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Caldeirão da Bolsa

Desemprego em Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 9/3/2013 23:59

Elias,
Não respondeste a estas questões e que são relevantes para o assunto em questão:
mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:Tenho plena consciência das limitações que existem ao nível dos transportes fora dos grandes centros.

Tens? Onde vives? Quantas vezes por semana é que utilizas transportes públicos?

mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:]
Acontece que há muitas formas de lidar com essas limitações. Uma das formas passa por as pessoas se juntarem, partilhando transporte (várias pessoas num mesmo carro). Basta que duas pessoas que tenham um destino comum partilhem o mesmo carro e os custos caem logo para metade. Mas nem toda a gente quer isso, porque dá logo uma sensação de perda de
autonomia...

Tens filhos?

mais_um Escreveu:
Elias Escreveu:E eu já sei que em muitos sítios não há transportes públicos. Mas em muitos outros sítios há.

Tens números?


De qualquer forma eu vou deixar alguns exemplos de que pode ser essencial ter um carro.

À hora que apanho o Expresso para ir todos os dias para o trabalho, não há transportes públicos da aldeia em que eu vivo para as Caldas da Rainha, assim como não há quando regresso. Para mim e para todas as pessoas que não vivem perto do terminal rodoviário e apanham o Expresso e a Rápida aquela hora e são umas largas dezenas, por exemplo a rápida há de 15 em 15 minutos a partir das 6:30 da manhã, se não estou em erro.

Pessoas que trabalham por turnos (noturnos) têm muitas dificuldades em conseguir ir e regressar do trabalho de não tiverem um carro, até mesmo em Lisboa.

O meu sobrinho, vivia numa aldeia perto de Torres Vedras, quando entrou na universidade tinha que ir de carro até TV para conseguir apanhar transportes públicos para Lisboa a tempo de chegar às aulas.

Pais que tem hora para ir buscar os filhos aos infantários e escolas podem não ter tempo para ir de transportes públicos buscar os filhos antes que as instituições fechem. Aliás, é notório à entrada de Lisboa a redução de carros quando estamos em tempo de férias escolares.

Quem estuda à noite pode não conseguir sair do trabalho e chegar a tempo às aulas e quando sai pode já não ter transportes públicos, se em Lisboa e Porto ainda poderá haver algumas alternativas, no resto do país esquece, só mesmo de carro.

Posso encontrar mais exemplos da necessidade de ter um carro (os anteriores são casos reais de pessoas que me são próximas). Em alguns casos (o meu por exemplo) até é necessário ter dois carros.

Alguém que viva numa grande zona urbana como Lisboa ou Porto, que não tenha filhos, que não estude à noite, que tenha um horário de trabalho das 9 às 17 horas (ou similar) relativamente perto da residência pode realmente não necessitar ter um carro, será o teu caso?
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por alexandre7ias » 9/3/2013 23:00

A Caixa Geral de Aposentações conta, a partir do próximo mês, com mais 1703 aposentados e reformados da administração pública, que vão custar ao Estado cerca de 1,472 milhões de euros por mês, menos de 865 euros por pessoa, em média.

Segundo a lista publicada ontem em Diário da República, do total, 90 reformas são superiores a 3 mil euros, 24 são superiores a 4 mil euros e quatro são superiores a 5 mil euros. A mais alta tem o valor de 5376,82 e pertence a um assistente graduado da Unidade Local de Saúde de Matosinhos - a única neste escalão que não pertence a médicos é de um juiz-desembargador.

O maior número de reformados vem do Ministério da Saúde, de onde saem para a reforma 425 pessoas. Do Ministério da Educação saem 353 trabalhadores e é aqui que estão concentradas as reformas mais elevadas da lista.

Num ano, estes novos 1703 reformados vão custar ao Estado cerca de 20,613 milhões de euros. Isto se as reformas fossem recebidas por inteiro, mas há que considerar os impostos e taxas aplicados consoante os diversos escalões.

O i falou com um dos aposentados da lista, o notário José António Resende Oliveira, que, com mais de 65 anos de trabalho, pediu a reforma há já quase dois anos. Foi-lhe atribuído um valor de 4390 euros, do qual terá direito a receber apenas uma parte: “Fui completamente depauperado pelo Estado”, disse.

