Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas...
Re: Re:
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Elias Escreveu:"Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos" - Cavaco Silva, 09 Março 2011
"Há um limite para exigir sacrifícios aos portugueses" - Paula Teixeira da Cruz, 19 Março 2011
"limites aos sacrifícios não devem estar muito longe" - Cavaco Silva, 27 Agosto 2011
"É evidente que os portugueses já não podem aguentar mais, nem as famílias, nem as empresas" - António José Seguro, 25-Mai-2012
"O nível de impostos já atingiu o seu limite" - Paulo Portas, 25 julho 2012
"Portugueses não aguentam mais impostos" - Adriano Moreira, 28/08-2012
“Chegámos ao limite da decência fiscal” - Bagão Félix, 1-Out-12
"A austeridade é violenta e está a chegar ao limite" - Ricardo Salgado, 17-Abr-13
"Política de austeridade atingiu o limite" - Durão Barroso, 22-Abr-13
"O nível dos sacrifícios impostos atingiu o limite" - Alberto Costa, 25-Abr-13
"Há 'limites de velocidade' que devem ser levados em conta para cumprir o desejado ritmo de ajustamento" - FMI, 17-Set-13
"há um limite a partir do qual os sacrifícios exigidos já são demasiado onerosos" - Paulo Rangel, 11-Out-13
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
_Noah Escreveu:Elias Escreveu:
Achas que somos caso único relativamente a isto?
A ideia que tenho é que na maioria das economias ocidentais (e nomeadamente na UE), o Estado tem uma presença forte na economia. E no entanto isso não impede a que tenham superavits de vez em quando.
Caro Elias!
Mais uma vez, cultura, é o problema, e solução!!!!
Esses Estados, sabem que tem que produzir, para gerar riqueza, os euros não se apanham nas árvores, ou caem do céu!
Fala-se muito em Estado Social, em Portugal, mas a maior parte julga que o Estado Social paga-se do ar, outros, como a maior parte que passou no governo nos últimos 30 anos, julgam que haverá sempre quem estenda a mão e diga, como se diz a uma criança: "toma lá € 0,50 e vai comprar rebuçados"....
Para esses, Portugal tinha sempre quem emprestasse dinheiro para pagar o Estado Social, é como a criança, quando os rebuçados terminarem, vem pedir mais dinheiro para os comprar!!!!!!
Cumprimentos
_Noah
Obviamente Noah , cultura e educação
Mas como ao Estado não interessa uma coisa nem outra, a partir dos anos 80 instalou-se a balda , ou seja o que era imposto antes do 25 de Abril (educação só para alguns) logo só uma meia dúzia de pessoas sabia o que realmente se passava , depois do 25 de Abril e com a abertura a todos, foi necessário manter a ignorância por outros meios (menos exigência, mais facilidade, menos cultura cívica e etc.) , e funciona, bastas ver que no ultimo domingo a casa dos segredos esteve a frente de todas os directos sobre autárquicas , e os telejornais não tem share que valha a pena .
Em Portugal não existe respeito pelos outros nem educação ,e enquanto continuar assim não vamos a lado nenhum,todos se julgam donos do País fazem o que querem.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Elias Escreveu:
Achas que somos caso único relativamente a isto?
A ideia que tenho é que na maioria das economias ocidentais (e nomeadamente na UE), o Estado tem uma presença forte na economia. E no entanto isso não impede a que tenham superavits de vez em quando.
Caro Elias!
Mais uma vez, cultura, é o problema, e solução!!!!
Esses Estados, sabem que tem que produzir, para gerar riqueza, os euros não se apanham nas árvores, ou caem do céu!
Fala-se muito em Estado Social, em Portugal, mas a maior parte julga que o Estado Social paga-se do ar, outros, como a maior parte que passou no governo nos últimos 30 anos, julgam que haverá sempre quem estenda a mão e diga, como se diz a uma criança: "toma lá € 0,50 e vai comprar rebuçados"....
Para esses, Portugal tinha sempre quem emprestasse dinheiro para pagar o Estado Social, é como a criança, quando os rebuçados terminarem, vem pedir mais dinheiro para os comprar!!!!!!
