Eu, tambem estou de acordo!
Branc0 Escreveu:redhot Escreveu:- Investimento em capital de risco (sim caso não saibam a SS também faz trading para aumentar as suas receitas..., esta já gostam...) etc.
Desculpa lá mas não gosto. A minha reforma não é para andar a brincar ao capital de risco, é para estar lá toda quando eu quiser comprar o bilhete para o Bora-Bora
se for um investimento calculado com conta e peso e se servir para aumentar os capitais nao vejo porque nao, vai aliviar a carga fiscal e dar oxigenio às finanças...
agora se for um ze ninguem que pega no capital e investe onde calha ai tamos mal...
redhot Escreveu:- Investimento em capital de risco (sim caso não saibam a SS também faz trading para aumentar as suas receitas..., esta já gostam...) etc.
Desculpa lá mas não gosto. A minha reforma não é para andar a brincar ao capital de risco, é para estar lá toda quando eu quiser comprar o bilhete para o Bora-Bora

Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Reparem que eu não estou aqui a defender a SS. Só que se andam a dizer que vai falir então digam também:
- As Câmaras Municipais vão falir.
- O Ministério das Finanças vai falir.
- Os milhões gastos nos estádios no Euro2004 faliram o estado...
- Os milhões gastos na Expo'98 faliram o estado.
- Os milhões que vamos gastar no Aeroporto vão falir o estado...
etc.,etc.,etc.
As coisas não são assim tão simples. Para tudo há solução, basta querer...
- As Câmaras Municipais vão falir.
- O Ministério das Finanças vai falir.
- Os milhões gastos nos estádios no Euro2004 faliram o estado...
- Os milhões gastos na Expo'98 faliram o estado.
- Os milhões que vamos gastar no Aeroporto vão falir o estado...
etc.,etc.,etc.
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Monkey Trader
"Mais vale estar mais ou menos certo do que exactamente errado." [Warren Buffett]
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Bom essa da SS falir tem muito que se lhe diga.
O que quererão dizer é que: "se o ritmo de despesa na SS para pagar reformas aumentar, e não houver compensação do lado das receitas (descontos), então a SS vai falir dentro de X anos".
Mas para isso haverá remédios, se os dirigentes quiserem:
- Maior % de impostos (já sei que não gostam...eu tb não),
- Maior % de descontos para a SS (já sei que não gostam...eu tb não),
- Aumento da idade da reforma (já sei que não gostam...eu tb não),
- Investimento em capital de risco (sim caso não saibam a SS também faz trading para aumentar as suas receitas..., esta já gostam...) etc.
De entre essas variáveis estão também: capacidade dos gestores da SS, do governo resolver a questão, independentemente do tipo de solução: viabilizar a SS ou fechá-la. Mas isso depende das pessoas que dirigem, nada mais.
É um problema que envolve muitas variáveis, e não podemos disser simplesmente de forma naífe: "a SS vai falir vou subscrever o PPR, etc.".
Essa história é típica de que recentemente visitou uma agência bancária e falou com o seu gestor de conta: o primeiro argumento que ele têm para nos enfiar um PPR (mesmo sem a gente pedir) é que "a SS vai falir". Depois perguntamos "porquê?" e ele responde: "toda a genta sabe disso, basta ler os jornais...". Não tem mais argumento, nem apresenta contas sobre a sua afirmação, diz isso por que "ouviu dizer"...
O que quererão dizer é que: "se o ritmo de despesa na SS para pagar reformas aumentar, e não houver compensação do lado das receitas (descontos), então a SS vai falir dentro de X anos".
Mas para isso haverá remédios, se os dirigentes quiserem:
- Maior % de impostos (já sei que não gostam...eu tb não),
- Maior % de descontos para a SS (já sei que não gostam...eu tb não),
- Aumento da idade da reforma (já sei que não gostam...eu tb não),
- Investimento em capital de risco (sim caso não saibam a SS também faz trading para aumentar as suas receitas..., esta já gostam...) etc.
De entre essas variáveis estão também: capacidade dos gestores da SS, do governo resolver a questão, independentemente do tipo de solução: viabilizar a SS ou fechá-la. Mas isso depende das pessoas que dirigem, nada mais.
É um problema que envolve muitas variáveis, e não podemos disser simplesmente de forma naífe: "a SS vai falir vou subscrever o PPR, etc.".
Essa história é típica de que recentemente visitou uma agência bancária e falou com o seu gestor de conta: o primeiro argumento que ele têm para nos enfiar um PPR (mesmo sem a gente pedir) é que "a SS vai falir". Depois perguntamos "porquê?" e ele responde: "toda a genta sabe disso, basta ler os jornais...". Não tem mais argumento, nem apresenta contas sobre a sua afirmação, diz isso por que "ouviu dizer"...
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É melhor pois deixar a discussão por aqui, até porque o meu cerebro é limitado e só se consegue focar num assunto de cada vez (a minha esposa surpreende-me sempre com a sua capacidade de saltitar de assunto para assunto) de maneiras que ou discutes o problema da segurança social ou discutes o problema das pessoas ganharem 500 euros por mês. São dois problemas distintos e se o primeiro afecta todos os portugueses o outro afecta só uma parte.
