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Caldeirão da Bolsa

Situação na Espanha - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Texano Bill » 10/10/2012 22:38

O nível abaixo deste é junk.

Público Escreveu:Standard and Poor’s corta rating de dívida espanhola

A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) cortou hoje em dois níveis o rating da dívida soberana de Espanha, para BBB-, justificando com o agravamento da recessão e com o problema dos bancos em dificuldades.

“O corte reflecte a nossa visão de [que os] riscos às finanças públicas de Espanha são crescentes, devido às pressões económicas e políticas também crescentes”, considera a agência, em comunicado hoje emitido.

Ainda que considere que Espanha está a responder de forma adequada às dificuldades que enfrenta, a S&P refere que a “perspectiva negativa” associada ao rating do país indica que os títulos de dívida do Estado espanhol podem ser levados a médio prazo para a categoria de investimento especulativo.

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por PC05 » 9/10/2012 8:05

Parece haver algum "stress" nas yields espanholas 6.07 (+0.35 a 10Y).
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por artista1939 » 8/10/2012 14:13

German Finance Minister: Spain does not need financial aid

08/10/2012

BRUSSELS, Oct 8 (Reuters) - Spain does not need euro zone financial help because its problems stem from the banking sector and the country is already getting a loan to recapitalise its financial sector, German Finance Minister Wolfgang Schaeuble said.

"Spain needs no aid programme," Schaeuble said as he arrived a meeting of euro zone finance ministers in Luxembourg, reiterating a point he has made repeatedly in recent weeks.

"Spain is doing everything necessary, in fiscal policy, in structural reforms. Spain has a problem with its banks as a consequence of the real estate bubble of the past years.

"That's why Spain is getting help with banking recapitalisation. And of course Spain, like other countries, is suffering from the problem of contagion, speculation on financial markets... but Spain needs no aid programme. That's what the Spanish government says again and again," he said.

The finance ministers, known as the Eurogroup, are meeting to discuss Spain's borrowing costs and its economic reforms as well as other eurozone related issues.


Se a Espanha não precisa de ajuda, para que servem as OMT's?
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por alexandre7ias » 4/10/2012 17:39

Zona Euro considera conceder seguros a quem comprar dívida de Espanha
Jornal de Negócios Online
04/10/2012 16:30

O fundo de resgate do euro pode dar garantias aos investidores na compra de cada nova obrigação espanhola, segundo avança esta quinta-feira a Reuters. O resgate seguiria em frente sem grandes encargos para os contribuintes europeus e manteria o país nos mercados de financiamento, escreve a agência.

A Zona Euro está a estudar, segundo avança a agência Reuters, a possibilidade de disponibilizar seguros aos investidores que comprarem obrigações soberanas de Espanha.

Estes seguros serão, segundo as fontes europeias consultadas pela Reuters, concedidos através do Mecanismo Europeu de Estabilidade, o fundo de resgate permanente do euro. Estariam associados a cada nova obrigação emitida por Espanha.

Com a protecção, Espanha continuaria a aceder aos mercados de dívida e reduziria os custos que os investidores teriam de enfrentar com o resgate.

O plano, que estará a ser estudado em Espanha, França, Alemanha e Itália, terá um custo de 50 mil milhões de euros por um ano, disse uma das fontes à Reuters.

Esta seria a intervenção do fundo de resgate no mercado de dívida primário. No mercado secundário, o Banco Central Europeu (BCE) já anunciou estar disponível para comprar obrigações de países em dificuldades, com o intuito de reduzir as rendibilidades pedidas pelos investidores para negociar os títulos de dívida dessas nações. De qualquer modo, uma das metas centrais de qualquer ajuda a Espanha é a sua manutenção no mercado de dívida. Um resgate total ao país, em que o financiamento estivesse apenas garantido pela ajuda externa, seria bastante oneroso para a região.

O ministro das Finanças da Finlândia já tinha aberto a porta à possibilidade. “Para salvaguardar o dinheiro público, podemos estudar a possibilidade de o MEE intervir no mercado primário com um efeito de alavancagem que garantisse apenas uma parte da dívida emitida por Espanha”, cita a Reuters.

Espanha terá sempre de assinar um memorando de entendimento, com a inscrição de medidas de austeridade a implementar e as reformas económicas a estabelecer.

Não há, contudo, ainda nenhuma decisão, já que as conversações estão ainda a ocorrer, segundo a Reuters.
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por Marco Martins » 4/10/2012 14:53

Draghi explica porque BCE ainda não comprou dívida portuguesa Escreveu:04 Outubro 2012 | 14:37

Portugal ainda não qualifica para compra de obrigações do BCE, diz Draghi, que elogia progresso "significativo, muito, muito significativo" do programa de Portugal.
O presidente do BCE defendeu hoje que o programa de compra de obrigações soberanas que o banco central desenhou (OMT) não se aplica ainda a Portugal, porque o País ainda não ganhou acesso total ao mercado.

