off topic - A sonolenta velocidade 224 KM/H em auto-estrada
Cecimar Escreveu:Já agora...
Os carros melhoram tudo bem. E nós? Melhorámos assim tanto a nossa 'velocidade de reacção?
Não me ralhem mas, 120 já chega.
Não é preferível corrigir o que está mal em vez de juntar mais um factor de sarilho?
Cecimar, não se trata de juntar qq sarilho...
Repara: virtualmente ninguém cumpre os actuais limites; quando se fala num ajuste dos limites, trata-se de um ajuste à realidade (não se trata de pôr as pessoas a andar mais depressa).
Que implicações isto pode ter?
Três:



Ainda recentemente colocaram radares na VCI: é vê-los abrandarem junto aos radares (por vezes atrapalhando os outros com travagens e mudanças de faixa junto ao radar) e depois acelararem de novo para os 160KM/H.
Volto a frizar, maior parte das estradas da morte <b>já têm limites</b> de 50KM/H e as pessoas continuam a morrer lá. E quando aqui se fala de um ajuste dos actuais limites não é um convite às pessoas a circularem mais depressa nas auto-estradas (as pessoas já o fazem e nem sequer são multadas porque os valores que têm aqui sido citados estão dentro da tolerância praticada pelas próprias autoridades).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Com historial..
Passa-se na Quarteira, eu de visita a um primo meu, bebi uns copos e em tal situação eu recuso-me a ser «valente» e nunca conduzo A minha esposa muito melhor condutor que eu, pegou na carroça e levou-nos para casa, entretanto na viagem sucede assim: Na avenida Mota Pinto, está a subida antes dos sinais que voltam á esquerda para Vilamoura, nós passamos de facto com o sinal amarelo, depois da Galp de Vilamoura ( 1, 5 Km) fomos mandados parar pela BT. O grupo era constituído por um soldado e um sargento Saiam ambos do carro, o soldado de papeis na mão começa a escrever no «capon» do seu próprio carro enquanto o sargento esclarecia com a minha esposa se tinha passado com o amarelo ou o vermelho Resposta da minha esposa «passei com o amarelo» tendo comentado o Sargento que dado a sua posição na viatura, não lhe foi dado identificar com precisão se era amarelo ou vermelho, mas o soldado, seu colega, insistia que a era o vermelho Mais: existia inclusive duvidas sobre o veiculo se era a minha matricula ou outro veiculo, que de acordo com a versão do Sargento o seu próprio colega, o soldado, tinha duvidas. A discussão foi bastante civilizada.. Entretanto o Sargento e o Soldado estavam finalmente de acordo que era amarelo e sob a minha insistência, que o soldado continuava a escrever sem razões aparentes, eu pondo em causa quem definia tecnicamente se ao não passar o amarelo não teria posto em causa a segurança dos ocupastes do meu carro e os da fila anterior, a discussão acalorou-se e o sargento voltou-se para mim e disse-me « tem a mania que é experto, a partir de agora não é amarelo mas sim vermelho». Passou a multa que não assinamos.
Eu em total desacordo consultei um advogado, fiz uma discrição completa ao Governador Civil de Faro ( sem mentiras) a pedir o apoio deste em prol da verdade. Alguns meses depois, chegou a factura a casa, isto é, de 3 contos pela passagem do amarelo tinha que pagar 33 600 escudos, por falta de testemunhas, que recusando-se a minha mulher a ir a tribunal para dizer na cara do sargento como se tinha passado a historia, paguei todo feliz e contente...
Para a próxima deixo o sargento, cabo, capitão, soldado ou instruendo, decidir de sua justiça, porque penso que me vai sair sempre mais barato Pois, é que também tive que pagar ao advogado..
O Governador Civil?... Era o que mais faltava, ter que se preocupar comigo!!! Com tantas coisas que o GC terá para fazer... E depois ainda um cidadão português filho duma espanhola .
R. Martins
Passa-se na Quarteira, eu de visita a um primo meu, bebi uns copos e em tal situação eu recuso-me a ser «valente» e nunca conduzo A minha esposa muito melhor condutor que eu, pegou na carroça e levou-nos para casa, entretanto na viagem sucede assim: Na avenida Mota Pinto, está a subida antes dos sinais que voltam á esquerda para Vilamoura, nós passamos de facto com o sinal amarelo, depois da Galp de Vilamoura ( 1, 5 Km) fomos mandados parar pela BT. O grupo era constituído por um soldado e um sargento Saiam ambos do carro, o soldado de papeis na mão começa a escrever no «capon» do seu próprio carro enquanto o sargento esclarecia com a minha esposa se tinha passado com o amarelo ou o vermelho Resposta da minha esposa «passei com o amarelo» tendo comentado o Sargento que dado a sua posição na viatura, não lhe foi dado identificar com precisão se era amarelo ou vermelho, mas o soldado, seu colega, insistia que a era o vermelho Mais: existia inclusive duvidas sobre o veiculo se era a minha matricula ou outro veiculo, que de acordo com a versão do Sargento o seu próprio colega, o soldado, tinha duvidas. A discussão foi bastante civilizada.. Entretanto o Sargento e o Soldado estavam finalmente de acordo que era amarelo e sob a minha insistência, que o soldado continuava a escrever sem razões aparentes, eu pondo em causa quem definia tecnicamente se ao não passar o amarelo não teria posto em causa a segurança dos ocupastes do meu carro e os da fila anterior, a discussão acalorou-se e o sargento voltou-se para mim e disse-me « tem a mania que é experto, a partir de agora não é amarelo mas sim vermelho». Passou a multa que não assinamos.
Eu em total desacordo consultei um advogado, fiz uma discrição completa ao Governador Civil de Faro ( sem mentiras) a pedir o apoio deste em prol da verdade. Alguns meses depois, chegou a factura a casa, isto é, de 3 contos pela passagem do amarelo tinha que pagar 33 600 escudos, por falta de testemunhas, que recusando-se a minha mulher a ir a tribunal para dizer na cara do sargento como se tinha passado a historia, paguei todo feliz e contente...
Para a próxima deixo o sargento, cabo, capitão, soldado ou instruendo, decidir de sua justiça, porque penso que me vai sair sempre mais barato Pois, é que também tive que pagar ao advogado..
O Governador Civil?... Era o que mais faltava, ter que se preocupar comigo!!! Com tantas coisas que o GC terá para fazer... E depois ainda um cidadão português filho duma espanhola .
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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Para Flying Turtle
Este último post está excelente.
