0ff topic . comunicação :-(
Tony
Faz hoje 4 meses e 1 dia que sinto a mesma dor que tu sentes agora. Não há nada a fazer excepto esperar que doa menos. Tive a sorte de, dois dias depois, me aparecer em casa uma criaturinha aos berros que absorveu toda a minha atenção. Tem o mesmo nome do avô.
Um abraço,
PS: Mantêm a tasca aberta que eu apareço lá um dias destes.
Um abraço,
PS: Mantêm a tasca aberta que eu apareço lá um dias destes.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Uma pausa neste silêncio de alguns meses
para solidarizar-me com um ilustre companheiro de fórum.
Os meus sinceros pêsames à família.
Croll
Os meus sinceros pêsames à família.
Croll
Soeirinho
como amigo do caldeirão os meus sinceros sentimentos. Rui, senti sentimentos e vivi novamente a minha perda quando era ainda menino, ao ler o teu texto. Como tu acredito que algures existe uma explicação para esta caminhada, não compreendi ainda o problema, e tenho feito um esforço enorme para encontrar a solução, mas tenho a certeza que ela existe. Um abraço para os dois.
só a mudança é eterna - Heráclito
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Soeirinho
Os meus sentidos pessames, nesta hora tão dificil, no adeus do Nosso Heroí.
Há pouco tempo senti no coração quanto dificil é o adeus no Nosso Pai.
Definitivo NUNCA será, simplesmente um até breve.
até xá
cochim
Há pouco tempo senti no coração quanto dificil é o adeus no Nosso Pai.
Definitivo NUNCA será, simplesmente um até breve.
até xá
cochim
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- Registado: 4/11/2002 22:08
- Localização: Praia Azul / Torres Vedras
Apesar de não te conhecer; os meus sentidos pêsames!
Caro Tony (soeirinho), nada que eu, ou qualquer outra pessoa te diga hoje, ou nos próximos tempos, vai aliviar a tua dor e dos teus. E Infelizmente eu sei bem do que falo, pois já passei pelo mesmo há dois anos atrás.
Mas há uma coisa que eu gostava de te transmitir e que me foi dito, precisamente pelo meu SAUDOSO e ADORADO PAI: "As pessoas que nós AMAMOS, nunca morrem dentro do nosso coração!"
Um forte e sentido abraço para ti e para a tua familia.
FMX
Mas há uma coisa que eu gostava de te transmitir e que me foi dito, precisamente pelo meu SAUDOSO e ADORADO PAI: "As pessoas que nós AMAMOS, nunca morrem dentro do nosso coração!"
Um forte e sentido abraço para ti e para a tua familia.
FMX
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- Registado: 8/10/2003 9:17
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Pai
Saudoso Pai:
Mal senti a tua partida, sabes?
Acompanhei-te na ambulância ao hospital, mas sabia que já não estavas aí. Sim, é verdade, sou frio como sempre me dizias. Ou há certas emoções que dificilmente manifesto...
Mas também nunca encarei a morte com temor. Deveras, a partida deste mundo sempre me fascinou. Tal como a entrada. Pressinto aí um mistério assombroso, porque creio numa realidade para além desta. É só uma crença, mas bem funda. Talvez apenas uma consolação, com que iludimos a dor, pode ser...
Mas não me doeu logo o teu desaparecimento, ainda que bem inesperado. Foram felizes e serenos os teus últimos dias. Não te desgostei, não te irritei. Não disse também palavras carinhosas - só as consigo escrever, não soletrar... - mas simplesmente agi como nos outros dias. E nesse tempo, sabes, agir era bem mais fácil...
E, contudo, não tiveste tempo de te despedir. Deitaste-te cedo, como de costume, e passado pouco tempo a Mãe veio chamar-me porque deste um grande suspiro e ficaste quieto, sem responder... De olhos abertos e fixos... E nós sabíamos que já não estavas cá...
