"Turistas não vêm para os territórios visitar florestas de vidro", diz Turismo do Alentejo

[MarcoAntonio]

Há cá quem defenda a saida do Euro (eu não tenho uma posição definida, tem alguns contornos assustadores mas também dava-nos mecanismos de ajuste de que agora não dispomos) e não, por enquanto a Troika não quer a nossa saída do Euro.

[marianonunes]

Vamos fazer um joginho de "chicken" com a troika. A nossa margem negocial deve ser enorme no meio disto tudo.


Bora sair do euro!!

[alexandre7ias]

Publicado hoje às 19:47
Paulo Portas vaiado na Trofa

Paulo Portas
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi hoje vaiado à chegada à empresa Frezite, na Trofa, por cerca de duas dezenas de populares.
Alguns dos manifestantes seguravam uma tarja da União dos Sindicatos do Porto, afeta à CGTP, na qual se lia "Contra o pacote da exploração e empobrecimento".

Numa outra tarja, não afeta aos sindicalistas, lia-se: "PS, PSD e CDS -- os coveiros do país e dos trabalhadores".

Paulo Portas passou de carro pelos manifestantes e entrou dentro das instalações da empresa sem qualquer contacto com os populares.

http://m.tsf.pt/m/newsArticle?contentId=2771154&page=1

Já se começa a perceber para que os submarinos!

Será que cabem todos?

[MarcoAntonio]

Bem, o certo é que os gregos não se propuseram a pagar, pelo contrário. E sim, é natural que hajam condições. Tal e qual como tens condições em qualquer crédito que peças.

Talvez só para fechar o assunto: a troika não está aqui meramente porque coitadinhos vamos lá ajudar os tugas porque eles pediram. A situação é obviamente muito mais complexa e isto, como praticamente qualquer coisa na vida, tem também uma componente que é uma componente negocial.

Onde, se não queremos ser completamente comidos, temos obviamente de fazer a nossa pressão negocial também.

Quanto mais não seja, porque se não o fizeremos estaríamos ingenuamente a colocar-nos numa posição de desvantagem competitiva com os outros países que têm a lucidez de fazer essa pressão negocial.

Se por hipótese o pacote proposto pela troika estrangula as condições de crescimento económico a Portugal e se ao lado a Espanha negoceia uma pacote mais vantatajoso ou mais adiante a Grécia ou outra, se alguma coisa isto ainda vai piorar as hipóteses de crescimento para Portugal também por essa via.




Como já disse eu não sou um "anti-troika" e não estou a dizer estritamente para mandarmos a troika embora (nem como já disse a troika quer realmente ir embora).

[atomez]

Cá por mim, isto de andar a protestar contra quem nos empresta algum no estado falido em que estamos e ainda por cima com juros mais baixos do que os emprestadores tradicionais querem, parece-me que não é lá grande ideia...

[altrio]

Se se quiser resumir o meu post anterior, pode-se recorrer à velhinha imagem da manta: um tipo ou cobre a cabeça ou os pés.

Sem troika a manta não cobria era o corpo todo.

Agora, dizer que o dinheiro da troika é para cobrir a cabeça em específico (pagar x ou y em que se escolheu discricionariamente o x ou y) é uma distorção...

Com troika, a manta também não cobre o corpo todo. Só que em vez de haver um haircut sobre a dívida, há um haircut sobre os portugueses.

[TRSM86]

Mas eu até acho bem que se ponha a troika a andar: paga-se já tudo e pronto. Eles vão contentes e felizes.

Sim, sim: a troika quer tanto ir-se embora que já foi embora da Grécia há montes de tempos e nem houve pacotes adicionais para lá nem nada e dados os nossos derrapanços colossais, as avaliações têm sido sempre negativas (not).



(bom, mas o que eu penso - e não é uma posição "anti-troika" - já está resumida nos meus posts anteriores)

[Pata-Hari]

Bem, o certo é que os gregos não se propuseram a pagar, pelo contrário. E sim, é natural que hajam condições. Tal e qual como tens condições em qualquer crédito que peças.