É mesmo isso Flying Turtle
Subscrevo.
William
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....Aye, fight and you may die, run and you'll live....at least a while. And dying in your beds many years from now, would you be willing to trade all the days from this day to that for one chance, just one chance to come back here and tell our enemies...that they may take our lives, but they'll never take our freedom!
Não resisto a meter a colher nesta caldeirada...
Creio que existe um elevado nível de confusão entre "excesso de velocidade" e "velocidade excessiva". Na maioria dos casos, ou por ignorância ou por má fé, tomam-se as duas expressões como equivalentes. Ora não o são:
- "Excesso de velocidade" significa circular acima do limite legalmente imposto
- "Velocidade excessiva" significa circular a uma velocidade superior à máxima adequada para as circunstâncias, tendo presente que o Código da Estrada determina que se deve circular a uma velocidade que permita ao condutor imobilizar o veículo no espaço visível à sua frente
Exemplificando: Um choque em cadeia envolvendo 100 automóveis numa autoestrada, assim como uma "traseirada" num semáforo a 10km/h, e ainda também como um atropelamento de um peão numa passagem de peões, envolve sempre uma situação de velocidade excessiva. Mas em muitos casos não envolve necessariamente excesso de velocidade.
Um condutor que tem por hábito circular colado ao carro da frente circula quase sempre em velocidade excessiva, qualquer que seja a velocidade a que conduz.
Um indivíduo que calcula mal o espaço necessário para uma ultrapassagem e acaba batendo noutro que vem em sentido contrário circula em velocidade excessiva, porquanto já terá passado o "ponto de não retorno" quando se der conta de que não conseguirá efectuar a manobra com sucesso.
No limite, um indivíduo que circule com excesso de álcool conduz em velocidade excessiva porquanto, para as circunstâncias em que se encontra, a velocidade máxima a que a lei lhe permite circular é... 0!
Ora bem, é típico das nossas Autoridades policiais, ao preencherem as fichas do registo dos acidentes, colocarem "por defeito", como causa do acidente, a velocidade excessiva, salvo quando existe alguma outra causa que notoriamente, e para além de qualquer dúvida, provocou o acidente (desrespeito de risco contínuo, desobediência a um sinal, etc.). Daqui a concluir-se que a maioria dos acidentes em Portugal se dão por excesso de velocidade vai um passinho apenas que, infelizmente, quase todos dão mas que não deveria ser dado, porque induz interpretações, comportamentoes e medidas desajustados da realidade.
Meus amigos, deixemo-nos de desculpas: A quase totalidade dos acidentes de viação em Portugal deve-se a questões de educação e civismo, designadamente à sensação de impunidade perante a lei que todos - repito, TODOS - nós temos, assim como à nossa famosa capacidade de "desenrascanço", de que infelizmente tanto nos orgulhamos. É o mesmo problema que leva Portugal a ser o campeão da fuga ao fisco na Europa, a ter níveis de despesa em sectores como a saúde e a educação dos mais elevados sem que daí advenha qualquer benefício para a sociedade, a ter de trabalhar muito mais para produzir muito menos, e por aí adiante.
Muitos dos graves problemas sociais de Portugal começarão a ser resolvidos, como que por milagre, quando os nossos sistemas educativo e judicial estiverem de facto ao serviço da cidadania e quando ficar enraizado, na mente de todos nós, que mais vale cumprir as regras, que não compensa facilitar no respeito pelos princípios e que, em suma, o bem de cada um de nós provém, antes de mais, do bem de todos enquanto sociedade e do contributo que damos para tal.
Vai demorar muito a lá chegar, não vai? Pos sim, mas se cada um de nós não der o primeiro passo, mais tempo demorará ainda...
Um abraço
FT
Creio que existe um elevado nível de confusão entre "excesso de velocidade" e "velocidade excessiva". Na maioria dos casos, ou por ignorância ou por má fé, tomam-se as duas expressões como equivalentes. Ora não o são:
- "Excesso de velocidade" significa circular acima do limite legalmente imposto
- "Velocidade excessiva" significa circular a uma velocidade superior à máxima adequada para as circunstâncias, tendo presente que o Código da Estrada determina que se deve circular a uma velocidade que permita ao condutor imobilizar o veículo no espaço visível à sua frente
Exemplificando: Um choque em cadeia envolvendo 100 automóveis numa autoestrada, assim como uma "traseirada" num semáforo a 10km/h, e ainda também como um atropelamento de um peão numa passagem de peões, envolve sempre uma situação de velocidade excessiva. Mas em muitos casos não envolve necessariamente excesso de velocidade.
Um condutor que tem por hábito circular colado ao carro da frente circula quase sempre em velocidade excessiva, qualquer que seja a velocidade a que conduz.
Um indivíduo que calcula mal o espaço necessário para uma ultrapassagem e acaba batendo noutro que vem em sentido contrário circula em velocidade excessiva, porquanto já terá passado o "ponto de não retorno" quando se der conta de que não conseguirá efectuar a manobra com sucesso.
No limite, um indivíduo que circule com excesso de álcool conduz em velocidade excessiva porquanto, para as circunstâncias em que se encontra, a velocidade máxima a que a lei lhe permite circular é... 0!
Ora bem, é típico das nossas Autoridades policiais, ao preencherem as fichas do registo dos acidentes, colocarem "por defeito", como causa do acidente, a velocidade excessiva, salvo quando existe alguma outra causa que notoriamente, e para além de qualquer dúvida, provocou o acidente (desrespeito de risco contínuo, desobediência a um sinal, etc.). Daqui a concluir-se que a maioria dos acidentes em Portugal se dão por excesso de velocidade vai um passinho apenas que, infelizmente, quase todos dão mas que não deveria ser dado, porque induz interpretações, comportamentoes e medidas desajustados da realidade.
Meus amigos, deixemo-nos de desculpas: A quase totalidade dos acidentes de viação em Portugal deve-se a questões de educação e civismo, designadamente à sensação de impunidade perante a lei que todos - repito, TODOS - nós temos, assim como à nossa famosa capacidade de "desenrascanço", de que infelizmente tanto nos orgulhamos. É o mesmo problema que leva Portugal a ser o campeão da fuga ao fisco na Europa, a ter níveis de despesa em sectores como a saúde e a educação dos mais elevados sem que daí advenha qualquer benefício para a sociedade, a ter de trabalhar muito mais para produzir muito menos, e por aí adiante.
