BP
BP shares touch 13-year low as cost concerns weigh
On Tuesday June 22, 2010, 8:12 am
LONDON (Reuters) - Shares in BP (LSE:BP.L - News) fell to a 13-year low on Tuesday on concerns over the oil major's exposure to costs associated with the massive oil spill in the Gulf of Mexico.
BP extended losses to touch a trough of 332.75 pence, its lowest since late February 1997.
Confidence in the oil giant was further undermined as chief executive Tony Hayward retreated from daily management of the oil spill crisis and dodged a conference appearance.
On Tuesday June 22, 2010, 8:12 am
LONDON (Reuters) - Shares in BP (LSE:BP.L - News) fell to a 13-year low on Tuesday on concerns over the oil major's exposure to costs associated with the massive oil spill in the Gulf of Mexico.
BP extended losses to touch a trough of 332.75 pence, its lowest since late February 1997.
Confidence in the oil giant was further undermined as chief executive Tony Hayward retreated from daily management of the oil spill crisis and dodged a conference appearance.
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Director da BP apanhado em corrida de veleiros
20.06.2010 - 13:03 Por PÚBLICO
O director executivo da BP, Tony Hayward, talvez o homem mais odiado da América neste momento, tornou-se ainda mais odiado, se é que isso é possível, por ter sido visto, no sábado, a passar o dia numa corrida de veleiros na ilha de Wight, no sul de Inglaterra, em que participava o seu barco “Bob”.
Hayward, que tinha declarado que gostaria de ter “a sua vida de volta”, parecia tê-lo conseguido, depois de uma semana de audições no Congresso, encontros com Barack Obama na Casa Branca e a promessa da criação de um fundo no valor de 20 mil milhões de dólares para indemnizar o derrame de petróleo causado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, ao largo do Luisiana.
Mas, no Golfo do México, relatam os media norte-americanos, a indignação e a fúria foram as reacções dominantes. “Não é correcto. Nós nem sequer podemos ir à pesca, e ele vai para as corridas de iates”, dizia à agência AP Bobby Pitre, 33, que tem uma loja de tatuagens em Larose, na Luisiana. “Também gostava de poder passar um dia que fosse afastado deste petróleo”.
Rahm Emanuel, o chefe de gabinete do Presidente norte-americano, reagiu à notícia no programa da ABC “This Week” com uma ironia mordaz, dizendo que Hayward sempre tinha conseguido “recuperar a sua vida”. E acrescentou, igualmente viperino: “Penso que podemos concluir que Tony Hayward não vai ter uma segunda carreira como consultor de relações públicas.”
Os porta-vozes da BP, por seu lado, esforçaram-se por defender Hayward, que tem sido uma enorme fonte de “gaffes”. Esta folga é a primeira desde a explosão da Deepwater Horizon, a 20 de Abril, justificou Robert Wine. “Ele só vai passar umas horas com a família no fim-de-semana. Estou seguro que toda a gente pode compreender”, disse o relações públicas da BP.
20.06.2010 - 13:03 Por PÚBLICO
O director executivo da BP, Tony Hayward, talvez o homem mais odiado da América neste momento, tornou-se ainda mais odiado, se é que isso é possível, por ter sido visto, no sábado, a passar o dia numa corrida de veleiros na ilha de Wight, no sul de Inglaterra, em que participava o seu barco “Bob”.
Hayward, que tinha declarado que gostaria de ter “a sua vida de volta”, parecia tê-lo conseguido, depois de uma semana de audições no Congresso, encontros com Barack Obama na Casa Branca e a promessa da criação de um fundo no valor de 20 mil milhões de dólares para indemnizar o derrame de petróleo causado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, ao largo do Luisiana.
Mas, no Golfo do México, relatam os media norte-americanos, a indignação e a fúria foram as reacções dominantes. “Não é correcto. Nós nem sequer podemos ir à pesca, e ele vai para as corridas de iates”, dizia à agência AP Bobby Pitre, 33, que tem uma loja de tatuagens em Larose, na Luisiana. “Também gostava de poder passar um dia que fosse afastado deste petróleo”.