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"I never attempt to make money on the stock market. I buy on the assumption that they could close the market the next day and not reopen it for five years" (Warren Buffet)
When stocks are attractive, you buy them. Sure, they can go lower. I've bought stocks at $12 that went to $2, but then they later went to $30. (Peter Lynch)
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Elias Escreveu:_Noah Escreveu:Elias, esse dia apenas irá chegar, se, e só se, o Estado for relegado para cumprir apenas funções de regulação!
No presente temos Estado na Economia, direta, ou, indiretamente, numa grandeza superior a 50%. Ora, nenhuma economia "sobrevive" assim.
Achas que somos caso único relativamente a isto?
A ideia que tenho é que na maioria das economias ocidentais (e nomeadamente na UE), o Estado tem uma presença forte na economia. E no entanto isso não impede a que tenham superavits de vez em quando.
Se Portugal tivesse no meio da Europa em vez de estar num canto, tivesse Portugal a Alemanha como vizinha em vez de Espanha, tivesse recursos naturais daqueles que fazem andar os carros em vez de sol...se calhar era mais fácil!
Assim não sei...mas como um dia começou a crise um dia há-de passar. Ou acham que a queda do juro da dívida dos últimos dias está intimamente relacionada com a performance política ou mesmo com a expectativa que esta performance melhore nos próximos tempos? A menos que dizer que está tudo bem muito vezes chegue para enganar os mercados...

Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
_Noah Escreveu:Elias, esse dia apenas irá chegar, se, e só se, o Estado for relegado para cumprir apenas funções de regulação!
No presente temos Estado na Economia, direta, ou, indiretamente, numa grandeza superior a 50%. Ora, nenhuma economia "sobrevive" assim.
Achas que somos caso único relativamente a isto?
A ideia que tenho é que na maioria das economias ocidentais (e nomeadamente na UE), o Estado tem uma presença forte na economia. E no entanto isso não impede a que tenham superavits de vez em quando.
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Elias , da forma que o País esta estruturado onde o Estado "da" de comer a mais de 50% da população (seja em salários,subsídios,reformas,pensões e etc.) e da lucros garantidos as maiores empresas do País e algumas Multinacionais (PPP´s , dificultar a entrada concorrência, rendas , regalias,pareceres, etc.) , e onde a populaça (a que se manifesta)em vez de exigir que se corte nisto tudo exige é mais dinheiro (ou seja desde que o € dele cante no bolso, os outros que se lixem) e as empresas manobrem nos bastidores contratos absolutamente leoninos e ilegais , Nunca na vida iremos ter saldo positivo nas nossas contas e era tão fácil...
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Elias Escreveu:O que eu realmente gostaria de saber é isto: será que algum dia voltaremos a ter superavit?
Para já, vamos com 40 anos de défices consecutivos... Não sei se há mais algum país no mundo que se possa gabar desta proeza...
Elias, esse dia apenas irá chegar, se, e só se, o Estado for relegado para cumprir apenas funções de regulação!
No presente temos Estado na Economia, direta, ou, indiretamente, numa grandeza superior a 50%. Ora, nenhuma economia "sobrevive" assim.
Perguntarias, e muito bem: O que fazer então?
Os senhores doutores e engenheiros, que passaram no governo nos últimos 30 anos deveriam saber, melhor que ninguém, responder a essa pergunta. Todavia, não há palavras!!!
O problema de Portugal, e, a solução, passam pela cultura!
É simples Elias.
O português tem que começar a trabalhar, na generalidade, mais!
E, deixar de viver, na generalidade, a pensar nos subsídios!
Cumprimentos
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
O que eu realmente gostaria de saber é isto: será que algum dia voltaremos a ter superavit?
Para já, vamos com 40 anos de défices consecutivos... Não sei se há mais algum país no mundo que se possa gabar desta proeza...
Para já, vamos com 40 anos de défices consecutivos... Não sei se há mais algum país no mundo que se possa gabar desta proeza...
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
O objectivo continua a ser irrealista, senão vejamos:
Este anos o deficit ronda os 7% , como a Troika não deixa "aldrabar" as contas como se fez nos últimos 12 anos saiu da cartola um perdão de divida as empresas e particulares até 20 Dezembro, ou seja arrecadar receita para ver se chegamos aos 5,5% .
