BCP necessitará de 474 milhões de euros para cumprir as exigências de solvabilidade da Autoridade Bancária Europeia e absorver os impactos negativos da transferência do fundo de pensões para o Estado e do registo de imparidades de crédito exigidas pela troika. Isto já depois de incorporar o efeito positivo da desalavancagem e de alterações regulamentares.

Independentemente do apoio dos grandes accionistas da instituição, o sucesso do aumento de capital tradicional estará assegurado por um contrato de tomada firme. O Negócios sabe que uma das possibilidades em cima da mesa é realizar esta operação estabelecendo um contrato de garantia de colocação com o Estado, hipótese admitida no diploma que regula a utilização de ajudas públicas.

O recurso à tomada firme visa, sobretudo, deixar claro, logo à partida, o sucesso da operação. No entanto, o objectivo dos responsáveis do BCP é que esta componente do processo de colocação seja, de facto, assegurada por investidores privados. Os actuais accionistas que não disponham de condições financeiras para acompanhar a operação, como Joe Berardo ou Manuel Fino, terão a opção de transaccionar direitos de subscrição, abrindo a porta a outros interessados.

No limite, a emissão de acções pode ainda ser usada para permitir a entrada de novos accionistas estratégicos. O banco e a Sonangol estão a negociar com investidores chineses e brasileiros (Banco do Brasil) a tomada de uma participação de relevo no capital do BCP. As conversações, que estarão muito avançadas, ainda não foram assumidas formalmente pelo grupo.

Certo é que a Sonangol vai participar no aumento de capital para, no mínimo, manter a sua participação relativa. Neste momento, a petrolífera angolana já tem 12,5% do BCP, posição que pode mesmo vir a ser reforçada para níveis próximos dos 15%, que chegou a controlar antes da troca de dívida perpétua por acções que diluiu a participação dos accionistas. Recorde-se que a Sonangol tem autorização do Banco de Portugal para chegar a 20%.


Com os melhores cumprimentos
Hallo
 
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por pmsm91 » 25/1/2012 21:21

BPI prevê que prejuízos do BCP excedam 500 milhões de euros

BPI Equity Research publicou as suas estimativas para os resultados dos dois maiores bancos portugueses e antecipa prejuízos para ambas as instituições financeiras.
O BCP terá registado um prejuízo de 504 milhões de euros em 2011, enquanto o BES terá tido prejuízos de 15 milhões de euros. No entanto, o resultado do banco liderado por Carlos Santos Ferreira terá sido influenciado por imparidades e provisões no valor de 833 milhões de euros nos últimos três meses do ano passado, das quais 801 milhões são não recorrentes, diz a nota de análise do BPI Equity Research.

A transferência do fundo de pensões da banca para a Segurança Social implica a revisão da taxa de desconto dos custos com funcionários de 5,5% para 4%, o que se reflecte na inscrição de um custo em 317 milhões em despesas com pessoal.

Ainda no último trimestre, o banco constituiu uma provisão de 337 milhões de euros e reduziu o valor contabilístico da sua operação na Grécia em 147 milhões de euros. Isto levará o resultado líquido do quatro trimestre a saldar-se no valor negativo de 564 milhões de euros.

O montante das imparidades acumuladas pelo BCP durante o último ano foi de 1,365 mil milhões de euros e o resultado antes de impostos foi negativo em 900 milhões de euros. No entanto, parte do prejuízo será compensado por um crédito fiscal de 471 milhões de euros, segundo estima o BPI, que levará o prejuízo do ano passado a saldar-se em 504 milhões de euros.

Um resultado que compara com lucros de 302 milhões de euros em 2010 e contrasta com a evolução positiva da margem financeira, que cresceu 4% para 1,577 mil milhões de euros.

Rácio "core tier one" de 9% é dado adquirido mas BES poderá reforçar capital até Junho

“O impacto da transferência do fundo de pensões para a Segurança Social vai ser amplamente neutro na perspectiva do [rácio de solvabilidade] ‘core tier one’, que só vai ser contabilizado em Junho de 2012”, referem aos analistas que estimam o impacto em cerca de 18 pontos base.

O mesmo se aplica ao BES, para o qual os analistas antecipam um prejuízo de 153 milhões de euros no último trimestre do ano passado e uma perda de 15 milhões no acumulado do ano. O banco liderado por Ricardo Salgado também vai sofrer o impacto da transferência do fundo de pensões para o Estado, com um custo de 157 milhões de euros para o banco, e terá de constituir uma provisão de 104 milhões de euros no balanço.

