Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
ATLAS_ Escreveu:O3 Escreveu:Uma visão técnica séria sobre os fundamentos da gestão passiva vs gestão ativa.
Tinha de ser. Lá veio a bicada. Já estava a estranhar demorar tanto tempo...
Espero que não se inicie novamente o confronto gestão passiva vs ativa.
Atlas,
Explica ao pessoal se a gestão passiva tem vantagem ou não sobre a gestão ativa na situação da tendência de bear market, e porquê.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
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Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos. - Bedrock
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Re: Fundos à la carte
O Alquimista Escreveu:How are Active Managers Beating the Market? By Taking More Risk.
http://thereformedbroker.com/2015/06/22 ... more-risk/
Surprise: Some Active Managers are Skilled.
One of his most famous papers, co-authored by Richard Green, is titled, “Mutual Fund Flows and Performance in Rational Markets.” The piece is a must read for anyone making an informed claim that active management is a complete waste of time. The Berk and Green paper made researchers rethink how they determine whether an investment manager’s performance record is due to skill or luck.
http://blog.alphaarchitect.com/2015/06/ ... e-skilled/
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
How are Active Managers Beating the Market? By Taking More Risk.
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Re: Fundos à la carte
ATLAS_ Escreveu:O3 Escreveu:Uma visão técnica séria sobre os fundamentos da gestão passiva vs gestão ativa.
Tinha de ser. Lá veio a bicada. Já estava a estranhar demorar tanto tempo...
Espero que não se inicie novamente o confronto gestão passiva vs ativa.
E só coloquei um pouco um assunto que estava noutro fórum que nem fui eu que escrevi

Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
O3 Escreveu:Uma visão técnica séria sobre os fundamentos da gestão passiva vs gestão ativa.
Tinha de ser. Lá veio a bicada. Já estava a estranhar demorar tanto tempo...
Espero que não se inicie novamente o confronto gestão passiva vs ativa.
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Re: Fundos à la carte
Uma visão técnica séria sobre os fundamentos da gestão passiva vs gestão ativa.
A probabilidade estatística da performance de um grande agregado de amostras aleatórias de ações vai sempre tender para a média da performance do conjunto do total dessas amostras. Esta é uma verdade matemático-estatística indiscutível, a qual constitui o principal guarda-chuva protetor da gestão passiva, para além do outro grande aliado que são os baixos custos de gestão, pois se por hipótese nós comprarmos todas as ações em circulação componentes de um determinado mercado, então é lógico que o nosso desempenho vai ser igual à performance da média ponderada das ações desse mesmo mercado.
Mas o que é que isto prova? Prova que só escolhe amostras aleatórias de ações, quem não tem capacidade de escolha ou de stock picking, e dado que a escolha de um qualquer processo é a base fundamental para a possível otimização desse mesmo processo, então quem não diferencia e capta apenas amostras aleatórias, em termos de probabilidade estatística, nunca irá ter o pior ou melhor desempenho, e quanto mais amostra captar aleatoriamente, mais o seu desempenho tenderá para a média.
Assim, é um despropósito técnico estar a comparar a gestão passiva com a gestão ativa para períodos de médio-longo prazo, devendo ser apenas comparadas para períodos de curto prazo, uma vez que pelo swing natural dos preços das ações e por definição da escolha ativa de ações, as ações que forem mais bem escolhidas no presente, como sendo das mais baratas e com um maior potencial de gerarem retornos no curto prazo, vão com certeza tornarem-se mais caras e assim com menos potencial de valorização no médio prazo, uma vez que nem a melhor ação do mundo tem sempre um desempenho máximo num contínuo temporal, pelo que a comparação da gestão passiva com a gestão ativa é uma falácia técnica, uma vez que a gestão ativa tem turnovers de ações e como tal um FI no longo prazo pode ter muitas poucas ações da alocação de curto prazo inicial, ao contrário do index fund que no longo prazo teria bastantes ações do curto prazo inicial, logo estamos a comparar o quê? Uma coisa que, por definição, vai mudando com o tempo com mais ou menos turnover dos ativos (FIGA's), com outra coisa que, por definição, é quase imutável, ou melhor, muito pouco mutável ao longo do tempo (index funds).
Então é um despropósito matemático-estatístico estar a comparar gestão passiva vs gestão ativa para horizontes temporais contínuos de médio-longo prazo, pelo que essas comparações só devem ser feitas para períodos descontínuos de curto prazo e não para períodos contínuos longos, porque à medida que o período de tempo aumenta, aumenta também a quantidade de amostra detida, logo vai favorecer o processo de evolução tendencialmente para a média da gestão passiva.
Eu já disse várias no tópico que ainda não encontrei nenhum FIGA que estivesse mais do que 3 anos consecutivos em 1º lugar na sua categoria de um qualquer mercado acionista e, ao mesmo tempo, em 1º lugar no desempenho de todos os mercados acionistas mundiais, logo é preciso ser um investidor ativo pouco esclarecido e perceber pouco sobre swing de preços, undervaluation, overvaluation, turnover de ativos e sobre noções básicas matemático-estatisticas de FIGA’s para deter o mesmo FIGA por um longo período de tempo, sem fazer um turnover com outro FIGA, com maior potencial, dentro da mesma categoria do seu mercado, ou um turnover de FIGA's pertencentes a mercados acionistas diferentes, aproveitando o possível ciclo e contraciclo entre as diferentes bolsas mundiais, como acontece, por vezes, entre algumas bolsas asiáticas e as bolsas europeias e americanas. Assim, um investidor de FIGA’s tem de saber fazer o seu turnover de FIGA’s tal como um gestor de um FIGA tem de saber fazer o turnover de ativos alocados, mais ajustados, ao longo do tempo, a um maior potencial de valorização.
Que interessa a mim as estatísticas dos estudos americanos que normalmente só envolvem os resultados do seu mercado interno acionista que apontam e vão continuar a apontar sempre um melhor desempenho médio, no longo prazo, da gestão passiva em relação à gestão ativa, porque isso é à partida muito favorecido, por um lado, pela elevada quantidade de amostra de um mercado que representa um pouco mais de 50% da capitalização acionista mundial, e, por outro lado, a elevada liquidez do mercado dos EUA torna-o mais fiável, com menor percentagem de caudas gordas da frequência dos retornos, logo com uma menor % de retornos extremos (muito altos e muito baixos), logo onde o processo é, à partida, mais favorável para a média dos resultados dos grandes agregados de ações e menos para o stock picking concentrado (poucos ativos) que envolve um risco acrescido pois obriga a uma escolha acertada mais apurada.
Mas o que esses estudos americanos de comparação da gestão passiva vs gestão ativa esquecem sempre e desse modo enfermam das seguintes 2 falácias técnicas graves que distorcem esses mesmos resultados: os investidores globais detêm FIGAS sobre os mercados mundiais e não só sobre o mercado dos EUA, e um verdadeiro investidor ativo faz um turnover de FIGA’s e esse turnover não entra nos estudos, porque é desconhecido e pessoal de cada investidor em particular, logo estes estudos não são representativos dos investidores globais nem dos investidores verdadeiramente ativos, para além de que não podemos confundir closet index funds com FIGA’s.
Por fim, deve-se acrescentar que o grande aliado da gestão passiva de longo prazo são os baixos custos de gestão quando comparados com os custos dos FIGA's, uma vez que essa diferença percentual anual vai dar uma grande diferença, no longo prazo, por ação da capitalização composta desse diferencial de %.
Mas quanto à afirmação da gestão passiva ser fiscalmente mais eficiente que a gestão ativa, tal já não é assim tão linear como os fees, pois tal afirmação assenta no pressuposto dos resgates gerarem mais-valias, e aí ao serem tributadas em sede de IRS, no ano seguinte, essas mais-valias iríamos ter menos dinheiro investido. Mas também aqui está-se a esquecer que um verdadeiro gestor ativo deve fazer sempre um turnover de FIGA's, com mais e menos-valias, tendo como objetivo principal a otimização dos fundos da sua carteira e não propriamente a visão separada de cada FIGA, sem se analisar a interdependência dos FIGA's componentes da carteira.
Vou exemplificar com um caso em que essa tal suposta vantagem fiscal pode ser contraproducente: vamos supor que eu resgato um FIGA com mais-valias porque acho que ele está a ficar saturado quanto ao seu potencial de valorização de curto prazo, dado que os seus ativos estão sobreavaliados e mais tarde ou mais cedo os mesmos vão desvalorizar, e que o valor resgatado desse FIGA vai ser aplicado noutro FIGA com um maior potencial de valorização de curto prazo; então no ano seguinte apesar de ter que pagar uma determinada % ao Estado dessas mais-valias, posso ter mais dinheiro na carteira, nesse ano, com o turnover dos FIGA's, uma vez que se eu mantivesse o FIGA resgatado, nesse mesmo ano seguinte, podia ter uma valorização inferior à valorização do novo FIGA subscrito menos o pagamento ao Estado dessa % de mais-valias, logo teria então, nesse ano, menos dinheiro na carteira e é o dinheiro total da carteira que interessa.
Percebem agora porque é que o processo do investimento não deve ser analisado de um modo contínuo e imutável ou quase imutável, mas sim deve ser interpretado de forma descontínua nos sucessivos curtos prazos. A otimização máxima dos retornos de longo prazo só é possível à custa das otimizações dos curtos prazos parcelares.
A probabilidade estatística da performance de um grande agregado de amostras aleatórias de ações vai sempre tender para a média da performance do conjunto do total dessas amostras. Esta é uma verdade matemático-estatística indiscutível, a qual constitui o principal guarda-chuva protetor da gestão passiva, para além do outro grande aliado que são os baixos custos de gestão, pois se por hipótese nós comprarmos todas as ações em circulação componentes de um determinado mercado, então é lógico que o nosso desempenho vai ser igual à performance da média ponderada das ações desse mesmo mercado.
Mas o que é que isto prova? Prova que só escolhe amostras aleatórias de ações, quem não tem capacidade de escolha ou de stock picking, e dado que a escolha de um qualquer processo é a base fundamental para a possível otimização desse mesmo processo, então quem não diferencia e capta apenas amostras aleatórias, em termos de probabilidade estatística, nunca irá ter o pior ou melhor desempenho, e quanto mais amostra captar aleatoriamente, mais o seu desempenho tenderá para a média.
Assim, é um despropósito técnico estar a comparar a gestão passiva com a gestão ativa para períodos de médio-longo prazo, devendo ser apenas comparadas para períodos de curto prazo, uma vez que pelo swing natural dos preços das ações e por definição da escolha ativa de ações, as ações que forem mais bem escolhidas no presente, como sendo das mais baratas e com um maior potencial de gerarem retornos no curto prazo, vão com certeza tornarem-se mais caras e assim com menos potencial de valorização no médio prazo, uma vez que nem a melhor ação do mundo tem sempre um desempenho máximo num contínuo temporal, pelo que a comparação da gestão passiva com a gestão ativa é uma falácia técnica, uma vez que a gestão ativa tem turnovers de ações e como tal um FI no longo prazo pode ter muitas poucas ações da alocação de curto prazo inicial, ao contrário do index fund que no longo prazo teria bastantes ações do curto prazo inicial, logo estamos a comparar o quê? Uma coisa que, por definição, vai mudando com o tempo com mais ou menos turnover dos ativos (FIGA's), com outra coisa que, por definição, é quase imutável, ou melhor, muito pouco mutável ao longo do tempo (index funds).
Então é um despropósito matemático-estatístico estar a comparar gestão passiva vs gestão ativa para horizontes temporais contínuos de médio-longo prazo, pelo que essas comparações só devem ser feitas para períodos descontínuos de curto prazo e não para períodos contínuos longos, porque à medida que o período de tempo aumenta, aumenta também a quantidade de amostra detida, logo vai favorecer o processo de evolução tendencialmente para a média da gestão passiva.
Eu já disse várias no tópico que ainda não encontrei nenhum FIGA que estivesse mais do que 3 anos consecutivos em 1º lugar na sua categoria de um qualquer mercado acionista e, ao mesmo tempo, em 1º lugar no desempenho de todos os mercados acionistas mundiais, logo é preciso ser um investidor ativo pouco esclarecido e perceber pouco sobre swing de preços, undervaluation, overvaluation, turnover de ativos e sobre noções básicas matemático-estatisticas de FIGA’s para deter o mesmo FIGA por um longo período de tempo, sem fazer um turnover com outro FIGA, com maior potencial, dentro da mesma categoria do seu mercado, ou um turnover de FIGA's pertencentes a mercados acionistas diferentes, aproveitando o possível ciclo e contraciclo entre as diferentes bolsas mundiais, como acontece, por vezes, entre algumas bolsas asiáticas e as bolsas europeias e americanas. Assim, um investidor de FIGA’s tem de saber fazer o seu turnover de FIGA’s tal como um gestor de um FIGA tem de saber fazer o turnover de ativos alocados, mais ajustados, ao longo do tempo, a um maior potencial de valorização.
Que interessa a mim as estatísticas dos estudos americanos que normalmente só envolvem os resultados do seu mercado interno acionista que apontam e vão continuar a apontar sempre um melhor desempenho médio, no longo prazo, da gestão passiva em relação à gestão ativa, porque isso é à partida muito favorecido, por um lado, pela elevada quantidade de amostra de um mercado que representa um pouco mais de 50% da capitalização acionista mundial, e, por outro lado, a elevada liquidez do mercado dos EUA torna-o mais fiável, com menor percentagem de caudas gordas da frequência dos retornos, logo com uma menor % de retornos extremos (muito altos e muito baixos), logo onde o processo é, à partida, mais favorável para a média dos resultados dos grandes agregados de ações e menos para o stock picking concentrado (poucos ativos) que envolve um risco acrescido pois obriga a uma escolha acertada mais apurada.
Mas o que esses estudos americanos de comparação da gestão passiva vs gestão ativa esquecem sempre e desse modo enfermam das seguintes 2 falácias técnicas graves que distorcem esses mesmos resultados: os investidores globais detêm FIGAS sobre os mercados mundiais e não só sobre o mercado dos EUA, e um verdadeiro investidor ativo faz um turnover de FIGA’s e esse turnover não entra nos estudos, porque é desconhecido e pessoal de cada investidor em particular, logo estes estudos não são representativos dos investidores globais nem dos investidores verdadeiramente ativos, para além de que não podemos confundir closet index funds com FIGA’s.
Por fim, deve-se acrescentar que o grande aliado da gestão passiva de longo prazo são os baixos custos de gestão quando comparados com os custos dos FIGA's, uma vez que essa diferença percentual anual vai dar uma grande diferença, no longo prazo, por ação da capitalização composta desse diferencial de %.
Mas quanto à afirmação da gestão passiva ser fiscalmente mais eficiente que a gestão ativa, tal já não é assim tão linear como os fees, pois tal afirmação assenta no pressuposto dos resgates gerarem mais-valias, e aí ao serem tributadas em sede de IRS, no ano seguinte, essas mais-valias iríamos ter menos dinheiro investido. Mas também aqui está-se a esquecer que um verdadeiro gestor ativo deve fazer sempre um turnover de FIGA's, com mais e menos-valias, tendo como objetivo principal a otimização dos fundos da sua carteira e não propriamente a visão separada de cada FIGA, sem se analisar a interdependência dos FIGA's componentes da carteira.
Vou exemplificar com um caso em que essa tal suposta vantagem fiscal pode ser contraproducente: vamos supor que eu resgato um FIGA com mais-valias porque acho que ele está a ficar saturado quanto ao seu potencial de valorização de curto prazo, dado que os seus ativos estão sobreavaliados e mais tarde ou mais cedo os mesmos vão desvalorizar, e que o valor resgatado desse FIGA vai ser aplicado noutro FIGA com um maior potencial de valorização de curto prazo; então no ano seguinte apesar de ter que pagar uma determinada % ao Estado dessas mais-valias, posso ter mais dinheiro na carteira, nesse ano, com o turnover dos FIGA's, uma vez que se eu mantivesse o FIGA resgatado, nesse mesmo ano seguinte, podia ter uma valorização inferior à valorização do novo FIGA subscrito menos o pagamento ao Estado dessa % de mais-valias, logo teria então, nesse ano, menos dinheiro na carteira e é o dinheiro total da carteira que interessa.
Percebem agora porque é que o processo do investimento não deve ser analisado de um modo contínuo e imutável ou quase imutável, mas sim deve ser interpretado de forma descontínua nos sucessivos curtos prazos. A otimização máxima dos retornos de longo prazo só é possível à custa das otimizações dos curtos prazos parcelares.
Editado pela última vez por O3 em 22/6/2015 22:23, num total de 1 vez.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos. - Bedrock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Vejamos a mensagem que Jim Cramer passa no seu livro aos investidores:
