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Caldeirão da Bolsa

GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Lion_Heart » 27/8/2012 18:22

Entre a faixa Tui-La Guardia o preço da gasolina varia entre 1,46 a 1,50 , a primeira bomba no lado de ca em V. N. Cerveira (BP) estava a 1.759 , sendo mesmo a mais cara nesta faixa (Cerveira-V.P. Ancora).


Mais dois pormenores interessantes:

O Estado meteu em V.N. Cerveira um posto de venda de "portagens" virtuais (só para veículos matricula estrangeira). De todas as vezes que passei por la este verão(umas seis) nunca vi la um carro ou camião parado.E pelo ar de quem la estava a trabalhar o serviço devia ser quase nulo.


De repente as portagens em Valença começaram a ter novamente portageiros , seria por os emigrantes e os turistas andarem a sair sem pagar? :mrgreen:
Editado pela última vez por Lion_Heart em 27/8/2012 18:47, num total de 2 vezes.
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por Berluscony » 27/8/2012 18:21

Elias, tenho a certeza e podes confirmar no decreto que referi!

Marco António, eu nunca fui contra os mercados regulados, pelo contrario... Acho mesmo que o mercado de combustíveis devia ser regulado, ou de certa forma limitado com fixação de margens brutas, num sistema semelhante ao dos medicamentos...

Para efeitos de cashflow qual seria a margem bruta a considerar?

O licenciamento camarário difere de camara para camara? Existe alguma lei geral?
 
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por Lion_Heart » 27/8/2012 18:19

MarcoAntonio Escreveu:Como é que é isso? O carro só anda em Espanha?


Just kidding...

:wink:


E o gasoleo estava a 1,42€, creio.
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 18:18

Como é que é isso? O carro só anda em Espanha?


Just kidding...

:wink:
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por PT_Trader » 27/8/2012 18:18

Lion_Heart Escreveu:
PT_Trader Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Eu sabado meti gasolina a 1.46€ em bomba low cost sem cupões,talões,cartões ou outras complicações :mrgreen:


E o carro ainda anda? :twisted:


Em Espanha , como é obvio. :wink:


Ah, ok :wink:
 
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por Lion_Heart » 27/8/2012 18:17

PT_Trader Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:Eu sabado meti gasolina a 1.46€ em bomba low cost sem cupões,talões,cartões ou outras complicações :mrgreen:


E o carro ainda anda? :twisted:


Em Espanha , como é obvio. :wink:
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por PT_Trader » 27/8/2012 18:16

Lion_Heart Escreveu:Eu sabado meti gasolina a 1.46€ em bomba low cost sem cupões,talões,cartões ou outras complicações :mrgreen:


E o carro ainda anda? :twisted:
 
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por Lion_Heart » 27/8/2012 18:15

Eu sabado meti gasolina a 1.46€ em bomba low cost sem cupões,talões,cartões ou outras complicações :mrgreen:
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 18:03

Aqui fica o update até ao final da semana passada.
Anexos
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por Automech » 27/8/2012 16:01

Sim, e há promoções pontuais do continente que são acumuláveis. Por exemplo uma marca de detergente está com o desconto de 50% e acumula com o vale de 25% que dá desconto em todos os detergentes. Ainda este fim de semana aconteceu com o Persil ou o Xau, não me lembro bem.
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 15:56

Já agora, só para comprovares:


A BP e o ACP vão dar o maior desconto em combustível de Portugal a todos os sócios.

No âmbito da parceria estabelecida entre a BP e o Automóvel Clube de Portugal, os mais de 230 mil sócios do ACP poderão passar a usufruir de vários descontos em Combustíveis, LPG e Lubrificantes.

Os descontos ACP/BP continuam em 2012 em todos os postos BP aderentes. Nos postos onde existir uma promoção local (de 5, 6, 10 cênt./lt ou outro montante), os sócios podem acumular com a oferta ACP de 6 cênt./lt e usufruirem de um desconto desconto total de 11, 12 ou 16 cênt./lt. * .



http://www.bp.com/genericarticle.do?cat ... Id=7053010
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por richardj » 27/8/2012 15:48

ah ok eu cá não tenho sorte então estou sempre a ir ás lojas que não tem descontos multi xD

http://www.apetro.pt/documentos/n_postos_comb.pdf

numero de postos de abastecimento por empresa.