Os dois bancos só irão sofrer o impacto da transferência do fundo de pensões em Junho de 2012 e os analistas estimam um impacto "amplamente neutro" no caso do BCP, de cerca de 18 pontos base.

O cumprimento da meta de 9% para o rácio “core tier one” é um dado adquirido, mas os analistas avisam que o BES poderá ter de emitir novas acções para cumprir o rácio de 10% até Junho de 2012.

Os analistas alertam ainda que, no caso do BES, se deve “acompanhar de perto” a evolução da transferência do fundo de pensões para o Estado, as diferenças actuariais que podem afectar a operação, as maturidades da dívida e a exposição à dívida do Banco Central Europeu.

Tanto o BES como o BCP têm agendada a apresentação de resultados para o dia 4 de Fevereiro, após o encerramento da sessão. Hoje o banco "verde futuro" encerrou a descer 1,60% para 1,289 euros e os títulos do banco do maior banco nacional em termos de activos sob gestão desceram 0,73% para 0,136 euros.


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=533897
 
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por jrnabolsa » 25/1/2012 20:27

bar38 Escreveu:Em relação ao que se esta a discutir na Grécia, só me vem uma frase, da autoria do nosso ex ministro das finanças, Eduardo Cartroga.
Estão a discutir pentelhos
:lol:
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por Bar38 » 25/1/2012 20:16

Em relação ao que se esta a discutir na Grécia, só me vem uma frase, da autoria do nosso ex ministro das finanças, Eduardo Cartroga.
Estão a discutir pentelhos
 
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por pmsm91 » 25/1/2012 19:53

Dia vermelho na Europa e todos os bancos da grecia a subir mais de 6%.

Agricultural Bank of Greece +5.88%
Alpha Bank +20.71%
EFG Eurobank Ergasias +18.95%
National Bank of Greece +12.71%
Piraeus Bank +21.13%

Algo estará para ser anunciado, só falta saber o que será .
 
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grécia sobe 5%

por joaoddbarbosa » 25/1/2012 18:07

O que parece que está a tramar os mercados financeiros é, além de outras interrogações, a Grécia.
Há acordo.
Não há acordo.
Enfim, até estou a estranhar como é que a BWIN ainda não colocou esta questão nas suas apostas...
Há opiniões para todos os gostos.
Ninguém se entende.
Quando a aposta tende para o não acordo lá vem o pessimismo e as bolsas caiem.
Principalmente o indice grego.
Se, pelo contrário, a aposta tende para o acordo dá-se a descompressão, está tudo resolvido, e as bolsas sobem.
Principalmente a bolsa grega.
Ainda nada se sabe mas a bolsa grega subiu hoje 5 %.
Porquê ?
Talvez saibamos nas cenas dos próximos capítulos...
Saiba o que penso, em:
http://opinioesdojb.blogspot.com
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Re: BCP e Futuro!!!

por Storgoff » 25/1/2012 17:27

Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2012

Considerando a possibilidade de intervenção do Estado no reforço
da solidez financeira das instituições de crédito através de instrumentos
financeiros elegíveis para fundos próprios Core Tier 1 nas condições
estabelecidas para essa elegibilidade;
O Banco de Portugal, no uso da competência que lhe é conferida pelo
artigo 17.º da sua Lei Orgânica, pelo n.º 1 do artigo 96.º do Regime
Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF),
aprovado pelo Decreto -Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, e pelo n.º 1
do artigo 36.º do Decreto -Lei n.º 104/2007, de 3 de abril, determina o
seguinte:
Artigo 1.º
Alterações ao Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2011
São aditados os n.os 4.A e 4.B ao artigo único do Aviso do Banco de
Portugal n.º 3/2011, publicado em 17 de maio de 2011, com a seguinte
redação:
«4.A — Sem prejuízo do disposto no n.º 4, integram ainda os fundos
próprios para efeitos do cômputo do rácio core tier 1, os elementos
previstos na alínea j) do n.º 1 do artigo 3.º do Aviso do Banco de Portugal
n.º 6/2010, quando sejam subscritos pelo Estado no contexto da
Lei n.º 63 -A/2008, de 24 de novembro, ou no âmbito de outras formas
de intervenção do Estado que visem o reforço da solidez financeira
das instituições de crédito.
4.B — Os elementos referidos no n.º 4.A são elegíveis para o
cômputo do rácio core tier 1, até a um limite máximo de 50 % do
valor dos fundos próprios de base, calculado nos termos do Aviso
do Banco de Portugal n.º 6/2010, concorrendo para a verificação do
cumprimento deste limite os demais instrumentos elegíveis para os
fundos próprios de base, ao abrigo da alínea j) do n.º 1 do artigo 3.º
desse mesmo Aviso.»
Artigo 2.º
Entrada em vigor
Este aviso entra em vigor no dia seguinte à data da sua publicação.
10 de janeiro de 2012. — O Governador, Carlos da Silva Costa.
205593304


