Off Topic- Deolinda - "Parva que sou"
Esta manifestação da Geraçao a Rasca para mim é um sucesso. 300k Pesssoas quando se esperava umas 50k no maximo é muito bom.
Também me parece que foi pacifico o que é excelente.
Infelizmente e pela colagem dos politicos não vai dar em nada.
A minha ultima teoria é que com este PEC V ou la que numero seja é a forma escolhida pelo Socrates para sair pela porta grande como vitima.
Também me parece que foi pacifico o que é excelente.
Infelizmente e pela colagem dos politicos não vai dar em nada.
A minha ultima teoria é que com este PEC V ou la que numero seja é a forma escolhida pelo Socrates para sair pela porta grande como vitima.
Editado pela última vez por Lion_Heart em 12/3/2011 20:23, num total de 1 vez.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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Trisquel Escreveu:Ultima Hora - Greve de camionistas a partir das 0.00h de segunda-feira, contágio!
A ver se é desta que fazem cair o Governo. Eu nunca me esqueço de um bloqueio a uma ponte em Lisboa anos atras que foi o principio do fim so Cavaquismo
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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MiamiBlueHeart Escreveu:Do nada sairam 300mil pessoas para as ruas..
O país real saiu à rua. Só não vê, quem não quer.. Os casos foram sucedendo a um ritmo alucinante e, muitos deles, demonstrativos do que é o actual Portugal.
É uma Geração, uma sociedade, um país à rasca..
Uma sociedade que demonstrou todo o seu descontentamento contra o actual governo e os politicos em geral.
A classe política e os politicos deviam reflectir sobre o que se está neste momento a passar.
Do nada surgiram 300mil pessoas, agora que se viu a força deste movimento, quantos serão na próxima acção?
É tempo de colocar a casa em ordem.
É tempo de se falar a verdade.
É tempo da honestidade politica voltar.
Mesmo tendo sído 300 mil é ainda uma pequena parte da quantidade de pessoas insatisfeitas neste país....
Gostaria de saber a tua opinião de como se pode colocar a casa em ordem? Qual é a verdade que não foi díta? E em que momento anterior observas-te honestidade na politica?
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Elias Escreveu:Tridion Escreveu:Mas Elias o exemplo tem que vir de cima e a classe política tá lá em cima. A correcção dos actos praticados tem que ser imperioso em política, e sendo exemplo podem exigir à sociedade que se molde por forma a condenar a corrupção.
Tridion, o que sugeres é uma abordagem "top down".
Teoricamente isso pode funcionar, na prática eu creio que não funciona; tu podes forçar comportamentos mas não podes forçar mudanças de mentalidades. Pessoalmente só acredito numa abordagem "bottom up".
Não estou a pedir que através de processo legislativo obriguem as pessoas a serem sérias, estou a pedir aos políticos para serem sérios.
Custava muito terem tentado educar as pessoas para não se endividarem até ao pescoço? Custava porque eles próprios se endividavam até ao pescoço em rotundas, festas, infra-estruturas sem capacidade de retorno, a comprar votos em troca de empregos...e assim é dificil passar uma mensagem.
Mas pode ser que o processo "bottom up" esteja a começar...foram criadas condições educacionais para que as pessoas começem a pensar e a exigir.
Elias Escreveu:Tridion Escreveu:Se Portugal for gerido por pessoas sérias os Portugueses tenderão a tornar-se mais sérios.
Muito bem. Então responde-me lá a uma pergunta simples: como é que fazes para escolher essas "pessoas sérias"?
Eu acredito por norma que os políticos quando se iniciam na sua actividade sejam sérios, mas depois a vida fácil, as palmadinhas nas costas, os grupos de pressão, a sedução de muito dinheiro a circular, (as gajas boas

Por isso os políticos podem ser os mesmos, mas têm que sentir o bafo na nuca da pressão daqueles que os elegeram quando estão a decidir. Têm que ser responsáveis e saberem que quando forem levianos vão ser confrontados com uma justiça a funcionar e cega.
