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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por GervasioLopes » 14/4/2015 23:11

chico_laranja Escreveu:O exemplo 100% acções faz sentido pois grande parte das carteiras aqui faladas são para 10-15 anos mas mesmo que isso fosse só 50% da carteira era preocupante.
Estatística é muito bonito mas muitos andam na universidade apenas e só para aprenderem a apresentarem os mesmos números pela perspectiva que interessa e o exemplo é a dívida pública nacional e jogarem com as referências e/ou métodos contabilísticos :-"
Agora é adicionar inflação e custos e refazer contas. Novo método, nova referência, resultados diferentes :roll:
Estamos ambos a enviar mensagens de aviso aos mais novos e cordialmente que é o que interessa :clap:


Na minha opinião

1- O exemplo de 100% de ações não faz grande sentido. Nunca em anos vi 1 verdadeiro lazy porfolio que fosse 100% ações; Nem perto disso;

2- Não estou a perceber é o teu "aviso" aos incautos: estarás a sugerir que se em 1 de Janeiro de 2000 alguém tivesse escolhido um FIGA que se propõe a bater o SP500 e estivesse 100% nele, estaria melhor do que estivesse num etf do SP500?
Tens elementos ou algum método para escolher bem um FIGA? Estatisticamente de 1 de Janeiro de 2000 até hoje, quantos FIGAS bateram o SP500?
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 14/4/2015 22:28

Nesta questão que agora tem sido abordada sobre "carteiras/fundos todos bonitinhos ao fim de n anos" (para o passado todos somos bons, até porque já o conhecemos) há um aspecto que não tem sido referido e que é de curial importância: o comportamento do concreto investidor quando, ao longo daquele período, tem de enfrentar as naturais e desejáveis correcções mais ou menos intensas em tempo e valor. Qual é o seu comportamento típico em termos de compra e venda? Li em qualquer lado - infelizmente não tomei nota do local, contra aquilo que é habitual fazer (por ter a mania de primeiro investigar e depois falar para mostrar que não é saber colado com cuspe, como diz a minha mãe) que foi feito um estudo tendo por objecto o cliente de retalho e conclui-se que mesmo que o activo tenha valorizado ao fim de um ano é comum o investidor perder dinheiro (e não é por efeito de comissões e impostos). Porque será?

É muito bonito apresentar aqui simulações de backtests assim e assado, isso qualquer um faz, é fácil e é cómodo. O que verdadeiramente interessa é convencer o cliente a ficar no investimento quando se atravessa a tempestade. É nesse momento que se vê o estofo do gestor ou da pessoa que sugeriu o investimento e a força do seu blá blá blá. O resto faz o computador.

É por isso que um dos entrevistados para o Market Wizards disse que as pessoas deviam fazer com os fundos o que fazem com as acções e com estas o que fazem com aqueles.

Everyone is a disciplined, long-term investor until the market goes down - Steve Forbes

The public is right during the trends but wrong at both ends - Humphrey Neill
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 14/4/2015 20:06

[quote="chico_laranja]
Eu sei que se mantiver o dinheiro tempo suficiente algum dia ele chegará ao verde.

O exemplo 100% acções faz sentido pois grande parte das carteiras aqui faladas são para 10-15 anos mas mesmo que isso fosse só 50% da carteira era preocupante.
[/quote]

Seria?

http://www.peaktotrough.com/hbpp.cgi

50% SP500 e 50% obrigações do tesouro americanas de 5 anos (intermédias).

Valor inicial de $10,000 a 1 de Janeiro de 2000 e rebalanceamentos anuais (importante aquilo que sublinhei). Sem qualquer tipo de reforços da carteira.

No final terias $20,110, correspondente a um CAGR de 4,67%.

Entre 2000 e 2003 (final do ano), a carteira estaria negativa face ao valor inicial.

É claro que seria mau ter a carteira negativa durante 4 anos? Mas mostra-me uma carteira para o futuro (para trás todos acertamos no euromilhões) que não tenha DD superiores a 5% anuais.

PS: Alguém que me corrija se estiver errado, mas penso que o valor diário do SP500 não tem em conta o reinvestimento dos dividendos.

PPS: A carteira permanente do HB apenas teve um ano negativo (2013, e foi de apenas 3,73%), todos os outros anos, incluindo durante o crash das dot-com e da crise financeira de 2007-2009, tiveram uma rentabilidade positiva.
 