Aviso do Banco de Portugal nº 6/2010

Artigo 4.º
Requisitos aplicáveis a certos elementos positivos
dos fundos próprios de base
1 - Os instrumentos referidos na alínea j) do nº 1 do artigo 3.º devem cumprir os requisitos
estabelecidos no presente artigo.
2 - No que respeita à permanência:
a) Não devem ter prazo de vencimento, ou devem ter um prazo de vencimento inicial de, no
mínimo, 30 anos;
b) Podem incluir uma ou mais opções de reembolso (call-option) a exercer numa base
discricionária pela instituição emitente ou mutuária, não podendo ser reembolsados antes do decurso
de cinco anos a contar da data de emissão. Caso as disposições que regem os instrumentos sem prazo
ofereçam um incentivo moderado à instituição para proceder ao respectivo reembolso, esse incentivo
não deve ser concedido antes do decurso de 10 anos a contar da data de emissão. As disposições que
regem os instrumentos com prazo de vencimento determinado não devem permitir a concessão de
incentivos ao reembolso em data diversa da data de vencimento;

CAPÍTULO III
Fundos próprios complementares
Artigo 7.º
Elementos positivos dos fundos próprios complementares
1 - São considerados elementos positivos dos fundos próprios complementares os seguintes:
a) Os elementos, cujas condições sejam aprovadas pelo Banco de Portugal, constituídos pelos
montantes efectivamente realizados, provenientes da emissão de títulos, nomeadamente com prazo de
vencimento indeterminado, e os provenientes de empréstimos não titulados, cujos contratos, para além
da cláusula de subordinação referida na subalínea i) da alínea i) deste número, prevejam:
i) Que só podem ser reembolsados por iniciativa da instituição emitente ou mutuária e com o
prévio acordo do Banco de Portugal;
ii) A faculdade de a instituição diferir o pagamento de juros, devendo o seu pagamento futuro ser
precedido de acordo prévio do Banco de Portugal;
iii) Que o capital em dívida e os juros não pagos podem ser chamados a absorver prejuízos,
permitindo à instituição prosseguir a sua actividade, indicando com detalhe adequado os termos em
que essa absorção de prejuízos se concretizará;

i) Os contratos que formalizem empréstimos subordinados, constituídos pelos montantes
efectivamente realizados, cujas condições sejam aprovadas pelo Banco de Portugal, e que respeitem,
pelo menos, as seguintes condições:

i) Estabeleçam, inilidivelmente, que em caso de insolvência ou liquidação do mutuário o
reembolso do mutuante fica subordinado ao prévio reembolso de todos os demais credores não
subordinados;
ii) Estabeleçam um prazo de vencimento inicial não inferior a cinco anos, podendo, após esse
prazo, ser objecto de reembolso;
iii) Não contenham qualquer cláusula de reembolso antecipado em relação ao prazo de
vencimento, por iniciativa do mutuante;




Aqui fica a legislação que excepcionalmente permite a inclusão dos Cocos no computo do rácio Core Tier 1
mas unicamente para os que forem subscritos pelo estado no âmbito da lei da recapitalização

No entanto há um limite à utilização dos mesmos.
Os Cocos a subscrever pelo estado mais restante
divida subordinada que já esteja a ser incluída nos fundos próprio de base o chamado Capital Tier 1 não
podem exceder os 50%.

Alguém aqui no fórum quer fazer as contas ??
Mesmo que o estado alinhe na onda dos Cocos
parece-me que os nºs do JdN são um bocado optimistas

Hallo Escreveu:BdP trava nacionalização da banca com regras sobre "CoCos"
25 Janeiro 2012 | 00:01
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt

De acordo com o aviso publicado na semana passada pelo supervisor, para cumprirem as exigências de capital impostas pela troika internacional - ter 10% de "core tier one", calculado segundo os critérios do BdP, no final do ano - os bancos podem emitir "CoCos" a subscrever pelo Estado, até ao limite máximo de 50% do valor dos fundos próprios de base. Tendo em conta os dados de Setembro, o BCP tem margem para emitir até 2,4 mil milhões de euros em instrumentos de capital contigente, o BES pode chegar aos três mil milhões, enquanto o BPI tem um limite de 1,22 mil milhões.