Sem querer ser polémico parece-me que a geração à rasca cabia na rua da betesca... A geração rasca à procura de tasca essa sim foi para o rossio!!:lol:
Agora sem brincadeiras, o movimento de fundo é inteiramente legitimo e um sério aviso para a classe politica!! A minha solidariedade para aqueles que realmente se encontram em dificuldades e os restantes vão trabalhar malandros!!

Agora sem brincadeiras, o movimento de fundo é inteiramente legitimo e um sério aviso para a classe politica!! A minha solidariedade para aqueles que realmente se encontram em dificuldades e os restantes vão trabalhar malandros!!
Editado pela última vez por Berluscony em 12/3/2011 20:00, num total de 1 vez.
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Trisquel Escreveu:Elias Escreveu:Muito bem. Então responde-me lá a uma pergunta simples: como é que fazes para escolher essas "pessoas sérias"?
Presente
Agora tens duas opções:
- inscreves-te num partido
- formas um novo partido
boa sorte

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Do nada sairam 300mil pessoas para as ruas..
O país real saiu à rua. Só não vê, quem não quer.. Os casos foram sucedendo a um ritmo alucinante e, muitos deles, demonstrativos do que é o actual Portugal.
É uma Geração, uma sociedade, um país à rasca..
Uma sociedade que demonstrou todo o seu descontentamento contra o actual governo e os politicos em geral.
A classe política e os politicos deviam reflectir sobre o que se está neste momento a passar.
Do nada surgiram 300mil pessoas, agora que se viu a força deste movimento, quantos serão na próxima acção?
É tempo de colocar a casa em ordem.
É tempo de se falar a verdade.
É tempo da honestidade politica voltar.
O país real saiu à rua. Só não vê, quem não quer.. Os casos foram sucedendo a um ritmo alucinante e, muitos deles, demonstrativos do que é o actual Portugal.
É uma Geração, uma sociedade, um país à rasca..
Uma sociedade que demonstrou todo o seu descontentamento contra o actual governo e os politicos em geral.
A classe política e os politicos deviam reflectir sobre o que se está neste momento a passar.
Do nada surgiram 300mil pessoas, agora que se viu a força deste movimento, quantos serão na próxima acção?
É tempo de colocar a casa em ordem.
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É tempo da honestidade politica voltar.
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Tridion Escreveu:Mas Elias o exemplo tem que vir de cima e a classe política tá lá em cima. A correcção dos actos praticados tem que ser imperioso em política, e sendo exemplo podem exigir à sociedade que se molde por forma a condenar a corrupção.
Tridion, o que sugeres é uma abordagem "top down".
Teoricamente isso pode funcionar, na prática eu creio que não funciona; tu podes forçar comportamentos mas não podes forçar mudanças de mentalidades. Pessoalmente só acredito numa abordagem "bottom up".
Tridion Escreveu:Se Portugal for gerido por pessoas sérias os Portugueses tenderão a tornar-se mais sérios.
Muito bem. Então responde-me lá a uma pergunta simples: como é que fazes para escolher essas "pessoas sérias"?
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"Geração à rasca" leva 200 mil manifestantes à Avenida da Liberdade
12 Março 2011 | 16:58
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.ptPartilhar51
Polícia aponta para 200 mil manifestantes em Lisboa. Mas a manifestação da "Geração à rasca "conseguiu juntar pessoas um pouco por todo o país. "Sócrates aceita a demissão" ou "Senhor Presidente dissolva o Parlamento" são das ideias que mais geram consenso.
A Avedida da Liberdade esteve cheia de uma ponta à outra durante várias horas, como não é vulgar noutras manifestações. Aliás, ainda falta vários milhares de manifestantes chegarem aos Restauradores.
O número avançado pela polícia é equivalente ao número de professores que se manifestaram o ano passado, também na Avenida da Liberdade. Quem está no terreno diz que a "Geração à rasca" está a ter uma adesão muito superior.
No Porto, o encontro que juntou os manifestantes na Praça da Batalha, fez com que se tornasse, por momentos, e em algumas zonas, quase impossível movimentar-se, tal era o número de manifestantes.
