Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Noticias de Terca-feira, 19 de Novembro de 2002

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Wall Street no vermelho, penalizada pela Wal-Mart e AT&T

por TRSM » 19/11/2002 10:41

Wall Street no vermelho, penalizada pela Wal-Mart e AT&T

Wall Street no vermelho, penalizada pela Wal-Mart e AT&T Wall Street encerrou em queda, com o Dow Jones a perder 1.08% e o Nasdaq a cair 1.2%, penalizados pelos comentários da Wal-Mart e da revisão em baixa da AT&T. A Wal-Mart, a maior retalhista do mundo, espera que as vendas de Novembro se situem no limite inferior do intervalo anteriormente anunciado de 2% a 4%. Esta será a quarta vez nos últimos cinco meses em que a empresa se situa tanto no limite inferior como nem sequer consegue atingir os objectivos por si delineados.

A impedir que as quedas fossem superiores, estiveram a Merck, a McDonald's e a Home Depot (que hoje, antes da abertura do mercado, apresenta resultados). A Lehman Brothers reviu em baixa a recomendação da AT&T de "equal-weight" para "underweight", alegando que a unidade de negócio de clientes particulares está em riscos de colapsar

Ontem, após o fecho do mercado, a Agilent Technologies apresentou um prejuízo de US $236Mn (EPS - US $0.51), nas contas do 4º Trim. e mantém um outlook positivo. As vendas registaram uma subida de 8.1% para os US $1.74Bn (a primeira subida dos últimos seis trimestres) vs US $1.55Bn esperados pelo consenso. Em termos operacionais, a Agilent atingiu o breakeven quando o mercado esperava um prejuízo por acção de US $0.12. Para o 1º Trim. a empresa anunciou o despedimento de cerca de 7% da sua força de trabalho (2,500 colaboradores), vendas entre US $1.5Bn e US $1.6Bn (US $1.52 consenso) e um prejuízo por acção (excluindo custos de aquisição e reestruturação) entre US $0.05 e US $0.15 vs US $0.12 apontados pelo consenso. Para 2003, a Agilent aponta para um crescimento das receitas entre os 5% e os 10% (com o lançamento de novos produtos), e espera vir a atingir as estimativas de resultados ou até mesmo ficar acima das expectativas. As acções da Agilent Technologies subiram cerca de 10% no after-hours.

Após o fecho da sessão de ontem, a farmacêutica Johnson & Johnson anunciou ter obtido resultados bastante satisfatórios no tratamento, ainda experimental, de problemas coronários mesmo nos casos mais difíceis. Espera-se uma reacção positiva a estas notícias.

Fala-se no mercado que a General Electric pode vir a ter que injectar entre US $1Bn a US $2Bn na sua reseguradora Employers Reinsurance de modo a aumentar as reservas. Caso estes rumores se venham a confirmar, espera-se uma reacção negativa.

A Bristol-Myers Squibb subiu cerca de 2%, depois de ter anunciado a aprovação por parte da FDA do seu produto Abilify, utilizado no tratamento de esquizofrenia. Esperam-se vendas anuais no montante de US $700Mn. A United Airlines destacou-se pela positiva, com um ganho de 19%, a beneficiar do anuncio do corte de mais 9,000 postos de trabalho e da redução da sua actual frota de aviões diminuindo assim a sua capacidade operacional de modo a evitar a falência e poder regressar aos lucros em 2004.

De acordo com notícia veiculado pelo Wall Street Journal a Qwest Communications comunicou à entidade reguladora do mercado o aparecimento de mais irregularidades contabilisticas, tendo ao empresa que apresentar novas contas. A Qwest perdeu 4.2%.

O banco de investimento Merrill Lynch espera um crescimento da procura por máquinas industriais em 2003, devido ao aumento do preço das colheitas e à legislação agrícola que se encontra pendente. A Merrill Lynch reiniciou a cobertura da Caterpillar com uma recomendação de Neutral.

A Wal-Mart Stores perdeu 3.3%, depois de anunciar que espera que as vendas de Novembro (lojas abertas há pelo menos um ano) se situem no limite inferior do intervalo anteriormente anunciado de 2% a 4%, uma vez que os compradores decidiram iniciar as compras de Natal para o mês de Dezembro. Esta será a quarta vez nos últimos cinco meses em que a empresa se situa tanto no limite inferior como nem sequer consegue atingir os objectivos por si delineados.

Nas empresas de software, a Computer Associates subiu 1.5% depois do fundador e presidente, Charles Wang, ter apresentado a sua demissão, a Microsoft perdeu 1.5% enquanto que a Oracle recuou 4.3%.

