CMVM: Tópico geral
É o que temos....
Acho que o mais grave não é o facto de as pessoas terem pouca cultura financeira. O mais grave são as atitudes conscientes de quem a tem, como esse Senhor.
Então agora é que vem com este paleio.
Esta conversa era muito útil no ano passado,
mais ou menos por esta altura.
Agora, depois destes investidores com pouca cultura financeira (4ªclasse, desempregados, reformados, etc...) estarem entalados com as suas economias, é que este senhor vem dizer isto.
Como a gozar ainda por cima. Como quem se ri, lembrando-os ainda mais do que são!
Este senhor julga que é o quê?
Rua com ele. Demita-se.
Posso dar um exemplo: existem várias bolsas na Europa, a nossa foi a que caiu mais. Agora a culpa é dos desempregados. Ou dos especuladores que por cá fervilham e tudo lhes é permitido?! HUM...?
OPÁ NÃO ME ENERVEM! Deixem-se estar é calados e desempenhem bem o vosso trabalho, REGULEM, mas regulem bem.
Cumprimentos a todo o pessoal deste forum
Então agora é que vem com este paleio.
Esta conversa era muito útil no ano passado,
mais ou menos por esta altura.
Agora, depois destes investidores com pouca cultura financeira (4ªclasse, desempregados, reformados, etc...) estarem entalados com as suas economias, é que este senhor vem dizer isto.
Como a gozar ainda por cima. Como quem se ri, lembrando-os ainda mais do que são!
Este senhor julga que é o quê?
Rua com ele. Demita-se.
Posso dar um exemplo: existem várias bolsas na Europa, a nossa foi a que caiu mais. Agora a culpa é dos desempregados. Ou dos especuladores que por cá fervilham e tudo lhes é permitido?! HUM...?
OPÁ NÃO ME ENERVEM! Deixem-se estar é calados e desempenhem bem o vosso trabalho, REGULEM, mas regulem bem.

Cumprimentos a todo o pessoal deste forum
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- Registado: 27/5/2008 12:02
Já no topico "A ilusão" eu referi precisamente isso:
À opinião anterior só queria acrescentar que essa inqualificação é extensivel a quem vende os produtos, mas sobre isso para não ferir susceptibilidades não pretendo alargar os comentários, só deixo uma nota é lamentável que se façam perguntas sobre determinados produtos e o feedback seja não saberem minimamente do que se está a falar, penso que haverá excepções mas provavelmente esses têm custos elevados para o investidor mais comum!
um amigo meu em conversa comigo sobre o crédito bancário vs taxas de juro num determinado banco:
- o banco comentando para esse meu amigo o momento há cerca de um ano sobre as taxas de juros :
" ohhhh .... os juros não vão subir mais"
eu tentei de forma veemente explicar a esse meu amigo que as taxas de juro dependiam de alguns factores, quem decidia era o BCE tendo em conta esses mesmos factores , a tendência era das taxas continuarem a subir, embora ninguem pudesse afirmar com 100% de certeza para que lado iriam enfim , mas é tarefa quase inglória, o Senhor do banco disse tá dito e é válido!
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... sc&start=0
Um abraço
Colocada: 9/7/2008 22:47 Assunto:
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Tiago, permite-me a minha opinião em breves palavras ao que descreves-te, eu nem lhe chamo ilusão nem dummies, chamo-lhe INEXPERIÊNCIA/IGNORâNICA (no sentido literal da palavra) e INCAPACIDADE de perceber o que é a bolsa e o que são os MOMENTOS bolsistas.
Acho que nem vale a pena descrever as cotações a que se encontravam a maior todas as cotadas do PSI, as subidas não são infinitas e a probabilidade desta queda era demasiado elevada, e era uma questão de tempo, quando digo tempo digo semanas ou meses, ver preços do crude ver crise imobiliaria ver escandalos financeiros e bancos com rombos astronomicos e outros falidos (N. Rock) etc..
É no entanto certo que isto tudo pode levar à ilusão
É importante viver os ciclos para poder estar alerta para a repetição dos mesmos, eu sou da opinião que os cilcos se repetem, embora ciclos passados não sejam garantia de ciclos iguais futuros.
