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Caldeirão da Bolsa

Bagão está louco!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por tiopatinhas » 15/9/2004 13:44

Pikas, estou inteiramente de acordo consigo!! :wink:
tiopatinhas
 

por JCS » 15/9/2004 13:42

Governo vai recorrer a receitas extraordinárias em 2004 e pode aumentar imposto sobre tabaco


"O ministro das Finanças e da Administração Pública, António Bagão Félix, afirmou que o Governo vai alterar o IRS para eliminar distorções, e que vai ter de recorrer a 2.000 milhões de receitas extraordinárias para cumprir o limite do défice.
O ministro das Finanças adiantou ainda que alguns impostos sobre produtos supérfluos, como o tabaco, poderão registar subidas para compensar a queda de receita fiscal derivante da redução da taxa de IRC,

Numa «comunicação ao país», Bagão Félix disse que «o Orçamento para 2005 irá introduzir modificações, em particular no IRS, de modo a eliminar distorções que hoje favorecem alguns em prejuízo de quase todos».

«Alguns impostos de consumo sobre bens não essenciais, como o tabaco, poderão vir a ser aumentados», referiu.

«Reavaliaremos em termos de ética fiscal a situação de privilégio de instituições, no campo financeiro, que advém de paraísos fiscais», acrescentou.

Numa comunicação sobre a situação das finanças públicas, Bagão Félix afirmou, também, acreditar em «melhores resultados no combate à impunidade, ao manobrismo e ao incumprimento ostensivo das obrigações fiscais».

Numa declaração de pouco mais de 10 minutos, o ministro das Finanças prometeu que tudo será feito para cumprir, este ano, o objectivo de manter o défice orçamental abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

«Não vai ser tarefa fácil, porque depende, em particular, de receitas adicionais à volta de 2.000 milhões de euros», avisou.

Para 2005, o Governo conta com um «quadro diferente», baseado numa projecção de crescimento económico «acima dos 2%», que deverá aumentar a receita fiscal.

Só que, disse, «temos de contar com a diminuição de receitas da ordem dos 550 milhões de euros resultantes da descida da taxa do IRC» e com a «dramática» confrontação com «o pagamento dos primeiros encargos com as auto-estradas sem portagem (cerca de 500 milhões de euros)».

Acresce a esta lista de custos a promessa de «honrar o compromisso de aumentar os salários e pensões da Função Pública, de pagar o acréscimo das pensões aos antigos combatentes e de prosseguir o aumento real das pensões mais baixas».

«Só para se ter uma ideia do enorme esforço orçamental, basta referir que cada 1% de aumento das despesas com pessoal no Estado custa 250 milhões de euros», avisou.

No Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, a apresentar a 15 de Outubro, Bagão Félix compromete-se, no entanto, a limitar a despesa pública.

«Não a vamos alargar, como alguns profetizaram apressadamente», garantiu.

Disse, também, que «serão escassas as possibilidades de recorrer, com racionalidade, a receitas extraordinárias». "
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por Rui12ld » 15/9/2004 13:40

Desculpem o desabafo, mas vou começar a pesquisar (como nunca o pensava fazer) sobre offshores. Tenho pena que o $ não fique por aqui (como português entenda-se), mas assim não dá.

Também não tenho cara (nem estômago) para montar uma empresa e espetar lá com facturas falsas (ou despesas vindas do céu) para tirar de lá o $, assim creio que é a melhor solução.

O tempo para nos queixarmos já lá vai, está mais que visto que nada há a fazer. A situação só tem tendência a piorar no futuro. Gostaria de aqui a 3 ou 4 anos já não estar a ser massacrado com esta injustiça. Se até lá nada fizer a culpa então será só minha.

