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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 21/1/2016 1:00

O Ti Rick anda desaparecido, mas não esquecido. :wink:

Ando ocupado com outras questões. Para além, que precisava de um período de descanso do fórum.

(Aliás, já tinha colocado na minha assinatura, um aviso à navegação. :wink: )
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Re: Fundos à la carte

por Rick Lusitano » 21/1/2016 0:47

Muitas pessoas e investidores, com o fim das sanções ao Irão viram a entrada de mais petróleo nos mercados, pois o Irão, precisa de cash e também de moeda estrangeira, e que isso iria fazer baixar o preço do barril. Mas parece que se esqueceram de outra bomba escondida, os EUA. Que levantaram a proibição de exportação de petróleo, que vai fazer cair mais os preços do barril. Next stop, 20 USD/barril? Será os 20 USD o fundo? Uma coisa, parece certa, vai demorar o barril chegar aos 100.

Seeking Alpha - FT: First U.S. oil tanker arrives in Europe (Jan 20 2016, 16:48 ET)
http://seekingalpha.com/news/3041186-ft-first-u-s-oil-tanker-arrives-europe
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 20/1/2016 23:26

O cartel bancário que dirige o mercado petrolífero

http://resistir.info/peak_oil/queda_preco_18jan16.html
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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 20/1/2016 22:33

Até que enfim os investidores começam a olhar para os fundamentais e a grande oportunidade de investimento na biotecnologia, decorrente do sobreafundanço específico no passado mês de setembro (jovem CEO de 32 anos que já foi preso e que na altura decidiu aumentar o preço de um medicamento da ordem dos 5.000%), quando comparado com o S&P 500. A seguir apresento os respetivos gráficos dos 2 índices com os valores de fecho de hoje.

Capturar 1.JPG
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\:D/ \:D/ \:D/

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (42.71 KiB) Visualizado 7007 vezes
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

Toma um ganho antes que a perda tome conta de ti.

A evolução do buraco da nossa dívida externa está em contraciclo com o buraco do ozono, uma vez que este está em regressão, enquanto que o nosso buraco está a ficar uma grande cratera. Conclusão: o controlo da nossa dívida externa é um processo mais estratosférico do que o controlo do buraco do ozono.
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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 20/1/2016 22:03

Onde é que está a Organização Mundial do Comércio (OMC) perante o atual dumping de preços do petróleo?

A OMC deveria atuar contra o livre trajeto do preço do petróleo regido exclusivamente pela lei da oferta e da procura, quando no caso presente o seu preço já está abaixo do preço justo e abaixo do custo de produção em alguns países, atingindo-se assim uma situação que podemos considerar como de dumping de preços, o qual é fiscalizado e penalizado pela OMC e pelos países, quando comprovado, para os produtos transacionados internacionalmente e dentro do próprio país.

Como o custo de produção do petróleo varia muito entre os países produtores, desde os custos mais baixos em países como a Arábia Saudita, Irão e outros países do médio oriente, onde esse custo pode ser tão baixo como cerca de 5 USD/barril, passando pela extração no pré-sal (leitos profundos abaixo da camada de sal) no Brasil com um custo médio de 45 USD, até ao custo máximo do shale oil nos EUA que se situa na gama de 60-80 USD/barril, uma vez que este petróleo é extraído em camadas de xisto ultraprofundas e com recurso à tecnologia de fraturação hidráulica que é bastante dispendiosa; então com base nestes diferentes custos deveria estabelecer-se um custo médio ponderado de produção que serviria como um preço de venda de referência ou benchmark do petróleo, abaixo do qual se poderia considerar uma situação de dumping de preços, e como tal, devia ser punida pela OMC.

O papel da OMC é fiscalizar se um país está a praticar preços abusivos, abaixo do custo de produção ou do preço justo, para prejudicar os produtos concorrentes estrangeiros, e punir quem realiza práticas abusivas na concorrência dos mercados.

A OMC foi criada em 1995 e teve por base a ideia de tentar harmonizar a diferença que havia entre os países ricos, que possuíam um grande poder econômico, de consumo e de produção, e os pobres que geralmente eram produtores de commodities ou de produtos com pouca tecnologia.

