Crise Grega
Re: Crise Grega
"Tsipras está preparado para "compromisso difícil" e afasta eleições ou referendos " - Para ele dificil deve ser ultrapassar 10 das 200 linhas vermelhas e dizer que vão tributar as grandes fortunas e as familias Champalimão e o Grande Capital e ai o dinheiro vai jorrar de todos os lados.
"Citado na mesma nota, Tsipras excluiu a opção de convocar eleições ou um referendo sobre as negociações com os credores e garantiu que qualquer decisão - "por mais difícil que seja" - será tomada pelo Governo."
Ainda agora chegaram ao poder e já estão agarrados, recusando-se a passar se necessario a bola ao povo para decidir se querem saltar fora do euro e dos carrinhos de luxo ( duvido que quisessem ).
O poder é pior que a droga, ficam logo agarrados
http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... endos.html

"Citado na mesma nota, Tsipras excluiu a opção de convocar eleições ou um referendo sobre as negociações com os credores e garantiu que qualquer decisão - "por mais difícil que seja" - será tomada pelo Governo."
Ainda agora chegaram ao poder e já estão agarrados, recusando-se a passar se necessario a bola ao povo para decidir se querem saltar fora do euro e dos carrinhos de luxo ( duvido que quisessem ).
O poder é pior que a droga, ficam logo agarrados

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... endos.html
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Re: Crise Grega
...
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Re: Crise Grega
TremalNaik Escreveu:(...) Não há dinheiro para dar aos gregos ou não há margem de manobra financeira para perdoar a dívida? Claro que há, até porque o contrário sai mais caro. A razão é outra. (...)



Dar dinheiro aos gregos?! Então, que se dê também aos portugueses, aos irlandeses, aos espanhóis, aos italianos, etc..
Emprestar, sim, obviamente com condições, dar, não!!!
Perdoar a dívida aos gregos? Penso que no futuro, terá, efetivamente, que se encarar o perdão de parte da dívida grega, mas isso só deverá ser feito na parte que se mostrar necessária, depois da Grécia efetuar as reformas necessárias para que a sua economia e finanças gregas se tornem sustentáveis. Caso contrário, além do problema não se resolver, seria um claro benefício do infrator.
Não se pode atirar dinheiro para um saco roto. Tem que se reparar o saco, isto é, a economia e as finanças gregas têm que se tornar sustentáveis (é disso que se trata) e isso consegue-se, não despejando dinheiro numa economia e finanças "rotas", mas fazendo reformas na Grécia.
Os portugueses são, como se sabe, pedintes, são devedores e não credores, e por isso muitos portugueses têm um certo discurso relativamente à Grécia.
Caso Portugal fosse credor e não devedor, certamente que esse discurso mudaria. É tão fácil, e fica tão bem, ser-se solidário com o dinheiro dos outros!!!

A Zona Euro não pode ficar refém da Grécia, nem de outro país.
A Zona Euro é um clube, que, como todos os clubes, têm as suas regras. Neste caso, as regras não podem admitir exceção, pois, se tal sucedesse, abrir-se-iam, então, sim, as portas para a dissolução da Zona Euro.
Já aqui escrevi: «o trunfo que a Grécia tem tido na mesa das negociações é a possibilidade da Grécia entrar, formalmente (e não, apenas, virtualmente, como já acontece), em "default".
A possibilidade de a Grécia sair da Zona Euro não é, neste momento, trunfo, porque uma larga maioria do povo grego continua a pretender que a Grécia se mantenha na Zona Euro.
Penso que é preciso destrunfar o governo grego para que um acordo, a sério, e não "de faz de conta", com a Grécia, se possa concretizar, ou seja, é necessário deixar que o "default", formalmente, aconteça.
Não seria o fim do mundo para a Zona Euro. Tratar-se-ia, apenas, de incumprimento por parte de um país e não mais do que isso.».
A Zona Euro, espaço económico, com a mesma unidade monetária, não é uma entidade imutável: já foi menor do que é, e, futuramente, pode vir a ser maior ou menor do que atualmente é. Acredito que, maior ou menor, poderá continuar a existir.
