BP
Elias Escreveu:Eu até estou de acordo com isso (mesmo sabendo que este acidente mais não é do que uma consequência do modelo de desenvolvimento que a nossa sociedade adoptou e continuará alegremente a adoptar).
humm....por essa ordem de ideias voltavamos a viver como no tempo das cavernas (estou a exagerar, mas penso que percebes).
Não se construia casas porque há operarios que morrem a fazer casas, etc...não se andava de automovel porque há acidentes, etc...não se fazia operações porque por vezes morrem pessoas nas operações, etc...
Do meu ponto de vista a questão a colocar é:
É possivel explorar petroleo com segurança? Se sim explora-se se não não se explora. E a historia/estatistica mostra que é possivel explorar petroleo com segurança.
Por exemplo a quando do acidente do "Prestige", o problema não foi nem é o trasnporte maritimo de petroleo(provavelmente há milhares de viagens por ano), mas sim falhas humanas(podem ter como causa, incompetencia, lucro facil, etc...), que autorizaram o navio a navegar, mesmo sabendo que não reunia condições para tal. Dai não me parece adequado afirmar que só há acidentes deste genero porque se consome petroleo, ou que só há acidentes de automovel porque se anda de automovel, ou acidentes de aviação porque as pessoas andam de avião.
http://www.elpais.com/articulo/espana/f ... nac_12/Tes
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Miguel Prado
miguelprado@negocios.pt
A BP Portugal acumulou ao longo dos últimos cinco anos mais de 100 milhões de euros de prejuízos e neste período só num ano conseguiu sair do vermelho. Ao contrário da casa-mãe, a filial portuguesa fechou 2009 com um resultado negativo de 29,2 milhões de euros, encontrando-se num plano de reestruturação para tentar melhorar as contas.
A empresa até está a crescer no que diz respeito à sua presença no mercado português. Aquilo que nas contas da BP Portugal é apontado como um objectivo de "profundidade e capilaridade" da rede traduziu-se em 2009 na abertura de 22 novos postos de abastecimento. No entanto, as contas que a BP Portugal tem reportado à casa-mãe estão longe dos desempenhos alcançados na primeira metade desta década.
miguelprado@negocios.pt
A BP Portugal acumulou ao longo dos últimos cinco anos mais de 100 milhões de euros de prejuízos e neste período só num ano conseguiu sair do vermelho. Ao contrário da casa-mãe, a filial portuguesa fechou 2009 com um resultado negativo de 29,2 milhões de euros, encontrando-se num plano de reestruturação para tentar melhorar as contas.
A empresa até está a crescer no que diz respeito à sua presença no mercado português. Aquilo que nas contas da BP Portugal é apontado como um objectivo de "profundidade e capilaridade" da rede traduziu-se em 2009 na abertura de 22 novos postos de abastecimento. No entanto, as contas que a BP Portugal tem reportado à casa-mãe estão longe dos desempenhos alcançados na primeira metade desta década.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Bom dia Elias,
Como já mencionei não tenho nada contra a BP e as petroliferas, até porque é um risco necessário ao desenvolvimento mundial. Preferia que não dependessemos tanto do petroleo, mas enfim...
Acho que quem erra tem de pagar e o caso das cheias que mencionas acontece pelo mundo fora, olha ontem no sul de França. Por isso é que existem seguroas, mas é sempre muito dificil encontrar culpados nessas situações. Pode ser só agua a mais vindo do céu ou de um leito de rio que transborda.
Como já mencionei não tenho nada contra a BP e as petroliferas, até porque é um risco necessário ao desenvolvimento mundial. Preferia que não dependessemos tanto do petroleo, mas enfim...
Acho que quem erra tem de pagar e o caso das cheias que mencionas acontece pelo mundo fora, olha ontem no sul de França. Por isso é que existem seguroas, mas é sempre muito dificil encontrar culpados nessas situações. Pode ser só agua a mais vindo do céu ou de um leito de rio que transborda.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
acintra Escreveu:Por isso como não foram estes que tiveram culpa, devem receber as idemenizações e caso aconteca e seja necessário a BP tem de falir.
Eu até estou de acordo com isso (mesmo sabendo que este acidente mais não é do que uma consequência do modelo de desenvolvimento que a nossa sociedade adoptou e continuará alegremente a adoptar).
Agora imagina coisas como uma grande inundação em Lisboa (ou noutra cidade qualquer) com estragos avultadíssimos. Podemos dizer que a culpa é da chuva abundante, mas a verdade é que a impermeabilização dos solos amplifica - e de que maneira - os estragos causados pela chuva. Nessas situações, muitas pessoas têm prejuízos avultadíssimos, não por causa da chuva em si, mas por causa de opções do Estado quanto ao uso do solo e à falta de estruturas de drenagem adequadas, etc etc. Só que nesse caso ninguém se responsabiliza - "a culpa é da mãe natureza", "foi um azar" e coisas do género.