De acordo com números da Pordata, a base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Caixa Geral de Aposentações tinha 453 129 reformados em 2011, contra 203 141 em 1993.

Neste período, o número de aposentados com reformas até 250 euros manteve-se mais ou menos inalterado, na casa dos 57 mil indivíduos.

Já no escalão mais alto, acima dos 4 mil euros, o número subiu de 11 para 5235 pessoas. Em 1993 havia 1450 pessoas a receber entre 2 mil e 2500 euros, mas em 2011 o número de pensionistas neste escalão era já de 52 119. No escalão acima, a ganhar de 2500 a 3 mil euros, o número de reformados passou de 489 em 1993 para 36 562 em 2011. A mudança foi também notável no escalão entre os 1000 e os 1500 euros, passando de 11 433 para 78 815 pensionistas.

Até Março deste ano, e segundo cálculos com base nas listas da Caixa Geral de Aposentações, deverão reformar-se 4970 funcionários públicos (menos 154 do que no mesmo período do ano passado). Estes pensionistas irão receber, em média, 1199,2 euros, um corte de 18% em relação ao primeiro trimestre de 2012.

As explicações para esta diferença estão sobretudo nas alterações da fórmula de cálculo das novas pensões e na antecipação em 2013 do aumento da idade de reforma dos 63 para os 65 anos, além da redução do número de pedidos de reforma entre os funcionários públicos.

No top dos pedidos de reforma deste trimestre estão os professores e funcionários afectos ao Ministério da Educação, seguindo-se os médicos, os enfermeiros e restantes funcionários do Ministério da Saúde.
.

Adoro médias!

O Pedro devia falar um pouco sobre isto com o Borges.

http://www.ionline.pt/dinheiro/estado-1 ... hoes-euros
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por alexandre7ias » 9/3/2013 21:31

Pata-Hari Escreveu:já viste bem o contra-senso do que estás a afirmar....?


E já agora porque será que as pessoas mais produtivas são geralmente as que ganham menos?
... sim...?? isso é fantástico.... mas estranho, não?


E o passos pode não ter dito que era necessário baixar o ordenado mínimo, mas pensou!
:roll: . Se imaginasses as coisas que eu penso..... ainda bem que ainda não há castigo por se pensar caladinho....



E já agora podia dizer nós não vamos descer nem subir o salário mínimo mas os patrões/empresas podem aumentar se quiserem.
Olha que tens toda a razão. Podem mesmo! e podem fechar. Ou podem pagar o ordenado mínimo a todos os empregados e ficar sem eles. Ou podem uma multitude de coisas porque a empresa é deles. Assim como eu também me posso tornar patrão e contratar, se me apetecer. O chato é que ultimamente lhes apetece pagar pouco e despedir.
.


Podem tudo, claro que podem. Mas não podem é afirmar e dizer que aumentar o salário mínimo é muito mau, é muito grave, não é suportável etc etc porque se assim fosse e uma vez que existem milhares de trabalhadores disponíveis, não consigo entender porque pagam acima do ordenado mínimo!

Porque não pagam ordenado mínimo aos deputados, aos políticos em geral, aos trabalhadores dos bancos, e a muitos mais!

De certeza que conseguem milhares para os substituir a ganhar o salário mínimo!
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por Pata-Hari » 9/3/2013 18:22

já viste bem o contra-senso do que estás a afirmar....?


E já agora porque será que as pessoas mais produtivas são geralmente as que ganham menos?
... sim...?? isso é fantástico.... mas estranho, não?


E o passos pode não ter dito que era necessário baixar o ordenado mínimo, mas pensou!
:roll: . Se imaginasses as coisas que eu penso..... ainda bem que ainda não há castigo por se pensar caladinho....



E já agora podia dizer nós não vamos descer nem subir o salário mínimo mas os patrões/empresas podem aumentar se quiserem.
Olha que tens toda a razão. Podem mesmo! e podem fechar. Ou podem pagar o ordenado mínimo a todos os empregados e ficar sem eles. Ou podem uma multitude de coisas porque a empresa é deles. Assim como eu também me posso tornar patrão e contratar, se me apetecer. O chato é que ultimamente lhes apetece pagar pouco e despedir.
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por alexandre7ias » 9/3/2013 18:12

Pata-Hari Escreveu:Citem o lugar onde disse que os ordenados mínimos portugueses deveriam descer. O Passo Coelho claramente disse que isso não era uma opção em Portugal.