Muitos dos graves problemas sociais de Portugal começarão a ser resolvidos, como que por milagre, quando os nossos sistemas educativo e judicial estiverem de facto ao serviço da cidadania e quando ficar enraizado, na mente de todos nós, que mais vale cumprir as regras, que não compensa facilitar no respeito pelos princípios e que, em suma, o bem de cada um de nós provém, antes de mais, do bem de todos enquanto sociedade e do contributo que damos para tal.
Vai demorar muito a lá chegar, não vai? Pos sim, mas se cada um de nós não der o primeiro passo, mais tempo demorará ainda...
Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
N vi o debate ontem, por isso n sei muito bem o que se passou...
No entanto concordo que o excesso de velocidade não é o principal problema das estradas portuguesas...
Para mim, os principais problemas são:
1. Rigor na aplicacação da lei - para mim a lei deve ser cumprida. Se na lei está escrito que o limite máximo é de 120 devia ser 120 e não 155 como o Oeiras disse. Conheço de um caso em que como o condutor acusava mais do que 1.2 de alcool, ficou 2 horas com a policia à espera que baixasse para n ser preso... ridículo, não?
2. Mau estado/conservação/design das estradas - quantas estradas são mal construídas em portugal? O IP5 e o IP4 são duas aberrações da engenharia civil... será que, por exemplo, não seria mais fácil construir separadores centrais nos "pontos negros" das estradas portuguesas do que deixar morrer as pessoas lá? Há uma curva no IP4 onde morreram dezenas de pessoas essencialmente devido ao despiste dos carros que fazem a longa descida em excesso de velocidade, perdem o controle e batem no carro que está a fazer a curva. será que n se podia contruir um separador central e colocar limitadores de veelocidade?
As intermináveis obras de construção nas estradas tb são ridículas... o facto das pportagens terem ficado no nó dos carvalhos na A1 é um exemplo dos mais ridículos que conheço. Outro foram as obras na descida do Botão na IP3... durante mais de 1 ano n se fez nada... o que provocou vários acidentes e pelo menos 1 morto...
3. Falta de civismo dos condutores portugueses - num inquérito realizado o ano passado, os condutores portugueses afirmaram que na generalidade os portugueses conduzem mal, mas apenas 10% assumiram que conduziam mal. No entanto não conheço ninguém que respeite sempre os limites de velocidade, que nunca se tenha picado com alguém, que já conduziu sob o efeito do álcool, já se colocou à frente de um carro na autoestrada e não o deixou passar...
4. Leis mais pesadas - Infelizmente as pessoas só compreendem que tem de respeitar as leis qdo a penalização é elevada. Dou um simples exemplo. Um condutor apanhado com excesso de álcool devia ficar sem carta durante 6 meses e pagar uma multa elevada. Se provocar um acidente devia ir para a cadeia durante uma semana, um mês, o que fosse.
Dizem que aqui nos estados unidos as leis sao cumpridas à risca. Eu nunca ando à velocidade máxima aqui. Ando àquilo que eles chamam velocidade média (velocidade dos carros que estão à minha volta) que geralmente é 10 Km acima do limite máximo. Nunca apanhei nenhuma multa. No entanto, se decidir andar mais depressa sei é provável apanhar uma multa e que essa multa não vai ser pequena... que nao compensa quebrar a lei... em Portugal, essa ideia não existe...
Um abraço
Nunofaustino
No entanto concordo que o excesso de velocidade não é o principal problema das estradas portuguesas...
Para mim, os principais problemas são:
1. Rigor na aplicacação da lei - para mim a lei deve ser cumprida. Se na lei está escrito que o limite máximo é de 120 devia ser 120 e não 155 como o Oeiras disse. Conheço de um caso em que como o condutor acusava mais do que 1.2 de alcool, ficou 2 horas com a policia à espera que baixasse para n ser preso... ridículo, não?
2. Mau estado/conservação/design das estradas - quantas estradas são mal construídas em portugal? O IP5 e o IP4 são duas aberrações da engenharia civil... será que, por exemplo, não seria mais fácil construir separadores centrais nos "pontos negros" das estradas portuguesas do que deixar morrer as pessoas lá? Há uma curva no IP4 onde morreram dezenas de pessoas essencialmente devido ao despiste dos carros que fazem a longa descida em excesso de velocidade, perdem o controle e batem no carro que está a fazer a curva. será que n se podia contruir um separador central e colocar limitadores de veelocidade?
As intermináveis obras de construção nas estradas tb são ridículas... o facto das pportagens terem ficado no nó dos carvalhos na A1 é um exemplo dos mais ridículos que conheço. Outro foram as obras na descida do Botão na IP3... durante mais de 1 ano n se fez nada... o que provocou vários acidentes e pelo menos 1 morto...
3. Falta de civismo dos condutores portugueses - num inquérito realizado o ano passado, os condutores portugueses afirmaram que na generalidade os portugueses conduzem mal, mas apenas 10% assumiram que conduziam mal. No entanto não conheço ninguém que respeite sempre os limites de velocidade, que nunca se tenha picado com alguém, que já conduziu sob o efeito do álcool, já se colocou à frente de um carro na autoestrada e não o deixou passar...
4. Leis mais pesadas - Infelizmente as pessoas só compreendem que tem de respeitar as leis qdo a penalização é elevada. Dou um simples exemplo. Um condutor apanhado com excesso de álcool devia ficar sem carta durante 6 meses e pagar uma multa elevada. Se provocar um acidente devia ir para a cadeia durante uma semana, um mês, o que fosse.
Dizem que aqui nos estados unidos as leis sao cumpridas à risca. Eu nunca ando à velocidade máxima aqui. Ando àquilo que eles chamam velocidade média (velocidade dos carros que estão à minha volta) que geralmente é 10 Km acima do limite máximo. Nunca apanhei nenhuma multa. No entanto, se decidir andar mais depressa sei é provável apanhar uma multa e que essa multa não vai ser pequena... que nao compensa quebrar a lei... em Portugal, essa ideia não existe...
Um abraço
Nunofaustino
-
Visitante
eu percebi à primeira...
Marco António disse:
Eu percebi logo à primeira e aliás concordo inteiramente com a observação. A qualidade matemática destas barras da DGV é de facto péssima podendo mesmo induzir em erro.
O que interessa são mesmo os números e não os gráficos como aliás exemplifico em:
http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/viewtopic.php?p=65058&highlight=#65058
William
Como é óbvio, não me estou a referir a quem publicou aqui no forum, mas no original.