Dito de outra forma, é fácil apontar o dedo às petrolíferas, não por causa da responsabilidade que eles obviamente têm no meio disto tudo (e que eu nem sequer discuto!), mas porque desde há muito tempo que uma grande parte da população não convive bem com a ideia de que há uns gajos a ganhar milhões à custa dos pobres condutores que têm de pagar a gasolina a preços altíssimos (dois terços são impostos e vão para o Estado, mas isso agora não interessa para nada). O ódio visceral da população em geral às petrolíferas já tem muitos anos. Por isso, e pelos comentários que vou lendo e ouvindo, é que eu tenho a nítida sensação de que há pessoas que sentem um conforto moral com o facto de a BP ter de abrir mão de muitos milhares de milhões (os tais lucros que eles têm) e manifesta o desejo que a BP "pague o que tem de pagar" (ninguém sabe muito bem quanto é, nem os americanos sabem muito bem, mas isso também não interessa para nada, o que interessa é que paguem

- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Não era a 1ª vez (nem seria ultima) que uma empresa ia à falencia por ter que pagar indemnizações.
de acordo quanto às indemnizações, de qualquer forma convém não esquecer que a falência de uma grande empresa atira milhares de trabalhadores para o desemprego, aumentando os encargos do Estado em subsídios, etc. Ou seja, a falência de uma empresa dessas prejudica não apenas os que lá trabalham mas a própria economia.
É um caso muito dificil de julgar e saber qual seria a melhor opção, porque com o derrame tambem existem milhares que ficam desempregados, empresas que fecham e aumentam os encargos do Estado. (pescadores, hoteis, restaurantes, tudo o que envolve o turismo, imobiliário...)
Por isso como não foram estes que tiveram culpa, devem receber as idemenizações e caso aconteca e seja necessário a BP tem de falir. Até acho que o efeito será menor porque alguem irá ficar com as instalações e necessita de mão obra para as colocar a funcionar. Estes prejudicados pelo oil, só voltam a trabalhar naquela zona quando estiver limpa e esquecido o desastre.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Não era a 1ª vez (nem seria ultima) que uma empresa ia à falencia por ter que pagar indemnizações.
de acordo quanto às indemnizações, de qualquer forma convém não esquecer que a falência de uma grande empresa atira milhares de trabalhadores para o desemprego, aumentando os encargos do Estado em subsídios, etc. Ou seja, a falência de uma empresa dessas prejudica não apenas os que lá trabalham mas a própria economia.
A ideia (sem qualquer base cientifica) que eu tenho é que o pais onde isso é mais frequente é os EUA, e lá os tribunais não tem esse tipo de preocupações.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Depende da consciencia ecologica de cada um, tens paises onde isso é levado muito a peito e cada vez mais, porque começas a ver as empresas procupadas com a ecologia, o verde vende, embora em Portugal isso ainda não se note muito.
Em Portugal isso não se nota nada.
Mas duvido que nos EUA (um dos maiores consumidores de petróleo do planeta) a coisa seja muito diferente.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
mais_um Escreveu:Não era a 1ª vez (nem seria ultima) que uma empresa ia à falencia por ter que pagar indemnizações.
de acordo quanto às indemnizações, de qualquer forma convém não esquecer que a falência de uma grande empresa atira milhares de trabalhadores para o desemprego, aumentando os encargos do Estado em subsídios, etc. Ou seja, a falência de uma empresa dessas prejudica não apenas os que lá trabalham mas a própria economia.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:acintra Escreveu:Oh, amigo Elias, cada um faz o que quer e eu estava a dar um exemplo de como uma empresa pode diversificar a sua publicidade de forma a atrair mais clientes. Se não conseguir é capaz de pelo menos ficar com melhor imagem que as outras, o que tambem é importante.
Eu percebi exactamente o que querias dizer. E concordo que cada um faz o que quer (em momento algum sugeri que devias mudar o teu comportamento!)
Apenas quis salientar que na minha óptica o consumidor médio liga mais ao preço de venda (que interfere directamente com o seu bolso) do que às condições de segurança que existem no golfo do México ou na cochinchina (que são um problema para quem lá trabalha). Aliás se o consumidor médio ligasse alguma coisa a isso, tinhas montes de campanhas das petrolíferas a falar dessas coisas - mas não tens. E por isso é que acho que os outros consumidores vão proceder agir da mesma forma que tu.