Pelos vistos, durante a discussão, foste convencido que realmente a SS vai falir, é só uma questão de fazer apostas para saber quando. Fico feliz por teres lá chegado.
Não contente com isso passas no entanto para uma discussão das pessoas que ganham 500 euros não terem reformas de jeito e não queres perceber que esse é um problema separado que tem que ser combatido com outras armas. Se ganharmos todos 5 mil euros por mês a SS vai falir à mesma e é esse o problema de fundo.
Quanto à questão dos apoios sociais acho que os que precisam devem ser apoiados. Para ti o apoio é tirar aos ricos e dar aos pobres, para mim o apoio é ajudar essas pessoas a terem condições de vingarem por si. Cada um tem a sua maneira de ajudar, o que eu não faço é impôr-te a minha maneira por decreto como tu gostarias que o super-Estado o fizesse.
Sou contra salários mínimos, rendimentos garantidos e outras coisas que tais para ajudar os "coitadinhos". Há que saber diferenciar quem teve um azar de saúde ou nasceu com uma deficiência que não lhe permite competir de igual para igual de quem nasceu com tudo para vingar mas prefere ficar a chorar que o Estado não lhe dá batatinhas em vez de ir à luta - não tenho pena nenhuma dos segundos, se não conseguiram juntar para a reforma tivessem vivido de maneira diferente, não é agora o Belmiro ou o Champalimau que só porque têm o que têm que vão ser obrigados a pagar a reforma dos "coitadinhos" todos.
Pelos vistos, durante a discussão, foste convencido que realmente a SS vai falir, é só uma questão de fazer apostas para saber quando. Fico feliz por teres lá chegado.
Não contente com isso passas no entanto para uma discussão das pessoas que ganham 500 euros não terem reformas de jeito e não queres perceber que esse é um problema separado que tem que ser combatido com outras armas. Se ganharmos todos 5 mil euros por mês a SS vai falir à mesma e é esse o problema de fundo.
Quanto à questão dos apoios sociais acho que os que precisam devem ser apoiados. Para ti o apoio é tirar aos ricos e dar aos pobres, para mim o apoio é ajudar essas pessoas a terem condições de vingarem por si. Cada um tem a sua maneira de ajudar, o que eu não faço é impôr-te a minha maneira por decreto como tu gostarias que o super-Estado o fizesse.
Sou contra salários mínimos, rendimentos garantidos e outras coisas que tais para ajudar os "coitadinhos". Há que saber diferenciar quem teve um azar de saúde ou nasceu com uma deficiência que não lhe permite competir de igual para igual de quem nasceu com tudo para vingar mas prefere ficar a chorar que o Estado não lhe dá batatinhas em vez de ir à luta - não tenho pena nenhuma dos segundos, se não conseguiram juntar para a reforma tivessem vivido de maneira diferente, não é agora o Belmiro ou o Champalimau que só porque têm o que têm que vão ser obrigados a pagar a reforma dos "coitadinhos" todos.
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acintra Escreveu:Eu duvido e vale o que vale, visto que é a minha opinião, que sejam 50% população activa.
Como sabemos e aí é que reside o maior problema, Portugal está a envelhecer e por isso acho que a percentagem de reformados é muito maior que os supostamente 50%. Existem diversas pensões de 350€, mas duvido que seja um número próximo de ordenados. Apontava mais para o peso dos reformados ser 80%.
Os dados estão aqui:
http://www.ine.pt/ngt_server/attachfile ... download=y
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

JAM Escreveu:19% de 10.800.000 dá 2.052.000, desses tens 1.005.480 que supostamente fazem parte da população activa. Estamos a falar de 20% da população activa? Achas pouco? Com 360 Euros em 2005 que serão os 400 agora?
Em relação aos automóveis não te podes esquecer que para teres usados com garantia tens de ter novos. O mercado de usados não pode crescer assim tanto se o marcado de novos não tiver crescido antes. Isso será antes o refleaxo de uma evolução contextualizada, não generalizada. Apesar de tudo o mercado cresceu este ano.
Eu duvido e vale o que vale, visto que é a minha opinião, que sejam 50% população activa.
Como sabemos e aí é que reside o maior problema, Portugal está a envelhecer e por isso acho que a percentagem de reformados é muito maior que os supostamente 50%. Existem diversas pensões de 350€, mas duvido que seja um número próximo de ordenados. Apontava mais para o peso dos reformados ser 80%.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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Branc0 Escreveu:Começa pelo basico... porque é que há portugueses que ganham 5 mil euros e outros que só ganham 500?
Não vamos sequer começar, porque continuas a ver a questão das reformas como se fosse a aquisição de um bem, em que quem tem dinheiro adquire e quem não tem não adquire. Não faz parte do meu hábito discutir com quem não separa questões sociais das questões económicas.
Chama-me burro, teimoso, ultrapassado, chama-me o que quiseres, mas desde miudo aprendi que mais importante que o dinheiro é a dignidade do ser humano. Como ter sentido social é algo que eu considero digno, estou bem como estou e nem quero estar a entrar em discussões em que não pensa assim. Respeito-te com os votos que a vida de te corra bem e nunca precises que a sociedade te dê a mão.
