Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
bucks Escreveu:Os bancos centrais engendraram este colapso financeiro
http://resistir.info/financas/colapso_25ago15.html
Os artigos de opinião publicados no site resistir são uma espécie de pensamento do Bloco de Esquerda sobre a economia e finanças, mais concretamente do grande Prof. Francisco Louçã.

Do artigo, vou destacar uma passagem com a qual concordo a 100%, tanto mais que já salientei várias vezes essa principal questão manipuladora dos mercados:
"... a conversa fiada dos mercados de acções, manipulados como são desde o topo até a base e activados como são pela heroína da Quantitative Easing (QE) do Fed, já não reflectem mais a realidade económica. A única pergunta é quão longe o aumento temporário deste mercado perdurará e se ele será ajudado por mais doses de heroína do Fed."
Outra manipulação monetária do mercado é a manipulação do forex provocada pelas decisões diretas dos bancos centrais desvalorizarem as suas moedas em relação a outras moedas e pelas decisões indiretas encobertas dos bancos centrais, dos grandes bancos mundiais e dos grandes investidores/especuladores do forex comprarem ou venderem massivamente uma moeda, num curto espaço de tempo, provocando assim repentinamente uma grande valorização ou desvalorização dessa moeda, chegando-se à pouca vergonha de haver moedas que têm uma valorização/desvalorização diária superior a 1.5%, sem haver fundamentos de suporte económico-financeiro que justifiquem tal oscilação cambial extrema.
Isto é o que está a acontecer nos últimos meses, pelo que o jogo dos mercados acionistas pode ser, no curto prazo, cada vez mais um loser game para os investidores/especuladores que não tenham em atenção este jogo sujo do forex quantitativo manipulador.
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Re: Fundos à la carte
Os bancos centrais engendraram este colapso financeiro
http://resistir.info/financas/colapso_25ago15.html
http://resistir.info/financas/colapso_25ago15.html
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Re: Fundos à la carte
SMA50 Escreveu:
Se o rublo continuar a desvalorizar-se face ao USD com a velocidade dos últimos 3 meses, se essa desvalorização passar para um patamar ainda mais acima do atual de modo a afastar-se mais do pico de desvalorização ocorrido na última semana do passado mês de janeiro e se o barril do petróleo baixar o patamar dos 35 USD, então eu entraria no mercado acionista russo com o objetivo de no prazo da ordem dos 2 anos poder, eventualmente, rentabilizar o capital com uma taxa de rendibilidade da ordem dos 2 dígitos.
Acho que dentro de um prazo de 2-4 anos, deve haver uma certa altura em que o mercado acionista russo poderá ser um dos mais rentáveis. Não acredito que o barril do crude baixe o nível dos 30 USD, por motivos políticos e técnico-económicos.
O atual esmagamento em curso dos preços das commodities que estão a sofrer os países emergentes exportadores das mesmas, vai ter um rebound de contraciclo para ciclo num prazo máximo de 2-4 anos, sendo que os 4 anos seria numa perspetiva muito pessimista de recuperação desses emergentes, porque senão, a meu ver, podíamos ter uma situação ainda pior do que aconteceu em 2008 com o crash global. Nesse ano, o subprime, e não só, dos EUA arrastaram as economias mundiais para o crash, e agora nos próximos anos poderiam ser os emergentes muito dependentes das exportações de commodities a arrastar a economia mundial para um crash ao entrarem em default por não conseguirem pagar os empréstimos obrigacionistas contraídos em dólares. Ou seja, poderíamos ter um cenário catastrófico de uma espécie de várias Grécias emergentes.
Desde Dezembro de 2014. com a brutal queda do Rublo que lá estou!!!

Já tinha lido ao longo deste ano, alguns especuladores falarem na Rússia favoravelmente...
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Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:BR
A minha visão das coisas sobre a Rússia e outros produtores de commodities. Pode ter (e tem certamente) falhas de raciocínio mas serve para lançar o mote para mais uma boa e cordial conversa, sempre com respeito![]()
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--
O problema é que um dos grandes devoradores de commodities está em desaceleração: China. E vai continuar assim até atingir taxas mais próximas de um número real: 2-4%
Já há alguns tempos (1-2 anos) algumas fábricas começaram a deslocar-se da China para outras paragens mais "benéficas" tipo Vietnam e Bagladesh pois essas economias tinham mão de obra mais barata.
A China está a entrar naquele ponto tipo Portugal (com a devida ressalva pois são realidades bem diferentes ao nível de escala claro):
Já não tem mão de obra tão barata assim que continue a ser apetecível nesse ponto, começam finalmente a pensar em regras ecológicas (que traz mais custos á produção) mas ainda não consegue lutar pelos produtos de valor acrescentado mas aqui é dar uns anos que chega lá (tem já algumas excepções, principalmente ao nível industrial, onde cilindram a concorrência pelo preço com a ajuda do estado chinês).
Portugal é o mesmo: Tem leis e impostos absurdos para uma economia periférica ajudados por uma justiça de caca onde uma empresa para recuperar de um cliente um pagamento tem que esperar até 5-10 anos, tem um monte de regras ecológicas e de trabalho(e ainda bem) que trazem custos à produção, tem pouca investigação/produção de valor muito acrescentado e não tem mão de obra barata ao nível global nem sequer europeu. Vai ter que continuar a investir na I&D de produtos de valor acrescentado se quiser sobreviver ou então regredir ao ponto de lutar com os concorrentes directos![]()
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Basta pensar nos concorrentes directos ao mercado europeu. A Europa de Leste dá-nos uma abada, estando mais próxima do centro europeu, basta pensar na Polónia, Eslováquia ou até países bálticos(Letónia, Estónia) e eslavos meridionais( Bulgária, Croácia e afins) sendo que estes em relação a Portugal têm ainda a vantagem(?) de ter moeda própria e quando perdem competitividade baixam a sua moeda coisa que nós estamos impossibilitados de fazer e não são agricultores enfiados em fábricas de produção sem regras nem noções. É malta com estudos e bastante focada no que fazem(à boa moda/escola soviética) pelo que a qualidade não se ressente tanto quanto uma deslocação para a Turquia, Marrocos ou Tunísia para não falar nos "low-cost" Tailândia, Bangladesh, Vietnam e afins onde pegam num monte de pastores, enfiam-nos numa fábrica 12h/dia e com "formação" de 10 minutos alguma coisa há-de produzir.
Outros pontos:
Já aqui coloquei um link também de que a China, grande consumidor de carvão ao nível mundial, está a baixar a procura pois está a aproveitar mais fontes internas e está a converter-se para o gás natural. Isto também tem implicações nas commodities energéticas.
A OPEP perdeu por completo o controlo e não o reganhará facilmente pois são várias as economias produtoras de petróleo que estão com a corda na garganta e despejam todo o crude que podem no mercado para tentar obter algum guito: Rússia, Irão, Venezuela, Angola, Brasil.... São grandes players e não pequenos produtores. É por isso que o Brent ronda os 4x USD e não os tão desejados pelos produtores 80-100$.
Essas economias vão demorar a recompor-se pois viveram na ilusão do Brent nos 80-120$ e pensavam que estava ali a nova bitola pelo que podiam fazer devaneios e esturrar dinheiro à vontade e de um momento para o outro a galinha dos ovos de ouro passou a dar ovos de prata. Valem alguma coisa? Sim.... mas não se comparam aos de ouro.
Isto tem efeitos bola de neve/loop e só vai parar quando acordarem e decidirem concertadamente voltar a subir preços. Precisam de dinheiro....mais uns barris no mercado.....preço baixa..... retorno abaixo do esperado.... precisam de mais dinheiro... mais barris no mercado............
Tudo isto arrasa os países commoditie-dependentes, principalmente os emergentes em que têm toda a economia baseada no crude/gás natural pelo que em 2-4 anos deverão recuperar mas aposto mais nos 3-4 anos que nos 2-3.
Alguns destes países produtores, com a escassez de dinheiro ainda podem sofrer convulsões sociais, não sendo por acaso que são quase todos eles governados com mão de ferro por uma ditadura estando ela vestida com um fato de democracia ou não.
Ditaduras e pseudo-democracias
- Rússia - Putin
- Venezuela - O homem que vê o passarinho
- Angola - José Eduardo dos Santos
- Irão - Ayatolah
- Arábia Saudita - Família real Al-Saud
Em convulsão social
- Brasil
- Tailândia (governada por junta militar)
Se agora é um bom momento para entrar? Sim pois está em mínimos... mas estás a tentar apanhar navalhas a cair. Podes acertar como levar uma navalhada e depois lá está: podes ter que ter um retorno excepcional apenas e só para tapar o buraco..... Conversa antiga![]()
Entra mas com stops bem medidos e respeita-os de forma férrea senão podes ser passado a ferro. Mais vale um pequeno ganho que uma grande queda.... mas aqui chocamos um bocado na maneira de encarar o mercado e não discutamos estes 2 parágrafos que são mais um "aviso" para outros leitores.
Um abraço cagaréu.
Amigo Chico,
Hoje não me apetece escrever grande coisa, até porque a motivação é pouca e também não ganho nada a elaborar textos que às vezes dão demasiado trabalho e depois para cúmulo ainda aparece um clone do ghorez (espécie animal que eu julgava já fossilizada numa rocha de argila pouco hidratada de saber) a queixar-se de textos extensos.
Contudo, vou deixar apenas uma pequena reflexão para tu meditares em resposta ao teu bom texto (demasiado extenso para o gosto do clone do ghorez, eu acho que é lui méme).
Para mim, o tipo de investimento em FI's com maiores potencialidades de sucesso a prazo será o do tipo contrarian suportado em fundamentais de gestão paciente do tipo bottom-up. Ou seja, comprar os FI's quando o grosso do rebanho dos investidores do retalho anda a fazer selloff motivado pelo pânico. Mas todo o timing de selloff dá para entrar? Não. É preciso analisar as potencialidades dos fundamentais desses mercados em selloff numa perspetiva futura de 2-4 anos, e ter o cuidado de analisar se a seguir a um selloff não há o perigo de poder vir uma nova correção para baixo por debilidade dos fundamentais desse mercado acionista em apreço ou porque essas correções múltiplas são o resultado da constituição de uma super bolha precedente extremamente especulativa e não minimamente suportada em fundamentais.
Chico, eu não me importo de entrar um pouco cedo no mercado que eu acho que vai ter um rebound de contraciclo para ciclo e aí posso apanhar com ainda algumas "facas em queda", porque, em contrapartida, já estarei investido quando se iniciar o forte ressalto do downside para o upside, e assim não perder os normais chorudos ganhos da 1ª fase do upside que costumam ser superiores às perdas da última fase do downside acentuado (a 1ª fase inesperada do downside de um afundanço acentuado, costuma ter uma maior velocidade de descida que as outras fases sequenciais).
Um investidor de sucesso é quando entra num mercado antes da entrada do grosso do rebanho investidor, aproveita os ganhos do efeito momentum da entrada sequencial das "ovelhas" do rebanho e depois sai do mercado antes que o rebanho faça selloff. Um investidor de sucesso foi aquele que entrou na Europa no final do mês de dezembro de 2014, porque já deduzia que em 2015 iria haver o QE do BCE e assim aproveitar a maior velocidade de ganhos da 1ª fase do upside após o anúncio do QE em meados de janeiro de 2015. Depois da entrada do grosso do rebanho na Europa, deveria ter saído temporariamente porque é sabido que para alimentar a continuação de um upside é preciso continuarem a entrar mais "ovelhas" a comprar os ativos, senão os preços descem, pois, normalmente, a resposta a uma intensa e anormal subida, será uma posterior fase de correção de descida dos preços.
Ou seja, o movimento de um investidor de sucesso só terá o mesmo rumo que o do rebanho na fase de momentum mais ou menos extenso de um upside continuado ou bull market, mas na entrada e saída do mercado deverá ter um movimento contrário ao do rebanho. É claro que para investirmos relativamente de forma contrária ao grosso do rebanho, adotando um investimento do tipo contrarian, é preciso ter "big balls", ser paciente e ter bastante liquidez pessoal, que é o melhor remédio contra os nervos financeiros. Foi assim, em parte, que o Buffett enriqueceu, mas não enriqueceu devagar.

