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Caldeirão da Bolsa

BES - A LUTA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 21/1/2015 18:29

 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 20/1/2015 21:32

Boas,

PAPEL COMERCIAL
LESADOS DO NOVO BANCO PEDEM INTERVENÇÃO DO GOVERNO JUNTO DO BANCO DE PORTUGAL
20 Janeiro 2015, 18:18 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt, Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

Os clientes de retalho do Novo Banco com aplicações em papel comercial do GES querem que o Governo “interceda junto do Banco de Portugal para resolver o problema destes cidadãos burlados”. O apelo é feito depois de Eduardo Stock da Cunha ter respondido à carta da Associação Lesados do Novo Banco justificando a falta de uma solução com a necessidade de aprovação do supervisor.
"É vergonhoso que o Governo não interceda junto do Banco de Portugal para resolver da melhor maneira o problema destes cidadãos burlados". O lamento, em jeito de apelo, é feito por um dos promotores da Associação Lesados do Novo Banco, em declarações ao Negócios, na sequência da resposta recebida de Eduardo Stock da Cunha, presidente da instituição que ficou com os activos saudáveis do BES.

A associação, que está em fase de constituição e já reúne cerca de duas centenas clientes de retalho do Novo Banco com aplicações em papel comercial emitido por empresas do Grupo Espírito Santo (GES) e comercializado aos balcões do antigo BES, escreveu a Stock da Cunha solicitando uma reunião para reivindicar o pagamento destes investimentos e obter esclarecimentos sobre o processo de definição de uma solução comercial que lhes permita recuperar o capital investido.

De acordo com o relato de um dos promotores da associação de clientes, a resposta do presidente do Novo Banco dá conta da "abertura em encontrar uma solução, dando nota, todavia, que qualquer cenário carecerá sempre e mandatoriamente de autorização do supervisor". No entanto, "não houve disponibilidade nenhuma" para receber representantes deste movimento.

Para os promotores do grupo lesados, a resposta de Stock da Cunha "significa que infelizmente continua o 'pingue-pongue' entre o Novo Banco e o Banco de Portugal, porque o primeiro diz que o segundo não o obriga a reembolsar o papel comercial, apesar de poder comercialmente apresentar uma solução para o problema dos seus clientes. E o segundo confirma, mas não avança se já há ou não 'propostas sobre a mesa' e remete para o primeiro a abordagem comercial 'cliente a cliente'".

Perante esta posição, a Associação Lesados do Novo Banco põe em causa que "exista um verdadeiro processo em curso" e lamenta não saber "a quem dirigir o propósito de contribuir para a agilização do processo".

Manifestação é o próximo passo

Além do Novo Banco, os clientes também escreveram ao Banco de Portugal e à Presidência da República solicitando reuniões para apresentação das suas reivindicações e preocupações. De acordo com uma nota da associação enviada às redacções, "houve receptividade das duas entidades" para a realização destes encontros.

Ainda assim, a Associação Lesados do Novo Banco agendou para esta quinta-feira, 22 de Janeiro, ao final da manhã, uma manifestação à porta da seda da instituição. Uma iniciativa destinada a "apelar ao presidente do Novo Banco, Dr. Stock da Cunha, para apresentação, sem subterfúgios, de uma solução a estes clientes com a maior celeridade possível". Isto porque defendem que "é imperativa uma solução até à venda do Novo Banco".
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 20/1/2015 21:27

Boas,


SANTANDER TOTTA PODE VIR A PEDIR GARANTIAS PARA COMPRAR NOVO BANCO
20 Janeiro 2015, 17:36 por Lusa

O presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, afirmou esta terça-feira que, caso faça uma proposta vinculativa para a compra do Novo Banco, poderá vir a pedir uma garantia para possíveis riscos de litigância ou então baixar o preço.
António Vieira Monteiro, que falava à margem do almoço debate organizado pela ACEGE - Associação Cristã de Empresários e Gestores, referiu que o Santander Totta está na segunda fase do processo de venda do Novo Banco, na qual existem mais 16 interessados, e está à espera da entrega da documentação para decidir se avança com uma proposta vinculativa, tendo em atenção que a sua oferta levará em conta a forte contestação ao processo do fim do Banco Espírito Santo (BES).

"Tem-se visto [uma grande contestação], basta ler os jornais para vermos que estão a ser postas acções contra o processo em si. Umas até nas autoridades internacionais, contra a União Europeia. Outras no mercado nacional, contra os supervisores e contra o próprio banco e outras de pessoas que se sentiram lesadas pelo BES na altura", adiantou.

Para exemplificar o seu ponto de vista, o presidente do Santander Totta assumiu que estas litigâncias desvalorizam o activo: "Quando se compra uma coisa e se houver processos, o que se faz? Ou se baixa o preço ou se obtém uma garantia...".

António Vieira Monteiro, que centrou a sua intervenção na ACEGE na evolução da banca em Portugal, afirmou que o caso BES abalou realmente a confiança das pessoas nas instituições bancárias, "muito mais do que o BPP ou o BPN".

Para o presidente do Santander Totta "a perda de confiança aconteceu porque se verificaram determinados factos não conhecidos publicamente que levaram as pessoas a desconfiar das instituições de crédito", pelo que a banca tem agora de "demonstrar que esses factos são excepções e que continua para servir a população e as entidades e que as pessoas não se sintam enganadas".
 
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Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 20/1/2015 20:32

fez um favor ao país: enterrou a GS e vai fazer estes tubarões pensar duas vezes antes de contratar estes artistas que só têm curriculo da politica.
 
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Re: BES - A LUTA

por Zeinaldo Bavado » 19/1/2015 19:47

 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/1/2015 16:35

Boas,

AS INEXPLICÁVEIS AUSÊNCIAS NO INQUÉRITO AO BES
FILIPE ALVES
filipe.alves@economico.pt
14:35
A comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES vai chamar mais de cem personalidades. Mas há várias ausências inexplicáveis no rol de inquiridos.
A comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES vai chamar mais de cem personalidades. Mas há várias ausências inexplicáveis no rol de inquiridos.
A mais flagrante parece ser a do antigo presidente do Conselho de Administração do BES, Alberto Oliveira Pinto.
Mas também Roger Hartman (CEO do ESFG), Filipe Worsdell (CFO do ESFG que se demitiu em Março de 2014), Horácio Afonso e Rita Amaral Cabral (membros da comissão de controlo com partes relacionadas do BES), ficaram de fora das audições.
Outras ausências difíceis de explicar são as de Cláudia Faria (directora do Departamento de Gestão da Poupança, onde era originado o papel comercial) e Miguel Moreno, administrador da Tranquilidade, co-responsável pelo empréstimo da seguradora ao GES.
Os trabalhos da comissão são retomados amanhã, terça-feira, às 15 horas com o depoimento de José Alves, presidente da auditora PricewaterhouseCoopers.
Conteúdo publicado no Económico à Uma.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/1/2015 16:26

Boas,
OBRIGACIONISTAS DO BES QUEREM RECUPERAR PREJUÍZOS "CONTRA QUALQUER COMPRADOR DO NOVO BANCO"
19 Janeiro 2015, 10:55 por Nuno Carregueiro | nc@negocios.pt

Os investidores institucionais que compraram dívida subordinada do BES e ficaram no "banco mau" já avançaram com várias acções legais contra a resolução do banco e avisam que quem comprar o Novo Banco enfrentará os riscos legais deste processo.
Os accionistas e detentores de dívida subordinada do BES enfrentam perdas quase totais no processo de resolução do Banco Espírito Santo e avançaram para a justiça para contestar a decisão do Banco de Portugal e a aprovação da operação por parte da Comissão Europeia.

Os fundos de investimento e fundos de pensões que detêm estas obrigações subordinadas do BES dizem agora, em comunicado, que estes processos judiciais "colocam em risco a venda do Novo Banco".

Argumentam que "a anulação desta resolução levantará sérias dúvidas sobre a segurança do investimento para qualquer que seja o comprador do Novo Banco", sendo que "o grupo de investidores pretende fazer tudo o que estiver ao seu alcance para recuperar os seus prejuízos, contra qualquer comprador do Novo Banco ou qualquer dos seus activos".

De acordo com o comunicado emitido esta segunda-feira, 19 de Janeiro, "as acções legais contra as decisões do Banco de Portugal foram feitas em três níveis distintos, precisando apenas um de ser aceite para que a resolução seja anulada".

Estes investidores argumentam que a decisão de resolução aplicada pelo Banco de Portugal é "inconstitucional" e por isso nula. Para justificar esta posição, estes investidores dizem ter "as opiniões formais de dois professores constitucionais preeminentes, um dos quais tomou parte na elaboração da Constituição Portuguesa", que apoiam esta conclusão.

Nos outros dois pontos onde contestam em tribunal a resolução do BES, estes investidores salientam que a acção do Banco de Portugal foi "desproporcionada e, por isso mesmo, ilegal" e também que o Banco de Portugal tem responsabilidade no desfecho do banco, uma vez que "falhou inúmeras vezes como regulador prudencial".