1 Ab
À opinião anterior só queria acrescentar que essa inqualificação é extensivel a quem vende os produtos, mas sobre isso para não ferir susceptibilidades não pretendo alargar os comentários, só deixo uma nota é lamentável que se façam perguntas sobre determinados produtos e o feedback seja não saberem minimamente do que se está a falar, penso que haverá excepções mas provavelmente esses têm custos elevados para o investidor mais comum!
um amigo meu em conversa comigo sobre o crédito bancário vs taxas de juro num determinado banco:
- o banco comentando para esse meu amigo o momento há cerca de um ano sobre as taxas de juros :
" ohhhh .... os juros não vão subir mais"
eu tentei de forma veemente explicar a esse meu amigo que as taxas de juro dependiam de alguns factores, quem decidia era o BCE tendo em conta esses mesmos factores , a tendência era das taxas continuarem a subir, embora ninguem pudesse afirmar com 100% de certeza para que lado iriam enfim , mas é tarefa quase inglória, o Senhor do banco disse tá dito e é válido!
http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... sc&start=0
Um abraço
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
mfsr1980 Escreveu:e eu estou preocupado com a ignorância que graça no "staff" da CMVM e do GOVERNO!
A operação "Robin dos Bosques" é preocupante... sairía de alguém com a 4ª classe ou de um "engenheiro"?
Francamente, estou a ficar fúrioso! Os "engenheiros" que polulam por este País fora é que me deixam preocupado, pois o País não sobrevive a tanta sapiência!
Um abraço de
Miguel Rodrigues
Isso do Robin dos Bosques é uma fantasia ...
http://resistir.info/e_rosa/nao_ha_novo_imposto.html
Cumprimentos
Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
e eu estou preocupado com a ignorância que graça no "staff" da CMVM e do GOVERNO!
A operação "Robin dos Bosques" é preocupante... sairía de alguém com a 4ª classe ou de um "engenheiro"?
Francamente, estou a ficar fúrioso! Os "engenheiros" que polulam por este País fora é que me deixam preocupado, pois o País não sobrevive a tanta sapiência!
Um abraço de
Miguel Rodrigues
A operação "Robin dos Bosques" é preocupante... sairía de alguém com a 4ª classe ou de um "engenheiro"?
Francamente, estou a ficar fúrioso! Os "engenheiros" que polulam por este País fora é que me deixam preocupado, pois o País não sobrevive a tanta sapiência!
Um abraço de
Miguel Rodrigues
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- Localização: LISBOA
patacas Escreveu:Provavelmente os qe têm a 4a classe foram os que fizeram menos asneiras. O sr.António do meu talho fartou-se de comprar Galp a 7 euros porque segundo ele " o dinheiro que eu deixo na bomba tem de ir para algum sítio" . Vendeu tudo há duas semanas para comprar a merceearia do lado, a do sr. joaquim, que vivia em Loures e gastava uma pipa de massa para pagar o gasóleo e as portagens para chegar a Linda-a-Velha ( esta é mesmo verídica)
Real ou inventado, o exemplo é fraco e não mostra nada a não ser uma coisa: quando as cotações mexem, só por esse facto, há quem faça dinheiro.
É fraco por uma razão muito, muito óbvia: o gasóleo está em máximos e a GALP está a 35% abaixo dos máximos e 17% abaixo do valor de há duas semanas atrás.
Portanto o argumento de fundo não tem validade nem consistência e aplicado noutro momento teria dado prejuízo.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Provavelmente os qe têm a 4a classe foram os que fizeram menos asneiras. O sr.António do meu talho fartou-se de comprar Galp a 7 euros porque segundo ele " o dinheiro que eu deixo na bomba tem de ir para algum sítio" . Vendeu tudo há duas semanas para comprar a merceearia do lado, a do sr. joaquim, que vivia em Loures e gastava uma pipa de massa para pagar o gasóleo e as portagens para chegar a Linda-a-Velha ( esta é mesmo verídica)
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Á uns anos, havia aqui na beira um presidente de Câmara que dizia: "já vi muitos formados e burros"
Eu sou formado, e nunca me cresceram umas orelhas peludas, mas o sr. Presidente da época tinha razão.