Um abraço.
Editado pela última vez por SMA50 em 28/8/2015 16:49, num total de 1 vez.
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Re: Fundos à la carte
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A minha visão das coisas sobre a Rússia e outros produtores de commodities. Pode ter (e tem certamente) falhas de raciocínio mas serve para lançar o mote para mais uma boa e cordial conversa, sempre com respeito
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O problema é que um dos grandes devoradores de commodities está em desaceleração: China. E vai continuar assim até atingir taxas mais próximas de um número real: 2-4%
Já há alguns tempos (1-2 anos) algumas fábricas começaram a deslocar-se da China para outras paragens mais "benéficas" tipo Vietnam e Bagladesh pois essas economias tinham mão de obra mais barata.
A China está a entrar naquele ponto tipo Portugal (com a devida ressalva pois são realidades bem diferentes ao nível de escala claro):
Já não tem mão de obra tão barata assim que continue a ser apetecível nesse ponto, começam finalmente a pensar em regras ecológicas (que traz mais custos á produção) mas ainda não consegue lutar pelos produtos de valor acrescentado mas aqui é dar uns anos que chega lá (tem já algumas excepções, principalmente ao nível industrial, onde cilindram a concorrência pelo preço com a ajuda do estado chinês).
Portugal é o mesmo: Tem leis e impostos absurdos para uma economia periférica ajudados por uma justiça de caca onde uma empresa para recuperar de um cliente um pagamento tem que esperar até 5-10 anos, tem um monte de regras ecológicas e de trabalho(e ainda bem) que trazem custos à produção, tem pouca investigação/produção de valor muito acrescentado e não tem mão de obra barata ao nível global nem sequer europeu. Vai ter que continuar a investir na I&D de produtos de valor acrescentado se quiser sobreviver ou então regredir ao ponto de lutar com os concorrentes directos
Basta pensar nos concorrentes directos ao mercado europeu. A Europa de Leste dá-nos uma abada, estando mais próxima do centro europeu, basta pensar na Polónia, Eslováquia ou até países bálticos(Letónia, Estónia) e eslavos meridionais( Bulgária, Croácia e afins) sendo que estes em relação a Portugal têm ainda a vantagem(?) de ter moeda própria e quando perdem competitividade baixam a sua moeda coisa que nós estamos impossibilitados de fazer e não são agricultores enfiados em fábricas de produção sem regras nem noções. É malta com estudos e bastante focada no que fazem(à boa moda/escola soviética) pelo que a qualidade não se ressente tanto quanto uma deslocação para a Turquia, Marrocos ou Tunísia para não falar nos "low-cost" Tailândia, Bangladesh, Vietnam e afins onde pegam num monte de pastores, enfiam-nos numa fábrica 12h/dia e com "formação" de 10 minutos alguma coisa há-de produzir.
Outros pontos:
Já aqui coloquei um link também de que a China, grande consumidor de carvão ao nível mundial, está a baixar a procura pois está a aproveitar mais fontes internas e está a converter-se para o gás natural. Isto também tem implicações nas commodities energéticas.
A OPEP perdeu por completo o controlo e não o reganhará facilmente pois são várias as economias produtoras de petróleo que estão com a corda na garganta e despejam todo o crude que podem no mercado para tentar obter algum guito: Rússia, Irão, Venezuela, Angola, Brasil.... São grandes players e não pequenos produtores. É por isso que o Brent ronda os 4x USD e não os tão desejados pelos produtores 80-100$.
Essas economias vão demorar a recompor-se pois viveram na ilusão do Brent nos 80-120$ e pensavam que estava ali a nova bitola pelo que podiam fazer devaneios e esturrar dinheiro à vontade e de um momento para o outro a galinha dos ovos de ouro passou a dar ovos de prata. Valem alguma coisa? Sim.... mas não se comparam aos de ouro.
Isto tem efeitos bola de neve/loop e só vai parar quando acordarem e decidirem concertadamente voltar a subir preços. Precisam de dinheiro....mais uns barris no mercado.....preço baixa..... retorno abaixo do esperado.... precisam de mais dinheiro... mais barris no mercado............
Tudo isto arrasa os países commoditie-dependentes, principalmente os emergentes em que têm toda a economia baseada no crude/gás natural pelo que em 2-4 anos deverão recuperar mas aposto mais nos 3-4 anos que nos 2-3.
Alguns destes países produtores, com a escassez de dinheiro ainda podem sofrer convulsões sociais, não sendo por acaso que são quase todos eles governados com mão de ferro por uma ditadura estando ela vestida com um fato de democracia ou não.
Ditaduras e pseudo-democracias
- Rússia - Putin
- Venezuela - O homem que vê o passarinho
- Angola - José Eduardo dos Santos
- Irão - Ayatolah
- Arábia Saudita - Família real Al-Saud
Em convulsão social
- Brasil
- Tailândia (governada por junta militar)
Se agora é um bom momento para entrar? Sim pois está em mínimos... mas estás a tentar apanhar navalhas a cair. Podes acertar como levar uma navalhada e depois lá está: podes ter que ter um retorno excepcional apenas e só para tapar o buraco..... Conversa antiga
Entra mas com stops bem medidos e respeita-os de forma férrea senão podes ser passado a ferro. Mais vale um pequeno ganho que uma grande queda.... mas aqui chocamos um bocado na maneira de encarar o mercado e não discutamos estes 2 parágrafos que são mais um "aviso" para outros leitores.
Um abraço cagaréu.
A minha visão das coisas sobre a Rússia e outros produtores de commodities. Pode ter (e tem certamente) falhas de raciocínio mas serve para lançar o mote para mais uma boa e cordial conversa, sempre com respeito


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O problema é que um dos grandes devoradores de commodities está em desaceleração: China. E vai continuar assim até atingir taxas mais próximas de um número real: 2-4%
Já há alguns tempos (1-2 anos) algumas fábricas começaram a deslocar-se da China para outras paragens mais "benéficas" tipo Vietnam e Bagladesh pois essas economias tinham mão de obra mais barata.
A China está a entrar naquele ponto tipo Portugal (com a devida ressalva pois são realidades bem diferentes ao nível de escala claro):
Já não tem mão de obra tão barata assim que continue a ser apetecível nesse ponto, começam finalmente a pensar em regras ecológicas (que traz mais custos á produção) mas ainda não consegue lutar pelos produtos de valor acrescentado mas aqui é dar uns anos que chega lá (tem já algumas excepções, principalmente ao nível industrial, onde cilindram a concorrência pelo preço com a ajuda do estado chinês).
Portugal é o mesmo: Tem leis e impostos absurdos para uma economia periférica ajudados por uma justiça de caca onde uma empresa para recuperar de um cliente um pagamento tem que esperar até 5-10 anos, tem um monte de regras ecológicas e de trabalho(e ainda bem) que trazem custos à produção, tem pouca investigação/produção de valor muito acrescentado e não tem mão de obra barata ao nível global nem sequer europeu. Vai ter que continuar a investir na I&D de produtos de valor acrescentado se quiser sobreviver ou então regredir ao ponto de lutar com os concorrentes directos