Citar
“Invest in index funds or the lowest-cost mutual funds offered by your 401(k) plan. …it’s the advice that most people fail to take. People always want to know which mutual fund will give them the best return, but it turns out that’s a bad question. Even before you add up the fees, actively managed funds fail to beat the market 80 percent to 90 percent of the time. That means that at least in your 401(k), you’re better off investing in an index fund with low costs that simply tries to mimic the performance of the entire market than in a mutual fund that tries to beat the market.”
Hummm... completamente diferente daquilo que ele faz no seu programa televisivo Mad Money. Um pouco hipócrita digamos.
Não há qualquer hipocrisia: ele fala para públicos diferentes. Assim, não será hipócrita o investidor conservador cuja carteira tenha exposição a um "fundo activo".
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Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Num país onde apenas 10% das pessoas sabem o que é uma Euribor (segundo o relatório do Banco de Portugal), e onde a iliteracia financeira das pessoas é uma percentagem elevadíssima da população total (aliás uma característica comum aos países de povos latinos), não é de admirar que os conceitos de investimento deixem muito a desejar.
O investimento é de facto o melhor método para a poupança e aqui descreveremos uma forma de enriquecer lentamente ao longo dos anos.
Bom e como é que isto se alcança? Através do investimento de longo prazo com um perfil conservador/médio.
No Verão da longínqua data de 1929, um jornalista entrevistou um executivo financeiro da General Motors perguntando como é que o típico cidadão poderia aumentar a sua riqueza através de investimentos. Esse jornalista publicou as ideias de John Raskob (o executivo) onde este dizia que os Estados Unidos estavam à beira de uma de uma expansão económico enorme, explicando que alguém que investisse no meercado 15 dólares por mês poderia esperar ter ao final de 20 anos uma riqueza de 80 mil dólares. Obviamente, o executivo se fizessemos as contas esperava um retorno anual de 25% ao ano, o que era algo nunca antes visto (nem na loucura dos anos 90 houve essa média).
Mas tal média, na altura não parecia tão louca quanto isso, uma vez que nos encontravamos no meio de um optimismo exagerado fruto da industrialização dos anos 20.
O mercado de acções excitava os investidores e milhões de poupanças eram colocados no mercado tentando almejar lucros rápidos e repentinos.
A 3 de Setembro desse mesmo ano de 1929, apenas alguns dias após a publicação das ideias do executivo da GM, o DJIA atingiu um máximo histórico nos 387 pontos. 2 meses depois o mercado crashou e os 34 meses que se lhe seguiram foram palco da queda mais devastadora alguma vez ocorrida na história americana.
Em 1932, quando a devastação tinha atingido o seu fim, o valor das maiores corporações e empresas americanas tinha caido 90% atingindo o DJIA o valor de 40 pontos.
Poupanças de milhões foram devastadas e outros milhares de investidores que tinham recorrido a alavancagem através de empréstimos foram à falência. Estavamos perante a maior depressão de sempre.
O conselho de Raskob foi ridicularizado e denunciado por anos a fio. Representava a loucura de quem acreditava que o mercado subia permanentemente. Um senador americano inclusive responsabilizou-o pelo crash do mercado, ao incentivar as pessoas a comprarem num topo de mercado.
Sabedoria convencional, sabe que este tipo de adágios é comum junto a topos de mercados onde se exacerba que uma tendência nunca terá fim e que o mercado só tem um sentido (vide o exemplo no ano 2000 onde livros atrás de livros eram escritos que os próximos 20 anos seriam ainda melhores que os anteriores 20 - o livro "Dow 36,000 é um exemplo disso). É uma história já familiar, em topos toda a gente está excitada com o mercado e nos fundos todos estão pessimistas.
Voltemos ao conselho do nosso amigo Raskob. Se calcularmos o valor de um portfolio de alguém que tenha seguido o seu conselho em 1929 descobrimos que a acumulação desse indivíduo teria ultrapssado o capaital de alguém que colocasse os mesmos 15 dólares mensais em Bilhetes do Tesouro (equivalentes a Depositos a Prazo) em menos de 4 anos (isto no meio do período mais devastador da história.
Em 1949, 20 anos após o conselho o portfolio valia 50 mil dólares (abaixo dos 80 mil prognosticados por Raskob é certo mas o retorno esperado por este era excessivo e também ele caiu no engodo da bolha que na altura se vivia). Um retorno anual de 9%.
25 anos depois de 1929, o portfolio valia agora 75 mil dólares, apresentando um retorno de 12,8% ao ano. Ainda que o reetorno estivesse aquém do que Raskob previa, o valor do portfolio era 9 x's maior do que alguém que tivesse seguido o mesmo conselho mas com Bilhetes do Tesouro.
Isto para mostrar que mesmo investindo no pico de o pior periodo da história onde o valor do mercado caiu 90%, num período alargado os retornos largamente compensam e quanto maior o horizonte temporal menor o risco.
Ora bem a estratégia que adoptamos é semelhante mas não igual. O objectivo como disse passa por demonstrar uma das formas de enriquecer lentamente ao longo dos anos. E como se aplica? Bom, isto passa por ser uma estratégia de investimento, e que Análises Técnicas, Análises Fundamentais, adivinhações, prognósticos, "bolas de cristal", ou qualquer outro método de tentar prever o meercado não são para aqui chamados. O objectivo passa por aumentar a exposição do nosso capital em classes de activos, comprar e mante-las no longo prazo, tendo sempre a óptica de valor ao contrário do preço.
Pode ser necessário algum capital de ínicio para fazer uso da diversificação, ou na falta deste, contribuições regulares de óptica mensal em determinados activos terão o mesmo efeito.
Diria que quase todos os interessados, têm a capacidade de poupar o suficiente para investir, Cada caso é um caso, mas até mesmo quantias que nos parecem insignificantes, poderão fazer toda uma diferença no longo prazo. Essa pequena quantia é o bastante para providenciar uma diferença significativa aquando da idade da reforma ou até na expectativa da antecipação da mesma. O processo de investimento é bastante democrático, ou seja, não é preciso de todo grandes conhecimentos e capacidades, e prova disso mesmo é que dentro da generalidade das pessoas que se considera, quase todos podem almejar em conseguir pelo menos 1 milhão.
Com alguns requisitos no entanto: a pessoa ser suficientemente jovem, alguma forma de fonte de rendimento e disciplina (se considerarmos pessoas de 50 anos sem qualquer tipo de poupança ... digamos que a probabilidade de não alcançarem este objectivo é obviamente muito elevada).
A estratégia é também do tipo passivo. Ou seja, evita a gestão activa de gestores ditos profissionais ou de fundos de investimento que tentam bater os seus benchmarks.
Isto porquê? Porque a gestão activa é um "jogo" de soma nula, e 90% dos gestores não batem o mercado. Devido ao fraco desempenho do universo de gestores de fundos, e sobretudo do investidor individual comum que tenta fazer "market timing", trading, etc, será utilizado exclusivamente fundos de tipo passivo que repliquem índices como ETFs negociados em bolsa e/ou fundos de investimento também eles do tipo passivo.
As pessoas devem reter a ideia que a gestão activa, é no todo, pior que gestão passiva. Isto é uma certeza matemática, uma vez que todas as acções deverão ser detidas por alguém. Há que haver um "perdedor" para cada ganhador, e quando digo perdedor não digo no sentido de perder dinheiro, mas sim que o mercado é uma média e se há investidores que têm média acima do mercado (que são mt poucos) há outros que terão médias abaixo do mercado (que são muitos diga-se desde já).
Uma vez que gestão activa também incorre em muitos mais custos que gestão passiva, é uma certeza que em média a gestão activa irá dar piores resultados. Os dados comprovam isto.
O INVESTIDOR MÉDIO ESTÁ ABAIXO DA MÉDIA
Obviamente nenhum investidor gosta de acreditar que está abaixo da média, ou que consegue escolher acções de boa qualidade ou fundos de investimento. Ironicamente a maioria dos investidores acabam por ter retornos abaixo da média, (Veja-se o exemplo de Peter Lynch onde o seu fundo ao longo dos 15 anos que esteve no activo retribuiu algo como 33% ao ano, e para surpresa de Lynch veio a verifficar que 40% dos investidores tinha perdido dinheiro), uma vez que os fundos activos que escolhem incorrem em comissões e nem conseguem bater o índice.
"Most investors, both institutional and individual, will find that the best way to own common stocks ("shares") is through an index fund that charges minimal fees. Those following this path are sure to beat the net results (after fees and expenses) of the great majority of investment professionals."
Warren Buffett, Berkshire Hathaway numa carta aos accionistas
Um pequeno segredo ... existe uma pequena estatística bastante humilhante que a maioria dos gestores de fundos não querem que os seus clientes saibam.
Historicamente, a maioria dos fundos geridos falharam em ter retornos iguais aos do mercado, muito menos bater fundos que repliquem os índices. Por exemplo, um dos fundos com melhor performance nos últimos 20 anos foi o Vanguard S&P500, um fundo que replica o índice americano, e apenas uma mão de outros fundos, de entre milhares de fundos disponíveis ao público, conseguiram igualar ou ultrapassar o seu retorno, e aqueles que o conseguiram fazer, fizeram-no apenas com uma pequena margem.
A não ser que se esteja habituado já ao investimento, e que se tenha acesso a research imparcial, provavelmente a maioria nunca terá ouvido isto, uma vez que os fundos que replicam índices raramente fazem marketing, e raramente aparecem no topo das performances dos fundos num periodo de tempo mais curto, e uma vez que geralmente estes fundos não pagam NADA em comissões são compeltamente ignorados por gestores de contas e PFAs (isto dentro dos poucos que existem que possam saber qualquer coisa porque a maioria é nódoa).
Um fundo de índice é um fundo que evita todo o conceito de research e analises e simplesmente espelha e replica um certo índice. Não empregam analistas ou gestores de fundos, e a maioria da sua negociação é feito de modo automático de modo a seguirem de perto a performance desse mesmo índice. O objectivo de um fundo que replica um índice é o de deter todas as acções desse índice, como por exemplo o S&P500, nas mesmas percentagens que estão presentes nesse índice. Não existe tentativa de ter melhor performance que o índice, não existe tentativa de colocar mais peso numa certa acção que se ache mais promissora nem tentativa de reduzir o peso de uma acção que achem menos promissora. Seguem o índice e ponto.
Fundos de índice não conseguem ter uma performance exactamente como o índice, porque qualquer estratégia no mundo real tem custos como custos de negociação e outras despesas, mas há que assimilar que no agregado os investidores nunca poderão ter um retorno acima dos retornos de mercado. Alguns (poucos, muito poucos) conseguirão ter retornos mais elevados, mas somente porque não compraram acções "más" que outros compraram. No total, todos os investidores alcançarão um retorno que é igual a 100% da média de mercado, menos os custos que incorrem em comprar e vender activos. Para maximizar os retornos, pode ficar na esperança de alcançar retornos acima dos de mercado, seleccionando investimentos cuidadosamente e eliminando os piores (o que segundo os dados mostram que a maioria não o consegue fazer... logo num tópico destes eu quero que todos tenham probabilidade igual, se estivesse a aconselhar forma diferente até poderia haver 10% que consguiriam ter grandes retornos, mas a maioria não o teria), ou simplesmente tentar ter o mais próximo possível do retorno do mercado ao mesmo tempo que mantemos os custos baixos. Esta última abordagem, é a abordagem que esses fundos de índice tomam.
Um fundo de gestão activa é diferente, emprega muitos analistas, research, traders, etc. Tendo por base nas perspectivas dos seus economistas relativos à economia, podem decidir aumentar alocações a certos sectores ou indústrias, etc (mas os economistas também não têm grande performance no global a prever o que seja) como aliás podemos observar:
Fundos de gestão activa estão entre aqueles que tentam estar entre os poucos que sistematicamente conseguem ter performance melhor que todos os outros. E é impossível todos os investidores estarem acima da média, seria como tentarem bater a performance deles mesmos. Por isso logicamente, para cada estratégia que funcione mesmo bem, haverá outras estratégias que não funcionam de todo. O desafio passa por tentar identificar então à priori qual a estratégia, que estará dentro das poucas sortudas, e se há coisa que a história e os dados indicam é que não é tarefa fácil. Da mesma forma que encontrar a Apple do amanhã, ou a Amazon do amanhã, a mesma tarefa é herculeana encontrar o Peter Lynch do futuro ou o próximo Warren Buffett.
Nem todos os fundos de gestão activa tentam apanhar os fundos e topos do mercado, mas a maioria sim, negociando agressivamente de forma totalmente contrária àquilo que defendem em público insistindo aos investidores para terem uma perspectiva de longo prazo. O turnover de muitos destes fundos anda muitas vezes nas centenas de %, siginificando que em média o seu portfólio é comprado e vendido a cada poucos meses.
Existem várias vantagens que fundos de índice têm sobre gestão activa. Duas grandes são:
Primeiro, um fundo de índice tem uma comissão anual de gestão muito baixa. Não incorrem em despesas de research e não fazem marketing ou muito raramento (dependendo então do senso comum que o investidor tem da sua existência). Este custo de comissão baixo é altamente vantajoso para nós como investtidores. Cetirus paribus, um fundo com um custo de comissão mais baixo que seja por exemplo 1,5% mais baixo irá traduzir-se em 1,5% a mais por ano para o investidor comparado com o mesmo fundo mas com uma comissão maior. Ao longo de horizontes temporais mais alargados, estes 1,5% irão traduzir-se em diferenças abismais no resultado final.
Outra das muitas vantagens, é também a eficiência fiscal. Acções tendem a permanecer em índices por largos periodos de tempo, significando que os fundos que os replicam também deterão essas mesmas empresas por largos periodos de tempo. Fundos de gestão activa pelo contrário, têm altos rácios de turnover o que implica que incorram em mais valias e logo menos eficientes a nivel fiscal. E como se sabe, quandos se compra uma acção e não a vendemos, nunca incorremos em mais valia, acabando por diferir o imposto para o futuro.
No curto prazo, aparenta sempre haver um enorme número de fundos de gestão activa que batem os índices de benchmark, raramente vamos ver um fundo de índice no topo da lista de performance em qualquer ano em particular. Alargamos no então a janela temporal, e o facto de a maioria dos gestores não baterem o benchmark, cobrarem comissões mais elevadas e serem menos eficientes a nivel fiscal derivado dos seus turnovers elevados, e os fundos de índice começam a ocupar o topo dessas listas de performance.
Apesar de se observarmos qualquer ano em particular, haver vários fundos activos a bater os índices, o problema é que no ano seguinte ou no outro a seguir, a maioria desses fundos falhará em bater o índice, e os fundos que bateram os índices será um conjunto diferente de fundos. Se olharmos para um prazo maior para verificar quais os gestores que consistentemente bateram os indices ao longo do tempo, vamos ver que esta lista emagrece dramaticamente, e um novo problema surge. Os retornos passados desses gestores não são indicativos dos retornos futuros.