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Re: Fundos à la carte

por ATLAS_ » 14/4/2015 18:51

chico_laranja Escreveu:Alguém sabe onde se arranja a cotação dos índices referência? Se forem eu EUR então melhor.

Não encontro em lado nenhum os índices MSCI directos mas apenas os ETFs associados.

É que olhar para os ETFs é estar a olhar para um índice tremido e não gosto disso.

Mercados a ver:
Acções:
Global
EUA
Europa
Jap
China
EM
ASEA
FM
EMEA
LatAm

Obrigações
Global
- Inv Grade
- HY
- EM
- Corp
Europa, US e EM
- idem

Basicamente queria uma base para fazer as minhas comparações.
Sei que ao nível de acções de um país posso olhar para os respectivos índices e depois é só colocar o forex em cima.
O problema é os globais e regionais


Eu vejo aqui:
http://www.investing.com/indices/major-indices

Esses MSCI, coloca-os no pesquisar, que costumam aparecer.

Por exemplo: http://www.investing.com/indices/msci-russia
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 14/4/2015 18:19

avataris Escreveu:@Chico

Eu acho o seguinte

-Estás a considerar um momento de entrada negro, que ok pode acontecer, mas o normal é não acontecer.
-Estas a considerar um investimento 100% acções. Quem investe 100% acções por norma tem um plano de juntar para a reforma, coisas de muito longo prazo. Se não tem, devia ter.
-E estatisticamente, passo a citar:

A partir das dez mil simulações com base nos dados históricos do MSCI World, a probabilidade de perder dinheiro com uma carteira diversificada de ações é inferior a 5% no final de cinco anos. A probabilidade de perder dinheiro no final de dez anos é de 0,33%. A probabilidade de perder em 20 anos é zero, revelam as simulações.


Portanto, foi so isso que eu quis alertar. :wink:


Eu sei que se mantiver o dinheiro tempo suficiente algum dia ele chegará ao verde.

O exemplo 100% acções faz sentido pois grande parte das carteiras aqui faladas são para 10-15 anos mas mesmo que isso fosse só 50% da carteira era preocupante.

Agora diz-me.

Se visses durante 5 anos uma aplicação tua no vermelho e fosses novo neste mundo (muito importante) estavas com esse à vontade ou já tinhas pegado naquilo e colocado novamente nos depósitos a prazo?

É que quase todos nós começámos assim, nos DPs mas depois quisemos algo mais mas no início não estamos preparados para lidar com mexidas de 2% num dia.

Da parte que citas só gostava de saber o seguinte.

Quando falam de perda de capital falam do número redondo. Entrou 5k, ao fim de 10 anos tenho 0.33% de hipóteses de ter menos de 5k.

Estatística é muito bonito mas muitos andam na universidade apenas e só para aprenderem a apresentarem os mesmos números pela perspectiva que interessa e o exemplo é a dívida pública nacional e jogarem com as referências e/ou métodos contabilísticos :-"

Agora é adicionar inflação e custos e refazer contas. Novo método, nova referência, resultados diferentes :roll:

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Aos mais novos. Caso tenham dúvidas avisem, não se acanhem pois estamos cá para isso mesmo
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Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 14/4/2015 17:57

Alguém sabe onde se arranja a cotação dos índices referência? Se forem eu EUR então melhor.

Não encontro em lado nenhum os índices MSCI directos mas apenas os ETFs associados.

É que olhar para os ETFs é estar a olhar para um índice tremido e não gosto disso.

Mercados a ver:
Acções:
Global
EUA
Europa
Jap
China
EM
ASEA
FM
EMEA
LatAm

Obrigações
Global
- Inv Grade
- HY
- EM
- Corp
Europa, US e EM
- idem

Basicamente queria uma base para fazer as minhas comparações.
Sei que ao nível de acções de um país posso olhar para os respectivos índices e depois é só colocar o forex em cima.
O problema é os globais e regionais
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Re: Fundos à la carte

por daniel__ » 14/4/2015 17:53

@Chico

Eu acho o seguinte

-Estás a considerar um momento de entrada negro, que ok pode acontecer, mas o normal é não acontecer.
-Estas a considerar um investimento 100% acções. Quem investe 100% acções por norma tem um plano de juntar para a reforma, coisas de muito longo prazo. Se não tem, devia ter.
-E estatisticamente, passo a citar:

A partir das dez mil simulações com base nos dados históricos do MSCI World, a probabilidade de perder dinheiro com uma carteira diversificada de ações é inferior a 5% no final de cinco anos. A probabilidade de perder dinheiro no final de dez anos é de 0,33%. A probabilidade de perder em 20 anos é zero, revelam as simulações.


