Off Topic - O barco do Aborto
Razão disse :
E com que humanidade vai ser criada uma criança indesejada? Vem ao mundo sem condições, para quê? Para ser mais um triste, vítima de violências físicas e psicológicas?
Razão é que tu sem querer chegaste mesmo onde eu quero chegar ?
Quem somos nós homens para julgar se a vida de um homem merece ser vivida quantas crianças com uma infancia triste depois não se tornam adultos felizes já experimentaste perguntar a 100 alunos ex casapianos ( muitos deles vitimas de maus tratos ) se estão tristes por virem ao mundo ? se calhar muitos deles estão e outros não estão aliás como a generalidade das pessoas da nossa sociedade umas tão contentes de terem vindo outras nem por isso parece -me presunção da nossa parte decidir logo á partida se uma criança deve ou não deve nascer com base nas probabilidades que nós presumimos á partida que ela tem ou não de ser feliz. Olhe que eu sou um grande convencido mas não ao ponto de achar que tenho o poder de decidir ou não a vida de uma determinada criança com base nas probabilidades que eu acho que ela tem ou não de ser feliz. Por outro lado também não estou nada de acordo com o Ulisses quando ele diz :
Mas, apesar de ser a favor da liberalização do aborto, nesta altura sou contra qualquer iniciativa legislativa de mudança da lei ou da convocação de um novo referendo. Tivemos recentemente um referendo ao qual, infelizmente, a maioria dos portugueses não compareceu. Dos que compareceram, a maioria não aceitou a liberalização do aborto. Então porque, tão pouco tempo depois vamos mudar a lei? Vamos fazer referendos até que vença a opinião que alguns querem (eu incluido)? Não faz sentido
Repara assuntos desta natureza requerem um permanente dialogo entre quem decide e os cidadãos, não se trata de fazer referendos até que vença o sim trata -se de um assunto de tal delicadeza e que mexe com coisas tão importantes acho que um referendo de 10 anos em 10 anps não só natural como aconselhavel.
até porque a nossa sociedade está em perfeita mutação e nada deve ser encarado como irreversivel
Cumpts
Vasco
E com que humanidade vai ser criada uma criança indesejada? Vem ao mundo sem condições, para quê? Para ser mais um triste, vítima de violências físicas e psicológicas?
Razão é que tu sem querer chegaste mesmo onde eu quero chegar ?
Quem somos nós homens para julgar se a vida de um homem merece ser vivida quantas crianças com uma infancia triste depois não se tornam adultos felizes já experimentaste perguntar a 100 alunos ex casapianos ( muitos deles vitimas de maus tratos ) se estão tristes por virem ao mundo ? se calhar muitos deles estão e outros não estão aliás como a generalidade das pessoas da nossa sociedade umas tão contentes de terem vindo outras nem por isso parece -me presunção da nossa parte decidir logo á partida se uma criança deve ou não deve nascer com base nas probabilidades que nós presumimos á partida que ela tem ou não de ser feliz. Olhe que eu sou um grande convencido mas não ao ponto de achar que tenho o poder de decidir ou não a vida de uma determinada criança com base nas probabilidades que eu acho que ela tem ou não de ser feliz. Por outro lado também não estou nada de acordo com o Ulisses quando ele diz :
Mas, apesar de ser a favor da liberalização do aborto, nesta altura sou contra qualquer iniciativa legislativa de mudança da lei ou da convocação de um novo referendo. Tivemos recentemente um referendo ao qual, infelizmente, a maioria dos portugueses não compareceu. Dos que compareceram, a maioria não aceitou a liberalização do aborto. Então porque, tão pouco tempo depois vamos mudar a lei? Vamos fazer referendos até que vença a opinião que alguns querem (eu incluido)? Não faz sentido
Repara assuntos desta natureza requerem um permanente dialogo entre quem decide e os cidadãos, não se trata de fazer referendos até que vença o sim trata -se de um assunto de tal delicadeza e que mexe com coisas tão importantes acho que um referendo de 10 anos em 10 anps não só natural como aconselhavel.
até porque a nossa sociedade está em perfeita mutação e nada deve ser encarado como irreversivel
Cumpts
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Women on waves
Na essência revejo-me no que o Ulisses escreveu.
No entanto, julgo que nenhuma mulher tomará a decisão de fazer um aborto de ânimo leve, e o processo deve ser sempre traumático.
Por outro lado, a maioria das mulheres portuguesas que o praticam devem ser jovens adolescentes e mulheres com condições de vida muito precárias, já com vários filhos e sem rendimentos para trazer mais uma criança ao mundo.
Para mim o mais importante nesta questão toda não é a idade do feto, nem a fé de alguns, é sim: uma vida nova que vem ao mundo e em que condições humanas.
Alguém escreveu: "... se a humanidade começa ao 30 dias."
E com que humanidade vai ser criada uma criança indesejada? Vem ao mundo sem condições, para quê? Para ser mais um triste, vítima de violências físicas e psicológicas?
Quem defende a ilegalidade do aborto, sai à rua para ajudar as crianças dos bairros pobres, as crianças que roubam, que pedem, que não vão à escola?