Para o ano 4% ? Não me façam rir.
Este anos o deficit ronda os 7% , como a Troika não deixa "aldrabar" as contas como se fez nos últimos 12 anos saiu da cartola um perdão de divida as empresas e particulares até 20 Dezembro, ou seja arrecadar receita para ver se chegamos aos 5,5% .
Para o ano 4% ? Não me façam rir.
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Re:
No dia 22 de Fevereiro escrevi:
Aqui ficam mais umas contribuições:
"A austeridade é violenta e está a chegar ao limite" - Ricardo Salgado, 17-Abr-13
"Política de austeridade atingiu o limite" - Durão Barroso, 22-Abr-13
"O nível dos sacrifícios impostos atingiu o limite" - Alberto Costa, 25-Abr-13
"Há 'limites de velocidade' que devem ser levados em conta para cumprir o desejado ritmo de ajustamento" - FMI, 17-Set-13
Elias Escreveu:Claro que há limites. Mas essa "conversa da treta" já dura há dois anos.
Sem preocupações de exaustão, aqui fica uma amostra de declarações de figuras públicas:
"Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos" - Cavaco Silva, 09 Março 2011
"Há um limite para exigir sacrifícios aos portugueses" - Paula Teixeira da Cruz, 19 Março 2011
"limites aos sacrifícios não devem estar muito longe" - Cavaco Silva, 27 Agosto 2011
"É evidente que os portugueses já não podem aguentar mais, nem as famílias, nem as empresas" - António José Seguro, 25-Mai-2012
"O nível de impostos já atingiu o seu limite" - Paulo Portas, 25 julho 2012
"Portugueses não aguentam mais impostos" - Adriano Moreira, 28/08-2012
“Chegámos ao limite da decência fiscal” - Bagão Félix, 1-Out-12
Aqui ficam mais umas contribuições:
"A austeridade é violenta e está a chegar ao limite" - Ricardo Salgado, 17-Abr-13
"Política de austeridade atingiu o limite" - Durão Barroso, 22-Abr-13
"O nível dos sacrifícios impostos atingiu o limite" - Alberto Costa, 25-Abr-13
"Há 'limites de velocidade' que devem ser levados em conta para cumprir o desejado ritmo de ajustamento" - FMI, 17-Set-13
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Desta vez é que o mercado vai para novos minimos, se a massa de investidores interpretar uma solução sem fim à vista.
É bom para os activos ficarem ainda mais baratos, fazendo com que a onda primária de descida se auto-reforce no tempo e intensidade.
É bom para os activos ficarem ainda mais baratos, fazendo com que a onda primária de descida se auto-reforce no tempo e intensidade.
Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Dijsselbloem: Discussão sobre novas metas para o défice não é bom sinal
13 Setembro 2013, 09:09 por Lusa
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta sexta-feira, em Vilnius, que é importante que Portugal se mantenha comprometido com os objectivos do défice acordados com a troika, considerando que uma discussão sobre novas metas não é "um bom sinal".
"Acho que é importante manter o que acordámos no âmbito do programa, incluindo também as metas do défice. Não acho que seja um bom sinal manter viva a discussão" sobre a alteração das metas, afirmou Dijsselbloem, à chegada de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, na capital lituana.
O presidente do Eurogrupo acrescentou que "o mundo exterior deve perceber que Portugal e o Governo português estão comprometidos com o que tem de ser feito e com o que foi acordado, e isso ajudará à saída do programa o mais depressa possível".
Também o comissário europeu dos Assuntos Económicos, questionado à entrada da reunião do Eurogrupo sobre uma eventual flexibilização das metas do défice para Portugal, considerou que o país deve cumprir aquilo que está acordado com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeia e Fundo Monetário Internacional).
"Relativamente à consolidação orçamental, é importante que o país mantenha os seus compromissos e metas", afirmou Olli Rehn.