Plagiarism is the sincerest form of flattery*
(*with apologies to Charles Caleb Colton, coiner of "imitation is the sincerest form of flattery")
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Re: Fundos à la carte
Vejamos a mensagem que Jim Cramer passa no seu livro aos investidores:
Citar
“Invest in index funds or the lowest-cost mutual funds offered by your 401(k) plan. …it’s the advice that most people fail to take. People always want to know which mutual fund will give them the best return, but it turns out that’s a bad question. Even before you add up the fees, actively managed funds fail to beat the market 80 percent to 90 percent of the time. That means that at least in your 401(k), you’re better off investing in an index fund with low costs that simply tries to mimic the performance of the entire market than in a mutual fund that tries to beat the market.”
Hummm... completamente diferente daquilo que ele faz no seu programa televisivo Mad Money. Um pouco hipócrita digamos.
Citar
“Invest in index funds or the lowest-cost mutual funds offered by your 401(k) plan. …it’s the advice that most people fail to take. People always want to know which mutual fund will give them the best return, but it turns out that’s a bad question. Even before you add up the fees, actively managed funds fail to beat the market 80 percent to 90 percent of the time. That means that at least in your 401(k), you’re better off investing in an index fund with low costs that simply tries to mimic the performance of the entire market than in a mutual fund that tries to beat the market.”
Hummm... completamente diferente daquilo que ele faz no seu programa televisivo Mad Money. Um pouco hipócrita digamos.
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Num país onde apenas 10% das pessoas sabem o que é uma Euribor (segundo o relatório do Banco de Portugal), e onde a iliteracia financeira das pessoas é uma percentagem elevadíssima da população total (aliás uma característica comum aos países de povos latinos), não é de admirar que os conceitos de investimento deixem muito a desejar.
O investimento é de facto o melhor método para a poupança e aqui descreveremos uma forma de enriquecer lentamente ao longo dos anos.
Bom e como é que isto se alcança? Através do investimento de longo prazo com um perfil conservador/médio.
No Verão da longínqua data de 1929, um jornalista entrevistou um executivo financeiro da General Motors perguntando como é que o típico cidadão poderia aumentar a sua riqueza através de investimentos. Esse jornalista publicou as ideias de John Raskob (o executivo) onde este dizia que os Estados Unidos estavam à beira de uma de uma expansão económico enorme, explicando que alguém que investisse no meercado 15 dólares por mês poderia esperar ter ao final de 20 anos uma riqueza de 80 mil dólares. Obviamente, o executivo se fizessemos as contas esperava um retorno anual de 25% ao ano, o que era algo nunca antes visto (nem na loucura dos anos 90 houve essa média).
Mas tal média, na altura não parecia tão louca quanto isso, uma vez que nos encontravamos no meio de um optimismo exagerado fruto da industrialização dos anos 20.
O mercado de acções excitava os investidores e milhões de poupanças eram colocados no mercado tentando almejar lucros rápidos e repentinos.
A 3 de Setembro desse mesmo ano de 1929, apenas alguns dias após a publicação das ideias do executivo da GM, o DJIA atingiu um máximo histórico nos 387 pontos. 2 meses depois o mercado crashou e os 34 meses que se lhe seguiram foram palco da queda mais devastadora alguma vez ocorrida na história americana.
Em 1932, quando a devastação tinha atingido o seu fim, o valor das maiores corporações e empresas americanas tinha caido 90% atingindo o DJIA o valor de 40 pontos.
Poupanças de milhões foram devastadas e outros milhares de investidores que tinham recorrido a alavancagem através de empréstimos foram à falência. Estavamos perante a maior depressão de sempre.
O conselho de Raskob foi ridicularizado e denunciado por anos a fio. Representava a loucura de quem acreditava que o mercado subia permanentemente. Um senador americano inclusive responsabilizou-o pelo crash do mercado, ao incentivar as pessoas a comprarem num topo de mercado.
Sabedoria convencional, sabe que este tipo de adágios é comum junto a topos de mercados onde se exacerba que uma tendência nunca terá fim e que o mercado só tem um sentido (vide o exemplo no ano 2000 onde livros atrás de livros eram escritos que os próximos 20 anos seriam ainda melhores que os anteriores 20 - o livro "Dow 36,000 é um exemplo disso). É uma história já familiar, em topos toda a gente está excitada com o mercado e nos fundos todos estão pessimistas.
Voltemos ao conselho do nosso amigo Raskob. Se calcularmos o valor de um portfolio de alguém que tenha seguido o seu conselho em 1929 descobrimos que a acumulação desse indivíduo teria ultrapssado o capaital de alguém que colocasse os mesmos 15 dólares mensais em Bilhetes do Tesouro (equivalentes a Depositos a Prazo) em menos de 4 anos (isto no meio do período mais devastador da história.
Em 1949, 20 anos após o conselho o portfolio valia 50 mil dólares (abaixo dos 80 mil prognosticados por Raskob é certo mas o retorno esperado por este era excessivo e também ele caiu no engodo da bolha que na altura se vivia). Um retorno anual de 9%.
25 anos depois de 1929, o portfolio valia agora 75 mil dólares, apresentando um retorno de 12,8% ao ano. Ainda que o reetorno estivesse aquém do que Raskob previa, o valor do portfolio era 9 x's maior do que alguém que tivesse seguido o mesmo conselho mas com Bilhetes do Tesouro.
Isto para mostrar que mesmo investindo no pico de o pior periodo da história onde o valor do mercado caiu 90%, num período alargado os retornos largamente compensam e quanto maior o horizonte temporal menor o risco.
Ora bem a estratégia que adoptamos é semelhante mas não igual. O objectivo como disse passa por demonstrar uma das formas de enriquecer lentamente ao longo dos anos. E como se aplica? Bom, isto passa por ser uma estratégia de investimento, e que Análises Técnicas, Análises Fundamentais, adivinhações, prognósticos, "bolas de cristal", ou qualquer outro método de tentar prever o meercado não são para aqui chamados. O objectivo passa por aumentar a exposição do nosso capital em classes de activos, comprar e mante-las no longo prazo, tendo sempre a óptica de valor ao contrário do preço.
Pode ser necessário algum capital de ínicio para fazer uso da diversificação, ou na falta deste, contribuições regulares de óptica mensal em determinados activos terão o mesmo efeito.
Diria que quase todos os interessados, têm a capacidade de poupar o suficiente para investir, Cada caso é um caso, mas até mesmo quantias que nos parecem insignificantes, poderão fazer toda uma diferença no longo prazo. Essa pequena quantia é o bastante para providenciar uma diferença significativa aquando da idade da reforma ou até na expectativa da antecipação da mesma. O processo de investimento é bastante democrático, ou seja, não é preciso de todo grandes conhecimentos e capacidades, e prova disso mesmo é que dentro da generalidade das pessoas que se considera, quase todos podem almejar em conseguir pelo menos 1 milhão.
Com alguns requisitos no entanto: a pessoa ser suficientemente jovem, alguma forma de fonte de rendimento e disciplina (se considerarmos pessoas de 50 anos sem qualquer tipo de poupança ... digamos que a probabilidade de não alcançarem este objectivo é obviamente muito elevada).
A estratégia é também do tipo passivo. Ou seja, evita a gestão activa de gestores ditos profissionais ou de fundos de investimento que tentam bater os seus benchmarks.
Isto porquê? Porque a gestão activa é um "jogo" de soma nula, e 90% dos gestores não batem o mercado. Devido ao fraco desempenho do universo de gestores de fundos, e sobretudo do investidor individual comum que tenta fazer "market timing", trading, etc, será utilizado exclusivamente fundos de tipo passivo que repliquem índices como ETFs negociados em bolsa e/ou fundos de investimento também eles do tipo passivo.
As pessoas devem reter a ideia que a gestão activa, é no todo, pior que gestão passiva. Isto é uma certeza matemática, uma vez que todas as acções deverão ser detidas por alguém. Há que haver um "perdedor" para cada ganhador, e quando digo perdedor não digo no sentido de perder dinheiro, mas sim que o mercado é uma média e se há investidores que têm média acima do mercado (que são mt poucos) há outros que terão médias abaixo do mercado (que são muitos diga-se desde já).
Uma vez que gestão activa também incorre em muitos mais custos que gestão passiva, é uma certeza que em média a gestão activa irá dar piores resultados. Os dados comprovam isto.
O INVESTIDOR MÉDIO ESTÁ ABAIXO DA MÉDIA
Obviamente nenhum investidor gosta de acreditar que está abaixo da média, ou que consegue escolher acções de boa qualidade ou fundos de investimento. Ironicamente a maioria dos investidores acabam por ter retornos abaixo da média, (Veja-se o exemplo de Peter Lynch onde o seu fundo ao longo dos 15 anos que esteve no activo retribuiu algo como 33% ao ano, e para surpresa de Lynch veio a verifficar que 40% dos investidores tinha perdido dinheiro), uma vez que os fundos activos que escolhem incorrem em comissões e nem conseguem bater o índice.
"Most investors, both institutional and individual, will find that the best way to own common stocks ("shares") is through an index fund that charges minimal fees. Those following this path are sure to beat the net results (after fees and expenses) of the great majority of investment professionals."
Warren Buffett, Berkshire Hathaway numa carta aos accionistas
Um pequeno segredo ... existe uma pequena estatística bastante humilhante que a maioria dos gestores de fundos não querem que os seus clientes saibam.
Historicamente, a maioria dos fundos geridos falharam em ter retornos iguais aos do mercado, muito menos bater fundos que repliquem os índices. Por exemplo, um dos fundos com melhor performance nos últimos 20 anos foi o Vanguard S&P500, um fundo que replica o índice americano, e apenas uma mão de outros fundos, de entre milhares de fundos disponíveis ao público, conseguiram igualar ou ultrapassar o seu retorno, e aqueles que o conseguiram fazer, fizeram-no apenas com uma pequena margem.
A não ser que se esteja habituado já ao investimento, e que se tenha acesso a research imparcial, provavelmente a maioria nunca terá ouvido isto, uma vez que os fundos que replicam índices raramente fazem marketing, e raramente aparecem no topo das performances dos fundos num periodo de tempo mais curto, e uma vez que geralmente estes fundos não pagam NADA em comissões são compeltamente ignorados por gestores de contas e PFAs (isto dentro dos poucos que existem que possam saber qualquer coisa porque a maioria é nódoa).
Um fundo de índice é um fundo que evita todo o conceito de research e analises e simplesmente espelha e replica um certo índice. Não empregam analistas ou gestores de fundos, e a maioria da sua negociação é feito de modo automático de modo a seguirem de perto a performance desse mesmo índice. O objectivo de um fundo que replica um índice é o de deter todas as acções desse índice, como por exemplo o S&P500, nas mesmas percentagens que estão presentes nesse índice. Não existe tentativa de ter melhor performance que o índice, não existe tentativa de colocar mais peso numa certa acção que se ache mais promissora nem tentativa de reduzir o peso de uma acção que achem menos promissora. Seguem o índice e ponto.
Fundos de índice não conseguem ter uma performance exactamente como o índice, porque qualquer estratégia no mundo real tem custos como custos de negociação e outras despesas, mas há que assimilar que no agregado os investidores nunca poderão ter um retorno acima dos retornos de mercado. Alguns (poucos, muito poucos) conseguirão ter retornos mais elevados, mas somente porque não compraram acções "más" que outros compraram. No total, todos os investidores alcançarão um retorno que é igual a 100% da média de mercado, menos os custos que incorrem em comprar e vender activos. Para maximizar os retornos, pode ficar na esperança de alcançar retornos acima dos de mercado, seleccionando investimentos cuidadosamente e eliminando os piores (o que segundo os dados mostram que a maioria não o consegue fazer... logo num tópico destes eu quero que todos tenham probabilidade igual, se estivesse a aconselhar forma diferente até poderia haver 10% que consguiriam ter grandes retornos, mas a maioria não o teria), ou simplesmente tentar ter o mais próximo possível do retorno do mercado ao mesmo tempo que mantemos os custos baixos. Esta última abordagem, é a abordagem que esses fundos de índice tomam.
Um fundo de gestão activa é diferente, emprega muitos analistas, research, traders, etc. Tendo por base nas perspectivas dos seus economistas relativos à economia, podem decidir aumentar alocações a certos sectores ou indústrias, etc (mas os economistas também não têm grande performance no global a prever o que seja) como aliás podemos observar:
Fundos de gestão activa estão entre aqueles que tentam estar entre os poucos que sistematicamente conseguem ter performance melhor que todos os outros. E é impossível todos os investidores estarem acima da média, seria como tentarem bater a performance deles mesmos. Por isso logicamente, para cada estratégia que funcione mesmo bem, haverá outras estratégias que não funcionam de todo. O desafio passa por tentar identificar então à priori qual a estratégia, que estará dentro das poucas sortudas, e se há coisa que a história e os dados indicam é que não é tarefa fácil. Da mesma forma que encontrar a Apple do amanhã, ou a Amazon do amanhã, a mesma tarefa é herculeana encontrar o Peter Lynch do futuro ou o próximo Warren Buffett.
Nem todos os fundos de gestão activa tentam apanhar os fundos e topos do mercado, mas a maioria sim, negociando agressivamente de forma totalmente contrária àquilo que defendem em público insistindo aos investidores para terem uma perspectiva de longo prazo. O turnover de muitos destes fundos anda muitas vezes nas centenas de %, siginificando que em média o seu portfólio é comprado e vendido a cada poucos meses.
Existem várias vantagens que fundos de índice têm sobre gestão activa. Duas grandes são:
Primeiro, um fundo de índice tem uma comissão anual de gestão muito baixa. Não incorrem em despesas de research e não fazem marketing ou muito raramento (dependendo então do senso comum que o investidor tem da sua existência). Este custo de comissão baixo é altamente vantajoso para nós como investtidores. Cetirus paribus, um fundo com um custo de comissão mais baixo que seja por exemplo 1,5% mais baixo irá traduzir-se em 1,5% a mais por ano para o investidor comparado com o mesmo fundo mas com uma comissão maior. Ao longo de horizontes temporais mais alargados, estes 1,5% irão traduzir-se em diferenças abismais no resultado final.
Outra das muitas vantagens, é também a eficiência fiscal. Acções tendem a permanecer em índices por largos periodos de tempo, significando que os fundos que os replicam também deterão essas mesmas empresas por largos periodos de tempo. Fundos de gestão activa pelo contrário, têm altos rácios de turnover o que implica que incorram em mais valias e logo menos eficientes a nivel fiscal. E como se sabe, quandos se compra uma acção e não a vendemos, nunca incorremos em mais valia, acabando por diferir o imposto para o futuro.