Estes investidores citam ainda a posição defendida na comissão parlamentar de inquérito pelo antigo director do BES, Rui Silveira, para reforçar a sua posição. "Rui Silveira forneceu provas detalhadas de que o BES faliu devido à actuação do Banco de Portugal, reforçando que a instituição poderia ter sido salva com a injecção de capital privado, caso o regulador tivesse dado mais do que 48 horas para a organização dessa solução", referem.

De acordo com estes investidores, basta que um destes três processos interpostos em Portugal seja aceite "para que a resolução seja anulada". Além disso, foram desencadeados procedimentos no Tribunal Geral da União Europeia, no Luxemburgo, que visam a anulação da decisão, sem precedentes, da Comissão Europeia em aprovar a totalidade da proposta de reestruturação.

"A anulação da decisão da Comissão tornará ilegal a capitalização do Fundo de Resolução do Novo Banco sob a lei europeia e poderá ser exigido a Portugal que recupere até 4,9 mil milhões de euros do Novo Banco", refere o comunicado, acrescentando que "há uma forte probabilidade de este capital ter de ser recuperado do Novo Banco, mesmo após a conclusão da venda planeada".
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 19/1/2015 0:46

Boas,

RUINOSA OPERAÇÃO FINANCEIRA BES/RIOFORTE EMPURRA PT PORTUGAL PARA SOLUÇÕES ESTRANGEIRAS E EM BRUTAL PERDA DE VALOR. SILÊNCIO MISTERIOSO DO ACIONISTA NOVO BANCO
Janeiro 18th, 2015
20150118

Multiplicam-se e crescem quase diariamente os argumentos a favor e contra a venda do controlo acionista da telefónica portuguesa, atualmente na dependência da estratégia de consolidação do sector das telecomunicações no Brasil. Interessados na compra do Novo Banco, como o banco BPI, consideram a presente situação um “escândalo”, uma “irresponsabilidade” e uma “inadmissível perda de valor” da ex-jóia da coroa económico-financeira de Portugal.

Refira-se que a Oi quer usar a PT para vender a sua actual posição dominante, com o objetivo de “limpar” a sua dívida com a TIM, a interessados estrangeiros – o BTG Pactual, um banco de investimento do Brasil, o grupo francês Altice, aliado à Cabovisão e à Ongoing e ávido por uma possível e posterior integração da TIM/ OI/PT Portugal num grande conglomerado global e pluricontinental.

Nestas movimentações estão também envolvidos os fundos Bain (EUA) e Apax (Reino Unido). Todos sob o olhar atento e interessado da Telefónica espanhola e a multinacional britânica Vodafone.

Citando

Observador

Os acionistas da Portugal Telecom vão ser chamados a votar naquela que será a maior decisão na história da empresa, que foi criada em 1994 a partir da fusão dos TLP, Marconi e Telecom Portugal. A assembleia geral de quinta-feira, 22 de janeiro, pode decidir mais do que a venda da PT Portugal, cuja discussão é o único ponto em agenda. Toda a estratégia de fusão com a Oi vai estar em causa, em caso de chumbo à proposta de alienação da operação portuguesa à Altice. Serão inevitáveis os impactos na combinação de negócios entre as operadoras portuguesa e brasileira. Em cima da mesa estão, para já, três cenários:

A venda da PT Portugal à Altice por 7400 milhões de euros tal como é proposto pela Oi, prosseguindo a estratégia de consolidação no Brasil:

A venda da PT Portugal é chumbada em assembleia geral e tudo fica na mesma. A Oi terá de procurar alternativas para financiar aquisições no Brasil, insistir mais tarde ou desistir. A incerteza terá impacto na valorização da empresa brasileira, o maior ativo da PT SGPS
A venda da PT Portugal cai em resultado da reversão dos contratos de combinação de negócios entre as duas empresas. O aumento de capital da Oi que consumou a fusão com a PT pode ficar sem efeito. As duas empresas tentam regressar ao passado. A PT Portugal, Angola, Timor, e o buraco da Rioforte, voltam para a PT SGPS. Mas o divórcio terá consequências jurídicas, económicas e financeiras difíceis de calcular.

Depois de um longo braço-de-ferro com a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, e alguns membros dos seus próprios órgãos sociais (como o presidente da assembleia geral), a gestão da PT SGPS divulgou na semana passada toda a informação disponível sobre as hipóteses em cima da mesa e as consequências que é possível estimar nesta fase. Agora todos os investidores estarão à partida na posse dos mesmos dados que já eram do conhecimento da administração da empresa e dos grandes acionistas.

A documentação inclui pareceres e opiniões jurídicas contrários quanto à possibilidade legal e contratual de romper o acordo de parceria entre as duas empresas e desfazer o aumento de capital que transferiu para a Oi o principal ativo da PT SGPS, que é a PT Portugal. Os pareceres que admitem esta possibilidade são de novembro de 2014, e foram pedidos pela PT SGPS com o objetivo de perceber se deveria ou não consultar os acionistas antes de avaliar a oferta de venda da PT Portugal e eventualmente exercer o direito de veto.

Os pareceres contra a operação, que tinham sido já revelados na comunicação social, só são tornados públicos, quando acompanhados de outras opiniões jurídicas, com data da primeira semana de janeiro, que apontam no sentido contrário, concluindo pela irreversibilidade do aumento de capital da Oi, logo da devolução da PT Portugal à operadora portuguesa. Um parecer assinado por um escritório de advogados brasileiro foi entregue a pedido de Rafael Mora, conselheiro da Oi e administrador da PT SGSP, representando a Ongoing. O outro documento de um jurista português é feito a pedido dos advogados da Oi em Portugal. Confira aqui os principais argumentos:

A favor da venda da PT Portugal

A venda da PT Portugal é, segundo a Oi, a melhor alternativa para obter as receitas que lhe permitem entrar no processo de consolidação do mercado brasileiro. O seu chumbo terá por isso consequências adversas para a Oi e a acionista PT SGPS. A gestão da empresa portuguesa destaca os seguintes riscos…

A não aprovação da proposta de venda da PT Portugal em 22 de Janeiro (esta quinta-feira) pode comprometer a realização das assembleias gerais de debenturistas (detentores de dívida) da Oi, convocadas para 26 de Janeiro de 2015, acima referidas, que têm por pressuposta a aprovação da venda da PT Portugal

Segundo a Oi, nos termos das cláusulas em contratos de compra e venda, até à verificação (ou não) da condição suspensiva, a gestão da PT Portugal está limitada à gestão corrente o que, obviamente, se traduz numa perda de capacidade de atuação num mercado altamente concorrencial, como é o das telecomunicações. Esta limitação, tendo impacto na geração de resultados da empresa, pode diminuir o encaixe da Oi na venda contratada.

Atendendo à condição suspensiva da aprovação da venda pela PT SGPS, não é possível submeter os pedidos para as autorizações regulatórias, prolongando o já referido período transitório e acentuando a situação de incertezarelativamente ao desfecho da venda e consequente desvalorização do ativo, realça ainda a Oi.

“A não aprovação da proposta de venda da PT PORTUGAL em 22 de Janeiro 2015, não invalida que ela possa vir a ser vendida no futuro, e nessa medida, consubstancia a manutenção da incerteza relativamente ao destino da PT PORTUGAL o que, por limitar as opções estratégicas da empresa impacta negativamente no seu valor pelas razões explicitadas, terá um consequente impacto patrimonial negativo na Oi e, indiretamente, na sua acionista PT SGPS.”

Contra a venda da PT Portugal

O grande objetivo da combinação de negócios entre a Oi e a PT SGPS era criar um operador de telecomunicações líder nos países lusófonos com 100 milhões de clientes. Foi para salvaguardar esse objetivo que os acionistas da PT aceitaram mudar o contrato da fusão e uma estrutura alternativa que reduziu a sua posição no novo grupo.

Com a venda da PT Portugal, o melhor ativo da PT, a atividade concentrar-se-á no mercado brasileiro, em vez de ocupar espaço relevante na indústria mundial das telecomunicações, deixando de atuar a partir da sua base no Brasil, Portugal e África.

Se a Oi alienar a PT Portugal, o grande objetivo de criação de um operador de telecomunicações deixa de ser possível, “verifica-se por conseguinte uma grave violação do segundo memorando”, sublinha o parecer de novembro de 2014 do jurista João Calvão da Silva.

O jurista Eduardo Paz Ferreira também sustenta que a alienação da PT Portugal contraria o memorando acordado entre as duas empresas, na medida em que este tinha como pressuposto fundamental o desenvolvimento da combinação de negócios que é frustrada pela operação proposta pela Oi. O parecer de 21 de novembro, assinado também por Ana Perestrelo de Oliveira, não considera que o investimento na Rioforte sirva de argumento para a desvinculação da Oi do memorando porque as duas partes reafirmaram o desejo de prosseguir o objetivo já depois de ser conhecida esta operação.

Mas Paz Ferreira vai mais longe ao defender que a Oi ao declarar a alienação da PT Portugal – a brasileira fechou um acordo com a Altice – está já a violar o contrato de fusão aprovado pelas duas empresas e seus acionistas, dando já fundamentos à PT SGPS para agir contra esta operação.