Humanidade é um termo a letra cheia mas temos que ter consciência que uma vida só vale a pena ser vivida se for com dignidade.
Despenalizar não chega, é preciso muito mais do que mudar a Lei, é preciso educar a sociedade e criar condições sociais para que muita gente possa trazer os seus filhos ao mundo.
Mesmo a favor da despenalização, e não da liberalização, sou absolutamente contra a prática de actos médicos (neste caso, abortos) por pessoas sem condições nem habilitações. As chamadas parteiras, enfermeiras e outros habilidosos de vão de escada que devem haver por esse país fora às dezenas, têm que ser denunciados e julgados pelo que fazem - prática de medicina ilegal, que mata muitas mulheres em Portugal todos os anos.
No entanto, julgo que nenhuma mulher tomará a decisão de fazer um aborto de ânimo leve, e o processo deve ser sempre traumático.
Por outro lado, a maioria das mulheres portuguesas que o praticam devem ser jovens adolescentes e mulheres com condições de vida muito precárias, já com vários filhos e sem rendimentos para trazer mais uma criança ao mundo.
Para mim o mais importante nesta questão toda não é a idade do feto, nem a fé de alguns, é sim: uma vida nova que vem ao mundo e em que condições humanas.
Alguém escreveu: "... se a humanidade começa ao 30 dias."
E com que humanidade vai ser criada uma criança indesejada? Vem ao mundo sem condições, para quê? Para ser mais um triste, vítima de violências físicas e psicológicas?
Quem defende a ilegalidade do aborto, sai à rua para ajudar as crianças dos bairros pobres, as crianças que roubam, que pedem, que não vão à escola?
Humanidade é um termo a letra cheia mas temos que ter consciência que uma vida só vale a pena ser vivida se for com dignidade.
Despenalizar não chega, é preciso muito mais do que mudar a Lei, é preciso educar a sociedade e criar condições sociais para que muita gente possa trazer os seus filhos ao mundo.
Mesmo a favor da despenalização, e não da liberalização, sou absolutamente contra a prática de actos médicos (neste caso, abortos) por pessoas sem condições nem habilitações. As chamadas parteiras, enfermeiras e outros habilidosos de vão de escada que devem haver por esse país fora às dezenas, têm que ser denunciados e julgados pelo que fazem - prática de medicina ilegal, que mata muitas mulheres em Portugal todos os anos.
Trade the trend.
Anonymous Escreveu:1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, nas seguintes situações:
a) A pedido da mulher e após consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras 10 semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente;
Houve aqui um engano, na verdade, neste caso não se trata de uma lei, mas sim de um projecto lei!
No entanto na lei actual como tb eu já disse, prevê até às 12 semanas o aborto legal por a gravidez poder eventualmente trazer problemas psíquicos à mulher ( grave lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida). Isto, claro! Para quem quiser e concordar.
Pat
E.....assim me vou.....

-
Visitante
esqueci tb as 10 semanas.......
ufaaaaaaaaaaa.... é que há tantas alternativas......
e diz a lei:
1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, nas seguintes situações:
a) A pedido da mulher e após consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras 10 semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente;
ufaaaaaaaaaaa.... é que há tantas alternativas......
e diz a lei:
1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, nas seguintes situações:
a) A pedido da mulher e após consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras 10 semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente;
-
Visitante
Eu tenho evitado intervir neste tópico por achar que é uma questão que merece uma reflexão mais profunda do que aquela que estou em condições de fazer agora.
No entanto, depois de ler algumas das opiniões expressas não resisto a fazer uma ou outra observação:
Quanto à questão do "já é" ou "ainda não é", acho que, muitas vezes e felizmente, a maioria das mães e dos pais adquire a noção da existência de um filho mesmo antes da fecundação. Ou seja, quando a gravidez ocorre (ou quando o teste a revela) já os pais estão "grávidos" há muito, pelo que, em certo sentido, já eram pais daquela criança antes do momento da fecundação. Não parece que isto seja uma questão de filosofia mas sim de vida.
Assim, faz-me muita confusão essa discussão de até certo momento da gestação o feto ser "apenas um monte de células" ou um ser humano.
Quanto à questão propriamente dita, por princípio sou desfavorável ao aborto. No entanto, julgo existirem circunstâncias extraordinárias que o podem justificar, entre as quais as que estão previstas na nossa lei.
Por outro lado, julgo que qualquer casal (se houver um) ou qualquer mulher que decida por essa solução não o fará de ânimo leve. Eu acredito que, na sua maioria, se pudesse não fazê-lo, não o faria. Assim, também não vejo que a criminalização de quem opta por esta solução extrema seja a solução para o problema. Talvez passe mais, como alguém já disse mais atrás, por uma efectiva educação sexual, pela promoção de verdadeiras políticas de planeamento familiar e pelo apoio à família de que a nossa sociedade tanto carece.