[MarcoAntonio]

Mas eu até acho bem que se ponha a troika a andar: paga-se já tudo e pronto. Eles vão contentes e felizes.

Sim, sim: a troika quer tanto ir-se embora que já foi embora da Grécia há montes de tempos e nem houve pacotes adicionais para lá nem nada e dados os nossos derrapanços colossais, as avaliações têm sido sempre negativas (not).



(bom, mas o que eu penso - e não é uma posição "anti-troika" - já está resumida nos meus posts anteriores)

[MarcoAntonio]

É um jeito que também é um negócio que também um compromisso com contornos políticos, geo-políticos.

Não é uma coisa, são várias ao mesmo tempo.


Eu simplesmente não consigo olhar para uma questão deste calibre com uma visão tão simplista como essa, imagino que seja escusado ficarmos aqui a discutir horas sobre isso porque ainda que possa concordar parcialmente com uma parte, haverá sempre partes extremamente relevantes em que não vou conseguir concordar...

[Pata-Hari]

Mas eu até acho bem que se ponha a troika a andar: paga-se já tudo e pronto. Eles vão contentes e felizes.

Os que cá ficam que se amanhem. Pode ser que nessa altura haja alguma vontade de colocar ordem nas trincheiras.

[Pata-Hari]

Marco, escolhe os pés ou a cabeça ou outra parte qualquer. A troika está a dar-nos um jeito do caraças e a nosso pedido. Quem pediu emprestado fomos nós, eles não nos obrigaram. Aliás, se no que concerne o governo, o dinheiro da troika até só iria para os seus ordenados, carros e pensões. Mas pronto, como veio mais, até pagam mais umas cenas.

[MarcoAntonio]

«Existem ideias feitas sobre a dívida» de Portugal que «não correspondem à realidade», frisou Castro Caldas, considerando que «a maioria das pessoas acredita que os 78 mil milhões de euros da troika eram para pensões e salários»."

Isso é porque se calhar determinados políticos (abrange tanto o governo anterior como o actual) endrominaram as pessoas com falsas ideias no momento que lhes convinha e da forma que convinha, tentando inclusivamente dissimuladamente por uma parte da população contra a outra.

Isto foi algo de resto lançado e bem lançado pelo Governo anterior que faltou à verdade com os portugueses neste capítulo.

O actual vai no mesmo caminho e já começa a estender a mesma estratégia aos privados: eu já estou a ver daqui a um ano a alegarem que a culpa do falhanço foi dos privados porque estes não quiseram baixar os preços dado que já andam por aí a endrominar as pessoas que os privados depois desta medida da TSU podem baixar significativamente os preços... quando não podem!

[MarcoAntonio]

Se se quiser resumir o meu post anterior, pode-se recorrer à velhinha imagem da manta: um tipo ou cobre a cabeça ou os pés.

Sem troika a manta não cobria era o corpo todo.

Agora, dizer que o dinheiro da troika é para cobrir a cabeça em específico (pagar x ou y em que se escolheu discricionariamente o x ou y) é uma distorção...

[tava3]

"Dinheiro da troika «não foi para pagar salários e pensões"


"O professor de Economia José Maria Castro Caldas disse esta sexta-feira em Coimbra, que o dinheiro emprestado pela troika a Portugal «não foi para pagar salários e pensões», mas para pagar a credores.

«É falso que sem aquela ajuda não havia dinheiro para pagar pensões e salários aos funcionários públicos até final do ano» de 2011, sublinhou o docente e investigador do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

Portugal não tinha dinheiro para «amortizar a dívida pública que vencia nessa altura e a ajuda da troika veio para pagar aos credores, exceto 13 mil milhões de euros» destinados a «recapitalizar a banca» portuguesa, sustentou o economista, citado pela Lusa, ele que falava, em Coimbra, num debate promovido pela Auditoria Cidadã à Dívida Pública Portuguesa (IAC).