O ordenado dele não está em causa, aparentemente há quem o queira pagar. O problema é que neste momento nem pelo ordenado mínimo as empresas querem/podem contratar quem está desempregado. E o problema não está no valor do ordenado, está na estrutura de custos totais e nas implicações de custos futuros de empregar alguém. O ordenado é apenas umas das partes dos custos totais. Descer qualquer uma das componentes de custos aumentará certamente o espaço para se empregar mais gente.
.

Claro que não está causa, por isso fala assim! E claro que os mesmos que lhe pagam os milhares possivelmente não querem aumentar uns € aos restantes trabalhadores que ganham muito menos e talvez perto do salário mínimo.

O problema é igual tanto num salário mínimo como noutro qualquer!

E já agora porque será que as pessoas mais produtivas são geralmente as que ganham menos?

E o passos pode não ter dito que era necessário baixar o ordenado mínimo, mas pensou!

E já agora podia dizer nós não vamos descer nem subir o salário mínimo mas os patrões/empresas podem aumentar se quiserem.
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por Pata-Hari » 9/3/2013 17:18

07/03/2013 | 17:31 | Dinheiro Vivo


António Borges garante, em declarações à rádio Renascença que não existem quaisquer indicações para alterar o valor do salário mínimo nacional.

"A única medida que se pode tomar nesta altura é manter o salário mínimo como está", garante António Borges ainda que concorde com Passos Coelho e avance que a redução poderia beneficiar a criação de emprego. "Temos uma emergência que é o desemprego de 17%", lembra.

Borges acrescenta que esta questão é a "mais controversa que tem vindo a público nos últimos tempos. E as pessoas são acusadas de quererem uma estratégia de crescimento à custa de salários baixos. Não é de maneira nenhuma o caso", garante, acrescentando que "ninguém quer um país de gente pobre, toda a gente quer um país próspero".

Acrescenta ainda que "a primeira dificuldade é voltar a pôr as pessoas a trabalhar, encontrar postos de trabalho, e isso não se faz tornando o posto de trabalho mais caro", remata.

O salário mínimo nacional está fixado em 565,8 euros por mês ou 485, se se retirarem os subsídios de férias e de Natal. Temos 11 países com remunerações mais elevadas que a nossa no total da UE


http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Art ... 10908.html
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por Pata-Hari » 9/3/2013 16:49

Citem o lugar onde disse que os ordenados mínimos portugueses deveriam descer. O Passo Coelho claramente disse que isso não era uma opção em Portugal.

O ordenado dele não está em causa, aparentemente há quem o queira pagar. O problema é que neste momento nem pelo ordenado mínimo as empresas querem/podem contratar quem está desempregado. E o problema não está no valor do ordenado, está na estrutura de custos totais e nas implicações de custos futuros de empregar alguém. O ordenado é apenas umas das partes dos custos totais. Descer qualquer uma das componentes de custos aumentará certamente o espaço para se empregar mais gente.
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por STRESSZERO » 9/3/2013 16:48

alexandre7ias Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Toda a discussão sobre alguém ter dito que os salários em portugal deveriam descer é uma não discussão porque ninguém afirmou isso. A má fé e desonestidade de quem reafirma e discute uma coisa que não aconteceu, é chocante.


O António Borges não disse isso? Não disse que os salários deviam descer?

Salários não é só o salário mínimo!


Disse alto e em bom som!!
Só se esqueceu de dizer que tem um ordenado obsceno.
Gostaria que houvesse um jornalista com eles no sítio e perguntasse a esse sr o que acha do seu ordenado.
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por alexandre7ias » 9/3/2013 16:32

Pata-Hari Escreveu:Toda a discussão sobre alguém ter dito que os salários em portugal deveriam descer é uma não discussão porque ninguém afirmou isso. A má fé e desonestidade de quem reafirma e discute uma coisa que não aconteceu, é chocante.


O António Borges não disse isso? Não disse que os salários deviam descer?