EDIT: e já agora peso dos operadores, volume etc

http://www.apetro.pt/documentos/postos_comb.pdf
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 15:48

Inclusivamente há uma série de exemplos de descontos acumuláveis nos próprios combustíveis: por exemplo, os descontos em talão lidl na BP são acumuláveis - estas promoções já sofreu alterações ao longo do tempo - com o desconto de sócio ACP ou com os descontos de cartão BP plus.

Entre outros exemplos (na GALP tb existem descontos acumuláveis). E fora dos combustíveis também há casos de acumulação de descontos...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 27/8/2012 15:59, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 15:45

richardj Escreveu:automech aqui na zona de lisboa já vi esse esquema acontecer muitas vezes :/

quanto ao mais do que um desconto, penso que a lei proibe multi descontos sobre a mesma compra. ex: ter desconto por um vale qualquer e por ter cartão cliente ou cartão jovem etc. normalmente os sistemas das lojas não o permitem e penso que isso está mesma na lei. Só podes ter 1 desconto para uma dada compra.


Estou relativamente certo que não existe tal lei, quanto muito pode estar proibido em situações muito específicas.

As lojas não o permitirem é uma opção comercial no lançamento das promoções, há descontos que podem ser acumulados e descontos que não podem ser acumulados (e já me deparei n vezes com descontos acumuláveis sendo que muitas outras vezes não são acumuláveis).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Automech » 27/8/2012 15:44

Penso que não Richard, caso contrário não era necessário o habitual disclaimer não acumulável com outros descontos ou promoções.
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por richardj » 27/8/2012 15:43

gorgol Escreveu:
Berluscony Escreveu:Já agora, eu estou interessado em abrir um posto de combustível, alguém sabe como se faz?


O mercado é livre. Qualquer um pode abrir um posto e começar a vender.

Passos:

1 - Ter um local interessante. Efetuar um estudo de mercado do local. Se for arrendado ou comprado ter em atenção um estudo económico. Perceber os preços da concorrencia no local, raio de 5 Km, e que contra ações executarão com nova concorrência a retirar clientes. Aceitar que todos baixam preços e ficam todos iguais na área.
2 - Contratar um projetista especializado na matéria e submeter o projeto na C. Municipal do sítio.
3 - Aprovar o projeto e construir o posto, para isso contratar uma empresa especializada. Cumprir as leis existentes para este efeito.
4 - Comprar os combs a granel num fornecedor grossista. Atenção ao crédito e garantias.

5 - Contratar empregados e aranque do posto

6 - Definir politica de preços promocional no arranque e sua estratégia de longo prazo.

Parece simples e garantido, mas não é. Num bom local urbano a alternativa é muitas vezes um prédio. Bastante capital e curva de experiencia dos gestores:

Saber comprar combustível em grosso,
saber construir e operar um posto
Garantias necessárias
Gestão de equipas de colaboradores,
Concorrência que reage a novos comercializadores.
Mercado em queda,
Grande aplicação de capital em stocks.
Assaltos dos amigos do alheio.
Grandes exigências de segurança e ambientais.
etc.

Good luck.


na zona de caldas da rainha existem uns quantos "pequenos" operadores.

aposto que existe uma associação qualquer de empresas petrolíferas portuguesas onde estão registados...
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por richardj » 27/8/2012 15:41

automech aqui na zona de lisboa já vi esse esquema acontecer muitas vezes :/

quanto ao mais do que um desconto, penso que a lei proibe multi descontos sobre a mesma compra. ex: ter desconto por um vale qualquer e por ter cartão cliente ou cartão jovem etc. normalmente os sistemas das lojas não o permitem e penso que isso está mesma na lei. Só podes ter 1 desconto para uma dada compra.
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 15:36

Já agora, quanto à "formula" talvez fique mais simples assim (nota: isto já foi colocado várias vezes no tópico)...




Preço Final de Venda ao Público = ( Preço Base antes de Impostos + ISP ) * IVA

onde

Preço Base antes de Impostos = Preço de custo + Margem Bruta




O preço de custo está indexado à cotação dos respectivos produtos no mercado de Amsterdão-Roterdão-Antuérpia, sendo que a média semanal de uma dada semana reflecte-se nos postos durante a semana seguinte.