Foram idealizados 3 grandes órgãos que poderiam dar maior solidez ao novo sistema que se instaurava no pós-2ªguerra, eram eles o FMI para questões monetárias, o Banco Mundial para questões financeiras e a OMC para questões comerciais. O que se pode hoje dizer é que estas 3 instituições internacionais têm implementado politicas que têm favorecido os países mais ricos e poderosos em detrimento dos países mais débeis ou pobres. Isto está preparado para os super multimilionários correspondente a 1% da população possuírem 50% da riqueza mundial, e depois ainda chamam de democrático a este mundo, tal como é "democrático" uns terem offshores para a lavagem de dinheiro e fuga aos impostos, enquanto os remediados têm de pagar os seus impostos mais essa fuga de impostos por parte dos super ricos, e depois admiram-se que haja o terrorismo das bombas em resposta a esse terrorismo fiscal e financeiro dos poderosos.

Produção de petróleo e custos de operação por país..JPG
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Editado pela última vez por bluestock em 20/1/2016 22:45, num total de 1 vez.
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

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A evolução do buraco da nossa dívida externa está em contraciclo com o buraco do ozono, uma vez que este está em regressão, enquanto que o nosso buraco está a ficar uma grande cratera. Conclusão: o controlo da nossa dívida externa é um processo mais estratosférico do que o controlo do buraco do ozono.
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Re: Fundos à la carte

por lucia_né » 20/1/2016 21:40

bucks Escreveu:MAIS UMA SESSÃO DE PERDAS
Novo colapso das bolsas: o que é que está assustar os investidores?

http://www.fundspeople.pt/noticias/116368

Mas este ano é sempre a cair!? :cry: :cry: :cry:
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 20/1/2016 19:08

MAIS UMA SESSÃO DE PERDAS
Novo colapso das bolsas: o que é que está assustar os investidores?

http://www.fundspeople.pt/noticias/116368
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 20/1/2016 18:54

bluestock Escreveu:O preço do petróleo está ao nível de 1984, quando uma grande parte dos users do tópico ainda não eram nascidos. Realmente, isto está a ficar um mundo louco ... e isto só entra nos eixos quando acabarem com a máfia energética dos grandes bancos dos EUA que jogam entre eles o preço dos futuros do petróleo na moeda USD. O imperialismo energético americano no seu melhor ...

Capturar 1.PNG



Eu já era nascido :D .
Ah pois é. pois é, o imperialismo americano no seu very best...
Aliás, ontem saiu uma notícia em que o salário dos integrantes do estado islâmico, vão receber sem excepções, metade do salário.
E porque? Simples, a guerra petrolífera entra os EUA e os sauditas, já para não dizer que estes últimos, apoiam o EI... Daí esse corte salarial. Está um cenário muito confuso... :oh:
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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 20/1/2016 18:35

O preço do petróleo está ao nível de 1984, quando uma grande parte dos users do tópico ainda não eram nascidos. Realmente, isto está a ficar um mundo louco ... e isto só entra nos eixos quando acabarem com a máfia energética dos grandes bancos dos EUA que jogam entre eles o preço dos futuros do petróleo na moeda USD. O imperialismo energético americano no seu melhor ...

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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 20/1/2016 17:12

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Sem piores dias.jpg
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Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 19/1/2016 23:35

Daemoon Escreveu:Russia, Brasil e Ilha Formosa... o File é um tipo que percebe da poda :clap: :clap:


Tenho aprendido com o user fajardo 201, pois ele é um grande especialista no investimento do tipo contrarian cujo saber foi alavancado por estágios que ele tem tido com o Buffet, sim, não há engano, pois quando ele diz que só dedica 5 minutos por ano com os seus investimentos, o que ele quer dizer é que por ano só tem 5 minutos de stress com as suas aplicações financeiras e durante os restantes 525.595 minutos do ano é só alegrias e divertimento, designadamente, estar de papo para o ar nas praias de Miami na companhia de chicas muy calientes e nos intervalos das chicas e dos estágios com o Buffet ele vem a este fórum divertir-se com a gente postando artigos de opinião que ele concebe de forma original e com um conteúdo muito variado. Na realidade a sua escrita revela que ele é um autêntico financial writer.
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/1/2016 22:09

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/1/2016 21:17

CONCERNS OVER WORLD GROWTH – AND CHINA – AND GEOPOLITICAL TENSIONS COMBINED TO CREATE A DIFFICULT START TO THE YEAR FOR THE FINANCIAL MARKETS :!:

http://research-center.amundi.com/page/ ... al-markets
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/1/2016 21:14