Segundo o comissário, "é muito importante assegurar que Portugal seja bem-sucedido no seu ajustamento económico", e é por isso que a Zona Euro está "a apoiar Portugal nas suas reformas para restaurar a competitividade, com vista a um crescimento sustentável e criação de emprego, aquilo de que o povo português realmente necessita".
Mas, ao mesmo tempo, frisou, "é importante manter o rumo de uma consolidação sustentável das finanças públicas".
À entrada para a reunião que marca a "rentrée" do Eurogrupo, os responsáveis políticos europeus manifestaram-se assim claramente contra uma flexibilização das metas do défice para Portugal, defendida esta semana, na Assembleia República, pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que defendeu uma revisão do objectivo do défice orçamental para 2014, de 4,5% do PIB, em vez dos 4% definidos na anterior avaliação da 'troika'.
No encontro desta sexta-feira em Vilnius, os ministros das Finanças da Zona Euro esperam ouvir da ministra Maria Luís Albuquerque uma exposição sobre a situação em Portugal, que desperta interesse nos seus parceiros e credores.
A reunião do Eurogrupo, que antecede um encontro informal dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin, a decorrer até sábado na capital lituana), tem lugar em vésperas da chegada da missão da troika a Portugal para as 8.ª e 9.ª avaliações regulares do programa de ajustamento - cujas conclusões só serão então discutidas em Outubro -, mas os ministros da Zona Euro desejam fazer um ponto da situação sobre a situação em Portugal, até porque entretanto houve novo "chumbo" do Tribunal Constitucional (TC) a medidas do Governo.
Um alto responsável do Eurogrupo indicou na quinta-feira que espera que as autoridades portuguesas "detalhem" as medidas compensatórias ao "chumbo" do TC ao regime de mobilidade na função pública.
13 Setembro 2013, 09:09 por Lusa
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse esta sexta-feira, em Vilnius, que é importante que Portugal se mantenha comprometido com os objectivos do défice acordados com a troika, considerando que uma discussão sobre novas metas não é "um bom sinal".
"Acho que é importante manter o que acordámos no âmbito do programa, incluindo também as metas do défice. Não acho que seja um bom sinal manter viva a discussão" sobre a alteração das metas, afirmou Dijsselbloem, à chegada de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, na capital lituana.
O presidente do Eurogrupo acrescentou que "o mundo exterior deve perceber que Portugal e o Governo português estão comprometidos com o que tem de ser feito e com o que foi acordado, e isso ajudará à saída do programa o mais depressa possível".
Também o comissário europeu dos Assuntos Económicos, questionado à entrada da reunião do Eurogrupo sobre uma eventual flexibilização das metas do défice para Portugal, considerou que o país deve cumprir aquilo que está acordado com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeia e Fundo Monetário Internacional).
"Relativamente à consolidação orçamental, é importante que o país mantenha os seus compromissos e metas", afirmou Olli Rehn.
Segundo o comissário, "é muito importante assegurar que Portugal seja bem-sucedido no seu ajustamento económico", e é por isso que a Zona Euro está "a apoiar Portugal nas suas reformas para restaurar a competitividade, com vista a um crescimento sustentável e criação de emprego, aquilo de que o povo português realmente necessita".
Mas, ao mesmo tempo, frisou, "é importante manter o rumo de uma consolidação sustentável das finanças públicas".
À entrada para a reunião que marca a "rentrée" do Eurogrupo, os responsáveis políticos europeus manifestaram-se assim claramente contra uma flexibilização das metas do défice para Portugal, defendida esta semana, na Assembleia República, pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que defendeu uma revisão do objectivo do défice orçamental para 2014, de 4,5% do PIB, em vez dos 4% definidos na anterior avaliação da 'troika'.
No encontro desta sexta-feira em Vilnius, os ministros das Finanças da Zona Euro esperam ouvir da ministra Maria Luís Albuquerque uma exposição sobre a situação em Portugal, que desperta interesse nos seus parceiros e credores.
A reunião do Eurogrupo, que antecede um encontro informal dos ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin, a decorrer até sábado na capital lituana), tem lugar em vésperas da chegada da missão da troika a Portugal para as 8.ª e 9.ª avaliações regulares do programa de ajustamento - cujas conclusões só serão então discutidas em Outubro -, mas os ministros da Zona Euro desejam fazer um ponto da situação sobre a situação em Portugal, até porque entretanto houve novo "chumbo" do Tribunal Constitucional (TC) a medidas do Governo.