Mas a margem bruta é o que o respectivo vendedor quiser, o mercado está liberalizado (bom, deve pelo menos cobrir os custos pos refinaria por causa das acusações de dumping mas fora isso, é o que cada um quiser colocar).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por gorgo » 27/8/2012 15:31

Berluscony Escreveu:Já agora, eu estou interessado em abrir um posto de combustível, alguém sabe como se faz?


O mercado é livre. Qualquer um pode abrir um posto e começar a vender.

Passos:

1 - Ter um local interessante. Efetuar um estudo de mercado do local. Se for arrendado ou comprado ter em atenção um estudo económico. Perceber os preços da concorrencia no local, raio de 5 Km, e que contra ações executarão com nova concorrência a retirar clientes. Aceitar que todos baixam preços e ficam todos iguais na área.
2 - Contratar um projetista especializado na matéria e submeter o projeto na C. Municipal do sítio.
3 - Aprovar o projeto e construir o posto, para isso contratar uma empresa especializada. Cumprir as leis existentes para este efeito.
4 - Comprar os combs a granel num fornecedor grossista. Atenção ao crédito e garantias.

5 - Contratar empregados e aranque do posto

6 - Definir politica de preços promocional no arranque e sua estratégia de longo prazo.

Parece simples e garantido, mas não é. Num bom local urbano a alternativa é muitas vezes um prédio. Bastante capital e curva de experiencia dos gestores:

Saber comprar combustível em grosso,
saber construir e operar um posto
Garantias necessárias
Gestão de equipas de colaboradores,
Concorrência que reage a novos comercializadores.
Mercado em queda,
Grande aplicação de capital em stocks.
Assaltos dos amigos do alheio.
Grandes exigências de segurança e ambientais.
etc.

Good luck.
 
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por MarcoAntonio » 27/8/2012 15:21

Berluscony Escreveu:
No caso dos combustíveis parece existir, nos documentos existentes, uma complexidade extrema que faz com que ninguém perceba e apresente de forma clara a formula de formação de preços. E as partes interessadas fazem questão que assim se mantenha...



Os combustíveis são um mercado liberalizado, como acontece à esmagadora maioria dos produtos (bens e serviços) em Portugal e ao que se vão juntar mais alguns (electricidade, por exemplo).

As pessoas detestam mercados não liberalizados (electricidade por exemplo e os combustíveis quando não eram liberalizados) e depois detestam os mercados liberalizados. É simples, a chatice maior de todas é a parte de pagar e nessa altura não interessa muito se o mercado está liberalizado ou não porque em ambos os casos tem de se pagar pelos bens ou serviços e sistematicamente paga-se mais do que se desejava pagar...


Quanto à formula, é simples. Pode ser descrita assim (ou de outra forma mais ou menos equivalente, na verdade é pouco importante pois estamos a falar de um mercado liberalizado, a única relevância disto é em termos de "acompanhamento" da evolução dos preços: existe um preço de custo base (combustível refinado à saída da refinaria e uma margem bruta (que deverá cobrir os custos pós refinação e depois no final sobrará uma margem líquida de lucro); a este valor acrescem os impostos (ISP, ele próprio constituido por várias parcelas mas que constitui um valor fixo actualizando quando o Governo decide actualizar) e IVA que incide sobre o preço base antes de impostos acrescido do ISP (ie, o IVA incide também sobre o ISP).

Como disse atrás, a única relevância disto é em termos de acompanhamento uma vez que o mercado está liberalizado e as empresas aplicam as margens que entenderem. Neste sentido, vale a pena acrescentar que o preço de refinaria está em Portugal indexado ao mercado de Amsterdão-Roterdão-Antuérpia*, o qual os combustíveis em Portugal têm seguido de forma adequada.


(* naturalmente, estas cotações - que são as que servem de referência para Portugal - seguem de forma aproximada o brent mas não o seguem exactamente, como não segue exactamente nenhum derivado seja combustíveis, borracha ou outra coisa qualquer que é produzida do petróleo)
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por Elias » 27/8/2012 15:18

Berluscony Escreveu:Só para corrigir Elias:

O preço fixado corresponde a uma valor máximo, pelo que as farmácias podem fazer descontos! Logo existe concorrência!