Elogiando o sucesso da troca de obrigações que decorreu esta semana, Draghi frisa que “O OMT não se aplicaria até que o total completo acesso ao mercado seja conseguido”, isto porque, continuou, “o OMT não é um substituto para o acesso ao mercado”.

Questionado sobre a emissão da obrigação de 2015 ocorrida ontem, Draghi considerou que são “notícias animadores”, mas não é “o completo acesso ao mercado, é o início”.

Mario Draghi considera que Portugal é um exemplo de um País “onde ocorreu um progresso significativo, muito, muito significativo”, acrescentado que “a situação geral em termos políticos é forte” e que se mantém no terreno uma importante agenda de reformas.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=582439


Achei curiosa e preocupante esta mensagem do Draghi!! Então para que é preciso uma compra de dívida do BCE se os países terão de se conseguir financiar e aceder ao mercado aberto?

Se neste momento não temos ajuda pelo BCE, quer dizer que se a nossa situação piorar, então não teremos qualquer apoio pelo BCE?!?

Se nós estamos assim, então Espanha ficará ainda pior, a não ser que sejam criados buracos nas regras para que mais uma vez, existam filhos e enteados!
 
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por Hramos3 » 4/10/2012 14:50

Bah, a manif esteve à porta do local onde eu estava no sábado ultimo, e estavam lá tantos Avecs e Espanhóis como Portugueses. Referências a isto nos media ou mesmo na Internet? 0. De certezinha mão da IS. E então?

O que não faltam praí são interesses e o diabo a 4. Eu não participo em manifs porque, para além de não resolverem nada, são um escape para a insatisfação. Neste momento da nossa história, fazem mais mal que bem.

O que faz falta é pressionar a malta. Por isso, banam as manifs e desanquem esses comunas todos.
 
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por Marco Martins » 4/10/2012 14:41

HLopes4 Escreveu:
Marco Martins Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:

Podem ser causados de "crime por associação"
Justiça quer saber quem financiou protestos contra a austeridade em Espanha

03.10.2012 - 11:31 PÚBLICO

Andrea Comas/Reuters

A polícia impediu que os manifestantes chegassem perto do Parlamento

O juiz da Audiência Nacional espanhola ordenou que sejam identificadas as pessoas que financiaram o movimento 25-S. A decisão insere-se na investigação em curso para apurar se devem ser abertos processos criminais contra alguns organizadores.

Segundo avançava a Cadena SER, no dia 18 de Setembro a polícia informou o juiz de que a entrada de dinheiro nas contas abertas pelo movimento 25-S (nome proveniente do dia em que houve protesto, 25 de Setembro) teve um "papel decisivo" na organização dos protestos contra a austeridade e o Governo. Um facto que, sustenta a polícia, "pressupõe um possível crime de associação".

As contas foram abertas nos bancos Triodos e La. O diário El País refere que, na Internet, as duas contas correspondem à organização de viagens de vários pontos de Espanha para Madrid.

A Audiência Nacional, prossegue este jornal, pediu também os dados pessoais dos que usaram contas de correio electrónico para organizar a convocatório do 25-S. O Google e o Facebook deram à polícia mais de 50 moradas de IP, mas recusaram fornecer dados pessoais.

Estas decisões fazem avançar um processo que se acreditava estar morto. Na semana passada, o juiz de instrução da Praça Castilha, que se ocupou dos 35 casos dos que foram detidos nos protestos, considerou que não tinha competência para julgar essas pessoas pois não tinham cometido delitos contra o Estado. A mais alta magistrada deste tribunal, porém, não concordou e enviou os processos à Audiência Nacional.

Nesta, os juízes vão agora verificar, a partir das actas, se o protesto perturbou o normal funcionamento do Parlamento de Madrid. O artigo 494 do Código Penal espanhol, explica o El País estabelece como delito a promoção de manifestações nos arredores do Parlamento quando este está reunido, "alterando o seu funcionamento".
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Que mundo este!


Isto não acontece apenas em Espanha. Acham que muitas das manifestações que acontecem em Portugal, não são financiadas e organizadas pela oposição?


A manifestação não é um direito? Desde quando é que financiar um direito é crime?


Não sou contra as manifestações e concordo que são um direito.

Só não concordo é com estes financiamentos pela oposição, porque muitas vezes usam essas manifestações para os seus interesses e pouco se estão a importar para o motivo que levou as pessoas a manifestar-se. Ou seja, promovem uma deturpação em vez de um esclarecimento sobre a manifestação...
 