«Existem ideias feitas sobre a dívida» de Portugal que «não correspondem à realidade», frisou Castro Caldas, considerando que «a maioria das pessoas acredita que os 78 mil milhões de euros da troika eram para pensões e salários»."


http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html

[MarcoAntonio]

Sim, a troika está cá porque nós falimos e nos emprestaram dinheiro. Aceitámos de bom grado e por necessidade absoluta. Os ordenados dos funcionários públicos, as pensões e os subsídios só estão a ser pagos com esse dinheiro.

Isto é inexacto e por ser inexacto contém uma mensagem que é equívoca no mínimo e errada no máximo.

Essa é uma parcela da despesa, apenas.

O dinheiro da troika vem para cobrir tudo, essa parcela e outras. Porque se quisermos também podemos inverter a coisa e dizer que poderíamos dispensar o dinheiro da troika e ainda assim pagar integralmente aos funcionários e pagar integralmente as pensões e os subsídios.

Como? Cortava-se totalmente noutras despesas que não essas e ainda sobrava dinheiro com jeitinho...


Portanto, não, essa não é uma forma correcta de colocar a questão. A forma correcta é que sem dinheiro da troika não haveria dinheiro suficiente para pagar integralmente as despesas todas elas (diferentes parcelas de diferente natureza).

Podemos-nos insurgir contra o modo como o nosso dinheiro foi e é gasto, não contra a troika.

Tendo a concordar com esta parte (o que não invalida nada do que está para trás) mas isto mesmo assim não iliba totalmente a troika. Muito embora o tentem negar, o plano é também um plano da troika e as imposições que fazem no formato que fazem (basicamente, a estratégia seguida o que inclui as metas e o formato como sugerem ou exigem que seja feito) tem consequências na forma como Portugal recupera ou não.

Aliás, não há muitos dias uma publicação de um país que não Portugal comentava que Portugal era de alguma forma uma vítima do momento pois politicamente a troika não podia ceder muito (mesmo que se justificasse) pelo efeito em catadupa que isso teria nas exigências que a Grécia (e provavelmente Espanha também) viriam a fazer!

Em todo o caso e para voltar ao início, uma manifestação estritamente anti-troika é na minha opinião uma manifestação... mal direccionada no mínimo.

[Pata-Hari]

Sim, a troika está cá porque nós falimos e nos emprestaram dinheiro. Aceitámos de bom grado e por necessidade absoluta. Os ordenados dos funcionários públicos, as pensões e os subsídios só estão a ser pagos com esse dinheiro.

Podemos-nos insurgir contra o modo como o nosso dinheiro foi e é gasto, não contra a troika.

[MarcoAntonio]

1) Défice zero em 2013... Com certeza. Dado que 60% dos custos publicos são salários, pensões e subsidios, estes teriam de não ser pagos (repito "não pagos", quando actualmente estão a ser "apenas" cortados);

Isto não é verdade, somando todos os items que referiste, alcança-se menos de 50% da despesa.

E também não é verdade que para chegar ao déficit zero eles teriam de ser "não pagos", isso também não está correcto de todo.

[Dom_Quixote]

Eu acho que não devo participar numa manifestação pública contra a troika.

Até posso estar descontente e acreditar que, com a ajuda da mesma troika, o caminho podia ser diferente.

Porém, a troika só está cá a meter o bedelho por solicitação... nossa.

É sempre bom lembrar...

[jabreu3]

Se não estivesse no estrangeiro ia...

Não costumo ir a manifestações mas está na altura de começar a ir

[pedrom]

Só espero que me deixem passar para ir trabalhar!!!!

Quando houver uma manifestação contra a economia paralela ou contra uma serie de coisas.... estou lá batido, agora contra a troika???