“A decisão do conselho de administração da Oi no sentido de alienar a PT Portugal é suscetível de ser configurada como uma declaração antecipada de não cumprimento do contrato de combinação de negócios, equiparada desde logo ao incumprimento definitivo, permitindo assim imediatamente desencadear as consequências correspondentes, sem necessidade de aguardar a concretização da venda.”


Manifestação convocada por sindicatos contra a venda da PT Portugal

A favor do fim da fusão com a Oi

Ninguém defende de forma mais assumida o fim da fusão do que o presidente da mesa da assembleia geral da Portugal Telecom. Eis os argumentos invocados por António Menezes Cordeiro, em carta enviada à administração da empresa a 6 de janeiro, onde pede a convocação de uma nova assembleia para discutir a resolução do contrato com a Oi:

O incumprimento pela Oi permite à PT SGPS pela lei portuguesa e brasileira, resolver o contrato. A resolução é retroativa e coloca a PT na precisa posição em que estava antes da conclusão do contrato: recupera a totalidade da PT Portugal e devolve as ações (da Oi) que recebeu em troca.

A resolução é extrajudicial, potestativa e imediatamente exequível. A resolução não é detida pelo aumento de capital da Oi que se mantém, só que integrado pela restituição dos valores recebidos pela PT SGPS (ações da empresa brasileira).

Quaisquer danos colaterais são suportados pela Oi, segundo as leis portuguesa e brasileira.

A PT SGPS é neste momento um ativo em contínua erosão (em bolsa). Caso recupere a PT Portugal, ficaria fortemente valorizada.

“Os acionistas da PT SGPS têm tudo a ganhar com a resolução do contrato: apenas por falta de informação poderão pensar diversamente”. Logo, conclui Menezes Cordeiro, a alternativa é clara e fácil de explicar e não será difícil de sustentar com pareceres de juristas portugueses e até brasileiros. O presidente da mesa da assembleia geral propõe a convocação de uma nova assembleia com dois pontos em discussão:

1. A resolução do contrato com a Oi por incumprimento desta.

2. Se o primeiro ponto for chumbado, será colocada à discussão a proposta de venda da PT Portugal à Altice.

Contra o fim da fusão com a Oi


Rafael Mora, da Ongoing, e João Mello Franco, presidente da PT SGPS, na assembleia que foi suspensa

Os pareceres jurídicos que sustentam a continuação da combinação de negócios entre a PT e a Oi, apoiam-se, antes de mais, na irreversibilidade do aumento de capital da empresa brasileira. Foi esta operação realizada em maio de 2014 que consumou o casamento entre as duas empresas, ao integrar na Oi, o maior ativo da PT, a PT Portugal, que foi usada para subscrever o aumento de capital.

No parecer com data de 7 de janeiro, feito a pedido de Rafael Mora, a jurista Maria Cristina Cescon, defende que, tendo o aumento de capital da Oi sido homologado a 5 de maio, é válido e eficaz, pelo que a empresa brasileira pode dispor livremente dos ativos cuja propriedade foi transferida pela PT SGPS.

Só em caso de vício – se o aumento de capital tivesse excedido o valor autorizado ou ferido direitos irrevogáveis dos acionistas – poderia ser declarado nulo. Não se constatando qualquer vício referido, “entendemos que que o aumento de capital é irreversível”.

Acrescenta ainda que, uma vez homologada a operação, em hipótese de erro ou vício na avaliação do valor do bem conferido no aumento de capital, a lei brasileira prevê que o subscritor e avaliador possam ser responsabilizados por danos causados à empresa. Ora os ativos entregues pela PT, designadamente a PT Portugal, no quadro do aumento de capital, não refletiam no seu valor o efeito da perda do investimento de 900 milhões de euros na Rioforte.

Entre a documentação jurídica está também um parecer de Pedro Maia, o professor de direito que foi notícia quando contestou o entendimento do governador do Banco de Portugal a um parecer seu sobre a idoneidade de Ricardo Salgado para continuar a ser presidente do Banco Espírito Santo. Aqui o jurista responde a um pedido de Luís Cortes Martins, advogado da Oi.

A análise das consequências de uma eventual resolução por parte da PT SGPS do acordo de parceria estratégica, no que toca aos efeitos sobre o aumento de capital e à subscrição de ações pela PT SGPS, deverá fazer-se à luz do direito brasileiro.

Mesmo sem conhecer a fundo a legislação brasileira, e partindo do pressuposto que não diferirá muito da portuguesa, Pedro Maia considera que a eventual resolução por incumprimento de um contrato que previa o aumento de capital, não determina por si só a resolução da operação.

É discutível que o aumento de capital possa ser resolvido (anulado). Em causa está a proteção de terceiros que participaram e do mercado em geral, considerando que a Oi é uma empresa cotada, e que não podem ficar expostos à destruição do aumento de capital por fatores externos à própria operação.

A lei portuguesa diz que em caso de invalidade de aumento de capital em sociedades cotadas na bolsa, o acionista não recebe o valor que prestou à sociedade, mas o valor real das ações, que só poderá ser entregue se não houver risco de incumprimento perante credores.

Com ressalva de alguma previsão contratual ou legal que desconheça, Pedro Maia, conclui: “Não vislumbro de modo nenhum, independentemente de poder existir resolução de contrato – nos termos gerais, por incumprimento da contraparte (a Oi) – de que forma tal resolução poderia implicar por si, a destruição do aumento de capital da Oi na parte subscrita pela PT SGPS”.

Assinalando que a entrega de bens pela PT SGPS – a PT Portugal – decorre do aumento de capital e não do contrato – mantendo-se válido o aumento, não haverá lugar, sequer em abstrato ou por princípio, à repetição da entrega desses bens, “e por conseguinte, mesmo a ocorrer uma resolução por incumprimento, a PT SGPS não iria reaver os ativos entregues no âmbito do aumento de capital. ”

(Fim de citação)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/1/2015 20:18

Boas,

GOLDMAN SACHS ESTÁ EM "DIÁLOGO ACTIVO" COM BANCO DE PORTUGAL DEVIDO A EMPRÉSTIMO AO BES
16 Janeiro 2015, 17:45 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

O administrador financeiro do banco norte-americano voltou a dizer-se surpreendido com a decisão do Banco de Portugal de transferir a responsabilidade com a Oak Finance do Novo Banco para o BES "mau".
O Goldman Sachs mantém conversações com o Banco de Portugal devido à decisão tomada pelo regulador do sector financeiro em transferir uma responsabilidade de 548,3 milhões de euros do Novo Banco para o "banco mau" BES.

"Estamos em diálogo activo com o Banco de Portugal. Obviamente, é uma situação muito variável", disse Harvey Schwartz, o administrador do Goldman Sachs com o pelouro financeiro, em resposta na conferência telefónica com analistas.

Mais uma vez – e tal como já tinha dito – o banco norte-americano admitiu ter ficado "muito surpreendido pela inesperada inversão de opinião do Banco de Portugal". O Goldman havia já defendido que, quando o Novo Banco foi criado, "obteve a confirmação por parte do Banco de Portugal de que toda a dívida sénior do Banco Espírito Santo, como as obrigações Oak Finance, seriam transferidas para o Novo Banco. A 11 de Agosto de 2014, um alto representante do Banco de Portugal explicitamente confirmou por escrito à Goldman Sachs a transferência dessas obrigações sénior para o Novo Banco", disse o banco num comunicado emitido a 26 de Dezembro. O Goldman Sachs prometeu recorrer a meios legais para defender a sua posição.

A decisão do Banco de Portugal foi divulgada a 23 de Dezembro: as responsabilidades com a Oak Finance Luxembourg passaram para o banco mau, libertando o Novo Banco de responsabilidades na ordem dos 548,3 milhões de euros. O Goldman Sachs terá emprestado em Julho ao BES, através deste veículo financeiro, 835 milhões de dólares (681 milhões de euros). No mesmo dia em que o empréstimo foi pedido pelo banco português, o Oak Finance emitiu 785 milhões de dólares em dívida - que o banco norte-americano emitiu, esperando vendê-la posteriormente a investidores.

O veículo tinha como missão financiar a construção de uma refinaria chinesa na Venezuela, nesse mês de Julho, da petrolífera estatal PDVSA, uma das maiores credoras do ramo não financeiro do GES. O BES assegurou o compromisso de reembolsar a dívida de sociedades venezuelanas através de cartas de conforto que causaram perdas de 267 milhões de euros.

Sobre estes pormenores, Schwartz afirmou que é "um assunto de um cliente e não sobre o Goldman Sachs". De qualquer modo, e ainda que tenha defendido que o impacto do BES nas contas tenha sido "imaterial", os lucros do banco caíram 7,1% para 2,1 mil milhões de dólares (1,85 mil milhões de euros) no último trimestre de 2014.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/1/2015 20:16

Boas,


EM 2014
SEGURADORA DO NOVO BANCO PERDEU 633 MILHÕES EM POUPANÇAS
16 Janeiro 2015, 18:59 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt

No ano do colapso do BES, a seguradora vida herdada pelo Novo Banco perdeu quase um terço da sua produção. A GNB Vida perdeu o segundo lugar entre as maiores companhias deste ramo segurador. A Fidelidade ganhou quota de mercado no ano em que foi adquirida pelos chineses da Fosun.
A GNB Vida, antiga BES Vida, perdeu 633 milhões de euros em poupanças de clientes e outros seguros do ramo vida no ano da queda do BES. De acordo com os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a produção da companhia agora integrada no Novo Banco caiu 31,7%, para 1.364 milhões.