Assim prefiro deixar a discussão por aqui.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

19% de 10.800.000 dá 2.052.000, desses tens 1.005.480 que supostamente fazem parte da população activa. Estamos a falar de 20% da população activa? Achas pouco? Com 360 Euros em 2005 que serão os 400 agora?
Em relação aos automóveis não te podes esquecer que para teres usados com garantia tens de ter novos. O mercado de usados não pode crescer assim tanto se o marcado de novos não tiver crescido antes. Isso será antes o refleaxo de uma evolução contextualizada, não generalizada. Apesar de tudo o mercado cresceu este ano.
Em relação aos automóveis não te podes esquecer que para teres usados com garantia tens de ter novos. O mercado de usados não pode crescer assim tanto se o marcado de novos não tiver crescido antes. Isso será antes o refleaxo de uma evolução contextualizada, não generalizada. Apesar de tudo o mercado cresceu este ano.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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[quote="JAM
Segundo o INE, em 2005 19% da população portugesa vivia em risco de pobreza (salário inferior a 360€/mÊs por adulto). Desse universo, 51% estavam abaixo dos 16 anos e acima dos 65, pelo que sobram uns supostos 49% da população activa nessas condições. Acho que é significativo
[/quote]
Se não estou em erro, estás a considerar o estudo incorrectamente, porque dizem "...Desse universo, 51%..." (são 51% dos 19% que vivia em risco de pobreza), por isso vivem com salários acima dos 360€ mês 71% da população activa. Assim já parece real, mas...
Quantos aos carros eu não evidenciei o importado como boa compra, primeiro porque acho que não é e segundo porque prejudica o dia a dia da empresa onde estou.
Evidenciei a qualidade dos usados nacionais em detrimento da compra do veiculo novo, porque saem com maiores garantias(2 anos) e de vendedores crediveis (importadores e gestoras de frotas) o mercado automovel usado está a mudar devido a ciclos mais pequenos de troca o que provoca uma maior qualidade e confiança ao comprador.
Comprar novo não compensa, excepto se entrar nas contas de uma empresa.
Segundo o INE, em 2005 19% da população portugesa vivia em risco de pobreza (salário inferior a 360€/mÊs por adulto). Desse universo, 51% estavam abaixo dos 16 anos e acima dos 65, pelo que sobram uns supostos 49% da população activa nessas condições. Acho que é significativo
[/quote]
Se não estou em erro, estás a considerar o estudo incorrectamente, porque dizem "...Desse universo, 51%..." (são 51% dos 19% que vivia em risco de pobreza), por isso vivem com salários acima dos 360€ mês 71% da população activa. Assim já parece real, mas...
Quantos aos carros eu não evidenciei o importado como boa compra, primeiro porque acho que não é e segundo porque prejudica o dia a dia da empresa onde estou.
Evidenciei a qualidade dos usados nacionais em detrimento da compra do veiculo novo, porque saem com maiores garantias(2 anos) e de vendedores crediveis (importadores e gestoras de frotas) o mercado automovel usado está a mudar devido a ciclos mais pequenos de troca o que provoca uma maior qualidade e confiança ao comprador.
Comprar novo não compensa, excepto se entrar nas contas de uma empresa.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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Camisa Roxa Escreveu:eu ganho x e sei perfeitamente que podia ganhar x+y, podia trabalhar mais, esforçar-me mais, etc. procurar activamente novas oportunidades de emprego, pedir um empréstimo e criar uma empresa, etc.
mas não, quero ter mais tempo livre e menos stress. Agora não vou culpar ninguém por não ganhar mais dinheiro e por não poder ter 1 certo nível de vida
e não vou exigir que o Estado roube os que efectivamente ganham mais dinheiro que eu para me subsidiar um estilo de vida para o qual eu não faço por isso...
Podem chamar-me utópico, mas deixa estar que tu não andas muito longe. Cada um ao seu estilo é claro

Phoni-ix eu quero ir para Leiria e levo já uns milhares atrás de mim porque aí as oportunidades abundam.

O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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Começa pelo basico... porque é que há portugueses que ganham 5 mil euros e outros que só ganham 500?
Quando responderes a isso consegues ver a diferença entre eles e poderás começar a ir por aí para reduzir também a diferença dos salários.
Se calhar depois até vais recomendar formação e que mandem CVs para novas oportunidades... acho que alguém já sugerio isso por aqui...
Quando responderes a isso consegues ver a diferença entre eles e poderás começar a ir por aí para reduzir também a diferença dos salários.
Se calhar depois até vais recomendar formação e que mandem CVs para novas oportunidades... acho que alguém já sugerio isso por aqui...

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Branc0 Escreveu:Claro que não... acho que devemos todos morrer à fome... para sermos todos iguais!
Então se não, mostra uma solução. Afinal é disso que eu estou à espera desde que esta nossa discussão começou. Apresentas uma solução mas que apenas serve quem tem um salário acima de X ou Y, e eu pergunto-te pelo resto e tua manda-os fazer formação profissional e CV's para ganharem mais.