Um alto responsável do Eurogrupo indicou na quinta-feira que espera que as autoridades portuguesas "detalhem" as medidas compensatórias ao "chumbo" do TC ao regime de mobilidade na função pública.
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Notícias contraditórias
http://expresso.sapo.pt/divida-ultrapassa-130-do-pib=f826942
A dívida pública atingiu os 214.573 milhões de euros nos primeiros seis meses. Em relação a dezembro do ano passado, aumentou 7,6 pontos percentuais.
http://expresso.sapo.pt/divida-ultrapassa-130-do-pib=f826942
A dívida pública atingiu os 214.573 milhões de euros nos primeiros seis meses. Em relação a dezembro do ano passado, aumentou 7,6 pontos percentuais.
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Parece que foi de propósito 

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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Manu Escreveu:Para quando uma notícia da redução da dívida?
Ou a substituição de uma emissão por outra, com um juro mais baixo?
IGCP
Dívida do Estado diminui 956 milhões em Julho
Os dados constam do boletim mensal do IGCP, publicado hoje.
De acordo com a agência que gere a tesouraria e a dívida pública, em Julho a dívida directa do Estado somou 205.692 milhões de euros, menos 956 milhões que o registado no mês anterior.
O maior contributo para a diminuição da dívida veio da amortização de 160 milhões de euros de Obrigações do Tesouro e de 336 milhões de Bilhetes do Tesouro.
No boletim mensal do organismo liderado por Moreira Rato é ainda possível verificar que os certificados de aforro voltaram a ganhar investidores no mês passado, à semelhança do que aconteceu em Junho. Foram emitidos 121 milhões de euros e amortizados 83 milhões, ou seja, um saldo líquido positivo de 38 milhões.
Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Para quando uma notícia da redução da dívida?
Ou a substituição de uma emissão por outra, com um juro mais baixo?
Ou a substituição de uma emissão por outra, com um juro mais baixo?
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Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Hoje há um regojiso geral pela colocação de mais dívida.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas_de_juro___credito/detalhe/portugal_paga_juros_mais_baixos_e_financia_se_em_mil_milhoes_de_euros.html
Percebo que, dada a nossa situação, sempre que conseguimos pagar um pouco menos de juros, é agradável.
Mas não concordo com a prespectiva.
O que esta colocação de dívida me diz na prática, é que passámos a dever mais mil milhões de euros.
O que não é bom.
Que teremos que pagar, mais cerca de 12 milhões de juros.
O que não é bom.
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/taxas_de_juro___credito/detalhe/portugal_paga_juros_mais_baixos_e_financia_se_em_mil_milhoes_de_euros.html
Percebo que, dada a nossa situação, sempre que conseguimos pagar um pouco menos de juros, é agradável.
Mas não concordo com a prespectiva.
O que esta colocação de dívida me diz na prática, é que passámos a dever mais mil milhões de euros.
O que não é bom.
Que teremos que pagar, mais cerca de 12 milhões de juros.
O que não é bom.
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ghorez Escreveu:mfsr1980 Escreveu:Bom dia Forenses,
Começo a não acreditar numa saida para Portugal e isso deixa-me verdadeiramente preocupado.
Se estamos a discutir um défice de 5,5% para o ano de 2014 então andámos a brincar durante estes 2 anos!
Ou se fazem as reformas e se baixam impostos ou isto estoira porque nem se fazem reformas, nem se liberta o Povo deste sufoco!
EDIT: Ficam com o odioso de estar a sufocar o Povo com impostos e não ganham nada com isso porque não resolvem o problema.
Abraço mfsr1980
Enquanto ninguém tocar nas regalias da FP, prestações sociais e reformas...podem saltar, discutir, berrar.. ficará tudo na mesma.
Era cortar com 2kM nas pensões. Não há dinheiro não há vícios. Só estão a adiar o inevitável mais tarde ou mais cedo é o que vai acontecer.
mfsr1980 Escreveu:Bom dia Forenses,
Começo a não acreditar numa saida para Portugal e isso deixa-me verdadeiramente preocupado.