Esta perda de negócio retirou a seguradora do segundo lugar do "ranking" das maiores companhias a operar no ramo vida, lugar que passou a ser ocupado pela BPI Vida. A empresa de seguros do grupo liderado por Fernando Ulrich quase triplicou a produção, que totalizou 2.202 milhões.

Na liderança deste mercado, bem como do conjunto da indústria seguradora, manteve-se a Fidelidade. No ano em que passou a ser controlada pelo grupo chinês Fosun, a companhia conseguiu mesmo aumentar a sua produção no ramo vida em 21,3%, para 3.086 milhões. Já no ramo não vida, a companhia que está em primeiro lugar perdeu quota de mercado, já que a produção diminuiu 2,1%, para 988 milhões.

Mas não foi só a seguradora do Novo Banco que perdeu negócio vida. Também a Ocidental Vida registou uma quebra de 9% na produção, que se fixou em 1.352 milhões, o que levou a companhia que mantém a parceria entre o BCP e o grupo holandês Ageas da terceira para a quarta posição do "ranking" das maiores seguradoras vida.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/1/2015 16:19

Boas,

PASSOS COELHO: “O GOVERNO NÃO É DONO DO NOVO BANCO”
16 Janeiro 2015, 14:26 por David Santiago | dsantiago@negocios.pt
Instado pela bancada parlamentar do BE a impedir a venda da PT Portugal, o primeiro-ministro reiterou que a filosofia deste Governo passa por não interferir em matéria privada, garantindo ainda que o “Fundo de Resolução é o dono do Novo Banco”.
O Governo português não vai interferir no processo de venda da PT, garantiu esta sexta-feira o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. No primeiro debate quinzenal de 2015, Passos Coelho, instado pela deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, a impedir a venda da PT, reiterou que "em matéria privada, o Estado não deve interferir nem ter preferências".

Numa altura em que a venda da PT aos franceses da Altice não foi votada pelos accionistas, depois do adiamento da assembleia-geral marcada para a passada segunda-feira, Catarina Martins pediu hoje ao Governo para assumir uma "posição de referência" na próxima reunião de accionistas da empresa.

A bloquista sugeriu ligar "o voto do Novo Banco com o voto do fundo de capitalização da Segurança Social" ao interesse dos pequenos accionistas, afirmando que assim será "possível interromper esta venda".

Passos Coelho lamentou que o BE não tenha ainda compreendido a posição do Governo nesta matéria, que é a da não ingerência, aproveitando para explicar que "nós não somos donos do Novo Banco", que tem "uma administração que não é nomeada pelo Governo". "O Novo Banco foi criado por resolução do BES", acrescentou Passos concluindo que é "o Fundo de Resolução o dono do Novo Banco".

Catarina Martins insistiu que "o accionista é quem mete dinheiro", lembrando que "quem meteu dinheiro foi o Estado". Passos Coelho limitou-se então a considerar que foram precisamente as interferências governamentais que deixaram "a PT neste estado".

O Novo Banco é um dos maiores accionistas da PT SGPS, com cerca de 12,5% do capital, sendo que a sua decisão na assembleia geral marcada para quinta-feira poderá ser determinante para a aprovação da venda da PT Portugal por parte da Oi aos franceses da Altice.

Passos compara o PS actual ao de 2011

Confrontado com as críticas do líder da bancada parlamentar socialista, Ferro Rodrigues, que acusou o Governo de estar "isolado" na prossecução de medidas contrárias ao investimento, o primeiro-ministro defendeu que aquilo a que "hoje o PS se propõe é uma abordagem em tudo idêntica ao que levou ao problema". Passos afirmou não ver diferenças entre o actual PS e o de 2011.

Facto que "não deve deixar de preocupar os portugueses", sublinhou Passos Coelho.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/1/2015 16:15

Boas,

LUÍS HORTA E COSTA, ADMINISTRADOR DA ESCOM INQUIRIDO NA CPI SOBRE O BES FALOU SOBRE O NEGÓCIO ESCOM/BES VS. SONANGOL/BESA
Janeiro 15th, 2015
20150115

Mais críticas à avaliação da ESCOM feita pelo BESI na inquirição da CPI sobre o BES realizada hoje na Assermbleia da República. “Nós fomos confrontados com uma avaliação, a pedido da Rioforte, feita pelo BESI”, de acordo com as suas palavras reproduzidas na reportagem da TVI24.

TVI24

Luís Horta e Costa admitiu sentir «alguma admiração e uma profunda desilusão» por Ricardo Salgado, lamentando que o Grupo Espírito Santo tenha ido «ao charco».

“Isto foi ao charco e eu cresci neste grupo, mas não sei de quem é a culpa. Se calhar é de todos. Acho muito difícil a culpa ser de um só.”
Segundo o administrador da ESCOM, Ricardo Salgado “habituou-se a tomar decisões sobre tudo”, porque “ninguém tomava”. Horta e Costa considera que Salgado pode ter desenvolvido “uma atitude magnânima” por “omissão dos seus pares”. “Qualquer coisa que fosse um bocadinho mais complicada, ninguém queria conversar sobre isso. Diziam: é melhor falares com o Ricardo. Houve omissão por parte das pessoas que lhe podiam fazer frente”.

Horta e Costa «empurra» venda da ESCOM para Salgado

Segundo o administrador da ESCOM, a empresa esteve em «gestão corrente» até «um dia» ter «acordado» e o seu acionista ter «desaparecido em combate». Sobre a avaliação que foi feita pelo BESI na altura da suposta venda, diz que foi «um bocadinho salgada», usando o nome de Ricardo Salgado como trocadilho. Luís Horta e Costa responsabiliza a administração do Grupo Espírito Santo, sobretudo Ricardo Salgado, pela venda da ESCOM à Sonangol, que não veio a confirmar-se. No entanto, admite que o negócio era «uma boa notícia» para esta empresa do GES.

«Todas as negociações não são feitas pela administração, são feitas pelos acionistas. Aquilo que eles decidem, muitas vezes, a administração desconhece. Segundo nós sabemos, houve um contrato assinado a 28 de dezembro de 2010 com uma empresa que, para mim, representava a Sonangol [referia-se à Newbrook]. Na administração da ESCOM, víamos como uma boa notícia que a Sonangol entrasse no capital da ESCOM».

Mais tarde, o administrador da ESCOM personalizou em Ricardo Salgado este negócio.

«Ricardo Salgado tentou, convictamente, vender a ESCOM. Fez tudo o que podia e o que não podia. Acreditou que ia vendê-la, até certa altura, em que foi apanhado por certas surpresas que não conhecia, ou calculou mal, em relação ao BESA. E aí o negócio deixou de ser a ESCOM para ser outra coisa qualquer».

Apesar desse contrato de venda da ESCOM, esta nunca chegou a acontecer e a empresa continua a ser dos «mesmos acionistas», pelo menos «tanto quanto a gente sabe». Segundo Horta e Costa, o acionista maioritário continua a ser o GES, através da ES Resources. «Talvez tenha havido mudanças de controlo dentro do GES», continuou, mas «estou convicto que o acionista é a ES Resources».

Entre o contrato assinado e o colapso do GES, Luís Horta e Costa diz que se passou um período em que foi «como o D. Sebastião», porque «nunca apareceu ninguém».

«Era uma situação complicada, porque achávamos que a empresa teria sido vendida. Tivemos dificuldades porque, depois do contrato, entrámos em gestão corrente, não podíamos fazer nada. Até ao dia em que acordámos com o nosso acionista maioritário [o GES] desaparecido em combate, tendo implodido, tínhamos esperança que alguma coisa acontecesse. Fosse a Sonangol, fosse a Newbrook…»

Luís Horta e Costa garante que teve «várias conversas com membros do GES», em que os questionou se já tinham vendido a ESCOM. Mas a sua administração «nunca teve uma palavra a dizer sobre a avaliação da ESCOM», tendo até tentado «chamar a atenção» da administração do GES. «Não estamos a sacudir a água do capote. Já vi isso aqui e já chega», constatou.

​De acordo com um documento do Banco de Portugal, o valor de venda era de 483 milhões de dólares. Horta e Costa assegurou que os administradores da empresa não fizeram esta avaliação, nem concordavam com ela. «Tínhamos consciência do valor e potencial da ESCOM. Não achávamos ideal, dado as dificuldades do GES, haver prémios de controlo em cima de uma avaliação já de si difícil de sustentar. Era esticar a corda. Achávamos uma coisa um bocadinho salgada», ironizou, levando a risos na sala.