ATLAS_ Escreveu:
bucks Escreveu:Depois das quedas acentuadas nos mercados acionistas e para as pessoas que não resgataram e estão investidos nos mercados que mais afundaram (setores da energia e da biotecnologia e países emergentes especialmente o Brasil e a Rússia), o melhor é ficarem quietos como os investidores passivos, pois se resgatarem agora (tarde de mais) correm um grande risco de não captarem os posteriores dias de maior valorização bolsista, podendo assim cometer um duplo erro: ter incorporado das maiores perdas diárias e possivelmente deixar de tomar dos maiores ganhos.

Definitivamente, o meu caso.
Penso que é pior sair neste momento, do que manter num longo prazo, Brasil e Rússia.
Se fosse adivinho entrava neste momento no Brasil, do que na altura da reeleição da Dilma...
Os mercados são como um balão.
Pior é quando o balão rebenta, e geralmente e tudo apanhado de surpresa.
Mas apesar deste afundanço, penso que não tardará a chegarem bons dias de subidas...


Bucks,

Tu não me digas que, depois de estares a ganhar 50% na Rússia num par de meses, não te puseste ao fresco atempadamente...


Podia o ter feito, mas não o fiz...
Aliás estou mais arrependido com o Brasil do que com a Rússia. Tem-se revelado uma estrela, também favorecido porque entrei no momento certo...
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Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 19/1/2016 20:56

Russia, Brasil e Ilha Formosa... o File é um tipo que percebe da poda :clap: :clap:
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/1/2016 20:52

Recessão no Brasil será "profunda" e "prolongada", diz Fitch

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... fitch.html
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Re: Fundos à la carte

por ATLAS_ » 19/1/2016 20:15

bucks Escreveu:Depois das quedas acentuadas nos mercados acionistas e para as pessoas que não resgataram e estão investidos nos mercados que mais afundaram (setores da energia e da biotecnologia e países emergentes especialmente o Brasil e a Rússia), o melhor é ficarem quietos como os investidores passivos, pois se resgatarem agora (tarde de mais) correm um grande risco de não captarem os posteriores dias de maior valorização bolsista, podendo assim cometer um duplo erro: ter incorporado das maiores perdas diárias e possivelmente deixar de tomar dos maiores ganhos.

Definitivamente, o meu caso.
Penso que é pior sair neste momento, do que manter num longo prazo, Brasil e Rússia.
Se fosse adivinho entrava neste momento no Brasil, do que na altura da reeleição da Dilma...
Os mercados são como um balão.
Pior é quando o balão rebenta, e geralmente e tudo apanhado de surpresa.
Mas apesar deste afundanço, penso que não tardará a chegarem bons dias de subidas...


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Tu não me digas que, depois de estares a ganhar 50% na Rússia num par de meses, não te puseste ao fresco atempadamente...
 
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 19/1/2016 19:02

Depois das quedas acentuadas nos mercados acionistas e para as pessoas que não resgataram e estão investidos nos mercados que mais afundaram (setores da energia e da biotecnologia e países emergentes especialmente o Brasil e a Rússia), o melhor é ficarem quietos como os investidores passivos, pois se resgatarem agora (tarde de mais) correm um grande risco de não captarem os posteriores dias de maior valorização bolsista, podendo assim cometer um duplo erro: ter incorporado das maiores perdas diárias e possivelmente deixar de tomar dos maiores ganhos.

Definitivamente, o meu caso.
Penso que é pior sair neste momento, do que manter num longo prazo, Brasil e Rússia.
Se fosse adivinho entrava neste momento no Brasil, do que na altura da reeleição da Dilma...
Os mercados são como um balão.
Pior é quando o balão rebenta, e geralmente e tudo apanhado de surpresa.
Mas apesar deste afundanço, penso que não tardará a chegarem bons dias de subidas...
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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 19/1/2016 16:47

Vou republicar um artigo traduzido de Joseph Jimenez (CEO da Novartis) publicado pelo Jornal de Negócios no passado dia 17 de janeiro, por o considerar com uma significativa relevância técnica:
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/ ... saude.html

Uma nova era de inovação na saúde.

