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Caldeirão da Bolsa

Idade da reforma sobe para os 67 anos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 15/4/2012 19:52

gorgol Escreveu:Procurar um modelo ampliação do valor e não apenas de divisão do bolo entre gerações.


Não utilizemos eufemismos: não se trata de uma divisão, trata-se de uma extorsão.

A história de uma geração ter de provar à outra é um completo non-sense: as regras estão estabelecidas a priori sendo que as gerações com mais direitos são as que mais benefícios têm e vice-versa, sendo que nada lhes foi exigido em termos de "provas". Pelo contrário, trata-se de uma auto-atribuição de direitos!

De resto, que prova seria? O estado deplorável em que se encontra Portugal neste momento e que estão a deixar como herança para as gerações seguintes? É essa a suposta prova dada?


A geração que beneficiou e continua a beneficiar desta completa loucura que foi a atribuição da reformas demasiado cedo e com valores demasiado elevados continua protegida no momento de tomar medidas de austeridade correctivas sendo que são as gerações seguintes que pagam o grosso dos excessos. Porque na hora de cortar é aos activos se aplicam as medidas mais pesadas, aos inactivos só algumas. Porque são aqueles hoje em idade activa que levam com as piores condições de mercado de trabalho (nomeadamente com taxas de desemprego record) resultantes de uma economia ineficiente que lhes foi deixada como herança pelas tais provadas gerações anteriores.

E porque na hora de aumentar a idade de reforma só se aumenta para os que vêm atrás, não se vai buscar os que estão em casa neste momento (ou em qualquer outro lado mas a receber reforma) com 40 e tal, 50 e tal e 60 e pouco já reformados...

Isto é de uma profunda injustiça social!
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por jrnabolsa » 15/4/2012 19:51

jrnabolsa Escreveu:6- Quando este governo proibe as reformas antecipadas, esquece-se por exemplo que a Senhora que está a presidir à Assembleia da Republica, reformou-se aos 42 anos a ganhar milhares de euros por mês. Acho que já não um pingo de vergonha na nossa classe política...
Se é para acabar com isto, vejo com bons olhos o fim das reformas antecipadas. Cumprimentos
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por jrnabolsa » 15/4/2012 19:50

6- Quando este governo proibe as reformas antecipadas, esquece-se por exemplo que a Senhora que está a presidir à Assembleia da Republica, reformou-se aos 42 anos a ganhar milhares de euros por mês. Acho que já não um pingo de vergonha na nossa classe política...

Se é para acabar com isto, vejo com bons olhos o fim das reformas antecipadas. Cumprimentos
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por jpcrad » 15/4/2012 19:19

Boa tarde,
Não quero ser polémico, mas vou deixar a minha opinião:
1- Eu e a minha mulher ficámos sem os subsidios de Natal e férias. Concordo com esta medida, TODOS temos que fazer sacrificios.
2-Agonia-me, ver as promessas eleitorais do PSD e do CDS e ver o que eles estão a fazer.
3- Se estão a sair esqueletos do armário, ou fizeram promessas de má fé ou não se prepararam minimamente para serem governo.
4- No mínimo, é reprovável éticamente que pessoas que participaram directamente nas negociações com a Troika, venham a fazer parte de C. de Administração de empresas que foram vendidas à luz (não é piada)dessas negociações.
5- Quando esse senhor diz que é bom para Portugal, ganhar 55.000€/Mês (devido aos impostos), é porque negociou mal, pois devia ter exigido aumentos de 300% nos ordenados mais baixos para Portugal beneficiar.
6- Quando este governo proibe as reformas antecipadas, esquece-se por exemplo que a Senhora que está a presidir à Assembleia da Republica, reformou-se aos 42 anos a ganhar milhares de euros por mês. Acho que já não um pingo de vergonha na nossa classe política...

Quanto às reformas:
1- Portugal é um país essencialmente de serviços.
2- O emprego nos serviços está a diminuir ( ver o que se passa no sector bancário, nas operadoras de caixa nos supermecados), as pessoas estão a ser substituidas por máquinas. Ou seja, num pais à base de serviços, nunca mais se vão criar a quantidade de empregos que se criaram no passado.