Nos medicamentos sujeitos a receita médica? Tens a certeza?
Bem, para mim isso é novidade!

Berluscony Escreveu:No caso dos combustíveis parece existir, nos documentos existentes, uma complexidade extrema que faz com que ninguém perceba e apresente de forma clara a formula de formação de preços. E as partes interessadas fazem questão que assim se mantenha...


Não vejo que a complexidade seja maior do que em qualquer outro produto (produtos alimentares, por exemplo). O que acontece é que existe um escrutínio muito maior por parte da opinião pública relativamente ao preço dos combustíveis.

Berluscony Escreveu:Já agora, eu estou interessado em abrir um posto de combustível, alguém sabe como se faz?


Encontrei isto, já tem uns anos mas vê se tem interesse
http://www.dre-algarve.min-economia.pt/energia/iacs.php
 
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por Automech » 27/8/2012 15:18

Há uma coisa chata com os cupões do vice versa Continente - Galp.

Quando as bombas estão em pré pagamento não sai logo o talão de desconto para o continente. Tem de se ir abastecer e depois voltar à loja para ir buscar o talão. Já fiz reclamação sobre isto e recebi uma resposta que até tem lógica (deixo mais abaixo).

O que acontece, no entanto, é que por vezes deve haver quem se esqueça de voltar à loja levantar o talão (a mim já me aconteceu 2 vezes), isto além das pessoas que simplesmente não querem saber do talão para nada.

Nesses casos os funcionários ficam com os talões. Eu apercebi-me disso há umas semanas porque numa das bombas, ao fazer o pré pagamento, quando referi que tinha de voltar para recolher o talão, a rapariga da caixa pegou num molho de talões e procurou até encontra um de valor parecido ao do meu desconto (até era de uns cêntimos a mais).

Hoje, noutra bomba, voltou a acontecer o mesmo e, não só me deu um de valor semelhante, como ainda me ofereceu outro, tudo dum molho enorme que lá tinha.

Esta última até me disse que quando vai às compras ao continente manda parar as compras a cada 15 euros para descontar o vale (pelos vistos o continente não permite 2 vales na mesma compra, mesmo que sejam por exemplo superiores a 30, 45, 60 euros, etc.).

A resposta que recebi da Galp à minha reclamação de não darem o vale de desconto no momento do pagamento, obrigado ao incómodo de voltar à loja foi a seguinte:

Estimado Cliente XXXX,

Agradecemos a reclamação datada de XXXXX, que teve a amabilidade de nos dirigir. Na Galp Energia consideramos que todos os contactos são oportunidades de saber o que está menos bem e, como tal, oportunidades de melhorar o serviço que prestamos aos nossos Clientes.

Compreendemos a insatisfação demonstrada relativamente à impossibilidade de receber o vale de desconto ao efetuar o pré-pagamento, aquando da sua visita à Área de Serviço XXXXXXXXX.

Relativamente aos factos mencionados, cumpre-nos esclarecer que o pré-pagamento mostra uma intenção de compra e não uma compra efetiva. De facto, determinados dados como o produto, quantidade e preço unitário só estão disponíveis após o abastecimento, uma vez que é a bomba que transmite a informação à consola no interior da Loja.

A título de exemplo, uma das situações que pode ocorrer com o sistema em pré-pagamento é o Cliente fazer um pré-pagamento de um x valor e o depósito ficar cheio antes de atingir esse valor. Se déssemos a compra com concluída, seria complicada e morosa a devolução por nota de crédito para anular parte do débito (pré-pagamento) já cobrado.

Acresce referir, que de forma a beneficiar do desconto vice-versa nas bombas em pré-pagamento, deverá mencionar e apresentar o referido vale de desconto ao efetuar o pré-pago. Após o abastecimento, e a bomba ter transmitido a quantidade e o valor dos litros abastecidos para a consola central, será possível processar e emitir um novo vale de desconto para as Lojas Continente, em função dos litros efetivamente abastecidos, bem como creditar os respetivos pontos Fast.

Julgamos com o acima exposto, termos transmitido as explicações devidas sobre o regime de pré-pagamento de combustíveis mas, caso ainda considere necessário, mais e melhores esclarecimentos, estamos ao seu inteiro dispor.