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por Pata-Hari » 9/3/2013 16:29

Toda a discussão sobre alguém ter dito que os salários em portugal deveriam descer é uma não discussão porque ninguém afirmou isso. A má fé e desonestidade de quem reafirma e discute uma coisa que não aconteceu, é chocante.
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por alexandre7ias » 9/3/2013 16:25

1. Tenho por certo que António Borges, nesta fase da sua vida, está muito pouco interessado em fazer concessões em relação a tudo aquilo em que acredita, e a tudo aquilo que julga saber.
Isso tem sido evidente nos últimos meses.
Cada vez que António Borges dá uma entrevista, e desdobra-se como nunca nessa cruzada, o que diz produz efeito.
Em junho defendeu que os salários dos portugueses deviam baixar. Obrigou o primeiro-ministro a vir esclarecer que o Governo não tinha nenhum plano para descer nominalmente os salários.
Em agosto, numa incursão sobre a RTP, lançou a ideia de concessionar a estação a privados que tinham, dizia ele, melhores condições para gerir a empresa - e despedir quem houvesse a despedir a seguir. Mesmo quando, já no início deste ano, Miguel Relvas anunciou que a privatização estava cancelada e se iria seguir a restruturação da RTP mantendo-a na órbita do Estado, o conselheiro Borges entendeu que não seria bem assim. E disse-o.
Em setembro, na mais bruta das polémicas, tinha decidido chamar ignorantes aos empresários que rejeitaram as alterações à taxa social única, que Pedro Passos Coelho, pressionado pelo País, foi obrigado a meter na gaveta.
2. Agora, retomando o tema que lhe é tão caro da baixa de salários, António Borges acha que até o ordenado mínimo (485 no Continente e um pouco mais nos Açores e na Madeira) deveria diminuir, como aconteceu noutros países, como a Irlanda. Que o salário mínimo português seja um terço do irlandês será, com certeza, um pormenor; e que os patrões portugueses, numa perspetiva mais inteligente de reanimação do mercado interno, estejam até disponíveis para negociar esse salário mínimo nacional, deve ser - é - absolutamente irrelevante para o "conselheiro" Borges.
Pelo meio disto, a avença de 300 mil euros que recebe para o grupo de trabalho que lidera dar conselhos ao Governo sobre as privatizações não o impediu de assumir funções num grupo privado, a Jerónimo Martins.
3. É um mistério que o Governo continue a precisar dos doutos conselhos do antigo vice-governador do Banco de Portugal e alto funcionário da Goldman Sachs.
Por um lado, cada vez que o homem fala - e já se percebeu que não se sente limitado neste campo da comunicação - o Governo abana. Leva com os protestos e críticas de empresários, trabalhadores e partidos da oposição, quando não mesmo com as de relevantes militantes dos próprios PSD e CDS.
A irresistível lógica teórica defendida por Borges de que baixos salários são um passo para promover o emprego no futuro seria, aliás, sempre um excelente argumento para Pedro Passos Coelho fazer aquilo que há muito se impõe: despedi-lo com justa causa, retirar ao "conselheiro" a possibilidade de continuar a massacrar os seus compatriotas com a dureza de quem parece que já nada espera da vida.
Há momentos em que é preciso dizer basta aos dislates, mesmo que travestidos de alguma lógica académica ultraliberal.
Não há nenhum motivo de natureza racional que, tantos disparates depois, aconselhe a manter este homem na órbita do Governo - pago, e bem pago, com o dinheiro de todos os contribuintes. Se há limites para a arrogância intelectual paga pelo Estado, António Borges ultrapassou-os todos.
Se todos os portugueses trabalhassem de borla haveria pleno emprego e todas as empresas do mundo quereriam estabelecer-se no nosso país - será que António Borges já pensou nisto? É uma bela ideia, não é?
.

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interio ... co&page=-1


O que o governo está a fazer é tentar minimizar os maus resultados das próximas eleições!

Maria tem 41 anos, está desempregada há dois anos e divorciada desde então. Tem dois filhos, de 12 e oito anos. Segundo a informação da Segurança Social, deveria receber, até maio, 179 euros do Rendimento Social de Inserção(RSI), mas esse valor só o viu um mês. Desde aí tem sido sempre a diminuir, como a esperança que caiu por terra quando recebeu o último cheque. 35€

Maria de Fátima com cheque de 35 euros

Em outubro de 2011, Maria de Fátima Mota da Silva, habitante de Louredo, Póvoa de Lanhoso, ficou desempregada da peixaria onde trabalhava. Meteu os papéis para receber apoio, mas foi indeferido. Insistiu, até que lhe aceitaram o pedido e apresentaram a alternativa de prestar três horas de trabalho, diário, na Escola D. Elvira Câmara Lopes, em S. Martinho do Campo, mediante um subsídio de 179 euros mensais. Esse foi o valor que lhe chegou num primeiro cheque, mas os dois seguintes já foram de 103 euros, descendo os quatro seguintes para 53 euros e o último para 35.
.