Basta pensar nos concorrentes directos ao mercado europeu. A Europa de Leste dá-nos uma abada, estando mais próxima do centro europeu, basta pensar na Polónia, Eslováquia ou até países bálticos(Letónia, Estónia) e eslavos meridionais( Bulgária, Croácia e afins) sendo que estes em relação a Portugal têm ainda a vantagem(?) de ter moeda própria e quando perdem competitividade baixam a sua moeda coisa que nós estamos impossibilitados de fazer e não são agricultores enfiados em fábricas de produção sem regras nem noções. É malta com estudos e bastante focada no que fazem(à boa moda/escola soviética) pelo que a qualidade não se ressente tanto quanto uma deslocação para a Turquia, Marrocos ou Tunísia para não falar nos "low-cost" Tailândia, Bangladesh, Vietnam e afins onde pegam num monte de pastores, enfiam-nos numa fábrica 12h/dia e com "formação" de 10 minutos alguma coisa há-de produzir.
Outros pontos:
Já aqui coloquei um link também de que a China, grande consumidor de carvão ao nível mundial, está a baixar a procura pois está a aproveitar mais fontes internas e está a converter-se para o gás natural. Isto também tem implicações nas commodities energéticas.
A OPEP perdeu por completo o controlo e não o reganhará facilmente pois são várias as economias produtoras de petróleo que estão com a corda na garganta e despejam todo o crude que podem no mercado para tentar obter algum guito: Rússia, Irão, Venezuela, Angola, Brasil.... São grandes players e não pequenos produtores. É por isso que o Brent ronda os 4x USD e não os tão desejados pelos produtores 80-100$.
Essas economias vão demorar a recompor-se pois viveram na ilusão do Brent nos 80-120$ e pensavam que estava ali a nova bitola pelo que podiam fazer devaneios e esturrar dinheiro à vontade e de um momento para o outro a galinha dos ovos de ouro passou a dar ovos de prata. Valem alguma coisa? Sim.... mas não se comparam aos de ouro.
Isto tem efeitos bola de neve/loop e só vai parar quando acordarem e decidirem concertadamente voltar a subir preços. Precisam de dinheiro....mais uns barris no mercado.....preço baixa..... retorno abaixo do esperado.... precisam de mais dinheiro... mais barris no mercado............
Tudo isto arrasa os países commoditie-dependentes, principalmente os emergentes em que têm toda a economia baseada no crude/gás natural pelo que em 2-4 anos deverão recuperar mas aposto mais nos 3-4 anos que nos 2-3.
Alguns destes países produtores, com a escassez de dinheiro ainda podem sofrer convulsões sociais, não sendo por acaso que são quase todos eles governados com mão de ferro por uma ditadura estando ela vestida com um fato de democracia ou não.
Ditaduras e pseudo-democracias
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Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
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Re: Fundos à la carte
Se o rublo continuar a desvalorizar-se face ao USD com a velocidade dos últimos 3 meses, se essa desvalorização passar para um patamar ainda mais acima do atual de modo a afastar-se mais do pico de desvalorização ocorrido na última semana do passado mês de janeiro e se o barril do petróleo baixar o patamar dos 35 USD, então eu entraria no mercado acionista russo com o objetivo de no prazo da ordem dos 2 anos poder, eventualmente, rentabilizar o capital com uma taxa de rendibilidade da ordem dos 2 dígitos.
Acho que dentro de um prazo de 2-4 anos, deve haver uma certa altura em que o mercado acionista russo poderá ser um dos mais rentáveis. Não acredito que o barril do crude baixe o nível dos 30 USD, por motivos políticos e técnico-económicos.
O atual esmagamento em curso dos preços das commodities que estão a sofrer os países emergentes exportadores das mesmas, vai ter um rebound de contraciclo para ciclo num prazo máximo de 2-4 anos, sendo que os 4 anos seria numa perspetiva muito pessimista de recuperação desses emergentes, porque senão, a meu ver, podíamos ter uma situação ainda pior do que aconteceu em 2008 com o crash global. Nesse ano, o subprime, e não só, dos EUA arrastaram as economias mundiais para o crash, e agora nos próximos anos poderiam ser os emergentes muito dependentes das exportações de commodities a arrastar a economia mundial para um crash ao entrarem em default por não conseguirem pagar os empréstimos obrigacionistas contraídos em dólares. Ou seja, poderíamos ter um cenário catastrófico de uma espécie de várias Grécias emergentes.
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Re: Fundos à la carte
PREVISÕES MACRO DOS ECONOMISTAS DA SCHRODERS, KEITH WADE, AZAD ZANGANA E CRAIG BOTHAM
Desenvolvidos vs emergentes: quatro gráficos que demonstram as vantagens competitivas dos primeiros
Os economistas da Schroders defendem que um dólar forte, um petróleo barato, a redução da austeridade e a melhoria do mercado de trabalho nos EUA vão ser pontos de apoio do mundo desenvolvido.
http://www.fundspeople.pt/noticias/dese ... ros-108523
Desenvolvidos vs emergentes: quatro gráficos que demonstram as vantagens competitivas dos primeiros
Os economistas da Schroders defendem que um dólar forte, um petróleo barato, a redução da austeridade e a melhoria do mercado de trabalho nos EUA vão ser pontos de apoio do mundo desenvolvido.
http://www.fundspeople.pt/noticias/dese ... ros-108523
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Re: Fundos à la carte
Segunda gran oscilación bursátil del año: Tormenta de verano
https://www.unience.com/blogs-economia- ... _de_verano
https://www.unience.com/blogs-economia- ... _de_verano
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Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:Define períodos de longo![]()
Lembro-me logo de uma onda muito certinha que tem um período de aprox 31 556 926 segundos![]()
BR
Vai com calma e não leves tudo tão a peito senão já sabes o que te acontece e não há necessidade![]()
P.S.: Nunca pensei que a minha questão trouxesse tanta celeuma mas ainda bem. Um bom debate com defensores de diferentes quadrantes (mas atenção, que se respeitem) é sempre um bom momento para aprender algo mais
Tem de haver alguém que pense um pouco "out the box" em alternativa aos pensamentos pré-formatados e politicamente corretos, que consiga agitar as águas do marasmo flat de um mês de agosto com baixa liquidez do tópico comparativamente a meses precedentes. Mas não será por acaso que este tópico em tão pouco tempo de vida já ultrapassou as 300 páginas.
É preciso saber meter uma determinada entropia de agitação nos sistemas demasiado calmos e arrumadinhos, para depois podermos colher uns melhores produtos, tal como acontece no processo de cristalização da formação de uns bonitos e grandes cristais, pois na fase inicial desse processo é preciso haver uma certa agitação para que os vários iões presentes em solução choquem uns com os outros e começem assim a formar as micro partículas de cristais, depois temos de passar para a fase de calmaria para que os cristais se possam desenvolver/crescer no processo de aglomeração das micro partículas por forma a darem depois uns bonitos e grandes cristais com uma estrutura poliédrica perfeitamente definida.
Chico, a onda que tu referes com um período de cerca de 31 556 926 segundos (1 ano), não é propriamente uma onda mas sim um ciclo repetitivo anualmente, as ondas de swing oscilatório são, como sabes, ondas que oscilam acima e abaixo de um plano central mediano, ou seja, têm um formato mais ou menos sinusoidal, não tão perfeito como a propagação das ondas electromagnéticas, mas também se fossem sinusóides perfeitas seriam demasiado previsíveis que não davam para enriquecer, mesmo devagar.

O nosso amigo Alquimista é que a sabe toda, pois para atacar o mercado não usa as modernas "metralhadoras automáticas" dos algoritmos matemáticos, mas antes usa a ferramenta de ataque ancestral das forquilhas (pitchfork), qual combatente do tipo da padeira de Aljubarrota para defender não o então reino português mas a república portuguesa.


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Re: Fundos à la carte
Define períodos de longo
Lembro-me logo de uma onda muito certinha que tem um período de aprox 31 556 926 segundos
BR
Vai com calma e não leves tudo tão a peito senão já sabes o que te acontece e não há necessidade
P.S.: Nunca pensei que a minha questão trouxesse tanta celeuma mas ainda bem. Um bom debate com defensores de diferentes quadrantes (mas atenção, que se respeitem
) é sempre um bom momento para aprender algo mais 

Lembro-me logo de uma onda muito certinha que tem um período de aprox 31 556 926 segundos

BR
Vai com calma e não leves tudo tão a peito senão já sabes o que te acontece e não há necessidade

P.S.: Nunca pensei que a minha questão trouxesse tanta celeuma mas ainda bem. Um bom debate com defensores de diferentes quadrantes (mas atenção, que se respeitem


Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
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Re: Fundos à la carte
bogos Escreveu:SMA50 Escreveu:bogos Escreveu:Sendo eu leigo na matéria, um cagagésimo de micro átomo neste mercado global, insignificante para o seu desenrolar, gosto no entanto de participar nele, por gosto pessoal, ou masoquismo, ou doidice...seja o que for. Participo no mercado.
Da dissertação feita, queria-me comparar ao de topo, rápido a fazer dinheiro, e mandar tudo às malvas já amanhã.
Mas como não tenho a capacidade intelectual do tal make money faster, tenho que me contentar em ser um investidor "faça você mesmo e vamos ver se corre algum retorno".
Ao falares de partículas subatómicas do mercado global em que gostas de participar como um somatório de microganhos para tentares enriqueceres de vagar mas de forma consistente, fazes muito bem pois quem percebe da física e química quântica das nanopartículas, melhor percebe sobre o funcionamento e comportamento das macropartículas: para percebermos como funciona o nosso corpo humano, do qual faz parte o cérebro com a sua capacidade cognitiva, temos que começar por perceber o funcionamento celular de todas as células do cérebro assim como as restantes células do corpo humano que interagem com as do cérebro, e em último grau temos que perceber sobre os diferentes tecidos dos vários órgãos do corpo humano, porque tal como nos mercados, há uma certa correlação mais ou menos acentuada entre os diversos órgãos e sistemas do corpo humano.
Mas quem aposta no swing de preços do S&P 500, não está com certeza à espera de uns nanoganhos ou de uns maiores ganhos muito aleatórios, isto porque o swing diário de preços deste grande índice de elevada capitalização bolsista é um facto relativamente previsível e consistente, dado o facto de ser um dos maiores índice bolsista e com uma das maiores liquidez e fiabilidade de previsibilidade dado pertencer ao maior mercado bolsista mundial e que agrega as 500 maiores empresas de capitalização bolsista dos EUA. Mais difícil será prever o swing da oscilação de preços num pequeno índice de um mercado emergente e com uma baixa liquidez, ou de um índice de small caps.bogos Escreveu:Os grandes lá do sitio, aqueles que aparecem na Forbes, são gajos de fazer massa lenta, de depenar gajos fugazes de ímpeto imparável, daqueles que chegaram ao topo num segundo....
Toda a gente sabe que as maiores fortunas te topo só são possíveis à custa de negócios bem sucedidos nas capacidades inovadoras das fileiras de negócios desde os estudos de investigação e desenvolvimento, passando pela produção e acabando na distribuição final dos produtos e serviços a serem utilizados pelo consumidor final, pois isto é real money e não um potencial money de ganhos dos investidores/especuladores.
Portanto o que dizes é uma "verdade de la Palice" e como tal óbvia e não inovadora.bogos Escreveu:Mas tudo aquilo que é bonito, nesta forma de fazer "a massa" tem um final pouco feliz.
Não é só carregar no botão...antes fosse....esse gajo rápido a sacar a pistola mata bem de frente, mas vai morrer pelas costas...
Estás a esquecer da capacidade de visão periférica mais alargada que certas pessoas têm, pelo que um atirador especial pode disparar tiros simultâneos com sentidos diametralmente opostos, pelo que se estás a pensar matar um desses tipos pelas costas, pode ter o azar de receber um tiro certeiro no coração de uma pessoa que tem as costas viradas para ti. Nunca menosprezes a inteligência e a "capacidade de fogo" de uma pessoa desconhecida, porque isso não é uma atitude inteligente pois podes estar a correr um elevado risco por essa tua suposta sapiência de superioridade que na prática pode não ser efetiva.
Pretendo muito apenas e alertar, que por muita capacidade intelectual humana que exista (e cada vez é maior) a consistência em fazer dinheiro rápido CONSISTENTEMENTE, é uma vontade de período longo, que se transforma em sonho de período curto.
Quero somente transmitir, na MHO, que apreciar, conhecer e constatar a realização de dinheiro rápido, existe de facto, ao alcance de alguns, poderá ser, mas comprovadamente consistente, e persistente ao longo de anos, creio que somente num sonho.
Isso atira-nos inevitavelmente para o campo numérico de demonstração dessa "ciência" do make money faster. A retórica sempre serve o modo de muitas teorias.
Consistentemente, a verdade de La Palisse da Forbes, centrando-nos na vertente mercado accionista (especulação/investimento) dá retornos de que grandeza, anualizada ao longo dos últimos 40 anos na casa de que percentagem?
A suposta sapiência de superioridade, serve a quem lhe mete a carapuça. Quanto à pratica efectiva, no que me toca à minha parte neste momento pertenço inevitavelmente aos que perdem dinheiro e por isso nem sequer lá vai com "fazer dinheiro lento", ou mesmo "make money faster". Neste preciso momento sou eu o alimentador dessas duas classes. E isso de facto é uma distinção quanto à catalogação dos intervenientes do mercado.
E assumo claramente que o meu mundo é pequeno, mas também sei que quanto maior ele for, maior pode ser o tombo.
Cumprimentos
Eu fico completamente espantado como é que tu ao teres assim tanta relutância das possiveis virtudes do curto prazo és um trader e mais ainda que aposta no swing de preços do S&P 500 !!!

