Enviado: 13/6/2007 16:26
Estimativa da ESR
A avaliação da Espírito Santo Research para a Martifer pressupõe um forte crescimento das receitas durante os próximos três anos. As suas previsões apontam para que as receitas da Martifer venham a aumentar dos 250,4 milhões de euros registados em 2006, para os 956,1 milhões de euros já no final de 2010. Trata-se de uma subida de 3,8 vezes, a qual corresponde a um taxa de crescimento anual (CAGR) de 40%.
O maior crescimento deverá verificar-se nos segmentos de produção de electricidade, nos biocombustíveis e nos equipamentos de energia.
Os cálculos da casa de investimento indicam que as receitas da Martifer vão ser impulsionadas pelo forte crescimento do negócio de produção de electricidade, cujas receitas deverão disparar fortemente até 2010, atingindo um total de 75,3 milhões de euros, quando em 2006 foram apenas de 100 mil euros. Trata-se de um crescimento médio anual de 424%.
As receitas serão também puxadas pelos biocombustíveis. Segundo as estimativas da ESR, as receitas desta área passam dos 1,9 milhões de euros, em 2006, para os 351,7 milhões no final de 2010. O que corresponde a um crescimento na ordem dos 18.410%, ou seja, uma taxa anual média de 269%.
Quanto ao actual "core business" da Martifer, a ESR prevê que as receitas do segmento de estruturas metálicas deverão crescer cerca de 50,52%, passando dos 239,7 milhões de euros registados no final do ano passado para os 360,8 milhões em 2010. Valores que traduzem um crescimento anual médio de 11%.
O forte crescimento das receitas da Martifer, previsto para o período até 2010, deverá ser acompanhado por um desempenho operacional igualmente positivo. A Espírito Santo Research estima que os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) possam aumentar cerca de 41% todos os anos. Para 2007, a casa de investimento espera que o EBITDA da empresa cresça 51,75%, atingindo os 43,4 milhões de euros, enquanto a margem de EBITDA deverá descer de 11,4% para 9,5%.
As estruturas metálicas, em 2010, continuarão a ser a principal actividade da empresa, mas o seu peso diminuirá substancialmente. Se hoje representam cerca de 80% do EBITDA, em 2010 pesarão 32%. esta queda é explicada pelo acentuado crescimento das restantes áreas de negócio. Biocombustíveis, equipamentos energéticos e produção de electricidade terão, cada uma, umpeso acima de 20%.
Em termos de lucros, a casa de investimento espera uma descida este ano na ordem dos 22%, para os 9,9 milhões de euros. Um recuo que deverá ser rapidamente recuperado, com as previsões a apontarem para um crescimento de 65,62% dos resultados líquidos entre 2006 e 2010, para um total de 21,2 milhões.