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por Hramos3 » 4/10/2012 14:37

Marco Martins Escreveu:
alexandre7ias Escreveu:

Podem ser causados de "crime por associação"
Justiça quer saber quem financiou protestos contra a austeridade em Espanha

03.10.2012 - 11:31 PÚBLICO

Andrea Comas/Reuters

A polícia impediu que os manifestantes chegassem perto do Parlamento

O juiz da Audiência Nacional espanhola ordenou que sejam identificadas as pessoas que financiaram o movimento 25-S. A decisão insere-se na investigação em curso para apurar se devem ser abertos processos criminais contra alguns organizadores.

Segundo avançava a Cadena SER, no dia 18 de Setembro a polícia informou o juiz de que a entrada de dinheiro nas contas abertas pelo movimento 25-S (nome proveniente do dia em que houve protesto, 25 de Setembro) teve um "papel decisivo" na organização dos protestos contra a austeridade e o Governo. Um facto que, sustenta a polícia, "pressupõe um possível crime de associação".

As contas foram abertas nos bancos Triodos e La. O diário El País refere que, na Internet, as duas contas correspondem à organização de viagens de vários pontos de Espanha para Madrid.

A Audiência Nacional, prossegue este jornal, pediu também os dados pessoais dos que usaram contas de correio electrónico para organizar a convocatório do 25-S. O Google e o Facebook deram à polícia mais de 50 moradas de IP, mas recusaram fornecer dados pessoais.

Estas decisões fazem avançar um processo que se acreditava estar morto. Na semana passada, o juiz de instrução da Praça Castilha, que se ocupou dos 35 casos dos que foram detidos nos protestos, considerou que não tinha competência para julgar essas pessoas pois não tinham cometido delitos contra o Estado. A mais alta magistrada deste tribunal, porém, não concordou e enviou os processos à Audiência Nacional.

Nesta, os juízes vão agora verificar, a partir das actas, se o protesto perturbou o normal funcionamento do Parlamento de Madrid. O artigo 494 do Código Penal espanhol, explica o El País estabelece como delito a promoção de manifestações nos arredores do Parlamento quando este está reunido, "alterando o seu funcionamento".
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Isto não acontece apenas em Espanha. Acham que muitas das manifestações que acontecem em Portugal, não são financiadas e organizadas pela oposição?


A manifestação não é um direito? Desde quando é que financiar um direito é crime? Esta Europa não presta para mim, se quisesse andar calado e sujeitar-me às veleidades do poder ia para Angola.

Brinquem com o fogo brinquem, depois queixem-se que arde.
Editado pela última vez por Hramos3 em 4/10/2012 14:41, num total de 1 vez.
 
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por Marco Martins » 4/10/2012 14:25

alexandre7ias Escreveu:

Podem ser causados de "crime por associação"
Justiça quer saber quem financiou protestos contra a austeridade em Espanha

03.10.2012 - 11:31 PÚBLICO

Andrea Comas/Reuters

A polícia impediu que os manifestantes chegassem perto do Parlamento

O juiz da Audiência Nacional espanhola ordenou que sejam identificadas as pessoas que financiaram o movimento 25-S. A decisão insere-se na investigação em curso para apurar se devem ser abertos processos criminais contra alguns organizadores.

Segundo avançava a Cadena SER, no dia 18 de Setembro a polícia informou o juiz de que a entrada de dinheiro nas contas abertas pelo movimento 25-S (nome proveniente do dia em que houve protesto, 25 de Setembro) teve um "papel decisivo" na organização dos protestos contra a austeridade e o Governo. Um facto que, sustenta a polícia, "pressupõe um possível crime de associação".

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A Audiência Nacional, prossegue este jornal, pediu também os dados pessoais dos que usaram contas de correio electrónico para organizar a convocatório do 25-S. O Google e o Facebook deram à polícia mais de 50 moradas de IP, mas recusaram fornecer dados pessoais.

Estas decisões fazem avançar um processo que se acreditava estar morto. Na semana passada, o juiz de instrução da Praça Castilha, que se ocupou dos 35 casos dos que foram detidos nos protestos, considerou que não tinha competência para julgar essas pessoas pois não tinham cometido delitos contra o Estado. A mais alta magistrada deste tribunal, porém, não concordou e enviou os processos à Audiência Nacional.