Joseph Jimenez | 17 Janeiro 2016, 20:30


A nova onda de inovação pode ser atribuída a três factores fundamentais: a capacidade de personalizar a terapia, a capacidade de colocar os medicamentos no mercado mais depressa, e melhorias ao nível do envolvimento dos pacientes.

Estamos a experienciar uma nova onda de inovação na área da saúde – uma que promete criar os sistemas de saúde mais inteligentes, mais conectados, e mais eficientes que o mundo já viu. Tecnologias e tratamentos que mudam as regras do jogo estão a transformar o exercício da medicina, alterando dramaticamente a experiência do paciente, e criando condições para maior inovação.

A prova está nos números. No ano passado, 61 novas drogas foram introduzidas em todo o mundo, um recorde, comparando com a média de 34 na década anterior. Mais de 40% desses tratamentos foram para doenças raras ou enfermidades difíceis de tratar, incluindo a hepatite C, o meningococo B, e o melanoma metastático. E outras descobertas estão no horizonte. É estimado que cerca de 70% das drogas actualmente em desenvolvimento em toda a indústria sejam potencialmente de tratamentos "de primeira linha", ou seja, que usam um mecanismo de acção completamente novo contra a doença.

A nova onda de inovação pode ser atribuída a três factores fundamentais: a capacidade de personalizar a terapia, a capacidade de colocar os medicamentos no mercado mais depressa, e melhorias ao nível do envolvimento dos pacientes.

Primeiro, avanços enormes no nosso conhecimento de genómica – especificamente, na forma como as doenças se manifestam e se desenvolvem no corpo a nível genético – estão a melhorar a nossa capacidade e identificar a doença a cada estágio e melhorar a experiência do paciente. Os marcadores genéticos, por exemplo, podem indicar que pacientes poderão provavelmente beneficiar de uma determinada droga e, assim sendo, contribuir para melhorar os resultamos e evitar que os pacientes sofram os efeitos secundários potencialmente dolorosos de tratamentos que têm poucas hipóteses de funcionar.

Para pacientes nas primeiras fases de cancro da mama, os marcadores genéticos mostram qual a probabilidade de a quimioterapia ter ou não impacto, ou se a terapia de hormonas por si só é uma melhor opção. Uma nova droga para cancro do pulmão desenvolvida pela minha empresa, a Novartis, é eficaz apenas em pacientes com cancro do pulmão de não-pequenas células, que têm uma mutação genética particular.

O uso do conhecimento na área da genómica para melhorar os cuidados de saúde está apenas a começar. Uma área promissora para a investigação é a da técnica CRISPR – uma técnica inovadora que permite destruir, reparar ou substituir os genes que causam a doença.

À medida que o nosso entendimento das características da doença de determinado paciente se tornam cada vez mais precisas, os tratamentos tornar-se-ão cada vez mais eficazes e reduzirão os riscos de efeitos secundários.

Mais, o aprofundar do nosso conhecimento sobre as doenças está a impulsionar a eficiência do processo de desenvolvimento dos fármacos, tornando possível introduzir inovações no mercado mais rápido. Por exemplo, os testes genéticos estão a ser usados para pré-seleccionar candidatos para testes clínicos, reduzindo os tempos de recrutamento.

Com esta abordagem, as investigações podem começar em apenas três semanas, comparando com as 34 semanas, em média, para testes clínicos standard. Acrescente-se a isso a capacidade de analisar dados mais depressa e tomar decisões mais precisas sobre dosagem, e o período dos testes clínicos diminui consideravelmente.

Finalmente, os dados em tempo real e o emergência de ferramentas tecnológicas têm o potencial para melhorar o envolvimento e a adesão do paciente, especialmente entre aqueles que têm enfermidades crónicas causadas por doenças não transmissíveis (DNT). À medida que a população envelhece, a incidência de DNT é expectável que aumente, totalizando 52 milhões de mortes anualmente em 2030. Mais de 80% de mortes causadas por DNT são o resultado de condições crónicas, como doenças cardiovasculares ou respiratórias, cancro ou diabetes.