Re: Crise Grega
EuroSexy Escreveu:lfhm83 Escreveu:EuroSexy Escreveu:ifhm83,
Os EUA para se desendividarem precisam como todas as economias de uma moeda fraca que provoque mais inflação, não o contrário. Se o dolár estiver forte torna-se muito mais dificil os americanos saldarem dividas.
Eu estava a falar no sentido de contrair mais divida.
Acredito que neste momento é mais importante que saldar dívida.
Só uma nota, acho que a crise surgiu como uma consequência da divida e para se resolver esse problema economia 101 é reduzir os juros, mas isso só resolve no CP mais uma vez economia 101.
Não me venhas é dizer que os americanos para reduzirem a dívida precisam de o dólar forte.
Não precisam do dólar forte mas precisam de taxas de juro altas o que deve resultar num dólar forte.
Ninguém quer moedas fracas isso é um incentivo ao consumo para relançar a industria e criar emprego mas deve ser sempre uma medida temporária ou então cais num ciclo vicioso como foi o caso de PT e da Grécia.
Se tiver os juros de empréstimos altos achas que se vai contrair mais dívida ou menos?
Como referi a crise que se vive desde 2007 é uma crise de dívida.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Crise Grega
Mas há 2 premissas que não esqueço:
1) mesmo que a Grécia fique na UE com o euro, os problemas estruturais da Grécia não ficam resolvidos. Como tal, vão apenas adiar o inevitável, mesmo que se prolonguem ( e podem prolongar-se) os limites dos prazos para pagamento da divida grega.
2) basta a Yellen subir as taxas de juro e vão ver como o dólar sobe! Eu também comprava dólares e punha-os a prazo com taxas maiores e com a instabilidade das bolsas...
Vamos ver o que vai acontecer mas cheira-me a semana que vem agitada e volátil nas bolsas
Abraços
Clinico
PS - o artigo do Tremal é muito interessante e é jornalístico. Esteve em Delfos ou li mal? O Expresso ainda acrescenta que a saída da Grécia pode dar origem ao recrudescer de lutas entre radicais e a abertura da Grécia como testa de ferro para a Russia na Europa. Todos sofremos com a austeridade, eu, o meu trabalho e a minha futura reforma que o diga! Mas bem ou mal, o Passos e companhia não deixaram que caíssemos numa Grécia. E nós, como povo que se safa sempre e improvisa, lá vamos andando...
1) mesmo que a Grécia fique na UE com o euro, os problemas estruturais da Grécia não ficam resolvidos. Como tal, vão apenas adiar o inevitável, mesmo que se prolonguem ( e podem prolongar-se) os limites dos prazos para pagamento da divida grega.
2) basta a Yellen subir as taxas de juro e vão ver como o dólar sobe! Eu também comprava dólares e punha-os a prazo com taxas maiores e com a instabilidade das bolsas...
Vamos ver o que vai acontecer mas cheira-me a semana que vem agitada e volátil nas bolsas
Abraços
Clinico
PS - o artigo do Tremal é muito interessante e é jornalístico. Esteve em Delfos ou li mal? O Expresso ainda acrescenta que a saída da Grécia pode dar origem ao recrudescer de lutas entre radicais e a abertura da Grécia como testa de ferro para a Russia na Europa. Todos sofremos com a austeridade, eu, o meu trabalho e a minha futura reforma que o diga! Mas bem ou mal, o Passos e companhia não deixaram que caíssemos numa Grécia. E nós, como povo que se safa sempre e improvisa, lá vamos andando...
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Re: Crise Grega
TremalNaik Escreveu:Deixo o meu vaticínio sobre o desenlace da questão grega:
A crise grega tem uma dimensão política que não pode ser desmerecida, e que se resume numa tensão brutal entre duas polarizações opostas.