Nesta, os juízes vão agora verificar, a partir das actas, se o protesto perturbou o normal funcionamento do Parlamento de Madrid. O artigo 494 do Código Penal espanhol, explica o El País estabelece como delito a promoção de manifestações nos arredores do Parlamento quando este está reunido, "alterando o seu funcionamento".
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por alexandre7ias » 3/10/2012 11:57


Podem ser causados de "crime por associação"
Justiça quer saber quem financiou protestos contra a austeridade em Espanha

03.10.2012 - 11:31 PÚBLICO

Andrea Comas/Reuters

A polícia impediu que os manifestantes chegassem perto do Parlamento

O juiz da Audiência Nacional espanhola ordenou que sejam identificadas as pessoas que financiaram o movimento 25-S. A decisão insere-se na investigação em curso para apurar se devem ser abertos processos criminais contra alguns organizadores.

Segundo avançava a Cadena SER, no dia 18 de Setembro a polícia informou o juiz de que a entrada de dinheiro nas contas abertas pelo movimento 25-S (nome proveniente do dia em que houve protesto, 25 de Setembro) teve um "papel decisivo" na organização dos protestos contra a austeridade e o Governo. Um facto que, sustenta a polícia, "pressupõe um possível crime de associação".

As contas foram abertas nos bancos Triodos e La. O diário El País refere que, na Internet, as duas contas correspondem à organização de viagens de vários pontos de Espanha para Madrid.

A Audiência Nacional, prossegue este jornal, pediu também os dados pessoais dos que usaram contas de correio electrónico para organizar a convocatório do 25-S. O Google e o Facebook deram à polícia mais de 50 moradas de IP, mas recusaram fornecer dados pessoais.

Estas decisões fazem avançar um processo que se acreditava estar morto. Na semana passada, o juiz de instrução da Praça Castilha, que se ocupou dos 35 casos dos que foram detidos nos protestos, considerou que não tinha competência para julgar essas pessoas pois não tinham cometido delitos contra o Estado. A mais alta magistrada deste tribunal, porém, não concordou e enviou os processos à Audiência Nacional.

Nesta, os juízes vão agora verificar, a partir das actas, se o protesto perturbou o normal funcionamento do Parlamento de Madrid. O artigo 494 do Código Penal espanhol, explica o El País estabelece como delito a promoção de manifestações nos arredores do Parlamento quando este está reunido, "alterando o seu funcionamento".
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por motocross » 30/9/2012 10:00

[quote="motocross"]A bloomberg diz ontem que as necessidades da banca espanhola sao, menos que o esperado. 59,3 bil eur , " Spain’s banks have a capital deficit of 59.3 billion euros ($76.3 billion), less than previously estimated, according to a test designed to lift doubts about a financial industry hit by real estate " diz ainda
: "The Bankia (BKIA) group, a nationalized lender, had a 24.7 billion-euro capital deficit in the tests conducted by management consultants Oliver Wyman that also showed Banco Popular Espanol SA (POP) had a 3.22 billion-euro shortfall. The stress tests of 14 lenders showed no capital deficit for seven banks, including Banco Santander SA, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA (BBVA) and Banco Sabadell SA, the Bank of Spain and Economy Ministry said in a joint statement today."


Menos que esperado, potencialmente positivo para a banca?
Em posts anteriores o jornal negócios refere em linha com o esperado. Fico me pela bloomberg
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por motocross » 30/9/2012 9:54

In its worst-case scenario, Oliver Wyman said it assumed a real decline in gross domestic product of 4.1 percent in 2012, 2.1 percent in 2013 and 0.3 percent in 2014, and estimated that unemployment would keep rising to 27.2 percent in two years’ time. The tests factored in Spanish 10-year debt yields of 7.4 percent this year and 7.7 percent in 2013 and 2014.
The seven banks with capital deficits in the adverse scenario also include the nationalized lenders Catalunyabank and NCG Banco, with a 10.8 billion-euro and 7.2 billion-euro shortfall respectively, the statement said.

Spain Banks Have $76.3 Billion Capital Deficit Under Stress Test
Popular Plan
A group including Ibercaja, Caja3 and Liberbank had a 2.1 billion-euro deficit and the Unicaja and Caja Espana-Caja Duero group a 128 million-euro surplus, the results show. Santander (SAN) had a 25.3 billion-euro surplus and BBVA’s was 11.2 billion euros. CaixaBank (CABK) and Banca Civica had a combined 5.7 billion- euro surplus, while Bankinter SA (BKT)’s totaled 399 million euros.
Popular repeated its position that it won’t seek state aid and will present a business plan and strategy to bolster capital shortly, the Madrid-based lender said in a filing to regulators.
The test results follow yesterday’s announcement of Spain’s 2013 budget, which outlined the government’s plans to freeze public wages, end tax rebates on mortgages, tax lottery winnings and cut ministry spending. Spain is committed to cutting its budget deficit to 4.5 percent of economic output next year compared with a 6.3 percent goal for 2012.
Loan Quality
The stress tests analyzed 36 million loans and 8 million guarantees using information from the databases of lenders and the Bank of Spain, the joint statement said. A team of more than 400 auditors verified the quality of loans by examining 115,000 loan operations, it said.
The Oliver Wyman stress test follows government orders to banks in February and May to recognize 84 billion euros of losses on real estate assets and a royal decree last month that lays out a legal framework for dealing with failing lenders and setting up a bad bank to isolate soured assets.
To contact the reporter on this story: Charles Penty in Madrid at cpenty@bloomberg.net
To contact the editor responsible for this story: Frank Connelly at fconnelly@bloomberg.net
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por alexandre7ias » 29/9/2012 23:57