Se estamos a discutir um défice de 5,5% para o ano de 2014 então andámos a brincar durante estes 2 anos!
Ou se fazem as reformas e se baixam impostos ou isto estoira porque nem se fazem reformas, nem se liberta o Povo deste sufoco!
EDIT: Ficam com o odioso de estar a sufocar o Povo com impostos e não ganham nada com isso porque não resolvem o problema.
Abraço mfsr1980
Enquanto ninguém tocar nas regalias da FP, prestações sociais e reformas...podem saltar, discutir, berrar.. ficará tudo na mesma.
Bom dia Forenses,
Começo a não acreditar numa saida para Portugal e isso deixa-me verdadeiramente preocupado.
Se estamos a discutir um défice de 5,5% para o ano de 2014 então andámos a brincar durante estes 2 anos!
Ou se fazem as reformas e se baixam impostos ou isto estoira porque nem se fazem reformas, nem se liberta o Povo deste sufoco!
EDIT: Ficam com o odioso de estar a sufocar o Povo com impostos e não ganham nada com isso porque não resolvem o problema.
Abraço mfsr1980
Começo a não acreditar numa saida para Portugal e isso deixa-me verdadeiramente preocupado.
Se estamos a discutir um défice de 5,5% para o ano de 2014 então andámos a brincar durante estes 2 anos!
Ou se fazem as reformas e se baixam impostos ou isto estoira porque nem se fazem reformas, nem se liberta o Povo deste sufoco!
EDIT: Ficam com o odioso de estar a sufocar o Povo com impostos e não ganham nada com isso porque não resolvem o problema.
Abraço mfsr1980
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Folgo? não há margem para folgo. Eles estão a ver-se pelos cabelos por conseguir atingir as metas do défice ainda querem o quê mais?
Seja como for, a visão que tenho é que no Verão de 2014 quando a TROIKA se for embora, o país estará de rastos (é sempre possivel um pouco mais/menos) e o PSI20 a um nivel bastante próximo dos 4500 (minimo de 2012) retratando o estado miserável das empresas, a destruição de riqueza no país, a existência de um elemento de incerteza relativa em todas as faxas etárias, entre ao pós-troika e por fim a eliminação por completo do que é o sistema actual da Europa.
Seja como for, a visão que tenho é que no Verão de 2014 quando a TROIKA se for embora, o país estará de rastos (é sempre possivel um pouco mais/menos) e o PSI20 a um nivel bastante próximo dos 4500 (minimo de 2012) retratando o estado miserável das empresas, a destruição de riqueza no país, a existência de um elemento de incerteza relativa em todas as faxas etárias, entre ao pós-troika e por fim a eliminação por completo do que é o sistema actual da Europa.
Re: Redução do défice - insistir em objectivos irrealistas..
Elias Escreveu:No dia 22 de Fevereiro escrevi isto:Elias Escreveu:Aqui fica um pequeno histórico que recolhi de notícias várias que se encontram online (excepto o primeiro, que foi extraído dum documento que está no site da UE).
Repare-se que os 4,5% eram o objectivo para 2011 em Março desse ano, mas mais tarde esse passou a ser o objectivo para 2012; no Verão do ano passado esse passou a ser o objectivo para 2013 e agora o objectivo para 2013 é de 4,9% (ou seja pior do que era há dois anos o objectivo para 2011).
Quanto aos 3%, são também um objectivo continuamente adiado - primeiro era a meta para 2012, depois passou a ser para 2013 e agora é para 2014.
Março de 2011
Compromissos e metas do Portugal 2020 – Programa Nacional de Reformas
(Aprovado em Conselho de Ministros de 20 de Março de 2011)
Redução do défice público: 4,6% do PIB em 2011, 3% em 2012 e 2% em 2013
14 SET 11
Portugal no bom caminho para défice de 3% em 2013, diz Durão
Fonte: TSF
21 dezembro 2011
Défice de 4,5% em 2012 é viável e objetivo de 3% em 2013 permanece válido
A Comissão Europeia disse hoje que uma implementação "rigorosa" do Orçamento do Estado (OE) em Portugal em 2012 garantirá que o objectivo de atingir um défice de 4,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) se concretize.