Eu já aqui escrevi que não estamos a discutir a possibilidade de todos terem acesso a um carro de luxo, ou a um iate, ou a um plasma, ou a umas férias. Acho que estamos a discutir algo mais sério e importante que isso.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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Eu apenas exemplifiquei o Algarve por ser um comentário muito comum o de justificar que em Portugal se vive bem porque o Algarve esgota na Páscoa ou em fins de semana prolongados.
Em termos de automóveis, é claro que importados são um bom negócio, apesar de já ter sido melhor. Mas se o dinheiro abundasse, provavelmente as pessoas optariam por um novo não achas? Novo é novo, importado é vindo não se sabe de onde (a maioria é assim) nem de que mãos e nunca se sabe o estado nem se sabe que carro é aquele, nem se é o que diz o livrete ou se é outro.
Em relação aos salários, os valore do INE que te apresentei não chegam para teres uma ideia?
Em termos de automóveis, é claro que importados são um bom negócio, apesar de já ter sido melhor. Mas se o dinheiro abundasse, provavelmente as pessoas optariam por um novo não achas? Novo é novo, importado é vindo não se sabe de onde (a maioria é assim) nem de que mãos e nunca se sabe o estado nem se sabe que carro é aquele, nem se é o que diz o livrete ou se é outro.
Em relação aos salários, os valore do INE que te apresentei não chegam para teres uma ideia?
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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JAM Escreveu:acintra Escreveu:Tb não é assim, temos uma minoria que recebe o salário minimo nacional e são muito poucos os que tem ordenados abaixo dos 500€.
Não menciono estes dados com orgulho, visto que é o nosso País e os nossos cidadãos, mas o nosso parque automóvel é um dos exemplos que contraria a Tua afirmação em mencionar que são milhões de pessoas que ganham abaixo dos 500€.
Qualquer pessoa agora tem acesso (a crédito a grande maioria) carros novos, viagens, Plasmas/LCDs, roupa de marca...tem de ter algum para pagar alguns créditos e os 500€ não chegam.
Gostava de ver um estudo que mencionasse o valor médio de ordenados dos trabalhadores entre os 20 e os 40 anos e acho que iamos ter algumas surpresas.
Atenção, com isto que escrevi, não quer dizer que estou de acordo com o que se paga de ordenados, porque continuo a achar que deve-se ganhar mediante o rendimento e prestação de cada um.
Este seu post fez-me lembrar uma cnversa tida há uns meses com um amigo meu por altura da páscoa em que ele afirmava "dizem que não há dinheiro mas os hoteis no Algarve estão lotados".
Tive de lhe explicar que no Algarve deverão existir perto de 300.000 camas, se 40% forem ocupadas por portugueses teremos pouco mais de 100.000 portugeses a pagar umas férias no Algarve, mesmo que se juntem mais 20.000 ou 30.000 que ficam em casa de amigos... temos menos de 1,5% dos portugueses a gozar umas miniferias no Algarve. O Algarve lotado parece muito, mas 1,5% dos portugueses no Algarve já não parece assim tanto.
Segundo o INE, em 2005 19% da população portugesa vivia em risco de pobreza (salário inferior a 360€/mÊs por adulto). Desse universo, 51% estavam abaixo dos 16 anos e acima dos 65, pelo que sobram uns supostos 49% da população activa nessas condições. Acho que é significativo
Se calhar o problema é mesmo o de pensar que ordenaos minimos e afins é uma coisa que só afecta meia duzia de tugas...
Quando fizer referência à venda de automóveis em Portugal, tem de analizar bem o que se passa. Para começar uma significativa percentagem de carros matriculados em Portugal são importados. logo um sinal de falta de vitalidade e falta de poder de compra do mercado. Mas repare nesta amostragem da Europa:
País - veículos novos (Jan-Out07) - veículo novo / habitante
Portugal - 170.627 - 0,0157
Espanha - 1.345.180 - 0,0298
França - 1.712.238 - 0,0267
Itália - 2.130.816 - 0,0359
Austria - 256.185 - 0,0308
Suiça - 235.099 - 0,0313
Dinamarca - 131.728 - 0,0240
Suécia - 248.344 - 0,0271
Polónia - 242.083 - 0,0062
Hungria - 145.139 - 0,0144
Bulgaria - 33.369 - 0,0045
Eslovenia - 56.071 - 0,0277
Estónia - 26.699 - 0,0198
Note-se que os paises de leste são grandes importadores de veículos usados, mas mesmo assim alguns deles mostram valores mais próximos da Europa que os valores portugueses.
Fontes: ACAP e wikipedia
Não enquadro o Algarve nestes exemplos que considerei, até porque o Algarve não é uma viagem. Se reparar as agênçias de viagens tem sempre os programas esgotados e por isso tb o menor interesse Tuga no Algarve.
Quanto ao mercado automóvel, e que é o 2º melhor barómetro em Portugal (1º construção)neste momento vendem-se 4 vezes mais carros usados do que novos devido á brutalidade dos nossos impostos e aos diversos financiamentos e programas dos importadores.