Relatos apontam para 500 manifestantes em Coimbra e 150 em Ponta Delgada.
"Senhor Presidente, em nome dos pobres, dos jovens, dos idosos e da nação, dissolva o Parlamento!", é um dos slogans que impera no Porto. "Sócrates nasdaq, aceita a demissão", grita-se em Lisboa. Os slogans são imensos: "Nunca pagámos tanto por tão pouco". "Economia é a tua tia". "Com a precaridade não há liberdade". "Revolução dos (es)cravos". "Deixa passar, deixa passar, que o mundo vai mudar". "Todos à rasca homens e animais".
(Notícia em actualização)
12 Março 2011 | 16:58
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.ptPartilhar51
Polícia aponta para 200 mil manifestantes em Lisboa. Mas a manifestação da "Geração à rasca "conseguiu juntar pessoas um pouco por todo o país. "Sócrates aceita a demissão" ou "Senhor Presidente dissolva o Parlamento" são das ideias que mais geram consenso.
A Avedida da Liberdade esteve cheia de uma ponta à outra durante várias horas, como não é vulgar noutras manifestações. Aliás, ainda falta vários milhares de manifestantes chegarem aos Restauradores.
O número avançado pela polícia é equivalente ao número de professores que se manifestaram o ano passado, também na Avenida da Liberdade. Quem está no terreno diz que a "Geração à rasca" está a ter uma adesão muito superior.
No Porto, o encontro que juntou os manifestantes na Praça da Batalha, fez com que se tornasse, por momentos, e em algumas zonas, quase impossível movimentar-se, tal era o número de manifestantes.
Relatos apontam para 500 manifestantes em Coimbra e 150 em Ponta Delgada.
"Senhor Presidente, em nome dos pobres, dos jovens, dos idosos e da nação, dissolva o Parlamento!", é um dos slogans que impera no Porto. "Sócrates nasdaq, aceita a demissão", grita-se em Lisboa. Os slogans são imensos: "Nunca pagámos tanto por tão pouco". "Economia é a tua tia". "Com a precaridade não há liberdade". "Revolução dos (es)cravos". "Deixa passar, deixa passar, que o mundo vai mudar". "Todos à rasca homens e animais".
(Notícia em actualização)
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Elias Escreveu:Já entrevistaram pessoas a dizer que se estão a manifestar contra a corrupção dos políticos.
Infelizmente - e os estudos mostram isso mesmo - os cidadãos condenam a corrupção praticada por políticos mas toleram-na se praticada pelo "cidadão comum".
Enquanto a mentalidade dominante não mudar, estas manifestações não terão qualquer efeito prático.
Mas Elias o exemplo tem que vir de cima e a classe política tá lá em cima. A correcção dos actos praticados tem que ser imperioso em política, e sendo exemplo podem exigir à sociedade que se molde por forma a condenar a corrupção.
Agora quando vemos que maioria dos políticos de trazer por casa praticam sistematicamente uma gestão danosa da coisa pública, muitas vezes porque não sabem mais, mas outras vezes em benefício próprio, é dificil à sociedade civil não enveredar pelo caminho mais fácil e invejar o enriquecimento rápido.
Se ao nível autárquico a má gestão é compreensível porque muitas vezes a qualificação dos políticos é incompatível com a gestão de uma sociedade e um território em rápida transformação, já no governo do Estado falamos de uma classe elitista que teve e tem acesso à melhor educação, partilha de conhecimentos e redes de informação, que me levam a concluir que a má gestão que fazem só pode ser para se servirem ou servirem interesses instalados.
Se Portugal for gerido por pessoas sérias os Portugueses tenderão a tornar-se mais sérios.
Todos querem estar 'à rasca'
12 de Março, 2011
por Manuel Agostinho Magalhães
Figuras de todos os quadrantes, desde os Homens da Luta a Cavaco Silva, passado por deputados do PS, tentam apanhar a boleia do movimento Geração à Rasca.
