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Caldeirão da Bolsa

Orçamento de Estado de 2012

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Pata-Hari » 1/12/2011 9:26

Esta parte é o máximo

A alternativa, esclarece a mesma fonte, "passava por uma forma de contratação mais cara que seria através do aluguer de uma viatura em rent-a-car".


E continuam, há outros a explicar que a escolha foi uma enorme poupança. A alternativa de comprar um A1 - que esse sim é equivalente à média dos eleitores que representam - não se coloca. Sou mesmo burra. Porque se haveria de colocar?! se ninguém reclama, é porque aprova....

Não consigo entender porque não estamos na rua, à porta da AR a questionar isto. Afinal de contas, se é um AOV, pode ser devolvido hoje. E como o meu subsidio de férias e de natal pode desaparecer se as condições não melhorarem até ao próximo ano (palavras do PM ontem)- e não irão melhorar porque os meus impostos vão para estas merdas... não percebo porquê que dormimos todos tranquilamente sobre estes assuntos que são de base, de principio e de estrutura. Nós gostamos mesmo de ser gozados, senão estes senhores eram hoje postos na rua por exigência dos eleitores, seriam postos fora os que voltassem a fazer isso e serviriam de exemplo para os que viessem depois.

Que tal um tópico a compilar estas brincadeiras para depois se agir sobre o conjunto? AJJ em primeiro mais as suas luzes, palahços, anões e mulheres de barba para o Natal, carros dos nossos representantes, etc, etc....
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por alvim » 1/12/2011 3:06

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por Elias » 1/12/2011 0:25

A propósito de austeridade...



Mota Soares substitui Vespa por carro de 86 mil
28 Novembro 2011
Por:André Pereira

Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade e Segurança Social, faz-se transportar num carro de luxo, cujo preço de venda ao público ronda 86 mil euros. Numa altura de cortes nos subsídios de Natal e de férias de funcionários públicos e pensionistas e em que se pede contenção aos portugueses, o ministro que, em Junho, se apresentou na tomada de posse do Governo liderado por Pedro Passos Coelho ao volante de uma Vespa desloca-se agora num carro novo, com matrícula de Julho de 2011.
Segundo apurou o Correio da Manhã, a viatura foi entregue ao abrigo de um contrato com a SIVA, empresa importadora das marcas Audi, Skoda, Volkswagen, Bentley e Lamborghini, e foi levantada pelo próprio ministro Pedro Mota Soares, num stand na zona Sul do Parque das Nações, em Lisboa.
A viatura, da marca Audi e modelo A7, de três mil cm3 de cilindrada, tem como preço base 53 mil euros. A inclusão de equipamento opcional (como pintura metalizada ou os bancos dianteiros comfort) ronda 4600 euros. A somar o valor dos impostos (29 mil euros), o total, para o público em geral, atinge 86 mil euros. A ‘bomba’ ao serviço do ministro da Solidariedade tem como velocidade máxima 250 km/h e ‘demora’ 6,3 segundos dos 0 aos 100 km/h.
Questionado pelo Correio da Manhã, fonte do gabinete do ministro Pedro Mota Soares explica que o carro "foi obtido através de um Aluguer Operacional de Viaturas (AOV) a 48 meses, negociado por concurso pela Agência Nacional de Compras Públicas", acrescentando que "o concurso foi lançado e concluído pelo Governo anterior, sendo na altura, destinado a um secretário de Estado".
Segundo o Ministério, "o ministro não dispunha de qualquer viatura, em virtude da anterior ter terminado o seu AOV, pouco depois da tomada de posse".
A alternativa, esclarece a mesma fonte, "passava por uma forma de contratação mais cara que seria através do aluguer de uma viatura em rent-a-car".
A mesma fonte do MTSS sublinha que o "procedimento foi única e exclusivamente realizado pela Agência Nacional de Compras Públicas" e não pelo Ministério agora tutelado por Pedro Mota Soares, um dos ministros do CDS-PP.

EX-MINISTRA TRAVOU RENOVAÇÃO
Dulce Pássaro, ministra do Ambiente no segundo Governo de José Sócrates, suspendeu em 2010 a renovação da frota automóvel da Águas de Portugal: a empresa pretendia adquirir 400 viaturas topo de gama, das marcas BMW, Renault e Citroën. A empresa, então presidida por Pedro Serra, já tinha substituído 34 carros em Setembro do ano passado. Pedro Serra e dois administradores continuam em funções até ao final deste mês.