Só compra um carro novo quem quer, os usados são de uma qualidade muito superior ao que eram, existem diversas viaturas de serviço á venda e contratos de renting com durações de 12,24 36 e 48 meses em que a manutenção é obrigatória e periodíca o que origina um excelente carro usado.
A desvalorização do novo começa a não compensar e todos começaram a perceber.
Quantos aos importados a fatia está a crescer, é certo, mas são 20% do total de usados transacionados (cerca de 600.000)
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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JAM Escreveu:Então presumo que na tua opinião quem não consegue um emprego que ganhe o suficiente para subscrever um PPR privado deve dar um tiro na carola quando se reformar, poupando a humilhação de morrer à fome.
Não sei se reparaste mas o que está em discussão não é a compra de um carro, um iate, um plasma, um telemóvel ou qualquer outra coisa material.
Claro que não... acho que devemos todos morrer à fome... para sermos todos iguais!
Entretanto avisa quando implantares isso para eu poder ir viver para outro país onde me deixem guardar o dinheiro para o qual eu andei a trabalhar.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Branc0 Escreveu:JAM Escreveu:Afinal nestas questões que temos discutido só uma coisa que distingue os seres humanos uns dos outros: É o facto de uns terem mais dinheiro que outros.
Ok... está encontrado o problema no teu raciocinio, sugiro que faças uma pesquisa e encontres um ou dois livros sobre a natureza humana.
Se eu der 1 milhão de euros a 100 pessoas diferentes vai haver 100 resultados diferentes, provavelmente mais do que aqueles que tu pensas daqui a 20 anos estarão novamente na miséria.
O estado deve proporcionar a todos igualdade de oportunidades, o que não é (nem deve ser nunca) uma garantia de iguais resultados entre os varios seres humanos.
Se uns vão ser pobres e outros ricos a mim pouco me faz, antes isso que a "igualdade" (por igualdade entenda-se lixar os que têm para dar aos que não souberam guardar/aproveitar).
Permite também a sugestão que o teu próximo destino de férias seja pelos lados de Cuba. Poderás ver nesse belo país a "igualdade" a funcionar sem qualquer tipo de problema, não se põe nenhuma questão de igualdade social, são todos pobres.
Mais te digo que não há ninguém que não tenha um tecto, o Fidel dá material para todos construirem um tecto e os vizinhos ajudam-se entre si para construirem as casas uns dos outros, um verdadeiro espirito de sociedade comunal. Infelizmente o resultado é que todos têm uma barraca para que ninguém possa ter uma casa no sentido a que estamos habituados.
Já nas aulas de história me contaram a seguinte "anedota". Na Russia soviética todos são iguais, se um agricultor plantar 10 batatas e outro só conseguir plantar 2 eles sabem que são iguais porque cada um vai ter 6 no final de tudo (o meu professor era simpático, não falava de impostos). O que é muito simpático para o tipo que só plantou duas mas duvido que o outro seja parvo o suficiente para voltar a plantar 10 no ano que vem.
Gosto muito pouco de "igualdades"...
Então presumo que na tua opinião quem não consegue um emprego que ganhe o suficiente para subscrever um PPR privado deve dar um tiro na carola quando se reformar, poupando a humilhação de morrer à fome.
Não sei se reparaste mas o que está em discussão não é a compra de um carro, um iate, um plasma, um telemóvel ou qualquer outra coisa material.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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acintra Escreveu:Tb não é assim, temos uma minoria que recebe o salário minimo nacional e são muito poucos os que tem ordenados abaixo dos 500€.
Não menciono estes dados com orgulho, visto que é o nosso País e os nossos cidadãos, mas o nosso parque automóvel é um dos exemplos que contraria a Tua afirmação em mencionar que são milhões de pessoas que ganham abaixo dos 500€.
Qualquer pessoa agora tem acesso (a crédito a grande maioria) carros novos, viagens, Plasmas/LCDs, roupa de marca...tem de ter algum para pagar alguns créditos e os 500€ não chegam.
Gostava de ver um estudo que mencionasse o valor médio de ordenados dos trabalhadores entre os 20 e os 40 anos e acho que iamos ter algumas surpresas.
Atenção, com isto que escrevi, não quer dizer que estou de acordo com o que se paga de ordenados, porque continuo a achar que deve-se ganhar mediante o rendimento e prestação de cada um.
Este seu post fez-me lembrar uma cnversa tida há uns meses com um amigo meu por altura da páscoa em que ele afirmava "dizem que não há dinheiro mas os hoteis no Algarve estão lotados".
Tive de lhe explicar que no Algarve deverão existir perto de 300.000 camas, se 40% forem ocupadas por portugueses teremos pouco mais de 100.000 portugeses a pagar umas férias no Algarve, mesmo que se juntem mais 20.000 ou 30.000 que ficam em casa de amigos... temos menos de 1,5% dos portugueses a gozar umas miniferias no Algarve. O Algarve lotado parece muito, mas 1,5% dos portugueses no Algarve já não parece assim tanto.