No curto prazo, aparenta sempre haver um enorme número de fundos de gestão activa que batem os índices de benchmark, raramente vamos ver um fundo de índice no topo da lista de performance em qualquer ano em particular. Alargamos no então a janela temporal, e o facto de a maioria dos gestores não baterem o benchmark, cobrarem comissões mais elevadas e serem menos eficientes a nivel fiscal derivado dos seus turnovers elevados, e os fundos de índice começam a ocupar o topo dessas listas de performance.
Apesar de se observarmos qualquer ano em particular, haver vários fundos activos a bater os índices, o problema é que no ano seguinte ou no outro a seguir, a maioria desses fundos falhará em bater o índice, e os fundos que bateram os índices será um conjunto diferente de fundos. Se olharmos para um prazo maior para verificar quais os gestores que consistentemente bateram os indices ao longo do tempo, vamos ver que esta lista emagrece dramaticamente, e um novo problema surge. Os retornos passados desses gestores não são indicativos dos retornos futuros.
http://www.standardandpoors.com/indices/spiva/en/us
O investimento é de facto o melhor método para a poupança e aqui descreveremos uma forma de enriquecer lentamente ao longo dos anos.
Bom e como é que isto se alcança? Através do investimento de longo prazo com um perfil conservador/médio.
No Verão da longínqua data de 1929, um jornalista entrevistou um executivo financeiro da General Motors perguntando como é que o típico cidadão poderia aumentar a sua riqueza através de investimentos. Esse jornalista publicou as ideias de John Raskob (o executivo) onde este dizia que os Estados Unidos estavam à beira de uma de uma expansão económico enorme, explicando que alguém que investisse no meercado 15 dólares por mês poderia esperar ter ao final de 20 anos uma riqueza de 80 mil dólares. Obviamente, o executivo se fizessemos as contas esperava um retorno anual de 25% ao ano, o que era algo nunca antes visto (nem na loucura dos anos 90 houve essa média).
Mas tal média, na altura não parecia tão louca quanto isso, uma vez que nos encontravamos no meio de um optimismo exagerado fruto da industrialização dos anos 20.
O mercado de acções excitava os investidores e milhões de poupanças eram colocados no mercado tentando almejar lucros rápidos e repentinos.
A 3 de Setembro desse mesmo ano de 1929, apenas alguns dias após a publicação das ideias do executivo da GM, o DJIA atingiu um máximo histórico nos 387 pontos. 2 meses depois o mercado crashou e os 34 meses que se lhe seguiram foram palco da queda mais devastadora alguma vez ocorrida na história americana.
Em 1932, quando a devastação tinha atingido o seu fim, o valor das maiores corporações e empresas americanas tinha caido 90% atingindo o DJIA o valor de 40 pontos.
Poupanças de milhões foram devastadas e outros milhares de investidores que tinham recorrido a alavancagem através de empréstimos foram à falência. Estavamos perante a maior depressão de sempre.
O conselho de Raskob foi ridicularizado e denunciado por anos a fio. Representava a loucura de quem acreditava que o mercado subia permanentemente. Um senador americano inclusive responsabilizou-o pelo crash do mercado, ao incentivar as pessoas a comprarem num topo de mercado.
Sabedoria convencional, sabe que este tipo de adágios é comum junto a topos de mercados onde se exacerba que uma tendência nunca terá fim e que o mercado só tem um sentido (vide o exemplo no ano 2000 onde livros atrás de livros eram escritos que os próximos 20 anos seriam ainda melhores que os anteriores 20 - o livro "Dow 36,000 é um exemplo disso). É uma história já familiar, em topos toda a gente está excitada com o mercado e nos fundos todos estão pessimistas.
Voltemos ao conselho do nosso amigo Raskob. Se calcularmos o valor de um portfolio de alguém que tenha seguido o seu conselho em 1929 descobrimos que a acumulação desse indivíduo teria ultrapssado o capaital de alguém que colocasse os mesmos 15 dólares mensais em Bilhetes do Tesouro (equivalentes a Depositos a Prazo) em menos de 4 anos (isto no meio do período mais devastador da história.
Em 1949, 20 anos após o conselho o portfolio valia 50 mil dólares (abaixo dos 80 mil prognosticados por Raskob é certo mas o retorno esperado por este era excessivo e também ele caiu no engodo da bolha que na altura se vivia). Um retorno anual de 9%.
25 anos depois de 1929, o portfolio valia agora 75 mil dólares, apresentando um retorno de 12,8% ao ano. Ainda que o reetorno estivesse aquém do que Raskob previa, o valor do portfolio era 9 x's maior do que alguém que tivesse seguido o mesmo conselho mas com Bilhetes do Tesouro.
Isto para mostrar que mesmo investindo no pico de o pior periodo da história onde o valor do mercado caiu 90%, num período alargado os retornos largamente compensam e quanto maior o horizonte temporal menor o risco.
Ora bem a estratégia que adoptamos é semelhante mas não igual. O objectivo como disse passa por demonstrar uma das formas de enriquecer lentamente ao longo dos anos. E como se aplica? Bom, isto passa por ser uma estratégia de investimento, e que Análises Técnicas, Análises Fundamentais, adivinhações, prognósticos, "bolas de cristal", ou qualquer outro método de tentar prever o meercado não são para aqui chamados. O objectivo passa por aumentar a exposição do nosso capital em classes de activos, comprar e mante-las no longo prazo, tendo sempre a óptica de valor ao contrário do preço.
Pode ser necessário algum capital de ínicio para fazer uso da diversificação, ou na falta deste, contribuições regulares de óptica mensal em determinados activos terão o mesmo efeito.
Diria que quase todos os interessados, têm a capacidade de poupar o suficiente para investir, Cada caso é um caso, mas até mesmo quantias que nos parecem insignificantes, poderão fazer toda uma diferença no longo prazo. Essa pequena quantia é o bastante para providenciar uma diferença significativa aquando da idade da reforma ou até na expectativa da antecipação da mesma. O processo de investimento é bastante democrático, ou seja, não é preciso de todo grandes conhecimentos e capacidades, e prova disso mesmo é que dentro da generalidade das pessoas que se considera, quase todos podem almejar em conseguir pelo menos 1 milhão.
Com alguns requisitos no entanto: a pessoa ser suficientemente jovem, alguma forma de fonte de rendimento e disciplina (se considerarmos pessoas de 50 anos sem qualquer tipo de poupança ... digamos que a probabilidade de não alcançarem este objectivo é obviamente muito elevada).
A estratégia é também do tipo passivo. Ou seja, evita a gestão activa de gestores ditos profissionais ou de fundos de investimento que tentam bater os seus benchmarks.
Isto porquê? Porque a gestão activa é um "jogo" de soma nula, e 90% dos gestores não batem o mercado. Devido ao fraco desempenho do universo de gestores de fundos, e sobretudo do investidor individual comum que tenta fazer "market timing", trading, etc, será utilizado exclusivamente fundos de tipo passivo que repliquem índices como ETFs negociados em bolsa e/ou fundos de investimento também eles do tipo passivo.
As pessoas devem reter a ideia que a gestão activa, é no todo, pior que gestão passiva. Isto é uma certeza matemática, uma vez que todas as acções deverão ser detidas por alguém. Há que haver um "perdedor" para cada ganhador, e quando digo perdedor não digo no sentido de perder dinheiro, mas sim que o mercado é uma média e se há investidores que têm média acima do mercado (que são mt poucos) há outros que terão médias abaixo do mercado (que são muitos diga-se desde já).
Uma vez que gestão activa também incorre em muitos mais custos que gestão passiva, é uma certeza que em média a gestão activa irá dar piores resultados. Os dados comprovam isto.
O INVESTIDOR MÉDIO ESTÁ ABAIXO DA MÉDIA
Obviamente nenhum investidor gosta de acreditar que está abaixo da média, ou que consegue escolher acções de boa qualidade ou fundos de investimento. Ironicamente a maioria dos investidores acabam por ter retornos abaixo da média, (Veja-se o exemplo de Peter Lynch onde o seu fundo ao longo dos 15 anos que esteve no activo retribuiu algo como 33% ao ano, e para surpresa de Lynch veio a verifficar que 40% dos investidores tinha perdido dinheiro), uma vez que os fundos activos que escolhem incorrem em comissões e nem conseguem bater o índice.
"Most investors, both institutional and individual, will find that the best way to own common stocks ("shares") is through an index fund that charges minimal fees. Those following this path are sure to beat the net results (after fees and expenses) of the great majority of investment professionals."
Warren Buffett, Berkshire Hathaway numa carta aos accionistas
Um pequeno segredo ... existe uma pequena estatística bastante humilhante que a maioria dos gestores de fundos não querem que os seus clientes saibam.
Historicamente, a maioria dos fundos geridos falharam em ter retornos iguais aos do mercado, muito menos bater fundos que repliquem os índices. Por exemplo, um dos fundos com melhor performance nos últimos 20 anos foi o Vanguard S&P500, um fundo que replica o índice americano, e apenas uma mão de outros fundos, de entre milhares de fundos disponíveis ao público, conseguiram igualar ou ultrapassar o seu retorno, e aqueles que o conseguiram fazer, fizeram-no apenas com uma pequena margem.
A não ser que se esteja habituado já ao investimento, e que se tenha acesso a research imparcial, provavelmente a maioria nunca terá ouvido isto, uma vez que os fundos que replicam índices raramente fazem marketing, e raramente aparecem no topo das performances dos fundos num periodo de tempo mais curto, e uma vez que geralmente estes fundos não pagam NADA em comissões são compeltamente ignorados por gestores de contas e PFAs (isto dentro dos poucos que existem que possam saber qualquer coisa porque a maioria é nódoa).
Um fundo de índice é um fundo que evita todo o conceito de research e analises e simplesmente espelha e replica um certo índice. Não empregam analistas ou gestores de fundos, e a maioria da sua negociação é feito de modo automático de modo a seguirem de perto a performance desse mesmo índice. O objectivo de um fundo que replica um índice é o de deter todas as acções desse índice, como por exemplo o S&P500, nas mesmas percentagens que estão presentes nesse índice. Não existe tentativa de ter melhor performance que o índice, não existe tentativa de colocar mais peso numa certa acção que se ache mais promissora nem tentativa de reduzir o peso de uma acção que achem menos promissora. Seguem o índice e ponto.
Fundos de índice não conseguem ter uma performance exactamente como o índice, porque qualquer estratégia no mundo real tem custos como custos de negociação e outras despesas, mas há que assimilar que no agregado os investidores nunca poderão ter um retorno acima dos retornos de mercado. Alguns (poucos, muito poucos) conseguirão ter retornos mais elevados, mas somente porque não compraram acções "más" que outros compraram. No total, todos os investidores alcançarão um retorno que é igual a 100% da média de mercado, menos os custos que incorrem em comprar e vender activos. Para maximizar os retornos, pode ficar na esperança de alcançar retornos acima dos de mercado, seleccionando investimentos cuidadosamente e eliminando os piores (o que segundo os dados mostram que a maioria não o consegue fazer... logo num tópico destes eu quero que todos tenham probabilidade igual, se estivesse a aconselhar forma diferente até poderia haver 10% que consguiriam ter grandes retornos, mas a maioria não o teria), ou simplesmente tentar ter o mais próximo possível do retorno do mercado ao mesmo tempo que mantemos os custos baixos. Esta última abordagem, é a abordagem que esses fundos de índice tomam.
Um fundo de gestão activa é diferente, emprega muitos analistas, research, traders, etc. Tendo por base nas perspectivas dos seus economistas relativos à economia, podem decidir aumentar alocações a certos sectores ou indústrias, etc (mas os economistas também não têm grande performance no global a prever o que seja) como aliás podemos observar:
Fundos de gestão activa estão entre aqueles que tentam estar entre os poucos que sistematicamente conseguem ter performance melhor que todos os outros. E é impossível todos os investidores estarem acima da média, seria como tentarem bater a performance deles mesmos. Por isso logicamente, para cada estratégia que funcione mesmo bem, haverá outras estratégias que não funcionam de todo. O desafio passa por tentar identificar então à priori qual a estratégia, que estará dentro das poucas sortudas, e se há coisa que a história e os dados indicam é que não é tarefa fácil. Da mesma forma que encontrar a Apple do amanhã, ou a Amazon do amanhã, a mesma tarefa é herculeana encontrar o Peter Lynch do futuro ou o próximo Warren Buffett.
Nem todos os fundos de gestão activa tentam apanhar os fundos e topos do mercado, mas a maioria sim, negociando agressivamente de forma totalmente contrária àquilo que defendem em público insistindo aos investidores para terem uma perspectiva de longo prazo. O turnover de muitos destes fundos anda muitas vezes nas centenas de %, siginificando que em média o seu portfólio é comprado e vendido a cada poucos meses.
Existem várias vantagens que fundos de índice têm sobre gestão activa. Duas grandes são:
Primeiro, um fundo de índice tem uma comissão anual de gestão muito baixa. Não incorrem em despesas de research e não fazem marketing ou muito raramento (dependendo então do senso comum que o investidor tem da sua existência). Este custo de comissão baixo é altamente vantajoso para nós como investtidores. Cetirus paribus, um fundo com um custo de comissão mais baixo que seja por exemplo 1,5% mais baixo irá traduzir-se em 1,5% a mais por ano para o investidor comparado com o mesmo fundo mas com uma comissão maior. Ao longo de horizontes temporais mais alargados, estes 1,5% irão traduzir-se em diferenças abismais no resultado final.
Outra das muitas vantagens, é também a eficiência fiscal. Acções tendem a permanecer em índices por largos periodos de tempo, significando que os fundos que os replicam também deterão essas mesmas empresas por largos periodos de tempo. Fundos de gestão activa pelo contrário, têm altos rácios de turnover o que implica que incorram em mais valias e logo menos eficientes a nivel fiscal. E como se sabe, quandos se compra uma acção e não a vendemos, nunca incorremos em mais valia, acabando por diferir o imposto para o futuro.
No curto prazo, aparenta sempre haver um enorme número de fundos de gestão activa que batem os índices de benchmark, raramente vamos ver um fundo de índice no topo da lista de performance em qualquer ano em particular. Alargamos no então a janela temporal, e o facto de a maioria dos gestores não baterem o benchmark, cobrarem comissões mais elevadas e serem menos eficientes a nivel fiscal derivado dos seus turnovers elevados, e os fundos de índice começam a ocupar o topo dessas listas de performance.
Apesar de se observarmos qualquer ano em particular, haver vários fundos activos a bater os índices, o problema é que no ano seguinte ou no outro a seguir, a maioria desses fundos falhará em bater o índice, e os fundos que bateram os índices será um conjunto diferente de fundos. Se olharmos para um prazo maior para verificar quais os gestores que consistentemente bateram os indices ao longo do tempo, vamos ver que esta lista emagrece dramaticamente, e um novo problema surge. Os retornos passados desses gestores não são indicativos dos retornos futuros.
http://www.standardandpoors.com/indices/spiva/en/us
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Parabéns Chico
Isto está muito mau, para mim não quero MAS desejo-te as maiores felicidades e com muita saúde!!!