No presente quadro, o incumprimento das prescrições médicas é um grande problema no tratamento do DNT. Por exemplo, os pacientes diabéticos nos EUA com um menor nível de cumprimento de indicações médicas têm uma probabilidade de 30% de virem a ser hospitalizados, contra um risco de 13% nos pacientes que tendem a cumprir melhor as prescrições médicas. Isso acarreta grandes custos para o sistema de saúde – cerca de 200 mil milhões de dólares nos EUA e 125 mil milhões de euros na União Europeia (133 mil milhões de dólares) todos os anos. Tecnologias que incentivam os pacientes a cuidar da sua saúde e potenciam uma maior adesão às prescrições de medicação têm o potencial de melhorar a gestão de doenças, reduzir a hospitalização e diminuir custos.

Hoje, os avanços transformadores na área da saúde devem muito à investigação na área da genómica, à disponibilidade de dados que influenciam a tomada de decisão em tempo real, de terapias mais direccionadas e personalizadas, e de sistemas de distribuição mais inteligentes e conectados. Mas isto é só o início. Mais inovações, impulsionadas pela convergência entre a ciência e a tecnologia, podem ser esperadas, especialmente à medida que agentes não convencionais entram no sector da saúde. Neste processo, parcerias entre empresas na área da saúde e tecnológicas serão cada vez mais importantes.

É um momento excitante para o sector da saúde, com muitas inovações disruptivas no horizonte. Para pacientes e provedores, isto são muito boas notícias.
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 19/1/2016 12:39

NM_2 Escreveu:
bluestock Escreveu:Do post do Ulisses que o bucks colocou ontem à noite neste tópico, quero destacar o seguinte parágrafo sábio produzido por uma pessoa que só pode ter uma experiência de muitos anos a "virar frangos", relevando a parte que pus a bold azul:

Ulisses Escreveu:Alguém se recorda de algum ano catastrófico que tenha ocorrido com algumas das maiores casas de investimentos a alertarem para um cenário catastrófico? Eu não e já levo mais de 20 anos de mercados financeiros. Aliás, um dos principais detonadores do final dos "Bull Markets" é o unanimismo em relação às futuras subidas e não o inverso. Porque, quando todos acreditam que o mercado vai subir, já estão dentro e falta quem queira entrar no mercado, desaparecendo a pressão compradora que faz os mercados subir.
:clap: :clap:

Eu acho que um dos fortes motivos pelo qual as bolsas da Zona Euro estão ultimamente a levar porrada a sério é o facto de muita gente ter entrado o ano passado neste mercado decorrente do unanimismo em como o mesmo ia ser substancialmente favorecido pelo QE do BCE e com a especulação quase permanente de como o QE poder ser aumentado, então esse mercado acionista da Zona Euro teve um grande inflow de capitais por parte de investidores, pelos vistos, demasiado otimistas, agora, como "as coisas não atam nem desatam" e o otimismo se transformou em desilusão e medo, começou a haver uma grande pressão vendedora dos ativos com um outflow de capitais especialmente daqueles investidores que antes estavam mais otimistas e eufóricos. São este tipo de investidores altamente emocionais que estragam os mercados.

Regra básica no mercado acionista: Nunca se deve entrar atrasado num mercado que já tenha um elevado inflow de capitais acumulado. Isto porque a probabilidade de um maior crescimento desse mercado passa a ser cada vez mínima ao invés de haver uma probabilidade máxima do mercado poder inverter e assim poderem-se tomar grandes perdas. A seguir ao topo de uma extensa subida com uma grande inclinação, é de esperar uma forte descida a pique dos mercados.
Quando a fase de acumulação na subida de um mercado é de grande amplitude, é de esperar depois um esvaziar muito rápido do "saco" do mercado, que se traduz numa espécie de fenómeno físico de aliviar a sobrepressão no tal "saco" por forma a que o mesmo não rebente, sim, é que o "saco" do mercado nunca rebenta, senão o mercado não era contínuo mas sim descontínuo (o mercado não pára), pelo que aqueles pseudo teóricos que falam no rebentar das bolhas dos mercados, em termos físicos, não sabem o que estão a dizer, pois o mercado é de uma extrema resiliência que nunca rebenta, o que rebenta são alguns investidores incautos ou excessivamente eufóricos.

Em suma: Já esvaziou o suficiente?
Está em equilíbrio?
É boa altura para sair parcialmente?
Ficar quieto?
Esperar por novos investidores que podem não aparecer?
O que é o melhor numa lógica de prazos distintos: curto médio e longo?