Portanto, foi so isso que eu quis alertar. :wink:
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 14/4/2015 17:40

avataris

Tens que admitir que olhar para a cotação a 30/12/2011 (após 11 anos de dinheiro investido) deve ser no mínimo desesperante e só quando olhou em 30/12/2013 é que finalmente teve uma alegria.

Mais:
S&P 500 que é o mercado referência para os Lazys mais americanos em que se baseia parte da literatura (sim, eles só olham para o seu umbigo e mais de metade do mercado bolsista mundial está lá)
December 31, 1999 1,469.25 (já fui amigo em não chegar aqui ;) )
December 31, 2000 1,320.28
December 31, 2001 1,148.08
December 31, 2002 879.82
December 31, 2003 1,111.92
December 31, 2004 1,211.92
December 30, 2005 1,248.29
December 29, 2006 1,418.30 (9 anos depois bateu os 1320.28, tava a ver que perdia uma decada)
December 31, 2007 1,468.36 (Uff, finalmente a coisa parece animar)
December 31, 2008 903.25 ( :shock: ... Outra vez não :wall: )
December 31, 2009 1,115.10 :?
December 31, 2010 1,257.64
December 30, 2011 1,257.60
December 31, 2012 1,426.19( Vá lá)
December 31, 2013 1,848.36 ( :D Happy, Estava já à espera de um ataque cardiaco como há 5 anos)
December 31, 2014 2,058.90 (Uff..... respira.... respira.... Yuppi - Money, Money Money, it's so funny.....)

Momentum:
2000-2002 -> Bear
2003 - 2004 -> Bull
2005 -> Lateralização
2006 -> Bull
2007 -> Lateralização (o Mega Bear aqui já tinha começado, entre Novembro e Dezembro)
2008 -> Bear (caiu +- o mesmo que o Bear anterior mas de forma muito mais violenta - 1 ano em vez de 3)
2009-2010 -> Bull
2011 -> Lateralização absoluta... Num ano o S&P desceu 0.04 pontos :oh:
2012-YTD -> Bull

Não encares isto como um ataque à gestão passiva que defendes. Isso é destrutivo para o tópico como as centenas de posts inúteis que existem neste tópico apenas e só com esse objectivo

Apenas coloco aqui um aviso à navegação. Os Lazy são bonitos mas também têm farpas.

Olhar agora para o gráfico é muito lindo.... Há e tal tardou mas chegou ao verde. Verdade indesmentível.

Quando vemos uma cotação a esfumar-se durante um ano já estamos todos stressados e moídos imagino agora 5 anos.

Quem entrou no Y2K só em 31/12/2013 é que viu aquilo no verde. Foram 14 anos abaixo da linha de água :oh:

Agora se olhasses para o extracto e e em 5 anos visses o resultado sempre abaixo da linha de água, para quem não se quer preocupar com mercados e é iniciado na coisa, acho que se fosse eu e não resgatasse isso antes cortava os pulsos.

Agora imagina.
- És um iniciante.
- Achas a ideia dos Lazy interessante e com um paleio eloquente e com sentido
- Achas que os dinheiro das poupanças que está em Depósitos a prazo está a derreter e estás farto disso até porque tens taxas abaixo da inflação.
- Pegas nas tuas poupanças que até aí estavam a moer em Depósitos a prazo e abres um Lazy confiante tudo o que leste faz sentido e tudo vai correr bem
- 1º ano vermelho - :-k Foi azar, entrei no topo mas isto recupera pois não se faz market timing num Lazy.
- 2º ano vermelho - :oh: Isto não está a correr como devia
- 3º ano vermelho - Será que desisto? Dou mais 1 anos
- 4º ano vermelho - Para o ano é que é. Até sou sportinguista e estou habituado a isto :mrgreen:
- 5º ano vermelho - Para o ano é que é.
- 1º ano verde - Tava a ver que não
- 2º ano verde - Aquela malta tinha razão \:D/
- 8º ano, novamente no vermelho e bem lá no fundo - Vou resgatar esta merd@. Isto não é para mim. Assumo os 30% de perdas e fico a lamber a feridas e vou dizer mal dos mercados o resto da vida.

