Acho que isto é uma situação rara. Não me lembro de alguma vez ter acontecido em Portugal.
Na semana passada, a justiça espanhola decidiu avançar com a investigação à mulher de Pedro Sánchez por suspeitas de tráfico de influências, rejeitando um parecer do Ministério Público que defendia o arquivamento de uma denúncia contra Begoña Gómez.
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/t ... ez-a-depor
Habitualmente, quem investiga e acusa é o Ministério Público e não os tribunais. O que costuma acontecer até é o contrário. O Ministério Público acusa e depois o tribunal diz que não há indícios de prova e não faz a acusação.
Por curiosidade pesquisei no ChatGPT, e confirma o que pensava, que não é comum. Se o tribunal fizer alguma acusação, então poderão questionar se o governo teve influência no Ministério Público.
Em sistemas judiciais onde a separação de poderes é mantida, como é o caso tanto de Portugal quanto da Espanha, o Ministério Público é geralmente responsável pela investigação e acusação de crimes, enquanto os tribunais têm a função de julgar os casos com base nas evidências apresentadas.
Portanto, é mais comum que seja o Ministério Público a conduzir a investigação inicial em casos criminais. No entanto, em algumas circunstâncias, como o exemplo que você mencionou na Espanha, o tribunal pode decidir avançar com uma investigação mesmo que o Ministério Público recomende o arquivamento do caso.
Essa decisão do tribunal pode ser baseada em novas evidências ou em interpretações diferentes da lei. Em última análise, cabe ao tribunal determinar se há motivos suficientes para justificar uma investigação mais aprofundada ou um julgamento, mesmo que o Ministério Público recomende o contrário.