Claro que poderá haver meia dúzia de consumidores que até dão muita importância a isso (uma vez há muitos anos conheci um tipo que ficou indignado pelo facto de a Shell ter decidido afundar uma plataforma e disse que nunca mais ia abastecer na Shell). Mas são meia dúzia, não têm expressão em termos de receitas. E por isso as campanhas dirigem-se ao grande público e focalizam-se naquilo que o grande público valoriza.
Depende da consciencia ecologica de cada um, tens paises onde isso é levado muito a peito e cada vez mais, porque começas a ver as empresas procupadas com a ecologia, o verde vende, embora em Portugal isso ainda não se note muito.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:acintra eu também não escrevi que a BP não tinha de pagar, mas o que eu pergunto é isto: se a catástrofe se prolongar durante muito mais tempo e o pagamento ascender a montantes tais que a falência da empresa é inevitável, se for preciso optar entre salvar a empresa ou pagar as indemnizações e deixar a empresa falir, o que escolhes?
Não me admiraria que já houvesse alguns concorrentes a esfregarem as mãos de contentes, por estarem a perspectivar o afastamento de um dos maiores concorrentes...
Não era a 1ª vez (nem seria ultima) que uma empresa ia à falencia por ter que pagar indemnizações.
E neste e em qualquer quer outro caso, as indemnizações justas devem ser pagas, é isso que faz com que as empresas tenham cuidado, senão era uma rebaldaria.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:acintra eu também não escrevi que a BP não tinha de pagar, mas o que eu pergunto é isto: se a catástrofe se prolongar durante muito mais tempo e o pagamento ascender a montantes tais que a falência da empresa é inevitável, se for preciso optar entre salvar a empresa ou pagar as indemnizações e deixar a empresa falir, o que escolhes?
Não me admiraria que já houvesse alguns concorrentes a esfregarem as mãos de contentes, por estarem a perspectivar o afastamento de um dos maiores concorrentes...
Sem duvida alguma, pagar as idemenizações desde que sejam justas e a quem realmente foi prejudicado.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
acintra Escreveu:Oh, amigo Elias, cada um faz o que quer e eu estava a dar um exemplo de como uma empresa pode diversificar a sua publicidade de forma a atrair mais clientes. Se não conseguir é capaz de pelo menos ficar com melhor imagem que as outras, o que tambem é importante.
Eu percebi exactamente o que querias dizer. E concordo que cada um faz o que quer (em momento algum sugeri que devias mudar o teu comportamento!)
Apenas quis salientar que na minha óptica o consumidor médio liga mais ao preço de venda (que interfere directamente com o seu bolso) do que às condições de segurança que existem no golfo do México ou na cochinchina (que são um problema para quem lá trabalha). Aliás se o consumidor médio ligasse alguma coisa a isso, tinhas montes de campanhas das petrolíferas a falar dessas coisas - mas não tens. E por isso é que acho que os outros consumidores vão proceder agir da mesma forma que tu.
Claro que poderá haver meia dúzia de consumidores que até dão muita importância a isso (uma vez há muitos anos conheci um tipo que ficou indignado pelo facto de a Shell ter decidido afundar uma plataforma e disse que nunca mais ia abastecer na Shell). Mas são meia dúzia, não têm expressão em termos de receitas. E por isso as campanhas dirigem-se ao grande público e focalizam-se naquilo que o grande público valoriza.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
acintra eu também não escrevi que a BP não tinha de pagar, mas o que eu pergunto é isto: se a catástrofe se prolongar durante muito mais tempo e o pagamento ascender a montantes tais que a falência da empresa é inevitável, se for preciso optar entre salvar a empresa ou pagar as indemnizações e deixar a empresa falir, o que escolhes?
Não me admiraria que já houvesse alguns concorrentes a esfregarem as mãos de contentes, por estarem a perspectivar o afastamento de um dos maiores concorrentes...
Não me admiraria que já houvesse alguns concorrentes a esfregarem as mãos de contentes, por estarem a perspectivar o afastamento de um dos maiores concorrentes...
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:acintra Escreveu:Os verdes, os ambientalistas, as pessoas mais sensiveis...mas se todas as empresas fizessem igual vivia-se mais descansado.
acintra, basicamente o que estás a sugerir é que esperas que todos os outros (cidadãos e empresas) mudem, para tu não teres que mudar.![]()
Já te ocorreu que os outros podem pensar exactamente da mesma forma, e no fim de contas fica tudo na mesma?