Isto não é apenas uma mera rábula. Isto foi o cenário de muita gente, principalmente nos EUA.

Estes números/gráficos não são uma mera folha de excel ou similar com um gráfico catita onde no fim tudo acaba bem como as histórias que leio à noite à minha filha de 4 anos.... é a parte psicológica que está aqui em jogo e não é desprezível!!!!!!! Esse gráfico tem 2 ou 3 cm mas mostra a evolução de mais de uma década. Isso é meia vida de muitos dos leitores deste tópico.

Isto é raro de acontecer nos Lazys mas pode acontecer e isso ninguém diz aos incautos dos novatos.

Se foste um ávido leitor do tópico do LTCM eu também andei por lá a colocar dúvidas. Na altura os custos deitaram-me fora do desse plano (é público que as minhas carteiras têm 2-3k€ e os reforços andam nos 25-100€ daí eu ter tido no passado o apelido de gajo dos fundos acessíveis aka Low-Cost) mas aprendi muito lá e tem/tinha lá muita informação importante, principalmente no início. Infelizmente o LTCM apagou muito do que lá estava e perdeu-se um manancial de informação de como construir uma carteira equilibrada.

Um abraço e pensem bem no que deixei aqui.
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Re: Fundos à la carte

por daniel__ » 14/4/2015 15:45

chico_laranja Escreveu:Quem entrou cegamente num Lazy em 2000 antes do rebentar das .COM possivelmente apenas agora está a recuperar o dinheiro inicialmente investido numa boa parte da carteira e perdeu 15 anos de rendimento :shock:


Chico, isso não está correcto. Basta analisar o grafico.

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Re: Fundos à la carte

por Hugo Leandro M. Coelho » 14/4/2015 12:31

Bom dia!
Deixo a minha carteira(26218€) como está hoje, com a percentagem de cada fundo e há frente a valorização.
Já tenho disponível 6660€ para rebalancear.
Continuam a achar que o rebalenceamento será a melhor opção? Terei de colocar quase o capital todo em obrigações.
Finalmente tenho o santander ações portugal positivo, será de resgatar?
Obg

13,03% E.S. Rendimento Plus FIA - +13,52%
8,55% E.S. Obrigações Europa - +3,59%
8,71% Jupiter JGF Dynamic Bd L EUR Acc - +5,54%
10,98% Nordea-1 STABLE RETURN E EUR - +6,52%
5,08% Invesco Pan Eurp Structured Eq E - +16,05%
5,76% Franklin European Growth N Acc - +8,12%
3,96% MFS Meridian Funds European Smaller Companies Fund A1 EUR Acc - +22,35%
5,73% Pioneer Fds US Fundamental Gr C EUR ND - +50,10%
4,62% Threadneedle Amer Sm Cos (US)Ret Net Acc - +39,86%
4,95% M&G Global Dividend EUR A - +20,11%
4,24 Invesco Glbl Smlr Coms Eq E EUR Acc - +28,48%
4,33% Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R - +26,04%
4,49% Eurizon EasyFund Eq Pharma LTE R - +38,62%
5,78% Santander Ações Portugal +0,,97%
4,6% Ubs Infrasctuture - +20,70%
4,42% DWS Biotech - +15,82%
0,77% Nordea Eur Cr Cred - +1,58%
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 14/4/2015 10:45

Bucks

Só para comparação

A carteira core feita para a minha filha está com 12.5% YTD à data de ontem. Carteira numa proporção actual de 41-59 Obrigações-Acções

A minha meta é 45-55 mas com 5% de margem para cada lado onde aumento ou diminuo a exposição conforme os ventos do mercado :twisted:

Agora pode estar 40-60 como depois pode ir para os 50-50 ou até passar para liquidez caso algo corra bastante mal 8-)
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 14/4/2015 10:24

Basicamente é a carteira base, que levará menos mexidas a não ser reforços.

Tipicamente é a médio/longo prazo (MLP)

Depois há quem tenha uma segunda carteira que serve para investimentos mais arriscados, tentar adivinhar bons momentos de entrada ou pequenos mercados que estejam "apetitosos" mesmo que tenham um risco bastante superior. Digamos que é a carteira de investimento activo/táctica/agressiva... tem muitos nomes :twisted: ;)

Há quem tenha apenas a carteira core, outros deixam uns 5-10% na activa para "brincar" aos mercados ou estudar novos mercados.