Sem acordo, e com a bancarrota, e logo a seguir sem o euro, a Grécia, isto é, a actual geração de gregos voltará as costas à Europa por duas décadas, pelo menos. Emergirão todos os ressentimentos acumulados, sobretudo contra os alemães, e que se encontram em qualquer compêndio de História. Os gregos voltar-se-ão para Oriente, talvez para a Rússia. De qualquer modo, o tampão grego - veja-se um qualquer mapa do mundo - deixa de funcionar. E é uma parte da Europa que se desmorona, criando a dúvida nos outros povos e espalhando o receio do contágio. Ao nível económico, já o velho Cavaco e Silva falava da importância da confiança, os efeitos seriam catastróficos. A Europa, acabada de se erguer da crise de 2008, cairia mais fundo do que caiu depois desse ano. Os mercados reflectiriam essa crise brutal, sobretudo os periféricos. Na melhor das hipóteses, o PSI 20 congelaria em decrescimento monótono e sem volume durante um lustro.
Por que motivo, então, o Ocidente rico europeu pondera este irracional bota-fora? Quer dar uma lição à Grécia? Não. A geopolítica é alheia a qualquer ordem da moral. Não há dinheiro para dar aos gregos ou não há margem de manobra financeira para perdoar a dívida? Claro que há, até porque o contrário sai mais caro. A razão é outra.
....
Brilhante artigo





Re: Crise Grega
lfhm83 Escreveu:EuroSexy Escreveu:ifhm83,
Os EUA para se desendividarem precisam como todas as economias de uma moeda fraca que provoque mais inflação, não o contrário. Se o dolár estiver forte torna-se muito mais dificil os americanos saldarem dividas.
Eu estava a falar no sentido de contrair mais divida.
Acredito que neste momento é mais importante que saldar dívida.
Só uma nota, acho que a crise surgiu como uma consequência da divida e para se resolver esse problema economia 101 é reduzir os juros, mas isso só resolve no CP mais uma vez economia 101.
Não me venhas é dizer que os americanos para reduzirem a dívida precisam de o dólar forte.
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Re: Crise Grega
Deixo o meu vaticínio sobre o desenlace da questão grega:
A crise grega tem uma dimensão política que não pode ser desmerecida, e que se resume numa tensão brutal entre duas polarizações opostas.
Sem acordo, e com a bancarrota, e logo a seguir sem o euro, a Grécia, isto é, a actual geração de gregos voltará as costas à Europa por duas décadas, pelo menos. Emergirão todos os ressentimentos acumulados, sobretudo contra os alemães, e que se encontram em qualquer compêndio de História. Os gregos voltar-se-ão para Oriente, talvez para a Rússia. De qualquer modo, o tampão grego - veja-se um qualquer mapa do mundo - deixa de funcionar. E é uma parte da Europa que se desmorona, criando a dúvida nos outros povos e espalhando o receio do contágio. Ao nível económico, já o velho Cavaco e Silva falava da importância da confiança, os efeitos seriam catastróficos. A Europa, acabada de se erguer da crise de 2008, cairia mais fundo do que caiu depois desse ano. Os mercados reflectiriam essa crise brutal, sobretudo os periféricos. Na melhor das hipóteses, o PSI 20 congelaria em decrescimento monótono e sem volume durante um lustro.
Por que motivo, então, o Ocidente rico europeu pondera este irracional bota-fora? Quer dar uma lição à Grécia? Não. A geopolítica é alheia a qualquer ordem da moral. Não há dinheiro para dar aos gregos ou não há margem de manobra financeira para perdoar a dívida? Claro que há, até porque o contrário sai mais caro. A razão é outra.
Os senhores da Europa, ou seja, os governos e os partidos que os sustentam, defenderam a via única da austeridade como meio de fuga da crise de 2008. E disseram, e repisaram o que disseram, aos povos que apenas a austeridade garantia a saída da crise. E a austeridade não é um chavão vazio. Em Portugal, foi o aumento brutal dos impostos, o corte brutal dos salários da FP, o desemprego, a redução da pensões nos velhos, e foram todas as tensões sociais consequentes. As mais graves: velhos contra novos e trabalhadores públicos contra trabalhadores privados. Um pouco por toda a Europa, com cores mais leves, certamente, o quadro foi pintado por pintores desta escola. Dar a mão à Grécia, agora, dar a mão a Tsipras, o rosto da negação da austeridade, antonomásia de todos os cépticos destas políticas, significaria dar a mão à palmatória e reconhecer os erros da estratégia comum. Que diriam os portugueses se a dívida grega fosse perdoada? Não sei os efeitos sociais, mas garanto que Passos Coelho perderia sem apelo nem agravo as eleições legislativas. Daqui até Outubro seria cozido em lume brando nas suas próprias convicções. E onde escrevo Passos, podia escrever os nomes de quase todos os governantes da Europa. Estarão todos dispostos ao hara-kiri colectivo para salvar a Europa da União e, em última instância, arrisco escrever, a garantir a paz na Europa?