Isto está muito mau, para mim não quero MAS desejo-te as maiores felicidades e com muita saúde!!!



Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:A todos desculpem a minha ausência mas contribuir para a natalidade deste país tem destas coisas.
Ó vizinho Chico,
Os meus mais sinceros parabéns, a ti e à tua família, por tão ousada e árdua "diligência" nos dias de hoje, mas ao mesmo tempo tão nobre e louvável.

Bem me queria parecer que andava por aqui a ouvir mais chorozito do que o normal... Só não sabia era de onde é que ele vinha...
Também tenho andado "sumido", pois a vida de trabalho é o pão nosso de cada dia, mas não podia deixar de vir aqui dar-te os parabéns.
Um abraço
Carlos Almeida
P.S.: Votos de bom regresso ao BedRock e ao nosso grande "mentor" Rick.
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Re: Fundos à la carte
MERCADOS EMERGENTES: DESCUBRA NOVOS PAÍSES
DATA DA PUBLICAÇÃO: 19JUN2015
Tal como há 500 anos os nossos descobridores deram novos mundos ao mundo, abra também os horizontes dos seus investimentos a terras longínquas. Mas não arrisque muito na "aventura".
Lucrar com o crescimento dos países emergentes é, desde há vários anos, uma hipótese ao alcance de qualquer investidor. De início, estes mercados de ações só estavam acessíveis aos investidores institucionais (bancos, seguradoras) ou para quem tivesse grandes fortunas. No entanto, com a venda em Portugal de um número sempre crescente de fundos de investimento, bastam algumas centenas de euros para aplicar em ações de empresas chinesas, brasileiras, indianas só para dar alguns exemplos. Nos maiores supermercados de fundos, como o ActivoBank, Best Bank e BiG encontra uma vasta oferta dedicada aos emergentes.
Saber escolher
Ora, este aumento da oferta das oportunidades de investimento é uma ótima notícia para os pequenos investidores. Contudo, não se deve deixar deslumbrar por tão grande facilidade. Pela sua natureza, as bolsas dos países emergentes são particularmente voláteis, ou seja, podem apresentar fortes subidas e quedas acentuadas. O elevado potencial de crescimento advém do facto de serem países com economias menos maduras, onde as instituições (políticas, legais, etc.) tendem a ser menos estáveis pois estão menos consolidadas. As próprias bolsas também ainda possuem, por norma, uma dimensão reduzida, pelo que a dependência dos investidores estrangeiros é elevada. As boas/más notícias levam a rápidos fluxos de dinheiro provocando oscilações consideráveis nas cotações das bolsas e também das respetivas divisas nos mercados cambiais. Em suma, investir em mercados emergentes tem um nível de risco muito superior a uma opção por mercados ditos desenvolvidos.
O risco está lá
A consciência do risco é uma condição indispensável antes de decidir avançar com este tipo de investimento. Não caia na tentação de ser atraído pelos ganhos colossais obtidos por muitos fundos emergentes nos últimos anos! Se o fizer arrisca-se a ter fortes dissabores. Ao invés, as nossas recomendações assentam nas perspetivas de crescimento futuro, tendo em conta o nível atual das cotações nas bolsas e o respetivo grau de risco. Além disso, as recomendações de compra de fundos emergentes devem inserir-se numa estratégia de investimento diversificada a longo prazo.
Comprar apenas fundos emergentes é demasiado arriscado! Como poderá constatar cada país emergente não pesa mais do que 5% no total das carteiras, com exceção da China que, pela sua dimensão, permitimos que possa ir até 10%. E, naturalmente, não aplicamos em todos os emergentes e preferimos apenas as bolsas que consideramos reunir a melhor relação entre rendimento esperado e risco.
Os três preferidos
Atualmente, a China e a Indonésia estão presentes em todas as nossas carteiras. A bolsa de São Paulo também está atrativa, mas as incertezas em torno do Brasil são grandes, sobretudo a médio e longo prazo. Por isso, nas carteiras a 10 anos, o fundo de ações brasileiras está apenas presente na versão agressiva. Veja o nosso artigo alguns indicadores sobre estes países, bem como os fundos recomendados. Ainda no âmbito das nossas estratégias de carteira, encontra as ações de empresas indianas, mas somente na agressiva a 20 anos dado que o potencial da bolsa de Bombaim é menos interessante. Para este mercado consulte o fundo de ações com conselho de compra. Conheça ainda 2 alternativas para investir através de ETF.
A evitar
Entre os grandes países emergentes, a Rússia é o único que está atualmente fora das nossas recomendações. A queda do preço do petróleo, as sanções económicas do Ocidente e a incerteza em torno do conflito na Ucrânia tornam a bolsa de Moscovo extremamente arriscada.
DECOPROTESTE
DATA DA PUBLICAÇÃO: 19JUN2015
Tal como há 500 anos os nossos descobridores deram novos mundos ao mundo, abra também os horizontes dos seus investimentos a terras longínquas. Mas não arrisque muito na "aventura".
Lucrar com o crescimento dos países emergentes é, desde há vários anos, uma hipótese ao alcance de qualquer investidor. De início, estes mercados de ações só estavam acessíveis aos investidores institucionais (bancos, seguradoras) ou para quem tivesse grandes fortunas. No entanto, com a venda em Portugal de um número sempre crescente de fundos de investimento, bastam algumas centenas de euros para aplicar em ações de empresas chinesas, brasileiras, indianas só para dar alguns exemplos. Nos maiores supermercados de fundos, como o ActivoBank, Best Bank e BiG encontra uma vasta oferta dedicada aos emergentes.
Saber escolher
Ora, este aumento da oferta das oportunidades de investimento é uma ótima notícia para os pequenos investidores. Contudo, não se deve deixar deslumbrar por tão grande facilidade. Pela sua natureza, as bolsas dos países emergentes são particularmente voláteis, ou seja, podem apresentar fortes subidas e quedas acentuadas. O elevado potencial de crescimento advém do facto de serem países com economias menos maduras, onde as instituições (políticas, legais, etc.) tendem a ser menos estáveis pois estão menos consolidadas. As próprias bolsas também ainda possuem, por norma, uma dimensão reduzida, pelo que a dependência dos investidores estrangeiros é elevada. As boas/más notícias levam a rápidos fluxos de dinheiro provocando oscilações consideráveis nas cotações das bolsas e também das respetivas divisas nos mercados cambiais. Em suma, investir em mercados emergentes tem um nível de risco muito superior a uma opção por mercados ditos desenvolvidos.
O risco está lá
A consciência do risco é uma condição indispensável antes de decidir avançar com este tipo de investimento. Não caia na tentação de ser atraído pelos ganhos colossais obtidos por muitos fundos emergentes nos últimos anos! Se o fizer arrisca-se a ter fortes dissabores. Ao invés, as nossas recomendações assentam nas perspetivas de crescimento futuro, tendo em conta o nível atual das cotações nas bolsas e o respetivo grau de risco. Além disso, as recomendações de compra de fundos emergentes devem inserir-se numa estratégia de investimento diversificada a longo prazo.
Comprar apenas fundos emergentes é demasiado arriscado! Como poderá constatar cada país emergente não pesa mais do que 5% no total das carteiras, com exceção da China que, pela sua dimensão, permitimos que possa ir até 10%. E, naturalmente, não aplicamos em todos os emergentes e preferimos apenas as bolsas que consideramos reunir a melhor relação entre rendimento esperado e risco.
Os três preferidos
Atualmente, a China e a Indonésia estão presentes em todas as nossas carteiras. A bolsa de São Paulo também está atrativa, mas as incertezas em torno do Brasil são grandes, sobretudo a médio e longo prazo. Por isso, nas carteiras a 10 anos, o fundo de ações brasileiras está apenas presente na versão agressiva. Veja o nosso artigo alguns indicadores sobre estes países, bem como os fundos recomendados. Ainda no âmbito das nossas estratégias de carteira, encontra as ações de empresas indianas, mas somente na agressiva a 20 anos dado que o potencial da bolsa de Bombaim é menos interessante. Para este mercado consulte o fundo de ações com conselho de compra. Conheça ainda 2 alternativas para investir através de ETF.
A evitar
Entre os grandes países emergentes, a Rússia é o único que está atualmente fora das nossas recomendações. A queda do preço do petróleo, as sanções económicas do Ocidente e a incerteza em torno do conflito na Ucrânia tornam a bolsa de Moscovo extremamente arriscada.
DECOPROTESTE
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
CIRCULAR 6/2015 DE 17 DE JUNHO
Um esclarecimento ao novo regime dos OIC’s Portugueses
Sandro Santos, financial advisor, comenta a Circular 6/2015 emitida pela Autoridade Tributária com o propósito de divulgar as características essenciais deste novo regime, bem como esclarecer eventuais dúvidas na sua interpretação.
or do novo regime de tributação dos Organismos de Investimento Coletivo (OIC) constituídos de acordo com a legislação nacional, a Autoridade Tributária emitiu a Circular 6/2015, de 17 de Junho, com o propósito de divulgar as características essenciais deste novo regime, bem como esclarecer eventuais dúvidas de interpretação.
É importante relembrar que o Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de janeiro, procedeu à reforma do regime de tributação dos OIC’s que se constituem e operem de acordo com a legislação nacional, mais concretamente sob a forma de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM), Fundos de Investimento Imobiliário (FII), Sociedades de Investimento Mobiliário (SIM) e Sociedades de Investimento Imobiliário (SII). Este diploma, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, alterou o Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) e o Código do Imposto do Selo (CIS).
O novo regime, altera de forma profunda o paradigma da tributação dos OIC’s portugueses, na medida em que desloca a tributação dos rendimentos para a esfera do investidor, ou seja, estipula um modelo de tributação “à saída”, por oposição ao (ainda) regime atual de tributação “por dentro” (na esfera do OIC).
Os OIC’s portugueses, são tributados em IRC de acordo com o artigo 22.º do EBF e o apuramento do lucro tributável corresponde ao resultado líquido do período, apurado segundo as normas contabilísticas aplicáveis a estas entidades. Contudo, são excluídos da determinação do lucro tributável, os rendimentos de capitais, prediais e mais-valias, referidos, respetivamente, nos artigos 5.º, 8.º e 10.º do CIRS, excepto quando esses rendimentos sejam provenientes de entidades com residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante da lista aprovada em portaria. Haverá ainda lugar, na esfera do OIC, a tributação autónoma sobre alguns gastos, nos termos gerais do CIRC.
É introduzida uma tributação em sede de Imposto do Selo, que incidirá sobre o valor líquido global dos OIC’s. O valor líquido global é determinado de acordo com a média dos valores comunicados à CMVM, ou divulgados pelas entidades gestoras, no último dia de cada mês do trimestre, exceptuando-se para efeitos deste cálculo o valor correspondente aos ativos relativos a unidades de participação em OIC’s abrangidos pelo presente regime, eliminando assim, qualquer situação de “dupla tributação”. A taxa aplicável aos OIC’s que invistam, exclusivamente, em instrumentos do mercado monetário e depósitos é de 0,0025%, sendo de 0,0125% para os demais OIC.
No que concerne aos investidores, o novo regime dispõe que, os rendimentos distribuídos ou decorrentes do resgate de unidades de participação, cujos titulares sejam sujeitos passivos de IRS residentes (fora do âmbito de um atividade comercial, industrial ou agrícola), por retenção na fonte à taxa prevista no n.º 1 do artigo 72.º do CIRS. Nos restantes casos (quando residentes), apenas os rendimentos distribuídos serão objeto de retenção na fonte, com a natureza de imposto por conta.
Os investidores não residentes estão isentos de tributação em Portugal, excepto quando os rendimentos resultem de OIC Imobiliário, caso em que os rendimentos resultantes quer de distribuição quer de resgate, serão objeto de tributação à taxa de 10% (salvo se forem residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante da lista aprovada em portaria).
O artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de Janeiro, prevê um regime transitório para os fundos e para os participantes de OIC’s, em que estabelece que a tributação dos rendimentos das UP auferidos pelos participantes, incide apenas sobre a parte dos rendimentos gerados a partir de dia 1 de Julho de 2015, considerando-se, para efeitos de determinação de mais-valias ou menos-valias resultantes da transmissão onerosa das unidades de participação ou das participações sociais, como valor de aquisição o valor de mercado à data de 30 de Junho de 2015 ou, se superior, o valor de aquisição das mesmas.
Esta circular é deveras importante e esclarecedora, devendo ser analisada com especial cuidado tanto por parte das sociedades gestoras como pelos próprios intermediários financeiros, pois as implicações são relevantes.
Não se trata de facto de um modelo perfeito, mas esta reforma é, sem dúvida nenhuma, muito bem vinda e aplaudida por todos, pois com este modelo fiscal, os fundos e gestores nacionais estão finalmente dotados de um enquadramento fiscal que lhes permite ser competitivos com outros gestores e fundos internacionais, não só no mercado português como noutros mercados.
Consulte aqui a circular. http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/2891A2DE-0ABE-4535-942B-C75C99981287/0/Circular_6_2015.pdf
FUNDSPEOPLE
Um esclarecimento ao novo regime dos OIC’s Portugueses
Sandro Santos, financial advisor, comenta a Circular 6/2015 emitida pela Autoridade Tributária com o propósito de divulgar as características essenciais deste novo regime, bem como esclarecer eventuais dúvidas na sua interpretação.
or do novo regime de tributação dos Organismos de Investimento Coletivo (OIC) constituídos de acordo com a legislação nacional, a Autoridade Tributária emitiu a Circular 6/2015, de 17 de Junho, com o propósito de divulgar as características essenciais deste novo regime, bem como esclarecer eventuais dúvidas de interpretação.
É importante relembrar que o Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de janeiro, procedeu à reforma do regime de tributação dos OIC’s que se constituem e operem de acordo com a legislação nacional, mais concretamente sob a forma de Fundos de Investimento Mobiliário (FIM), Fundos de Investimento Imobiliário (FII), Sociedades de Investimento Mobiliário (SIM) e Sociedades de Investimento Imobiliário (SII). Este diploma, no uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 83-C/2013, de 31 de dezembro, alterou o Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF) e o Código do Imposto do Selo (CIS).
O novo regime, altera de forma profunda o paradigma da tributação dos OIC’s portugueses, na medida em que desloca a tributação dos rendimentos para a esfera do investidor, ou seja, estipula um modelo de tributação “à saída”, por oposição ao (ainda) regime atual de tributação “por dentro” (na esfera do OIC).
Os OIC’s portugueses, são tributados em IRC de acordo com o artigo 22.º do EBF e o apuramento do lucro tributável corresponde ao resultado líquido do período, apurado segundo as normas contabilísticas aplicáveis a estas entidades. Contudo, são excluídos da determinação do lucro tributável, os rendimentos de capitais, prediais e mais-valias, referidos, respetivamente, nos artigos 5.º, 8.º e 10.º do CIRS, excepto quando esses rendimentos sejam provenientes de entidades com residência ou domicílio em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante da lista aprovada em portaria. Haverá ainda lugar, na esfera do OIC, a tributação autónoma sobre alguns gastos, nos termos gerais do CIRC.
É introduzida uma tributação em sede de Imposto do Selo, que incidirá sobre o valor líquido global dos OIC’s. O valor líquido global é determinado de acordo com a média dos valores comunicados à CMVM, ou divulgados pelas entidades gestoras, no último dia de cada mês do trimestre, exceptuando-se para efeitos deste cálculo o valor correspondente aos ativos relativos a unidades de participação em OIC’s abrangidos pelo presente regime, eliminando assim, qualquer situação de “dupla tributação”. A taxa aplicável aos OIC’s que invistam, exclusivamente, em instrumentos do mercado monetário e depósitos é de 0,0025%, sendo de 0,0125% para os demais OIC.
No que concerne aos investidores, o novo regime dispõe que, os rendimentos distribuídos ou decorrentes do resgate de unidades de participação, cujos titulares sejam sujeitos passivos de IRS residentes (fora do âmbito de um atividade comercial, industrial ou agrícola), por retenção na fonte à taxa prevista no n.º 1 do artigo 72.º do CIRS. Nos restantes casos (quando residentes), apenas os rendimentos distribuídos serão objeto de retenção na fonte, com a natureza de imposto por conta.
Os investidores não residentes estão isentos de tributação em Portugal, excepto quando os rendimentos resultem de OIC Imobiliário, caso em que os rendimentos resultantes quer de distribuição quer de resgate, serão objeto de tributação à taxa de 10% (salvo se forem residentes em país, território ou região sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável constante da lista aprovada em portaria).
O artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 7/2015, de 13 de Janeiro, prevê um regime transitório para os fundos e para os participantes de OIC’s, em que estabelece que a tributação dos rendimentos das UP auferidos pelos participantes, incide apenas sobre a parte dos rendimentos gerados a partir de dia 1 de Julho de 2015, considerando-se, para efeitos de determinação de mais-valias ou menos-valias resultantes da transmissão onerosa das unidades de participação ou das participações sociais, como valor de aquisição o valor de mercado à data de 30 de Junho de 2015 ou, se superior, o valor de aquisição das mesmas.
Esta circular é deveras importante e esclarecedora, devendo ser analisada com especial cuidado tanto por parte das sociedades gestoras como pelos próprios intermediários financeiros, pois as implicações são relevantes.
Não se trata de facto de um modelo perfeito, mas esta reforma é, sem dúvida nenhuma, muito bem vinda e aplaudida por todos, pois com este modelo fiscal, os fundos e gestores nacionais estão finalmente dotados de um enquadramento fiscal que lhes permite ser competitivos com outros gestores e fundos internacionais, não só no mercado português como noutros mercados.
Consulte aqui a circular. http://info.portaldasfinancas.gov.pt/NR/rdonlyres/2891A2DE-0ABE-4535-942B-C75C99981287/0/Circular_6_2015.pdf
FUNDSPEOPLE
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:
(...)
A todos desculpem a minha ausência mas contribuir para a natalidade deste país tem destas coisas. Acabamos com menos tempo para estas coisas de internet.
Eu até já tinha pensado que o Armando Pereira te tinha oferecido um posto de Chefia ou que já tinhas passado para os passivos, mas depois pensei melhor e disse para mim mesmo: os tipos que nasceram ou estudaram sob a influência dos bons ares da ria de Aveiro não são passivos perante os mercados acionistas ou obrigacionistas, pois até no bom mercado do peixe de Aveiro eu, então jovem, já utilizava o processo do fish picking e já na altura não ia em caldeiradas de index fishing.