Depois das quedas acentuadas nos mercados acionistas e para as pessoas que não resgataram e estão investidos nos mercados que mais afundaram (setores da energia e da biotecnologia e países emergentes especialmente o Brasil e a Rússia), o melhor é ficarem quietos como os investidores passivos, pois se resgatarem agora (tarde de mais) correm um grande risco de não captarem os posteriores dias de maior valorização bolsista, podendo assim cometer um duplo erro: ter incorporado das maiores perdas diárias e possivelmente deixar de tomar dos maiores ganhos.

Os mercados da Rússia e do Brasil, depois dos sobreafundanços bolsistas e das sobredesvalorizações das suas moedas face ao USD, quanto a mim tornaram-se dos mercados mais atrativos para um investimento de médio-longo prazo (>5-8 anos?), isto porque são 2 mercados muito dependentes do preço do petróleo, especialmente a Rússia, e então para quem investe em USD, em EUR, em JPY ou noutra hard currency qualquer, terá a oportunidade futura de uma dupla sobrevalorização do seu investimento: valorização dos ativos acionários e valorização cambial, com a vantagem da valorização cambial não pagar mais-valias no IRS, dado que estas tem só por base a valorização das UP's dos FI ou dos ativos.
Se a estas 2 vantagens atuais (preços baixos e moedas fracas subavaliadas) juntarmos uma posterior alavancagem ao nosso investimento, quando estes mercados deixem de cair, temos então um super investimento do tipo contrarian, que nem o Buffet nos bate. Mas atenção, depois também devemos saber resgatar antes das inversões dos mercados e não estar à espera que os mesmos atinjam os topos, porque aí o mais provável a tomarmos as grandes perdas do início da inversão.

Depois do sobreafundanço que a biotecnologia teve no passado mês de setembro e com as também grandes perdas que está a ter em 2016, considero que este setor começa a ser bastante atrativo numa perspetiva até de curto prazo (1-2 anos?), pois se há coisa que não falta a este setor são os seus bons fundamentais derivados da demografia, que se traduz no progressivo envelhecimento da população mundial derivado do aumento da esperança média de vida, logo com mais necessidades de cuidados de saúde. O grande contra deste setor é a sua elevada volatilidade, que pode tornar um investimento de curto prazo perigoso para quem tenha entrado próximo do topo do mercado, mas para o médio-longo prazo essa volatilidade é amortecida pelo factor temporal e aí já não assusta tanto. Investir forte neste setor é preciso ter big balls e ser paciente pois as tristezas de curto prazo têm uma grande probabilidade de se transformarem em grandes alegrias de médio-longo prazo.

Nunca se esqueçam que o mercado acionista para se tornar autossustentável ao longo do tempo, como tem sido historicamente, implica que haja a reversão para a média do preço dos ativos. E é essencialmente por esta razão que o mercado acionista dá sempre lucro no longo prazo (>20-25 anos?).
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

Toma um ganho antes que a perda tome conta de ti.

A evolução do buraco da nossa dívida externa está em contraciclo com o buraco do ozono, uma vez que este está em regressão, enquanto que o nosso buraco está a ficar uma grande cratera. Conclusão: o controlo da nossa dívida externa é um processo mais estratosférico do que o controlo do buraco do ozono.
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Re: Fundos à la carte

por NM_2 » 19/1/2016 11:54

bluestock Escreveu:Do post do Ulisses que o bucks colocou ontem à noite neste tópico, quero destacar o seguinte parágrafo sábio produzido por uma pessoa que só pode ter uma experiência de muitos anos a "virar frangos", relevando a parte que pus a bold azul:

Ulisses Escreveu:Alguém se recorda de algum ano catastrófico que tenha ocorrido com algumas das maiores casas de investimentos a alertarem para um cenário catastrófico? Eu não e já levo mais de 20 anos de mercados financeiros. Aliás, um dos principais detonadores do final dos "Bull Markets" é o unanimismo em relação às futuras subidas e não o inverso. Porque, quando todos acreditam que o mercado vai subir, já estão dentro e falta quem queira entrar no mercado, desaparecendo a pressão compradora que faz os mercados subir.
:clap: :clap:

Eu acho que um dos fortes motivos pelo qual as bolsas da Zona Euro estão ultimamente a levar porrada a sério é o facto de muita gente ter entrado o ano passado neste mercado decorrente do unanimismo em como o mesmo ia ser substancialmente favorecido pelo QE do BCE e com a especulação quase permanente de como o QE poder ser aumentado, então esse mercado acionista da Zona Euro teve um grande inflow de capitais por parte de investidores, pelos vistos, demasiado otimistas, agora, como "as coisas não atam nem desatam" e o otimismo se transformou em desilusão e medo, começou a haver uma grande pressão vendedora dos ativos com um outflow de capitais especialmente daqueles investidores que antes estavam mais otimistas e eufóricos. São este tipo de investidores altamente emocionais que estragam os mercados.