A minha contribuição para uma tentativa de solução:
1- Todas as reformas acima dos 1000€ receberem só 1000€ + 50% do valor acima dos 1000€.
2- Indice da reforma, é um valor que se achava com a soma da idade + os anos de desconto.
3- Por exemplo o indice 100 (64 + 36) ,mas este valor é discutível.
4- Cada ponto abaixo deste indice devia ser penalizado com 3%. Por exemplo: 90 (60+30), era penalizado com 30%.
5- A partir dos 80 pontos do indice, devia ser opcional, os trabalhadores fazerem part-time e receber na mesma proporção das horas realizadas.
6-Esta última medida era para criar mais emprego.

Abraço a todos

jpc

PS. Eu era penalizado pela medida dos 100€+50€[/list]
 
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Insegurança Social

por jarc » 15/4/2012 18:43

Esta é uma área bastante sensível, como aliás se percebe pelas tomadas de posição do Presidente da Republica. Porém, convirá a todos que rapidamente se tomem medidas infinitamebnte anunciadas, mas jamais levadas a cabo. O que Sócrates ( o tresloucado)permitiu abriu espaços de injustiças insustentáveis. Para vos dar um exemplo: há hoje docentes aposentados (aos 52 anos - que auferem mais 250 euros que se estivessem no ativo) com qualificação inferior a outros que continuam a trabalhar (com 55 anos e com mais tempo de serviço) que difilcilmente irão ter pensão antes dos 65 anos. Está tudo doido ou supõem que poderão continua a assobiar para o lado. O Plafonamento é urgente, mas tb é urgente que se taxem essas pensões como se está a fazer para quem continua a trabalhar. Então agora paga-se para trabalhar?!!E E quase 10%
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por artista_ » 15/4/2012 18:22

gorgol Escreveu:Não defendo nenhuma geração, mas do que conheço, os jovens agora têm mais oportunidades do que no passado.


Não estou a ver onde estão essas oportunidades?! OS tempos também evoluíram, as expetativas não são as mesmas, mas isto nem interessa para o caso...

Diz-me lá como é que pode ser justo e equilibrado o cálculo das reformas quando os atuais vão ter de trabalhar mais, até mais tarde para receber muito menos, tendo muito mais dificuldades em arranjar emprego?!

E o pior, volto a dizer, nem é a injustiça disto, o pior é que isto está a desequilibrar e destruir toda a economia nacional... o país está a falir, se isto falir chegaremos ao ponto de nem para uns nem para outros! :roll:

gorgol Escreveu:Existe uma geração que exerce o poder, que se defende, que tem saber e experiência, terá cerca de 55 anos. É a vida! Provem que são melhores e as oportunidades aparecem.


Provar que são melhores??! Que conversa é essa? Como é que se pode provar que é melhor quando a geração que está no poder está a sugar todos os recursos do país?! :roll:

Só o facto de estares a assumir que "uma geração está a defender os seus interesses" diz tudo, não era suposto defenderem-se os interesses de todos?! :shock:

E atenção que eu não estou em nenhuma das gerações, estou a meio caminho, não estou a sofrer tanto como os mais novos (sinceramente não sei como aguentam tantas injustiças) mas também não tenho nem terei as regalias dos mais velhos...

gorgol Escreveu:O Horizonte hoje é o mundo. A formação é a enxada e o arado de 50 anos antes. Abram os olhos, apenas 10% do mundo está motorizado. Metade da população mundial aspira por ter uma bicicleta.

Procurar um modelo ampliação do valor e não apenas de divisão do bolo entre gerações.


Bom eu vejo as coisas de outra forma, se o bolo está a ser muito mal dividido toda esta tua conversa não serve para nada, é apenas demagogia barata... ou, na tua opinião, é normal que o bolo seja dividido de forma tão desigual?! :roll: :shock:
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por gorgo » 15/4/2012 14:59

Não concordo com esta parte, ou não percebi o que quiseste dizer ou não te explicaste bem! :)


Atenção que eu não estou de forma alguma a culpar os reformados, a grande maioria deles nem tem qualquer noção destes assuntos. O que estou a culpar é as políticas que nos trouxeram aqui, foram elas que provocaram os desequilíbrios colossais de que falo... ainda assim estranho que poucos falem neste assunto, estranho que ninguém tenha vindo ainda a público dizer que não se importa que lhe cortem 10/15/20% na sua reforma para ajudar o país. Estão a deixar o país afundar-se e ninguém faz, ou sequer coloca a hipótese, de fazer o que tem de ser feito! :x :roll:[/quote]

Artista, teremos sempre muitos casos de exeções que não encaixam no que escrevi.