Parabéns ao papá e à mamã, que se for tão certinha como o marido, então lá em casa para fazer barulho só se forem os filhos.

Tu ao contribuíres para o aumento da natalidade, bem que mereces a redução no IRS, agora o Portas, um desentendido na reprodução, achou que duas pessoas quaisquer juntas já podem usufruir da redução no IRS, e em contrapartida lixou os solteiros e os divorciados , pelo que essa alteração legislativa é uma aberração, pois o objetivo era estimular o aumento da natalidade e isso consegue-se com mulheres a parir e não forçosamente com 2 pessoas juntas: com 2 gays não pode haver natalidade, porque nenhum deles pare, a menos que aconteça o 1º fenómeno da geração espontânea, mas com duas lésbicas já pode haver natalidade com inseminação artificial ou se uma "pular a cerca" com mútuo consentimento


Portanto, o Portas, como mentor dessa alteração legislativa de dedução no IRS por parte dos pares, revelou-se um autêntico eunuco da reprodução e natalidade, mas também reprodução vindo do Portas ... dificilmente um espermatozoide coxo consegue alcançar um óvulo e picá-lo.

Estou de férias mas atento a reentradas, não tanto como nos mercados ... pois com esta alta volatilidade e em particular a não lógica e incongruente, os mais demorados no WC (prisão de ventre) têm que levar consigo não o jornal para lerem, enquanto estão à espera que saia, mas a internet, não vá entretanto haver um swing nos mercados e a pessoa passar rapidamente do estado de prisão de ventre para uma diarreia inesperada dos mercados.