Tal incoerência, faz-me lembrar um cozinheiro que odeia provar a sua própria comida que elabora. Neste caso, tenho uma certeza absoluta: esse tal cozinheiro nunca há-de chegar a ser um grande Chefe cozinheiro, porque ele mais do que ninguém tem de provar e acreditar na sua comida que prepara para ser consumida e valorizada no ultra curto prazo. Os cozinheiros que preparam comida liofilizada e enlatados com prazos de validade de longo prazo nunca vão ser uns Chefes cozinheiros, pois não passarão de uns simples técnicos de preparação de comida enlatada, e para a implementação das diversas técnicas de preservação química, microbiológica e física dos alimentos enlatados ou liofilizados, já temos uns normais técnicos do ramo agroalimentar com os seus conhecimentos de química, microbiologia e física, mas o que a gente precisa como referência não é tanto desses normais técnicos, que há aos milhares, mas sim da existência desses grandes Chefes cozinheiros que dão o seu toque inovador e pessoal e que conseguem elaborar um prato de comida com umas propriedade organoléticas de sabor e olfato, apresentação do prato e um gosto em geral diferenciador dos normais cozinheiros.
É preciso uma certa arquitetura na engenharia da preparação da comida e isso só está ao alcance de grandes Chefes que são uma espécie de grandes engenheiros com formação em arquitetura. Engenheiros e arquitetos há muitos, mas arranjar técnicos que incorporam em si mesmo a otimização da análise de custos-benefícios, a durabilidade, a funcionalidade e a beleza da sua obra projetada, é que já há muitos poucos técnicos, mas que os há, há e esses é que são a minha referência e não os normais ou medianos técnicos engenheiros ou arquitetos.
Por último, vou colocar umas simples questões objetivas de pura matemática e de física: Sendo que o longo prazo é o somatório dos períodos de curto prazo parcelares sequenciais e sabendo-se que os retornos acumulados no longo prazo vão depender dos retornos obtidos nos períodos parcelares de curto prazo e da capitalização desses mesmos retornos, então será uma desconformidade e incoerência matemática menosprezar tanto assim o curto prazo e tanto mais para um trader de swing de preços !!!