Rahm Emanuel, o chefe de gabinete do Presidente norte-americano, reagiu à notícia no programa da ABC “This Week” com uma ironia mordaz, dizendo que Hayward sempre tinha conseguido “recuperar a sua vida”. E acrescentou, igualmente viperino: “Penso que podemos concluir que Tony Hayward não vai ter uma segunda carreira como consultor de relações públicas.”
Os porta-vozes da BP, por seu lado, esforçaram-se por defender Hayward, que tem sido uma enorme fonte de “gaffes”. Esta folga é a primeira desde a explosão da Deepwater Horizon, a 20 de Abril, justificou Robert Wine. “Ele só vai passar umas horas com a família no fim-de-semana. Estou seguro que toda a gente pode compreender”, disse o relações públicas da BP.
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:nao, a BP nao é responsavel pelo inquerito, ao contrario da ponte.
então quem é?
A investigação criminal está a cargo do departamento de justiça dos EUA
Existe também o equivalente às nossas comissões de inquérito do parlamento a decorrer, que é da responsabilidade do Congresso
E ainda há outro inquérito a decorrer da responsabilidade da agência/departamento responsavel pelos recursos minerais e petroleo.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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nao, a BP nao é responsavel pelo inquerito, ao contrario da ponte.Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Escrevi que ele não tinha responsabilidade civil, e se formos rigorosos com o termo, politicas também não, mas tem eticas visto ele ser o Ministro que tutelava o sector. Agora demitir-se por isso depende da consciencia de cada um.
Recordo-me que um dos argumentos utilizado por ele é que assim o inquérito poderia ser mais transparente visto ele não ser ministro.
Bem então por esse raciocínio o melhor seria o chefão da BP demitir-se para o inquérito ser mais transparente, não te parece?
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mais_um Escreveu:Escrevi que ele não tinha responsabilidade civil, e se formos rigorosos com o termo, politicas também não, mas tem eticas visto ele ser o Ministro que tutelava o sector. Agora demitir-se por isso depende da consciencia de cada um.
Recordo-me que um dos argumentos utilizado por ele é que assim o inquérito poderia ser mais transparente visto ele não ser ministro.
Bem então por esse raciocínio o melhor seria o chefão da BP demitir-se para o inquérito ser mais transparente, não te parece?
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Elias Escreveu:
Tu é que escreveste que ele não tinha responsabilidade. E eu perguntei porque é que elese tinha demitido.
Escrevi que ele não tinha responsabilidade civil, e se formos rigorosos com o termo, politicas também não, mas tem eticas visto ele ser o Ministro que tutelava o sector. Agora demitir-se por isso depende da consciencia de cada um.
Recordo-me que um dos argumentos utilizado por ele é que assim o inquérito poderia ser mais transparente visto ele não ser ministro.
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mais_um Escreveu:se fica, está agarrado ao "tacho" não assume as suas responsabilidades, se vai está a fugir,![]()
Calma lá... vamos lá por partes.
Tu é que escreveste que ele não tinha responsabilidade. E eu perguntei porque é que elese tinha demitido.
Eu em momento algum disse que ele estava / estaria agarrado ao tacho (aliás associo o termo "tacho" mais a cargos de nomeação do que a cargos electivos como são os dos membros do governo, que têm uma duração bem definida); apenas questionei se fazia sentido ele ter-se demitido na sequência do acidente (foi mesmo cavar enquanto podia, acompanhado de umas declarações patéticas do tipo "demito-me porque a culpa não pode morrer solteira"), a verdade é que alguns anos mais tarde já andava a dizer que não tinha tido culpa nenhuma no sucedido.
Estou apenas a questionar a coerência da atitude, nada mais...
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Elias Escreveu:mais_um Escreveu:No caso de situações que envolvem cargos politicos, susbtituto a responsabilidade moral por politica, embora em rigor não foi devido a decisões politicas que se deu a tragédia de entre os rios.