Enfim, é uma matéria onde as certezas absolutas, sejam elas quais forem, são demasiado perigosas.
semprefrio
No entanto, depois de ler algumas das opiniões expressas não resisto a fazer uma ou outra observação:
Quanto à questão do "já é" ou "ainda não é", acho que, muitas vezes e felizmente, a maioria das mães e dos pais adquire a noção da existência de um filho mesmo antes da fecundação. Ou seja, quando a gravidez ocorre (ou quando o teste a revela) já os pais estão "grávidos" há muito, pelo que, em certo sentido, já eram pais daquela criança antes do momento da fecundação. Não parece que isto seja uma questão de filosofia mas sim de vida.
Assim, faz-me muita confusão essa discussão de até certo momento da gestação o feto ser "apenas um monte de células" ou um ser humano.
Quanto à questão propriamente dita, por princípio sou desfavorável ao aborto. No entanto, julgo existirem circunstâncias extraordinárias que o podem justificar, entre as quais as que estão previstas na nossa lei.
Por outro lado, julgo que qualquer casal (se houver um) ou qualquer mulher que decida por essa solução não o fará de ânimo leve. Eu acredito que, na sua maioria, se pudesse não fazê-lo, não o faria. Assim, também não vejo que a criminalização de quem opta por esta solução extrema seja a solução para o problema. Talvez passe mais, como alguém já disse mais atrás, por uma efectiva educação sexual, pela promoção de verdadeiras políticas de planeamento familiar e pelo apoio à família de que a nossa sociedade tanto carece.
Enfim, é uma matéria onde as certezas absolutas, sejam elas quais forem, são demasiado perigosas.
semprefrio
eu sou mulher e estou grávida, ou não só sou a favor do aborto como já o tive que fazer por má formação, e posso garantir a todos os homens que se pronunciam sobre este assunto que não há ninguém que sofra mais que uma mulher que por varias razões opta por fazê-lo.
Quanto ao ser uma vida humana só passa a sê-lo quando nasce e consegue respirar sozinho.
Quem o quizer fazer continuará a fazê-lo, todas as mulheres são avisadas no inicio da gravidez o que deve e não deve tomar e fazer, há muitos comprimidos que provocam más formações é só toma-los.
Quanto ao ser uma vida humana só passa a sê-lo quando nasce e consegue respirar sozinho.
Quem o quizer fazer continuará a fazê-lo, todas as mulheres são avisadas no inicio da gravidez o que deve e não deve tomar e fazer, há muitos comprimidos que provocam más formações é só toma-los.
-
Visitante
Anonymous Escreveu:Boas
Penso, que para a Maioria das mulheres que pratica o aborto, mais tarde ou mais cedo este acaba por ser traumático.
O que evoluiu o pais nestes últimos anos nestes aspectos???, …… e não me falem em Portas, Ferro ou Guterres, que a treta talvez seja a mesma!
Convém também não esquecer, que o aborto é LEGAL em determinados prazos e situações; más formações do feto, violações, etc…..etc…… (penso que até 16 semanas, 3 meses, por crime de violação, ou mesmo, por autodeterminação sexual . E até 24 semanas, + de 4 meses, se houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez) e situações, más formações do feto, violações, etc…..etc……
É falso e “hábil”, dizer que o aborto é ilegal em Portugal.
Etc.....Etc....
Na minha opinião, eventualmente, a lei pode ser alterada, talvez ser mais flexível em alguns aspectos, prazos ou pontos.
No entanto o problema existirá sempre….mesmo os países que são mais abertos em legislação, não permitem o aborto em certas circunstancias nem em todos os meses da evolução da gravidez.
É imperativo haver mais informação, educação, saúde!
Uma vez que dei a minha opinião, pergunto……. O que resolver quando alguém quiser fazer o aborto com 6, 7, ou 8 meses????
Estou a ser habilidoso na questão???……..Talvez……………..
Abraços
Pat
Volto a este tema, e pela ultima vez para acrescentar a legalidade que tb cabe nas 12 semanas.
(que me faltou ontem

Diz então a lei , entre outras coisas, que não é punivel a interrupção da gravidez efectuada por médico nas primeiras 12 semanas( 2 MESES E MEIO ), para evitar grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida.
Aliás penso que é precisamente, esta questão da saude psiquica da mulher que os nossos hermanos espanhois dilatam e “exploram” mais.
Independentemente da minha opinião pessoal, só pretendi deixar, as situações e prazos em que a lei assume o Aborto como Legal, ............. faço mais , deixo a lei penal portuguesa actual (penso que está actual)
__________________________
__________________________
O aborto na lei penal portuguesa actual
O aborto é um crime contra a vida intra-uterina, punido pelo art. 140.º do Código Penal vigente, aprovado pelo Dec.-Lei 48/95, de 15 de Março.
A pena para "a mulher grávida que der consentimento ao aborto praticado por terceiro, ou que, por facto próprio ou alheio, se fizer abortar" é de prisão até 3 anos (n.º 3 do art. 140.º do Código Penal). A mesma pena é aplicável a "quem, por qualquer meio e com consentimento da mulher grávida, a fizer abortar" (n.º 2 do art. 140.º do Código Penal)..
A pena é maior, de 2 a 8 anos de prisão, para "quem, por qualquer meio e sem consentimento da mulher grávida, a fizer abortar" (n.º 1 do art. 140.º do Código Penal).