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Re: Fundos à la carte
SMA50 Escreveu:bogos Escreveu:Sendo eu leigo na matéria, um cagagésimo de micro átomo neste mercado global, insignificante para o seu desenrolar, gosto no entanto de participar nele, por gosto pessoal, ou masoquismo, ou doidice...seja o que for. Participo no mercado.
Da dissertação feita, queria-me comparar ao de topo, rápido a fazer dinheiro, e mandar tudo às malvas já amanhã.
Mas como não tenho a capacidade intelectual do tal make money faster, tenho que me contentar em ser um investidor "faça você mesmo e vamos ver se corre algum retorno".
Ao falares de partículas subatómicas do mercado global em que gostas de participar como um somatório de microganhos para tentares enriqueceres de vagar mas de forma consistente, fazes muito bem pois quem percebe da física e química quântica das nanopartículas, melhor percebe sobre o funcionamento e comportamento das macropartículas: para percebermos como funciona o nosso corpo humano, do qual faz parte o cérebro com a sua capacidade cognitiva, temos que começar por perceber o funcionamento celular de todas as células do cérebro assim como as restantes células do corpo humano que interagem com as do cérebro, e em último grau temos que perceber sobre os diferentes tecidos dos vários órgãos do corpo humano, porque tal como nos mercados, há uma certa correlação mais ou menos acentuada entre os diversos órgãos e sistemas do corpo humano.
Mas quem aposta no swing de preços do S&P 500, não está com certeza à espera de uns nanoganhos ou de uns maiores ganhos muito aleatórios, isto porque o swing diário de preços deste grande índice de elevada capitalização bolsista é um facto relativamente previsível e consistente, dado o facto de ser um dos maiores índice bolsista e com uma das maiores liquidez e fiabilidade de previsibilidade dado pertencer ao maior mercado bolsista mundial e que agrega as 500 maiores empresas de capitalização bolsista dos EUA. Mais difícil será prever o swing da oscilação de preços num pequeno índice de um mercado emergente e com uma baixa liquidez, ou de um índice de small caps.bogos Escreveu:Os grandes lá do sitio, aqueles que aparecem na Forbes, são gajos de fazer massa lenta, de depenar gajos fugazes de ímpeto imparável, daqueles que chegaram ao topo num segundo....
Toda a gente sabe que as maiores fortunas te topo só são possíveis à custa de negócios bem sucedidos nas capacidades inovadoras das fileiras de negócios desde os estudos de investigação e desenvolvimento, passando pela produção e acabando na distribuição final dos produtos e serviços a serem utilizados pelo consumidor final, pois isto é real money e não um potencial money de ganhos dos investidores/especuladores.
Portanto o que dizes é uma "verdade de la Palice" e como tal óbvia e não inovadora.bogos Escreveu:Mas tudo aquilo que é bonito, nesta forma de fazer "a massa" tem um final pouco feliz.
Não é só carregar no botão...antes fosse....esse gajo rápido a sacar a pistola mata bem de frente, mas vai morrer pelas costas...
Estás a esquecer da capacidade de visão periférica mais alargada que certas pessoas têm, pelo que um atirador especial pode disparar tiros simultâneos com sentidos diametralmente opostos, pelo que se estás a pensar matar um desses tipos pelas costas, pode ter o azar de receber um tiro certeiro no coração de uma pessoa que tem as costas viradas para ti. Nunca menosprezes a inteligência e a "capacidade de fogo" de uma pessoa desconhecida, porque isso não é uma atitude inteligente pois podes estar a correr um elevado risco por essa tua suposta sapiência de superioridade que na prática pode não ser efetiva.
Pretendo muito apenas e alertar, que por muita capacidade intelectual humana que exista (e cada vez é maior) a consistência em fazer dinheiro rápido CONSISTENTEMENTE, é uma vontade de período longo, que se transforma em sonho de período curto.
Quero somente transmitir, na MHO, que apreciar, conhecer e constatar a realização de dinheiro rápido, existe de facto, ao alcance de alguns, poderá ser, mas comprovadamente consistente, e persistente ao longo de anos, creio que somente num sonho.
Isso atira-nos inevitavelmente para o campo numérico de demonstração dessa "ciência" do make money faster. A retórica sempre serve o modo de muitas teorias.
Consistentemente, a verdade de La Palisse da Forbes, centrando-nos na vertente mercado accionista (especulação/investimento) dá retornos de que grandeza, anualizada ao longo dos últimos 40 anos na casa de que percentagem?
A suposta sapiência de superioridade, serve a quem lhe mete a carapuça. Quanto à pratica efectiva, no que me toca à minha parte neste momento pertenço inevitavelmente aos que perdem dinheiro e por isso nem sequer lá vai com "fazer dinheiro lento", ou mesmo "make money faster". Neste preciso momento sou eu o alimentador dessas duas classes. E isso de facto é uma distinção quanto à catalogação dos intervenientes do mercado.
E assumo claramente que o meu mundo é pequeno, mas também sei que quanto maior ele for, maior pode ser o tombo.
Cumprimentos
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
Marilyn Ferguson
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
Marilyn Ferguson
Re: Fundos à la carte
bogos Escreveu:Sendo eu leigo na matéria, um cagagésimo de micro átomo neste mercado global, insignificante para o seu desenrolar, gosto no entanto de participar nele, por gosto pessoal, ou masoquismo, ou doidice...seja o que for. Participo no mercado.
Da dissertação feita, queria-me comparar ao de topo, rápido a fazer dinheiro, e mandar tudo às malvas já amanhã.
Mas como não tenho a capacidade intelectual do tal make money faster, tenho que me contentar em ser um investidor "faça você mesmo e vamos ver se corre algum retorno".
Ao falares de partículas subatómicas do mercado global em que gostas de participar como um somatório de microganhos para tentares enriqueceres de vagar mas de forma consistente, fazes muito bem pois quem percebe da física e química quântica das nanopartículas, melhor percebe sobre o funcionamento e comportamento das macropartículas: para percebermos como funciona o nosso corpo humano, do qual faz parte o cérebro com a sua capacidade cognitiva, temos que começar por perceber o funcionamento celular de todas as células do cérebro assim como as restantes células do corpo humano que interagem com as do cérebro, e em último grau temos que perceber sobre os diferentes tecidos dos vários órgãos do corpo humano, porque tal como nos mercados, há uma certa correlação mais ou menos acentuada entre os diversos órgãos e sistemas do corpo humano.
Mas quem aposta no swing de preços do S&P 500, não está com certeza à espera de uns nanoganhos ou de uns maiores ganhos muito aleatórios, isto porque o swing diário de preços deste grande índice de elevada capitalização bolsista é um facto relativamente previsível e consistente, dado o facto de ser um dos maiores índice bolsista e com uma das maiores liquidez e fiabilidade de previsibilidade dado pertencer ao maior mercado bolsista mundial e que agrega as 500 maiores empresas de capitalização bolsista dos EUA. Mais difícil será prever o swing da oscilação de preços num pequeno índice de um mercado emergente e com uma baixa liquidez, ou de um índice de small caps.
bogos Escreveu:Os grandes lá do sitio, aqueles que aparecem na Forbes, são gajos de fazer massa lenta, de depenar gajos fugazes de ímpeto imparável, daqueles que chegaram ao topo num segundo....
Toda a gente sabe que as maiores fortunas te topo só são possíveis à custa de negócios bem sucedidos nas capacidades inovadoras das fileiras de negócios desde os estudos de investigação e desenvolvimento, passando pela produção e acabando na distribuição final dos produtos e serviços a serem utilizados pelo consumidor final, pois isto é real money e não um potencial money de ganhos dos investidores/especuladores.
Portanto o que dizes é uma "verdade de la Palice" e como tal óbvia e não inovadora.
bogos Escreveu:Mas tudo aquilo que é bonito, nesta forma de fazer "a massa" tem um final pouco feliz.
Não é só carregar no botão...antes fosse....esse gajo rápido a sacar a pistola mata bem de frente, mas vai morrer pelas costas...
Estás a esquecer da capacidade de visão periférica mais alargada que certas pessoas têm, pelo que um atirador especial pode disparar tiros simultâneos com sentidos diametralmente opostos, pelo que se estás a pensar matar um desses tipos pelas costas, pode ter o azar de receber um tiro certeiro no coração de uma pessoa que tem as costas viradas para ti. Nunca menosprezes a inteligência e a "capacidade de fogo" de uma pessoa desconhecida, porque isso não é uma atitude inteligente pois podes estar a correr um elevado risco por essa tua suposta sapiência de superioridade que na prática pode não ser efetiva.
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Re: Fundos à la carte
China: corte na taxa de juro e nas reservas exigidas aos bancos
DATA DA PUBLICAÇÃO: 25AGO2015
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Além da desvalorização do yuan, o estado de saúde da segunda maior economia mundial está a preocupar os investidores.
O resultado tem sido uma elevada turbulência: o mercado chinês de ações está a cair a pique e tem afetado outras praças financeiras. Depois de um período de intervenção pública, que incluiu a compra direta de ações em bolsa, Pequim voltou-se agora para os instrumentos mais tradicionais: corte nas taxas de juro e no nível de reservas exigidos aos bancos. Uma viragem tática que não foi inesperada.
Representando cerca de 18% dos seus balanços, os bancos chineses têm reservas até mais elevadas do que as detidas pelos bancos ocidentais. Embora tal não implique que sejam mais sólidos, porque a qualidade dos ativos nos balanços também deve ser tomada em conta. Mas a decisão de corte no nível exigido para as reservas era lógico numa altura em que a economia chinesa e os mercados estão a necessitar de mais dinheiro. Por seu turno, a taxa de juro sofreu um corte de 4,85% para 4,6%.
Com a meta de crescimento de 7% a se tornar improvável (esperamos um crescimento de cerca de 6% este ano e de 3,5% no médio e longo prazo), era imprescindível reduzir os custos de financiamento dos agentes económicos.
Mas é importante não criar ideias erradas quanto à China. Em primeiro lugar, apesar do atual período de alta turbulência, este país continua a ser atrativo a médio e longo prazo, pelo que os fundos de ações chinesas permanecem presentes nas nossas carteiras, embora com um peso reduzido. Em segundo lugar, as consequências de um possível colapso chinês não ficariam confinadas à China. Atualmente é a segunda maior economia do globo, colossal produtor industrial e agora também uma forte fonte de procura. Uma crise chinesa pode mergulhar a economia global na recessão.
No entanto, se o desafio é grande, as autoridades de Pequim continuam a dispor de vastos recursos e variados instrumentos para evitar um cenário sombrio. O resto do mundo tem todo o interesse que autoridades da China mantenham o ritmo de abrandamento económico sob controlo.
PROTESTEINVESTE
DATA DA PUBLICAÇÃO: 25AGO2015
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Além da desvalorização do yuan, o estado de saúde da segunda maior economia mundial está a preocupar os investidores.
O resultado tem sido uma elevada turbulência: o mercado chinês de ações está a cair a pique e tem afetado outras praças financeiras. Depois de um período de intervenção pública, que incluiu a compra direta de ações em bolsa, Pequim voltou-se agora para os instrumentos mais tradicionais: corte nas taxas de juro e no nível de reservas exigidos aos bancos. Uma viragem tática que não foi inesperada.
Representando cerca de 18% dos seus balanços, os bancos chineses têm reservas até mais elevadas do que as detidas pelos bancos ocidentais. Embora tal não implique que sejam mais sólidos, porque a qualidade dos ativos nos balanços também deve ser tomada em conta. Mas a decisão de corte no nível exigido para as reservas era lógico numa altura em que a economia chinesa e os mercados estão a necessitar de mais dinheiro. Por seu turno, a taxa de juro sofreu um corte de 4,85% para 4,6%.
Com a meta de crescimento de 7% a se tornar improvável (esperamos um crescimento de cerca de 6% este ano e de 3,5% no médio e longo prazo), era imprescindível reduzir os custos de financiamento dos agentes económicos.
Mas é importante não criar ideias erradas quanto à China. Em primeiro lugar, apesar do atual período de alta turbulência, este país continua a ser atrativo a médio e longo prazo, pelo que os fundos de ações chinesas permanecem presentes nas nossas carteiras, embora com um peso reduzido. Em segundo lugar, as consequências de um possível colapso chinês não ficariam confinadas à China. Atualmente é a segunda maior economia do globo, colossal produtor industrial e agora também uma forte fonte de procura. Uma crise chinesa pode mergulhar a economia global na recessão.
No entanto, se o desafio é grande, as autoridades de Pequim continuam a dispor de vastos recursos e variados instrumentos para evitar um cenário sombrio. O resto do mundo tem todo o interesse que autoridades da China mantenham o ritmo de abrandamento económico sob controlo.
PROTESTEINVESTE
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Re: Fundos à la carte
LTCM Escreveu:Dr Tretas Escreveu:Repararam que com as movimentações de ontem, houve alguns ETFs que perderam temporariamente a correlação com os subjacentes? Parece que os market makers se acobardaram e os ETFs perderam a liquidez, sofrendo quedas muito maiores que os subjacentes nesses momentos de pânico.
http://money.cnn.com/2015/08/24/investing/stocks-markets-selloff-circuit-breakers-1200-times/index.html?iid=surge-stack-dom
E no fundo foi só um cheirinho. Se fosse um crash a sério... Isto dá origem a potencial arbitragem, se alguém conseguisse apanhar esses ETFs no momento do "saldo".
Mais uma vantagem dos ETF's que os, autoproclamados, especialistas em market timing podem aproveitar.
Para os que estão com dúvidas práticas em fazê-lo (de teoria todos sabem), podem tentar replicar este procedimento:
Before I lay this trick out, a standard disclaimer is in order: I do not know you personally nor do I know anything about your financial situation. I don’t dispense advice here on this site for exactly this reason. I share my thoughts and a bit about my own process, but I never tell strangers what they themselves ought to do. With that in mind, please do not construe what comes next as advice, a solicitation to trade or an offer of any kind.
Okay, with that bit of obviousness out of the way, here’s the trick I’ve used over the years when markets have been in free-fall:
I log into a brokerage account and go to the Orders screen.
I pick five or six of the best stocks in America that I’ve missed out on – the ones that have always bothered me. Everyone has their names. A contemporary list might include Netflix, Amazon, Facebook, Disney, Celgene, Starbucks, Chipotle, Goldman Sachs, etc.
Now I go to my quotes screen to see where they’re currently trading and I come up with utterly absurd prices at which I would buy them (all price quotes as of 8:15 am pre-market):
Facebook: Buy at 65 (now 81 per share)
Chipotle: Buy at 500 (now 691 per share)
Disney: Buy at 80 (now 94 per share)
Goldman Sachs: Buy at 125 (now 180 per share)
Netflix: Buy at 75 (now 92)
You get the idea. These are discounts of 20% and beyond to the already discounted levels the stocks are going to open at this morning. They’re absurd prices. But that’s the whole point. Market panics give you a crack at absurd prices.
Next step – I create GTC Buy Limit orders for a handful of these stocks at the exact absurd prices I’ve come up with.
...
The important thing is that I put the orders in and I leave them alone. I don’t adjust higher if the sell-off appears to be running its course and reversing. That’s what the real portfolio is for.
When you have these absurd limit orders on excellent stocks in place, something wonderful happens to your frame of mind. It is completely rearranged and you find yourself beginning to root for even more downside. It makes no sense, of course, because the rest of your portfolio is declining in value – but your fixation on seeing one or two of these absurd prices hit completely overpowers any concerns you have.
...
But getting into this mindset completely distracts you from the panic going on all around.
And you may even get one or two of them! Imagine telling that story – “You know who nailed the bottom on Facebook? Me. This guy!” Then show ’em the confirm to prove it. “What’s up now, partner?”
...
I’ve seen one of the Old Masters I know do this trick and I’ve adopted it for myself. Sometimes coping is the most important decision you can make.
http://thereformedbroker.com/2015/08/24 ... orrection/
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
SMA50 Escreveu:LTCM Escreveu:Dr Tretas Escreveu:Repararam que com as movimentações de ontem, houve alguns ETFs que perderam temporariamente a correlação com os subjacentes? Parece que os market makers se acobardaram e os ETFs perderam a liquidez, sofrendo quedas muito maiores que os subjacentes nesses momentos de pânico.
http://money.cnn.com/2015/08/24/investing/stocks-markets-selloff-circuit-breakers-1200-times/index.html?iid=surge-stack-dom
E no fundo foi só um cheirinho. Se fosse um crash a sério... Isto dá origem a potencial arbitragem, se alguém conseguisse apanhar esses ETFs no momento do "saldo".
Mais uma vantagem dos ETF's que os, autoproclamados, especialistas em market timing podem aproveitar.