Então nesse caso qual a lógica de o homem se demitir?
Perante os seus principios eticos tomou a decisão de demitir-se, só ele pode responder à tua pergunta.
Ou seja os princípio éticos dizem que "se houver bronca, o melhor é bazar"
Tá certo
se fica, está agarrado ao "tacho" não assume as suas responsabilidades, se vai está a fugir,

desde que se diga mal, está certo, ..


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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:mais_um Escreveu:No caso de situações que envolvem cargos politicos, susbtituto a responsabilidade moral por politica, embora em rigor não foi devido a decisões politicas que se deu a tragédia de entre os rios.
Então nesse caso qual a lógica de o homem se demitir?
Perante os seus principios eticos tomou a decisão de demitir-se, só ele pode responder à tua pergunta.
Ou seja os princípio éticos dizem que "se houver bronca, o melhor é bazar"
Tá certo

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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:No caso de situações que envolvem cargos politicos, susbtituto a responsabilidade moral por politica, embora em rigor não foi devido a decisões politicas que se deu a tragédia de entre os rios.
Então nesse caso qual a lógica de o homem se demitir?
Perante os seus principios eticos tomou a decisão de demitir-se, só ele pode responder à tua pergunta.
Por exemplo a Leonor Beleza não se demitiu no caso dos hemofilicos(penso eu).
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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JTB3 Escreveu:
Respeito a tua opinião apesar de não concordar com ela.
Certo, não te quero convencer de nada, só quero perceber o que é que ele fez de errado aos teus olhos e ainda não consegui perceber o que foi.
JTB3 Escreveu:Acho que é por esta razão que Portugal assume como natural que as pessoas assumam cargos apenas para ocupar o espaço e para beneficios economicos próprios. Um gestor líder deve ser sempre responsabilizado pelos sucessos e fracassos da sua empresa. E isto não tem de ser visto como algo horrível, antes pelo contrário, deve visto como um incentivo ao bom desempenho dos profissionais.
100% de acordo, dai ele ter tomado uma decisão que eu considero correcta.
JTB3 Escreveu:E respondendo concretamente à tua questão do director de hospital e à situação que apresentaste reforço que é da responsabilidade deste director dar a cara aos familiares, é da responsabilidade deste director verificar a existência de um erro grosseiro, é da responsabilidade deste director não deixar que em caso de negligência evidente que o médico continue a ser médico.
mais uma vez, 100% de acordo
JTB3 Escreveu:Pergunta: já viste algum director de hospital a fazer isto? Acho que sei a resposta: às vezes até ficamos sem saber quem é o tal director de hospital.
Pois, não sei, felizmente nunca passei por uma situação dessas, mas se tivesse que apostar a minha vida na resposta, seria igual à tua.
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mais_um Escreveu:No caso de situações que envolvem cargos politicos, susbtituto a responsabilidade moral por politica, embora em rigor não foi devido a decisões politicas que se deu a tragédia de entre os rios.
Então nesse caso qual a lógica de o homem se demitir?
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Elias Escreveu:
Podes explicar a diferença entre as duas?
No caso de situações que envolvem cargos politicos, susbtituto a responsabilidade moral por politica, embora em rigor não foi devido a decisões politicas que se deu a tragédia de entre os rios.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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mais_um Escreveu:Foi ele que foi inspeccionar a ponte? Foi ele que escolheu o tecnico para inspeccionar a ponte? Queres partilhar connosco o que ele não fez (ou fez) que poderia ter evitado que tivesse sucedido o que sucedeu?
Até agora, o que estás a afirmar é isto.
Um director de um hospital, tem um medico com as competencias para dar consultas, reconhecidas por uma ordem profissional, o medico engana-se e morre o paciente. Qual é a culpa do director do hospital?
Respeito a tua opinião apesar de não concordar com ela.