As tuas filhas é que choraram e lamentaram a tua partida tão brusca. A Mãe até se comportou muito serenamente. Tratou o teu corpo morto com carinho e preservou essa contínua afeição por ti. Um amor de meio século... Mas eu não me lembro de ter vertido uma lágrima, sequer. Aliás, eu apenas choro por mim. E não é por a minha alma ser insensível ou dura, mas nunca aprendi essa ternura dos gestos nem a partilha das carícias. E não sei comungar por palavras tudo o que sinto. Isto é, de viva voz. Apenas na escrita me abro um pouco mais.
Por isso agora te escrevo, passado todo este tempo. Confio que a tua consciêncoa permanece algures, num sítio mágico onde aqueles que se amam se reúnem no fim dos tempos. Mas é só a minha crença...
E não disseste adeus, porque não sabias que o teu tempo tinha chegado. E senti a falta dessa despedida, sim. Gostava que me tivesses confiado a Mãe, então ainda bem sadia, e que me abençoasses antes de partires... Que orgulho sempre tiveste em mim! E que saudades quando eu estava longe... Como me olhavas com tanta esperança e ternura. Tal como a Mãe ainda o faz, em busca do carinho de que sou tão parco, oh tão parco... Mas nunca o aprendi, nunca o aprendi...
Sabes? Apenas sinto, mas sou incapaz de o traduzir. Os gestos não me saem... E a Mãe sente a tua falta. Temos saudades do teu riso, das tuas histórias de infância que sempre contavas às refeições, das expressões típicas transmontanas muitas das quais ainda uso, da tua ternura e meiguice, sim... E das árias que cantavas pela casa fora quando estavas feliz. Do teu enlevo pelos nossos gatinhos, esses seres tão inocentes que despertavam o melhor de mim... E que também já não são...
Sabes? Confesso que muitas vezes me recordo mais deles que de ti... Porque eram os meus bebés e eu é que fui sempre o teu bebé... Tal como a Mãe se está agora a transformar na menina que eu tenho de cuidar. Mas é difícil, sim, muito difícil, cada vez mais. Sobretudo, quando se é egoísta e custa bem mais dar que receber. Dar de si, de mim, claro, quando há tanto tempo me sinto vazio e exaurido...
Querido Pai... Viveste mais de 70 anos preenchidos e honestos e foste amado e respeitado. Criaste uma família feliz e funcional, que sempre manteve laços de união e companheirismo. Havia alguma fragilidade em ti, é verdade. Eras bem mais manso do que autoritário, mas acompanhaste sempre os filhos que criaste. Sei que só eu te desgostei, que nunca preenchi os altos voos que para mim tinhas sonhado. Sim, confesso, o meu mundo era outro que nunca percebeste. Mas não interferiste nele, apenas te mantiveste à parte...
Hoje arco sobre mim parte das tuas responsabilidades, mas os meus ombros são bem frágeis. Fá-lo-ias bem melhor do que eu, pelo menos enquanto a saúde to permitisse. Mas devo cuidar da Mãe que amaste e sempre trataste amorosamente até ao fim.
Sabes, Pai, como eu ficava tão orgulhoso quando alguém me perguntava se eu conhecia aquele casal simpático que todos os dias à tarde saía a passear, tão unidos e enamorados?! Quão bom saber que esse amor era assim tão visível e que meros desconhecidos o sentiam... E eu sei que viveste uma afeição longa e real junto da tua única amada. E que eu sou o filho do amor, o testemunho de uma vida feliz...
Obrigado, querido Pai, obrigado...
Talvez no reencontro futuro eu tenha oportunidade de te dizer tudo isto que nunca disse, apenas porque não o soube fazer. E aí nem são precisas palavras, o sentir comunica-se logo... Ora, mas já sabes, sempre soubeste... O meu amor é rude e tosco e sem palavras, mas a gratidão tem uma morada no meu coração... Um abrigo onde tu cabes, onde cabemos ambos...
Até breve, Pai, a Mãe espera por ti. E o reencontro não tarda... E um dia de novo nos reuniremos, como quando éramos pequenos, e o riso dos teus filhos inundava a casa e o jardim. Graças te dou por seres meu Pai... E abençoa-me de novo desse sítio desconhecido onde descansas, porque ainda és, em mim ainda és, ao menos agora, neste momento... aqui...
E rezo por ti...