A Lehman Brothers reviu em baixa a recomendação sobre a AT&T de Equal-weight para Underweight. O banco de investimento estima que a unidade de negócio de clientes particulares possa vir a valer ?zero?, no final de 2003, podendo mesmo vir a encerrar a actividade. A AT&T encerrou a perder 2.5%.


2002/11/19 - 09:14
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Solbes diz receitas extraordinárias podem colocar défice da

por TRSM » 19/11/2002 10:35

Solbes diz receitas extraordinárias podem colocar défice da Itália em risco

A Itália não pode continuar a contar com receitas extraordinárias para reduzir o seu défice orçamental ou arrisca superar o limite imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) de 3% do PIB, afirmou Pedro Solbes em entrevista ao «Il Sole/24 Ore».
A situação da Itália «é preocupante», afirmou o comissário europeu para os Assuntos Monetários em entrevista ao diário italiano, acrescentando que o país «não pode continuar a depender de medidas extraordinárias» de arrecadação de receitas.

Portugal espera atingir um défice orçamental de 2,8% do PIB este ano, também assente na expectativa de receitas extraordinárias, como a venda da rede fixa e a alienação de imóveis do Estado.

O Banco de Portugal revelou ontem no Boletim Económico de Setembro que Lisboa corre o risco de não cumprir a actual meta, devido às entradas de dinheiro abaixo do esperado nos cofres do Estado.

Sem efectuar cortes na despesa, o défice da Itália ficará «perigosamente perto» do limite de 3% do PIB em 2004, disse Solbes.

Pedro Solbes deverá abrir hoje uma investigação às contas públicas da Alemanha, o que poderá conduzir a multas, se a aquele país superar o tecto para o défice orçamental.


Fonte: Canal de Negócios 2002/11/19 09:34:10h
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Europa abre em queda generalizada

por TRSM » 19/11/2002 10:17

Europa abre em queda generalizada

Os mercados Europeus abriram com uma queda generalizada a todos os sectores, com excepção das petrolíferas que beneficiam da subida do preço do petróleo. O fraco comportamento dos mercados norte-americanos na sessão de ontem, está a levar os investidores a realizarem mais-valias sobre as recentes subidas, para o que também contribui o profit-warning apresentado esta manhã pela Ahold.

A norte-americana Liberty Media desistiu de comprar a Casema (operadora de TV Cabo holandesa da France Telecom), devido aos entraves postos pelo regulador holandês. O montante envolvido era de US $751Mn. Segundo o regulador holandês, a Liberty se comprasse a Casema, ficaria com uma quota de mercado de 60% no mercado de TV Cabo holandês, dado que já detém a United Pan Europe Communications. Apesar da France Telecom já ter vindo declarar que estaria em conversações com outros compradores, receia-se que o preço envolvido no negócio venha a cair, dado que será difícil encontrar compradores dispostos a pagar o mesmo (recorde-se o que aconteceu com o arrastamento da venda das unidades de TV Cabo da Deutsche Telekom à Liberty Media, em que o preço caiu cerca de 50% em relação ao inicialmente acordado).

O Deustche Bank desmentiu que estaria a preparar-se para bloquear a venda da participação da Vivendi Universal na Vivendi Environment, e referiu que estava a ajudar a resolver esta questão. Refira-se que o DBI, o BNP Paribas e a Soc Gen podem impedir esta venda, e ontem tinha sido referido na imprensa que o DBI estaria a pôr entraves a esta operação de desinvestimento.

A japonesa Nissan (detida a 44% pela Renault), registou uma subida de 25% nos resultados do 1º semestre fiscal, para um nível recorde de US $2.4Bn, beneficiando da subida das vendas nos mercados norte-americano e japonês, e do programa de corte de custos.

A TotalFinaElf irá apresentar os resultados esta tarde, sendo esperada uma queda de 8% nos resultados operacionais, dado que o aumento da produção de petróleo e gás, não deverá compensar a queda das receitas de refinação e comercialização. O resultado antes de extraordinários deverá atingir os Eur 1.62Bn.

A retalhista holandesa Ahold registou uma queda de 15% nos resultados do 3º Trim. de Eur 304.2Mn para Eur 257.6Mn (o consenso apontava para Eur 296Mn). As receitas subiram de Eur 15.5Bn para Eur 16.4Bn. A empresa reviu em baixa pela segunda vez, as estimativas para o final do ano. Espera uma queda do EPS entre 6% a 8%, contra uma estimativa anterior (que excluía efeitos cambiais, goodwill, e extraordinários) de uma subida de pelos menos 5%. A Ahold irá entrar numa reorganização, que decorrerá entre 2003 a 2005, com vista a reduzir o passivo. Contrariando os rumores de ontem, o Ceo não apresentou a sua demissão.