Lamentando uma vez mais a situação, esperamos contar com a sua compreensão e melhor acolhimento à nossa resposta.

Ficamos à sua disposição para qualquer esclarecimento adicional, através do email clientes@galpenergia.com ou da linha 707 50 4257.

Com os nossos melhores cumprimentos,
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por Berluscony » 27/8/2012 15:08

Elias Escreveu:
Berluscony Escreveu:ninguém se lembre de fixar um valor absoluto máximo de lucro como fizeram e bem nos medicamentos, retirando assim qualquer pressão especulativa que pudesse existir e promovendo realmente a concorrência!!


Embora este tópico não seja sobre medicamentos, creio que é importante esclarecer que isto não é verdade.

No caso dos medicamentos sujeitos a receita médica, o preço é fixado pelo Infarmed e todas as farmácias têm de vender o medicamento ao mesmo preço, logo não há concorrência alguma.

Acresce que em muitos casos os preços foram muito mal negociados com as farmacêuticas, o que faz com o que o mesmo medicamento seja muito mais caro em Portugal do que noutros países.


Só para corrigir Elias:

O preço fixado corresponde a uma valor máximo, pelo que as farmácias podem fazer descontos! Logo existe concorrência!

Mas a questão não era bem essa, utilizei apenas a comparação dos medicamentos, porque a meu ver, o esquema utilizado vai no sentido de eliminar qualquer tentativa de especulação e de inflação do preço. Sem falar nos preços de referência, que servem para a fixação dos valores máximos, é utilizado um esquema de margens regressivas, isto é, quanto maior for o preço do medicamento, menor será a margem da farmácia, para além de que existe um valor máximo absoluto de lucro que a farmácia pode ganhar na venda de um medicamento; para medicamentos com PVA superiores a 50€, a farmácia ganha no máximo 10,35€!

Para não falar na transparência com que a formação dos preços é apresentada!
Ver decreto de Lei 112/2011.

No caso dos combustíveis parece existir, nos documentos existentes, uma complexidade extrema que faz com que ninguém perceba e apresente de forma clara a formula de formação de preços. E as partes interessadas fazem questão que assim se mantenha...

Já agora, eu estou interessado em abrir um posto de combustível, alguém sabe como se faz?
 
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por Elias » 27/8/2012 14:47

PS considera subida de combustíveis "demasiado grave" para Governo manter "inércia"

Engraçado, quando eram governo não se preocupavam com o tema (em contrapartida, a direita estava preocupadíssima, mas agora o tema saiu da agenda política).

O PS apelou hoje ao Governo para mexer no mercado dos combustíveis e criar uma rede de distribuição 'low cost'


Eu leio com cada coisa... agora o governo é que vai criar uma rede de postos low cost? E quem os vai explorar? Vai ser mais uma vez o Estado a concorrer deslealmente com os privados?

"É verdade que temos um mercado liberalizado ao nível dos combustíveis, mas também é verdade que há medidas que o Governo pode tomar nesta área para que o preço dos combustíveis não seja tão gravoso, tão nocivo para as famílias, para empresas e para a economia portuguesa", destacou.


Já sei! Vamos fazer como o Hollande: prometer que quando formos governo congelamos o preço dos combustíveis, mas depois quando lá chegarmos dizemos que afinal não.:idea:

"Isto significa que apesar da carga fiscal sobre os combustíveis ser bastante alta, este não é o maior problema"


Claro que não! O maior problema é o PS estar na oposição.:twisted:

Os socialistas "apelam" e "exigem" por isso ao Governo que aplique uma resolução aprovada no Parlamento no ano passado, "sob proposta do PS".


Leia-se: a gente quer o mérito mas não o ónus político de ter de aumentar outros impostos para compensar a eventual perda de receitas.

O diploma em causa recomenda ao Governo a adopção de três medidas, sendo uma delas, nas palavras de Jorge Seguro Sanches, a "definição do modelo que assegure a possibilidade de livre escolha pelos consumidores" das gamas de combustíveis, ou seja, muito aditivadas, aditivadas ou não aditivadas (as chamadas gasolinas e gasóleo 'low cost').