Viva Portugal
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por Pata-Hari » 9/3/2013 16:12

Pelo contrário, o governo está a recuar e a fazer EXACTAMENTE o que o povo quer, aumentar a despesa e voltar ao seu habitual comportamento. O drama é que ninguém irá para a rua reclamar que não querem isto.
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por alexandre7ias » 9/3/2013 16:06

Pata-Hari Escreveu:...bem, mas está nas nossas mãos tornar claro que isto NÂO queremos....
.

Pelas respostas que os políticos têm dado às ultimas manifestações não vai adiantar de muito!

Basta olhar as acusações que o Sr Paulo Morais faz, prova, etc e ninguém faz nada.

O ROUBO vai continuar
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por Pata-Hari » 9/3/2013 15:25

...bem, mas está nas nossas mãos tornar claro que isto NÂO queremos....
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por Las_Vegas » 9/3/2013 14:23

O mais grave é esta media não ajudar grande coisa os deolindas deste país.
Não estou a vêr aquela malta do troika pra rua e das grandolas a começar a trabalhar nas obras.
Os queixumes vão continuar.
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Calma galera !!

por bboniek33 » 9/3/2013 14:12

Mestre Pereira vai lanc,ar medidas eneergicas de grande envergadura que darao emprego imediato a 100K cabouqueiros e outros especialistas.

Sao muitos anos de Excel...
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por carf2007 » 9/3/2013 14:09

MiamiBlueHeart Escreveu:
A-330 Escreveu:
Está provado que as pessoas tem uma memória de 6 meses em relação a assuntos políticos.
A330


As pessoas não têm memória ou o Governo anda ao sabor do vento..

Isto foi o que o Governo andou a dizer que nunca faria e que criticava ferozmente o anterior Governo, o que acontece agora??

Uma medida á JS..

Este Governo não tem competência para Governar o país, especialmente PPC e Vitor Gasspar..

Para PM voto em Paulo Macedo, tivesse ele a ser apoiado pelo CDS ou Verdes.

Com este Governo, é de PEC em PEC..

P.S. Gosto especialmente a obra do porto de Lisboa, vamos gastar 2 mil milhões de euros para passar uma infraestrutura para o outro lado da margem do rio tejo.. Isto é uma obra prioritária para o país??? tanta incompetência..


Também gostava de Paulo Macedo como PM. Alguém que crie uma petição online ... :)
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
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por MiamiBlue » 9/3/2013 13:48

A-330 Escreveu:
Está provado que as pessoas tem uma memória de 6 meses em relação a assuntos políticos.
A330


As pessoas não têm memória ou o Governo anda ao sabor do vento..

Isto foi o que o Governo andou a dizer que nunca faria e que criticava ferozmente o anterior Governo, o que acontece agora??

Uma medida á JS..

Este Governo não tem competência para Governar o país, especialmente PPC e Vitor Gasspar..

Para PM voto em Paulo Macedo, tivesse ele a ser apoiado pelo CDS ou Verdes.

Com este Governo, é de PEC em PEC..

P.S. Gosto especialmente a obra do porto de Lisboa, vamos gastar 2 mil milhões de euros para passar uma infraestrutura para o outro lado da margem do rio tejo.. Isto é uma obra prioritária para o país??? tanta incompetência..
 
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por A330-300 » 9/3/2013 0:09

alexandre7ias Escreveu:
MPC_finance Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
richardj Escreveu:o que pode fazer baixar o desemprego no curto/médio prazo é isto:



GOVERNO E CONSTRUÇÃO ASSINAM 50 MEDIDAS PARA REANIMAR SETOR



http://www.iol.pt/push/iol-push---econo ... -6469.html


Mais do mesmo: asneira!