Polícia tentou desalojar pontos de transmissão em direto da manifestação em Madrid


As unidades de produção da empresa de meios de televisão Overon instalados na Praça Neptuno, em Madrid, foram desalojadas pela polícia

Agentes da polícia espanhola tentaram durante a tarde de hoje desalojar as unidades de produção da empresa de meios de televisão Overon instalados na Praça Neptuno, onde hoje se concentra um novo protesto em Madrid.
"Inicialmente queriam que saíssemos daqui mas depois os nossos responsáveis de produção acabaram por nos deixar ficar à nossa responsabilidade", disse à Lusa fonte da empresa.

Uma jornalista do El País refere que fonte da Overon a informou de que a polícia pretendia que retirassem as unidades móveis "por segurança nacional".

Não foi possível à agência Lusa contactar qualquer responsável da polícia para apurar os motivos da decisão das autoridades.

Os pontos de direto, instalados no lado direito da Praça de Neptuno, foram usados desde o primeiro protesto no local -- num dos acessos ao Congresso de Deputados - no passado dia 23 de setembro e, novamente, a 25 de setembro.

Jornalistas de televisões de vários países, incluindo portuguesas, realizaram ali os seus diretos de acompanhamento dos protestos e hoje o mesmo está previsto.

No primeiro dia de protesto, algumas barreiras de proteção - que vedavam a zona onde estavam instalados os carros de exterior e os andaimes para os direitos -- foram removidas por manifestantes e lançadas à polícia.

No dia 26 de setembro, as barreiras estavam unidas entre si e não se registou qualquer incidente.

Centenas de pessoas começaram a chegar cerca das 18:00 (17:00 em Lisboa), à zona da Praça Neptuno, na entrada da Carrera de San Jerónimo, zona onde se mantém uma forte presença policial.

Lusa


A Europa a voltar aos velhos tempos :mrgreen: :mrgreen:
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por Paulo68 » 28/9/2012 17:20

Os testes de stress realizados pela consultora Oliver Wyman revelaram que os bancos espanhóis necessitam de 53 mil milhões de euros.


Em linha com o esperado. Para já o mercado americano reagiu bem. :mrgreen:
 
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por artista1939 » 28/9/2012 15:33

A que horas saem os dados sobre o testes de stress à banca espanhola?
disclaimer: isto é a minha opinião, se não gosta ponha na beira do prato. Se gosta e agir baseado nela, quero deixar claro que o está a fazer por sua única e exclusiva conta e risco.

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por BearManBull » 28/9/2012 12:32

Espanha in Negócios Escreveu:O IVA já tinha sido aumentado. Os funcionários públicos já sabiam que não iam receber subsídio de Natal este ano. Ontem o Governo espanhol apresentou o Orçamento do Estado para 2013, onde anunciou novas medidas. Veja quais.

- Pensões actualizadas em 1% em 2013, mas não é explicado se isto é cumulativo com a norma vigente de actualizar as reformas à taxa de inflação, o que significa que não havendo actualização à inflação, na prática resultará desta medida uma perda de poder de compra dos pensionistas. Segundo o Governo espanhol, o montante que será gasto em pensões vai subir 4% em 2013 face a este ano;

- Criação do novo imposto sobre os prémios da lotaria. Aos prémios superiores a 2.500 euros será aplicado um imposto de 20%. O Governo espanhol estima arrecadar com esta medida 824 milhões de euros.

- Prolonga-se para 2013 o imposto sobre o património para arrecadar mais 700 milhões de euros;

- Eliminação das deduções fiscais para compra de residência principal;

- Limite a 70% das deduções fiscais por amortização de empréstimos para 2013 e 2014 para grandes empresas;

- Agravamento especial de 5% na reavaliação das empresas. A receita estimada é de 300 milhões.

- Alteração do regime de tributação sobre mais-valias de curto prazo;

- Os Ministérios terão um corte médio de 8,9%. O Ministério da Agricultura e Meio Ambiente é o que tem o maior corte, tendo de diminuir os seus gastos em 25,4%. O segundo mais afectado é o da Indústria, Energia e Turismo com um corte de 21,3%. Já a Educação, Cultura e Desporto reduz 17,2%.