Acho que é por esta razão que Portugal assume como natural que as pessoas assumam cargos apenas para ocupar o espaço e para beneficios economicos próprios. Um gestor líder deve ser sempre responsabilizado pelos sucessos e fracassos da sua empresa. E isto não tem de ser visto como algo horrível, antes pelo contrário, deve visto como um incentivo ao bom desempenho dos profissionais.
E respondendo concretamente à tua questão do director de hospital e à situação que apresentaste reforço que é da responsabilidade deste director dar a cara aos familiares, é da responsabilidade deste director verificar a existência de um erro grosseiro, é da responsabilidade deste director não deixar que em caso de negligência evidente que o médico continue a ser médico. Pergunta: já viste algum director de hospital a fazer isto? Acho que sei a resposta: às vezes até ficamos sem saber quem é o tal director de hospital.
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mais_um Escreveu:Elias Escreveu:mais_um Escreveu:O que foi que ele fez que o tornou responsavel pelo acidente?
Se ele não se sentisse responsável pelo que aconteceu, não se teria demitido.
Uma coisa é a responsabilidade politica outra é a criminal.
Um exemplo:
Fui director de serviços durante muito tempo, era da minha responsabilidade escolher os tecnicos para executar os trabalhos. Se eu escolhesse um tecnico para fazer determiando serviço mas pra o qual eu sabia que ele não tinha conhecimentos para isso, a responsabilidade moral(por ser meu subordinado) e civil era minha, era eu que tinha que pagar eventuais indemnizações. Mas se eu enviasse um tecnico com conhecimentos para executar o serviço e ele fizesse asneira, a responsabilidade moral continuava a ser minha, mas a responsabilidade civil já não era.
Moral da historia, a responsabiliade moral não está na lei, depende dos principio eticos de cada um, a civil está na lei.
Primeiro escreveste responsabilidade política e depois elaboraste sobre responsabilidade moral.
Podes explicar a diferença entre as duas?
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JTB3 Escreveu:]
Era ele que detinha a incumbência de verificar as condições das pontes e, aquela em particular foi dada como OK, antes de cair.
Foi ele que foi inspeccionar a ponte? Foi ele que escolheu o tecnico para inspeccionar a ponte? Queres partilhar connosco o que ele não fez (ou fez) que poderia ter evitado que tivesse sucedido o que sucedeu?
Até agora, o que estás a afirmar é isto.
Um director de um hospital, tem um medico com as competencias para dar consultas, reconhecidas por uma ordem profissional, o medico engana-se e morre o paciente. Qual é a culpa do director do hospital?
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Elias Escreveu:mais_um Escreveu:O que foi que ele fez que o tornou responsavel pelo acidente?
Se ele não se sentisse responsável pelo que aconteceu, não se teria demitido.
Uma coisa é a responsabilidade politica outra é a criminal.
Um exemplo:
Fui director de serviços durante muito tempo, era da minha responsabilidade escolher os tecnicos para executar os trabalhos. Se eu escolhesse um tecnico para fazer determiando serviço mas pra o qual eu sabia que ele não tinha conhecimentos para isso, a responsabilidade moral(por ser meu subordinado) e civil era minha, era eu que tinha que pagar eventuais indemnizações. Mas se eu enviasse um tecnico com conhecimentos para executar o serviço e ele fizesse asneira, a responsabilidade moral continuava a ser minha, mas a responsabilidade civil já não era.
Moral da historia, a responsabiliade moral não está na lei, depende dos principio eticos de cada um, a civil está na lei.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Tem que haver uma investigação rigorosa sobre as causas. Se foi um acidente impossível de prever e evitar é uma coisa, se foi um acidente que se torna pior por haver flexibilização no custeio de manutenção é outra.
O lucro na exploração para mim é um dado acessório. A empresa tem de incluir no projecto de investimento todo o custo necessário para evitar cenários como este. Se não inclui e faz a gestão do risco de forma a não incluir uma probabilidade de acidente, ainda que diminuta, está sujeita a uma perda enorme verificando-se essa hipótese.