2002/11/19 - 08:49
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Back to the '50s

por TRSM » 19/11/2002 10:03

Back to the '50s

The GOP runs Congress and the White House, inflation is low, productivity high. Are we in the '50s?
November 18, 2002: 3:42 PM EST
By Mark Gongloff, CNN/Money Staff Writer



NEW YORK (CNN/Money) - After living through the Summer of Love, disco, punk, the Reagan years and the Internet boom, the United States apparently has reverted to the 1950s -- which might not be such a bad thing, economically speaking.

In a research note released Monday, Merrill Lynch senior economist Gerald Cohen pointed out some of the surprising similarities between the United States in the 1950s and the 2000s and suggested that the robust economic growth that followed the '50s could happen again in the '00s.


"No two periods are ever identical, and we don't expect cars to sprout fins, but we do think that there's a good chance that many of the favorable economic trends of the 1950s will re-emerge in the years immediately ahead," Cohen wrote.

Not only are business-friendly Republicans in control of Congress and the White House for the first time since 1954-56, there are other 1950s-era trends that already have re-emerged in the new century that could be a boon to the economy.

High productivity
Maybe the most important similarity between the two eras is the strength of productivity, a measure of worker output per hour. In the '50s, thanks to modern marvels such as the interstate highway system, productivity grew an average of 2.8 percent a year, a rate that continued through the 1960s.

Productivity growth dropped below 2 percent from 1970-95, but a wave of technological innovations in the 1990s -- the Internet, fiber optics -- pushed annual productivity growth back to more than 2.5 percent, on average, since 1996.

"Although we cannot know with certainty until the books are closed, the growth of productivity since 1995 appears to be among the largest in decades," Federal Reserve Chairman Alan Greenspan said in testimony before Congress last week.

Greenspan also said he wasn't sure how long such productivity growth would continue, but the longer it goes on, the better-off the economy will be.

Productivity helps the economy by letting companies make more products with fewer resources. That keeps consumer prices low, which encourages people to buy more goods and improves their living standards, which makes them want to buy even more stuff, which makes companies hire more workers to produce that stuff, which makes consumer demand go even higher, which ... well, you get the picture -- it's good.

Low inflation
Meanwhile, inflation, the beast that menaced the economy in the 1970s and 1980s, has been reduced to a shadow of its former self. The annual percent change in the consumer price index (CPI), the Labor Department's closely watched gauge of consumer inflation, averaged just 2.46 percent between 1997 and 2001, the lowest five-year stretch since the early 1960s.


Inflation is so low, in fact, that some economists have started to fret about the prospect of deflation, or falling prices, which might bring shoppers into stores, but can be murder for corporate profits. The last time the economy might actually have seen deflation was in 1955, when CPI shrank 0.4 percent.

Still, as scary as deflation can be -- witness the United States during the Great Depression and modern-day Japan -- the super-low inflation of the '50s and '60s was accompanied by rip-roaring economic growth.

Growth in gross domestic product (GDP), the broadest measure of economic strength, averaged 4.1 percent per year in the '50s and 4.4 percent per year in the '60s -- more than a full percentage point better than the average rate of growth in the '70s, '80s and '90s.

"With high productivity and low inflation, [expectations of] long periods of prosperity are very reasonable," said Anthony Chan, chief economist at Banc One Investment Advisors.

But Chan said he doubted the economy would grow quite as well in the next decade as it did in the '50s and '60s, mainly because of consumer debt. While consumers gobbled up debt in the '50s like it was going out of style, borrowing up to 60 percent of their income, they don't hold a candle to modern-day consumers, who tend to actually borrow more than they make.

"The consumer credit-to-disposable income ratio is much higher than it was in the '50s, so you can't argue that there is as much excess capacity on the borrowing side as there was in the '50s," Chan said.

Low interest rates
But the cost of all that borrowing is low, too, just like it was in the '50s. Low inflation has helped the Fed keep its target for the federal funds rate, a key short-term interest rate, at the low level last seen in the '50s and early '60s.

"You get people saying the Fed's out of ammunition because rates are at 40-year lows, but the fact that rates are at those lows suggests that some aspects of the economic landscape are beginning to resemble those seen 40 years ago, and inflation is one of those," said former Fed economist Wayne Ayers, now chief economist at Fleet Boston Financial.