EMEF GASTOU 237 MIL EUROS EM VIATURAS
A EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário – gastou este ano 237 mil euros em carros para directores. Mas os gastos exorbitantes com viaturas oficiais também são realizados a nível local. Em Setembro, Câmara Municipal de Alvaiázere fez-se notar pela compra de um Audi Q5 2.0 TDI, no valor de 54 mil euros. O presidente Paulo Tito Morgado (PSD) explicou então ao CM que a aquisição da viatura até representou uma poupança.

GESTORES DA CP COM CARROS DE LUXO
Apesar dos mais de 195 milhões de euros de prejuízo e uma dívida de 3,3 mil milhões de euros, os gestores da CP – Comboios de Portugal – transportam-se em viaturas de luxo que, em 2010, custaram mais de 55 mil euros em rendas.
Conforme o CM noticiou em Junho, José Benoliel, presidente do conselho de administração, Alfredo Vicente Pereira, vice-presidente, Nuno Moreira e Madalena Sousa, ambos vogais, contam cada um com um Mercedes E220 CDI Elegance. Cristina Dias, que é também vogal, utiliza um Mercedes E220 CDI Avantgarde.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... -de-86-mil
 
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por bC10 » 30/11/2011 23:30

Depois teremos novo aumento de impostos porque o clima económica europeu estará pior do que o previsto este ano.

Já mudavam a cassete. Toda a gente sabe que o Estado precisa de mais dinheiro do que aquele que diz precisar. Parem de mentir ao povo!
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por Elias » 30/11/2011 23:10

Mais austeridade em 2012?


Passos admite nova austeridade em 2012 caso recessão seja mais profunda que o previsto
30 Novembro 2011 | 21:58
Nuno Carregueiro - nc@negocios.pt

Primeiro-ministro diz que o objectivo do Governo é libertar os portugueses da actual "carga fiscal excessiva", mas tal não será possível em 2012. Passos Coelho admite mesmo que possam ser tomadas mais medidas de austeridade no próximo ano, caso a derrapagem económica seja mais profunda do que o estimado.

Pedro Passos Coelho, na entrevista que concedeu esta noite à SIC, reconheceu que existem riscos na execução do Orçamento do Estado do próximo ano, pelo que não afastou a possibilidade de serem adoptadas mais medidas de austeridade, para contornar este cenário.

“O maior risco que enfrentamos nesta altura é o de declínio económico. Esse é o maior risco”, disse Passos Coelho, quando questionado sobre a execução do Orçamento do Estado que foi hoje aprovado no Parlamento.

Lembrando que o Governo prevê uma contracção do PIB de 3% no próximo ano, Passos Coelho revelou que se “por razões externas não se vier a confirmar” esta expectativa, se a queda da economia “for pior”, então “há riscos do lado da despesa e também menos receita, o que não permitiria cumprir a meta do défice”.

Neste cenário de recessão mais grave da economia portuguesa, “claro que teríamos que adoptar novas medidas”, admitiu Passos Coelho, ressalvando

Questionado se em Abril do próximo ano o Governo iria replicar para os trabalhadores dos privados os cortes nos subsídios aplicados aos funcionários públicos e pensionistas, Passos Coelho não esclareceu, afirmando que esta “não é a altura adequada para falar de que medidas” podem ser adoptadas.

Apesar de reconhecer os riscos, o primeiro-ministro mostrou-se “confiante que orçamento será cumprível. Não quero ser pessimista, mas antes realista”, afirmou.

Reconheceu que a “execução do orçamento é crítica” para que sejam obtidos resultados que “coloquem Portugal no caminho da confiança”. Passo Coelho revelou ainda que no mês de Dezembro o Governo “vai criar mecanismos de melhor execução do orçamento”.

Libertar o país da carga fiscal excessiva

Antes de falar dos riscos do Orçamento, o primeiro-ministro admitiu que a carga fiscal suportada pelos portugueses é uma das maiores da Europa, sendo que o objectivo do Governo passa por inverter esta trajectória.

“O nosso objectivo é libertar o país de uma carga fiscal excessiva. Para isso é preciso reduzir a despesa pública”, disse Passos Coelho, lembrando que o Executivo já anunciou que pretende “reduzir a despesa do Estado para 40 a 42% do PIB em duas legislaturas”

Reconhecendo que em 2012 não é possível fazer este caminho, Passos Coelho disse que no Governo “temos plena noção da responsabilidade que estamos a pedir aos portugueses”.