Lamentavelmente, não é provável. Acredito que nos bastidores seja está a discussão principal. Há actores principais encostados há muito tempo ao seu reduto: Schauble, no campo da austeridade, e Juncker, mais próximo de uma solução favorável à Grécia. Por cá, o mesmo campo de visâo provinciano que herdámos do século XIX, com horizontes limitados, leva a que Maria Luís pense no imediato, isto é, em Outubro, nas eleições. E por isso é tão encarniçadamente anti-grega.
Neste fórum, o fórum de todas as análises provisionais ou acompanhamento de tendências - um dia voltarei a esta polémica aparentemente semântica - ficava mal se não tivesse ido a Delfos. Aqui vai, portanto, o oráculo: a UE vai continuar o squeeze, no sentido que o termo tem no bride, ao governo grego. Quer dizer: vai alimentá-lo com o suficiente para não o matar, mas não passará da ração mínima. E isto durará 6 meses. Serão pequenos acordos circunstanciais de pagamento de dívidas mais imediatas. Entretanto vão decorrendo eleições sob o paradigma vigente. O da austeridade e do controlo do défice, claro. Se tudo correr bem, o Syrisa, no fim do ano, está desgastado e vai a eleições. E o golpe de misericórdia será dado nessa altura. A Alemanha, com o apoio generalizado da UE, abençoará os velhos partidos, PASOK e outros, garantindo maturidades de pagamento da dívida de tal forma projectadas no futuro que deixarão de ter impacto nas contas correntes. Alegarão, para suportar essa alteração de rumo, a confiança nos partidos clássicos contra o aventureirismo de Tsipras. E assim, no prazo de um ano, voltará o velho equilíbrio.
Dir-me-ão, os que tiveram a paciência de me ler: então a Europa é uma oligarquia? Ah!, reponderei, respirando fundo: ainda não sabiam...
Cumprimentos
Tremal Naik
A crise grega tem uma dimensão política que não pode ser desmerecida, e que se resume numa tensão brutal entre duas polarizações opostas.
Sem acordo, e com a bancarrota, e logo a seguir sem o euro, a Grécia, isto é, a actual geração de gregos voltará as costas à Europa por duas décadas, pelo menos. Emergirão todos os ressentimentos acumulados, sobretudo contra os alemães, e que se encontram em qualquer compêndio de História. Os gregos voltar-se-ão para Oriente, talvez para a Rússia. De qualquer modo, o tampão grego - veja-se um qualquer mapa do mundo - deixa de funcionar. E é uma parte da Europa que se desmorona, criando a dúvida nos outros povos e espalhando o receio do contágio. Ao nível económico, já o velho Cavaco e Silva falava da importância da confiança, os efeitos seriam catastróficos. A Europa, acabada de se erguer da crise de 2008, cairia mais fundo do que caiu depois desse ano. Os mercados reflectiriam essa crise brutal, sobretudo os periféricos. Na melhor das hipóteses, o PSI 20 congelaria em decrescimento monótono e sem volume durante um lustro.
Por que motivo, então, o Ocidente rico europeu pondera este irracional bota-fora? Quer dar uma lição à Grécia? Não. A geopolítica é alheia a qualquer ordem da moral. Não há dinheiro para dar aos gregos ou não há margem de manobra financeira para perdoar a dívida? Claro que há, até porque o contrário sai mais caro. A razão é outra.