- A isto junta-se o aumento do IVA que já tinha sido aprovado anteriormente e que já entrou em vigor;

- A função pública espanhola vê os salários congelados em 2013, mas o Governo tem intenção de repor o subsídio de Natal em 2013, apesar do corte anunciado para este ano; Parece que em Espanha num é anti constitucional

- Transferências para comunidades serão reduzidas em 1.175 milhões de euros;

- Corte de 20% nas subvenções a sindicatos e empresas;

- Redução de 42% nos subsídios aos partidos políticos;

- Governo espanhol avançou ainda com um plano de reformas estruturas, que contempla 43 medidas, integrando o mercado de trabalho, reforma da administração local, redução de membros dos governos locais, planos de vigilância sobre os gastos das comunidades autónomas, que têm também de reduzir custos; O pacote de medidas integra, ainda, o plano dos empreendedores, a reforma energética, a nova lei das telecomunicações, lei dos seguros, lei de coordenação dos transportes terrestres; criação do super-regulador da Concorrência integrando outros reguladores; e programa de simplificação normativa.

- O Governo espanhol quer, ainda, na Justiça avançar com a revisão das taxas judiciais, uma nova lei de resolução voluntária de conflitos, nova lei de registo civil, reforma do código penal.

- Em Conselho de Ministros, o Governo espanhol aprovou ainda o lançamento de um programa de incentivos ao abato de carros em fim de vida, por compra de carros novos amigos do ambiente. O incentivo será de dois mil euros, sendo mil euros pagos pelo Estado, para carros que custem até 25 mil euros.



Ainda nem pediram resgate e de uma só vez fazem mais do que o nós em 10 anos...
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por Elias » 27/9/2012 13:12

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por nook » 27/9/2012 7:59

Monti: "Espanha está no caminho certo" e "vai sair da zona de risco"
27 Setembro 2012 | 07:25
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O primeiro-ministro italiano está confiante de que Espanha vai conseguir superar este momento mais conturbado que está a afectar o país e que está a fazer reformas "muito profundas e sérias".


“Espanha está a fazer coisas muito profundas e sérias em termos de controlo orçamental e de reformas estruturais”, afirmou Mario Monti (na foto ao lado de Mariano Rajoy) numa entrevista à estação de televisão PBS, citado pela Bloomberg.

“Espanha está, definitivamente, no caminho certo e vai sair disto – quero dizer, sair da zona de risco”, acrescentou.

“Os instrumentos que estão agora a ser activados vão permitir que cada país siga a disciplina correcta” e isso deverá reflectir-se “em taxas de juro mais baixas”, por isso “tem de haver esperança e continuar no caminho certo”, sublinhou o primeiro-ministro italiano.

Mario Monti diz estar confiante na sobrevivência do euro, bem como na permanência dos actuais membros da Zona Euro. “A Grécia vai, definitivamente, continuar a fazer parte da Zona Euro”, salientou.

“Seria muito perigoso para os países evitarem o seu dever de disciplina, contando que o BCE os resgate”, alertou Monti. “Mas é esperançoso saber que, sob a supervisão da UE, se estiverem a fazer o seu trabalho de casa, então se houver caprichos dos mercados financeiros, o BCE pode estar lá para ajudar.”

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por Elias » 26/9/2012 23:15

Dívida de Espanha
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por Blue Epsilon » 26/9/2012 19:07

JMHP Escreveu:
Lion_Heart Escreveu:A Catalunha quer pedir a Independencia pois não quer continuar a pagar ao Estado Central (onde é que eu ja ouvi isto :mrgreen: )


Não querem, mas não é só pelo sentimento de injustiça que sentem que pagam mais do que as outras regiões... É que eles também, catalães, estão falidos.



Sim, tanto é, que ironicamente a Catalunha foi uma das regiões que já pediu ajuda ao Estado Espanhol.
Segue a tendência e não te armes em herói ao tentar contrariá-la.
Podes tentar, mas o Mercado é um monstro selvagem que provavelmente te irá engolir.
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por JMHP » 26/9/2012 18:58

Lion_Heart Escreveu:A Catalunha quer pedir a Independencia pois não quer continuar a pagar ao Estado Central (onde é que eu ja ouvi isto :mrgreen: )


Não querem, mas não é só pelo sentimento de injustiça que sentem que pagam mais do que as outras regiões... É que eles também, catalães, estão falidos.
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por Lion_Heart » 26/9/2012 18:40

Novas manif. em Espanha
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por alexandre7ias » 26/9/2012 17:37

Detidos durante confrontos podem ser acusados de delitos contra a nação
Publicado hoje às 16:03

Trinta e cinco manifestantes foram ontem detidos, em Madrid, durante os confrontos com a polícia
Foto: PIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP
Os 35 detidos durante os confrontos de terça-feira nos arredores do Congresso de Deputados em Madrid serão acusados, entre outros crimes, de delitos contra altos órgãos de Estado, segundo fontes policiais.
Os delitos contra altos órgãos de Estado, que incluem crimes contra "a forma de Governo" são competência da Audiência Nacional, tribunal especial com sede em Madrid e que, entre outros, julga crimes de terrorismo.