Segundo o INE, em 2005 19% da população portugesa vivia em risco de pobreza (salário inferior a 360€/mÊs por adulto). Desse universo, 51% estavam abaixo dos 16 anos e acima dos 65, pelo que sobram uns supostos 49% da população activa nessas condições. Acho que é significativo
Se calhar o problema é mesmo o de pensar que ordenaos minimos e afins é uma coisa que só afecta meia duzia de tugas...
Quando fizer referência à venda de automóveis em Portugal, tem de analizar bem o que se passa. Para começar uma significativa percentagem de carros matriculados em Portugal são importados. logo um sinal de falta de vitalidade e falta de poder de compra do mercado. Mas repare nesta amostragem da Europa:
País - veículos novos (Jan-Out07) - veículo novo / habitante
Portugal - 170.627 - 0,0157
Espanha - 1.345.180 - 0,0298
França - 1.712.238 - 0,0267
Itália - 2.130.816 - 0,0359
Austria - 256.185 - 0,0308
Suiça - 235.099 - 0,0313
Dinamarca - 131.728 - 0,0240
Suécia - 248.344 - 0,0271
Polónia - 242.083 - 0,0062
Hungria - 145.139 - 0,0144
Bulgaria - 33.369 - 0,0045
Eslovenia - 56.071 - 0,0277
Estónia - 26.699 - 0,0198
Note-se que os paises de leste são grandes importadores de veículos usados, mas mesmo assim alguns deles mostram valores mais próximos da Europa que os valores portugueses.
Fontes: ACAP e wikipedia
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
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JAM Escreveu:Afinal nestas questões que temos discutido só uma coisa que distingue os seres humanos uns dos outros: É o facto de uns terem mais dinheiro que outros.
Ok... está encontrado o problema no teu raciocinio, sugiro que faças uma pesquisa e encontres um ou dois livros sobre a natureza humana.
Se eu der 1 milhão de euros a 100 pessoas diferentes vai haver 100 resultados diferentes, provavelmente mais do que aqueles que tu pensas daqui a 20 anos estarão novamente na miséria.
O estado deve proporcionar a todos igualdade de oportunidades, o que não é (nem deve ser nunca) uma garantia de iguais resultados entre os varios seres humanos.
Se uns vão ser pobres e outros ricos a mim pouco me faz, antes isso que a "igualdade" (por igualdade entenda-se lixar os que têm para dar aos que não souberam guardar/aproveitar).
Permite também a sugestão que o teu próximo destino de férias seja pelos lados de Cuba. Poderás ver nesse belo país a "igualdade" a funcionar sem qualquer tipo de problema, não se põe nenhuma questão de igualdade social, são todos pobres.
Mais te digo que não há ninguém que não tenha um tecto, o Fidel dá material para todos construirem um tecto e os vizinhos ajudam-se entre si para construirem as casas uns dos outros, um verdadeiro espirito de sociedade comunal. Infelizmente o resultado é que todos têm uma barraca para que ninguém possa ter uma casa no sentido a que estamos habituados.
Já nas aulas de história me contaram a seguinte "anedota". Na Russia soviética todos são iguais, se um agricultor plantar 10 batatas e outro só conseguir plantar 2 eles sabem que são iguais porque cada um vai ter 6 no final de tudo (o meu professor era simpático, não falava de impostos). O que é muito simpático para o tipo que só plantou duas mas duvido que o outro seja parvo o suficiente para voltar a plantar 10 no ano que vem.
Gosto muito pouco de "igualdades"...
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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JAM Escreveu:Tem dinheiro, tem poupança reforma privada, não tem dinheiro que se dedique a fazer CV's e formações para terAfinal o país está repleto de empregos bem pagos,
eu ganho x e sei perfeitamente que podia ganhar x+y, podia trabalhar mais, esforçar-me mais, etc. procurar activamente novas oportunidades de emprego, pedir um empréstimo e criar uma empresa, etc.
mas não, quero ter mais tempo livre e menos stress. Agora não vou culpar ninguém por não ganhar mais dinheiro e por não poder ter 1 certo nível de vida
e não vou exigir que o Estado roube os que efectivamente ganham mais dinheiro que eu para me subsidiar um estilo de vida para o qual eu não faço por isso...

Free Minds and Free Markets
... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
JAM Escreveu:A falência do actual sistema tem diversas causas, entre elas a não utilização dos fundos em excesso (quando existiam) para valorização, a inexistência de um tecto de reforma que permitiu reformas exageradas, o desiquilibrio entre contribuintes e beneficiários, mas tem especialmente o problema do estado ineficiente.
Eu por acaso acho que os principais problemas do actual sistema é contar com o ovo dentro da galinha...
Ou seja, funcionaria muito bem se a população aumentasse sempre, se os salários fossem aumentando de geração em geração, ...
O problema é que nem uma coisa aconteceu nem a outra ocorreu ao ritmo necessário para resolver o problema. Como está, a SS parece um ponzi, em que para sobreviver necessita que seja sempre injectado $$. Se é ilegal os privados fazerem este tipo de produtos, porque será que o Estado pode fazer?