Oh, amigo Elias, cada um faz o que quer e eu estava a dar um exemplo de como uma empresa pode diversificar a sua publicidade de forma a atrair mais clientes. Se não conseguir é capaz de pelo menos ficar com melhor imagem que as outras, o que tambem é importante.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Marco, foi exatamente por ai que começou a nossa conversa. Eu acho que a BP é responsavel e tem de pagar. Pagar o que é correcto em relação ao problema que aconteceu. Não deve pagar para aqueles que se querem aproveitar da situação.
Não sou dos que protesta, sou a favor do que seja justo e com o menor risco para terceiros e posso dizer que trabalho numa multinacional e que o acionista, neste momento um fundo americano, investe e obriga a regras de segurança apertadas.
Se calhar porque prefere perder algum lucro em investimento do que ter um azar a bater á porta em que gasta muito mais e prejudica a imagem da empresa.
Não sou dos que protesta, sou a favor do que seja justo e com o menor risco para terceiros e posso dizer que trabalho numa multinacional e que o acionista, neste momento um fundo americano, investe e obriga a regras de segurança apertadas.
Se calhar porque prefere perder algum lucro em investimento do que ter um azar a bater á porta em que gasta muito mais e prejudica a imagem da empresa.
Editado pela última vez por acintra em 17/6/2010 23:15, num total de 1 vez.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
acintra Escreveu:Os verdes, os ambientalistas, as pessoas mais sensiveis...mas se todas as empresas fizessem igual vivia-se mais descansado.
acintra, basicamente o que estás a sugerir é que esperas que todos os outros (cidadãos e empresas) mudem, para tu não teres que mudar.

Já te ocorreu que os outros podem pensar exactamente da mesma forma, e no fim de contas fica tudo na mesma?
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
acintra Escreveu:Elias Escreveu:[quote="acintra]
Eu não porque não gosto da Cepsa e pelas minhas razões que tu frisaste. Mas não achas que seria uma forma diferente de fazer publicidade nas petroliferas?
De certeza que havia alguns que mudavam!
acintra, se tu próprio não mudavas, porque é que achas que os outros iriam mudar?
Por outras palavras, o que é que te leva a crer que os outros consumidores iriam dar importância a isso?
Os verdes, os ambientalistas, as pessoas mais sensiveis...mas se todas as empresas fizessem igual vivia-se mais descansado.[/quote]
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
acintra Escreveu:Então se já houve os tais 120 e tal casos que dá 3 por ano são todos da BP? Claro que não! Por isso todos sofrem do mesmo problema.
Certamente que não foram todos da BP!
Mas isso não permite fazer generalizações do tipo "são todos iguais".
Quando muito podes dizer que "seguramente há mais de uma companhia que tem este tipo de problemas". Ir mais longe é uma generalização abusiva, pois não tem qualquer base... Já pensaste que até pode haver várias companhias que nunca tiveram qualquer acidente?
acintra Escreveu:A aviação não é um bom exemplo até porque sabes que as companhias que te referes compram os aviões que as outras já não pretendem.
Isso era o que toda a gente pensava, até ao dia em que um avião moderno de uma companhia supostamente precoupada com a segurança (a Air France) caiu no Atlântico...
Editado pela última vez por Elias em 17/6/2010 23:07, num total de 1 vez.
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
acintra Escreveu:Por estarmos os três a falar, eu, Tu e o Elias estamos a baralhar as conversas.
Quando me referi a pressão não era pós acidente.
A pressão existe o tempo todo...
E o lucro pré acidente é o que nomeadamente previne uma empresa contra a possibilidade de falência caso um acidente grave ocorra!
acintra Escreveu:Antes do acidente qual era a pressão para alem da concorrencia em investir mais em segurança?
A pressão é a concorrência, a satisfação do accionista, a acumulação de lucros que permitam à empresa continuar a investir, prevenir-se contra os prejuízos que derivam de acidentes, etc, etc, etc. Se não existisse pressão económica as empresas estavam a borrifar-se para o lucro, tanto valia ser X como 2X...
acintra Escreveu: Até podia ser um argumento para o mercado de forma a marcar a diferença do outros.
Sim, sim. É exactamente o tipo de coisa que atrai o accionista*:
Invista BP, o dobro da segurança, metade do retorno financeiro!
Como vês, todos somos responsáveis. Não podemos ignorar as nossas próprias escolhas o tempo todo. O consumidor, o pequeno accionista, etc está a borrifar-se o tempo todo para estas questões. Depois, quando acontece um acidente grave, aponta o dedo confortavelmente a partir da sua poltrona.
No dia seguinte, sai de carro e protesta contra os preços dos combustíveis...