Por mercados exóticos tens o exemplo supremo do Bucks com a sua Russia, estou eu com a Índia que leva em 11 meses +55% brutos, Turquia, Tailândia, Indonésia ou então certas zonas: ASEAN (Ásia em desenvolvimento dos quais a Tailândia e a Indonésia fazem parte), EMEA (Europa, Médio Oriente e África), América Latina e um grupo que junta as mais pequenas economias abertas e que têm potencial enorme a que se dá o nome de Mercados Fronteira.

Todos estes mercados, têm retornos fantásticos em determinadas alturas mas como é fácil de imaginar também sofrem de grandes riscos. São muito voláteis e bastante influenciados por desestabilizações políticas, manipulação do mercado, problemas cambiais, efeitos da teoria do caos onde os mercados desenvolvidos é onde está a borboleta a bater as asas e os fronteira é onde se criará o furação.

Espero que tenhas ficado com uma ideia.

Sobre os mistos que falaste ontem, podes pegar facilmente na carteira que o VirtuaGod falou há umas páginas atrás, que era constituída por 4 mistos e teve um comportamento interessante nos diversos cenários.

O problema dos mistos é que nunca sabes bem para que lado tens a tua carteira: Se é 50-50 Obrigações-Acções, se 70-30 ou se 30-70 e por vezes não dá para perceber bem o que se passa com a cotada.

Eu para ter um misto prefiro pegar directamente em fundos de acções e obrigações e fazer eu o meu misto. No exemplo que dei tinhas um misto 1/3-2/3 Obrigações-Acções, assumindo peso igual para os 3 fundos, mas essa alocação facilmente se muda dando mais peso a uns e menos a outros. Se quisesses aumentar a qualidade das obrigações (menos retorno mas menos volatilidade potencial) irias para algo como o AXA WF 3-5 (LU0251660782) e conseguias mexer em saltos de 140€ mas certamente indo à lista elaborada pelo Rick tens lá outros com mínimos de 1 UP e valores por UP baixos.

Venham mais dúvidas :D
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Re: Fundos à la carte

por andalm » 13/4/2015 21:34

Que significa carteira core que vejo falarem?
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 21:12

AS TIR DO BARCLAYS GLOBAL AGGREGATE 1-3 ANOS É DE 0,67% FACE AOS 0,09% DO ÍNDICE EUROPEU
Fundos de obrigações europeias de curta duração como alternativa aos monetários...talvez não seja a melhor solução
Nos últimos meses entrou muito dinheiro em estratégias de obrigações europeias de curto prazo. O investidor que estava nos monetários tem-se dirigido a vencimentos 1-3 anos, mas talvez existam soluções mais adequadas

Os fundos monetários ameaçam tornar-se uma grande decepção para os investidores. Tudo indica que a doze meses estes produtos vão oferecer rentabilidades reais negativas. O investidor está cada vez mais consciente de que na hora de analisar estes produtos, é necessário entender qual será o retorno esperado e, no atual contexto de mercado, torna-se cada vez mais complicado pensar que os monetários vão ser capazes de oferecer rentabilidades positivas depois de serem descontadas as comissões. Os investidores procuram portanto produtos que ofereçam uma maior rentabilidade e isto está a obrigá-los a subir um degrau na escala de risco. Neste contexto, os fundos de obrigações europeias de curta-duração estão a converter-se no principal refúgio dos investidores europeus, como evidenciam as fortes entradas líquidas registadas por esta classe de fundos no último ano.

Segundo dados da Lipper Thomson Reuters, durante os últimos doze meses os produtos de obrigações europeias captaram quase 35.000 milhões de euros. Grande parte desse volume dirigiu-se a produtos de curta duração, uma tendência que parece estar a acentuar-se. A concentração nesta classe de produtos está a ser muito importante. Mas... qual é de facto a expectativa do investidor quando entra no mercado europeu de obrigações de curta duração? Que proporção dos investidores está disposta a apostar nesta classe de ativos por convencimento e que parte aposta neste segmento do mercado pela obrigação de ter que subir um escalão no nível de risco?