Trata-se de crimes na secção XXI do Código Penal, que faz referência a delitos contra a Constituição e as Instituições e a um outro delito, no artigo 493, sobre as sedes dos órgãos legislativos.

Podem ser ainda acusados de promover manifestações contra o órgão legislativo (artigo 494), por tentar penetrar nas sedes dos órgãos legislativos e por crimes de desordem pública e desobediência civil.

Em alguns casos, podem também somar-se acusações de agressão a agentes da autoridade e de danos a bens públicos.

A confirmar-se estas acusações, estariam em linha com a postura que o Governo espanhol adotou relativamente ao protesto 'Cerca o Congresso', que a delegada do Governo em Madrid, Cristina Cifuentes, chegou a comparar com a tentativa de golpe de Estado de 1981.

Madrid não deu autorização à manifestação conhecida como 'Cerca o Congresso' - solicitada pela Plataforma 25S, tendo sido autorizados apenas dois pedidos, de cidadãos, para concentrações no centro de Madrid.

Os 35 detidos deverão, depois de ser ouvidos, esta quarta-feira, na Brigada de Informação da Polícia Nacional, ser postos na quinta-feira à disposição da Audiência Nacional, que determinará eventuais medidas de coação.

Os confrontos na Praça Neptuno saldaram-se em 64 feridos, um deles em estado grave, e 35 detidos, segundo balanços da polícia e dos serviços de emergência.

Elementos da organização 'Cerco ao Congresso' anunciaram esta quarta-feira, em conferência de imprensa na Praça Neptuno, um novo protesto para as19 horas (18 horas em Portugal Continental) e asseguraram que as ações vão continuar até cair o Governo.

Vários porta-vozes do movimento 25S rejeitaram que os manifestantes sejam violentos, apesar de admitirem dificuldades em controlá-los.

Celestino Sánchez, um dos porta-vozes, afirmou que aqueles que usam capuzes ou a cara tapada podem ser polícias infiltrados e apelou aos manifestantes para terem a cara descoberta.

Carlos, da Comissão Legal de Sol (coletivo ligado às manifestações da Puerta del Sol), acusou a polícia de brutalidade e informou que 35 pessoas foram detidas, duas delas possivelmente menores de idade, às quais vai ser prestada assistência jurídica.

Do lado do Governo, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, considerou que a polícia atuou "magnificamente", acusando "alguns manifestantes" de usarem "demasiada violência".

"Felicito a polícia que atuou extraordinariamente bem e graças a ela, essa intenção manifestamente inconstitucional e ilegal de ocupar o Congresso e pressionar os deputados quando estão reunidos em sessão, não pode levar-se a cabo", afirmou.


E os ladroes dos políticos que os levaram até aqui vão ser acusados de que?
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por alexandre7ias » 26/9/2012 15:54

Comissão ficou "surpreendida" com volteface da Alemanha face a Espanha

Durão Barroso (Foto: D.R.)
Alemanha, Holanda e Finlândia querem que Espanha assuma as possíveis perdas geradas com o resgate à banca e não o mecanismo de resgate

O comunicado conjunto onde Alemanha, Holanda e Finlândia se negam a assumir as perdas geradas pelo resgate bancário a Espanha não caiu em Bruxelas. A Comissão Europeia já disse mesmo que a nova posição dos estados foi surpreendente.

"Registámos a carta dos três estados membros e acreditamos que contribui para o debate que está a ter lugar nesta altura devem romper o círculo vicioso entre a banca e o Estado. No final, é uma decisão que pertence aos estados membros."

O Expansíon revela que algumas fontes comunitárias se mostraram preocupadas com a chegada deste documento e que muitos consideram que os grandes do norte da Europa estão a mostrar uma mudança de posição face ao que estava acordado.

O mesmo jornal cita fonte de Bruxelas para dizer que "a Comissão Europeia vê esta carta como uma intenção negociadora no debate que irá começar nas próximas semanas". Este elemento adiantou ainda que existem divergências sobre quem irá suportar estas perdas e em relação à velocidade de implementação do supervisor financeiro.