Quanto ao BPI, a margem para emitir "CoCos" fica 165 milhões de euros aquém das necessidades de capital identificadas pela EBA, que totalizam 1,39 mil milhões. No entanto, tendo em conta a obrigação de contributo dos accionistas no esforço de reforço da solidez do sector financeiro, não será por isso que o banco liderado por Fernando Ulrich pedirá ajuda ao Estado que implique que o Tesouro fique com acções.



Surge aqui no entanto uma questão.
Analisando o articulado dos avisos citados, fica –se um pouco de boca aberta.

Os Cocos são títulos de divida perpetua sem qualquer obrigatoriedade de pagar juros e reembolsáveis
quando o banco bem lhe apetecer e, acima de tudo, não dão qualquer direito ao estado a impor nada ao banco.
Afinal isto deita por terra todas as exigências previstas na lei de recapitalização.

O estado a entrar desta forma nos bancos cheira-me a uma burla monumental para os contribuintes.
Vamos ter novos BPN´s ??
 
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por BearManBull » 25/1/2012 16:47

Também estou a admirado como se tem mantido neste momento não descer é quase como se tivesse subido...

Em termos técnicos é que parece estar a entrar em zona neutra indefinida se bem que pela linha traçada pelo AC continua com TA, ou melhor não está com uma TD!
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Re: Soluções para a dívida grega. BCP a 60 cêntimos?

por hallo » 25/1/2012 16:32

Jean Claude Trichet Escreveu:Apresento as seguintes soluções para a dívida grega que podem ser aplicadas a todas as dívidas soberanas da zona euro que totalizam 9 B€ (9.000.000.000.000).

1. Isenção de juros durante 2 anos o que pressupõe a introdução imediata das famigeradas obrigações europeias (Eurobonds). Esta medida tornaria desnecessários "hair cuts" que considero um absurdo. Qualquer hair cut nas dívidas soberanas não passa de uma forma imbecil de incumprimento (default).

2. Manter as metas orçamentais estabelecidas pela UE, BCE e FMI (a chamada troika). Esta medida implica perda de soberania mas é preferível perdê-la para a UE do que para os mercados financeiros cujos juros exorbitantes nos levam inexoravelmente à banca rota.

3. Combate eficaz à fraude fiscal através de reformas na justiça como o fim da impunidade sobretudo dos crimes de colarinho branco.

4. Uniformização fiscal na zona euro, indispensável para atingir a estabilidade fiscal de que as empresas precisam para investir em qualquer dos países membros.

5. Como já referi anteriormente, o valor do FEEF deveria ser na ordem dos 10B€ e sempre superior à dívida soberana. Se esta subir, que se aumente o FEEF, tanto quanto for necessário.

6. Evitar medidas de austeridade cujos efeitos negativos (recessão económica grave) sejam superiores às eventuais vantagens. Facilitar o investimento e diminuir o desemprego.

Com vontade política, sairíamos da crise do Euro ainda hoje (crise esta que poderia ter sido evitada). A cotação do BCP poderia atingir os 60 cêntimos ainda esta semana!

Haja esperança e bom senso.

Bons negócios!

Um abraço a todos :wink:


Caro Jean Claude Trichet,

Excelente "post". Gostei da forma como abordou o problema e da forma como tentou arranjar soluções para o ajudar a resolver. Tudo é possível. E gostei da parte que afirma que a austeridade pode não ser a única solução.

Escreve mais "posts" destes que são bem vindos.

Quanto ao BCP.

Caro Ifhm,
Concordo em parte com o que escreveu. Mas atenção, lembra-se quando falámos da importância do volume no BCP. Hoje a uma hora do fecho, já vamos quase com 70 milhões. Temos que ver que o BCP tem estado durante esta semana a aguentar-se e o PSI a cair. Se fosse há uns meses atrás o BCP andava a lever 3%-5%, diáriamente, e isso não se tem verificado.

O que quer dizer o seguinte, existe consciencialização para a banca nacional. O que já havia referido também faz uns meses atrás. E quando dizes que isso já se falava há um mês. Eu já falava há dois meses. Sempre disse que um veículo, iria ser importantissimo.

De resto quanto ao BES, nem me vou pronunciar, senão dava chatice. :)

Bons Investimentos,

Abraços,
Hallo
 
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Soluções para a dívida grega. BCP a 60 cêntimos?

por Jean Claude Trichet » 25/1/2012 14:37

Apresento as seguintes soluções para a dívida grega que podem ser aplicadas a todas as dívidas soberanas da zona euro que totalizam 9 B€ (9.000.000.000.000).