Estamos num timing em que a trampa grega entrou na ventoinha e está a espalhar-se por vários mercados, com a agravante da alta volatilidade estar a aumentar a velocidade de rotação da ventoinha, logo a trampa está a chegar praticamente a todos os mercados, pelo que estamos num timing em que o melhor mercado-refúgio é estar out of the market e esperar que a trampa assente.
Um abraço
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos. - Bedrock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Em vez de diluíres o risco, concentra os retornos. - Bedrock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:Investidor258 Escreveu:Onde consegues facilmente consultar as Cotações diárias dos Fundos?lucia_né Escreveu:Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -5,02
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -4,04
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +1.74
BGF World Healthscience E2 (EUR) + 2.74
Apenas 2 positivos, que queda![]()
![]()
Cumprimentos
Existem vários sites para o efeito:
Bloomberg
Morningstar
Trustnetoffshore
Teletrader
Todos eles têm prós e contras.
O Bloomberg tem quase todos os fundos mas é bastante básico. Cotação e quase mais nada. Tem ainda a mariquice dos americanos e usa ticker próprio em vez do ISIN mas têm um sítio que dá o ticker com base no ISIN.
Morningstar.pt tem todos os fundos abertamente há venda em Portugal e acima de tudo é uma boa ferramenta estatística
Trustnet e Teletrader são bons para ter portfolios e seguir cotadas em bloco com algumas ferramentas estatísticas úteis mas têm bases de dados mais curtas faltando alguns fundos/gestoras chave.
Tens ainda o Quantalys que com uma conta demo tens acesso a estudos avançados bastante interessantes bem como rácios diferentes e histórico de comportamentos em diferentes fases do mercado (como determinado fundo se comporta em mercados bull, bear e lateral). Recomendo a todos darem uma olhadela a este site. Como ponto negativo tem o estar em francês e não ter todas as gestoras que por cá andam pois o mercado alvo é o francês.
Bons investimentos.hugoleandro.coelho Escreveu:Boa noite!
Não vejo a minha carteira, faz mais de 15 dias, acham que devo ver e resgatar as obrigações?
A carteira foi para longo prazo e vai a caminho de 1 ano na maioria...
Essa questão só se coloca porque és novo nistomas não te acanhes com as perguntas. Ninguém nasce ensinado.
Há quem defenda que só se deve olhar para as cotações 1 vez por mês e algum levam ao ponto de olhar apenas 1 vez por ano, no caso dos passivos puros.
Estes dias têm sido intensos mas no final 3 ou 4% não é grande queda. O que tem assustado é 1 dia sobe 1%, noutro desce 0,8 e no seguinte 0,7 dando a sensação que anda bastante para baixo mas no fundo estamos a lateralizar desde há uns dias para cá depois do trambolhão até ao dia 5-7 do corrente mês.
Investimentos destes é sempre no mínimo a 3 anos pelo que 15 dias não é nada. Relaxa e tem calma. Quando abriste posição já devias saber isso e que até 10% em fundos de acções é completamente pacífico só começando a preocupar quando atinge 1.5xDesvio Padrão.
Lê este tópico desde o início com espírito crítico e sem pressas pois tem bastante informação pertinente.
------
A todos desculpem a minha ausência mas contribuir para a natalidade deste país tem destas coisas. Acabamos com menos tempo para estas coisas de internet.
Em casos urgentes mandem PM que assim o mail avisa-me que algo me escapa.
Um abraço e bons investimentos mantendo a calma que enquanto o navio grego não se afundar de vez e os vórtices do seu afundamento não passarem vamos ter este sobe e desce
Tenho Bloomberg e Finantial Times. Com fundos nacionais e estrangeiros, tudo na perfeição...
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Investidor258 Escreveu:Onde consegues facilmente consultar as Cotações diárias dos Fundos?lucia_né Escreveu:Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -5,02
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -4,04
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +1.74
BGF World Healthscience E2 (EUR) + 2.74
Apenas 2 positivos, que queda![]()
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Cumprimentos
Existem vários sites para o efeito:
Bloomberg
Morningstar
Trustnetoffshore
Teletrader
Todos eles têm prós e contras.
O Bloomberg tem quase todos os fundos mas é bastante básico. Cotação e quase mais nada. Tem ainda a mariquice dos americanos e usa ticker próprio em vez do ISIN mas têm um sítio que dá o ticker com base no ISIN.
Morningstar.pt tem todos os fundos abertamente há venda em Portugal e acima de tudo é uma boa ferramenta estatística
Trustnet e Teletrader são bons para ter portfolios e seguir cotadas em bloco com algumas ferramentas estatísticas úteis mas têm bases de dados mais curtas faltando alguns fundos/gestoras chave.
Tens ainda o Quantalys que com uma conta demo tens acesso a estudos avançados bastante interessantes bem como rácios diferentes e histórico de comportamentos em diferentes fases do mercado (como determinado fundo se comporta em mercados bull, bear e lateral). Recomendo a todos darem uma olhadela a este site. Como ponto negativo tem o estar em francês e não ter todas as gestoras que por cá andam pois o mercado alvo é o francês.
Bons investimentos.
hugoleandro.coelho Escreveu:Boa noite!
Não vejo a minha carteira, faz mais de 15 dias, acham que devo ver e resgatar as obrigações?
A carteira foi para longo prazo e vai a caminho de 1 ano na maioria...
Essa questão só se coloca porque és novo nisto

Há quem defenda que só se deve olhar para as cotações 1 vez por mês e algum levam ao ponto de olhar apenas 1 vez por ano, no caso dos passivos puros.
Estes dias têm sido intensos mas no final 3 ou 4% não é grande queda. O que tem assustado é 1 dia sobe 1%, noutro desce 0,8 e no seguinte 0,7 dando a sensação que anda bastante para baixo mas no fundo estamos a lateralizar desde há uns dias para cá depois do trambolhão até ao dia 5-7 do corrente mês.
Investimentos destes é sempre no mínimo a 3 anos pelo que 15 dias não é nada. Relaxa e tem calma. Quando abriste posição já devias saber isso e que até 10% em fundos de acções é completamente pacífico só começando a preocupar quando atinge 1.5xDesvio Padrão.
Lê este tópico desde o início com espírito crítico e sem pressas pois tem bastante informação pertinente.
------
A todos desculpem a minha ausência mas contribuir para a natalidade deste país tem destas coisas. Acabamos com menos tempo para estas coisas de internet

Em casos urgentes mandem PM que assim o mail avisa-me que algo me escapa.
Um abraço e bons investimentos mantendo a calma que enquanto o navio grego não se afundar de vez e os vórtices do seu afundamento não passarem vamos ter este sobe e desce

Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
Investidor258 Escreveu:Onde consegues facilmente consultar as Cotações diárias dos Fundos?lucia_né Escreveu:Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -5,02
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -4,04
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +1.74
BGF World Healthscience E2 (EUR) + 2.74
Apenas 2 positivos, que queda![]()
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Cumprimentos
Boa tarde!
Estas são as cotações da minha carteira...
Julgo que na Morningstar consegues...
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Re: Fundos à la carte
Antigo na data, actual na lição:
http://money.usnews.com/money/personal- ... -long-term
Entretanto...
Each year, Charles Schwab Investment Advisory, Inc. (CSIA) calculates long-term return estimates for stock, bond and cash investments. Here, we'll answer common client questions concerning this research, including an explanation of the methodology behind our estimates.
http://www.schwab.com/public/schwab/nn/ ... et-Returns
http://money.usnews.com/money/personal- ... -long-term
Entretanto...
Each year, Charles Schwab Investment Advisory, Inc. (CSIA) calculates long-term return estimates for stock, bond and cash investments. Here, we'll answer common client questions concerning this research, including an explanation of the methodology behind our estimates.
http://www.schwab.com/public/schwab/nn/ ... et-Returns
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
Onde consegues facilmente consultar as Cotações diárias dos Fundos?lucia_né Escreveu:Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -5,02
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
Eurizon EasyFund Eq Cnsmr Staples LTE R -4,04
UBS (Lux) EF Infrastructure (EUR) P +1.74
BGF World Healthscience E2 (EUR) + 2.74
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Cumprimentos
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Re: Fundos à la carte
Fidelity FPS Moderate Growth A-Acc-EUR -5,02
MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
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Apenas 2 positivos, que queda

MFS® Meridian Glbl Total Return A1 EUR -2,60
Nordea-1 Stable Return E EUR -2,29
Invesco Pan European High Income E Acc -4,08
Invesco Balanced-Risk Alloc E -1,40
NB Global Bond -2.89
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BGF World Healthscience E2 (EUR) + 2.74
Apenas 2 positivos, que queda



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Re: Fundos à la carte
Depois de um 2014 invulgarmente calmo, em que o VIX chegou a marcar mínimos de sete anos, parece que a volatilidade veio para ficar. Às fortes correções que sofreram ultimamente os mercados de obrigações e ações – com especial intensidade desde final de abril – junta-se o impacto das flutuações que registam há meses as taxas de câmbio.
O euro por exemplo depreciou-se cerca de 20% relativamente ao dólar norte-americano no último ano, o que beneficia os exportadores europeus mas é negativo para os investidores norte-americanos com posições em euros. Outro exemplo do impacto que podem chegar a ter os movimentos das taxas de câmbio foi visto em janeiro, quando o franco suíço valorizou quase 18% face à libra esterlina na noite de 14 para 15 de janeiro, com graves consequências para os investidores suíços que investiam em libras.
No contexto atual, no qual a diversificação geográfica pode contribuir para reduzir a volatilidade e melhorar as rentabilidades, a cobertura do risco de divisas ganha especial relevância. No entanto, proteger-se das flutuações das taxas de câmbio – sujeitas a diversos factores como as taxas de juro, as expectativas de inflação ou as perspetivas de crescimento – implica um custo, já que a cobertura normalmente se realiza mediante a venda no mercado a prazo da moeda em que estão denominados os investimentos estrangeiros, e requer um ajustamento periódico das posições que reflete o comportamentos dos ativos com cobertura
FUNDSPEOPLE
O euro por exemplo depreciou-se cerca de 20% relativamente ao dólar norte-americano no último ano, o que beneficia os exportadores europeus mas é negativo para os investidores norte-americanos com posições em euros. Outro exemplo do impacto que podem chegar a ter os movimentos das taxas de câmbio foi visto em janeiro, quando o franco suíço valorizou quase 18% face à libra esterlina na noite de 14 para 15 de janeiro, com graves consequências para os investidores suíços que investiam em libras.
No contexto atual, no qual a diversificação geográfica pode contribuir para reduzir a volatilidade e melhorar as rentabilidades, a cobertura do risco de divisas ganha especial relevância. No entanto, proteger-se das flutuações das taxas de câmbio – sujeitas a diversos factores como as taxas de juro, as expectativas de inflação ou as perspetivas de crescimento – implica um custo, já que a cobertura normalmente se realiza mediante a venda no mercado a prazo da moeda em que estão denominados os investimentos estrangeiros, e requer um ajustamento periódico das posições que reflete o comportamentos dos ativos com cobertura
FUNDSPEOPLE
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
Wall Street Analysts, Honestly Wrong at Last
http://www.bloombergview.com/articles/2 ... st-at-last
Um privilégio de Wall Street?
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Um privilégio de Wall Street?
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Re: Fundos à la carte
hugoleandro.coelho Escreveu:Boa noite!
Não vejo a minha carteira, faz mais de 15 dias, acham que devo ver e resgatar as obrigações?
A carteira foi para longo prazo e vai a caminho de 1 ano na maioria...
Vai lá ver qual a definição de longo prazo, porque parece-me que não é a mesma que a tua



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