Teu filho agradecido,
Rui
*********************
Que o ames, que o ames sempre, Tony que não conheço. Porque esse amor nunca desaparece, é a única coisa que é eterna. E se tantas vezes não o sabemos dizer ou exprimir, podemos senti-lo sempre, sempre...
Deveras, não senti tanta a partida de meu Pai, há já quase seis anos, como agora, em que estou muito só com a minha Mãe que depende totalmente de mim.
Logo, o Amor é tudo o que temos, o Amor é sempre o que nos une. Um Amor muito prático e por vezes bem difícil, de actos e não de palavras. Um Amor que se sente e se manifesta em obras e que só nós sabemos, só nos o sentimos.
Que esse contínuo Amor te console e que a alma daquele que partiu te abençoe sempre!
Com amizade e tristeza renovada,
Rui
Mal senti a tua partida, sabes?
Acompanhei-te na ambulância ao hospital, mas sabia que já não estavas aí. Sim, é verdade, sou frio como sempre me dizias. Ou há certas emoções que dificilmente manifesto...
Mas também nunca encarei a morte com temor. Deveras, a partida deste mundo sempre me fascinou. Tal como a entrada. Pressinto aí um mistério assombroso, porque creio numa realidade para além desta. É só uma crença, mas bem funda. Talvez apenas uma consolação, com que iludimos a dor, pode ser...
Mas não me doeu logo o teu desaparecimento, ainda que bem inesperado. Foram felizes e serenos os teus últimos dias. Não te desgostei, não te irritei. Não disse também palavras carinhosas - só as consigo escrever, não soletrar... - mas simplesmente agi como nos outros dias. E nesse tempo, sabes, agir era bem mais fácil...
E, contudo, não tiveste tempo de te despedir. Deitaste-te cedo, como de costume, e passado pouco tempo a Mãe veio chamar-me porque deste um grande suspiro e ficaste quieto, sem responder... De olhos abertos e fixos... E nós sabíamos que já não estavas cá...
As tuas filhas é que choraram e lamentaram a tua partida tão brusca. A Mãe até se comportou muito serenamente. Tratou o teu corpo morto com carinho e preservou essa contínua afeição por ti. Um amor de meio século... Mas eu não me lembro de ter vertido uma lágrima, sequer. Aliás, eu apenas choro por mim. E não é por a minha alma ser insensível ou dura, mas nunca aprendi essa ternura dos gestos nem a partilha das carícias. E não sei comungar por palavras tudo o que sinto. Isto é, de viva voz. Apenas na escrita me abro um pouco mais.
Por isso agora te escrevo, passado todo este tempo. Confio que a tua consciêncoa permanece algures, num sítio mágico onde aqueles que se amam se reúnem no fim dos tempos. Mas é só a minha crença...
E não disseste adeus, porque não sabias que o teu tempo tinha chegado. E senti a falta dessa despedida, sim. Gostava que me tivesses confiado a Mãe, então ainda bem sadia, e que me abençoasses antes de partires... Que orgulho sempre tiveste em mim! E que saudades quando eu estava longe... Como me olhavas com tanta esperança e ternura. Tal como a Mãe ainda o faz, em busca do carinho de que sou tão parco, oh tão parco... Mas nunca o aprendi, nunca o aprendi...
Sabes? Apenas sinto, mas sou incapaz de o traduzir. Os gestos não me saem... E a Mãe sente a tua falta. Temos saudades do teu riso, das tuas histórias de infância que sempre contavas às refeições, das expressões típicas transmontanas muitas das quais ainda uso, da tua ternura e meiguice, sim... E das árias que cantavas pela casa fora quando estavas feliz. Do teu enlevo pelos nossos gatinhos, esses seres tão inocentes que despertavam o melhor de mim... E que também já não são...
Sabes? Confesso que muitas vezes me recordo mais deles que de ti... Porque eram os meus bebés e eu é que fui sempre o teu bebé... Tal como a Mãe se está agora a transformar na menina que eu tenho de cuidar. Mas é difícil, sim, muito difícil, cada vez mais. Sobretudo, quando se é egoísta e custa bem mais dar que receber. Dar de si, de mim, claro, quando há tanto tempo me sinto vazio e exaurido...