Regra básica no mercado acionista: Nunca se deve entrar atrasado num mercado que já tenha um elevado inflow de capitais acumulado. Isto porque a probabilidade de um maior crescimento desse mercado passa a ser cada vez mínima ao invés de haver uma probabilidade máxima do mercado poder inverter e assim poderem-se tomar grandes perdas. A seguir ao topo de uma extensa subida com uma grande inclinação, é de esperar uma forte descida a pique dos mercados.
Quando a fase de acumulação na subida de um mercado é de grande amplitude, é de esperar depois um esvaziar muito rápido do "saco" do mercado, que se traduz numa espécie de fenómeno físico de aliviar a sobrepressão no tal "saco" por forma a que o mesmo não rebente, sim, é que o "saco" do mercado nunca rebenta, senão o mercado não era contínuo mas sim descontínuo (o mercado não pára), pelo que aqueles pseudo teóricos que falam no rebentar das bolhas dos mercados, em termos físicos, não sabem o que estão a dizer, pois o mercado é de uma extrema resiliência que nunca rebenta, o que rebenta são alguns investidores incautos ou excessivamente eufóricos.

Em suma: Já esvaziou o suficiente?
Está em equilíbrio?
É boa altura para sair parcialmente?
Ficar quieto?
Esperar por novos investidores que podem não aparecer?
O que é o melhor numa lógica de prazos distintos: curto médio e longo?
 
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Re: Fundos à la carte

por bluestock » 19/1/2016 11:42

Do post do Ulisses que o bucks colocou ontem à noite neste tópico, quero destacar o seguinte parágrafo sábio produzido por uma pessoa que só pode ter uma experiência de muitos anos a "virar frangos", relevando a parte que pus a bold azul:

Ulisses Escreveu:Alguém se recorda de algum ano catastrófico que tenha ocorrido com algumas das maiores casas de investimentos a alertarem para um cenário catastrófico? Eu não e já levo mais de 20 anos de mercados financeiros. Aliás, um dos principais detonadores do final dos "Bull Markets" é o unanimismo em relação às futuras subidas e não o inverso. Porque, quando todos acreditam que o mercado vai subir, já estão dentro e falta quem queira entrar no mercado, desaparecendo a pressão compradora que faz os mercados subir.
:clap: :clap:

Eu acho que um dos fortes motivos pelo qual as bolsas da Zona Euro estão ultimamente a levar porrada a sério é o facto de muita gente ter entrado o ano passado neste mercado decorrente do unanimismo em como o mesmo ia ser substancialmente favorecido pelo QE do BCE e com a especulação quase permanente de como o QE poder ser aumentado, então esse mercado acionista da Zona Euro teve um grande inflow de capitais por parte de investidores, pelos vistos, demasiado otimistas, agora, como "as coisas não atam nem desatam" e o otimismo se transformou em desilusão e medo, começou a haver uma grande pressão vendedora dos ativos com um outflow de capitais especialmente daqueles investidores que antes estavam mais otimistas e eufóricos. São este tipo de investidores altamente emocionais que estragam os mercados.

Regra básica no mercado acionista: Nunca se deve entrar atrasado num mercado que já tenha um elevado inflow de capitais acumulado. Isto porque a probabilidade de um maior crescimento desse mercado passa a ser cada vez mínima ao invés de haver uma probabilidade máxima do mercado poder inverter e assim poderem-se tomar grandes perdas. A seguir ao topo de uma extensa subida com uma grande inclinação, é de esperar uma forte descida a pique dos mercados.
Quando a fase de acumulação na subida de um mercado é de grande amplitude, é de esperar depois um esvaziar muito rápido do "saco" do mercado, que se traduz numa espécie de fenómeno físico de aliviar a sobrepressão no tal "saco" por forma a que o mesmo não rebente, sim, é que o "saco" do mercado nunca rebenta, senão o mercado não era contínuo mas sim descontínuo (o mercado não pára), pelo que aqueles pseudo teóricos que falam no rebentar das bolhas dos mercados, em termos físicos, não sabem o que estão a dizer, pois o mercado é de uma extrema resiliência que nunca rebenta, o que rebenta são alguns investidores incautos ou excessivamente eufóricos.
Em vez de seguires o mercado no presente, faz com que ele te siga a ti no futuro, através do teu investimento do tipo contrarian, porque só comprando barato, quando a grande maioria está a vender, é que podes tomar um grande ganho futuro.