Essa avaliação foi feita pelo BESI, a pedido da Rioforte. A ESCOM terá então passado da ES Resources para a Rioforte. Depois, mais tarde, a empresa «voltou para a ES Resources» e ia ser vendida à Sonangol através do «veículo» Newbrook.

Mais tarde, Luís Horta e Costa fez novas críticas a esta avaliação feita pelo BESI.

«Não gostámos muito da maneira como a avaliação apareceu feita e as áreas de negócios a que era atribuída. Estavam a avaliar a ESCOM em cerca de 900 e tal milhões dólares nessa altura e havia um passivo de 300 milhões. A nós [administração da ESCOM] parecia-nos um bocadinho difícil. Teria dificuldade em defender este número aos novos compradores, mas nunca os vi».

Enquanto administrador da ESCOM, Luís Horta e Costa assume, no entanto, algumas responsabilidades.

«A gestão da ESCOM foi responsável numa coisa. Talvez tenhamos dado passos maiores do que as pernas e talvez tenhamos sido demasiado ambiciosos nos investimentos que fizemos em África».

Segundo Horta e Costa, «a responsabilidade de grande parte do passivo da ESCOM foi a atividade mineira».

Não recebe salário desde agosto

Mais tarde, durante a audição, o administrador da ESCOM insistiu que a empresa «continua a trabalhar em Angola», ainda que com «graves dificuldades» em pagar salários aos 1200 trabalhadores.

«Nós ainda estamos vivos e continuamos a pagar salários em Angola. Já a mim, devem-me salários desde agosto», ou seja, desde a medida de resolução que terminou com o BES. Luís Horta e Costa responsabiliza a administração do Grupo Espírito Santo, sobretudo Ricardo Salgado, pela venda da ESCOM à Sonangol, que não veio a confirmar-se. No entanto, admite que o negócio era «uma boa notícia» para esta empresa do GES.

«Todas as negociações não são feitas pela administração, são feitas pelos acionistas. Aquilo que eles decidem, muitas vezes, a administração desconhece. Segundo nós sabemos, houve um contrato assinado a 28 de dezembro de 2010 com uma empresa que, para mim, representava a Sonangol [referia-se à Newbrook]. Na administração da ESCOM, víamos como uma boa notícia que a Sonangol entrasse no capital da ESCOM».

Mais tarde, o administrador da ESCOM personalizou em Ricardo Salgado este negócio.

«Ricardo Salgado tentou, convictamente, vender a ESCOM. Fez tudo o que podia e o que não podia. Acreditou que ia vendê-la, até certa altura, em que foi apanhado por certas surpresas que não conhecia, ou calculou mal, em relação ao BESA. E aí o negócio deixou de ser a ESCOM para ser outra coisa qualquer».

Apesar desse contrato de venda da ESCOM, esta nunca chegou a acontecer e a empresa continua a ser dos «mesmos acionistas», pelo menos «tanto quanto a gente sabe». Segundo Horta e Costa, o acionista maioritário continua a ser o GES, através da ES Resources. «Talvez tenha havido mudanças de controlo dentro do GES», continuou, mas «estou convicto que o acionista é a ES Resources».

Entre o contrato assinado e o colapso do GES, Luís Horta e Costa diz que se passou um período em que foi «como o D. Sebastião», porque «nunca apareceu ninguém».

«Era uma situação complicada, porque achávamos que a empresa teria sido vendida. Tivemos dificuldades porque, depois do contrato, entrámos em gestão corrente, não podíamos fazer nada. Até ao dia em que acordámos com o nosso acionista maioritário [o GES] desaparecido em combate, tendo implodido, tínhamos esperança que alguma coisa acontecesse. Fosse a Sonangol, fosse a Newbrook…»

Luís Horta e Costa garante que teve «várias conversas com membros do GES», em que os questionou se já tinham vendido a ESCOM. Mas a sua administração «nunca teve uma palavra a dizer sobre a avaliação da ESCOM», tendo até tentado «chamar a atenção» da administração do GES. «Não estamos a sacudir a água do capote. Já vi isso aqui e já chega», constatou.

​De acordo com um documento do Banco de Portugal, o valor de venda era de 483 milhões de dólares. Horta e Costa assegurou que os administradores da empresa não fizeram esta avaliação, nem concordavam com ela. «Tínhamos consciência do valor e potencial da ESCOM. Não achávamos ideal, dado as dificuldades do GES, haver prémios de controlo em cima de uma avaliação já de si difícil de sustentar. Era esticar a corda. Achávamos uma coisa um bocadinho salgada», ironizou, levando a risos na sala.

Essa avaliação foi feita pelo BESI, a pedido da Rioforte. A ESCOM terá então passado da ES Resources para a Rioforte. Depois, mais tarde, a empresa «voltou para a ES Resources» e ia ser vendida à Sonangol através do «veículo» Newbrook.

Mais tarde, Luís Horta e Costa fez novas críticas a esta avaliação feita pelo BESI.

«Não gostámos muito da maneira como a avaliação apareceu feita e as áreas de negócios a que era atribuída. Estavam a avaliar a ESCOM em cerca de 900 e tal milhões dólares nessa altura e havia um passivo de 300 milhões. A nós [administração da ESCOM] parecia-nos um bocadinho difícil. Teria dificuldade em defender este número aos novos compradores, mas nunca os vi».

Enquanto administrador da ESCOM, Luís Horta e Costa assume, no entanto, algumas responsabilidades.

«A gestão da ESCOM foi responsável numa coisa. Talvez tenhamos dado passos maiores do que as pernas e talvez tenhamos sido demasiado ambiciosos nos investimentos que fizemos em África».

Segundo Horta e Costa, «a responsabilidade de grande parte do passivo da ESCOM foi a atividade mineira».

Não recebe salário desde agosto

Mais tarde, durante a audição, o administrador da ESCOM insistiu que a empresa «continua a trabalhar em Angola», ainda que com «graves dificuldades» em pagar salários aos 1200 trabalhadores.

«Nós ainda estamos vivos e continuamos a pagar salários em Angola. Já a mim, devem-me salários desde agosto», ou seja, desde a medida de resolução que terminou com o BES.

O negócio dos submarinos com os alemães

Luís Horta e Costa explica o negócio entre os alemães e a ESCOM. E admite que esta empresa do GES montou um «puzzle financeiro» para «aproveitar» uma amnistia fiscal.

O contrato de aquisição dos submarinos valeu 27 milhões de euros à ESCOM, que assessorou o negócio da alemã Ferrostaal. Luís Horta e Costa confirmou, esta quinta-feira, a distribuição desses valores e apontou o dedo à Assembleia da República por ter permitido um regime fiscal mais benéfico a quem os recebeu.

Segundo o administrador da ESCOM, «uma parte substancial» dos 27 milhões de euros «foi gasta com a operação em si».

«Depois, uma parte substancial foi gasta com distribuição de dividendos, antecipação de bónus, ao conselho superior [do GES]. E o restante foi distribuído equitativamente pelos três administradores da ESCOM e pelo consultor da ESCOM que propôs o negócio [Miguel Horta e Costa]».

Segundo o que foi sendo veiculado na imprensa, os membros do conselho superior do GES receberam, cada um, um milhão de euros, num total de cinco milhões. 16,5 milhões de euros foi o valor distribuído entre os três administradores da ESCOM [o próprio Luís Horta e Costa, Pedro Neto e Hélder Bataglia] e ainda Miguel Horta e Costa.

Sobre se o valor pago foi de 30 milhões e se haveria um sexto homem que tinha ganho três milhões com o negócio, como chegou a ser noticiado, dando conta das suspeitas do Ministério Público de que pudesse haver algum político envolvido, Luís Horta e Costa negou.

«Acho que devíamos contar melhor. Somos três administradores, os tipos [como Ricardo Salgado se refere aos administradores da ESCOM nas gravações] e temos um quarto [o seu irmão, Miguel Horta e Costa]. Quando Ricardo Salgado, num desabafo à família, resolve explicar uma coisa em 2013 que recebeu em 2005 presumo que deve estar esquecido. O tal homem que falta na cabeça de Ricardo Salgado sempre foi Miguel Horta e Costa. Sexto? Já não consigo contá-los…».

Mais tarde, Luís Horta e Costa diz que foram os próprios acionistas, ou seja, o conselho superior do GES, a indicar à ESCOM as contas onde deviam depositar este dinheiro. «Para mim, eles eram os acionistas da empresa, mas não fui confirmar se eram eles os acionistas da ES Resources [empresa do GES que detinha a maior parte da ESCOM]», explicou.

Perdão fiscal? «Talvez tenham Alzheimer…»

Questionado sobre os valores do contrato dos submarinos que foram regularizados depois através dos RERT [Regime Extraordinário de Regularização Tributária], Luís Horta e Costa apontou o dedo à Assembleia da República por ter aprovado a lei e agora chamar de «malandros» quem a utilizou.

«Quando o Parlamento decide uma espécie de amnistia fiscal, deve ter uma intenção. Ou acha que têm todos Alzheimer, ou acha que quiseram deliberadamente esconder o dinheiro lá fora. Esta Assembleia fez isso três vezes. Quando a ESCOM monta um puzzle financeiro, tinha como objetivo uma otimização fiscal. No momento em que existe a oportunidade de um regime fiscal benéfico, a ESCOM aproveitou».