Sim também estou de acordo.
Fazer o que sempre se fez, dinamizar o sector da construção (à custa dos contribuintes) para garantir um crescimento marginal!

Preparar o terreno para colher votos!

Mas se pensam que o povo vai contestar esta medida enganem-se!


Já não é o povo que tem que contestar, isto é mais um roubo, por isso tem que ser a justiça.

Continuam a viver acima das possibilidades.


Está provado que as pessoas tem uma memória de 6 meses em relação a assuntos políticos.Por isso , a estratégia dos governos é apertar nos dois primeiros anos de governo e depois ir aliviando para parecer que as coisas estão a melhorar e que as suas políticas estavam corretas.
Isto de incentivar a construção é medida barata que dá emprego a alguns , para fazer parecer que as coisas estão a melhorar.É colar com saliva.

Outra vez , as medidas para um investimento consistente não estão a ser tomadas. E uma delas seria pagar aquilo que se deve às empresas todas.Não só às construtoras.A outra seria reduzir o prazo de pagamento às empresas que prestam serviços ao estado.Isso sim , era manutenção e até criação de emprego.

Muitas PME estão a fechar porque o estado não lhes paga.

Esta medida de aumentar a construção já o Sócrates defendia na época em que queria construir os NAL , TGV, e outras megalomanias.

É impressionante como não se aprende nada com os erros passados!!

É por essas e por outras que acho este pais inviável e a melhor maneira de as pessoas melhorarem de vida passa mesmo pela emigração.
Foram 114 mil em 2012 e vão mais este ano. Só no meu círculo de amigos 3 já foram e mais uns 2 devem ir este ano(todos com diferentes profissões).Se for contar os conhecidos o número aumenta bastante.
O último que apague a luz.

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por alexandre7ias » 8/3/2013 21:41

MPC_finance Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:
richardj Escreveu:o que pode fazer baixar o desemprego no curto/médio prazo é isto:



GOVERNO E CONSTRUÇÃO ASSINAM 50 MEDIDAS PARA REANIMAR SETOR



http://www.iol.pt/push/iol-push---econo ... -6469.html


Mais do mesmo: asneira!


Sim também estou de acordo.
Fazer o que sempre se fez, dinamizar o sector da construção (à custa dos contribuintes) para garantir um crescimento marginal!

Preparar o terreno para colher votos!

Mas se pensam que o povo vai contestar esta medida enganem-se!


Já não é o povo que tem que contestar, isto é mais um roubo, por isso tem que ser a justiça.

Continuam a viver acima das possibilidades.
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por MPC_finance » 8/3/2013 20:47

Lion_Heart Escreveu:
richardj Escreveu:o que pode fazer baixar o desemprego no curto/médio prazo é isto:



GOVERNO E CONSTRUÇÃO ASSINAM 50 MEDIDAS PARA REANIMAR SETOR



http://www.iol.pt/push/iol-push---econo ... -6469.html


Mais do mesmo: asneira!


Sim também estou de acordo.
Fazer o que sempre se fez, dinamizar o sector da construção (à custa dos contribuintes) para garantir um crescimento marginal!

Preparar o terreno para colher votos!

Mas se pensam que o povo vai contestar esta medida enganem-se!
 
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por Lion_Heart » 8/3/2013 20:21

richardj Escreveu:o que pode fazer baixar o desemprego no curto/médio prazo é isto:



GOVERNO E CONSTRUÇÃO ASSINAM 50 MEDIDAS PARA REANIMAR SETOR



http://www.iol.pt/push/iol-push---econo ... -6469.html


Mais do mesmo: asneira!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por richardj » 8/3/2013 20:16

outro problema do desemprego, sobretudo ao nível do desemprego jovem tem haver, na minha opinião, com a seguinte questão:

alguém sabe quantos alunos de um determinado tipo de curso (ex: arquitectura) terminaram o seu curso o ano passado? E ao mesmo tempo, quantas pessoas da mesma área profissional (ex: arquitectura) se reformaram o ano passado?

o que determina o numero de vagas em portugal para um determinado curso? Porque é que existem, por exemplo 1500 vagas em portugal para cursos de arquitectura? Porque não 1000 ? ou 2000 ?

Existe algum relatório do ministério da educação ou do ministério do emprego com essa informação?

Existe alguma correlação entre o numero de vagas disponíveis para um curso e o respectivo mercado de trabalho?

na minha opinião não existe.