1. Isenção de juros durante 2 anos o que pressupõe a introdução imediata das famigeradas obrigações europeias (Eurobonds). Esta medida tornaria desnecessários "hair cuts" que considero um absurdo. Qualquer hair cut nas dívidas soberanas não passa de uma forma imbecil de incumprimento (default).

2. Manter as metas orçamentais estabelecidas pela UE, BCE e FMI (a chamada troika). Esta medida implica perda de soberania mas é preferível perdê-la para a UE do que para os mercados financeiros cujos juros exorbitantes nos levam inexoravelmente à banca rota.

3. Combate eficaz à fraude fiscal através de reformas na justiça como o fim da impunidade sobretudo dos crimes de colarinho branco.

4. Uniformização fiscal na zona euro, indispensável para atingir a estabilidade fiscal de que as empresas precisam para investir em qualquer dos países membros.

5. Como já referi anteriormente, o valor do FEEF deveria ser na ordem dos 10B€ e sempre superior à dívida soberana. Se esta subir, que se aumente o FEEF, tanto quanto for necessário.

6. Evitar medidas de austeridade cujos efeitos negativos (recessão económica grave) sejam superiores às eventuais vantagens. Facilitar o investimento e diminuir o desemprego.

Com vontade política, sairíamos da crise do Euro ainda hoje (crise esta que poderia ter sido evitada). A cotação do BCP poderia atingir os 60 cêntimos ainda esta semana!

Haja esperança e bom senso.

Bons negócios!

Um abraço a todos :wink:
 
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FMI pressiona BCE a assumir perdas na dívida grega

por intraric » 25/1/2012 13:48

If past history was all there was to the game, the richest people would be librarians.
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Re: BCP e Futuro!!!

por BearManBull » 25/1/2012 12:43

Hallo Escreveu:

Regras do supervisor permitem que Estado injecte 6.600 milhões nos três grandes bancos privados sem ter acções.


Boas Hallo,

Já se fala disso desde o final de Dezembro. Já deve estar mais ou menos descontado na cotação (digo eu, aliás acho que a subida que se registou dos 0,11 aos 0,137 foi fruto disso).

Ou seja estas reuniões do presidente do BdP foram apenas para confirmar isso. E hoje foi finalmente o dia da decisão mas parece que a banca não está a reagir bem... O resto da banca até se compreende agora o BES é estranho, já que os resultados do Brazil vão compensar os de Portugal.

Por esta altura os amiguinhos todos do Cavaco já devem saber dos resultados se a cotação se mantém é porque não vão ser pior do que o esperado.

Fica o gráfico notar que se está a aproximar da MM100 mas ainda é coisa para 1 mês pelo menos.
Anexos
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por BearManBull » 25/1/2012 12:29

artista Escreveu:
mcarvalho Escreveu:A recomendação do BES Investimento (BESI) é de “neutral” tanto para o BCP como para o BPI, mas os analistas retomam a avaliação do Banco Comercial Português a um valor que é menos de um terço daquele a que avaliavam as acções quando suspenderam a avaliação.

O seu preço-alvo é agora de 0,18 euros por acção, o que compara com a avaliação de 0,69 euros por acção que suspenderam a 28 de Junho do ano passado...


Esta citação ilustra bem porque é que não acredito muito na Análise Fundamental, sobretudo se feita por amadores com difícil acesso à informação importante em tempo útil.

Estes tipos do BESI terão certamente mais ferramentas que qualquer um de nós aqui no forum. E o resultado é este, em pouco mais de seis meses baixaram o Price Target em 66%! :shock:... e palpita-me (nem me interessa ir verificar) que o PT anterior já vinha de sucessivas revisões em baixa!

Ainda assim não tenho nada contra quem usa a AT, acho uma ferramenta válida e até útil... mas eu jamais conseguiria confiar nela! :)


PT e AT não tem nada a haver... A AT serve mais para descobrir a tendência e aí é que está o grande valor da mesma! Normalmente é com a AF que calculas um preço estimado!

Já agora relativamente aos PT é íncrivel mas para cima de 95% das situações são superiores ao valor do título isto demonstra bem a inutilidade dessas análises...

Já agora se fosse tão simples como seguir a palavra dos analistas do BESI e doutros FIs era-mos todos ricos :P
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BCP e Futuro!!

por hallo » 25/1/2012 2:57

Num momento interessante para a economia mundial. Estou reunido neste momento com amigos e colegas a escassos 25 minutos do discurso presidencial norte-americano. O que poderá sair desse discurso. Algumas ideias que possam afectar a economia? Não sei, mas tenho a opinião que o discurso vai estar virado para a esfera política e tem probabilidade de influenciar positivamente a economia mundial, mas não vamos contar com isso. Amanhã os mercados reagirão seguramente ao mesmo e vamos ter uma opinião mais prática. :)

Voltando ao BCP e seguramente aos CoCos.