Estas penas serão aumentadas de um terço "quando do aborto ou dos meios empregados resultar a morte ou uma ofensa à integridade física grave da mulher grávida" e ainda quando o agente "se dedicar habitualmente à prática de aborto punível (…) ou o realizar com intenção lucrativa", nos termos do art. 141.º do Código Penal vigente.
É excluída a ilicitude da prática do aborto, com as alterações introduzidas pela Lei 90/97, de 30.7, nos seguintes termos:
"Artigo 142.º (redacção vigente)
1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida e for realizada nas primeiras 12 semanas da gravidez;
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas da gravidez, comprovadas ecograficamente ou por outro meio adequado de acordo com as "leges artis", excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
d) A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas.
2. A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.
3. O consentimento é prestado:
a) Em documento assinado pela mulher grávida ou a seu rogo e, sempre que possível, com a antecedência mínima de 3 dias relativamente à data da intervenção; ou
b) No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou psiquicamente incapaz, respectiva e sucessivamente, conforme os casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na sua falta, por quaisquer parente da linha colateral.
4. Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior e a efectivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos."
Mas a questão que vai ser posta aos portugueses no dia 28 de Junho de 1998 não é esta. O aborto não vai deixar de ser considerado crime; o que o projecto de lei n.º 451/VII pretende é excluir a ilicitude do aborto nos seguintes termos:
"Artigo 142.º (redacção do projecto de lei n.º 451/VII)
1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, nas seguintes situações:
a) A pedido da mulher e após consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras 10 semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente;
b) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida (anterior alínea a));
c) Caso se mostre indicado para evitar perigo de morte ou grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida (anterior alínea b), com as alterações seguintes), designadamente por razões de natureza económica ou social, e for realizada nas primeiras 16 semanas da gravidez;
d) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas da gravidez, comprovadas ecograficamente ou por outro meio adequado de acordo com as "leges artis", excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo (anterior alínea c));
e) A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas. (anterior alínea d));
2. Nos casos das alíneas b) a e), a verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada através de atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada."
(Os n.º 3 e 4 são eliminados)
O projecto de lei prevê ainda a pena de prisão até dois anos ou multa até 240 dias para "quem, por qualquer modo, fizer publicidade ilegal de produto, método ou serviço, próprio ou de outrem, como meio de incitar à interrupção voluntária da gravidez".
Além disso, o projecto prevê a instituição de uma "rede pública de aconselhamento familiar" e regula o dever de sigilo dos médicos e demais profissionais de saúde envolvidos.
Conclusão
A alínea a) do n.º 1 do novo art. 142.º do Código Penal, que entrará em vigor caso a resposta de mais de 50% dos eleitores portugueses no referendo de 28.6.1998 seja "sim", abre caminho para o aborto a simples pedido da mulher, seja por que motivo for.
Os conceitos indeterminados de "integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente" abrangem toda e qualquer situação – que nem precisa de ser certificada através de atestado médico, ao contrário das situações das alíneas b) a e) do art. 142.º, com a redacção proposta.
É preciso que os eleitores tenham consciência de que a lei actual já prevê a exclusão da ilicitude do aborto nos casos mais dramáticos, inclusivamente não estabelece qualquer prazo se estiver em perigo a vida ou a saúde física ou psíquica (que é um conceito muito abrangente, senão indeterminado) da mãe. A novidade do projecto de lei do PS é o aborto a pedido, sem necessidade de justificação.
As consequências imediatas desta nova lei são, entre outras, as seguintes:
1.º As mulheres grávidas passam a ter o direito de escolher a vida ou a morte dos seus filhos por nascer, até às dez semanas de vida, sem que os pais tenham voto na matéria.
2.º O aborto a pedido depois das dez semanas continua a ser crime e, como tal, é penalizado conforme o disposto nos arts. 140.º e 141.º do Código Penal, que não são alterados.
3.º O aborto clandestino continua a ser penalizado por lei – e despenalizado na prática, como tem sido até agora, independentemente da Lei 6/84, de 11 de Maio, e da Lei 90/97, de 30 de Julho!
Margarida Brito Correia____________________________
____________________________
Abraços
Pat
-
Visitante
Desculpa discordar de ti, Ulisses, mas esse referendo não foi valido pois a maioria das pessoas ficou em casa.
Como sempre os mais liberais são tambem os mais comodistas e os fanaticos os mais activos.
SE houver um referendo agora vai haver muito mais participação do que naquela altura em que ainda era tabu e, se agora vencer o não, muito tristemente terei que aceitar.
Esta era uma das leis que não precisava de referento, era abolida e deixava-se as pessoas decidir, pois como disses-te eles fazem-se na mesma, a unica diferença era que seriam mais acessiveis financeiramente e mais seguros clinicamente. Por isto è que está errada! Não vai mudar os abortos, apenas torna-los mais seguros e mais baratos!
O principio é o mesmo que os carros a gasolina. Não há alternativa viavel porque não há interesse nisso!
Como sempre os mais liberais são tambem os mais comodistas e os fanaticos os mais activos.