Vejamos uma familia que eu conheço:

Famila numa aldeia, nasceram 8 filhos, de 1950 a 1965, trabalhadores rurais, começaram a trabalhar no campo com 12 anos seguiu-se o estudo quando havia dinheiro, com 16 anos eram trabalhadores estudantes, fizeram o secundário, seguiu-se o superior, trabalho de dia e estudo à noite. Seguiram-se vários empregos, várias promoções e hoje estão bem, com as reformas à porta. Alguns empregos desempenhados: servente de obras, empregos temporários na França e Suiça, eletricista, etc. Era normal familias com mais de 5 filhos.

Para a primeira geração as férias grandes eram a lavrar com vacas, a semear e todas as respetivas atividades do campo de sol sol. Que tal fazer um estudo do Portugal de 1950 a 1970! Poupança primeiro, despesa depois; a crédito nada.

Os filhos destes nunca trabalharam até terminarem o ensino superior; o padrão continua positivo, visto terem terminado as licenciaturas ou a caminho os mais novos. Quando precisaram de casa, os pais arranjaram de maneira que o valor do empréstimo seja adequado com os rendimentos, mas não têm a fibra da primeira geração, nunca tiveram calos nos dedos.


Os pais estão a pagar hoje os estudos dos filhos no estrangeiro, medicina na rep. Checa, eramus na Itália, etc.

Os pais têm casa de férias. Quem a usa mais? Os filhos com os amigos e amigas. O primeiro carro nesta familia foi um Fiat 127 em 1980. Quntos carros os pais atuais compraram aos filhos, ou usam os segundos e terceiros carros da casa? A picture é diferente.

Quem gasta mais lá em casa? Os filhos fazem noitadas, vão de férias para o Estrangeiro, Vão jantar fora. As mesadas são reforçadas, claro.

A transferência de recursos acontece sempre que alguém quizer. Do que eu conheço está sempre a acontecer.

Se esta familia conseguiu evoluir no ascensor social, porque outras não conseguem? É apenas comportamental.

Claro que pode haver reformas injustas, as maiores já foram cortadas e respetivo teto máximo definido. Também perderam os subsídios. A regra dos melhores 10 dos ultimos 15 anos é injusta, para formar a pensão. Deveria ser um cálculo atuarial dos respetivos descontos.

Não defendo nenhuma geração, mas do que conheço, os jovens agora têm mais oportunidades do que no passado.

Existe uma geração que exerce o poder, que se defende, que tem saber e experiência, terá cerca de 55 anos. É a vida! Provem que são melhores e as oportunidades aparecem.

O Horizonte hoje é o mundo. A formação é a enxada e o arado de 50 anos antes. Abram os olhos, apenas 10% do mundo está motorizado. Metade da população mundial aspira por ter uma bicicleta.

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por A330-300 » 15/4/2012 13:54

O ministro já veio desmentir. Mas não deve tardar muito. Isso foi só um primeiro approach para medir a temperatura das pessoas e para elas se irem acostumando com a ideia.


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por artista_ » 15/4/2012 12:12

MarcoAntonio Escreveu:Uma geração ter de esperar que anterior morra para ver o retorno de parte do esforço adicional que lhes está a ser exigido agora é um efeito meramente atenuante sobre o qual eu creio que nem vale a pena falar quer porque não resolve a vida de ninguém "hoje" (se é que algum dia chega a "resolver") quer pela própria natureza da coisa.


E o problema ainda maior parece-me ser o que já referi, este desequilíbrio está a destruir a situação económica do país, para além de aumentar significativamente as desigualdades... só mesmo os "inertes" portugueses são capazes de suportar isto sem manifestações ferozes, ou será que, como alguns defendem, o balão está apenas a encher e quando rebentar será a sério?! :|
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por Mcmad » 15/4/2012 0:21

Aumentar a idade de reforma sem acabar com as reformas de 5000 euros ou com as acumulações é puro ROUBO.
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por MarcoAntonio » 15/4/2012 0:16

artista Escreveu:O que me parece que estás a defender é que o que referi anteriormente não é problemático porque os pais acabam por ajudar e deixar tudo para os filhos... e os que não têm pais? Ou aqueles que tendo não se dão com eles? E os que têm pais com reformas miseráveis? Estes são muito mais prejudicados, ou não?


E os que têm a infelicidade de morrer antes dos pais ou imediatamente a seguir?