Os melhores especialistas de market timing que não queiram enriquecer devagar (se bem que os mal sucedidos praticantes de market timing podem derreter grande parte das suas carteiras se entrarem perto dos topos e sairem próximo das cotações de fundo dos ativos, e aí em vez de enriquecer devagar, podem entrar num processo de falência mais ou menos acelerado) e, pelo contrário, queiram tentar enriquecer mais rápido, não vão comprar agregados de ações ou de ativos financeiros, sejam eles ETF's ou FI's, mas sim vão comprar diretamente e individualmente uma parte desses ativos que eles acham que têm uma maior capacidade de valorização no curto prazo, tendo em atenção as diversas ferramentas de AT que podem utilizar para analisar o possivel trajeto preditivo de curto prazo do preço desses ativos, levando também em linha de conta o efeito momentum e o efeito de arrasto da volatilidade dos ativos (cluster de volatilidade), isto porque o percurso do preço dos ativos nunca é 100% aleatório, pelo que neste caso são justificadas a utilização de quaisquer ferramentas de análise que de algum modo nos possam apontar um determinado potencial preditivo do trajeto do preço dos ativos no curto prazo, pois a análise de valor do ativo (AF) em vez do preço (AT) pouco nos serve para o curto prazo imediato.
Os tipos que não querem enriquecer devagar, estão-se também nas tintas para o tipo de gestão bottom-up que a AF priveligia, assim como o valor em vez do preço dos ativos, e são mais adeptos da gestão do tipo top-down porque percebem muito bem que o mais fácil é enriquecer devagar em largos horizontes temporais de muito longo prazo, tento em conta o efeito de proteção dado pela probabilidade estatistica das grandes amostras: um grande e extenso agregado de dados, mas que o mais difícil e o mais sábio é enriquecer depressa nos vários períodos de curto prazo sequenciais, mas é claro que, em contrapartida, este também pode ser o caminho mais rápido para a falência. Cada um deve utilizar os tipos de veículos de investimento que considere mais adequados aos seus níveis de conhecimentos, de risco que está disposto a incorrer e ao seu "poder de fogo" (cash disponível, com alavancagem ou não) para atacar o mercado.
Admiro os investidores que enriquecem devagar? Não. Admiro, isso sim, os investidores/especuladores que conseguem enriquecer mais depressa, isto porque os resultados medianos não são para elogiar (enriquecer devagar no muito longo prazo), pois tal elogio e admiração só pode ser dirigido aos investidores com resultados acima da média, ou por outras palavras, acima do resultado do mercado, e dentro destes, merecem-me um especial elogio, aqueles que se situam na fatia dos percentis com os resultados mais de topo.
Os resultados da gestão de muito longo prazo, por definição, mascaram e amortecem os erros mais ou menos graves que podem ser cometidos nos períodos de curto prazo parcelares, e é no desempenho de curto prazo que se vê a classe e a outperformance de um investidor/especulador, pelo que nunca os investidores de muito longo prazo e que querem enriquecer devagar se podem considerar como os mais inteligentes e mais bem sucedidos dos processos de investimento/especulação, isto porque se a sua inteligência fosse assim tão extrema de sucesso, utilizariam a sua suposta inteligência para um adequado processo de escolha de stock picking individual dos ativos e não comprarem um grande agregado ou um cesto com várias centenas ou milhares de ativos. Porque é que eles fazem isso? Por 2 motivos: um porque não têm uma boa capacidade de escolha de stock picking e o outro motivo é porque assim sabem que têm o efeito do "guarda-chuva" de proteção dada pela probabilidade estatística das grandes amostras, para amortecerem as suas possiveis piores escolhas de stock picking. Agora não me venham enaltecer uns tipos que não têm capacidade de escolha, porque o culminar e o objetivo final do nosso processo de aprendizagem deve materializar-se numa maior capacidade de escolha entre as hipóteses com maior potencial de outperformance entre os vários cenários possiveis. Um verdadeiro projetista de topo tem de saber escolher a melhor solução otimizada de projeto dentro das diversas hipóteses em confronto e não escolher uma solução mediana que lhe dá menos trabalho a projetar.
Sendo eu leigo na matéria, um cagagésimo de micro átomo neste mercado global, insignificante para o seu desenrolar, gosto no entanto de participar nele, por gosto pessoal, ou masoquismo, ou doidice...seja o que for. Participo no mercado.
Da dissertação feita, queria-me comparar ao de topo, rápido a fazer dinheiro, e mandar tudo às malvas já amanhã.
Mas como não tenho a capacidade intelectual do tal make money faster, tenho que me contentar em ser um investidor "faça você mesmo e vamos ver se corre algum retorno".
O que é um investidor "make money fast", esse que faz dinheiro rápido? Somente me ocorre um caso desses investidores....aquele que joga e acerta no euromilhões, ou numa lotaria...
Os grandes lá do sitio, aqueles que aparecem na Forbes, são gajos de fazer massa lenta, de depenar gajos fugazes de ímpeto imparável, daqueles que chegaram ao topo num segundo....
Mas tudo aquilo que é bonito, nesta forma de fazer "a massa" tem um final pouco feliz.
Não é só carregar no botão...antes fosse....esse gajo rápido a sacar a pistola mata bem de frente, mas vai morrer pelas costas...
MHO
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
Marilyn Ferguson
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
Marilyn Ferguson
Re: Fundos à la carte
LTCM Escreveu:Dr Tretas Escreveu:Repararam que com as movimentações de ontem, houve alguns ETFs que perderam temporariamente a correlação com os subjacentes? Parece que os market makers se acobardaram e os ETFs perderam a liquidez, sofrendo quedas muito maiores que os subjacentes nesses momentos de pânico.
http://money.cnn.com/2015/08/24/investing/stocks-markets-selloff-circuit-breakers-1200-times/index.html?iid=surge-stack-dom
E no fundo foi só um cheirinho. Se fosse um crash a sério... Isto dá origem a potencial arbitragem, se alguém conseguisse apanhar esses ETFs no momento do "saldo".
Mais uma vantagem dos ETF's que os, autoproclamados, especialistas em market timing podem aproveitar.
Os melhores especialistas de market timing que não queiram enriquecer devagar (se bem que os mal sucedidos praticantes de market timing podem derreter grande parte das suas carteiras se entrarem perto dos topos e sairem próximo das cotações de fundo dos ativos, e aí em vez de enriquecer devagar, podem entrar num processo de falência mais ou menos acelerado) e, pelo contrário, queiram tentar enriquecer mais rápido, não vão comprar agregados de ações ou de ativos financeiros, sejam eles ETF's ou FI's, mas sim vão comprar diretamente e individualmente uma parte desses ativos que eles acham que têm uma maior capacidade de valorização no curto prazo, tendo em atenção as diversas ferramentas de AT que podem utilizar para analisar o possivel trajeto preditivo de curto prazo do preço desses ativos, levando também em linha de conta o efeito momentum e o efeito de arrasto da volatilidade dos ativos (cluster de volatilidade), isto porque o percurso do preço dos ativos nunca é 100% aleatório, pelo que neste caso são justificadas a utilização de quaisquer ferramentas de análise que de algum modo nos possam apontar um determinado potencial preditivo do trajeto do preço dos ativos no curto prazo, pois a análise de valor do ativo (AF) em vez do preço (AT) pouco nos serve para o curto prazo imediato.
Os tipos que não querem enriquecer devagar, estão-se também nas tintas para o tipo de gestão bottom-up que a AF priveligia, assim como o valor em vez do preço dos ativos, e são mais adeptos da gestão do tipo top-down porque percebem muito bem que o mais fácil é enriquecer devagar em largos horizontes temporais de muito longo prazo, tento em conta o efeito de proteção dado pela probabilidade estatistica das grandes amostras: um grande e extenso agregado de dados, mas que o mais difícil e o mais sábio é enriquecer depressa nos vários períodos de curto prazo sequenciais, mas é claro que, em contrapartida, este também pode ser o caminho mais rápido para a falência. Cada um deve utilizar os tipos de veículos de investimento que considere mais adequados aos seus níveis de conhecimentos, de risco que está disposto a incorrer e ao seu "poder de fogo" (cash disponível, com alavancagem ou não) para atacar o mercado.
Admiro os investidores que enriquecem devagar? Não. Admiro, isso sim, os investidores/especuladores que conseguem enriquecer mais depressa, isto porque os resultados medianos não são para elogiar (enriquecer devagar no muito longo prazo), pois tal elogio e admiração só pode ser dirigido aos investidores com resultados acima da média, ou por outras palavras, acima do resultado do mercado, e dentro destes, merecem-me um especial elogio, aqueles que se situam na fatia dos percentis com os resultados mais de topo.
Os resultados da gestão de muito longo prazo, por definição, mascaram e amortecem os erros mais ou menos graves que podem ser cometidos nos períodos de curto prazo parcelares, e é no desempenho de curto prazo que se vê a classe e a outperformance de um investidor/especulador, pelo que nunca os investidores de muito longo prazo e que querem enriquecer devagar se podem considerar como os mais inteligentes e mais bem sucedidos dos processos de investimento/especulação, isto porque se a sua inteligência fosse assim tão extrema de sucesso, utilizariam a sua suposta inteligência para um adequado processo de escolha de stock picking individual dos ativos e não comprarem um grande agregado ou um cesto com várias centenas ou milhares de ativos. Porque é que eles fazem isso? Por 2 motivos: um porque não têm uma boa capacidade de escolha de stock picking e o outro motivo é porque assim sabem que têm o efeito do "guarda-chuva" de proteção dada pela probabilidade estatística das grandes amostras, para amortecerem as suas possiveis piores escolhas de stock picking. Agora não me venham enaltecer uns tipos que não têm capacidade de escolha, porque o culminar e o objetivo final do nosso processo de aprendizagem deve materializar-se numa maior capacidade de escolha entre as hipóteses com maior potencial de outperformance entre os vários cenários possiveis. Um verdadeiro projetista de topo tem de saber escolher a melhor solução otimizada de projeto dentro das diversas hipóteses em confronto e não escolher uma solução mediana que lhe dá menos trabalho a projetar.
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Re: Forex
Rick Lusitano (New) Escreveu:Relativamente aos movimentos de valorização do EUR recentemente...
O EUR tornou-se numa divisa de refúgio, apar do JPY principalmente, e incluindo o CHF, secundariamente.
Anteriormente a moeda da ZE, era considerada uma divisa de "Risk On", com o tempo, a mesma tem se tornando um activo de refúgio.
Se repararem o Ouro (XAU), não tem recuperado o seu estatuto de refúgio. Até parece que perdeu o seu brilho. Senão comparem a subida louca do EUR face ao USD com a pequena queda do Ouro, ontem.
(Para os interessados no Forex, os posts do djovarius, no tópico do Forex, são interessantes e facilmente compreensíveis.)
Quanto ao iene japonês (JPY) ser utilizado como moeda de refúgio, principalmente para os países da Ásia e do Pacífico nos casos em que a China dá uns "espirros de constipação", concordo 100% contigo porque já verifiquei que quando as bolsas da China e da Ásia-Pacífico caem substancialmente, o JPY valoriza-se bastante face ao USD, com valorizações diárias superiores a 1 e até, em casos extremos, superior a 1.5.
Quanto ao EUR estar a ser utilizado presentemente como moeda de refúgio, como hard currency que é, também é verdade, mas, ao contrário do JPY, tal refúgio não ocorre de forma sistemática para os mesmos ou similares eventos económico-financeiros e bolsistas. Ou seja, a utilização do JPY como moeda refúgio (haven currency) é muito mais previsível que no caso do EUR, pelo que torna-se mais fácil definir uma "coluna vertebral" da trajetória do JPY que no caso do EUR, tanto que este ano já tivemos vários eventos desestabilizadores e o pessoal não desatou a comprar euros como meda refúgio. Por isso uma explicação para ser consistente tem de forçosamente abranger a quase ou a totalidade dos cenários dos eventos similares, porque só assim é que se pode construir uma para-teoria ou teoria de tese, senão não passa de uma hipótese mais ou menos provável.
Dado que o USD é uma hard currency de topo, logo também pode ser utilizada como uma moeda refúgio e em determinadas alturas já foi assim utilizada, a grande questão para mim tem a ver com o facto do preço do petróleo estar a ser vendido ao desbarato e em queda livre, e, como o petróleo se vende em USD, há uma forte pressão de oferta de USD por via do excesso de oferta do crude em relação à procura, que faz com que sejam necessários menos USD para comprar a mesma quantidade de crude, logo os países importadores do crude têm menos necessidade de comprar dólares com as suas moedas locais, logo o USD desvaloriza, mas, por outro lado, os países exportadores com moedas débeis (ex. Brasil, Indonésia, ...) passam a ter um grande problema para a sustentação da sua própria dívida, que é em USD e não nas moedas locais, isto porque com o petróleo barato, assim como as restantes commodities que exportam, passam a receber bastante menos USD que recebiam antes e desse modo podem não ter dólares suficientes para pagar as suas dívidas, a menos que consigam poupar parte desses dólares com a redução das importações pagas em dólares, porque com a balança de transações financeiramente bastante desequilibrada há um outflow de capitais reforçado pelo medo do país poder entrar em default com as suas obrigações dos empréstimos contraídos, e aí a sua moeda local desvaloriza a pique face ao USD (é o que está a acontecer especialmente com a desvalorização brutal do real brasileiro face ao USD). E se a China não desenvolve a sua economia para consumir mais commodities, os países exportadores das mesmas vão ter uma verdadeira tempestade com grandes nuvens negras pela frente.
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O meu outlook económico
Nas semanas ou dias de quedas acentuadas, a produção de notícias, pseudo-notícias, artigos, editoriais, opiniões, e outros afins, aumenta exponencialmente, os mercados financeiros é semelhante ao futebol, todos têm opiniões, e a maior parte da informação produzida é ruído, com teorias para tudo e mais alguma coisa. Afinal os mercados financeiros, são muitas vezes influenciados pelo comportamento (psicologia) humano.
Se pensarmos, a valorização da China, era vertiginosa e num curto espaço de tempo, o que era mais provável que acontecesse? Quedas mais rápidas do que as subidas.
Nas subidas, os mercados sobem as escadas, e nas descidas, descem no elevador.
Os activos que sofrem com o abrandamento económico da China (afinal a China não está com crescimentos do PIB negativos), são precisamente, aqueles que mais beneficiaram com o crescimento da China. Ou seja, os países produtores de matérias-primas, como o Cobre, Alumínio, Petróleo, etc, exemplos, Austrália, Canadá, Brasil, Rússia e as respectivas divisas, AUD, CAD, BRL, RUB. Se a isto juntarmos, políticas económicas de produção em massa, de liquidez no Canadá e Austrália, (baixas taxas de juro), o que provoca uma maior desvalorização das suas divisas. A bolha do crescimento Chinês, levou indirectamente á criação de outras bolhas, mais pequenas, mas mesmo assim, bolhas. Era mais que expectável que as mesmas, um dia, se esvaziassem (é mais suave do que dizer, que arrebentaram
).
A desvalorização do CNY, pelo PBOC, também provocou um dumping do valor das divisas emergentes, principalmente, as asiáticas, que para concorrerem com os preços dos produtos Chineses, tiveram que desvalorizar também as suas moedas, para continuarem a ser competitivos, e manterem a exportação dos seus produtos e sustentar as suas próprias economias. Neste contexto, o Japão, que já tinha começado com os Abenomics, a desvalorização do JPY, também ficou pressionado a ter que baixar mais o JPY, para continuar a tentar a recuperação da economia nipónica. Se a isto, juntarmos a expectativa do aumento das taxas de juro nos EUA, a pressão sobre as economias emergentes e suas divisas, aumentam com alguma relevância.
Não esquecer que a desvalorização e aumento da largura de banda que o CNY tem para oscilar, provocaram uma grande pressão sobre as empresas Chinesas com divida emitida em USD e noutras divisas fortes (por exemplo, EUR, GBP).
A China com a intenção de fomentar a sua moeda como uma moeda de estatuto de reserva mundial, juntamente com o USD, EUR, GBP e o JPY (cabaz de moedas do FMI) e passar a "país desenvolvido" pela MSCI, implicou um esforço para que a mesma, abdicasse de um controlo apertado sobre a economia Chinesa e sua moeda, que o mesmo, serviu como garantia de estabilidade económica em períodos de maior crise económica a nível regional, Ásia e até mesmo a nível mundial.
Os preços actuais do crude, refletem não só o aumento da produção, mas também uma expectativa de a procura não acompanhar ao mesmo ritmo, o crescimento da produção. Com o Irão ter carta branca, para vender livremente, o seu Petróleo, a oferta de Petróleo nos mercados mundiais aumenta. Com o discurso Iraniano de dizer que pretende aumentar ainda mais, a sua produção, para manter a sua quota de mercado (e/ou porque precisa urgentemente de cash, devido ao embargo que sofreu por causa do seu programa nuclear), é natural que os preços do ouro negro desçam.
Quase que podemos dizer que para além das "Currency Wars" temos as "Oil Wars".
Se pensarmos, a valorização da China, era vertiginosa e num curto espaço de tempo, o que era mais provável que acontecesse? Quedas mais rápidas do que as subidas.
Nas subidas, os mercados sobem as escadas, e nas descidas, descem no elevador.
Os activos que sofrem com o abrandamento económico da China (afinal a China não está com crescimentos do PIB negativos), são precisamente, aqueles que mais beneficiaram com o crescimento da China. Ou seja, os países produtores de matérias-primas, como o Cobre, Alumínio, Petróleo, etc, exemplos, Austrália, Canadá, Brasil, Rússia e as respectivas divisas, AUD, CAD, BRL, RUB. Se a isto juntarmos, políticas económicas de produção em massa, de liquidez no Canadá e Austrália, (baixas taxas de juro), o que provoca uma maior desvalorização das suas divisas. A bolha do crescimento Chinês, levou indirectamente á criação de outras bolhas, mais pequenas, mas mesmo assim, bolhas. Era mais que expectável que as mesmas, um dia, se esvaziassem (é mais suave do que dizer, que arrebentaram