SE houver um referendo agora vai haver muito mais participação do que naquela altura em que ainda era tabu e, se agora vencer o não, muito tristemente terei que aceitar.
Esta era uma das leis que não precisava de referento, era abolida e deixava-se as pessoas decidir, pois como disses-te eles fazem-se na mesma, a unica diferença era que seriam mais acessiveis financeiramente e mais seguros clinicamente. Por isto è que está errada! Não vai mudar os abortos, apenas torna-los mais seguros e mais baratos!
O principio é o mesmo que os carros a gasolina. Não há alternativa viavel porque não há interesse nisso!
P/Free Your Mind
Disse :
e aqui já está a manifestar a sua fé, que o feto já é um ser vivo. Que eu saiba, um "ser vivo" é capaz de viver autónomamente, e o feto não se enquadra nessa definição
A minha pergunta é a seguinte o que é que entende por viver autonomamente ?
Existem muitos seres vivos homens e mulheres que não conseguem viver autonomamente por exemplo os paraplegicos as pessoas muito idosas que estão em Lares etc etc.
Vamos lá ver uma coisa é obvio que na esmagadora maioria das vezes a mãe é mais vitima do que criminosa quando decide fazer um aborto e também há muitos papás que na altura da verdade fogem com o rabo a seringa não assumindo os seus 50 % de responsabilidades é por isso é que defendo que tem que haver mecanismos de apoio aos futuros papás quando forem muito novinhos ou não tiverem meios de subsistencia etc etc agora também vos digo uma coisa que um casalinho já com o curso feito e empregados que decidem ter um aborto só porque acham eles que a situação ideal não está ainda criada acho sinceramente pessimo mas obviamente são opiniões respeito muito as opiniões diferentes por isso defendo um referendo.
e aqui já está a manifestar a sua fé, que o feto já é um ser vivo. Que eu saiba, um "ser vivo" é capaz de viver autónomamente, e o feto não se enquadra nessa definição
A minha pergunta é a seguinte o que é que entende por viver autonomamente ?
Existem muitos seres vivos homens e mulheres que não conseguem viver autonomamente por exemplo os paraplegicos as pessoas muito idosas que estão em Lares etc etc.
Vamos lá ver uma coisa é obvio que na esmagadora maioria das vezes a mãe é mais vitima do que criminosa quando decide fazer um aborto e também há muitos papás que na altura da verdade fogem com o rabo a seringa não assumindo os seus 50 % de responsabilidades é por isso é que defendo que tem que haver mecanismos de apoio aos futuros papás quando forem muito novinhos ou não tiverem meios de subsistencia etc etc agora também vos digo uma coisa que um casalinho já com o curso feito e empregados que decidem ter um aborto só porque acham eles que a situação ideal não está ainda criada acho sinceramente pessimo mas obviamente são opiniões respeito muito as opiniões diferentes por isso defendo um referendo.
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Re: ABorto e sempre um problema das mulheres.
Thomas Hobbes Escreveu:Já repararam que quem da a cara para o movimento anti-aborto são sempre homens?
Lá por ser feia a Odete Santos é homem?
moimeme Escreveu:Se ninguém neste mundo é dono da verdade final, em relação à definição de quando se pode considerar existir um Ser Humano, porquê aparecem sempre senhores cientistas, ou senhores sacerdotes, ou senhores legisladores, a impõrem as suas opiniões, e mandarem para a prisão quem considera que o que está dentro de si, é apenas um projecto de vida, ainda não-consumado.
Não culpaes os Cientistas, Sacerdotes e outros afins.
Quem fez a Lei foram os deputados...
E já agora saberás quais foram os partidos que aprovaram ESTA lei que está em vigor?
PLPINTO Escreveu:Mas o principal é a LIBERDADE de não ser obrigado a fazer, a ter ou a não fazer uma coisa num pais tão civilizado como o nosso que até pertence à União Europeia.
E as Leis na União Europeia, sobre o Aborto, serão assim tão diferentes da nossa?
És capaz de apontar as diferenças?
Não deites poeira para os olhos...
PLPINTO Escreveu:Ser livre significa que podemos fazer o que quizer-mos em nosso beneficio desque que não prejudiquemos os interesses dos outros.
Isso significa que eu posso andar a 200km/h nas auto-estradas desde que não bata em ninguém?
Ser livre significa cumprir as Leis aprovadas num regime democrático...
Nada impede que lutemos para as mudar mas enquanto os deputados não as mudarem deveriam ser cumpridas.
(digo "deveriam" porque ninguém cumpre e toda a gente sabe disso...)
Se a Holanda, que voces acham tão liberal, obriga o barco a estar ao largo porque havemos nós de o autorizar a atracar?
E se alguma mulher precisar das holandesas para abortar basta-lhe meter-se num barquinho e subir a bordo... Ninguém proibiu isso, pois não?
Portanto tudo isto é só conversa e serve para encher jornais e telejornais.
No final fica tudo na mesma pois acredito que, no fundo, até o PS (com uma poderosa ala católica) teria problemas em aprovar outra.
