Caldeirão da Bolsa

Europeus devem preparar-se para o pior

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por valves » 20/12/2007 11:03

olá seria muito grave por exemplo no caso Portugues em que nos ultimos 6 e 7 anos que a palavra crise e desacelaração económica andam no vocabulário comum em que só o ano passado começamos a crescer acima se 1% temos o indice bolsista a niveis inferiores há 10 anos atrás 1998, mercado imobiliário em fraco crescimento e passamos já para outra crise de 10 anos ???? estilo japão com o inconveniente de gerarmos nem 10 % do rendimento gerado pelo japão ??? Mechanic o concordar contigo no caso Portugues teria implicações tão graves que é melhor nem acreditar ...
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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Re: Europeus devem preparar-se para o pior

por jony_cash » 20/12/2007 10:42

The Mechanic Escreveu:
Europeus devem preparar-se para o pior
Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, foi ontem ao Parlamento Europeu e deixou a notícia: os piores efeitos da crise financeira podem concretizar-se em 2008.


Jean-Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi ontem ao Parlamento Europeu falar sobre taxas de juro e crise financeira. Primeiro disse o que já se esperava – que a inflação é um problema, que os salários não podem subir muito, especialmente na Alemanha. Mas a meio do discurso confessou ao que vinha: “Dadas as incertezas, o processo de ajustamento no sistema financeiro [nos próximos tempos] deverá ser um desafio, e temos de estar preparados para a materialização dos riscos a qualquer momento”. Na terça-feira, a Comissão Europeia disse algo parecido, mas em tons mais carregados. Que os recentes desenvolvimentos nos mercados financeiros “vão penalizar o crescimento do próximo ano” e que quanto “mais profunda e demorada” for a crise, “maiores as perdas da economia real”.

E a realidade está cada vez mais dura. Mais severa para os bancos, porque têm de redesenhar toda a sua actividade e pagar os excessos dos últimos anos, e ainda mais para os consumidores e empresas, sobretudo para os mais endividados e expostos à subida das taxas de juro, como é o caso dos portugueses.

É por isso que as perspectivas apontam para uma manutenção da taxas de juro na zona euro ao longo de 2008, havendo já quem fale da necessidade de reduzi-las. No próximo ano, “tornar-se-á mais óbvio que estamos perante uma crise de solvência” e não apenas uma crise de liquidez, observou Joachim Fels, co-economista-chefe da Morgan Stanley, citado pela Bloomberg. “O BCE será forçado a inverter a marcha, a baixar taxas em vez de as subir” porque vai estar mais preocupado em combater o impacto da crise de crédito do que as pressões inflacionistas, reparou Fels. George Magnus, consultor da UBS, disse à mesma agência que em 2008, e possivelmente em 2009, “o assunto será um crescimento muito ensopado e uma inflação em declínio”.

A crise arrasta-se há mais de quatro meses, as estimativas dos prejuízos associados ao ‘subprime’ quintuplicaram face às contas iniciais (fala-se de quebras entre 250 a 500 mil milhões de dólares), a agência Standard & Poor’s acusa os bancos de, até à data, apenas terem revelado 25% das perdas efectivas que podem ser directamente imputadas ao ‘subprime’. Uma ronda pelos últimos relatórios dos bancos permite concluir que os prejuízos vão em 60 mil milhões de dólares, com UBS, Citigroup, Merrill Lynch e Morgan Stanley à cabeça.

A confusão está instalada nos mercados e parece haver apenas uma certeza: os bancos, europeus e não só, ainda não disseram toda a verdade sobre a contaminação dos seus activos à crise do ‘subprime’. Esta falta de informação mina a confiança e a suportar taxas de juro bem mais altas do que o normal (em máximos de quase sete anos), apesar das perspectivas serem para o BCE manter juros em 2008 ou até cortar. Ou seja, os europeus, consumidores e empresas, já estão a pagar um preço mais alto pelo ajustamento em curso nos mercados financeiros e ainda a crise vai no adro, antevêem especialistas e grandes instituições internacionais.

Esta semana o BCE ‘afogou’ o mercado em dinheiro fresco e barato, gerando um verdadeiro tumulto. Ontem, a autoridade da moeda única voltou a intervir: realizou uma operação para secar a liquidez “excessiva” gerada pelas medidas de emergência dos últimos meses, fez mais um empréstimo aos bancos em que a procura acabou por ser das mais baixas de sempre, mas injectou a primeira tranche de dez mil milhões de dólares (relativa à operação concertada com outros bancos centrais) que apenas satisfez metade das necessidades declaradas pelos bancos comerciais. As taxas de juro Euribor desceram pelo segundo dia consecutivo, mas os analistas continuam convictos de que o problema de fundo permanece. E que a crise vai continuar a evoluir em ciclos 2008 a dentro.