99% do manisfestantes de amanhã são pessoas que, ou não declaram tudo o que ganham ou quando compram tentam fugir aos impostos, ou permitem que isso aconteça... só a redução/eliminação da economia paralela resolviamos todos os nossos problemas monetários!!!!

[Hramos3]

2) Fim do crédito da troika... Tudo bem. Mas ainda não se percebeu que o crédito da troika é que permite ainda mantermos "as nossas vidas" actuais? salários, pensões, subsidios são pagos com esse dinheiro. As "nossas vidas actuais" que eu saiba ainda têm idas ao cinema, se calhar um iphone, almoçar fora de vez em quando, etc.

Viva hoje, pague amanhã... Mas isso o problema não é da Troika...

[Parabolic]

Que se lixe a troika
Filed under: Economia,Política Fiscal,Política Monetária,União Europeia — BZ @ 17:12

Espero que amanhã os milhares(?) de manifestantes tenham suficientes tomates (ou ovários!) para exigir o fim do recurso ao crédito do fundo gerido pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia (troika).

Depois, não havendo outros credores dispostos a financiar o Estado português, o défice terá, em 2013, de ser nulo. Zero! Já no ano passado defendi este caminho.

E, para atingir tal objectivo, o caminho provável será a saída (não voluntária) do euro e consequente adopção de nova moeda (exemplo: “escudo 2″). Depois é só ir desvalorizando…

http://oinsurgente.org/2012/09/14/que-se-lixe-a-troika/

Algumas notas sobre o comentário acima...

1) Défice zero em 2013... Com certeza. Dado que 60% dos custos publicos são salários, pensões e subsidios, estes teriam de não ser pagos (repito "não pagos", quando actualmente estão a ser "apenas" cortados);

2) Fim do crédito da troika... Tudo bem. Mas ainda não se percebeu que o crédito da troika é que permite ainda mantermos "as nossas vidas" actuais? salários, pensões, subsidios são pagos com esse dinheiro. As "nossas vidas actuais" que eu saiba ainda têm idas ao cinema, se calhar um iphone, almoçar fora de vez em quando, etc.

3) Saida não voluntária do euro e ir desvalorizando.... Apoio condicionalmente. Mas isso sou eu que tenho o $$$ todo lá fora e ganhava poder de compra imediato cá. É como ir a Cuba actualmente, é tudo bem barato lá!! Agora para quem não tem o $$$ lá fora, essa medida vai-nos levar as nossas vidas actuais directamente ao charco. Imaginem um quilo de batatas de espanha a 10 euros, uma televisão nova importada a 10.000 euros, mas isto no tal "escudo 2".

[MarcoAntonio]

(...)

E, para atingir tal objectivo, o caminho provável será a saída (não voluntária) do euro e consequente adopção de nova moeda (exemplo: “escudo 2″). Depois é só ir desvalorizando…

http://oinsurgente.org/2012/09/14/que-se-lixe-a-troika/

Isso é que iam ser gritos contra os preços dos combustíveis...

[Quico]

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Crise
Saiba onde se realizam as 30 manifestações de amanhã
Publicado hoje às 12:47
Leonor Mateus Ferreira

"Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" é o mote que promete juntar milhares de pessoas em mais de 30 cidades contra a austeridade. (...)

Que se lixe a troika
Filed under: Economia,Política Fiscal,Política Monetária,União Europeia — BZ @ 17:12

Espero que amanhã os milhares(?) de manifestantes tenham suficientes tomates (ou ovários!) para exigir o fim do recurso ao crédito do fundo gerido pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia (troika).

Depois, não havendo outros credores dispostos a financiar o Estado português, o défice terá, em 2013, de ser nulo. Zero! Já no ano passado defendi este caminho.

E, para atingir tal objectivo, o caminho provável será a saída (não voluntária) do euro e consequente adopção de nova moeda (exemplo: “escudo 2″). Depois é só ir desvalorizando…

http://oinsurgente.org/2012/09/14/que-se-lixe-a-troika/