JAS
Sou a favor da liberalização do aborto. Se em termos teóricos, tenho alguma dificuldade em definir onde começa e acaba a vida do feto, em termos práticos sei que se o aborto não for legalizado, o número de abortos será sempre o mesmo, porque quando uma mulher quer abortar (uma daquelas decisões que marca qualquer mulher) ela aborta mesmo, vá ao estrangeiro (as ricas) ou clandestinamente, às vezes em condições sanitárias muito degradadas e com bastante risco. Ou seja, legalizar o aborto não fará aumentar o número de abortos, mas em termos de saúde pública é um grande avanço.
Mas, apesar de ser a favor da liberalização do aborto, nesta altura sou contra qualquer iniciativa legislativa de mudança da lei ou da convocação de um novo referendo. Tivemos recentemente um referendo ao qual, infelizmente, a maioria dos portugueses não compareceu. Dos que compareceram, a maioria não aceitou a liberalização do aborto. Então porque, tão pouco tempo depois vamos mudar a lei? Vamos fazer referendos até que vença a opinião que alguns querem (eu incluido)? Não faz sentido... O resultado de referendo se é para ser revogado passado pouco tempo, deixa de fazer sentido, pois se abrirmos um precedente neste caso, a partir daqui abrimos caminho para referendos todos os anos.
Em suma, apesar de favorável à liberalização do aborto, penso que é um erro pretender-se uma alteração legislativa neste momento. A próxima legislatura é a altura certa para tal.
Um abraço,
Ulisses
Mas, apesar de ser a favor da liberalização do aborto, nesta altura sou contra qualquer iniciativa legislativa de mudança da lei ou da convocação de um novo referendo. Tivemos recentemente um referendo ao qual, infelizmente, a maioria dos portugueses não compareceu. Dos que compareceram, a maioria não aceitou a liberalização do aborto. Então porque, tão pouco tempo depois vamos mudar a lei? Vamos fazer referendos até que vença a opinião que alguns querem (eu incluido)? Não faz sentido... O resultado de referendo se é para ser revogado passado pouco tempo, deixa de fazer sentido, pois se abrirmos um precedente neste caso, a partir daqui abrimos caminho para referendos todos os anos.
Em suma, apesar de favorável à liberalização do aborto, penso que é um erro pretender-se uma alteração legislativa neste momento. A próxima legislatura é a altura certa para tal.
Um abraço,
Ulisses
Quer dizer que a desgraçada da mulher não tem direitos sobre o feto... só tem deveres!
Os outros... aqueles que não têm deveres nenhuns, è que têm o direito de impor uma coisa a quem tem o dever de mudar toda a sua vida para satisfazer uma fè dos outros.
Proibir o aborto está errado, ponto final!
Eu não sou a favor do aborto... sou a favor de poder escolher em relação à sua fé, situação economica e planos futuros.
Partindo do principio de que todos estão errados, ou todos estão certos, è muito menos grave praticar um aborto do que deixar vir uma criança que irá revoltar tudo à sua volta.
Se o Paulo Portas ganhar as proximas eleições ainda vai obrigar todos a ir à missa ao Domingo (e eu que trabalho ao Domingo
Os outros... aqueles que não têm deveres nenhuns, è que têm o direito de impor uma coisa a quem tem o dever de mudar toda a sua vida para satisfazer uma fè dos outros.
Proibir o aborto está errado, ponto final!

Eu não sou a favor do aborto... sou a favor de poder escolher em relação à sua fé, situação economica e planos futuros.
Partindo do principio de que todos estão errados, ou todos estão certos, è muito menos grave praticar um aborto do que deixar vir uma criança que irá revoltar tudo à sua volta.
Se o Paulo Portas ganhar as proximas eleições ainda vai obrigar todos a ir à missa ao Domingo (e eu que trabalho ao Domingo

Re: Para Free your Mind
Bolsa72 Escreveu:Eu sou contra o aborto (excepto talvez em caso de má formação e/ou violação) e não me sinto influenciado pela moral "oficial", bem pelo contrário!
Neste caso, como também não tenho certeza quando começa a humanidade, opto pela continuidade da vida, porque não há autoridade para tirar vida - essa é minha "Fé"! Há quem pense de forma diferente, por isso houve referendo e ponto final.
Se um dia me disserem que a humanidade começa aos 35,78 dias, então não me oponho ao aborto nesse período, depois daí é o mesmo que matar uma criança com 1 dia.
A mãe não tem autoridade (para matar) sobre a criança, ela não lhe pertence, pertence à vida e a si mesma.
Confessa que não tem certeza de quando começa a Humanidade... e não podia realmente ser de outra forma, porque ninguém pode ter certeza disso... mas por outro lado diz que "opta pela continuidade da vida"... e aqui já está a manifestar a sua fé, que o feto já é um ser vivo. Que eu saiba, um "ser vivo" é capaz de viver autónomamente, e o feto não se enquadra nessa definição.
Mas tudo bem, tem direito a essa sua fé... o problema, é que diz também que ... quem não partilha dessa sua "fé", merece prisão. E aqui voltamos ao princípio da tirania já discutida acima.