Eu percebi logo à primeira e aliás concordo inteiramente com a observação. A qualidade matemática destas barras da DGV é de facto péssima podendo mesmo induzir em erro.
O que interessa são mesmo os números e não os gráficos como aliás exemplifico em:
http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/viewtopic.php?p=65058&highlight=#65058
William
....Aye, fight and you may die, run and you'll live....at least a while. And dying in your beds many years from now, would you be willing to trade all the days from this day to that for one chance, just one chance to come back here and tell our enemies...that they may take our lives, but they'll never take our freedom!
MarcoAntonio Escreveu:...
Até num pequeno pormenor com este se nota a falta de cultura matemática, neste caso, de quem publicou esses gráficos.
...
Como é óbvio, não me estou a referir a quem publicou aqui no forum, mas no original.

Não vá haver mal entendidos...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Ontem também ouvi na R.T.P., um debate sobre estradas e segurança. Com o Secretario de Estado, creio um médico (psicólogo) e outros «activos» membros pensadores deste tão grave problema Nacional . Obviamente que eu tenho a minha opinião...
1- Precisamos de melhores máquinas, relativo á frota automóvel europeia. Melhores cilindradas, automóveis maiores e mais robustos. Com o nível de vida dos portugueses e o custo dos automóveis, quase impossível não termos de ser um Povo de improvisados.
2- Com as sucessivas campanhas de «educação» dos condutores e peões portugueses, custo do bolso do contribuinte, ficamos com a ideia que os políticos são possuidores destas empresas que ganham milhões com as campanhas de segurança e as pessoas morrem cada vez mais.
Não seria melhor investir em radares e fazer pagar multas aos menos disciplinados?
3- As estradas nacionais diga-se a verdade, são de terceiro mundo. A visibilidade, tirar as curvas, custa dinheiro, tapar buracos, sinalizar com devida visibilidade, não somos dos melhores.
Não seria melhor sinalizar como se faz na Europa, com intensidade e bem visível, em vez do «não sei se é aqui ou mais á frente»?
4- Na Alemanha a velocidade é livre, (sempre que não sinalizado em contrario) e os acidentes são muito inferiores do que em Portugal com os 120 Km.s hora. Se eu puder andar a uma velocidade superior (em segurança) num trajecto de 50 Km, por dizer levo muito menos tempo, reduzindo o tempo da viagem reduzo por isso a possibilidade de ter menos acidentes, ou seja, menos um na estrada mais espaço para os restantes.
5 - Estou quase integralmente de acordo com o Marco António, acrescentando ainda que a facturação do estado pelo factor velocidade não deve ser esquecido, como diziam o Cochim, que se escondem na caça á multa em vez de prevenir e educar, na estrada, os faltosos.
Na Suíça existia uma plataforma em cima de um camião, que consistia num instrumento com um «boneco» para ver o efeito de um choque sem cinto. A caça á multa era no entanto mais rigorosa que em Portugal, os radares exetiam até nos sinais luminosos. A carta «fora» era uma rotina sem apelos. Nas escolas primárias existiam cursos de aprendizagem de como se comportar nas estradas , a Policia davam instruções aos estudantes e ninguém ria ou fazia «chacota» do mesmo.Os acidentes eram muito inferiores...
R. Martins
1- Precisamos de melhores máquinas, relativo á frota automóvel europeia. Melhores cilindradas, automóveis maiores e mais robustos. Com o nível de vida dos portugueses e o custo dos automóveis, quase impossível não termos de ser um Povo de improvisados.
2- Com as sucessivas campanhas de «educação» dos condutores e peões portugueses, custo do bolso do contribuinte, ficamos com a ideia que os políticos são possuidores destas empresas que ganham milhões com as campanhas de segurança e as pessoas morrem cada vez mais.
Não seria melhor investir em radares e fazer pagar multas aos menos disciplinados?
3- As estradas nacionais diga-se a verdade, são de terceiro mundo. A visibilidade, tirar as curvas, custa dinheiro, tapar buracos, sinalizar com devida visibilidade, não somos dos melhores.
Não seria melhor sinalizar como se faz na Europa, com intensidade e bem visível, em vez do «não sei se é aqui ou mais á frente»?
4- Na Alemanha a velocidade é livre, (sempre que não sinalizado em contrario) e os acidentes são muito inferiores do que em Portugal com os 120 Km.s hora. Se eu puder andar a uma velocidade superior (em segurança) num trajecto de 50 Km, por dizer levo muito menos tempo, reduzindo o tempo da viagem reduzo por isso a possibilidade de ter menos acidentes, ou seja, menos um na estrada mais espaço para os restantes.
5 - Estou quase integralmente de acordo com o Marco António, acrescentando ainda que a facturação do estado pelo factor velocidade não deve ser esquecido, como diziam o Cochim, que se escondem na caça á multa em vez de prevenir e educar, na estrada, os faltosos.
Na Suíça existia uma plataforma em cima de um camião, que consistia num instrumento com um «boneco» para ver o efeito de um choque sem cinto. A caça á multa era no entanto mais rigorosa que em Portugal, os radares exetiam até nos sinais luminosos. A carta «fora» era uma rotina sem apelos. Nas escolas primárias existiam cursos de aprendizagem de como se comportar nas estradas , a Policia davam instruções aos estudantes e ninguém ria ou fazia «chacota» do mesmo.Os acidentes eram muito inferiores...
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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- Registado: 5/11/2002 9:23
Este comentário simultaneamente é e não é paralelo ao tópico.
Até num pequeno pormenor com este se nota a falta de cultura matemática, neste caso, de quem publicou esses gráficos.
Quem olhar para as barras e não olhar para os números fica precisamente com a <b>impressão inversa</b> de quem olhar para os números e não olhar para as barras, sendo que o que é realmente importante, são os números. E o que esses números dizem é que as auto-estradas representam menos de 10% do problema que estamos a discutir (o que eu já sabia, aliás).
Até num pequeno pormenor com este se nota a falta de cultura matemática, neste caso, de quem publicou esses gráficos.
Quem olhar para as barras e não olhar para os números fica precisamente com a <b>impressão inversa</b> de quem olhar para os números e não olhar para as barras, sendo que o que é realmente importante, são os números. E o que esses números dizem é que as auto-estradas representam menos de 10% do problema que estamos a discutir (o que eu já sabia, aliás).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Isto não era para ficar como citação - sorry...
Penso que isto que foi dito pelo Camisa Rouxa é muito importante.