Fonte: Lusa
11 de Setembro, 2012
«Foi acordada com a missão a revisão dos limites quantitativos para o défice e para a dívida pública, os limites quantitativos para o défice passaram para 5 por cento em 2012, 4,5 por cento em 2013 e 2,5 por cento em 2014», anunciou hoje o ministro das Finanças.
Fonte: SOL
22/02/13
Défice português só desce uma décima em 2013
Os novos objectivos são atingir um défice de 4,9% este ano e de 2,9% em 2014, anunciou hoje a Comissão Europeia.
Fonte: económico
Agora podemos acrescentar mais este:
15/03/2013
Como afirmou hoje Vítor Gaspar, "o Governo acordou com a missão a revisão dos limites quantitativos", estabelecendo que em 2013 se irá cumprir o défice de 5,5% do PIB, que passará para 4% em 2014 e 2,5% em 2015.
Fonte: Dinheiro Vivo
O historial já está jeitoso.
Mais um episódio nesta longa novela:
22/06/2013
Pedro Passos Coelho pretende negociar a meta do défice de 2014 para 4,5%, de forma a que o Orçamento do Estado para o próximo ano contenha menos medidas de austeridade, dando um pouco mais de «fôlego» aos portugueses.
Fonte: Diário Digital
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A troika prefere dar mais tempo para cumprir as metas do que impor mais austeridade, caso o chumbo do TC vá além do que o Governo possa comportar.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Inte ... t_id=72390
Não tarda muito o objectivo dos 3% é para 2016
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Não tarda muito o objectivo dos 3% é para 2016

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Isto não tem propriamente haver com o défice, mas para não estar abrir um tópico, aqui fica uma prova como é dificil controlar despesa em Portugal num sector que para muitos portugueses deve ser imaculado:
Médicos avessos a picar o ponto
No Algarve um médico recebeu do SNS por horas que exerceu no privado. Hospital de S. João considerado o melhor exemplo. Inspeção detetou vários hospitais onde os clínicos não "picam o ponto" como manda a lei. Outros usam registos obsoletos
Lei obriga hospitais a adotarem sistemas de registo biométrico desde 2007
Há vários hospitais que não usam o registo biométrico de controlo da assiduidade e pontualidade, obrigatório por lei. Os médicos são quem mais escapa àquela vigilância que tem efeitos nos salários.
A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) detetou desconformidades relacionadas com o controlo dos tempos de trabalho dos médicos em dez de um total de 19 hospitais inspecionados.
De acordo com um relatório que analisa as remunerações dos médicos, a que o JN teve acesso, há unidades em que aquele grupo de profissionais está, simplesmente, excluído da obrigação de "picar o ponto", como é o caso dos centros hospitalares do Baixo Vouga, do Tâmega e Sousa, de Tondela/Viseu e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedad ... id=3136590
Médicos avessos a picar o ponto
No Algarve um médico recebeu do SNS por horas que exerceu no privado. Hospital de S. João considerado o melhor exemplo. Inspeção detetou vários hospitais onde os clínicos não "picam o ponto" como manda a lei. Outros usam registos obsoletos
Lei obriga hospitais a adotarem sistemas de registo biométrico desde 2007
Há vários hospitais que não usam o registo biométrico de controlo da assiduidade e pontualidade, obrigatório por lei. Os médicos são quem mais escapa àquela vigilância que tem efeitos nos salários.
A Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) detetou desconformidades relacionadas com o controlo dos tempos de trabalho dos médicos em dez de um total de 19 hospitais inspecionados.
De acordo com um relatório que analisa as remunerações dos médicos, a que o JN teve acesso, há unidades em que aquele grupo de profissionais está, simplesmente, excluído da obrigação de "picar o ponto", como é o caso dos centros hospitalares do Baixo Vouga, do Tâmega e Sousa, de Tondela/Viseu e da Unidade Local de Saúde do Alto Minho.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedad ... id=3136590
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