Eu continuo a achar que este governo fez algumas melhorias... como aumentar a idade da reforma e fazer com que toda a carreira contributiva seja contada para o valor da reforma. Mas acho que isso deveria ter efeitos retroactivos para as pensões acima de X salários mínimos (em que X, na mho, poderia ser 5). Não acho que seja justo que as pessoas que se reformaram em Dezembro de 2006 tenham um sistema de cálculo do valor das suas pensões e as pessoas que se reformaram em janeiro de 2007 tenham um sistema diferente que faz com que recebam menos 20/30% das pessoas que se reformaram no mês anterior.
Reparem que isto não iria afectar o valor das reformas dos velhinhos que necessitam das reformas para sobreviver... iria afectar as reformas dos velhinhos que ganham mais do que 5x o SMN e que, a gd maioria, descontaram apenas nos últimos 10 anos alguma coisa decente e nos anos anteriores descontaram muito pouco (ou porque n ganhavam assim tanto pois só ganhavam bem no topo da carreira, ou porque não compensava descontar mais). A passagem do regime actual para o regime que eu proponho teria de ser gradual... bastava que, por exemplo, não fossem ajustadas relativamente à inflação as reformas que estivessem acima do limite de 5SMN e que as pessoas que as recebem não tivessem feito os descontos (com as regras actuais) para receber essas reformas... seria uma redução lenta, mas seria a passagem para um sistema mais justo.
Também não sou a favor de limitar o valor das reformas... se as pessoas descontam, então devem receber... caso contrário é um roubo, simples e puro.
Qto a ser publico/privado ou só público, em teoria sou a favor de misto... mas acho que caso isso vá para a frente, alguém tem de ficar com as reformas actuais, e isso vai ficar em exclusivo para o público (ou seja, quem arca com isto tudo são os contribuintes).
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Branc0 Escreveu:JAM, eu leio os teus posts e parece que para ti só há uma solução...
Tens razão, para mim a única solução é a solução global. Tem de ser para todos. Em questões sociais e humanas, tem de ser para todos. Se calhar é defeito...
Afinal nestas questões que temos discutido só uma coisa que distingue os seres humanos uns dos outros: É o facto de uns terem mais dinheiro que outros.
Tem dinheiro, tem poupança reforma privada, não tem dinheiro que se dedique a fazer CV's e formações para ter


O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

JAM, eu leio os teus posts e parece que para ti só há uma solução...
O Tio Ben já está a resolver o caso, pode ser que o Socrates o copie...
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Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Caro Branco
Acho que só não vê quem não quer. Eu perguntei qual a sugestão que dá a uma pessoa que ganhe 500 Euros por mês. Vi a sua resposta, mas para lhe mostrar que a resposta não é exequível apontei-lhe o exemplo de quem ganha 500 Euros mas já tem formação, continua a receber formação na busca de emprego fora da sua área e sabe fazer CV's, mas mesmo assim não consegue melhorar a colocação profissional. Eu dei este exemplo, porque infelizmente é a verdadeira realidade nacional.
No entanto, não o vi apresentar nenhuma solução que não fosse a sugestão de formação e envio de CV's. Agradeço mas essa sugestão já muita gente a segue sem sucesso. Ou seja, o meu amigo encontra uma solução para quem ganha mais de 1000 Euros por mês e pode encaminhar parte do rendimento para um fundo de pensões, mas não encontrou solução para os restantes que são muitos, mas muitos mesmo!
Em relação aos exemplos que o Kayser aqui colocou, é mais do mesmo. É preciso criar um sistema misto entre publico e privado. Concordo que sim. Agora colocam-se estas questões:
- As pessoas têm rendimentos para isso?
- Metade não tem.
- Então qual a solução?
- Temos que criar um sistema misto entre publico e privado.
- Isso foi o que se disse antes da pergunta anterior!?!
- Ora bem... quer dizer... isto vai estourar.... não se sabem bem quando.... por isso é preciso fazer algo...
- E então a solução que abranja TODOS os portugueses?
- Erghhhh.... hummm....
- Então vai resolver apenas o problema de uma patre dos portugueses?
- Ora bem.... quer dizer... não é bem isso.... o estado tem mecanismos... e os fundos de pensão não são a santa casa da misericordia....não é?
A falência do actual sistema tem diversas causas, entre elas a não utilização dos fundos em excesso (quando existiam) para valorização, a inexistência de um tecto de reforma que permitiu reformas exageradas, o desiquilibrio entre contribuintes e beneficiários, mas tem especialmente o problema do estado ineficiente.
Já me enjoa que a cada sinal de ineficiência do estado se parta para o privado. Em vez de se exigir rigor e eficiêncioa, parte-se sempre para o caminho da desresponsabilização. E claro, parte para o caminho que permite ao sector privado entrar e ganhar dinheiro, nem que seja com a desgraça dos outros.
Por ultimo tenho a dizer que vocês continuam a ter uma visão capitalista (no estados elvagem) dos problemas, esquecendo-se que a segurança social (como o SNS entre outros) não foram criados numa óptima capitalista, foram criados numa óptica social. Os problemas existem, e em vez de se exigir eficiência, como seria de esperar de quem contribui para esta máquina que é o estado, parte-se sempre para a alternativa privada e ignora-se a incompetência do estado. O poder capitalista agradece. O poder politico também, porque não lhe é exigida eficiência nem honestidade.