Mas, mais importante, enquanto os pais "não morrem" e têm de sustentar os seus próprios filhos, educá-los, vesti-los, alojá-los e alimentá-los? Pagam as contas com "certificados de herança"?

E os filhos destes por sua vez, cuja geração de pais deles vive com rendimentos líquidos inferiores, maior precariedade de emprego, taxas de desemprego em máximos históricos, etc? Que condições vão ter estes por sua vez?



Uma geração ter de esperar que anterior morra para ver o retorno de parte do esforço adicional que lhes está a ser exigido agora é um efeito meramente atenuante sobre o qual eu creio que nem vale a pena falar quer porque não resolve a vida de ninguém "hoje" (se é que algum dia chega a "resolver") quer pela própria natureza da coisa.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por artista_ » 14/4/2012 23:35

gorgol Escreveu:O tema das gerações não tem muito sentido com as leis que temos que protegem a propriedade e familia

Cada caso é um caso, mas vejamos:

Quem ajudou os filhos para terem maior formação que os pais?

Quem os tem ajudado a comprar casa, via ofertas de entradas ou garantias prestadas?

Quem fica com as heranças dos pais?

Quem fica com os Netos, quandos os filhos precisam?

Desde que os pais sejam bem sucedidos, se tiverem maior reforma irão preparar-se para passar parte para os filhos.

Concluo que o mais importante são os comportamentos racionais e emocionais de equilibrio de despesa e gestão lucrativa dos patrimónios: Gestão da carreira, gestão da poupança, gestão dos afetos e gestão do patrimónios.


Não concordo com esta parte, ou não percebi o que quiseste dizer ou não te explicaste bem! :)

O desequilíbrio entre gerações existe, é claro, é enorme. Neste momento os mais novos estão a contribuir excessivamente para sustentar reformas que foram calculadas presumindo cenários demasiado otimistas que estão infinitamente longe de se terem verificado. Os mais novos já sabem que vão ter de trabalhar muito mais, até mais tarde, descontando muito mais, mas não vão ter, nem de perto nem de longe, reformas idênticas aos atuais reformados...

O que me parece que estás a defender é que o que referi anteriormente não é problemático porque os pais acabam por ajudar e deixar tudo para os filhos... e os que não têm pais? Ou aqueles que tendo não se dão com eles? E os que têm pais com reformas miseráveis? Estes são muito mais prejudicados, ou não?

O conflito de gerações existe porque os mais velhos "sugaram" o sistema, estão a contribuir decisivamente para o desequilíbrio das contas do país que não tem apenas efeitos diretos. O aumento do desemprego, a queda do PIB, e todos os problemas que o país enfrenta estão em muito relacionados com os recursos incomportáveis que estão a se canalizados para essas reformas. Se o país não gastasse tanto dinheiro em reformas não precisaria de tanta austeridade, não seria necessário cortar os subsídios, o PIB não cairia tanto, o desemprego não aumentaria dramaticamente... e isto tudo é obviamente uma bola de neve, um dia destes a população ativa em portugal serão meia dúzia de pessoas, como é que esses vão conseguir sustentar o sistema?

Atenção que eu não estou de forma alguma a culpar os reformados, a grande maioria deles nem tem qualquer noção destes assuntos. O que estou a culpar é as políticas que nos trouxeram aqui, foram elas que provocaram os desequilíbrios colossais de que falo... ainda assim estranho que poucos falem neste assunto, estranho que ninguém tenha vindo ainda a público dizer que não se importa que lhe cortem 10/15/20% na sua reforma para ajudar o país. Estão a deixar o país afundar-se e ninguém faz, ou sequer coloca a hipótese, de fazer o que tem de ser feito! :x :roll:
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por gorgo » 14/4/2012 17:04

HU Escreveu:A questão tem que ser vista do ponto de vista estrutural e não conjuntural. No curto prazo o aumento do desemprego fez diminuir o saldo das contas da SS (ainda assim teve saldo positivo em 2011), mas para tratar de um eventual deficit temporário (alguns anos), existe um fundo da SS que deve ter neste momento à volta de 8-9 mil milhões de Euros, o qual foi constituído com os excedentes durante anos e serve justamente para prevenir a sustentabilidade da SS em períodos recessivos, cobrindo o déficit que eventualmente exista. É tempo de estudar o futuro, mas sem alarmismos que só servem para aplicar à pressa, receitas que não serão porventura as mais indicadas quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista ético e também da própria sustentabilidade da SS.
Tratar as pensões (como qualquer outro tema) como um conflito de interesses geracionais é demagogia e populismo do mais básico e não servirá certamente nem os actuais pensionistas, nem os futuros, quer a curto quer a médio prazo.