Quanto às alterações ao Orçamento que permitiram reduzir os cortes nos subsídios de natal e féria dos funcionários públicos, Passos Coelho afirmou que “fomos sensíveis às críticas que se fizeram sentir”, mas não porque “existisse folga orçamental”.

O primeiro-ministro reconheceu ainda que “vai ser muito difícil para as pessoas de rendimento intermédio, passar o ano de 2012”.
 
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por mapaman » 30/11/2011 22:24

Automech,

Até podes ter razão, mas não me iludo.

E mais te digo que quem tiver algo de valioso para "vender" esta gente está disposta a comprar.

Abraço
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
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Apoiado !

por bboniek33 » 30/11/2011 20:23

A subida do patamar inferior de 485 para 600 Euros denota uma sensibilidade social de grande envergadura soo encontrada em Governos que teem a Solidariedade como postulado.

Bravo Passos Coelho ! Bravo Victor Gaspar !
Calaram muitas bocas "porcas". Grande lic,ao de poliitica econoomica !!!

! Hurrah ! Hurrah ! Hurrah !
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por Automech » 30/11/2011 20:09

mapaman Escreveu:Se serve para pagar divida,as reformas continuam por pagar mês após mês.

Ficamos também a saber que o governo ajoelha-se de mão estendida aos bancários a troco do cumprimento do défice,agora vamos todos pagar as reformas aos senhores bancários,únicos até agora a garantir os subsídios.Depois disto outros se seguirão,a bem da Nação.

Cumps


Já disse isto noutro tópico e volto a dizer. Aquilo que parece um mau negócio pode não o ser. É bom lembrar que o estado não é pessoa de bem e quando recebe os fundos de pensões, avaliados como se houvesse o pagamento de 14 pensões por ano, pode muito bem no futuro dizer que são só 12 ou só 10 ou reduzir unilateralmente pensões em X% ou colocar tectos, etc.

Eu detesto estas negociatas estado - empresas, mas em relação aos fundos de pensões dos bancos, PT, não estou convencido que seja mau negócio precismanete porque não confio na seriedade do estado.


Migluso, sem comentários. Nada como vender activos ou receber uma herança e usá-la para pagar despesas correntes. Não admira termos chegado onde chegámos.
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por artista_ » 30/11/2011 19:04

JMHP Escreveu:
migluso Escreveu:Isto é surreal.

Não seria suposto a transferência do fundo de pensões da banca estar destinado ao pagamento de reformas e outras acções sociais ou capitalizar de modo a efectuar o pagamento daquelas no futuro?

Vejam bem o descaramento do PS. Isto ilustra bem a irresponsabilidade daqueles que nos governaram até há bem pouco tempo.

Queriam esbanjar já POUPANÇA em gastos correntes.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=522931

Isto é MUITO GRAVE e espelha bem a IRRESPONSABILIDADE com que o Estado gere as nossas poupanças.


Infelizmente é a este tipo de mentalidades que estamos condenados, mas a este populismo e irresponsabilidades o povo não resmunga antes aplaude, dai que o povo tem aquilo que merece.

Esta demagogia revelada pelo PS (como é sua tradição dar esmolas para reinar e entreter o povo) é exatamente o que o Medina Carreira tanto repudia quando diz que até uma simples dona de casa entende ao fazer contas de cabeça e os nossos políticos (sobretudo a Esquerda) não são capazes, não percebem ou não querem.

A nossa sorte e ultima esperança é mesmo a Troika, porque infelizmente sozinhos não somos capazes de governar o nosso pequeno país...., pequeno mas complexo.


Não é muito frequente nestes assuntos, mas neste caso concordo inteiramente com os dois! :)
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por mapaman » 30/11/2011 18:18

Se serve para pagar divida,as reformas continuam por pagar mês após mês.

Ficamos também a saber que o governo ajoelha-se de mão estendida aos bancários a troco do cumprimento do défice,agora vamos todos pagar as reformas aos senhores bancários,únicos até agora a garantir os subsídios.Depois disto outros se seguirão,a bem da Nação.

Cumps
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por migluso » 30/11/2011 17:04

JMHP Escreveu:A nossa sorte e ultima esperança é mesmo a Troika, porque infelizmente sozinhos não somos capazes de governar o nosso pequeno país...., pequeno mas complexo.