Na minha empresa somos frequentemente visitados por Nórdicos que ficam realmente boquiabertos com o nosso "estilo agressivo" de condução. No entanto, o que verifico é um fenómeno interessante: passado algum tempo de circularem pelas estradas portuguesas eles próprios estão a guiar cada vez mais "como nós" pois paira no ar uma total sensação de impunidade perante tudo.
O que eu acho verdadeiramente incrível é que somos um dos paises com mais policias por habitante na Europa e no entanto a uma escala europeia - "somos os paises menos multados por excesso de velocidade" - SIC
Os acidentes de viação somando todos os tipos de encargos custam ao país em cada ano 5% do PIB, ou seja cerca de 550 milhões de contos.
Acrescento ainda, e como já disse que não sendo o excesso de velocidade nas autoestradas o busilis da questão, um estudo australiano indica que o risco de acidente duplica por cada 5 Km hora de excesso de velocidade.
William
Na minha empresa somos frequentemente visitados por Nórdicos que ficam realmente boquiabertos com o nosso "estilo agressivo" de condução. No entanto, o que verifico é um fenómeno interessante: passado algum tempo de circularem pelas estradas portuguesas eles próprios estão a guiar cada vez mais "como nós" pois paira no ar uma total sensação de impunidade perante tudo.
O que eu acho verdadeiramente incrível é que somos um dos paises com mais policias por habitante na Europa e no entanto a uma escala europeia - "somos os paises menos multados por excesso de velocidade" - SIC
Os acidentes de viação somando todos os tipos de encargos custam ao país em cada ano 5% do PIB, ou seja cerca de 550 milhões de contos.
Acrescento ainda, e como já disse que não sendo o excesso de velocidade nas autoestradas o busilis da questão, um estudo australiano indica que o risco de acidente duplica por cada 5 Km hora de excesso de velocidade.
William
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Concordo inteiramente com o Marco António qd diz que circular a 120 ou a 140 numa autoestrada não é o busilis da questão.
O problema principal de facto está longe de ser esse como se pode confirmar pelos gráficos anexos:
O problema principal de facto está longe de ser esse como se pode confirmar pelos gráficos anexos:
Já trabalhei com pessoas estrangeiras que ficam completamente pasmadas com a nossa condução: velocidades furiosas, zig zags nas AE, etc. Referem também que nos seus países isto não acontece porque têm a clara percepção que se agirem desse modo serão punidos (muita fiscalização) o que não acontece cá pois a impunidade reina e há apenas umas caçazitas à multa esporadicamente sem qualquer conteúdo...
Penso que isto que foi dito pelo Camisa Rouxa é muito importante.
Na minha empresa somos frequentemente visitados por Nórdicos que ficam realmente boquiabertos com o nosso "estilo agressivo" de condução. No entanto, o que verifico é um fenómeno interessante: passado algum tempo de circularem pelas estradas portuguesas eles próprios estão a guiar cada vez mais "como nós" pois paira no ar uma total sensação de impunidade perante tudo.
O que eu acho verdadeiramente incrível é que somos um dos paises com mais policias por habitante na Europa e no entanto a uma escala europeia - "somos os paises menos multados por excesso de velocidade" - SIC
Os acidentes de viação somando todos os tipos de encargos custam ao país em cada ano 5% do PIB, ou seja cerca de 550 milhões de contos.
Acrescento ainda, e como já disse que não sendo o excesso de velocidade nas autoestradas o busilis da questão, um estudo australiano indica que o risco de acidente duplica por cada 5 Km hora de excesso de velocidade.
William
- Anexos
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- SINISTRALIDADE NAS AUTOESTRADAS
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o Oeiras tocou num ponto importante:
as luzes, porque não há-de ser obrigatório que os veículos circulem sempre de médios acesos como em boa parte da Europa? por cá muita gente nem os liga nos túneis.
e porque não multar os peões que atravessam em qualquer lugar?
a semana passada morreram 2 peões em Lisboa, e no local onde foi nem era preciso o carro circular a alta velocidade para os matar.
há uma questão de educação que tem m uita influência nos números de catrástrofe que existem por cá.
um exemplo: na zonas urbamas é muito frequente ver ma~es e avós andarem na rua com cranças pela mão, o mais frequente é a criança andar pelo lado do trânsito, de modo que se houver acidente é ela a 1ª a ser apanhada.
reparem...
as luzes, porque não há-de ser obrigatório que os veículos circulem sempre de médios acesos como em boa parte da Europa? por cá muita gente nem os liga nos túneis.
e porque não multar os peões que atravessam em qualquer lugar?
a semana passada morreram 2 peões em Lisboa, e no local onde foi nem era preciso o carro circular a alta velocidade para os matar.
há uma questão de educação que tem m uita influência nos números de catrástrofe que existem por cá.
um exemplo: na zonas urbamas é muito frequente ver ma~es e avós andarem na rua com cranças pela mão, o mais frequente é a criança andar pelo lado do trânsito, de modo que se houver acidente é ela a 1ª a ser apanhada.
reparem...
Alguns aspectos a acrescentar:
-Uma das causas de acidentes tem a ver com a má identificação de veículos, eu sou motard, mas não é só por isso, ando sempre com os médios acessos apesar de circular em 90% dos casos em auto-estradas, mas quando vou para as secundárias, em situações de ultrapassagem, penso que se circulasse com os médios acessos muitas das vezes permitia ao condutor visualizar melhor os veiculos, eu sei que é uma aspecto actualmente secundário no nosso país, mas a segurança tem de ser repartida pelo que ultrapassa e eplo que vem descansadinho na sua via, bem e já não falo daqueles que entendem que luzes acessa é só para verem as faixas de rodagem.
-Qaunto às velocidaes, acho um tremendo disparate ainda não terem sido actualizadas, os veiculos actuais, tem muito mais segurança do que à 25 anos, no entanto os limites são os mesmos, e mais, acidentes por excesso de velocidade, e excesso não são na maior parte das vezes 150 km/h nas auto-estradas, ocorrem com peões dentro das localidades.
-Uma das causas de acidentes tem a ver com a má identificação de veículos, eu sou motard, mas não é só por isso, ando sempre com os médios acessos apesar de circular em 90% dos casos em auto-estradas, mas quando vou para as secundárias, em situações de ultrapassagem, penso que se circulasse com os médios acessos muitas das vezes permitia ao condutor visualizar melhor os veiculos, eu sei que é uma aspecto actualmente secundário no nosso país, mas a segurança tem de ser repartida pelo que ultrapassa e eplo que vem descansadinho na sua via, bem e já não falo daqueles que entendem que luzes acessa é só para verem as faixas de rodagem.