A EBA autorizou os bancos a utilizarem títulos híbridos. Mas apesar de não ser mencionado na noticia anterior, os mesmos apenas servem para suprirem as necessidades de capital resultante da exposição á divida soberana.

O que são os CoCos? São obrigações, com o pagamento de juros, e apenas se podem converter automáticamente em acções caso se verifique o cenário préviamente definido. Sendo os mesmos definidos pela EBA como elegíveis para fundos próprios "core tier one".

Ou seja os bancos podem recorrer ao fundo dos 12 mil milhões mas o Estado apenas compra obrigações. Mas além disso podem existir outros instrumentos considerados aceitáveis pelos reguladores. Ainda é cedo, mas vamos a ver o que pode sair daqui e que tenha a ver com o fundo de pensões. E como podem ainda ser trabalhaos os CoCos.

Resumindo:

Então o que podemos concluir de positivo para a banca em geral e para o BCP em particular:

- Aumentos de Capital - Podem surgir sim. Mas fica anulado o efeito catastrófico que estava a ser atribuído aos mesmos. E mesmo que fossem feitos.
Já teriam uma outra interpretação pelo mercado e já teriam outros efeitos dos imaginados.

- Resultados - Já todos sabemos que os resultados foram maus. A expectativa é que foram péssimos e se forem apenas maus e não péssimos. E a questão das noticias já lidas que o BdP quer que os resultados apenas sejam apresentados aquando do programa de capitalização e de certa forma adiar a apresentação dos resultados. Chamo a isso prudência e tentar a todo o custo que nada possa neste momento afectar o sector financeiro. A tal intervenção dos estados que também mencionei, que iria existir para garantir que a banca sairia ilesa.

- Novos Accionistas - Meus caros, quem se lembra como a Sonangol reforçou dos 10% para os 15%. Porque tanto se falou em AC e diluição, quando a Sonangol pode reforçar no mercado. Estando a Polónia nas joias da coroa, estando o problema até Junho de 2012 resolvido no que toca aos rácios. O possivel interesse ou entrada de novos accionistas não iria ser visto de outra forma pelo mercado? O aumento de capital para novos accionistas era apenas uma possibilidade, os novos accionistas fortes são importantes. Mas já estão a ser analisados numa questão de futuro do banco e não de desespero.

- Abrandamento das exigências a nível europeu - Já todos percebemos por um "post" aqui e depois comentado pela moderadora "pata hari", que a questão das dívidas soberanas é uma questão de tempo para serem resolvidas, desde que os estados não entrem em falência e sejam exigidos maiores perdões. Logo pode originar um efeito catadupla com o passar do tempo e o vencimento das mesmas, os bancos têm tudo para gerar cada vez mais balançs fortes, condições mais favoráveis.

- O acordo na Grécia e a degradação das condições na zona Euro, são as condições que ninguém sabe o que pode originar. É claro que caso exista um acordo favorável na Grécia, que o país não entre em incumprimento e não fique num estado de falência desordenada. Vai ter implicações positivas na banca. Caso o mesmo não se verifique, vai colocar pressão sobre outros países. Vai agravar os rácios dos bancos no que se prende com dívidas soberanas e pode por tudo em causa. Logo as condições de degradação da zona Euro, neste momento são a maior ameaça á banca. Ao Euro, e á Europa.

Com os melhores cumprimentos
Hallo
 
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BCP e Futuro!!!

por hallo » 25/1/2012 2:24

Boa noite a todos,

É com enorme prazer que verifico que já existem algumas soluções positivas para a banca nacional. A última vez que se falava dos CoCos assim por alto o BCP subiu 7%.

Verifico por esta noticia apesar de não estar totalmente correcta, visto os CoCos só se poderem aplicar ao que se prende com a dívida soberana dos estados. No restante, prova aquilo que venho a dizer há bastante tempo. A Nacionalização é evitável ou a emissão de novas acções para o estado evitando o efeito diluição. Outro assunto com que sempre me mostrei teimosamente contra e sempre sustentei a opinião que era evitável.