Dizem que vai para abater dívida. Não é o ideal, mas o menos mal, vá lá.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=522907

Os outros queriam gastar...lol... dizem eles que preferem o crescimento à austeridade. :roll: :roll: :roll:

Isto que deixe bem claro aos portugueses o que significa a palavra crescimento para os socialistas. Significa gastar e consumir, não significa produzir e comercializar.

Lei dos mercados - a oferta de X gera a procura de Y.

Se não oferecermos X, só poderemos sustentar a procura de Y no curto prazo, pois se nada oferecermos os outros também nada nos oferecerão.

Portanto, precisamos é de PRODUZIR.
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por JMHP » 30/11/2011 16:34

migluso Escreveu:Isto é surreal.

Não seria suposto a transferência do fundo de pensões da banca estar destinado ao pagamento de reformas e outras acções sociais ou capitalizar de modo a efectuar o pagamento daquelas no futuro?

Vejam bem o descaramento do PS. Isto ilustra bem a irresponsabilidade daqueles que nos governaram até há bem pouco tempo.

Queriam esbanjar já POUPANÇA em gastos correntes.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=522931

Isto é MUITO GRAVE e espelha bem a IRRESPONSABILIDADE com que o Estado gere as nossas poupanças.


Infelizmente é a este tipo de mentalidades que estamos condenados, mas a este populismo e irresponsabilidades o povo não resmunga antes aplaude, dai que o povo tem aquilo que merece.

Esta demagogia revelada pelo PS (como é sua tradição dar esmolas para reinar e entreter o povo) é exatamente o que o Medina Carreira tanto repudia quando diz que até uma simples dona de casa entende ao fazer contas de cabeça e os nossos políticos (sobretudo a Esquerda) não são capazes, não percebem ou não querem.

A nossa sorte e ultima esperança é mesmo a Troika, porque infelizmente sozinhos não somos capazes de governar o nosso pequeno país...., pequeno mas complexo.
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por migluso » 30/11/2011 16:19

Isto é surreal.

Não seria suposto a transferência do fundo de pensões da banca estar destinado ao pagamento de reformas e outras acções sociais ou capitalizar de modo a efectuar o pagamento daquelas no futuro?

Vejam bem o descaramento do PS. Isto ilustra bem a irresponsabilidade daqueles que nos governaram até há bem pouco tempo.

Queriam esbanjar já POUPANÇA em gastos correntes.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=522931

Isto é MUITO GRAVE e espelha bem a IRRESPONSABILIDADE com que o Estado gere as nossas poupanças.
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por alvim » 30/11/2011 14:44

Depois de se discutir e votar o OE para 2012....

5 feira, ás 13 horas.
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por alvim » 29/11/2011 20:21

Um BOM livro para oferecer este Natal, baseado no Orcamento.
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por JMHP » 28/11/2011 19:43

artista Escreveu:
MiamiBlueHeart Escreveu:Começamos com o Ministo das Finanças a comunicar uma recessão de 1,8% em 2012.

Agora temos a seguinte notícia: No próximo ano, a economia portuguesa deverá contrair 3,2%, antecipa a OCDE. Esta é a pior previsão feita por uma organização internacional até à data. A taxa de desemprego vai subir mais do que o previsto e ultrapassar ao 14% em 2013.

Diria que em Maio/Junho vamos ter um novo PEC.


Nos dias seguintes ao anúncio dos cortes nos subsídios, eu (que sinceramente não percebo nada destas estimativas) disse logo que recessão iria ser muito mais do que eles estava a prever, até eu vi isso e eles não viram?! :roll:

Falta saber se viram e acharam que era necessário?! A avaliar pelos recuos (embora ligeiros) anunciados hoje parece-me que não viram!


Certamente que viram e sabem que a realidade em 2012 será bem pior ao cenário apresentado pelo próprio governo.

Porque não foram mais pessimistas nas estimativas?!... Pelo simples facto de que teriam de anunciar ainda mais austeridade do que já conhecemos hoje para 2012.

Se com este nivel de austeridade já existem notaveis da nossa sociedade quase apelar a um golpe revolucionário ou a convulsões na sociedade... Imagina-se o que seria se o governo agora fosse apresentar novas medidas de austeridade para responder ao nível do relatório da OCDE.... :roll:

Pelo menos um PEC em meados de 2012 será inevitável com estes dados da OCDE, o governo sabe-o e desta forma procura ganhar algum tempo e esperar por um empurrão do exterior de modo a ganhar embalagem para novo nível de austeridade, só assim é possível cortar na despesa em Portugal.