-Qaunto às velocidaes, acho um tremendo disparate ainda não terem sido actualizadas, os veiculos actuais, tem muito mais segurança do que à 25 anos, no entanto os limites são os mesmos, e mais, acidentes por excesso de velocidade, e excesso não são na maior parte das vezes 150 km/h nas auto-estradas, ocorrem com peões dentro das localidades.
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- Registado: 4/11/2002 22:29
o limite de 120 nas AE só se mantèm porque não é Politicamente Correcto alterar essa lei.
a própria GNR há muito tempo que só multa nas AE por velocidades acima de 150 Km.
Por cá tembém se pensou sériamente nisso, e foram incompetentes como o Trigoso que acabaram por impedir que isso fosse em frente. o Trigoso é esse Sr. que ontem mentiu na Tv sobre o aumento da velocidade em certos estados Americanos e as consequências que isso teve nos acidentes. Tamves por saber que estava a mentir, estava cheio de tiques nervosos.
a fiabilidade dos automóveis de hoje não tem qualquer comparação com as do carros de há 30 anos, quando essa lei foi imposta por limites com o abastecimento de petrólio e o Marcelo entendeu fazer o que se fazia pela Europa - sinal de modernidade, eheheh.
PS: se a grande preocupação com os acidentes resulta dos excessos de velocidade, os membros do Governo deviam dar o exemplo, e não dão, bastando para isso andar em Lisboa e ver a que velocidades de deslocam as comitivas ministeriais.
a própria GNR há muito tempo que só multa nas AE por velocidades acima de 150 Km.
Por cá tembém se pensou sériamente nisso, e foram incompetentes como o Trigoso que acabaram por impedir que isso fosse em frente. o Trigoso é esse Sr. que ontem mentiu na Tv sobre o aumento da velocidade em certos estados Americanos e as consequências que isso teve nos acidentes. Tamves por saber que estava a mentir, estava cheio de tiques nervosos.
a fiabilidade dos automóveis de hoje não tem qualquer comparação com as do carros de há 30 anos, quando essa lei foi imposta por limites com o abastecimento de petrólio e o Marcelo entendeu fazer o que se fazia pela Europa - sinal de modernidade, eheheh.
PS: se a grande preocupação com os acidentes resulta dos excessos de velocidade, os membros do Governo deviam dar o exemplo, e não dão, bastando para isso andar em Lisboa e ver a que velocidades de deslocam as comitivas ministeriais.
Marco....
Mais um vez........100% de acordo com a tua opinião!!
Analisar e interpertar de forma objectiva e séria os problemas, nomeadamente em relação a este tema é da forma como fizeste, de outra forma é continuar-mos como até aos dias hoje......A viver de falsas realidades!!!
Abraço
P.S. - Respeito a opinião dos outros intrevenientes, mesmo aqueles que são de opinião contrária, temos aquilo que merecemos de acordo com a nossa natureza.
Analisar e interpertar de forma objectiva e séria os problemas, nomeadamente em relação a este tema é da forma como fizeste, de outra forma é continuar-mos como até aos dias hoje......A viver de falsas realidades!!!
Abraço
P.S. - Respeito a opinião dos outros intrevenientes, mesmo aqueles que são de opinião contrária, temos aquilo que merecemos de acordo com a nossa natureza.
Surfer
De facto
acho que não faz sentido o limite dos 120 nas auto-estradas! Já o era à 30 anos atrás e naturalmente é totalmente incorrecto comparar a fiabilidade e segurança dos automóveis de então com os de hoje! Fazia todo o sentido elevar os limites para os 140-160 (em termos relativos não deverá ser muito diferente dos 120 à 30 anos) e então sim penalizar fortemente os prevaricadores!
- Mensagens: 79
- Registado: 30/11/2002 16:42
Ulisses Pereira Escreveu:Há uma coisa que eu não entendo como o Marco e o Incognitus estão a argumentar: Pelo facto da velocidade não ser o único problema é por isso que a devemos esquecer?
Não, nem defendi isso em parte alguma. Mas passar 90% do tempo de um programa a falar da causa de 10% dos acidentes é demagogia e hipocrisia. Principalmente quando parte dessa pseudo-pedagogia vem de quem excede os 120KM/H com um sorriso nos lábios e com o conhecimento de toda a gente.
Eu não concordo que se circule a 200 ou mais KM/H nas auto-estradas. Mas acho absurdo manter-se os actuais 120KM/H que ninguém cumpre e focar a discussão em torno desse tema.
Em relação aos limites nas auto-estradas, um valor em torno dos 140KM/H parece-me aceitável (e é no que estão a ponderar diveros países a nível europeu).
A taxa de acidentes neste tipo de vias, no global da sinistralidade de um país, é pouco significativa, particularmente em Portugal.
Quantos acidentes se dão por as pessoas circularem a 140 e não a 120?
Sejamos honestos: <b>PRATICAMENTE NENHUM!</b>
As verdadeiras causas, todos, penso eu, sabemos quais são e nada tem a ver com o limite nas auto-estradas. Os actuais limites derivam da crise petrolífera da década de 70 (motivos políticos) e na Alemanha devem-se em muitos casos à fluídez do transito. Ninguém (nem os políticos) estão preocupados com o limite nas auto-estradas porque sabem que esse não é o problema.
Até, quem mais problemas tem levantado ao aumento desse limite, são os ecologistas, por razões que mais uma vez nada têm a ver com a sinistralidade mas com as emissões de gases poluentes que tende a aumentar significativamente com o aumento da velocidade.
Mas as verdadeiras causas são de difícil (e problemática) resolução e então os políticos entretêm-nos com o discurso fácil do «excesso de velocidade»...
Existe de facto excesso de velocidade (com consequências graves) mas não é esse... é o excesso para as condições meteorológicas, para as condições de tráfego, para as condições da estrada, dentro das localidades, etc... Todos os estudos que tenho visto citados focam este ponto.
E nunca vi referido a questão de se circular a 120 (que ninguém cumpre) ou a 140 (que quase todos praticam) nas auto-estradas como problemática em qq estudo credível.
Mas então, perguntamo-nos: mas faz algum mal os políticos focarem este ponto?