Corrupção «não sei», mas através da ESCOM «não»

Ainda sobre o negócio dos submarinos, sendo que foi arguido nesse processo que em dezembro foi arquivado, Luís Horta e Costa assegurou que «nunca nenhum detentor de um cargo público levou um tostão da ESCOM». «Houve corrupção na Alemanha, mas através da ESCOM não», constatou.

«Se houve corrupção em Portugal, não ponho as mãos no fogo, porque não conheço. Agora, usando a ESCOM, não houve».



Horta e Costa recorda que andou nove anos em tribunal para, no fim, se chegar à conclusão que «nada disto correspondia à realidade». «Nenhum decisor, ligado ou não ao processo de aquisição de material militar em que a ESCOM serviu de consultor, serviu de intermediário para pagar fosse o que fosse», insistiu.

O administrador da ESCOM explicou ainda a rescisão do contrato com o German Submarine Consortium (GSC).

«Sentimos que o consórcio alemão escolheu caminhos que não eram os nossos. Tivemos algumas divergências graves em relação à forma como realizar contrapartidas. Manifestámos várias vezes a nossa discordância e isso não foi muito bem aceite pelos alemães e a relação tornou-se tensa».

Esconder o dinheiro porquê?

Mariana Mortágua questionou Luís Horta e Costa sobre o esquema dos 27 milhões do negócio dos submarinos e sobre qual a necessidade de os «esconder».

«Impostos», respondeu apenas, confirmando que a intenção era pagar menos ao Estado. «E, no conselho superior do GES, tinham um problema qualquer do ponto de vista reputacional» com o negócio dos submarinos, acrescentou.

«E quem engendrou este esquema?», insistiu a deputada bloquista. «Um bocadinho todos. Temos ótimos advogados e consultores financeiros», respondeu Horta e Costa.

(Fim de citação)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 16/1/2015 16:13

UNS SÃO FILHOS DA MÃE...OUTROS SÃO FILHOS DA PU...


BANCOS GREGOS RECORREM À LINHA DE EMERGÊNCIA DO BCE
16 Janeiro 2015, 11:05 por Nuno Carregueiro | nc@negocios.pt

Dois bancos gregos já pediram ao banco central do país para acederem à cedência de liquidez de emergência do Banco Central Europeu. A saída de depósitos, devido aos receios com os resultados das eleições, justifica a medida.
Dois dos maiores bancos gregos pediram ao Banco da Grécia para acederem à cedência de liquidez de emergência (ELA - Liquidity Emergency Assistance) do Banco Central Europeu, para fazerem face saída de depósitos.

Os pedidos em causa, já oficiais, forem efectuados pelo Alpha Bank e pelo Eurobank Ergasias, dois dos maiores bancos gregos. O jornal grego Kathimerini adianta que outras instituições devem seguir o mesmo caminho, uma vez que está a haver uma fuga de depósitos dos bancos gregos, devido aos receios de que os resultados das eleições na Grécia venham a provocar uma saída do país da Zona Euro.

Em declarações à Bloomberg, fontes oficiais dos dois bancos adiantaram que esta foi um pedido de precaução, sendo que nesta altura esperam que esta linha de emergência não venha a ser utilizada.

Já o jornal grego diz que os montante solicitados ascendem a 5 mil milhões de euro e resultam não só da fuga de depósitos, mas também do facto de os bancos terem sido forçados a comprar bilhetes do Tesouro emitidos pela Grécia, o que afectou a liquidez das instituições.

As acções do Eurobank desceram um máximo de 10% para 16,3 euros, enquanto o Alpha Bank desvaloriza 7,7%.

A ELA é uma linha de emergência do (Eurosistema) que está à disposição dos bancos da Zona Euro quando enfrentam situações de escassez de liquidez e não dispõem de colaterais para aceder ao financiamento regular junto do banco central.

Os empréstimos concedidos ao abrigo da "Emergency Lending Assistance" são da responsabilidade dos bancos centrais nacionais (as perdas ficam nos seus balanços e, logo, no dos contribuintes), mas precisam da autorização do BCE e contam para o cálculo da liquidez injectada no sistema (um dos elementos relevantes para avaliar pressões inflacionistas). No caso de os montantes solicitados à ELA serem acima de dois mil milhões de euros o BCE passa a analisar a situação com muita proximidade.

Foi o que aconteceu ao Banco Espírito Santo (BES) dias antes do processo de resolução. O BCE impediu o banco de acender a esta linha devido aos reduzidos rácios de capital, o que acabou por precipitar o colapso da instituição e a intervenção do Banco de Portugal.

O Kathimerini dá conta que o custo de aceder a esta linha (taxa de 1,55%) é bem mais caro do que o financiamento regular (0,05%) e que o BCE irá discutir estes pedidos na reunião que tem agendada para quinta-feira.

A saída de depósitos dos bancos gregos está relacionada com os receios que o país venha a sair do euro em função dos resultados das eleições. O Syriza, partido que vai à frente nas sondagens, já repetiu por diversas vezes que quer manter a Grécia no euro, mas o facto de defender uma reestruturação da dívida grega está a gerar receios junto dos investidores.

Em Dezembro os depósitos nos bancos gregos desceram 3 mil milhões de euros, quando o saldo no último mês do ano é habitualmente positivo. Os bancos confirmam que nas primeiras semanas de Janeiro a saída de dinheiro prosseguiu, embora a níveis controláveis. Apesar disso o pedido para aceder à ELA permite acautelar uma saída mais intensa de dinheiro e assim impedir o colapso dos bancos devido a problemas de liquidez.

Os banco gregos já tinham recorrido à ELA em 2011, quando as agências de rating cortaram a notação da Grécia e dos bancos gregos, o que motivou uma fuga de depósitos. O mesmo aconteceu nas últimas eleições, em Junho de 2012, altura em que também aconteceu uma saída intensa de depósitos dos bancos. Em 2014, segundo o jornal grego, os bancos conseguiram eliminar o financiamento através da ELA.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/1/2015 23:16

Boas,


EMPRESAS FAMILIARES: “O PREÇO QUE VAMOS PAGAR PELO GES É DEMASIADO GRANDE PARA FICARMOS SENTADOS E NÃO FAZERMOS NADA”
14 Janeiro 2015, 20:00 por Wilson Ledo | wilsonledo@negocios.pt

O presidente da Associação de Empresas Familiares defendeu que é necessário tomar medidas para evitar novos casos como a queda do Grupo Espírito Santo.
"O preço que vamos pagar [pela queda] do Grupo Espírito Santo (GES) é demasiado grande para ficarmos sentados e não fazermos nada". É deste modo que o presidente da Associação de Empresas Familiares (AEF), Peter Villax, reage ao cenário.

Situações como as que foram surgindo no GES desde meados de 2014 levam a AEF a pedir a adopção de medidas que visem evitar repetições num futuro mais ou menos próximo.

A agenda para 2015 prevê a identificação precisa do universo das empresas familiares (através da sua identificação nas declarações de IRC, por exemplo) e a adopção mais generalizada do protocolo familiar, que gere as relações entre os seus membros.

Para Villax, as estruturas do modelo familiar do GES "foram incapazes" de impedir a sua queda, não conseguindo "monitorar o poder da administração". O responsável recorda que apenas um dos cinco ramos da família Espírito Santo – o liderado por José Manuel Espírito Santo – detinha um protocolo familiar.

"Foi o fim de uma empresa familiar, com um impacto reputacional muitíssimo elevado", acrescentou esta quarta-feira, 15 de Janeiro, durante uma conferência em Lisboa.


Profissionalização apontado como o caminho
Um estudo recente da PwC revela que 40% dos seus inquiridos considera que a profissionalização é um desafio central para as empresas familiares. Em todo o mundo, 90% do Produto Interno Bruto é detido por esta tipologia empresarial.

Nesse processo, será preciso ter em conta um equilíbrio entre as necessidades do negócio e das famílias que os lideram, consideraram os vários especialistas reunidos no evento. A polémica questão da sucessão deverá ser equacionada sempre a longo prazo.

O acesso de informação das empresas ao mercado e "stakeholders" deverá ser outro dos aspectos a considerar para o crescimento das empresas familiares, facilitando inclusive a sua introdução numa economia digital e cada vez mais global.

A posição é também defendida pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, que recorda que as empresas familiares vão além das PME. Sonae, Jerónimo Martins ou Salvador Caetano foram exemplos dados ao auditório.

Se as empresas familiares "apresentam uma dimensão humana do negócio", correm também um "enorme risco". Tal dependerá do seu modelo de governança, alertando o secretário de Estado que as falhas dos mesmos estão "nos pequenos detalhes e factores menosprezados".

"A prática e o testemunho é o que diferencia uma grande empresa", reforçou. Para além do estabelecimento de regras na tomada de decisão, Leonardo Mathias acrescenta que só uma estrutura de comunicação robusta, assente na "transparência", poderá ditar o sucesso das mesmas.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/1/2015 23:14

Boas,

VÍTOR BENTO TO REJOIN PRESIDENT’S COUNCIL OF STATE AFTER SPELL AT BES
Janeiro 14th, 2015
20150114

Vítor Bento, a former member of the Council of State of Portugal’s president, and who stepped down last July to take over as chief executive of Banco Espírito Santo (BES), has been reappointed to the council, according to a decree signed by the president on 12 January and published in the state journal on Wednesday.