A desvalorização do CNY, pelo PBOC, também provocou um dumping do valor das divisas emergentes, principalmente, as asiáticas, que para concorrerem com os preços dos produtos Chineses, tiveram que desvalorizar também as suas moedas, para continuarem a ser competitivos, e manterem a exportação dos seus produtos e sustentar as suas próprias economias. Neste contexto, o Japão, que já tinha começado com os Abenomics, a desvalorização do JPY, também ficou pressionado a ter que baixar mais o JPY, para continuar a tentar a recuperação da economia nipónica. Se a isto, juntarmos a expectativa do aumento das taxas de juro nos EUA, a pressão sobre as economias emergentes e suas divisas, aumentam com alguma relevância.
Não esquecer que a desvalorização e aumento da largura de banda que o CNY tem para oscilar, provocaram uma grande pressão sobre as empresas Chinesas com divida emitida em USD e noutras divisas fortes (por exemplo, EUR, GBP).
A China com a intenção de fomentar a sua moeda como uma moeda de estatuto de reserva mundial, juntamente com o USD, EUR, GBP e o JPY (cabaz de moedas do FMI) e passar a "país desenvolvido" pela MSCI, implicou um esforço para que a mesma, abdicasse de um controlo apertado sobre a economia Chinesa e sua moeda, que o mesmo, serviu como garantia de estabilidade económica em períodos de maior crise económica a nível regional, Ásia e até mesmo a nível mundial.
Os preços actuais do crude, refletem não só o aumento da produção, mas também uma expectativa de a procura não acompanhar ao mesmo ritmo, o crescimento da produção. Com o Irão ter carta branca, para vender livremente, o seu Petróleo, a oferta de Petróleo nos mercados mundiais aumenta. Com o discurso Iraniano de dizer que pretende aumentar ainda mais, a sua produção, para manter a sua quota de mercado (e/ou porque precisa urgentemente de cash, devido ao embargo que sofreu por causa do seu programa nuclear), é natural que os preços do ouro negro desçam.
Quase que podemos dizer que para além das "Currency Wars" temos as "Oil Wars".