A procissão ainda vai no adro, lá virá o tempo em que os cortes atingiram em força os pensionistas e a liberalização do despedimento entre outros mais tabus.

Portugal e os portugueses são assim mesmo, de empurrãozinho em empurrãozinho lá se vai fazendo alguma coisa.... Porque a tentação de evitar o inevitável é termenda.
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por artista_ » 28/11/2011 19:23

MiamiBlueHeart Escreveu:Começamos com o Ministo das Finanças a comunicar uma recessão de 1,8% em 2012.

Agora temos a seguinte notícia: No próximo ano, a economia portuguesa deverá contrair 3,2%, antecipa a OCDE. Esta é a pior previsão feita por uma organização internacional até à data. A taxa de desemprego vai subir mais do que o previsto e ultrapassar ao 14% em 2013.

Diria que em Maio/Junho vamos ter um novo PEC.


Nos dias seguintes ao anúncio dos cortes nos subsídios, eu (que sinceramente não percebo nada destas estimativas) disse logo que recessão iria ser muito mais do que eles estava a prever, até eu vi isso e eles não viram?! :roll:

Falta saber se viram e acharam que era necessário?! A avaliar pelos recuos (embora ligeiros) anunciados hoje parece-me que não viram!
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por paulop2009 » 28/11/2011 16:47

MiamiBlueHeart Escreveu:Começamos com o Ministo das Finanças a comunicar uma recessão de 1,8% em 2012.

Agora temos a seguinte notícia: No próximo ano, a economia portuguesa deverá contrair 3,2%, antecipa a OCDE. Esta é a pior previsão feita por uma organização internacional até à data. A taxa de desemprego vai subir mais do que o previsto e ultrapassar ao 14% em 2013.

Diria que em Maio/Junho vamos ter um novo PEC.


Agree. E até aposto que sei o que vai ser: um imposto extra de 14% para os privados.
 
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por MiamiBlue » 28/11/2011 13:35

Começamos com o Ministo das Finanças a comunicar uma recessão de 1,8% em 2012.

Agora temos a seguinte notícia: No próximo ano, a economia portuguesa deverá contrair 3,2%, antecipa a OCDE. Esta é a pior previsão feita por uma organização internacional até à data. A taxa de desemprego vai subir mais do que o previsto e ultrapassar ao 14% em 2013.

Diria que em Maio/Junho vamos ter um novo PEC.
 
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por pocoyo » 28/11/2011 12:43

Aumentar a tributação autonoma das mais valias e dos DPs para 25%.

Grande corte na despesa!!!

Uma coisa é certa não têm como fugir, a não ser que optem pelo englobamento, com as suas consequencias. :)
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por mapaman » 28/11/2011 11:41

Em causa estará as propostas sobre o corte dos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos e pensionistas, que deveriam ser votadas esta manhã.

António José Seguro, líder do PS, reafirmou esta manhã que o PS votará a favor de qualquer proposta que venha no sentido de suavizar os cortes nesses dois subsídios. Passos Coelho, no fim-de-semana, falou em modelação nos subsídios entre 485 e 1000 euros mas até agora não há conhecimento sobre qualquer acordo entre PS e Governo.

http://www.publico.pt/Política/psd-pediu-para-adiar-discussao-e-reuniu-de-urgencia-1522864


Tão fortes que eles eram :mrgreen:
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por LFA1 » 27/11/2011 2:07

Elias escreveu:
artista, com ou sem demagogias, há algo que me parece inquestionável:

Do ponto de vista do Estado,
- trabalhadores do sector público representam despesa e apenas despesa (salários pagos)
- trabalhadores do sector privado representam receita e apenas receita (impostos cobrados)

Durante muitos anos (até 1979, salvo erro), os trabalhadores do sector público não pagavam impostos. Nem fazia sentido uma vez que o patrão é o cobrador de impostos.

Um dia, em nome de uma suposta equidade, os salários dos FP foram aumentados, para incorporar o imposto que lhes iria ser retirado. Manobras contabilísticas. Se tu retirares os impostos aos FP e o salário nominal passar a ser o salário líquido, do ponto de vista das finanças públicas fica tudo na mesma.