Toma um ganho antes que a perda tome conta de ti.

A evolução do buraco da nossa dívida externa está em contraciclo com o buraco do ozono, uma vez que este está em regressão, enquanto que o nosso buraco está a ficar uma grande cratera. Conclusão: o controlo da nossa dívida externa é um processo mais estratosférico do que o controlo do buraco do ozono.
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Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 19/1/2016 0:56

Daemoon Escreveu:È ele e o Virtuagod, a esse ninguém lhe "pôe" a vista em cima há meses

8-) Andas distraído pá :mrgreen: Ainda este fim de semana postei algo :-k \:D/

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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/1/2016 22:22

Duas coisas fundamentais que aprendi:
- Os ricos jamais vão dizer, verdadeiramente, como ganham dinheiro à séria, e se o fizerem, é para confundir;

- Quem vai na palavra de absoluta razão,de bancos ou gestoras?

Segui sempre este raciocínio.
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
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Re: Fundos à la carte

por Bucks » 18/1/2016 22:18

De Ulisses Pereira:

Apocalypse NowAlguém se recorda de algum ano catastrófico nos mercados que tenha ocorrido com as maiores casas de investimento a alertarem?

O início deste ano nestá a ser marcado por previsões catastrofistas de algumas casas de investimento. A Société Générale veio afirmar que acredita que o S&P pode cair 75%. Já o RBS prevê que 2016 pode ser um ano em que aconteça um cataclismo e recomenda que os investidores vendam tudo excepto dívida pública dos EUA e da Alemanha.

O principal argumento que está na base da previsão do apocalipse é a desaceleração económica da China que terá um efeito "bola de neve" nas principais economias mundiais, agravada pela desvalorização da moeda chinesa e exponenciada pela decisão da Fed em aumentar os juros.

As bolsas vivem um "Bull Market" há mais de seis anos. As primeiras correcções fortes e a China abriram a janela para que alguns possam fazer uma previsão assombrosa que os coloque na história como os analistas que adivinharam o Inferno. O "timing" parece perfeito, parecem reunidas as condições para a tempestade acontecer. Já se sente o cheiro a Napalm, mas há algo que me faz torcer o nariz.

Alguém se recorda de algum ano catastrófico que tenha ocorrido com algumas das maiores casas de investimentos a alertarem para um cenário catastrófico? Eu não e já levo mais de 20 anos de mercados financeiros. Aliás, um dos principais detonadores do final dos "Bull Markets" é o unanimismo em relação às futuras subidas e não o inverso. Porque, quando todos acreditam que o mercado vai subir, já estão dentro e falta quem queira entrar no mercado, desaparecendo a pressão compradora que faz os mercados subir.

Os argumentos são bons, as razões são válidas, o "timing" parece perfeito, mas o medo que está presente impede que eu acredite nas previsões catastróficas. Aliás, quando numa dessas análises se prevê que o crude pode chegar a 10 dólares, o meu primeiro impulso é comprar crude. Mas como o crude está num "Bear Market" tão profundo, esperarei por sinais claros de inversão da tendência para entrar.

O mundo pode estar para acabar, a China já não alimenta o resto do globo como antes, a Fed deixou de levar os mercados ao colo mas os anos trágicos nos mercados não acontecem quando todos o anunciam. A menos que, como é moda ouvir-se dos candidatos presidenciais portugueses, "este seja um tempo novo". Mas confio mais na história e na estatística que nas palavras de quem corre atrás dos votos.

Por isso, se 2016 for um ano trágico para os mercados, será uma grande surpresa para mim. Chuva é uma coisa, um dilúvio é outra. Um ano mau nos mercados é uma coisa, um "crash" é outra. E estes não se anunciam.
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