Deputados e dirigentes de todos os partidos políticos deram apoio ao protesto promovido pelo movimento Geração à Rasca. «Tivemos respostas positivas, sempre positivas, ao nosso convite para participarem, de todo o lado», disse ao SOL Paula Gil, do grupo dos quatro , o movimento que lançou o manifesto e as manifestações.
Não querendo adiantar nomes, confirma que até do partido do Governo houve solidariedade: «Sim, também do PS».
A última semana exponenciou a expectativa de que o dia de sábado possa ser histórico. A bola de neve cresceu com a vitória dos Homens da Luta no Festival da Canção e a anunciada participação de Jel e Falâncio no protesto.
Dois dias depois, em Viseu, seguranças do PS expulsaram de um jantar do partido jovens do movimento à rasca , que interromperam de megafone em punho José Sócrates, dando mais publicidade ao protesto. E quando anteontem até Cavaco Silva, no discurso de posse dedicado aos jovens, apelou a que se manifestem - «Façam ouvir a vossa voz» -, surgiu a pergunta: será que ninguém quer perder este comboio?
Paula Gil tem um discurso de inclusão. «Temos apreço por todo o apoio do Presidente», reage. Apelando a que as pessoas «apareçam enquanto cidadãos», salvaguarda que não serão hostilizados sinais de identificação partidária. Ela própria é filiada no BE. «Há quem seja da JSD, da JS ou tenha passado pelo PCP, na organização», diz Paula Gil ao SOL. Daí «o carácter apartidário» do protesto, conclui.
Jerónimo de Sousa, numa entrevista por ocasião dos 90 anos do PCP, mostrou-se solidário e anunciou que o partido se fará representar. No BE, as participações serão a título individual. A JSD também estará na Avenida. Já o líder da JS, Pedro Alves, admite que «numa primeira fase muitos militantes se sentissem motivados» a participar - até porque o manifesto do movimento é «bastante interessante e faz um diagnóstico lúcido» - mas diz que este sentimento acabou por se diluir. Sobretudo porque «há um conjunto de apetites a querer cavalgar» o que se iniciou como um movimento apartidário.
Paula Gil não teme a diversidade nem altercações: «Fomos o único país em que houve um protesto pacífico contra uma cimeira da NATO».
Mas o Movimento à Rasca está consciente do risco de infiltrações. O grupo Um milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de Toda a Classe Política tem uma agenda reivindicativa bem distinta e já se colou à manifestação.
Mais preocupante, nos últimos dias circulam na internet mails a apoiar a manifestação do grupo à rasca , mas com uma agenda agressiva de 30 pontos. Dizem-se «dispostos a fazer quase tudo para mudar o rumo [do] abuso» de uma classe política que, dizem, beneficia de «mordomias» e é «corrupta». A raiva expressa-se em reivindicações como «acabar com os motoristas particulares 20 h/dia (...) para servir suas excelências, filhos e famílias e até os filhos das amantes».
O próprio movimento original anti-políticos resolveu demarcar-se. José Couto Nogueira avisa que esta mensagem não os responsabiliza. Porém, confirma que, por solidariedade, o seu movimento incentivou à comparência na «manifestação do dia 12». A confusão e desconfiança no seio deste grupo levou uma aderente a anunciar o abandono. «As manipulações políticas/partidárias instalaram-se no grupo», justifica a advogada Raquel Silva.
Polícia está em alerta
Quanto aos organizadores do Movimento à Rasca, têm tentado desfazer a confusão sobre os seus objectivos, que atinge comentadores televisivos como Sousa Tavares.
«Quando se pede o fim das subvenções para os partidos e a substituição de toda a classe política, estamos a brincar. E substitui-los por quem? Pelos deolindos ?», criticava, equivocado, o analista da SIC no início da semana. Neste cenário de incerteza, a polícia garante que está atenta aos factores de risco.
Contactada pelo SOL, fonte oficial da PSP diz que aquela força «irá proporcionar todas as condições de segurança aos cidadãos que participem neste protesto».