Não vou procurar esses meus "posts", que foram duramente criticados, nem vou "postar" comentários que foram feitos aos mesmos, onde havia quem dissesse que era impossivel, ou quem achasse que estava desesperadamente e/ou efusivamente a defender o BCP. Logo a recapitalização é possivel a Nacionalização não é opção para a banca. Isto que fique bem claro. A seguir podemos então falar de aumentos de capital, resultados, novos accionistas, abrandamento de exigências a nível europeu, acordo na Grécia, possível degradação das condições da zona Euro.


BdP trava nacionalização da banca com regras sobre "CoCos"
25 Janeiro 2012 | 00:01
Maria João Gago - mjgago@negocios.pt


Regras do supervisor permitem que Estado injecte 6.600 milhões nos três grandes bancos privados sem ter acções.

Os três grandes bancos privados vão poder
receber até 6.600 milhões de euros em ajuda pública sem que o Estado venha a ter sequer uma acção em qualquer uma das três instituições. Este é o valor máximo de instrumentos híbridos de capital contingente, conhecidos por "CoCos", a subscrever pelo Estado que BCP, BES e BPI podem emitir, tendo em conta as novas regras do Banco de Portugal (BdP).

Com este limite fica garantido que "não haverá nacionalizações" nos grandes bancos nacionais, sustentam responsáveis do sector financeiro contactados pelo Negócios. A folga para emissão de "CoCos" significa ainda que o Estado pode usar mais de metade dos 12 mil milhões de euros do empréstimo da troika destinados a apoiar a capitalização da banca sem se tornar accionista das instituições financeiras.

De acordo com o aviso publicado na semana passada pelo supervisor, para cumprirem as exigências de capital impostas pela troika internacional - ter 10% de "core tier one", calculado segundo os critérios do BdP, no final do ano - os bancos podem emitir "CoCos" a subscrever pelo Estado, até ao limite máximo de 50% do valor dos fundos próprios de base. Tendo em conta os dados de Setembro, o BCP tem margem para emitir até 2,4 mil milhões de euros em instrumentos de capital contigente, o BES pode chegar aos três mil milhões, enquanto o BPI tem um limite de 1,22 mil milhões.

As folgas do BCP e do BES deverão ser mais do que suficientes para fazer face às necessidades destes bancos para cumprirem as exigências de solvabilidade da troika e da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla original) - "core tier one" de 9% até final de Junho, calculado segundo critérios mais exigentes que os do BdP. Para alcançar a meta europeia, o grupo liderado por Carlos Santos Ferreira necessita de 1,7 mil milhões, enquanto o banco de Ricardo Salgado precisa de 188 milhões de euros - montante que assegura menos de um terço dos 600 milhões que o ESFG, entidade visada pela EBA, tem de arrecadar.

No limite, se estes dois bancos dependessem unicamente do Estado para alcançarem as metas definidas pela autoridade europeia, podiam cumprir os objectivos de solvabilidade apenas com a emissão de instrumentos de capital contingente. Isto sem contar com a contribuição dos próprios accionistas que, segundo a lei de acesso à linha estatal de apoio à banca, deverão ter o papel principal na capitalização do sector. Aliás, no caso do BES, a opção tem sido a de recusar qualquer ajuda estatal.

Quanto ao BPI, a margem para emitir "CoCos" fica 165 milhões de euros aquém das necessidades de capital identificadas pela EBA, que totalizam 1,39 mil milhões. No entanto, tendo em conta a obrigação de contributo dos accionistas no esforço de reforço da solidez do sector financeiro, não será por isso que o banco liderado por Fernando Ulrich pedirá ajuda ao Estado que implique que o Tesouro fique com acções.


Com os melhores cumprimentos
Hallo
 
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por artista_ » 24/1/2012 23:01

mcarvalho Escreveu:A recomendação do BES Investimento (BESI) é de “neutral” tanto para o BCP como para o BPI, mas os analistas retomam a avaliação do Banco Comercial Português a um valor que é menos de um terço daquele a que avaliavam as acções quando suspenderam a avaliação.

O seu preço-alvo é agora de 0,18 euros por acção, o que compara com a avaliação de 0,69 euros por acção que suspenderam a 28 de Junho do ano passado...


Esta citação ilustra bem porque é que não acredito muito na Análise Fundamental, sobretudo se feita por amadores com difícil acesso à informação importante em tempo útil.

Estes tipos do BESI terão certamente mais ferramentas que qualquer um de nós aqui no forum. E o resultado é este, em pouco mais de seis meses baixaram o Price Target em 66%! :shock:... e palpita-me (nem me interessa ir verificar) que o PT anterior já vinha de sucessivas revisões em baixa!