Parece-me que esse é o cenário, embora não tenha certezas. Na óptica da empresa é como prescindir de um seguro que lhe evitasse os custos com um acidente, com a diferença de que este acidente tem um lado financeiro grave para a BP mas um lado ecológico devastador para o planeta.
A ser assim, pagar indemnizações e perder grande parte do valor é um cenário justo. E se significar a falência, a liquidação e perda dos activos para outros concorrentes, pois que seja.
O lucro na exploração para mim é um dado acessório. A empresa tem de incluir no projecto de investimento todo o custo necessário para evitar cenários como este. Se não inclui e faz a gestão do risco de forma a não incluir uma probabilidade de acidente, ainda que diminuta, está sujeita a uma perda enorme verificando-se essa hipótese.
Parece-me que esse é o cenário, embora não tenha certezas. Na óptica da empresa é como prescindir de um seguro que lhe evitasse os custos com um acidente, com a diferença de que este acidente tem um lado financeiro grave para a BP mas um lado ecológico devastador para o planeta.
A ser assim, pagar indemnizações e perder grande parte do valor é um cenário justo. E se significar a falência, a liquidação e perda dos activos para outros concorrentes, pois que seja.
mais_um Escreveu:JTB3 Escreveu:A nível nacional: lembram da Ponte de Entre-os-rios? Sabem onde pára o Ministro das Obras Públicas que se demitiu na altura? Foi responsabilizado? Está preso? Pediu desculpas de forma responsável? Está na cadeia chamada Mota-Engil e ser forçado a ganhar concursos públicos (quando os fazem, claro!) e, pior do que isso, é o castigo de ter de ganhar fortunas todos anos só porque se é amigo de uns tipos que acham que governam este pobre país. É uma vergonha...
Queres explicar porque devia ele (o tal ministro das obras publicas que se demitiu) estar na cadeia? O que foi que ele fez que o tornou responsavel pelo acidente?
Se ele estava na cadeia foi uma das questões que coloquei. Eu não disse que ele devia estar na cadeia.
Aquilo que ponho em causa é a legitimidade moral para que os responsáveis se afastem de qualquer tipo de responsabilidade, e isso é bastante comum em Portugal. Era ele que detinha a incumbência de verificar as condições das pontes e, aquela em particular foi dada como OK, antes de cair. Mas claro, acidentes acontecem e, é nesses momentos que as pessoas têm de dar a cara, assumir a sua quota parte de responsabilidade (mas como é lógico não foi ele que explodiu com a ponte), em vez de fugir dos logo dos problemas, sem assegurar algum tipo de esforço em resolver uma situação extremamente dificil.
Só dá jeito ser ministro para cortar as fitas na inauguração, comer uma bela de uma feijoada patrocinada por uma marca de detergente da loiça, mas quando elas caem e as famílias ficam a chorar a morte de pessoas queridas, a solução é fugir.
Isto é falta de profissionalismo e, acima de tudo, falta de carácter.
Mas este tópico é sobre a BP e eu considero que está a ser dada uma resposta possível (nem boa nem excelente porque faça-se o que se fizer isso nunca será conseguido) ao desastre que aconteceu.
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JTB3 Escreveu:
A nível nacional: lembram da Ponte de Entre-os-rios? Sabem onde pára o Ministro das Obras Públicas que se demitiu na altura? Foi responsabilizado? Está preso? Pediu desculpas de forma responsável? Está na cadeia chamada Mota-Engil e ser forçado a ganhar concursos públicos (quando os fazem, claro!) e, pior do que isso, é o castigo de ter de ganhar fortunas todos anos só porque se é amigo de uns tipos que acham que governam este pobre país. É uma vergonha...
Queres explicar porque devia ele (o tal ministro das obras publicas que se demitiu) estar na cadeia? O que foi que ele fez que o tornou responsavel pelo acidente?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:[Eu até estou de acordo com isso (mesmo sabendo que este acidente mais não é do que uma consequência do modelo de desenvolvimento que a nossa sociedade adoptou e continuará alegremente a adoptar).