Espero que nunca vos falte o capitalismo quando precisarem de ajuda. Também espero que nunca adoeçam ao ponto do vosso seguro de saude vos considerar "não seguráveis". Penso que só dessa forma alguns de vocês olhariam para estes problemas como algo que afecta pessoas e não que afecta contas bancárias.
Acho que só não vê quem não quer. Eu perguntei qual a sugestão que dá a uma pessoa que ganhe 500 Euros por mês. Vi a sua resposta, mas para lhe mostrar que a resposta não é exequível apontei-lhe o exemplo de quem ganha 500 Euros mas já tem formação, continua a receber formação na busca de emprego fora da sua área e sabe fazer CV's, mas mesmo assim não consegue melhorar a colocação profissional. Eu dei este exemplo, porque infelizmente é a verdadeira realidade nacional.
No entanto, não o vi apresentar nenhuma solução que não fosse a sugestão de formação e envio de CV's. Agradeço mas essa sugestão já muita gente a segue sem sucesso. Ou seja, o meu amigo encontra uma solução para quem ganha mais de 1000 Euros por mês e pode encaminhar parte do rendimento para um fundo de pensões, mas não encontrou solução para os restantes que são muitos, mas muitos mesmo!
Em relação aos exemplos que o Kayser aqui colocou, é mais do mesmo. É preciso criar um sistema misto entre publico e privado. Concordo que sim. Agora colocam-se estas questões:
- As pessoas têm rendimentos para isso?
- Metade não tem.
- Então qual a solução?
- Temos que criar um sistema misto entre publico e privado.
- Isso foi o que se disse antes da pergunta anterior!?!
- Ora bem... quer dizer... isto vai estourar.... não se sabem bem quando.... por isso é preciso fazer algo...
- E então a solução que abranja TODOS os portugueses?
- Erghhhh.... hummm....
- Então vai resolver apenas o problema de uma patre dos portugueses?
- Ora bem.... quer dizer... não é bem isso.... o estado tem mecanismos... e os fundos de pensão não são a santa casa da misericordia....não é?
A falência do actual sistema tem diversas causas, entre elas a não utilização dos fundos em excesso (quando existiam) para valorização, a inexistência de um tecto de reforma que permitiu reformas exageradas, o desiquilibrio entre contribuintes e beneficiários, mas tem especialmente o problema do estado ineficiente.
Já me enjoa que a cada sinal de ineficiência do estado se parta para o privado. Em vez de se exigir rigor e eficiêncioa, parte-se sempre para o caminho da desresponsabilização. E claro, parte para o caminho que permite ao sector privado entrar e ganhar dinheiro, nem que seja com a desgraça dos outros.
Por ultimo tenho a dizer que vocês continuam a ter uma visão capitalista (no estados elvagem) dos problemas, esquecendo-se que a segurança social (como o SNS entre outros) não foram criados numa óptima capitalista, foram criados numa óptica social. Os problemas existem, e em vez de se exigir eficiência, como seria de esperar de quem contribui para esta máquina que é o estado, parte-se sempre para a alternativa privada e ignora-se a incompetência do estado. O poder capitalista agradece. O poder politico também, porque não lhe é exigida eficiência nem honestidade.
Espero que nunca vos falte o capitalismo quando precisarem de ajuda. Também espero que nunca adoeçam ao ponto do vosso seguro de saude vos considerar "não seguráveis". Penso que só dessa forma alguns de vocês olhariam para estes problemas como algo que afecta pessoas e não que afecta contas bancárias.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

JAM Escreveu:
Bem, então presumo que tem uma solução para os milhões de portugueses que ganham menos de 500 Euros por mês, onde se incluem recém licenciados que provavelmente não sabem fazer CV's nem têm qualquer tipo de formação.
Eu acho imensa piada vocês afirmarem que o sitema falhou e não é viável. Já pensaram em afirmar isso sobre a democracia que temos em Portugal? Falhou, vamos partir para outra!
Tb não é assim, temos uma minoria que recebe o salário minimo nacional e são muito poucos os que tem ordenados abaixo dos 500€.
Não menciono estes dados com orgulho, visto que é o nosso País e os nossos cidadãos, mas o nosso parque automóvel é um dos exemplos que contraria a Tua afirmação em mencionar que são milhões de pessoas que ganham abaixo dos 500€.
Qualquer pessoa agora tem acesso (a crédito a grande maioria) carros novos, viagens, Plasmas/LCDs, roupa de marca...tem de ter algum para pagar alguns créditos e os 500€ não chegam.
Gostava de ver um estudo que mencionasse o valor médio de ordenados dos trabalhadores entre os 20 e os 40 anos e acho que iamos ter algumas surpresas.
Atenção, com isto que escrevi, não quer dizer que estou de acordo com o que se paga de ordenados, porque continuo a achar que deve-se ganhar mediante o rendimento e prestação de cada um.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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