:roll:


Concordo. calma, ponderação e flexibilidade precisam-se.

Eu sou favorável a grande flexibilidade na idade de reforma, desde que se faça um cálculo do equilibrio entre o que contribui e o que receberá. Um cálculo que contenha todas as componentes e atualizado à inflação e perspetivas futuras.

Opção reformar dos 55 aos 70 com acerto da respetiva pensão.

Opção de ter os 3 pilares no sistema: contribuição base (reforma básica); contribuição complementar obrigatória e contribuição voluntária. Nos 2 últimos casos não teremos a mutualização, logo conta individual e com flexibilidade de gestão em termos de risco.

Desta forma garantimos que os jovens estão a contribuir para eles próprios e não apenas para a geração anterior.

O tema das gerações não tem muito sentido com as leis que temos que protegem a propriedade e familia

Cada caso é um caso, mas vejamos:

Quem ajudou os filhos para terem maior formação que os pais?

Quem os tem ajudado a comprar casa, via ofertas de entradas ou garantias prestadas?

Quem fica com as heranças dos pais?

Quem fica com os Netos, quandos os filhos precisam?

Desde que os pais sejam bem sucedidos, se tiverem maior reforma irão preparar-se para passar parte para os filhos.

Concluo que o mais importante são os comportamentos racionais e emocionais de equilibrio de despesa e gestão lucrativa dos patrimónios: Gestão da carreira, gestão da poupança, gestão dos afetos e gestão do patrimónios.










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por pvg80713 » 14/4/2012 16:05

parece que o Pedro Mota Soares, desmentiu, e que vai apenas por tectos máximos.
 
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por AS_terix » 14/4/2012 15:48

È um facto, mas já vi no Negocios que o saldo dos SS, ficou abaixo , nas Contribuições, desde 2007.
Antevendo isso " Socrate's time, meti a minha reforma aos 60, versus 2007, pela TAP, em situação economica dificil !!! 8-)
bom fim de semana, pois, para mim estou de fim de semana de2ªa 6ª, Sabado e Domingo, folgo :P
olá ! não arrisquem, mais de 40% da liquidez, em Bolsa (dá stress)! Pois,
nascemos pobres e nus e morreremos pobres e vestidos!!! sDq
 
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por Laribau » 14/4/2012 14:20

A questão tem que ser vista do ponto de vista estrutural e não conjuntural. No curto prazo o aumento do desemprego fez diminuir o saldo das contas da SS (ainda assim teve saldo positivo em 2011), mas para tratar de um eventual deficit temporário (alguns anos), existe um fundo da SS que deve ter neste momento à volta de 8-9 mil milhões de Euros, o qual foi constituído com os excedentes durante anos e serve justamente para prevenir a sustentabilidade da SS em períodos recessivos, cobrindo o déficit que eventualmente exista. É tempo de estudar o futuro, mas sem alarmismos que só servem para aplicar à pressa, receitas que não serão porventura as mais indicadas quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista ético e também da própria sustentabilidade da SS.
Tratar as pensões (como qualquer outro tema) como um conflito de interesses geracionais é demagogia e populismo do mais básico e não servirá certamente nem os actuais pensionistas, nem os futuros, quer a curto quer a médio prazo.

:roll:
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por MiamiBlue » 14/4/2012 13:47

A situação da Segurança Social já era complicada mas em poucos meses o que aconteceu?

- Mais de 100 mil pessoas e os seus empregadores deixaram de contribuir para a Segurança Social. De quantos milhões estamos a falar?

- Essas mesmo 100 mil pessoas passaram a ter que receber subsídios de desemprego

- Mete-se na Segurança Social, um elevado número e pessoas (funcionários da banca)com reformas acima da média;


Obviamente que em pouco tempo a Segurança Social tinha que estourar..

Antes o trajecto era: Empregado- reformado

Agora o trajecto vai ser: Empregado-desempregado- reformado.

Quando se destrói a economia ao presente ritmo, esta situação é de admirar??

Bem, pelos vistos, para o Governo foi surpreendente, pois em Outubro estava tudo bem na SS..
 
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por A330-300 » 14/4/2012 13:15

Uma boa maneira de acabar com as reformas é matando as pessoas de fome antes de começarem a receber.