Mas a sua fé, ainda por cima é muito pobre e seguidista, quando afirma que se amanhã, um referendo dissér o contrário, a sua "fé", ou vamos chamar-lhe antes, convicção, também muda! Isso é ter muito pouca fé.
Desculpe a sinceridade e não me leve a mal.
Um abraço.
-
Free Your Mind
PLPINTO Escreveu:A pergunta não é essa mas sim:
O que é mais importante? Os interesses de uma mulher ou os interesses de um feto ou, como alguns defendem, de um monte de celulas?
Sim, PLPINTO.
Tocas no ponto principal "alguns defendem que um feto antes de nascer será sempre apenas um monte de células" ainda sem Humanidade materializada.
E como isso é uma questão de fé de cada um, uma fé diferente não pode ser imposta por ninguém, nem por nenhum partido político conservador.
O tempo em que se impunha uma fé às pessoas em Portugal, era na Idade Medieval onde então se mandava as pessoas para a fogueira. Cá em Portugal, na era moderna, mandam-nas para a prisão.
Este governo conseguiu o feito extraordinário de fazer recuar tanto Portugal, até ao tempo Medieval! Nenhum governo incompetente antes dele, conseguiu fazer recuar tanto o País. Devia-se chamar o comité dos Recordes do Guiness!
-
Free Your Mind
Para Free your Mind
Eu sou contra o aborto (excepto talvez em caso de má formação e/ou violação) e não me sinto influenciado pela moral "oficial", bem pelo contrário!
Neste caso, como também não tenho certeza quando começa a humanidade, opto pela continuidade da vida, porque não há autoridade para tirar vida - essa é minha "Fé"! Há quem pense de forma diferente, por isso houve referendo e ponto final.
Se um dia me disserem que a humanidade começa aos 35,78 dias, então não me oponho ao aborto nesse período, depois daí é o mesmo que matar uma criança com 1 dia.
A mãe não tem autoridade (para matar) sobre a criança, ela não lhe pertence, pertence à vida e a si mesma.
Neste caso, como também não tenho certeza quando começa a humanidade, opto pela continuidade da vida, porque não há autoridade para tirar vida - essa é minha "Fé"! Há quem pense de forma diferente, por isso houve referendo e ponto final.
Se um dia me disserem que a humanidade começa aos 35,78 dias, então não me oponho ao aborto nesse período, depois daí é o mesmo que matar uma criança com 1 dia.
A mãe não tem autoridade (para matar) sobre a criança, ela não lhe pertence, pertence à vida e a si mesma.
-
Bolsa72
MC Escreveu:Não misturem as coisas.
A Armada está apenas a cumprir ordens do poder politico, nada mais.
Olá MC!
Interpretaste-me mal. Desculpa se não me expliquei bem... queria dizer que a nossa gloriosa marinha portuguesa está a ser "usada" e "mal-usada" pelo actual governo de direita como uma polícia política ao serviço do fanatismo do Ministro do Mar, o Dr Paulo Portas.
É claro que a nossa gloriosa marinha está apenas a cumprir ordens... mas são ordens que não a honram em nada, que substimam a nossa marinha, e que a colocam numa mera posição serventil de uma convicção político-religiosa não partilhada por todos os portugueses. É por isso que ela está a ser manchada de vergonha, por ser obrigada a cumprir este tipo de papel ao serviço de um fanatismo pessoal.
Um abraço.
-
Visitante
Em relação ao aborto, penso tb. que actualmente nós estamos mal informados sobre a realidade do mesmo.
Alguém sabe ao certo quantos abortos são realizados em Portugal ?
Penso que existem estatísticas, mas tb. acredito que sofrem de falta de credebilidade, por uma razão simples.
Quando se pergunta a 1 mulher se já realizou um aborto, e por outro lado se lhe diz que se ela responder que sim corre o risco de ir para a prisão, será que à alguma estatística que valha ?
Na minha opinião essa é uma das falhas da lei actual, mantêm-nos na ignorância em relação a este assunto.
Alguém sabe ao certo quantos abortos são realizados em Portugal ?
Penso que existem estatísticas, mas tb. acredito que sofrem de falta de credebilidade, por uma razão simples.
Quando se pergunta a 1 mulher se já realizou um aborto, e por outro lado se lhe diz que se ela responder que sim corre o risco de ir para a prisão, será que à alguma estatística que valha ?
Na minha opinião essa é uma das falhas da lei actual, mantêm-nos na ignorância em relação a este assunto.
- Mensagens: 209
- Registado: 29/3/2004 6:31
- Localização: Manchester, UK
Valves, como podes ver, os teus argumentos são apenas A TUA PRÓPRIA FÉ a falar.... que um ser humano já existe quando um espermatozóide entra no óvulo e corta a caudazinha nadadora que fica fora dele.
Se isso PARA TI é a TUA definição do momento exacto da existência da humanidade, não queres por isso, mandar para a prisão, quem não partilha essa tua fé, pois não?
É que é essa a realidade actual atroz no nosso País, e uma manifesta falta de liberdade de opinião e de pensamento que a nossa lei conservadora obriga respeitar, e sobre pena de prisão!