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Re: Fundos à la carte
Dr Tretas Escreveu:Repararam que com as movimentações de ontem, houve alguns ETFs que perderam temporariamente a correlação com os subjacentes? Parece que os market makers se acobardaram e os ETFs perderam a liquidez, sofrendo quedas muito maiores que os subjacentes nesses momentos de pânico.
http://money.cnn.com/2015/08/24/investing/stocks-markets-selloff-circuit-breakers-1200-times/index.html?iid=surge-stack-dom
E no fundo foi só um cheirinho. Se fosse um crash a sério... Isto dá origem a potencial arbitragem, se alguém conseguisse apanhar esses ETFs no momento do "saldo".
Mais uma vantagem dos ETF's que os, autoproclamados, especialistas em market timing podem aproveitar.

Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Re: Fundos à la carte
fj201 Escreveu:SMA50 Escreveu:O amigo Chico questionou sobre o porquê de, nos últimos tempos, o EUR estar a valorizar bastante face ao USD, e dado que este é um facto ocorrrido, foi então dada uma explicação sobre tal ocorrência, isto porque uma explicação é dada sobre resultados reais ocorridos e ninguém consegue dar uma explicação justificativa sobre factos ou resultados ainda não ocorridos. Nós podemos elaborar um outlook sobre previsões futuras ou projetar estimativas sobre dados futuros, mas isso é projeto ou estimativas e, como tal, pode não corresponder, e muitas vezes não corresponde, à realidade dos dados futuros.
Então, será que tens uma singularidade única no mundo que consegue dar uma explicação justificativa sobre factos não ocorridos? Eu cá, assim como o comum dos mortais, ainda só conseguimos estimar ou projetar dados futuros e não explicar dados não ocorridos, porque, entre outras coisas, ainda não conseguimos tornar a probabilidade estatística igual à matemática. Se conseguires tornar a probabilidade estatística numa ciência exata, passas a ser uma pessoa singular e ficas desde logo candidato a um prémio Nobel e eu teria todo o gosto em ir a Estocolmo assistir à entrega desse projeto de troféu, mas acho que vamos ficar só pelo projeto e o troféu não vai ser materializado, temos pena ...
Desta tua afirmação de verdade, podemos então concluir que o trajeto presente e futuro do forex EUR/USD está apenas dependente da vontade e determinação dos alemães porque querem ter sempre grandes reservas de uma moeda hard currency - euro - porque continuam traumatizados com o disparar da inflação que lhes sucedeu há mais de meio século, pelo que o futuro do forex EUR/USD, segundo a tua teoria, vai estar sempre agarrado a este trauma alemão. Ou seja, os alemães entram em depressão psicológica e todo o mundo também tem que ficar com disfunções psicológicas graves. Nós sabemos que cada vez mais há uma correlação positiva entre as várias economias dos diferentes países, porque, pela globalização da economia, cada vez mais os países são mais interdependentes, mas o que eu não sabia é que essa correlação fosse de +1 com a vontade dos alemães.![]()
Afirmas que se houver estabilidade na Europa (ou melhor na Zona Euro) o rácio EUR/USD será sempre maior que 1, e então desta tua douta afirmação podemos concluir que as previsões dos especialistas do forex que estimam que, após a subida da taxa de juros da Fed, essas duas moedas podem atingir a paridade ou até atingir um valor de rácio EUR/USD = 0.80, como consta de um insight do Goldman Brothers, estão então todas incorretas? É possível, mas não é muito provável, e eu vou continuar a acreditar mais nesses especialistas do forex que em ti, mas posso estar a correr um grande risco pois tu podes ser um singular especialista encoberto do forex e aí, se estiveres certo, devia seguir os teus insights.
Se não te importas vou começar a ler os teus posts na diagonal porque são muito longos e acrescentam muito pouco.
Portanto basicamente o que tu dizes é que a tua opinião não é o que tu realmente achas, mas sim estás a repetir o que a goldman brothers (brothers? desconheço esta entidade) diz. Queres mesmo entrar pela discussão das probabilidades dos grandes especialistas acertarem em especulações/futurologia? em forex?![]()
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Há professores mambos por esse país fora que acertam mais vezes.
Cumprimentos!
A resposta que dei ao Chico é um raciocínio próprio assente exclusivamente na minha interpretação pessoal dos factos ocorridos, pelo que não estou a copiar o Goldman Sachs ou os especialistas do forex, tanto mais que este tipo de raciocínio não se encontra assim desenvolvido em nenhum dos artigos que li e que se encontram disponíveis na net, pelo que não estou a copiar coisa alguma. Tu é que, pelos vistos, tens umas certas limitações na interpretação do meu texto, porque só dei o exemplo do Goldman Sachs como um dos casos em que aponta para a possibilidade do rácio EUR/USD poder atingir o nível de 0.8.
Quanto à questão da probabilidade estatística versus matemática, com esta tua resposta, voltaste a demonstrar que não soubeste interpretar o meu texto.
Sendo assim, com tanta distorção daquilo que escrevi por inerentes dificuldades de interpretação tuas, como é que queres leres os meus textos em diagonal, quando na horizontal já apresentas tantas limitações de interpretação? Sabes que a capacidade de interpretação de uma pessoa não depende tanto da sua vontade ou da vontade dos alemães, mas depende bastante da sua carga genética cognitiva, para além do seu percurso de aprendizagem qualitativa e quantitativa ao longo da sua vida. E eu para já, neste tópico, ainda não vi nada escrito por ti de forma ativa e não reativa que me mereça um copy para memória futura. Portanto, escreve qualquer coisa sobre mercados para nós sabermos o que tu na realidade vales, porque é muito mais fácil escrever por reação do que por ação própria e original ou tendencialmente original.
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O EUR tornou-se numa divisa de refúgio, apar do JPY principalmente, e incluindo o CHF, secundariamente.
Anteriormente a moeda da ZE, era considerada uma divisa de "Risk On", com o tempo, a mesma tem se tornando um activo de refúgio.
Se repararem o Ouro (XAU), não tem recuperado o seu estatuto de refúgio. Até parece que perdeu o seu brilho. Senão comparem a subida louca do EUR face ao USD com a pequena queda do Ouro, ontem.
(Para os interessados no Forex, os posts do djovarius, no tópico do Forex, são interessantes e facilmente compreensíveis.)
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Re: Fundos à la carte
Dr Tretas Escreveu:Repararam que com as movimentações de ontem, houve alguns ETFs que perderam temporariamente a correlação com os subjacentes? Parece que os market makers se acobardaram e os ETFs perderam a liquidez, sofrendo quedas muito maiores que os subjacentes nesses momentos de pânico.
http://money.cnn.com/2015/08/24/investing/stocks-markets-selloff-circuit-breakers-1200-times/index.html?iid=surge-stack-dom
E no fundo foi só um cheirinho. Se fosse um crash a sério... Isto dá origem a potencial arbitragem, se alguém conseguisse apanhar esses ETFs no momento do "saldo".
Boa partilha.
Este facto vem evidenciar um grande factor contra dos ETF's em relação aos FI's: os ETF's de baixa liquidez e especialmente em períodos de baixa liquidez não são fácilmente vendáveis como os FI's, pois tudo depende do spread bid-ask do momento e da liquidez do ETF, isto porque para se vender uma coisa no mercado bolsista é preciso que haja alguém que a queira comprar a um preço justo para o vendedor, sendo que este pode ser um enorme problema para o vendedor em alturas de falta de liquidez extrema, e aí, no curto prazo, para que me serve uma baixa taxa de gestão do ETF relativamente à taxa de um FI, se eu depois não consigo vendê-lo na hora pelo tal preço justo.
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Re: Fundos à la carte
SMA50 Escreveu:O amigo Chico questionou sobre o porquê de, nos últimos tempos, o EUR estar a valorizar bastante face ao USD, e dado que este é um facto ocorrrido, foi então dada uma explicação sobre tal ocorrência, isto porque uma explicação é dada sobre resultados reais ocorridos e ninguém consegue dar uma explicação justificativa sobre factos ou resultados ainda não ocorridos. Nós podemos elaborar um outlook sobre previsões futuras ou projetar estimativas sobre dados futuros, mas isso é projeto ou estimativas e, como tal, pode não corresponder, e muitas vezes não corresponde, à realidade dos dados futuros.
Então, será que tens uma singularidade única no mundo que consegue dar uma explicação justificativa sobre factos não ocorridos? Eu cá, assim como o comum dos mortais, ainda só conseguimos estimar ou projetar dados futuros e não explicar dados não ocorridos, porque, entre outras coisas, ainda não conseguimos tornar a probabilidade estatística igual à matemática. Se conseguires tornar a probabilidade estatística numa ciência exata, passas a ser uma pessoa singular e ficas desde logo candidato a um prémio Nobel e eu teria todo o gosto em ir a Estocolmo assistir à entrega desse projeto de troféu, mas acho que vamos ficar só pelo projeto e o troféu não vai ser materializado, temos pena ...
Desta tua afirmação de verdade, podemos então concluir que o trajeto presente e futuro do forex EUR/USD está apenas dependente da vontade e determinação dos alemães porque querem ter sempre grandes reservas de uma moeda hard currency - euro - porque continuam traumatizados com o disparar da inflação que lhes sucedeu há mais de meio século, pelo que o futuro do forex EUR/USD, segundo a tua teoria, vai estar sempre agarrado a este trauma alemão. Ou seja, os alemães entram em depressão psicológica e todo o mundo também tem que ficar com disfunções psicológicas graves. Nós sabemos que cada vez mais há uma correlação positiva entre as várias economias dos diferentes países, porque, pela globalização da economia, cada vez mais os países são mais interdependentes, mas o que eu não sabia é que essa correlação fosse de +1 com a vontade dos alemães.![]()
Afirmas que se houver estabilidade na Europa (ou melhor na Zona Euro) o rácio EUR/USD será sempre maior que 1, e então desta tua douta afirmação podemos concluir que as previsões dos especialistas do forex que estimam que, após a subida da taxa de juros da Fed, essas duas moedas podem atingir a paridade ou até atingir um valor de rácio EUR/USD = 0.80, como consta de um insight do Goldman Brothers, estão então todas incorretas? É possível, mas não é muito provável, e eu vou continuar a acreditar mais nesses especialistas do forex que em ti, mas posso estar a correr um grande risco pois tu podes ser um singular especialista encoberto do forex e aí, se estiveres certo, devia seguir os teus insights.
Se não te importas vou começar a ler os teus posts na diagonal porque são muito longos e acrescentam muito pouco.
Portanto basicamente o que tu dizes é que a tua opinião não é o que tu realmente achas, mas sim estás a repetir o que a goldman brothers (brothers? desconheço esta entidade) diz. Queres mesmo entrar pela discussão das probabilidades dos grandes especialistas acertarem em especulações/futurologia? em forex?




Há professores mambos por esse país fora que acertam mais vezes.
Cumprimentos!
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
2014 Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
2008 (BEAR MARKET) Fundos activos atropelados pelo SP500: 54,34%
Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
Fundos Activos Small Cap foram cilindrados pelo etf do SP Small Cap 600: 83,77% Esmagados;
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