No caso dos primeiros, o movimento dever-se-á à própria visão de mercado e, por isso, esta aposta responde a questões estratégicas. Em termos gerais, consideram que, num cenário de divergências a nível de políticas monetárias entre Estados Unidos e Europa, o programa de compra de ativos de Mario Draghi (QE) é um factor que deixa espaço para que se assista a um cenário de reduções adicionais das TIRs (Taxa Interna de Retorno) na Europa, embora talvez boa parte do programa anunciado pelo BCE já esteja a ser descontado pelo mercado. No caso dos investidores que estão a tomar uma posição mais ativa mas sem estarem convencidos, e para os que buscam nestes produtos essencialmente uma alternativa aos monetários, é importante que tenham em conta que talvez existam opções adicionais que, pelo menos, devem considerar.

Uma das perguntas que o investidor deveria colocar a si mesmo é se nestas alturas é mais interessante investir em fundos de obrigações europeias de curto prazo ou apostar em produtos mais globais que sigam uma estratégia similar em termos de vencimento (1-3 anos). Qual será, por esta altura, a melhor alternativa aos monetários? Segundo Manuel Arroyo, diretor de Estratégia da J.P. Morgan AM para Iberia, analisando o universo de investimento europeu pode observar-se que, na Europa, até à parte dos cinco anos, toda a curva negoceia com TIRs negativas. A nível global a percentagem de terreno negativo é inferior (apenas 25% do índice). “Enquanto na Europa o QE é descontado, noutros mercados está a começar a descontar-se o oposto, porque a TIR de uma estratégia global é muito maior do que aquela que é oferecida por um fundo europeu”, afirma o especialista.

Atualmente, a TIR do Barclays Global Aggregate 1-3 anos é de 0,67%, enquanto que no caso do índice europeu é de 0,09%. “Quando se aposta numa estratégia global, geralmente ganha-se em termos de diversificação e segurança e, teoricamente, perde-se na TIR. Agora, paradoxalmente, ganha-se também nas TIR”, assegura. Como consequência, Arroyo considera que os investidores deveriam contemplar a hipótese de “entrar” nos fundos de obrigações globais, que centrem o seu universo de investimento na mesma classe de ativos (obrigações com vencimentos a 1-3 anos) e não só pelo mero facto das TIR do mercado global serem, por esta altura, superiores. “Para além de ser uma classe de ativos que oferece uma maior rentabilidade em termos de vencimento, uma estratégia deste género, nesta altura, tem várias vantagens”, assegura.

A primeira que enuncia é o benefício da diversificação, já que permite ao investidor manter exposição a diversos ciclos monetários e económicos, assim como a curvas completamente diferenciadas. O universo do Barclays Global Aggregate 1-3 anos, por exemplo, é formado por 50 países e 20 divisas. Por outro lado, o universo do Barclays Euro Aggregate 1-3 anos é muito mais limitado, já que é composto por 37 países e uma única moeda: o euro. Para além disso, o número de emitentes do índice global (4.200) é quatro vezes maior do que o europeu (915). A segunda vantagem citada por Arroyo é a maior liquidez do mercado: o valor do Barclays Euro Aggregate é de 2,2 triliões de dólares face aos quase 10 triliões do índice global. Por último, falam da maior qualidade credíticia, que é superior no caso do índice global (AA/AA- face ao A+/A do europeu).

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Re: Fundos à la carte

por jokerportuga » 13/4/2015 21:10

bucks Escreveu:
jokerportuga Escreveu:
bucks Escreveu:YTD +10.02%

8-) :roll: :wink:

relativo a...bucks??


Total de ganho na carteira no momento...

OK entendido.
Eu procedi à reestruturação das minha carteiras Core na semana passada e por isso estou a começar de novo esta semana :wink:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 21:00

ES Euro Bond

"Face à situação na Grécia devo manter na
minha carteira o fundo Espírito Santo Euro
Bond ou resgatar e subscrever um dos dois
fundos que têm o conselho de compra."


O problema grego
A realização de eleições na Grécia, no final de janeiro, e a
incerteza quanto à política do futuro Governo tornam as
obrigações gregas particularmente arriscadas. Por um lado,
consideramos que é muito improvável que a Grécia venha a
abandonar a zona euro mas, por outro, a hipótese de
ocorrer uma nova renegociação da dívida pública está longe
de poder ser descartada. Nessa eventualidade, o valor das
obrigações gregas seria bastante penalizado. Perante esta
incerteza, as taxas de rendimento da dívida grega (cerca de
10 %) são insuficientes para compensar o seu elevado nível
de risco. Dado que exposição do fundo ES Euro Bond à
dívida da Grécia é elevada, representando cerca de 30 % da
carteira do fundo, alteramos o conselho para vender. O
mesmo sucede com o fundo ES Obrigações Europa, cuja
carteira tem uma composição geográfica idêntica.