Aos Estados o mesmo tipo de raciocinio pode ser aplicado em função das suas decisões políticas, económicas e militares!
E quero recordar, para evitar as frequentes más leituras, que eu nunca disse que a BP não tem responsabilidades, tal não representa fielmente o meu ponto de vista.
*(que somos muitos de nós, aqui não interessa se é a BP ou a GALP ou BCP, isto é uma questão genérica)
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/6/2010 23:06, num total de 2 vezes.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:[quote="acintra]
Eu não porque não gosto da Cepsa e pelas minhas razões que tu frisaste. Mas não achas que seria uma forma diferente de fazer publicidade nas petroliferas?
De certeza que havia alguns que mudavam!
acintra, se tu próprio não mudavas, porque é que achas que os outros iriam mudar?
Por outras palavras, o que é que te leva a crer que os outros consumidores iriam dar importância a isso?[/quote]
Os verdes, os ambientalistas, as pessoas mais sensiveis...mas se todas as empresas fizessem igual vivia-se mais descansado.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
Elias Escreveu:acintra Escreveu:São todos iguais e ainda agora escreveste que existem 3 casos do género por ano e não são todos da BP.
Desculpa lá mas estás a presumir que são todos iguais sem qualquer fundamento.
É como eu dizer sem mais nem menos que as companhias aéreas são todas iguais em matéria de segurança - penso que todos temos noção de que não são e não é preciso ir buscar exemplos a África ou à aviação russa...
Então se já houve os tais 120 e tal casos que dá 3 por ano são todos da BP? Claro que não! Por isso todos sofrem do mesmo problema.
A aviação não é um bom exemplo até porque sabes que as companhias que te referes compram os aviões que as outras já não pretendem.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
[quote="acintra]
Eu não porque não gosto da Cepsa e pelas minhas razões que tu frisaste. Mas não achas que seria uma forma diferente de fazer publicidade nas petroliferas?
De certeza que havia alguns que mudavam![/quote]
acintra, se tu próprio não mudavas, porque é que achas que os outros iriam mudar?
Por outras palavras, o que é que te leva a crer que os outros consumidores iriam dar importância a isso?
Eu não porque não gosto da Cepsa e pelas minhas razões que tu frisaste. Mas não achas que seria uma forma diferente de fazer publicidade nas petroliferas?
De certeza que havia alguns que mudavam![/quote]
acintra, se tu próprio não mudavas, porque é que achas que os outros iriam mudar?
Por outras palavras, o que é que te leva a crer que os outros consumidores iriam dar importância a isso?
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
Elias Escreveu:acintra Escreveu:Quando me referi a pressão não era pós acidente. Antes do acidente qual era a pressão para alem da concorrencia em investir mais em segurança? Até podia ser um argumento para o mercado de forma a marcar a diferença do outros.
acintra, não digas isso.
O consumidor final não quer saber disso para nada.
O que interessa ao consumidor final é o preço de venda e a proximidade.
Tu próprio admites que são esses os teus critérios de escolha!
Se eu te dissesses que a Cepsa (por hipótese) era a companhia petrolífera que mais investia em segurança e o posto mais próximo ficasse a 20 km de tua casa, tu passavas a abastecer lá?
Eu não porque não gosto da Cepsa e pelas minhas razões que tu frisaste. Mas não achas que seria uma forma diferente de fazer publicidade nas petroliferas?
De certeza que havia alguns que mudavam!
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
- Mensagens: 3137
- Registado: 17/7/2006 16:09
- Localização: Cascais
acintra Escreveu:São todos iguais e ainda agora escreveste que existem 3 casos do género por ano e não são todos da BP.
Desculpa lá mas estás a presumir que são todos iguais sem qualquer fundamento.
É como eu dizer sem mais nem menos que as companhias aéreas são todas iguais em matéria de segurança - penso que todos temos noção de que não são e não é preciso ir buscar exemplos a África ou à aviação russa...
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento
acintra Escreveu:Quando me referi a pressão não era pós acidente. Antes do acidente qual era a pressão para alem da concorrencia em investir mais em segurança? Até podia ser um argumento para o mercado de forma a marcar a diferença do outros.
acintra, não digas isso.
O consumidor final não quer saber disso para nada.
O que interessa ao consumidor final é o preço de venda e a proximidade.
Tu próprio admites que são esses os teus critérios de escolha!
Se eu te dissesses que a Cepsa (por hipótese) era a companhia petrolífera que mais investia em segurança e o posto mais próximo ficasse a 20 km de tua casa, tu passavas a abastecer lá?
- Mensagens: 35428
- Registado: 5/11/2002 12:21
- Localização: Barlavento