The Fed cuts short-term rates to lower the cost of borrowing, putting more money in consumers' hands and fueling economic growth. The Fed raises rates to fight inflation; but, with inflation apparently vanquished, the Fed has been free to keep rates low to fight the 2001 recession, the Sept. 11 terrorist attacks and other woes.

Low inflation expectations have also kept long-term interest rates low -- since long-term bond investors want to make sure the yield they get on the bond will at least keep up with inflation -- meaning mortgage rates also have been at record lows.

Low mortgage rates have fueled a housing boom, with sales of new and existing homes hitting record levels and drawing comparisons with the post-World War II housing boom that was fueled by the GI Bill.

Finally, low rates also can encourage investment in the stock market, and Wall Street is likely hoping that this decade will be similar to the 1950s in that regard -- according to Cohen of Merrill Lynch, the Standard & Poor's 500 index grew 13.6 per year, on average, from 1950-59.

"Wouldn't it be nice to see a repeat of that?" Cohen asked
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Avales do Estado a empresas públicas atingem 708 milhões

por TRSM » 19/11/2002 10:00

Avales do Estado a empresas públicas atingem 708 milhões

As empresas públicas de transportes contraíram já com o actual Governo empréstimos no valor de 708,5 milhões de euros com a garantia do Estado, noticiou hoje o «Diário Económico».

Fonte: Canal de Negócios 2002/11/19 08:58:21h
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Ministro quer BES, CGD e BCP a intermediarem pagamentos

por TRSM » 19/11/2002 10:00

Ministro quer BES, CGD e BCP a intermediarem pagamentos

Luís Filipe Pereira quer o Banco Espírito Santo (BES), a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Comercial Português (BCP) a intermediarem os pagamentos às farmácias, acabando assim com a intermediação financeira atribuída à Associação Nacional de Farmácias (ANF), segundo o «Diário Económico».

Fonte: Canal de Negócios 2002/11/19 08:58:21h
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Acções americanas caem com perspectiva de abrandamento do co

por TRSM » 19/11/2002 9:26

Acções americanas caem com perspectiva de abrandamento do consumo

As acções norte-americanas caíram depois da Wal-Mart ter anunciado hoje que as vendas deverão ficar aquém das suas estimativas mais optimistas, provocando o receio de que o consumo privado possa abrandar. O Dow Jones caiu 1,09% e o Nasdaq cedeu 1,23%.
O índice industrial [INDU] encerrou nos 8.485,74 pontos, enquanto o Nasdaq [CCMP] fechou nos 1.393,82 pontos.

A Wal-Mart revelou hoje que reviu em baixa o volume de negócios das suas lojas inauguradas no último ano, na quarta revisão dos últimos cinco meses, divulgou a maior retalhista do mundo em comunicado.

A empresa havia previsto que as lojas, que abriram em Novembro de 2001, iriam registar um crescimento na facturação entre 2% a 4%. Hoje, a companhia disse que o crescimento das vendas vai sair na parte inferior do intervalo projectado. Os seus títulos recuaram 2,72% para os 53,98 dólares (53,54 euros).

O anúncio levantou receios de que o consumo privado, indicador que é responsável por cerca de 75% da formação do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia do mundo, venha a abrandar na época de Natal.

A AT&T desceu 4,76% para os 13,20 dólares (13,09 euros), depois da Lehman Brothers ter publicado um estudo em que prevê que a maior operadora de telefonia de longa distância dos EUA terá que fechar ou vender a sua unidade de consumo.

A Qualcomm perdeu 2,66%, enquanto a Microsoft deslizou 1,48%.

O «American Depositary Receipt» (ADR) da Portugal Telecom (PT) fechou nos 6,49 dólares (6,44 euros), enquanto em Lisboa a empresa fechou nos 6,49 euros. Cada ADR representa uma acção da PT.

O ADR da Electricidade de Portugal (EDP) encerrou nos 16,80 dólares (16,66 euros), enquanto, em Lisboa a empresa fechou nos 1,67 euros. Cada ADR equivale a 10 acções da eléctrica nacional [EDP].