Sou enfermeiro, sou licenciado. O que é que me ensinaram na faculdade ou no hospital sobre bolsa?
-Nada

Eu sou formado, e nunca me cresceram umas orelhas peludas, mas o sr. Presidente da época tinha razão.
Sou enfermeiro, sou licenciado. O que é que me ensinaram na faculdade ou no hospital sobre bolsa?
-Nada

Ainda não percebi bem
Ainda não percebi bem o alcance da notícia.
30% dos investidores tem a 4ª classe???
Estes gajos não batem bem da bola ou então a malta que tem a 4ª classe tá cheia de dinheiro e portanto investe na bolsa.
Esses sacanas é que me estão a entalar
E é espantosa a capacidade deste pessoal para manipular os mercados. Eu a pensar que eram os grandes tubarões e afinal quando se vê a quebra de um suporte ou resistência a malta com a 4ª classe e desempregados (era o resto da fatia que preocupava a CMVM) dá ordens logo a seguir e faz o mundo avançar.
Bem hajam e quando o Ministro quiser criar 150.000 empregos a malta deve dizer-lhe:
O Senhor quer matar o mercado de capitais???
30% dos investidores tem a 4ª classe???
Estes gajos não batem bem da bola ou então a malta que tem a 4ª classe tá cheia de dinheiro e portanto investe na bolsa.
Esses sacanas é que me estão a entalar

E é espantosa a capacidade deste pessoal para manipular os mercados. Eu a pensar que eram os grandes tubarões e afinal quando se vê a quebra de um suporte ou resistência a malta com a 4ª classe e desempregados (era o resto da fatia que preocupava a CMVM) dá ordens logo a seguir e faz o mundo avançar.
Bem hajam e quando o Ministro quiser criar 150.000 empregos a malta deve dizer-lhe:
O Senhor quer matar o mercado de capitais???
Resina Escreveu:Quico, por acaso gosto mais deste titulo...
O outro titulo, igual ao do Jnegocios não o acho correcto em termos linguisticos...
Abraço
A administração é que sabe. Só quis ser cavalheiro.

Branc0 Escreveu:Ao principio fiquei surpreendido, depois lembrei-me que os nossos gestores também são assim e achei tudo normal.
Grande parte dos empresários portugueses só têm a 4ª classe porque a esses não restou outro remédio que "se mandarem para a frente".
Os nossos licenciados, se são tão espertos, que se "amandem" então!

Mas parece que não; geralmente estão à espera que alguém superior (o estado ou os empresários - esses seres de outro planeta, ao que parece) lhes arranje emprego.
Infelizmente, nas nossas universidades (e sei bem do que falo) é pouco incutido espírito de empreendedor, e mais de funcionário. E nos meios mais cultos da nossa sociedade, há muito o culto do emprego no Estado e o desprezo pelos "patrões" e pela iniciativa privada.
Se os nosso licenciados, mestrados, e doutorados fossem mais empreendedores, talvez este país fosse bem melhor!...
Abraço.
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Ao principio fiquei surpreendido, depois lembrei-me que os nossos gestores também são assim e achei tudo normal.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
A CMVM deve estar a falar do IPO da EDP Renováveis, só pode ser !!! Em que pequenos investidores com baixa escolarização estão a ser verdadeiramente decapitados, mas no seu bolso.
É caso para dizer: Ignorância de uns, esperteza, ou excesso de esperteza de outros.
PS: Nos Estados Unidos, até colocam crianças a investir na bolsa porque dizem que desenvolvem uma maior capacidade nessas idades, gostava de saber qual a sua formação.
Abraço
É caso para dizer: Ignorância de uns, esperteza, ou excesso de esperteza de outros.
PS: Nos Estados Unidos, até colocam crianças a investir na bolsa porque dizem que desenvolvem uma maior capacidade nessas idades, gostava de saber qual a sua formação.
Abraço
Estou a ver asneiras de principiantes e de ignorantes nos ditos experts, em que o último caso é do BPI ao vender em baixa as acções do BCP, e perderam a oportunidade de as vender em alta, está tudo dito.