Ainda assim não tenho nada contra quem usa a AT, acho uma ferramenta válida e até útil... mas eu jamais conseguiria confiar nela! :)
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por Storgoff » 24/1/2012 20:18

Boas,


Nos últimos comentários, pelo que li, confunde –se muita coisa.

Fala se de pagamento de premio sobre o preço actual do BCP na operação de aumento de capital
mas depois usam-se os argumentos validos para OPA´s , compra de posições de accionistas vendedores
( caso do estado na EDP e REN).

Enfim mistura-se alhos com bugalhos.

Nas OPA´s e privatizações ( caso da EDP) não há qualquer aumento de capital social
( não se emitem novas acções).
Os compradores neste caso pagam o premio pelo controlo que passam a ter na empresa.


Nos aumentos de capital é completamente diferente.
Há um aumento do nº de acções o que pressiona logo
no sentido de haver um desconto e não um premio a pagar pelos subscritores.
Depois os bancos na Europa andam todos à procura de investidores para subscrever aumentos de capital
e há poucos interessados, logo maior pressão no sentido do desconto.

No caso do BCP mesmo recorrendo aos Cocos a operação de melhoria do rácio Tier I vai pressionar os
resultados já que os cocos implicam o pagamento de uma remuneração ao estado ( juros)- maiores custos

Por outro lado a actividade bancária vai encolher pelas imposições legais o que fara diminuir os resultados
Isto conjugado com efeito de diluição por aumento do capital social so pode pressionar a cotação em baixa
 
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Análises !!!

por hallo » 24/1/2012 18:30

Joca601 Escreveu:Estas análise pouco ou nada significam, significam tanto quando anunciavam targets de 1 ou mais euros.

Todos sabemos que os bancos vão apresentar resultados muito maus, negativos e todos sabemos porquê(imparidades divida soberana)... e perante esse facto a cotação actual não pode ser mais do que aquilo que é...mas para uma análise a 3 ou 5 anos as coisas já não são assim. o banco vai voltar aos lucros e a cotação tende a valorizar.


Caro Joca,

Naquilo que escreves concordo contigo no seguinte. Os analistas por hábito já percebemos que estão sempre muito longe da realidade. E nem o futuro os costuma ajudar. Porquê? Porque arriscam um número. Então como funciona?

Até aqui davam "price targets" de 1 € 1,5 € e tudo valores acima aquando a cotação valia perto dos 0,10€. Depois vem a JPM a dar 0,12€ e a cotação se não salvo erro, já durante 2 a 3 semanas, superou essa fasquia. Agora o BES dá 0,18 €.

Agora não concordo quando dizes que a cotação não pode ser mais do que aquilo que é, e depois dás os argumentos que justificam que a cotação tenderá a subir. Ou seja, se achas que a cotação a 3 ou 5 anos poderá ser bastante superior. Porque achas que os mercados não o podem achar mais cedo e começar a incorporar esse valor na cotação. Se todos sabemos que este ano os resultados são maus, mas que no futuro têm forte probabilidade de serem bons, porque irei aguardar pelo futuro?

Por essa razão é que não gosto de discutir valores, porque é tudo muito subjectivo. A JPM, o BES o BPI, variados analistas têm opiniões diferentes e fazem os seus "researchs" para fundamentar as suas opiniões.
A minha opinião também não era para aqui chamada. Mas se calhar considerava o BCP num valor perto dos 0,20 € antes de se saberem os resultados. Até podia considerar um valor justo perto do "price target" do BES, 0,36€.

Agora temos que saber é o seguinte. O mercado é quem vai mandar. Como tal os seus ou meus bitaites, pouco vão alterar o que o BCP vier a fazer.

Com os melhores cumpriments
Hallo
 
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por Joca601 » 24/1/2012 16:24

Estas análise pouco ou nada significam, significam tanto quando anunciavam targets de 1 ou mais euros.

Todos sabemos que os bancos vão apresentar resultados muito maus, negativos e todos sabemos porquê(imparidades divida soberana)... e perante esse facto a cotação actual não pode ser mais do que aquilo que é...mas para uma análise a 3 ou 5 anos as coisas já não são assim. o banco vai voltar aos lucros e a cotação tende a valorizar.
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por Jean Claude Trichet » 24/1/2012 16:01

Entretanto o artigo original já foi rectificado:

"As acções do Banco BPI estão hoje a descer 0,93% para 0,531 euros e a avaliação do BESI confere-lhes um potencial de valorização de 5,5%. Já as do BCP negoceiam inalteradas e o preço-alvo publicado hoje confere-lhes um potencial de 30,4%".

:shock:
 
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