Autarca deixa PS
No PS, a manifestação também ajudou a revelar conflitos internos. Como aconteceu com Paulo Freitas do Amaral, que entregou esta semana o cartão de militante, que tinha há 11 anos. Aos 32 anos, o presidente da Junta de Freguesia de Paço d Arcos está «desencantado».
«Não existe, nem na liderança do PS nem no Governo qualquer percepção do que se passa na realidade», justifica, anunciando que vai passar a político «independente».
Este sábado, sairá também à rua «com um grande grupo de amigos». Os mesmos que há 17 anos estiveram com ele no protesto anti-propinas e que, diz, estão «hoje sem futuro e sem expectativas».
manuel.a.magalhaes@sol.pt
*com Graça Rosendo e Sónia Graça
12 de Março, 2011
por Manuel Agostinho Magalhães
Figuras de todos os quadrantes, desde os Homens da Luta a Cavaco Silva, passado por deputados do PS, tentam apanhar a boleia do movimento Geração à Rasca.
Deputados e dirigentes de todos os partidos políticos deram apoio ao protesto promovido pelo movimento Geração à Rasca. «Tivemos respostas positivas, sempre positivas, ao nosso convite para participarem, de todo o lado», disse ao SOL Paula Gil, do grupo dos quatro , o movimento que lançou o manifesto e as manifestações.
Não querendo adiantar nomes, confirma que até do partido do Governo houve solidariedade: «Sim, também do PS».
A última semana exponenciou a expectativa de que o dia de sábado possa ser histórico. A bola de neve cresceu com a vitória dos Homens da Luta no Festival da Canção e a anunciada participação de Jel e Falâncio no protesto.
Dois dias depois, em Viseu, seguranças do PS expulsaram de um jantar do partido jovens do movimento à rasca , que interromperam de megafone em punho José Sócrates, dando mais publicidade ao protesto. E quando anteontem até Cavaco Silva, no discurso de posse dedicado aos jovens, apelou a que se manifestem - «Façam ouvir a vossa voz» -, surgiu a pergunta: será que ninguém quer perder este comboio?
Paula Gil tem um discurso de inclusão. «Temos apreço por todo o apoio do Presidente», reage. Apelando a que as pessoas «apareçam enquanto cidadãos», salvaguarda que não serão hostilizados sinais de identificação partidária. Ela própria é filiada no BE. «Há quem seja da JSD, da JS ou tenha passado pelo PCP, na organização», diz Paula Gil ao SOL. Daí «o carácter apartidário» do protesto, conclui.
Jerónimo de Sousa, numa entrevista por ocasião dos 90 anos do PCP, mostrou-se solidário e anunciou que o partido se fará representar. No BE, as participações serão a título individual. A JSD também estará na Avenida. Já o líder da JS, Pedro Alves, admite que «numa primeira fase muitos militantes se sentissem motivados» a participar - até porque o manifesto do movimento é «bastante interessante e faz um diagnóstico lúcido» - mas diz que este sentimento acabou por se diluir. Sobretudo porque «há um conjunto de apetites a querer cavalgar» o que se iniciou como um movimento apartidário.
Paula Gil não teme a diversidade nem altercações: «Fomos o único país em que houve um protesto pacífico contra uma cimeira da NATO».
Mas o Movimento à Rasca está consciente do risco de infiltrações. O grupo Um milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de Toda a Classe Política tem uma agenda reivindicativa bem distinta e já se colou à manifestação.
Mais preocupante, nos últimos dias circulam na internet mails a apoiar a manifestação do grupo à rasca , mas com uma agenda agressiva de 30 pontos. Dizem-se «dispostos a fazer quase tudo para mudar o rumo [do] abuso» de uma classe política que, dizem, beneficia de «mordomias» e é «corrupta». A raiva expressa-se em reivindicações como «acabar com os motoristas particulares 20 h/dia (...) para servir suas excelências, filhos e famílias e até os filhos das amantes».
O próprio movimento original anti-políticos resolveu demarcar-se. José Couto Nogueira avisa que esta mensagem não os responsabiliza. Porém, confirma que, por solidariedade, o seu movimento incentivou à comparência na «manifestação do dia 12». A confusão e desconfiança no seio deste grupo levou uma aderente a anunciar o abandono. «As manipulações políticas/partidárias instalaram-se no grupo», justifica a advogada Raquel Silva.