Esta (e aquela do autor do "insurgente") é a perspectiva de um contabilista, que não faz a mínima ideia do que são os princípios de direito fiscal (nomeadamente aqueles de universalidade e igualdade).
Para além de chegar a conlusões erradas, como aquela de que para o Estado é exactamente igual em termos contabilisticos a circunstância dos funcionários públicos pagarem ou não impostos (basta atentar neste exemplo para se perceber que aquelas contas de merceeiro do "insurgente" não têm em conta coisas tão simples quanto esta: se um funcionário público paga impostos ele é taxado em IRS. Agora suponhamos que aquele tem rendimentos anuais que entram no escalão dos 46,5% (que com a sobretaxa de 2,5% em 2012 vai para os 49%). Agora suponhamos também que o mesmo funcionário público este ano teve menos valias bolsistas de 10 000 euros e opta pelo englobamento das mesmas no IRS convencido que para os anos seguintes a bolsa não dará mais valias. Se aquele FP nos dois anos seguintes, contra as suas expectativas, tiver mais valias bolsistas de 110.000 euros, temos que aquele vai pagar 100 000 euros à taxa de IRS de 49%, ou seja, 49 000 euros. Agora suponhamos que o dito FP não pagava impostos. Se não pagava IRS aquele não poderia optar pelo englobamento das menos valias no IRS, logo este ano teve 10 000 euros de menos valias, asumia o prejuízo. No dois anos seguintes, como teve 100 000 euros de mais valias bolsistas iria pagar a taxa liberatória de 20%, ou seja, 20 000 euros. No primeiro caso o Estado arrecadava 49 000 euros, no segundo, 20 000 euros!) esquece-se que um imposto sobre o trabalho é um imposto sobre o trabalho, quer seja o trablaho de um funcionarío do sector privado, quer seja o de um funcionário do sector público.
Por esta perspectiva, chegaríamos a esta brilhante conclusão: este ano apenas houve a aplicação de um imposto extraordinário de 3,5% sobre o rendimento anual dos trabalhadores do sector privado, porque para os trabalhadores do sector público o que houve foi uma redução da despesa nesse montante! Não sei é como é que vão aplicar esse corte aos funcionários públicos já que a lei apenas fala em imposto extraordinário! LOL.
 
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por artista_ » 26/11/2011 22:17

Elias Escreveu:artista consideremos então um exemplo difernte: a introdução de portagens nas SCUT.

Será um aumento de receita ou uma diminuição da despesa? Hum? :-k


Para mim é mais aumento da receita... mas lá está, visto de outros ângulos pode ser diminuição da despesa, lá está há sempre um bocado de semântica nisto, ou melhor, há diferentes perspetivas!
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por Elias » 26/11/2011 21:11

artista consideremos então um exemplo difernte: a introdução de portagens nas SCUT.

Será um aumento de receita ou uma diminuição da despesa? Hum? :-k
 
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por artista_ » 26/11/2011 20:23

Elias Escreveu:artista, com ou sem demagogias, há algo que me parece inquestionável:

Do ponto de vista do Estado,
- trabalhadores do sector público representam despesa e apenas despesa (salários pagos)
- trabalhadores do sector privado representam receita e apenas receita (impostos cobrados)

Durante muitos anos (até 1979, salvo erro), os trabalhadores do sector público não pagavam impostos. Nem fazia sentido uma vez que o patrão é o cobrador de impostos.

Um dia, em nome de uma suposta equidade, os salários dos FP foram aumentados, para incorporar o imposto que lhes iria ser retirado. Manobras contabilísticas. Se tu retirares os impostos aos FP e o salário nominal passar a ser o salário líquido, do ponto de vista das finanças públicas fica tudo na mesma.

Fui claro? :wink:


Clarissimo! :)

Concordo contigo mas... não concordo! :) Voltar atrás num acordo estabelecido duvido que se possa considerar corte na despesa. Corte na despesa seria reduzir o número de funcionários, corte na despesa seria o estado deixar de oferecer alguns serviços, corte da despesa seria reduzir o número de deputados, corte na despesa é reduzir o número de disciplinas que os alunos têm no curriculo, que leva à redução do número de professores, corte na despesa é dizer a todos os ministérios que não podem gastar tanto, que têm de poupar no papel higiénico e em tudo o que puderem, e por ai fora... mas o que o governo fez não foi isso, o que fez foi aplicar um "imposto de 14% extra a todos os funcionários do estado e pensionistas"...

Mantenho o que disse lá atrás sobre a conveniência do governo ao chamar-lhe "despesa" e passar as "culpas" para terceiros! Mas obviamente esse é um raciocinio paralelo!

O que está aqui em causa é quase uma questão semântica, sendo que na prática não interessa para muito!
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