Agora imagina coisas como uma grande inundação em Lisboa (ou noutra cidade qualquer) com estragos avultadíssimos. Podemos dizer que a culpa é da chuva abundante, mas a verdade é que a impermeabilização dos solos amplifica - e de que maneira - os estragos causados pela chuva. Nessas situações, muitas pessoas têm prejuízos avultadíssimos, não por causa da chuva em si, mas por causa de opções do Estado quanto ao uso do solo e à falta de estruturas de drenagem adequadas, etc etc. Só que nesse caso ninguém se responsabiliza - "a culpa é da mãe natureza", "foi um azar" e coisas do género.
Dito de outra forma, é fácil apontar o dedo às petrolíferas, não por causa da responsabilidade que eles obviamente têm no meio disto tudo (e que eu nem sequer discuto!), mas porque desde há muito tempo que uma grande parte da população não convive bem com a ideia de que há uns gajos a ganhar milhões à custa dos pobres condutores que têm de pagar a gasolina a preços altíssimos (dois terços são impostos e vão para o Estado, mas isso agora não interessa para nada). O ódio visceral da população em geral às petrolíferas já tem muitos anos. Por isso, e pelos comentários que vou lendo e ouvindo, é que eu tenho a nítida sensação de que há pessoas que sentem um conforto moral com o facto de a BP ter de abrir mão de muitos milhares de milhões (os tais lucros que eles têm) e manifesta o desejo que a BP "pague o que tem de pagar" (ninguém sabe muito bem quanto é, nem os americanos sabem muito bem, mas isso também não interessa para nada, o que interessa é que paguem)
Excelente comentário!
Estou totalmente de acordo com esta visão sobre a hipocrisia com que as sociedades encaram este tipo de problemas.
Mas há alguém que me dê exemplos sobre situações em uma empresa / governo /político tenha vindo imediatamente a público reconhecer de forma categórica a culpa sobre um determinado problema (nem precisa de ser com um anúncio televisivo falado na primeira pessoa como fez a BP)? E não se trata apenas de um pedido de desculpas simplório e sem sentido (em que muitos gostam de afirmar que as desculpas evitam-se etc etc...), é uma questão de consciência de um erro grave que se cometeu.
É que para uns consumirem, alguns tem de extrair e produzir. Parece complicado mas, acho que é básico de perceber.
A nível nacional: lembram da Ponte de Entre-os-rios? Sabem onde pára o Ministro das Obras Públicas que se demitiu na altura? Foi responsabilizado? Está preso? Pediu desculpas de forma responsável? Está na cadeia chamada Mota-Engil e ser forçado a ganhar concursos públicos (quando os fazem, claro!) e, pior do que isso, é o castigo de ter de ganhar fortunas todos anos só porque se é amigo de uns tipos que acham que governam este pobre país. É uma vergonha...
Esta administração da BP, da qual eu não tinha qualquer opinião, tem mostrado o que é gerir uma empresa com dimensões gigantescas. É um exemplo para Governos e líderes de grandes empresas.
E, o problema de fundo não está em culpar por culpar, mas antes melhor os sistemas de prevenção e segurança para situações de derrame. Este desastre e as suas consequências têm de ser minimizados ao máximo custe o que custar. Todo o dinheiro nunca irá conseguir pagar o estrago ambiental e humano mas, a BP feito, como lhe compete (leia-se: não faz mais do que é a sua obrigação), pagamento brutais para indeminizar os principais prejudicados.
Agora virem dar lições de moral a petrolíferas (empresas de uma forma genérica) que procuram a resolução de um problema e tudo fazem para minimizar o desastre brutal que infelizmente aconteceu, isso é que eu considero uma grande hipocrisia.
Que sejam obviamente responsabilizados, agora mais hipocrisia barata? Tenham paciência...
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