Polícia está em alerta
Quanto aos organizadores do Movimento à Rasca, têm tentado desfazer a confusão sobre os seus objectivos, que atinge comentadores televisivos como Sousa Tavares.
«Quando se pede o fim das subvenções para os partidos e a substituição de toda a classe política, estamos a brincar. E substitui-los por quem? Pelos deolindos ?», criticava, equivocado, o analista da SIC no início da semana. Neste cenário de incerteza, a polícia garante que está atenta aos factores de risco.
Contactada pelo SOL, fonte oficial da PSP diz que aquela força «irá proporcionar todas as condições de segurança aos cidadãos que participem neste protesto».
Autarca deixa PS
No PS, a manifestação também ajudou a revelar conflitos internos. Como aconteceu com Paulo Freitas do Amaral, que entregou esta semana o cartão de militante, que tinha há 11 anos. Aos 32 anos, o presidente da Junta de Freguesia de Paço d Arcos está «desencantado».
«Não existe, nem na liderança do PS nem no Governo qualquer percepção do que se passa na realidade», justifica, anunciando que vai passar a político «independente».
Este sábado, sairá também à rua «com um grande grupo de amigos». Os mesmos que há 17 anos estiveram com ele no protesto anti-propinas e que, diz, estão «hoje sem futuro e sem expectativas».
manuel.a.magalhaes@sol.pt
*com Graça Rosendo e Sónia Graça
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Isto sim
Aqui teríamos a resolução de boa parte dos problemas:
http://www.boursorama.com/international ... 1a9a006487
http://www.boursorama.com/international ... 1a9a006487
Já entrevistaram pessoas a dizer que se estão a manifestar contra a corrupção dos políticos.
Infelizmente - e os estudos mostram isso mesmo - os cidadãos condenam a corrupção praticada por políticos mas toleram-na se praticada pelo "cidadão comum".
Enquanto a mentalidade dominante não mudar, estas manifestações não terão qualquer efeito prático.
Infelizmente - e os estudos mostram isso mesmo - os cidadãos condenam a corrupção praticada por políticos mas toleram-na se praticada pelo "cidadão comum".
Enquanto a mentalidade dominante não mudar, estas manifestações não terão qualquer efeito prático.
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Financial Times dá voz à ‘desperate generation’
Económico
12/03/11 16:34
A manifestação da “geração à rasca” é um dos temas tratados pela edição de hoje do jornal britânico.
They call themselves the geração à rasca, Portugal's "desperate generation" - university graduates aged from 21 to 35 who are desperate to start a career, earn a steady wage and move out of their parents' homes.
É assim arranca o artigo do Financial Times sobre a manifestação de jovens que decorre hoje em várias cidades de Portugal.
O jornal justifica a manifestação, organizada através da rede social do Facebook, com as medidas de austeridade do Governo, sublinhando que a economia nacional "está a enfrentar a sua segunda recessão no espaço de três anos".
"As manifestações de jovens na Tunísia, Egipto e Líbia abriu-nos os nossos olhos", diz Inês, uma das activistas da manifestação, em declarações ao jornal britânico.
Económico
12/03/11 16:34
A manifestação da “geração à rasca” é um dos temas tratados pela edição de hoje do jornal britânico.
They call themselves the geração à rasca, Portugal's "desperate generation" - university graduates aged from 21 to 35 who are desperate to start a career, earn a steady wage and move out of their parents' homes.
É assim arranca o artigo do Financial Times sobre a manifestação de jovens que decorre hoje em várias cidades de Portugal.
O jornal justifica a manifestação, organizada através da rede social do Facebook, com as medidas de austeridade do Governo, sublinhando que a economia nacional "está a enfrentar a sua segunda recessão no espaço de três anos".
"As manifestações de jovens na Tunísia, Egipto e Líbia abriu-nos os nossos olhos", diz Inês, uma das activistas da manifestação, em declarações ao jornal britânico.
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