Como se pode justificar a manutenção do numero de vagas em alguns cursos, (ex: arquitectura, direito, eng civil) apesar de claramente o mercado estar saturado à vários anos? Podem perguntar, onde estão os sinais de que o mercado está saturado nessas áreas.

Na minha opinião, pode ver-se isso através do baixo nível de condições monetárias que é oferecido nessas áreas ao aluno finalista médio, o elevado numero de candidatos que aparecem sempre que abre uma oferta de emprego, o elevado numero de recém licenciados que estão desempregados e ainda não tiveram uma oportunidade de trabalho, o aumento de candidatos a profissões que não sendo o curso que tiraram é na mesma área (ex: recém licenciados arquitectos que concorrem para dar aulas de desenho/ EVT/ EV/ GD etc)

Outra questão que pode surgir é, então as pessoas não tem o direito de tirar o curso que lhes apetecer? Ou pelo menos ter essa oportunidade? A resposta é que sim. Mas isso não significa que não deva haver um ajustamento, na perspectiva de médio longo prazo que relaciona a procura por determinados sectores e a oferta para esse sector. Sobe pena de uma grande maioria dos finalistas nunca encontrarem emprego, porque simplesmente não existe capacidade do mercado trabalho para os absorver.

Nesse sentido, seria também necessário existem politicas de longo prazo nos sectores que o governo considerasse. E preferencialmente com apoio da oposição. Não é claro quais são os sectores chaves em portugal, para alem do turismo. Noutros países é muito mais claro.
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por MarcoAntonio » 8/3/2013 19:52

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:
Alguma coisa está a escapar-me, o aumento real não é igual ao aumento nominal menos a taxa de inflação?



migluso Escreveu:
Creio que sim, basicamente.



Em exacto, o crescimento real deverá ser o crescimento nominal a dividir pela taxa de inflação (para variações pequenas dá quase a mesma coisa, para variações grandes ou para o acumular de vários anos já não dará a mesma coisa).

Se o crescimento nominal for de 5% e a taxa de inflação 3% então o crescimento real é 1.05/1.03=1.0194, ou seja, 1.94%. Para 15% e 10% respectivamente daria 4.55%, etc...


Já agora, em relação à tabela, o que se passa é que aparentemente estão a calcular o crescimento real no momento em que é actualizado (ou no início do ano). O valor não bate exactamente certo com os dados da Pordata mas aproximam-se bastante, se se utilizar esta metodologia.

O valor obtido assim não é exacto/real uma vez que o salário mínimo é aplicado para o resto do ano e a taxa de inflação que vai realmente inflacionar/deflacionar o salário mínimo é a que vem depois, não a que existiu antes.



Se eu decidir actualizar a minha tabela de preços (hipotética) de serviços em Janeiro de 2014, posso utilizar a ultima taxa de inflação disponível à data para usar como referência (que será nessa altura a taxa de 2013) mas é a inflação que vai realmente existir ao longo de 2014 que vai decidir se eu em termos reais estou realmente a subir ou a baixar o preço e em quanto. Se a inflação "resolver" subir brutalmente em 2014 e eu tiver utilizado para referência a inflação de 2013, então o que vai acontecer é que eu (por ter antecipado mal - subestimado - a inflação) vou na verdade cobrar em termos reais menos pelo serviço.

Para uma análise em termos de longo-prazo o desvio vai ser pequeno mas para identificar o que se passou no ano x ou y o procedimento utilizado pode conduzir a valores dispares dos reais.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por artista_ » 8/3/2013 19:34

carf2007 Escreveu:Muito bom discurso. (Na falta de tópico mais apropriado deixo aqui)

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Muito Bom... é um retrato típico do estado da última década e meia. Esbanjou dinheiro em tudo e mais alguma coisa, menos nas pessoas, ou pelo menos na grande maioria das pessoas, os políticos obviamente são outro tipo de pessoas! A precariedade tem sido a aposta, passaram de um extremo ao outro, das enormes regalias dadas para atrair gente qualificada, passaram ao atropelo das Leis sem qualquer tipo de regalia...

Claro que em centenas de milhares de pessoas há muitos casos diferentes, há muitas situações particulares, mas a tendência foi a que descrevi...
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