Como toda a demagofia, é claro que faz: faz todo o mal, porque enquanto focarem este ponto (de discurso fácil) não vão atacar os verdadeiros problemas e as mortes nas estradas continuam...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Está mais que provado que o excesso
de velocidade é a principal causa de sinistralidade em Portugal pois há acidentes que não existiriam se a velocidade fosse mais baixa (maior possibilidade de controlar o carro e mais tempo de reacção possivel)
Por outro lado, muitos dos mortos e feridos graves que se registam não o seriam caso se cumprisse os limitesde velocidade
Quanto às brutais diferenças de velocidade nas AE, só existem quando não se cumpre o limite dos 120km/h
Falta apenas civismo por parte dos condutores para cumprirem as leis e conduzirem respeitando o próximo e não conduzirem como macacos (tipo o pessoal que anda em carros pequenos no picanço, com manobras perigosíssimas devia ser logo preso)
Na Alemanha e outros países civilizados há possibilidade de não ter limite nas AE porque os carros não têm nada a ver com os nossos e porque as pessoas têm civismo e respeito pelo próximo a conduzir
Estive recentemente no México e admirei-me por constatar que conduzem melhor que nós. Facilitando SEMPRE ultrapassagens (encostavam-se logo à berma), evitando excessos de velocidade, ligando os faróis mal começava a anoitecer, etc.
Já trabalhei com pessoas estrangeiras que ficam completamente pasmadas com a nossa condução: velocidades furiosas, zig zags nas AE, etc. Referem também que nos seus países isto não acontece porque têm a clara percepção que se agirem desse modo serão punidos (muita fiscalização) o que não acontece cá pois a impunidade reina e há apenas umas caçazitas à multa esporadicamente sem qualquer conteúdo...
PS: faço cerca de 4.000 km por mês de carro e nas AE andam à média de 160 km/h mas não deixa de ser esta a minha opinião
Por outro lado, muitos dos mortos e feridos graves que se registam não o seriam caso se cumprisse os limitesde velocidade
Quanto às brutais diferenças de velocidade nas AE, só existem quando não se cumpre o limite dos 120km/h
Falta apenas civismo por parte dos condutores para cumprirem as leis e conduzirem respeitando o próximo e não conduzirem como macacos (tipo o pessoal que anda em carros pequenos no picanço, com manobras perigosíssimas devia ser logo preso)
Na Alemanha e outros países civilizados há possibilidade de não ter limite nas AE porque os carros não têm nada a ver com os nossos e porque as pessoas têm civismo e respeito pelo próximo a conduzir
Estive recentemente no México e admirei-me por constatar que conduzem melhor que nós. Facilitando SEMPRE ultrapassagens (encostavam-se logo à berma), evitando excessos de velocidade, ligando os faróis mal começava a anoitecer, etc.
Já trabalhei com pessoas estrangeiras que ficam completamente pasmadas com a nossa condução: velocidades furiosas, zig zags nas AE, etc. Referem também que nos seus países isto não acontece porque têm a clara percepção que se agirem desse modo serão punidos (muita fiscalização) o que não acontece cá pois a impunidade reina e há apenas umas caçazitas à multa esporadicamente sem qualquer conteúdo...
PS: faço cerca de 4.000 km por mês de carro e nas AE andam à média de 160 km/h mas não deixa de ser esta a minha opinião
Pata Hari, sei que são. Já agora, os limites lá não foram impostos pela segurança, e sim por uma crise petrolífera.
Seja como for, porque não adoptam um esquema de limitadores electrónicos e zonas rádio? Acabava-se com a discussão e talvez pudessem subir um pouco os limites que agora são muitas vezes ridículos para as condições.
Esse limitador, claro, seria de aplicar a toda a gente - políticos incluídos, pois não me lembro de ver uma única "caravana" a cumprir os limites legais.
Seja como for, porque não adoptam um esquema de limitadores electrónicos e zonas rádio? Acabava-se com a discussão e talvez pudessem subir um pouco os limites que agora são muitas vezes ridículos para as condições.
Esse limitador, claro, seria de aplicar a toda a gente - políticos incluídos, pois não me lembro de ver uma única "caravana" a cumprir os limites legais.
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- Registado: 6/11/2002 19:27
Eu não digo que não nos devemos preocupar com a velocidade. Digo é que os limites deveriam ser mais realistas, tipo 140-150 nas autoestradas, e pelo menos 80 em vias com 3 faixas e sentidos de trânsito isolados, dentro das cidades. Depois, podiam fazer cumprir tudo, por mim até podiam inserir um limitador em cada carro controlado por zonas rádio.
Se se quer combater o excesso de velocidade, porque não fazem isso? É relativamente barato ...
Já agora, porque é que um excesso de velocidade é mais penalizado pela lei que um acidente?
Se se quer combater o excesso de velocidade, porque não fazem isso? É relativamente barato ...
Já agora, porque é que um excesso de velocidade é mais penalizado pela lei que um acidente?
- Mensagens: 3255
- Registado: 6/11/2002 19:27
Há uma coisa que eu não entendo como o Marco e o Incognitus estão a argumentar: Pelo facto da velocidade não ser o único problema é por isso que a devemos esquecer?
Estou de acordo que há muitos outros problemas que têm muito mais influência no número de acidentes (desde a formação, à avaliação, à qualidade das estradas, etc...), mas isso é motivo para fecharmos os olhos a um dos factores?
Argumentem como quiserem, agora não digam que não vale a pena preocupar-nos com a velocidade porque há outros factores.
Um abraço,
Ulisses
Estou de acordo que há muitos outros problemas que têm muito mais influência no número de acidentes (desde a formação, à avaliação, à qualidade das estradas, etc...), mas isso é motivo para fecharmos os olhos a um dos factores?
Argumentem como quiserem, agora não digam que não vale a pena preocupar-nos com a velocidade porque há outros factores.
Um abraço,
Ulisses
William Wallace Escreveu:...
E depois não é só o cumprirem os 120 KM/H, aqueles individuos respeitam a distância ao veículo da frente, circulam com os faróis acesos mesmo de dia, só ultrapassam em situações excepcionais, conduzem com mais civismo de um modo geral, etc.
...
Sugiro que circule pelos paises nórdicos por uma semana, para reflectir sobre métodos de condução.
Portanto, admites que as razões para a baixa sinistralidade não se cingem à velocidade...
E suponho (e por isso acrescento) que não só os condutores são diferentes, como são diferentes os veículos e as estradas.
Falar dos 120KM/H nas auto-estradas é falar de menos de 10% da sinistralidade em Portugal. Mesmo que eliminassemos esse problema por completo, provavelmente continuaríamos a ser o país com a mais elevada sinistralidade na Europa. Os verdadeiros problemas estão nas IP's e em diversos pontos negros espalhados pelo mapa e já relativamente identificados (as chamadas, na maior parte dos casos, estradas da morte). Bem perto de onde vivi e cresci existe uma - a N222...