No dia 10 de julho ficou definido que o resgate à banca espanhola seria suportado pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e que seria o fundo a suportar as perdas e não os Estados membros. É aqui que a Alemanha e os demais países entram em conflito uma vez que querem que seja Espanha a assumir todas as perdas resultantes da ajuda bancária.
Ana Margarida Pinheiro
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http://m.dinheirovivo.pt/m/article?cont ... IECO061633
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por Marco Martins » 26/9/2012 15:28

Suíça nega que tenha ajudado Alemanha e França a financiarem-se a preços de saldo Escreveu:26 Setembro 2012 | 14:58
Eva Gaspar - egaspar@negocios.pt

Banco central suíço nega conclusões de um relatório da Standard & Poor’s, que relaciona compras invulgarmente avultadas de dívida dos países do centro do euro com a ampliação dos sinais de crise na periferia. Em resposta, a agência de "rating" diz que mantém o essencial da sua análise.
Nos sete primeiros meses do ano, o banco central da Suíça terá comprado cerca de 80 mil milhões de euros de títulos de dívida de cinco países nucleares do euro (Alemanha, França, Holanda, Finlândia e Áustria), assegurando o equivalente a 48% das necessidades de financiamento globais previstas para estes países em 2012. As estimativas são da Standard & Poor’s que as contrapõe com o facto de, ao longo de todo o ano de 2011, o banco suíço ter comprado apenas o equivalente a apenas 9% das necessidades de financiamento destes países.

Estas compras massivas, justificadas pela estratégia agressiva mediante a qual o banco central tem tentado travar a apreciação do franco suíço, resultaram “de facto” na reciclagem de fundos para financiar os Estados centrais do euro que “beneficiariam significativamente as rendibilidades das obrigações soberanas mais líquidas, em particular alemãs e francesas”.

Fontes próxima do banco, citadas pelo "Financial Times", sustentam ainda que a descida dos juros associados à dívida francesa, observada a partir de Maio - e que nos prazos mais curtos chegou a apresentar valores também negativos, como era já o caso das "yields" alemãs e suíças – estará muito relacionada com a actuação do banco nacional suíço, já que a situação económica e financeira do país piorou, o que levaria, à partida, a um efeito oposto sobre estes indicadores.

O relatório da S&P – muitas vezes acusada de ter atiçado o fogo da crise das dívidas soberanas, devido às descidas sucessivas de “rating” de vários países europeus e respectivos bancos – vai mais longe, ao escrever que as compras invulgarmente avultadas de dívida dos países do centro do euro acabaram por aumentar os “spreads” face aos juros cobrados aos países da periferia, designadamente Espanha e Itália, ampliando os sinais de crise e criando condições mais favoráveis a novos pedidos de ajuda dos países periféricos.

O Banco Nacional da Suíça (SNB) nega as conclusões do relatório da S&P que diz serem “incorrectas” e decorrerem de um “erro fundamental” por ignorarem “o aumento substancial dos depósitos do SNB noutros bancos centrais e instituições internacionais”, pelo que a conclusão de que foram comprados 80 mil milhões de euros de títulos de dívida de países do “core” do euro é "infundada".

Em resposta, a agência de “rating” admite implicitamente esse erro, mas diz que as conclusões do relatório, ontem divulgado, se mantêm no essencial válidas. “Independentemente da subida de depósitos noutros bancos centrais (que subiram significativamente menos do que as obrigações detidas pelo banco) a nossa análise e os dados do SNB sugerem um aumento muito substancial de compras, nos meses mais recentes, de dívida de países centrais do euro”, refere a agência.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=580731


Afinal a crise, também pode ter "contribuintes" para que ela aconteça.

Embora não consiga retirar todo o "sumo" contido nesta notícia, parece-me que existem aqui umas "mãos que tentam lavar as outras" e onde quem se lixa é o mexilhão...

Bom, se calhar começo também a pensar que uma Europa Unida é muito bonito mas apenas para alguns, por estes motivos:
- ao nível cultural somos muito diferentes deste conjunto de países envolvidos neste texto (Alemanha, Austria, França, Holanda, Finlandia)
- somos um povo que sempre se deixou subjugar face às imposições externas (por exemplo nas colónias de africa deixamos caminho aberto até a Africa do Sul por pressoes, demos a independencia às colónias por pressoes, fomos o primeiro país a deixar a escravatura quando os outros de nos pressionaram ainda a mantiveram muito mais tempo)
- somos um povo pacifico que se deixa influenciar facilmente pelas modas do exterior
- somos um canto da Europa, longe do poder económico e dos orgãos de decisão

Neste sentido, e face ao comportamento dos "grandes" perante a crise, e fazendo uma analogia ao que se passa dentro de Portugal, parece-me que nos estamos a tornar como uma aldeia do interior onde os grandes de Lisboa não têm tempo para perder connosco.

Por muito que não gostemos, parece que é isso que está a acontecer na Europa.
 
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