Acho que CMVM têm é que estar preocupada mas é com os experts, esses é que tem feito os piores investimentos , e muitos deles alavancados.
Acho que CMVM têm é que estar preocupada mas é com os experts, esses é que tem feito os piores investimentos , e muitos deles alavancados.
- Mensagens: 95
- Registado: 22/5/2008 21:52
CMVM preocupada com baixa escolarização de muito investidor
Notícia TSF: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=967756
Bem que me parecia...
Depois venha-me dizer que os preços se movimentam seguindo lógicas racionais/fundamentais...
(Afinal o luiz22 já tinha aberto este tópico. Pedia à administração para apagar este. Desculpem.)
Bem que me parecia...

Depois venha-me dizer que os preços se movimentam seguindo lógicas racionais/fundamentais...

(Afinal o luiz22 já tinha aberto este tópico. Pedia à administração para apagar este. Desculpem.)
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
CMVM preocupada com ignorância do investidor
CMVM preocupada com ignorância do investidor
PEDRO FERREIRA ESTEVES
Bolsa. Em plena crise bolsista, o quadro traçado pelo regulador sobre o tipo de investidor português assume particular relevância pela identificada iliteracia financeira e comportamentos de risco. Uma retrato preocupante que ajuda a explicar o baixo grau de desenvolvimento da bolsa nacional
Um terço dos portugueses que investe em mercados financeiros é reformado ou desempregado, só tem a 4ª classe ou menos e admite que tem pouco conhecimento sobre a bolsa. Cerca de 25% investiu com o mercado em alta, a maioria depende da informação prestada pelos bancos, tem carteiras de risco e pouco diversificadas e quase só compra acções em Portugal. Uma fotografia feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no Relatório Anual de 2007, publicado este mês, e que ganha maior relevância em plena crise bolsista.
Os dados do inquérito realizado em 2006 numa amostra de 15 149 famílias confirmam que a poupança em Portugal é dominada por depósitos a prazo (21,1%) e certificados de aforro (3,9%). No resto, apenas 2,7% dos contactados têm acções, 6,5% investem em planos poupança reforma (PPR), 1,8% em obrigações e 0,7% em fundos de investimento. E são as características dos que detêm valores mobiliários (8,9%) - os investidores - que deixa apreensiva a entidade liderada por Carlos Tavares.
Em termos de escolaridade, três em cada 10 investidores concluíram quatro ou menos anos na escola. Um dado que, para o regulador, "levanta algumas preocupações com o nível de literacia financeira de um número muito significativo de investidores, tanto mais que é geralmente reconhecido que um elevado nível de cultura financeira diminui os (...) erros de comportamento". Só 24% concluíram um curso médio ou superior.
Associada a esta característica, um em cada quatro investidores entrou no mercado há menos de três anos, quando a bolsa estava a subir. "Atendendo a que em geral investidores com menos conhecimentos (...) têm maior probabilidade de negociar títulos apenas quando o mercado está tendencialmente em alta, a juventude destes investidores pode materializar-se em enviesamentos ou erros de comportamento (...), particularmente em períodos de tendência negativa do mercado como aquele que se vive actualmente". O que se traduz numa "dificuldade em aceitar uma perda" e numa resistência a vender que penaliza adicionalmente o investimento. Quando essa venda passa a ser forçada pela dimensão da perda, "a consciência do falhanço leva o investidor a abandonar o mercado". O que explica, em parte, que Portugal acabe por ter uma das mais reduzidas percentagens de investimento em bolsa na Europa desenvolvida, com inúmeras desistências após experiências mal sucedidas.
Dependência dos bancos
A falta de informação é outro ponto "negro" do inquérito. Apenas 20% informa-se diariamente sobre a actualidade bolsista e, em média, os investidores dizem possuir um conhecimento insuficiente sobre o assunto (auto-avaliação média de 33% em 100). Por outro lado, a esmagadora maioria depende dos conselhos dos gestores de conta/bancários (vulneráveis às opções comerciais), 28% usa crédito para investir e, dentro do universo de investidores, são mais aqueles que têm acções (60%) do que os que detêm depósitos (54%). E é maior o número dos que apostam em produtos complexos e arriscados (11%) do que os que aplicam em fundos de investimento (7,4%).