Se isso PARA TI é a TUA definição do momento exacto da existência da humanidade, não queres por isso, mandar para a prisão, quem não partilha essa tua fé, pois não?
É que é essa a realidade actual atroz no nosso País, e uma manifesta falta de liberdade de opinião e de pensamento que a nossa lei conservadora obriga respeitar, e sobre pena de prisão!
-
Free Your Mind
O fulcro do problema é, e será sempre, a idade do feto.
A partir de quantas semanas é ele um ser humano?
Não se trata de "ser humano autónomo" mas apenas de "ser humano".
Se fosse "autónomo" poderíamos uasr os mesmos argumentos para crianças até 2 ou 3 anos...
claro e já agora uma vez que a conversa está interessante gostaria de acrescentar algo : Para mim vida existe apartir do momento 0,0000 ...1 da concepção ou seja não nos podemos esquecer que todos nós estamos aqui porque os nossos pais ou a natureza não interrompeu esse processo porque estar a definir se é vida ou não apartir das n ou n+1 semanas é para mim incorrecto o processo de criação da vida surge no tal momento da fecundação ... É obvio que o PLpinto tem carradas de razão quando diz que numa noite de copos nem sempre nos lembramos de por o preservativo mas também te digo uma coisa se já estivermos numa fase em que não nos lembramos de pôr o dito cujo acho que se calhar é porque já estamos demasiado com os copos para se quer conseguir fazer qualquer coisa
Um abraço
Vasco
A partir de quantas semanas é ele um ser humano?
Não se trata de "ser humano autónomo" mas apenas de "ser humano".
Se fosse "autónomo" poderíamos uasr os mesmos argumentos para crianças até 2 ou 3 anos...
claro e já agora uma vez que a conversa está interessante gostaria de acrescentar algo : Para mim vida existe apartir do momento 0,0000 ...1 da concepção ou seja não nos podemos esquecer que todos nós estamos aqui porque os nossos pais ou a natureza não interrompeu esse processo porque estar a definir se é vida ou não apartir das n ou n+1 semanas é para mim incorrecto o processo de criação da vida surge no tal momento da fecundação ... É obvio que o PLpinto tem carradas de razão quando diz que numa noite de copos nem sempre nos lembramos de por o preservativo mas também te digo uma coisa se já estivermos numa fase em que não nos lembramos de pôr o dito cujo acho que se calhar é porque já estamos demasiado com os copos para se quer conseguir fazer qualquer coisa

Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Free Your Mind
moimeme Escreveu:referendo Escreveu:Existe um meio-termo? Qual é o critério específico para definir que a humanidade já existe dentro da barriga da Mãe? Quem define esse critério?
Se ninguém neste mundo é dono da verdade final, em relação à definição de quando se pode considerar existir um Ser Humano, porquê aparecem sempre senhores cientistas, ou senhores sacerdotes, ou senhores legisladores, a impõrem as suas opiniões, e mandarem para a prisão quem considera que o que está dentro de si, é apenas um projecto de vida, ainda não-consumado.
Não está aqui em causa definir se o feto já é um ser Humano ou não... já que ninguém, nem os cientistas sabem definir o que faz de nós, seres Humanos !!!!!!!!!!!! A propriedade de "humanidade" é ainda um mistério, do campo metafísico.
O que está aqui em causa é se devemos PUNIR ou não, as pessoas que têm a opinião que esse projecto de vida não é ainda um ser humano.
Essa é a verdadeira questão! Punir ou não essas pessoas que pensam diferentemente de nós!
Que arrogância!...... impõr a nossa visão do mundo, a nossa fé, aos outros....... sob pena de prisão!!!
Um abraço.
O moimeme tocou o cerne da questão! A questão de considerar quando um feto já é ser Humano... há falta de uma definição científica de quando nasce a humanidade, esta questão permanece apenas uma questão de fé de cada um!
E o tempo de mandar para a fogueira (para a prisão), quem não tem "fé" igual à dos conservadores no poder, era o que se fazia no tempo da Santa Inquisição, na idade das Trevas.
Que vergonha para Portugal, que vergonha para a Marinha Portuguesa. Já me sinto no Afeganistão, e com a imposição das burkas e lenços na cabeça das mulheres.... sob pena de prisão!!!! Estes senhores prepotentes só sabem mandar para a prisão quem não partilha a fé deles!!!! Portugal é no fundo, igual ao Afeganistão!!!!
Abençoados Holandeses, que já se libertaram dessa mentalidade medieval!
-
Free Your Mind
PLPINTO Escreveu:Bom, eu quando caí descobri logo que tinha a perna partida!
Descobrir se estava gravido era capaz de ser mais dificil... e eu não ía dizer nada aos meus pais e afins sem ter a certeza!
.
Claro que é diferente!
eu acho!
Mas, o exemplo e a tentativa de comparação foi sua!
outro abraço
pat
-
Visitante
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, AlfaTrader, boavista, cmanel21, darkreflection, Ferreiratrade, Garfield, Google [Bot], HFCA, jat19001900, Kooc, m-m, malakas, mjcsreis, novato, OCTAMA, PAULOJOAO, Pmart 1, Shimazaki_2, silva_39 e 292 visitantes