Fonte: Canal de Negócios 2002/11/18 21:18:28h
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Prestige

por Lion_Heart » 19/11/2002 9:10

Os nossos "hermanos" espanhois que nao tavam para aguentar com a mare negra sozinhos la foram empurrando o petroleiro ate nos e agora que ele vai ao fundo as hipoteses de uma mare negra sao de 50% para ambos os lados,e uma vergonha!!!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 7051
Registado: 6/11/2002 22:32
Localização: Toquio

Carrapatoso diz Governo e regulador compreendem reestruturaç

por TRSM » 19/11/2002 9:09

Carrapatoso diz Governo e regulador compreendem reestruturação do sector

A reestruturação do sector das telecomunicações móveis- os três operadores querem comprar os activos do quarto operador– é um movimento cujas razões são compreendidas tanto pelo regulador como pelo Governo, disse hoje António Carrapatoso, presidente da Vodafone Telecel.
À margem do seminário subordinado ao tema «Competitividade e Fiscalidade», Carrapatoso afirmou que «a minha interpretação é que o Governo e o regulador estarão, no geral, confortáveis com esta reestruturação e compreendem as razões de ser desta reestruturação no sector».

No entanto, «não há nada de concreto que o regulador tenha assumido» nem o ministro da Economia, Carlos Tavares, que tutela o sector das telecomunicações.

A Vodafone Telecel [TLE], a TMN da Portugal Telecom [PTC] e a Optimus da SonaeCom [SNC] acordaram em comprar os activos da ONI Way por cerca de 180 milhões de euros, estando a ultimar os detalhes do acordo. Esta operação terá ainda que ser aprovada pelo Governo e Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

A Electricidade de Portugal (EDP), principal accionista da ONI Way negou a recepção de uma proposta formal, mas admite contactos, assim como o presidente da Vodafone Telecel.

Carrapatoso admitiu que a definição do crédito fiscal e o futuro da licença de UMTS da ONI Way, do universo Electricidade de Portugal (EDP) serão «importantes» para a concretização do negócio.

Vasco Valdez, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, terá que dar o aval para o crédito fiscal que decorrerá do encerramento da ONI Way. Os accionistas do quarto operador, como a EDP e o Banco Comercial Português (BCP) querem deduzir as menos-valias da empresa que está constituída há menos de três anos.

«Não conheço nenhuma posição do Governo relativamente a essa matéria (fiscal)», acrescentou o presidente da Vodafone Telecel.

Carrapatoso considera esta definição importante «para a própria ONI Way tomar uma decisão para saberem até que ponto valorizam os seus activos».

Os operadores aguardam ainda a definição sobre o «que vai acontecer à licença» da quarta operador, revelou Carrapatoso.

Aos operadores não interessaria devolver a licença para ser posta de novo a concurso, não impedindo o aumento da concorrência no sector da telefonia móvel.

ONI Way sem desculpa para arrancar operações com interligação
A decisão de dar interligação à ONI Way, ultrapassando o impasse da entrada da operadora no mercado, foi vista como uma manobra da Vodafone Telecel reforçar a sua imagem junto do mercado, quando sabe que o negócio do encerramento do quarto operador está quase concretizado.

«Não é por causa disso que não arrancam», explicou o mesmo responsável que justificou a mudança de atitude pelo regulador ter assegurado que as preocupações da segunda maior operador móvel nacional estão salvaguardadas.

A Anacom «deu-nos algum conforto em relação a algumas matérias», acrescentou Carrapatoso, acrescentando que o regulador vai fiscalizar essas condições.

A Vodafone Telecel queria que a interligação se fizesse unicamente para telefones GPRS e, caso o tribunal venha a dar razão à operadora, a interligação fica suspensa.

Tanto esta operadora como a Optimus recorreram para tribunal da obrigação de dar a interligação ao quarto operador antes da terceira geração móvel, porque consideram ilegal essa determinação.

«Não queríamos que se usasse a questão da interligação para recusar à ONI Way seja o que for. Assim fica mais claro, que não será por essa razão que a ONI Way não arranca», frisou a mesma fonte.

Com a interligação à Vodafone Telecel que será concedida até à próxima quarta-feira, os potenciais clientes do quarto operador poderão fazer chamadas para 80% dos clientes que usam telemóvel em Portugal, visto que a Optimus mantém a recusa.

Por Bárbara Leite


Fonte: Canal de Negócios 2002/11/18 20:11:06h
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4

Noticias de Terca-feira, 19 de Novembro de 2002

por Pata-Hari » 19/11/2002 8:54

(no lugar onde estou nao tenho acentos ou cedilhas, la tera que ficar "terca"-feira).

Bom dia a todos!!!
Editado pela última vez por Pata-Hari em 20/11/2002 8:38, num total de 1 vez.
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 20972
Registado: 25/10/2002 17:02
Localização: Lisboa

Anterior

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], cali010201, Carlos73, farami, Google [Bot], HFCA, Jonas74, macau5m, nbms2012, niceboy, PAULOJOAO e 180 visitantes