E nessas, os limites <b>já são actualmente</b> de 50KM/H... E não resolve nada!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Óscar, de nada serve tomar medidas drásticas se essas medidas drásticas não atacam as verdadeira causas...
Não basta «dizer de cor», como fizeram os «especialistas» ontem no Canal 1, que o excesso de velocidade é a primeira causa de acidentes e que o aumento de velocidade aumenta drasticamente a taxa de acidentes.
Estas afirmações são falsas, não correspondem à verdade e ontem, naquele programa, o que mais tivemos foi, infelizmente, desinformação. Os mesmos políticos que dizem (falando politicamente correcto como lhes convém) que é preciso respeitar os limites vingentes e é preciso ter mão pesada... são os mesmos que circulam airosamente nas nossas estradas a 200KM/H e até sorriem quando são provocados pelos jornalistas...
Este estado de coisas e esta hipocrisia desinformadora, choca-me, francamente.
Mais um dado interessante. Como foi referido, actualmente só cerca de 18% dos percursos em auto-estrada na Alemanha já vigoram sem limite de velocidade, os troços têm vindo a ser diminuidos. Mas a razão para essa diminuta percentagem não é a que foi dada a entender pelos «especialistas» (que se atreveram a dizer que a sinistralidade na Alemanha era quase igual à nossa... metade!)... os troços foram reduzidos porque necessidade de fluídez de transito (determinados troços em que se circulava a grande velocidade provocavam enormes engarrafamentos noutros pontos a jusante). Por outro lado, por via do próprio trafego já não é possível circular a grande velocidade em troços em que era possível no passado.
Outro dado: a Itália aumentou recentemente os limites de velocidade nas auto-estradas e outros países pensam vir a fazer o mesmo.
Voltando ainda à Alemanha, um dos «especialistas» comentou em tom irónico que não era a sinistralidade mais baixa da Europa... Pois não. Mas também não é a mais alta e é o país mais liberal no que diz respeito aos limites de velocidade, na Europa.
Num programa em que se passou 90% do tempo a falar do excesso de velocidade, interessaria concluir se de facto a velocidade é o problema a atacar. Ora, o que o caso da Alemanha demonstra (estando longe de apresentar a maior taxa de sinistralidade da Europa) é que a velocidade não é o problema primeiro a atacar.
As verdadeiras causas são para mim bem evidentes. Mas são causas muito complexas de resolver, para os políticos:
- Renovação do parque automóvel - implica redução do execrável IA que vigora no nosso país;
- Melhoria das estradas já existentes -dá sempre melhor resultado fazer uma nova num local de vasto eleitorado em vésperas de eleições;
- Formação dos condutores - então esta é que é complicada... a especialidade dos políticos é mentir aos condutores/eleitores... formação/educação não lhes está no sangue...
É claro que muitas vezes a velocidade está associada aos acidentes e funciona como uma agravante. Mas atacar a velocidade (que não é a causa primeira da maioria dos acidentes) é tapar o sol com a peneira...
Impor limites rígidos nas auto-estradas a 120KM/H tb não leva a lado nenhum, mesmo que fosse 100% eficiente reduzia a actual sinistralidade praí nuns 10%... pois os outros 90% dão-se fora das auto-estradas e pouco têm a ver com o limite daquelas.
Não basta «dizer de cor», como fizeram os «especialistas» ontem no Canal 1, que o excesso de velocidade é a primeira causa de acidentes e que o aumento de velocidade aumenta drasticamente a taxa de acidentes.
Estas afirmações são falsas, não correspondem à verdade e ontem, naquele programa, o que mais tivemos foi, infelizmente, desinformação. Os mesmos políticos que dizem (falando politicamente correcto como lhes convém) que é preciso respeitar os limites vingentes e é preciso ter mão pesada... são os mesmos que circulam airosamente nas nossas estradas a 200KM/H e até sorriem quando são provocados pelos jornalistas...
Este estado de coisas e esta hipocrisia desinformadora, choca-me, francamente.
Mais um dado interessante. Como foi referido, actualmente só cerca de 18% dos percursos em auto-estrada na Alemanha já vigoram sem limite de velocidade, os troços têm vindo a ser diminuidos. Mas a razão para essa diminuta percentagem não é a que foi dada a entender pelos «especialistas» (que se atreveram a dizer que a sinistralidade na Alemanha era quase igual à nossa... metade!)... os troços foram reduzidos porque necessidade de fluídez de transito (determinados troços em que se circulava a grande velocidade provocavam enormes engarrafamentos noutros pontos a jusante). Por outro lado, por via do próprio trafego já não é possível circular a grande velocidade em troços em que era possível no passado.
Outro dado: a Itália aumentou recentemente os limites de velocidade nas auto-estradas e outros países pensam vir a fazer o mesmo.
Voltando ainda à Alemanha, um dos «especialistas» comentou em tom irónico que não era a sinistralidade mais baixa da Europa... Pois não. Mas também não é a mais alta e é o país mais liberal no que diz respeito aos limites de velocidade, na Europa.
Num programa em que se passou 90% do tempo a falar do excesso de velocidade, interessaria concluir se de facto a velocidade é o problema a atacar. Ora, o que o caso da Alemanha demonstra (estando longe de apresentar a maior taxa de sinistralidade da Europa) é que a velocidade não é o problema primeiro a atacar.
As verdadeiras causas são para mim bem evidentes. Mas são causas muito complexas de resolver, para os políticos:
- Renovação do parque automóvel - implica redução do execrável IA que vigora no nosso país;
- Melhoria das estradas já existentes -dá sempre melhor resultado fazer uma nova num local de vasto eleitorado em vésperas de eleições;
- Formação dos condutores - então esta é que é complicada... a especialidade dos políticos é mentir aos condutores/eleitores... formação/educação não lhes está no sangue...

É claro que muitas vezes a velocidade está associada aos acidentes e funciona como uma agravante. Mas atacar a velocidade (que não é a causa primeira da maioria dos acidentes) é tapar o sol com a peneira...
Impor limites rígidos nas auto-estradas a 120KM/H tb não leva a lado nenhum, mesmo que fosse 100% eficiente reduzia a actual sinistralidade praí nuns 10%... pois os outros 90% dão-se fora das auto-estradas e pouco têm a ver com o limite daquelas.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.