Pelos 60 muitos já estão sem emprego , outros sem condições de trabalhar. Ficam à fome uns anos e quando chegarem ao momento de receberem as reformas já estão mortos.

Os que lá chegarem recebem a reforma. Se ainda assim ainda forem muitos , basta subir a idade da reforma para os 70 , 75 e a coisa fica controlada.

O negócio vai ser tão lucrativo que em breve estaremos a construir mais estradas com o dinheiro das reformas.

Não façam não as pessoas os seus PPRs ou pés de meia e já verão o que é que lhes vai acontecer.

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Calminha...

por bboniek33 » 14/4/2012 13:12

Lion_Heart Escreveu:E daqui a 5 anos esta nos 70. Cada vez menos gente a contribuir , mais gente a reformar-se mais cedo e com reformas/pensoes maiores.

O Estado social deu nisto. E os jovens a pagar...


Os jovens, antes de entrar na idade produtiva, sao suportados pelas famiilias/tutores e pelo Estado: medicina pree-natal, materno-infantil, pediatria, escolarizac,ao, sao aareas em que o Estado estaa presente e complementa onde apropriado os recursos para o apoio aos jovens desde o seu nascimento.

Sao os activos nessa altura que estao a subvencionar essa despesa. Se tiveessemos uma guerra intra-geracional (nao temos pois nao ?) tinha que se acabar com esses apoios.

Solidariedade e redistribuic,ao. Eis as bases do Sistema Social.
Onde esses princiipios estao mais radicados mais se observa a qualidade de vida de todas as gerac,oes, casos muitas vezes citados como exemplos a seguir, nao vale a pena citar essas sociedades.

O que acontece aqui, agora, em Portugal, por forc,a, ee certo, do envelhecimento (bomba demograafica), mas tambeem da falta de recursos disponiiveis para acorrer aas necessidades sociais, acontece aqui dizia, comec,ar uma guerrilha intra-geracional em que os mais novos olham os inactivos mais velhos como um "contrapeso", um estorvo.
Ee sempre bom lembrar que, para os que nao morram antes, os jovens de hoje constituirao esse encargo social quando chegarem a uma situac,ao de autonomia reduzida ou mesmo dependencia. Ningueem pode garantir, mesmo recorrendo a "sistemas privados" de reforma, que nao venham a requerer o apoio social institucional... olhem que isso jaa aconteceu a muito boa gente (ler sobre Enron) e, portanto, ee prudente nao ostracizar os mais velhos soo porque.

Velhos somos/seremos, assim como jovens fomos/somos.

Oobvia a necessidade de "plafonar" as reformas acima de determinado valor, embora isso nao constitua grande ganho uma vez que Portugal ee tao pobre que soo se conseguem poupanc,as significativas quando se cortam reformas de baixo valor (foi o que se fez). Isto porque o Paiis ee pobre. Pobre.

Como se chegou aqui (relembro que Portugal sempre foi pobre, antes e depois do 25 de Abril), ee mateeria para uma ampla discussao, como seria (seria!) importante discutir-se como se vai sair deste buraco. Seraa retirando ainda mais apoio aos carenciados? Seraa cortando as reformas baixas e os apoios aos nasciturnos e maes, infantes e jovens ?
Ou soo aos mais velhos ? Ou soo aos mais novos ? (esta uultima tambeem ee uma opc,ao).

Ou vivemos numa sociedade civilizada que quer cuidar pelos que dela precisam ?

Fac,am as vossas escolhas. A roleta vai girar. Cuidado que pode sair "Preto".
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por JCS » 14/4/2012 12:10

Quando eu tiver 75 anos não serei reformado, serei desempregado.

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por ferradura » 14/4/2012 11:50

O objectivo é apenas baixar as reformas, pois das duas uma:

-Reforma antecipada, significa redução da reforma.
-Mais tarde com reforma completa, entretanto as alguns futuros reformados morrem.

-É obvio que trabalhar até aos 70 anos é impossível, não há emprego nem para os novos...
 
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por Lion_Heart » 14/4/2012 1:45

E daqui a 5 anos esta nos 70. Cada vez menos gente a contribuir , mais gente a reformar-se mais cedo e com reformas/pensoes maiores.

O Estado social deu nisto. E os jovens a pagar...
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Lion_Heart
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Idade da reforma sobe para os 67 anos

por TRSM86 » 14/4/2012 0:23

#expresso
uma passagem para a outra margem

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