"Estas percentagens encerram alguma preocupação. (...) Se os investidores particulares (...) reconhecem possuir conhecimentos insuficientes (...), não é imediatamente perceptível porque investem em produtos de maior complexidade", conclui, surpreendida, a CMVM.
http://dn.sapo.pt/2008/07/14/economia/c ... stido.html
PEDRO FERREIRA ESTEVES
Bolsa. Em plena crise bolsista, o quadro traçado pelo regulador sobre o tipo de investidor português assume particular relevância pela identificada iliteracia financeira e comportamentos de risco. Uma retrato preocupante que ajuda a explicar o baixo grau de desenvolvimento da bolsa nacional
Um terço dos portugueses que investe em mercados financeiros é reformado ou desempregado, só tem a 4ª classe ou menos e admite que tem pouco conhecimento sobre a bolsa. Cerca de 25% investiu com o mercado em alta, a maioria depende da informação prestada pelos bancos, tem carteiras de risco e pouco diversificadas e quase só compra acções em Portugal. Uma fotografia feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no Relatório Anual de 2007, publicado este mês, e que ganha maior relevância em plena crise bolsista.
Os dados do inquérito realizado em 2006 numa amostra de 15 149 famílias confirmam que a poupança em Portugal é dominada por depósitos a prazo (21,1%) e certificados de aforro (3,9%). No resto, apenas 2,7% dos contactados têm acções, 6,5% investem em planos poupança reforma (PPR), 1,8% em obrigações e 0,7% em fundos de investimento. E são as características dos que detêm valores mobiliários (8,9%) - os investidores - que deixa apreensiva a entidade liderada por Carlos Tavares.
Em termos de escolaridade, três em cada 10 investidores concluíram quatro ou menos anos na escola. Um dado que, para o regulador, "levanta algumas preocupações com o nível de literacia financeira de um número muito significativo de investidores, tanto mais que é geralmente reconhecido que um elevado nível de cultura financeira diminui os (...) erros de comportamento". Só 24% concluíram um curso médio ou superior.
Associada a esta característica, um em cada quatro investidores entrou no mercado há menos de três anos, quando a bolsa estava a subir. "Atendendo a que em geral investidores com menos conhecimentos (...) têm maior probabilidade de negociar títulos apenas quando o mercado está tendencialmente em alta, a juventude destes investidores pode materializar-se em enviesamentos ou erros de comportamento (...), particularmente em períodos de tendência negativa do mercado como aquele que se vive actualmente". O que se traduz numa "dificuldade em aceitar uma perda" e numa resistência a vender que penaliza adicionalmente o investimento. Quando essa venda passa a ser forçada pela dimensão da perda, "a consciência do falhanço leva o investidor a abandonar o mercado". O que explica, em parte, que Portugal acabe por ter uma das mais reduzidas percentagens de investimento em bolsa na Europa desenvolvida, com inúmeras desistências após experiências mal sucedidas.
Dependência dos bancos
A falta de informação é outro ponto "negro" do inquérito. Apenas 20% informa-se diariamente sobre a actualidade bolsista e, em média, os investidores dizem possuir um conhecimento insuficiente sobre o assunto (auto-avaliação média de 33% em 100). Por outro lado, a esmagadora maioria depende dos conselhos dos gestores de conta/bancários (vulneráveis às opções comerciais), 28% usa crédito para investir e, dentro do universo de investidores, são mais aqueles que têm acções (60%) do que os que detêm depósitos (54%). E é maior o número dos que apostam em produtos complexos e arriscados (11%) do que os que aplicam em fundos de investimento (7,4%).
"Estas percentagens encerram alguma preocupação. (...) Se os investidores particulares (...) reconhecem possuir conhecimentos insuficientes (...), não é imediatamente perceptível porque investem em produtos de maior complexidade", conclui, surpreendida, a CMVM.
http://dn.sapo.pt/2008/07/14/economia/c ... stido.html
As decisões fáceis podem fazer-nos parecer bons,mas tomar decisões difíceis e assumi-las faz-nos melhores.