Abraço

PS: Só para curiosidade dos foreiros a minha taxa de IRS efectiva para 2003 foi de 28%!!!!
Sem falar nos 34,75% para a S.S. dos quais (contas por alto) só irei ver cerca de 10% a 15% se durar até lá.
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por JCS » 15/9/2004 13:28

O acabar com tantos beneficios fiscais faz para mim todo o sentido, porque a exitência desses mesmos beneficios como eles existem (e têm existido ao longo dos ultimos anos) leva a que o controlo da fiscalidade seja por demais complicado de efectuar, devido à enormissima quantidade beneficios, excepções, etc, etc que vigoram actualmente.
Porque não simplificar bastante o processo todo? Porque não, em vez do contribuinte pagar à cabeça os seus impostos e depois ficar à espera que o dinheiro que pagou retorne (através de beneficios fiscais muitas vezes duvidosos - basta ver no que deram os antigos créditos bonificados -), pagar uma taxa normalizada logo à partida mais baixa?
Seria mais simples, permitiria um controlo mais eficaz e envolveria muito menos gente em todo esse processo (gente essa que poderia porventura até ser conduzida para o combate à fuga e evasão fiscais em vez de andarem a descobrir quanto o estado tem de devolver). Trata-se de simplificar e aumentar a eficácia da máquina fiscal e com isso só posso estar de acordo porque já está por demais procado que o actual sistema não funciona.

Prefiro pagar por exemplo €7.000 de impostos logo à partida e está resolvido, do que pagar €10.000 e ficar meses a fio à espera que me devolvam €3.000 em benefícios (pelo menos os €3.000 estão mais tempo deste lado).

Cumprimentos

JCS
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por PIKAS » 15/9/2004 13:08

Eu também concordo que o Bagão está quase a " passar-se ". Aliás quem nos governa já há muitos anos que é recrutado na Av. do Brasil, ou lá perto.

Agora o Tio Patinhas ficar espantado também me admira. Então o que é que acha? quem é que vai continuar a pagar este desvario total? a classe média, de preferência empregados por conta de outrém. Ou seja você e eu e mais alguns. O resto ou são pretos, gays, comedores do rendimento minimo garantido ( quem me dera que este Estado me garantisse algo... ), ciganos, iraquianos, gnr's e muito mais.

Penso que no discurso do Bagão só uma única vez ele ficou lúcido. O estado está grande demais e é um dos principais motivos para o estado a que este estado chegou. Com tantos funcionários públicos e tão maus funcionários públicos não vamos a lado nenhum.

A questão é que está aí um novo ciclo eleitoral e eles, Bagão incluido, que governam para os votos não se vão atrever a levar à prática aquilo que dizem. Vai ser mais um caso de: " Olha para o que eu digo e não para o que eu faço ".
PIKAS
 

por valves » 15/9/2004 12:51

Bem 2 questões que me parecem importantes analisar :_


1 - de facto os Portugueses infelizmente não poupam muito e por exemplo se formos ver as realidades da malta mais nova ( pelo menos os meus amigos ) para dar para para tudo fazem se autenticas ginasticas financeiras também é verdade que hoje mesmo muitos jovens não dispensam uma 1ª casa logo de luxo ( de preferencia igual ou no bairro onde os papás moram; um automovel pelo menos condizente com a casa que compraram e pronto e claro como 99% trabalham por conta de ontrem onde os salarios são baixinhos ) estão preparados os ingredientes para que a poupança não só seja zero como muitas vezes negativa entenda -se de tempos a tempos estenderem a mãozinha aos papás para os legitimos emprestimos familiares a fundo perdido ou seja o facto de a poupança ser nula pode ser atríbuido em percentagens iguais a 2 factores salários baixos e nivel de vida acima dos rendimentos que auferem

2 ª Questão - em relação á tributação de grandes fortunas penso que a legislação fiscal está a mudar no sentido de as pessoas serem tributadas não só com base nos rendimentos que auferem mas também com o patrimonio que adquirirem em seu nome. se em relação aos rendimentos declarados pode haver margem de fuga o patrimonio constituido as pessoas já não poderão fugir tanto tanto mais que os imoveis não são penso eu ( não sou especialista ) passiveis de serem escondidos portanto tornam -se muito mais facilmente objecto de tributação.