Será que o senhor deputado já ouviu falar dos postos dos hipermercados? Ou será que é daqueles que só abastece em sítios finos?

"Apesar de o mercado dos combustíveis ser muito discutido em Portugal, é um dos menos conhecidos pelos consumidores", sublinhou Jorge Seguro Sanches.


...a começar por alguns deputados do PS... :roll:
 
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por PT_Trader » 27/8/2012 14:30

PS considera subida de combustíveis "demasiado grave" para Governo manter "inércia"
27 Agosto 2012 | 13:49
Lusa

O PS apelou hoje ao Governo para mexer no mercado dos combustíveis e criar uma rede de distribuição 'low cost', por exemplo, sublinhando que apesar da liberalização do setor, não se justifica a "inércia" do Executivo.

O secretário nacional-socialistas Jorge Seguro Sanches afirmou hoje, numa conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa, que "todas as segundas-feiras os portugueses conhecem um novo aumento dos combustíveis", considerando a "situação demasiado grave" para o país continuar "a assistir à inércia e à demissão do Governo em relação a esta questão".

"É verdade que temos um mercado liberalizado ao nível dos combustíveis, mas também é verdade que há medidas que o Governo pode tomar nesta área para que o preço dos combustíveis não seja tão gravoso, tão nocivo para as famílias, para empresas e para a economia portuguesa", destacou.

Jorge Seguro Sanches apontou que em Portugal o preço dos combustíveis antes da aplicação de impostos é o quarto mais alto da Europa, caindo para o sétimo lugar depois da aplicação da carga fiscal.

"Isto significa que apesar da carga fiscal sobre os combustíveis ser bastante alta, este não é o maior problema", acrescentou, dizendo que "o maior problema, na opinião do PS, tem muito a ver com a forma como funciona o mercado".

Os socialistas "apelam" e "exigem" por isso ao Governo que aplique uma resolução aprovada no Parlamento no ano passado, "sob proposta do PS".

O diploma em causa recomenda ao Governo a adopção de três medidas, sendo uma delas, nas palavras de Jorge Seguro Sanches, a "definição do modelo que assegure a possibilidade de livre escolha pelos consumidores" das gamas de combustíveis, ou seja, muito aditivadas, aditivadas ou não aditivadas (as chamadas gasolinas e gasóleo 'low cost').

O PS sublinha que, no caso do gasóleo, por exemplo, a gama 'low cost' tem um preço mais baixo do que em Espanha, pelo que"aquela perda de receita fiscal na fronteira podia ser compensada se existisse em Portugal uma rede 'low cost'".

"Ganhariam os consumidores, ganharia o Estado e ganharia uma economia local junto à fronteira com Espanha", acrescentou.

Uma segunda medida proposta pela resolução aprovada no ano passado pelo Parlamento pede a "criação de um regime legal que imponha às petrolíferas a publicação online actualizada da qualidade" dos combustíveis e os "preços recomendados".

"Apesar de o mercado dos combustíveis ser muito discutido em Portugal, é um dos menos conhecidos pelos consumidores", sublinhou Jorge Seguro Sanches.

O PS insiste ainda, tal como prevê a mesma resolução, na adopção de um novo regime legal que promova a utilização do GPL como combustível.

A 10 de Agosto, o Presidente da República devolveu ao Parlamento o diploma que definia as regras de utilização de GPL e gás natural como combustíveis não pelo "mérito" e "oportunidade" da iniciativa, mas por ter "sérias dúvidas de natureza jurído-constitucional" em relação ao texto.

Este diploma, provado por unanimidade, tinha resultado de iniciativas do PS e do CDS-PP que visavam acabar com o dístico obrigatório para automóveis que usem GPL e com a proibição de estacionar em parques subterrâneos.

Jorge Seguro Sanches sublinhou a aplicação da resolução com estas três medidas "é uma oportunidade de o Governo ajudar a economia e as famílias".

"O Governo não pode estar apenas preocupado em dar mais austeridade aos portugueses, o Governo tem de ter também a inteligência suficiente para pôr os mercados a funcionar em beneficio da economia portuguesa", afirmou.

O preço do gasóleo voltou a subir hoje, enquanto o da gasolina se manteve inalterado, reflectindo as cotações nos mercados internacionais.
 
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