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CMVM entrega queixa-crime contra o BCP na Procuradoria
Banca
CMVM entrega queixa-crime contra o BCP na Procuradoria
27.06.2008 - 13h20
Por Cristina Ferreira
Miguel Manso (arquivo)
Carlos Tavares esteve esta manhã na Procuradoria
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, supervisor bolsista, acaba de entregar no Ministério Público uma queixa-crime contra o Banco Comercial Português (BCP).
Em causa estão ainda os ex-gestores do BCP, liderados por Jorge Jardim Gonçalves, acusados de entre 2000 e 2002 terem actuado, através de veículos off-shores, com a finalidade de manipular o mercado, lesando os investidores, nomeadamente, os pequenos accionistas. O objectivo do BCP era o de sustentar o preço da acção subscrita durante os aumentos de capital de 2000 e de 2001 ao preço médio de 5,5 euros, valor que cairia no ano seguinte para baixo dos dois euros.
A Procuradoria Geral da República irá agora, com base na documentação entregue pela CMVM, iniciar averiguações aprofundadas.
Carlos Tavares, presidente da CMVM, esteve hoje de manhã na PGR para entregar a queixa contra o BCP.
Ontem o BCP veio anunciar as condições em que irá dirimir o contencioso que mantém com alguns pequenos accionistas, e seus clientes, que foram aos aumentos de capital de 2000 e de 2001, com financiamento concedido pelo banco, e que entendem ter sido enganados.
In publico
Dúvida sobre comunicado da CMVM
Boa tarde,
Alguém me faz o favor de explicar por miúdos o significado deste comunicado:
"INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA
Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 248º do Código dos Valores Mobiliários, a Lisgráfica –
Impressão e Artes Gráficas, S.A. (“Lisgráfica”) torna público ter recebido, nesta data, comunicação por
parte da RASOGRÁFICA – Comércio e Serviços Gráficos, S.A. com o seguinte teor:
“A Rasográfica - Comércio e Serviços Gráficos, S.A., sociedade com sede em Campo Raso, Sintra, com o
capital social de € 50.000,00 com o número de pessoa colectiva e de matrícula na Conservatória do Registo
Comercial de Sintra 506 346 056, vem, com vista ao cumprimento do disposto no art. 189º, nº 2 do Código
dos Valores Mobiliários, e na sequência de requerimento que para o efeito apresentou, informar ter
recebido comunicação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de declaração de
derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição sobre as acções representativas do
capital social da Lisgráfica, nos termos que a seguir se transcrevem:
“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários vem por este meio comunicar ter esta Comissão
deliberado deferir o pedido de declaração de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de
aquisição, nos termos do art. 189º, nº1 c) do Código dos Valores Mobiliários.”
Queluz de Baixo, 8 de Abril de 2008
O Conselho de Administração"
Alguém me faz o favor de explicar por miúdos o significado deste comunicado:
"INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA
Nos termos e para os efeitos do disposto no art. 248º do Código dos Valores Mobiliários, a Lisgráfica –
Impressão e Artes Gráficas, S.A. (“Lisgráfica”) torna público ter recebido, nesta data, comunicação por
parte da RASOGRÁFICA – Comércio e Serviços Gráficos, S.A. com o seguinte teor:
“A Rasográfica - Comércio e Serviços Gráficos, S.A., sociedade com sede em Campo Raso, Sintra, com o
capital social de € 50.000,00 com o número de pessoa colectiva e de matrícula na Conservatória do Registo
Comercial de Sintra 506 346 056, vem, com vista ao cumprimento do disposto no art. 189º, nº 2 do Código
dos Valores Mobiliários, e na sequência de requerimento que para o efeito apresentou, informar ter
recebido comunicação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários de declaração de
derrogação do dever de lançamento de oferta pública de aquisição sobre as acções representativas do
capital social da Lisgráfica, nos termos que a seguir se transcrevem:
“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários vem por este meio comunicar ter esta Comissão
deliberado deferir o pedido de declaração de derrogação do dever de lançamento de oferta pública de
aquisição, nos termos do art. 189º, nº1 c) do Código dos Valores Mobiliários.”