Um abraço

Vasco
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por tiopatinhas » 15/9/2004 12:36

JCS, não poupo só por isso, claro. Mas para uma classe média(como eu) é algo que permite o incentivo à poupança. Afinal por que foi que quem implementou este tipo de deduções o fez? Mero gozo?
Por outro lado, o afinal está aqui não é mais que um logro:
Sim expliquem-me, por favor, como é possível comprarem-se casas por ex. na quinta da Boloura, da marinha e outras que tais, no montante minimo de 180 200 mil contos?
Será tudo isso dinheiro honesto? Eu não digo que algum não o seja. Mas, pelo que vejo, deveria ler o livro "O inimigo sem rosto" de Mª José Morgado e depois, ponderar se vale a pena viver neste atraso de país.
A colecta e a melhoria de qualidade de vida deveria começar pela luta contra a fraude. Isso eu não vejo. Sabe porquê? Porque há muitos interesses em jogo, começando logo, pelo financiamento ilegal aos partidos e campanhas eleitorais.Isto é um emaranhado de tramas dos poderosos e nós somos os contribuintes liquidos, sem hipoteses de fuga.
Bom, é triste e parece-me que este foi um mau aluno de Cavaco Silva.
tiopatinhas
 

por valves » 15/9/2004 12:12

Mas afinal não são só os PPA que deixam de ser deduziveis aos rendimentos declarados no IRS mantendo -se os PPR e a Poupança Habitação como passiveis de serem deduziveis no I.R.S se assim for acho que a medida faz sentido aliás acho que é sinceramente de lamentar as falcatruas que se fazem á escala nacional nas deduções ao I.R.S. para depois no final do ano se receberam mais uns trocos á conta do estado é que somarmos os trocos todos são capazes de dar uns milhões valentes ( ou seja estes rendimentos não são auferidos pelos Portugueses por merito proprio mas unica e excusivamente por vigarice e trafolhices feitas á escala nacional

Um abraço

Vasco
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por Visitante » 15/9/2004 12:09

Em casa em que não há pão todos ralham e ninguem tem razão.
Este Paìs , está ser mal gerido desde longa data ,e em que fundos da CEE , as privatizações e as remessas do emigrantes estaparam temporáriamente o buraco.
O futuro está na juventude, ela irá ter que resolver muitos problemas.A geração dos anos 60 , e é a que está no poder ,é que arruinou o País e não consegue arranjar solução,e não dá exemplos de poupança.
A asfixia só agora começou, o capital e o investimento já ser dirigido para Paises mais competitivos a nivel fiscal.
Estes temas já foram largamente discutidos neste forum ,e a maioria das pessoas já tem noção do futuro que lhes reserva.
Visitante
 

por JCS » 15/9/2004 12:02

Caro Tio Patinhas, você só poupa porque existem PPR's e PPA's?!!! É a unica razão para um português poupar? :shock:

Cumprimentos

JCS
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Bagão está louco!

por tiopatinhas » 15/9/2004 11:02

Além de estar louco está a pôr os restantes portugueses que são sérios e não fogem ao fisco, também loucos.
Vejam, deu-lhe na mona de cortar os PPR, Poupança Habitação e poupança Acções, deixando de poderem abater no IRS. Estes gajos um dia destes até alguns portugueses abatem!!!
É uma vergonha! Afinal não vale a pena poupar!! O que este senhor quer é que todos os portugueses sejam pobres ou seja deixem de poupar porque não há razão para tal. Quanto mais gastarmos melhor, porque se formos todos pobres por certo haverá um subsidiozito para a malta e... não trabalhamos tanto!
Sacanas!!! Com todas as letras!!
Porque não empreende um fortwe ataque à fuga de impostos, tráfico de influências, corrupção. Isso não vale a pena!! No dia seguinte ele caía.
tiopatinhas
 

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