Querido Pai... Viveste mais de 70 anos preenchidos e honestos e foste amado e respeitado. Criaste uma família feliz e funcional, que sempre manteve laços de união e companheirismo. Havia alguma fragilidade em ti, é verdade. Eras bem mais manso do que autoritário, mas acompanhaste sempre os filhos que criaste. Sei que só eu te desgostei, que nunca preenchi os altos voos que para mim tinhas sonhado. Sim, confesso, o meu mundo era outro que nunca percebeste. Mas não interferiste nele, apenas te mantiveste à parte...
Hoje arco sobre mim parte das tuas responsabilidades, mas os meus ombros são bem frágeis. Fá-lo-ias bem melhor do que eu, pelo menos enquanto a saúde to permitisse. Mas devo cuidar da Mãe que amaste e sempre trataste amorosamente até ao fim.
Sabes, Pai, como eu ficava tão orgulhoso quando alguém me perguntava se eu conhecia aquele casal simpático que todos os dias à tarde saía a passear, tão unidos e enamorados?! Quão bom saber que esse amor era assim tão visível e que meros desconhecidos o sentiam... E eu sei que viveste uma afeição longa e real junto da tua única amada. E que eu sou o filho do amor, o testemunho de uma vida feliz...
Obrigado, querido Pai, obrigado...
Talvez no reencontro futuro eu tenha oportunidade de te dizer tudo isto que nunca disse, apenas porque não o soube fazer. E aí nem são precisas palavras, o sentir comunica-se logo... Ora, mas já sabes, sempre soubeste... O meu amor é rude e tosco e sem palavras, mas a gratidão tem uma morada no meu coração... Um abrigo onde tu cabes, onde cabemos ambos...
Até breve, Pai, a Mãe espera por ti. E o reencontro não tarda... E um dia de novo nos reuniremos, como quando éramos pequenos, e o riso dos teus filhos inundava a casa e o jardim. Graças te dou por seres meu Pai... E abençoa-me de novo desse sítio desconhecido onde descansas, porque ainda és, em mim ainda és, ao menos agora, neste momento... aqui...
E rezo por ti...
Teu filho agradecido,
Rui
*********************
Que o ames, que o ames sempre, Tony que não conheço. Porque esse amor nunca desaparece, é a única coisa que é eterna. E se tantas vezes não o sabemos dizer ou exprimir, podemos senti-lo sempre, sempre...
Deveras, não senti tanta a partida de meu Pai, há já quase seis anos, como agora, em que estou muito só com a minha Mãe que depende totalmente de mim.
Logo, o Amor é tudo o que temos, o Amor é sempre o que nos une. Um Amor muito prático e por vezes bem difícil, de actos e não de palavras. Um Amor que se sente e se manifesta em obras e que só nós sabemos, só nos o sentimos.
Que esse contínuo Amor te console e que a alma daquele que partiu te abençoe sempre!
Com amizade e tristeza renovada,
Rui
- Mensagens: 1769
- Registado: 24/11/2002 14:36
Soeirinho
Aceita os meus mais sinceros Sentimentos.
Grande Abraço,
Gpinto
Grande Abraço,
Gpinto
Todos os conteúdos deste post, são da minha responsabilidade, e são o meu entendimento do momento dos mercados. A serem tomados como exemplo, é da única responsabilidade de quem os segue.
Um grande abraço e bons n€gócios,
Gpinto
Um grande abraço e bons n€gócios,
Gpinto
...
os meus sinceros sentimentos.
Já passei por essa perda e não é nada fácil.
1 grande abraço e força
andrade
Já passei por essa perda e não é nada fácil.
1 grande abraço e força
andrade
- Mensagens: 1329
- Registado: 12/11/2002 16:18
- Localização: Santarém
soeirinho.....
os meus sentimentos
Nestes momentos...
..poucas são as palavras que podem confortar a alma do nosso colega soeirinho, mas são a forma de podermos dizer o que nos vai na nossa: aceita os meus mais sinceros sentimentos!
pergas
- Mensagens: 1010
- Registado: 5/11/2002 10:43
- Localização: Braga
Os meus sinceros sentimentos!...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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