Luís Reis Ribeiro , in DE



... o pior , é que eu concordo ... :|

Um abraço ,

The Mechanic



Olá The Mechanic

O pior é que eu até me assusto ao dizer isto mas também concordo que vem ai muito muito maus tempos.

Abraço
 
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por acintra » 20/12/2007 9:45

Não sou o profeta da desgraça, mas tenho dito á algum tempo que no 1º trimestre de 2008, quando apresentarem os resultados de 2007, em que já não conseguem esconder nada e rebenta a bronca.
Temos notado as noticías más a sairem de fininho e remendadas com injecção de liquidez pelos Bancos Centrais, mas vão aparecer mais Northern Rocks.
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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Europeus devem preparar-se para o pior

por The Mechanic » 20/12/2007 9:37

Europeus devem preparar-se para o pior
Jean-Claude Trichet, presidente do BCE, foi ontem ao Parlamento Europeu e deixou a notícia: os piores efeitos da crise financeira podem concretizar-se em 2008.


Jean-Claude Trichet, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), foi ontem ao Parlamento Europeu falar sobre taxas de juro e crise financeira. Primeiro disse o que já se esperava – que a inflação é um problema, que os salários não podem subir muito, especialmente na Alemanha. Mas a meio do discurso confessou ao que vinha: “Dadas as incertezas, o processo de ajustamento no sistema financeiro [nos próximos tempos] deverá ser um desafio, e temos de estar preparados para a materialização dos riscos a qualquer momento”. Na terça-feira, a Comissão Europeia disse algo parecido, mas em tons mais carregados. Que os recentes desenvolvimentos nos mercados financeiros “vão penalizar o crescimento do próximo ano” e que quanto “mais profunda e demorada” for a crise, “maiores as perdas da economia real”.

E a realidade está cada vez mais dura. Mais severa para os bancos, porque têm de redesenhar toda a sua actividade e pagar os excessos dos últimos anos, e ainda mais para os consumidores e empresas, sobretudo para os mais endividados e expostos à subida das taxas de juro, como é o caso dos portugueses.

É por isso que as perspectivas apontam para uma manutenção da taxas de juro na zona euro ao longo de 2008, havendo já quem fale da necessidade de reduzi-las. No próximo ano, “tornar-se-á mais óbvio que estamos perante uma crise de solvência” e não apenas uma crise de liquidez, observou Joachim Fels, co-economista-chefe da Morgan Stanley, citado pela Bloomberg. “O BCE será forçado a inverter a marcha, a baixar taxas em vez de as subir” porque vai estar mais preocupado em combater o impacto da crise de crédito do que as pressões inflacionistas, reparou Fels. George Magnus, consultor da UBS, disse à mesma agência que em 2008, e possivelmente em 2009, “o assunto será um crescimento muito ensopado e uma inflação em declínio”.

A crise arrasta-se há mais de quatro meses, as estimativas dos prejuízos associados ao ‘subprime’ quintuplicaram face às contas iniciais (fala-se de quebras entre 250 a 500 mil milhões de dólares), a agência Standard & Poor’s acusa os bancos de, até à data, apenas terem revelado 25% das perdas efectivas que podem ser directamente imputadas ao ‘subprime’. Uma ronda pelos últimos relatórios dos bancos permite concluir que os prejuízos vão em 60 mil milhões de dólares, com UBS, Citigroup, Merrill Lynch e Morgan Stanley à cabeça.

A confusão está instalada nos mercados e parece haver apenas uma certeza: os bancos, europeus e não só, ainda não disseram toda a verdade sobre a contaminação dos seus activos à crise do ‘subprime’. Esta falta de informação mina a confiança e a suportar taxas de juro bem mais altas do que o normal (em máximos de quase sete anos), apesar das perspectivas serem para o BCE manter juros em 2008 ou até cortar. Ou seja, os europeus, consumidores e empresas, já estão a pagar um preço mais alto pelo ajustamento em curso nos mercados financeiros e ainda a crise vai no adro, antevêem especialistas e grandes instituições internacionais.

Esta semana o BCE ‘afogou’ o mercado em dinheiro fresco e barato, gerando um verdadeiro tumulto. Ontem, a autoridade da moeda única voltou a intervir: realizou uma operação para secar a liquidez “excessiva” gerada pelas medidas de emergência dos últimos meses, fez mais um empréstimo aos bancos em que a procura acabou por ser das mais baixas de sempre, mas injectou a primeira tranche de dez mil milhões de dólares (relativa à operação concertada com outros bancos centrais) que apenas satisfez metade das necessidades declaradas pelos bancos comerciais. As taxas de juro Euribor desceram pelo segundo dia consecutivo, mas os analistas continuam convictos de que o problema de fundo permanece. E que a crise vai continuar a evoluir em ciclos 2008 a dentro.

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