Queluz de Baixo, 8 de Abril de 2008
O Conselho de Administração"
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CMVM recebe uma média de duas denúncias por mês
Jornal de Negócios Escreveu:Às mãos da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) chegaram, nos últimos três anos, 70 denúncias acerca de práticas de mercado alegadamente ilícitas ou abusivas. Este número traduz-se numa média de cerca de duas denúncias por mês.
Neste rol de comunicações de operações suspeitas ao regulador, os intermediários financeiros têm sido os grandes protagonistas.
O público em geral tem assumido um papel secundário e não há memória de que estes actores tenham dado azo a enredos semelhantes a vários outros que, nos Estados Unidos da América por exemplo, acabaram por revelar-se essenciais em processos de combate à fraude Ver textos em baixo). E, em muitos casos, em sucessos de bilheteira.
Eles devem se estar a referir a diversas denúncias sobre uma média de 2 casos por més. É que só as brincadeiras dos MMs com warrants da JM e o "StopHunting", já davam para isso.
Fora os casos mais mediáticos... Investidores chineses para comprar o benfica? por amor de deus...
Já agora, o que eu estou mesmo farto de assistir é "Inside Trading" dias antes de notícias saírem e é que não há maneira de por cobro a isso...
Pronto, já disse, agora posso ir dormir descansado

Abraço e boas leituras...
O Bala
StockMarket it's like a box of chocolates...You just never know what you gonna get.
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Clã do Caldeirão: http://mybrute.com/team/27048
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CMVM quer mais transparência na relação com analistas
Uma recomendação de "compra" ou de "venda" é suficiente para fazer disparar ou afundar um título. Por isso, a CMVM quer garantir que não há situações de conflito de interesses entre as empresas e os analistas que emitem o "research".
Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt
Uma recomendação de "compra" ou de "venda" é suficiente para fazer disparar ou afundar um título. Por isso, a CMVM quer garantir que não há situações de conflito de interesses entre as empresas e os analistas que emitem o "research".
Todos os dias o mercado é bombardeado com várias recomendações dos bancos de investimento sobre as empresas. Uma nota de um analista a dizer para vender ou comprar é suficiente para fazer mexer, para cima ou para baixo, os títulos de uma empresa. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não fica indiferente a este factor e quer mais transparência. Carlos Tavares decidiu, por isso, emitir novas recomendações para os "research", desta vez destinada aos vários intervenientes envolvidos no processo: empresas, analistas e investidores.
Inseridas no âmbito da iniciativa da CMVM sobre Abuso de Mercado, as recomendações pretendem, por exemplo, que, por um lado, as empresas "contribuam para que os analistas avaliem de forma correcta e isenta a empresa analisada e os valores mobiliários por esta emitido". E, por outro, que as notas de "research" detalhem "a ligação do intermediário financeiro ou do analista financeiro, com o emitente dos valores mobiliários objecto de recomendação de investimento a quem tenha, nomeadamente, prestado serviços bancários ou mantido outras relações comerciais".
A necessidade de uma maior transparência na relação entre analistas e empresas, de modo a garantir que as recomendações são isentas e que não há acesso a informação privilegiada é uma das principais preocupações do regulador.
Contactado pelo Jornal de Negócios, Nandim de Carvalho, presidente da assembleia geral da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM) realçou que, "num mercado de capitais, é sempre desejável a regulação", considerando que "as medidas são positivas" e espera que, no período de 60 dias de consulta pública, possam "vir novas sugestões das partes envolvidas", nomeadamente responsáveis das empresas que "cada vez mais estão envolvidos com informação privilegiada".
O mesmo responsável adiantou que "os investidores têm a beneficiar se o mercado for mais credível e confiável" e as medidas propostas pelo regulador português vão contribuir "para que não haja manipulação do mercado e não verem frustradas as expectativas de que as informações disponíveis o sejam para toda a gente e não por partes que têm informação privilegiada".
Aos investidores, a CMVM recomenda que verifiquem a origem da informação dos "research" e se certifiquem que não há "relações ou circunstâncias susceptíveis de prejudicar a objectividade da recomendação", nem situações de potencial conflito de interesses.