Proteste Investe 13 de janeiro 2015

Falta explicarem que possuem Bunds alemãs e até futuros...
O Montepio Taxa Fixa tem 48% em dívida portuguesa...
Mas eu mantenho o NB OB Europa! 8-)
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 20:58

jokerportuga Escreveu:
bucks Escreveu:YTD +10.02%

8-) :roll: :wink:

relativo a...bucks??


Total de ganho na carteira no momento...
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Re: Fundos à la carte

por jokerportuga » 13/4/2015 20:53

bucks Escreveu:YTD +10.02%

8-) :roll: :wink:

relativo a...bucks??
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 20:52

A ECONOMIA E OS SEUS INVESTIMENTOS

O dólar americano ganhou bastante terreno
contra o euro ao longo de 2014 (+13,9 %). Se
seguiu os nossos conselhos, beneficiou com esta
evolução. Há muito tempo que aproveitamos
a sobrevalorização do euro para apostar
em mercados cujas perspetivas eram melhores,
em detrimento dos pouco interessantes mercados
de ações da área do euro.
Hoje, o dólar está perto do seu valor justo contra
o euro. Mas confrontados com o imenso diferencial
de crescimento económico entre as
duas regiões e a divergência expectável no ní-
vel das taxas de juro, os investimentos em dó-
lares permanecem, em regra, mais atrativos do
que em euros.

Proteste Investe 6 de janeiro 2015
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 20:44

YTD +10.02%

8-) :roll: :wink:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 20:41

CARTEIRAS: AJUSTAMENTO ESCANDINAVO

DATA DA PUBLICAÇÃO: 13ABR2015

A recente evolução dos mercados obrigacionistas europeus leva-nos a fazer um ajustamento na nossa exposição às divisas escandinavas.


A forte queda das yields das obrigações europeias conduziu alguns mercados de dívida para juros nulos ou mesmo negativos. Neste contexto, consideramos que os fundos de obrigações em coroas dinamarquesas (DKK) perdem muito do seu interesse porque, além disso, o seu potencial de ganhos cambiais é ínfimo. As autoridades dinamarquesas, em conjunção com o BCE, estão determinadas em manter estável o valor da coroa face ao euro.

Assim, optamos por reduzir (ou suprimir) a posição que tínhamos em DKK nas nossas carteiras. Para o seu lugar, optamos por reforçar o peso dos fundos especializados em coroa norueguesa (NOK). Esta divisa foi excessivamente penalizada, nomeadamente pela queda da cotação do petróleo.

Atualmente, alia um rendimento (yield) mais elevado do que o DKK e um potencial de apreciação cambial interessante. Assim, nas carteiras a 10 anos, reduzimos o fundo de obrigações de DKK para 5% na defensiva e retirámo-lo na neutral e agressiva. Em contrapartida, o fundo de obrigações NOK passa a pesar 10% nas três carteiras.

Consulte também a nova composição das carteiras a 5 e 20 anos.


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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 19:08

http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/11/1544242-augusto-salomon-o-futuro-movido-a-gas-natural.shtml

O futuro é o gás... Quando eu afirmei isto à pouco mais de 2 meses...
E afirmo, que, nunca mais investi em alternativas(tive um DWS à 2 anos e só negativo, e até os americanos do shark tank nem querem investir...) , mas venha a Rússia! Não é à toa que os EUA, apostaram na independência em relação ao gás de xisto...
Baseio-me tão somente na realidade...
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 18:28

andalm Escreveu:
bucks Escreveu:Esse é um bom fundo...

Mínimos de investimento EUR
Inicial 145,09
Subsequentes 95,79
Plano de Investimento ---

obrigado


Tem um bom custo/rentabilidade com R2 muito abaixo dos 90 e boa rentabilidade na sua categoria. Analisei bem, e penso que é idêntico e até melhor que o UBS na categoria. Mesmo a distribuição da alocação, bastante equilibrado e com cariz defensivo.
Está também num momento bom de entrada, posição 14 Morningstar.
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Re: Fundos à la carte

por andalm » 13/4/2015 17:02

bucks Escreveu:Esse é um bom fundo...

Mínimos de investimento EUR
Inicial 145,09
Subsequentes 95,79
Plano de Investimento ---

obrigado
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 13/4/2015 16:46

Esse é um bom fundo...

Mínimos de investimento EUR
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