Vítor Bento to rejoin president's Council of State after spell at BES

the portugal news online

The president, Aníbal Cavaco Silva, decided to move to reappoint Bento to the Council of State, his political advisory body, in the run-up to a meeting of that body that is expected to discuss early elections in the Madeira region, triggered by the resignation this week of regional premier, Alberto João Jardim.

Bento served at BES, following the resignation of the board that was triggered by the announcement of billions of euros in first-half losses, before the bank was wound up by the Bank of Portugal and split up. He subsequently served briefly as chief executive of its successor bank, Novo Banco.

He had previously been a member of the Council of State for five years, at a time when he was chief executive of SIBS, the company that runs Portugal’s network of automatic teller machines.

Another place on the Council remains to be filled – that held by António José Seguro, who stepped down as leader of the opposition Socialist Party in September.

(END)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/1/2015 23:13

Boas,

GOLDMAN STUNG BY BES LOAN
JANEIRO 14TH, 2015
20150114

The collapse of Banco Espirito Santo will take its toll on Goldman Sachs’ quarterly results and on the bonuses awarded to some staff at the US investment bank after it wrote down a loan to the Portuguese lender, reports the Financial Times.

People use automated teller machines (ATMs) of Portuguese bank Banco Espirito Santo in downtown Lisbon. REUTERS/Rafael Marchante

Financial Times

The collapse of Banco Espirito Santo will take its toll on Goldman Sachs’ quarterly results and on the bonuses awarded to some staff at the US investment bank after it wrote down a loan to the Portuguese lender.

Goldman and some of its clients lent $835m to BES in July through Oak Finance Luxembourg, a vehicle it set up to sell notes to investors backed by the loan.

The Bank of Portugal bailed out BES in August with a €4.9bn loan. The central bank recently ruled that the loan from Oak Finance should not be put into Novo Banco, the “good bank” formed out of the ashes of the Portuguese bank, but instead should stay in its “bad bank” that holds many of its most toxic assets.

That move, which is being challenged by Goldman, makes it much less likely that the loan will be fully repaid.

However, the US bank hedged its exposure to the loan, which should help to reduce potential losses.

While Goldman managed to syndicate the majority of the loan to its clients, the collapse of BES happened before it could sell as much as it had planned, leaving it with an uncomfortably high level of exposure.

The writedown and impact on the bonus pool at Goldman in the fourth quarter were first reported by Reuters.

(END)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 14/1/2015 13:21

Boas,

“GUARDA-CHUVA” DO BES CEDEU À “TROMBA DE ÁGUA” DO GRUPO ESPÍRITO SANTO
Janeiro 14th, 2015
20150114

António Souto foi à comissão de inquérito lançar farpas ao ESFG e à ESI, criticando os administradores em comum com o banco por não terem alertado para os problemas.
O Banco Espírito Santo não é o Grupo Espírito Santo. O BES não é o GES. Esta foi uma mensagem que os responsáveis institucionais, como o Banco de Portugal, tentaram passar durante meses. E foi uma ideia …

(Fim de citação)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 22:28

Boas,

ANTÓNIO SOUTO: QUEM SUSPEITOU DE PROBLEMAS NA ESI DEVIA TÊ-LOS DENUNCIADO NO BES
Janeiro 13th, 2015
21050113



Citando

Jornal de Negócios

Até Novembro de 2013, a comissão executiva do banco não foi informada de quaisquer problemas na Espírito Santo International.
António Souto, administrador executivo do BES até Julho passado, criticou esta terça-feira, 13 de Janeiro, as pessoas que estavam no banco e que estavam ligadas ao Grupo Espírito Santo e que suspeitavam de contas adulteradas na Espírito Santo International, sociedade de topo do grupo onde se descobriu passivo escondido.

O facto em que houve dívida escondida na ESI foi revelado em Novembro de 2013, na sequência de trabalhos feitos pelo Banco de Portugal. “Vem alterar a percepção de risco da empresa e do Grupo, colocando um problema de risco reputacional relativo ao papel comercial colocado em clientes de retalho que atingiu 1700 milhões de euros”, disse António Souto aos deputados na comissão parlamentar de inquérito. Foi vendido papel comercial da ESI a clientes aos balcões do BES que foram informados com base em contas falseadas daquela sociedade.

“Até essa data nenhuma informação que indiciasse problemas na ESI tinha sido veiculada à comissão executiva ou ao conselho de Administração”, garantiu António Souto.

E, aqui, o antigo gestor do BES, embora não tenha avançado nomes, lançou farpas: essa informação nunca chegou “por qualquer dos administradores do Grupo Espírito Santo membros desse conselho [de administração], o que teria sido seu primeiro dever de diligência, caso disso tivessem conhecimento ou suspeição”.

Ricardo Salgado era presidente executivo do BES e estava também na ESI – o contabilista Francisco Machado da Cruz acusa-o de ter ordenado a ocultação de passivo desde 2008. José Manuel Espírito Santo também estava tanto no banco como no grupo.

José Maria Ricciardi é outro dos nomes que estava no banco e no grupo e já garantiu, na comissão de inquérito, que perguntou sobre as contas escondidas da ESI mal soube, tendo feito denúncias na ESFG e no conselho superior.



(Fim de citação)
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 22:26

Boas,
GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DO BES NÃO RECEBEU “ALERTAS” DA KPMG POR CAUSA DE ANGOLA
Janeiro 13th, 2015
20150113

Citando

Jornal de Negócios

António Souto diz que o conselho de administração do BES só soube de problemas no BESA no final de 2013.
“Nunca tive alertas no âmbito da comissão executivo ou do conselho de administração por parte da KPMG relativamente a situações que pudessem constituir um risco para o banco”. A afirmação foi feita por António Souto, membro da administração do BES até 30 de Julho de 2014, depois de suspenso de funções pelo Banco de Portugal.

A KPMG era a auditora do BES e do BESA através das filiais em Portugal e Angola – esta quarta-feira, o seu presidente, Sikander Sattar, vai falar aos deputados na comissão de inquérito, que aceitaram que a audição fosse feita à porta fechada.

António Souto relatou a percepção do que se passava no BES Angola, onde o banco tinha mais de metade do capital, como sendo a de um banco com uma operação positiva. Só há noção de problemas no BESA “no final de 2013″, disse o antigo gestor na audição desta terça-feira.

“Praticamente em simultâneo, somos informados pelo Dr. Ricardo Salgado e pelo Dr. Morais Pires que existia um problema de qualidade da carteira de crédito, que estava em vias de ser resolvido”, acrescentou. No final de 2013, Angola concedeu uma garantia estatal ao BESA que cobria cerca de 70% do seu crédito.

O BES tinha uma linha de financiamento de mais de 3 mil milhões de euros ao BESA – foi esta exposição que o Banco de Portugal quis provisionar a 100% no Novo Banco, que herdou os activos e passivos bons do BES após a resolução.

(Fim de citação)
 
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Re: BES - A LUTA

por ovelhaxone » 13/1/2015 18:23

a venezuela pode voltar que o novobanco está a pagar a loucura de 2,25% ao ano em DP a 1 ano.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 14:40

Boas,

ISABEL ALMEIDA: VENEZUELA TIROU DEPÓSITOS DO BES NO PICO DA CRISE
13 Janeiro 2015, 13:13 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt

O Estado da Venezuela, que através do fundo soberano do país e da Petróleos da Venezuela, aplicou 800 milhões em dívida do GES, tinha depósitos "muito significativos no BES". A retirada destes depósitos aconteceram em Julho, no pico da crise do banco, revelou Isabel Almeida. Em Junho e Julho, o BES perdeu 10 mil milhões de euros em depósitos.
Os clientes da Venezuela "tinham depósitos no BES e papel comercial do GES", revelou Isabel Almeida no inquérito parlamentar ao banco. Em causa estavam aplicações realizadas pelo estado venezuelano através do fundo soberano do país e da Petróleos da Venezuela (PdV), empresa petrolífera pública.

"Em Julho e Agosto, reduziram significativamente os depósitos no BES. Continuaram a ser depósitos significativos, mas inferiores", adiantou a directora financeira do banco.

Recorde-se que foi em Julho que o BES enfrentou as maiores pressões de liquidez, uma vez que entre Junho e o final de Julho saíram do banco cerca de 10 mil milhões de euros de depósitos. Ao ponto de, como já referiu Isabel Almeida, na terceira semana de Julho, o BES ter sido obrigado a recorrer à linha de liquidez de emergência do Banco de Portugal.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 14:09

Boas,


RICARDO SALGADO NÃO COMENTA DECLARAÇÕES DE MACHADO DE CRUZ E REITERA DISPONIBILIDADE PARA VOLTAR AO PARLAMENTO
13 Janeiro 2015, 12:54 por David Santiago | dsantiago@negocios.pt

O antigo líder do BES reafirmou que não pretende, "por maior que seja a sua vontade", comentar declarações prestadas na Comissão Parlamentar de Inquérito, especialmente aquelas que possam ser atribuídas a Machado da Cruz. Ricardo Salgado diz-se totalmente disponível para voltar à CPI se os deputados quiserem.
Num comunicado divulgado esta terça-feira, o antigo líder do BES, Ricardo Salgado, explica que não pretende comentar, "por maior que seja a sua vontade", as declarações atribuídas a Machado da Cruz, o antigo contabilista da Espírito Santo International (ESI).