Para evitar estas situações, a CMVM aconselha os investidores a procurarem fontes de informação diversificadas e credíveis, bem como a analisar a nota de "research" na sua totalidade.
A CMVM alerta, ainda, os investidores para recomendações emitidas em vésperas de eventos relevantes, como lançamentos de ofertas públicas de aquisição ou aumentos de capital, que podem envolver conflito de interesses.
Para a ATM, as medidas propostas por Carlos Tavares são positivas e contribuem para um mercado mais transparente, podendo motivar os investidores a acreditarem mais no mercado. Nandim de Carvalho considera, porém, que os investidores são "beneficiários passivos destas novas recomendações da CMVM".
Apesar de várias tentativas para contactar "investor relations" de algumas empresas cotadas, nenhum responsável se mostrou disponível para prestar declarações sobre este assunto.
Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt
Uma recomendação de "compra" ou de "venda" é suficiente para fazer disparar ou afundar um título. Por isso, a CMVM quer garantir que não há situações de conflito de interesses entre as empresas e os analistas que emitem o "research".
Todos os dias o mercado é bombardeado com várias recomendações dos bancos de investimento sobre as empresas. Uma nota de um analista a dizer para vender ou comprar é suficiente para fazer mexer, para cima ou para baixo, os títulos de uma empresa. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não fica indiferente a este factor e quer mais transparência. Carlos Tavares decidiu, por isso, emitir novas recomendações para os "research", desta vez destinada aos vários intervenientes envolvidos no processo: empresas, analistas e investidores.
Inseridas no âmbito da iniciativa da CMVM sobre Abuso de Mercado, as recomendações pretendem, por exemplo, que, por um lado, as empresas "contribuam para que os analistas avaliem de forma correcta e isenta a empresa analisada e os valores mobiliários por esta emitido". E, por outro, que as notas de "research" detalhem "a ligação do intermediário financeiro ou do analista financeiro, com o emitente dos valores mobiliários objecto de recomendação de investimento a quem tenha, nomeadamente, prestado serviços bancários ou mantido outras relações comerciais".
A necessidade de uma maior transparência na relação entre analistas e empresas, de modo a garantir que as recomendações são isentas e que não há acesso a informação privilegiada é uma das principais preocupações do regulador.
Contactado pelo Jornal de Negócios, Nandim de Carvalho, presidente da assembleia geral da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM) realçou que, "num mercado de capitais, é sempre desejável a regulação", considerando que "as medidas são positivas" e espera que, no período de 60 dias de consulta pública, possam "vir novas sugestões das partes envolvidas", nomeadamente responsáveis das empresas que "cada vez mais estão envolvidos com informação privilegiada".
O mesmo responsável adiantou que "os investidores têm a beneficiar se o mercado for mais credível e confiável" e as medidas propostas pelo regulador português vão contribuir "para que não haja manipulação do mercado e não verem frustradas as expectativas de que as informações disponíveis o sejam para toda a gente e não por partes que têm informação privilegiada".
Aos investidores, a CMVM recomenda que verifiquem a origem da informação dos "research" e se certifiquem que não há "relações ou circunstâncias susceptíveis de prejudicar a objectividade da recomendação", nem situações de potencial conflito de interesses.
Para evitar estas situações, a CMVM aconselha os investidores a procurarem fontes de informação diversificadas e credíveis, bem como a analisar a nota de "research" na sua totalidade.
A CMVM alerta, ainda, os investidores para recomendações emitidas em vésperas de eventos relevantes, como lançamentos de ofertas públicas de aquisição ou aumentos de capital, que podem envolver conflito de interesses.
Para a ATM, as medidas propostas por Carlos Tavares são positivas e contribuem para um mercado mais transparente, podendo motivar os investidores a acreditarem mais no mercado. Nandim de Carvalho considera, porém, que os investidores são "beneficiários passivos destas novas recomendações da CMVM".
Apesar de várias tentativas para contactar "investor relations" de algumas empresas cotadas, nenhum responsável se mostrou disponível para prestar declarações sobre este assunto.
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