Salgado começa o comunicado por notar que as afirmações atribuídas ao antigo "commissaire aux comptes" no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de 8 de Janeiro representam uma "violação das regras definidas pela própria". De seguida, o ex-líder do BES reiterou o "princípio de não comentar depoimentos prestados na CPI", especialmente quando estes tenham sido feitos à porta fechada. Já na passada quinta-feira, Salgado recusara-se comentar ao Negócios a posição assumida por Machado da Cruz no Parlamento.

Esta postura é justificada por Ricardo Salgado pelo "absoluto respeito institucional pela Assembleia da República", local até onde se mostra disponível voltar "quando e se os senhores deputados assim o entenderem". Salgado diz mesmo manter "total disponibilidade para regressar à CPI".

A 8 de Janeiro, na audição parlamentar a Machado da Cruz, que decorreu à porta fechada por pedido do mesmo, argumentando o facto de ser arguido num processo relacionado com algumas das questões que seriam tratadas na própria CPI, o contabilista da ESI assegurou que foi Ricardo Salgado quem ordenou a ocultação de contas da ESI logo a partir de 2008.

Machado da Cruz disse estar "muito arrependido" e garantiu que as suas acções foram feitas "por lealdade ao grupo" e a Ricardo Salgado. O nome de Machado da Cruz saltou para a ribalta mediática quando, numa entrevista ao Negócios, a 22 de Maio do ano passado, Salgado acusou o "commissaire aux comptes" de ser o responsável pelo buraco financeiro detedtado na ESI.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 13:51

Boas,
BES ANGOLA NÃO PAGAVA JUROS DA DÍVIDA AO BES DESDE 2012
Isabel Almeida, ex-diretora financeira do BES, disse na comissão parlamentar de inquérito que a partir de 2012 o aumento da exposição do banco ao BES Angola resultou muito da capitalização de juros.

Sónia M. Lourenço |
10:58 Terça feira, 13 de janeiro de 2015
A exposição do Banco Espírito Santo (BES) ao BES Angola (BESA), que terminou nos 3300 milhões de euros, começou em 2008, de forma relevante, disse esta manhã Isabel Almeida aos deputados da comissão parlamentar de inquérito ao caso BES. "Na altura estávamos a falar de 1500 milhões de euros", disse a ex-diretora financeira do BES.

Depois, entre 2009 e 2012, "a exposição duplica para fazer face às necessidades e modelo de financiamento do BESA". Até por causa dos "desequilíbrios" que essa subdidiária do BES tinha.

"A partir de 2012, o aumento na exposição do BES resulta muito da capitalização de juros" da dívida do BESA ao BES, frisou. Segundo Isabel Almeida, "ao contrário do que aqui já foi dito, o BESA já não pagava" desde essa altura.

"De 2012 a 2014 foi um acumular de juros que fizeram aumentar a exposição em cerca de 400 milhões de euros". Foi assim que se atingiu o valor "enormíssimo" de 3300 milhões de euros, salientou.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 13:47

Boas,

ECONOMIA
EX-DIRETORA DO BES: «PERDI TUDO»
Isabel Almeida garante que lutou até ao fim para preservar BES e não abandonou cargo, mesmo quando sobre ela desabaram «as maiores calúnias». Ficou sem tudo o que tinha investido em ações

Por: Vanessa Cruz Vanessa Cruz Catarina Pereira Catarina Pereira / | há 2 horas

A ex-diretora do departamento financeiro, de mercados e estudos do BES, Isabel Almeida, também ficou sem nada, tal como as outras pessoas que investiram no BES. Ouvida na comissão de inquérito sobre o caso, no Parlamento, manifestou a sua «profunda tristeza» e «solidariedade» para com os investidores que acreditaram no banco.
«Mantive as ações e sofri as perdas de valor que julguei - tal como muitos clientes - que recuperaria» mais tarde. «Perdi tudo o que tinha investido em ações e correspondia em parcela muito significativa de anos de trabalho»
Na sua intervenção inicial, Isabel Almeida disse que, «como muitos pequenos investidores o impacto desta situação assumiu proporções ainda mais gravosas». Também ela as sentiu na pele.

Por ter sofrido as consequências do que se passou, quis dar uma «palavra de solidariedade» aos investidores e clientes do banco, manifestando a sua «profunda tristeza quando se vê esfumar-se todo um esforço de vida de trabalho».

Isabel Almeida assegurou que fez tudo o que podia. «Eu e restantes elementos nunca desistimos e lutámos até ao limite das nossas capacidades pela preservação do património» do banco.
«Não abandonei o banco nem a equipa, mesmo quando sobre mim caíram as maiores calúnias e o meu nome foi difamado na praça pública»
As notícias que vieram a público dão conta que a ex-directora do BES terá estado no centro das operações do esquema de financiamento que pode ter passado pela Eurofin e Panamá. Isabel Almeida garantiu, já em resposta a Mariana Mortágua (BE) que nunca aprovou financiamento ao Espírito Santo Bank do Panamá.
«Eu tinha uma informação muito limitada em saber o que se passava acima do BES. A Espírito Santo Bank of Panamá é a empresa acima do grupo BES. O banco financiava, mas «o destino dos fundos, a quem quer que fosse,era decisão dos responsáveis da Espírito Santo Bank of Panamá e da ESFG. Não era decisão do BES e do departamento financeiro. Em absoluto»

Isabel Almeida explicou também aos deputados que tudo aquilo que era feito no seu departamento tinha «sempre» aprovação prévia do administrador executivo [CFO] Morais Pires, já ouvido no Parlamento.

Aos deputados, a ex-diretora do BES tentou, de forma bastante explícita, mostrar que não tem qualquer relação próxima com Morais Pires, revelando ainda que foi «surpreendida» por integrar a sua lista para a administração que iria suceder a Ricardo Salgado. Garante que só soube horas antes de a decisão - já tomada - ser tornada pública.

Outra revelação que fez foi que tanto Salgado como Pires recusaram explicar o esquema das obrigações à nova administração, na altura, de Vítor Bento. E ambos decidiram o investimento de 900 milhões de euros da PT na RioForte, dinheiro que a operadora de telecomunicações veio a perder.
 
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Re: BES - A LUTA

por Santa Maria » 13/1/2015 13:41

Boas,

ISABEL ALMEIDA: "SE A GARANTIA DE ANGOLA AO BESA IA SER REVOGADA, NÃO HAVIA SOLUÇÃO PRIVADA PARA O BES"
13 Janeiro 2015, 12:06 por Maria João Gago | mjgago@negocios.pt

O risco de anulação da garantia de Angola ao BESA e o facto de o BES ir deixar de controlar o banco angolano foram, para Isabel Almeida, as principais razões para a queda do BES. "A garantia era de 4.800 milhões. A garantia de Angola tem a dimensão da resolução", sublinha. Mas aponta a dívida oculta da ESI como "o pecado original" do problema.
"O aumento de capital [que o BES fez em Junho] baseava-se na expectativa sobre a evolução da área internacional do banco, como Angola. Mas "os resultados do BES relativos a 30 de Junho falavam na diluição da posição do BES no BESA. Quando viram isso, os analistas fizeram as suas análises. O mercado deixou de ter fundo", lamentou a directora financeira do banco perante os deputados.

"A garantia era de 4.800 milhões de euros. A garantia de Angola tem a dimensão da resolução" do BES. Se a garantia ia ser revogada, não havia solução privada para o BES", sublinhou, sugerindo que no fecho das contas de 30 de Junho já se sabia que o aval do presidente de Angola ao BESA iria ser revogado, o que, formalmente, só aconteceu a 4 de Agosto, após a intervenção do banco de Portugal no BES.

Para Isabel Almeida, Angola foi, assim, uma das principais razões para a queda do BES, cujo "pecado original" foi a ocultação de dívida da Espírito Santo International. Mas outros factores também pesaram.

"Para mim, até para a minha participação em algumas decisões que estão em investigação, foi importante, o facto de empresas que faziam parte do GES e tinham deixado de fazer - como a ES Turismo e a Escom -, apesar de terem dívida colocada em clientes do BES", explicou.

Outra das preocupações da directora financeira foi a necessidade de se fazer uma provisão para garantir o reembolso do papel comercial colocado em clientes de retalho do BES. "Quando a KPMG anuncia que teria que ser feita uma provisão de 700 milhões, fiquei muito preocupada. Não via como se ia lidar com esta situação", admitiu. "Por essa situação, a provisão é feita no ESFG. Para proteger o BES, seu principal activo.
 
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