Os senhores da Europa, ou seja, os governos e os partidos que os sustentam, defenderam a via única da austeridade como meio de fuga da crise de 2008. E disseram, e repisaram o que disseram, aos povos que apenas a austeridade garantia a saída da crise. E a austeridade não é um chavão vazio. Em Portugal, foi o aumento brutal dos impostos, o corte brutal dos salários da FP, o desemprego, a redução da pensões nos velhos, e foram todas as tensões sociais consequentes. As mais graves: velhos contra novos e trabalhadores públicos contra trabalhadores privados. Um pouco por toda a Europa, com cores mais leves, certamente, o quadro foi pintado por pintores desta escola. Dar a mão à Grécia, agora, dar a mão a Tsipras, o rosto da negação da austeridade, antonomásia de todos os cépticos destas políticas, significaria dar a mão à palmatória e reconhecer os erros da estratégia comum. Que diriam os portugueses se a dívida grega fosse perdoada? Não sei os efeitos sociais, mas garanto que Passos Coelho perderia sem apelo nem agravo as eleições legislativas. Daqui até Outubro seria cozido em lume brando nas suas próprias convicções. E onde escrevo Passos, podia escrever os nomes de quase todos os governantes da Europa. Estarão todos dispostos ao hara-kiri colectivo para salvar a Europa da União e, em última instância, arrisco escrever, a garantir a paz na Europa?
Lamentavelmente, não é provável. Acredito que nos bastidores seja está a discussão principal. Há actores principais encostados há muito tempo ao seu reduto: Schauble, no campo da austeridade, e Juncker, mais próximo de uma solução favorável à Grécia. Por cá, o mesmo campo de visâo provinciano que herdámos do século XIX, com horizontes limitados, leva a que Maria Luís pense no imediato, isto é, em Outubro, nas eleições. E por isso é tão encarniçadamente anti-grega.
Neste fórum, o fórum de todas as análises provisionais ou acompanhamento de tendências - um dia voltarei a esta polémica aparentemente semântica - ficava mal se não tivesse ido a Delfos. Aqui vai, portanto, o oráculo: a UE vai continuar o squeeze, no sentido que o termo tem no bride, ao governo grego. Quer dizer: vai alimentá-lo com o suficiente para não o matar, mas não passará da ração mínima. E isto durará 6 meses. Serão pequenos acordos circunstanciais de pagamento de dívidas mais imediatas. Entretanto vão decorrendo eleições sob o paradigma vigente. O da austeridade e do controlo do défice, claro. Se tudo correr bem, o Syrisa, no fim do ano, está desgastado e vai a eleições. E o golpe de misericórdia será dado nessa altura. A Alemanha, com o apoio generalizado da UE, abençoará os velhos partidos, PASOK e outros, garantindo maturidades de pagamento da dívida de tal forma projectadas no futuro que deixarão de ter impacto nas contas correntes. Alegarão, para suportar essa alteração de rumo, a confiança nos partidos clássicos contra o aventureirismo de Tsipras. E assim, no prazo de um ano, voltará o velho equilíbrio.
Dir-me-ão, os que tiveram a paciência de me ler: então a Europa é uma oligarquia? Ah!, reponderei, respirando fundo: ainda não sabiam...
Cumprimentos
Tremal Naik
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Re: Crise Grega
A Grécia é um lasto na zona euro, por isso se saísse desordenadamente acredito também que o euro subiria, ao contrário do que muitos pensam. É por isso que a Alemanha quer manter a Grécia, de preferência com instabilidade permanente, para evitar a apreciação do euro, que seria o mais natural dado o excedente comercial da zona euro. Para Portugal também é bom, bem como para todas as outras economias exportadoras para fora da zona euro. É por isso que acho perfeitamente natural um alinhamento entre a posição de Portugal e da Alemanha. Pressão e negociações eternas com a Grécia, sem nunca se chegar a uma solução definitiva, acho que é mesmo o plano.
Alguém perguntou o que acontecia com 1€=0,7USD à economia dos EUA. É fácil, o que resta da "economia real" dos EUA seria devastado, mas como a economia é diversificada isso resultaria "apenas" numa recessão. Já a China, cuja moeda está mais ou menos indexada ao dólar, seria basicamente aniquilada.
Alguém perguntou o que acontecia com 1€=0,7USD à economia dos EUA. É fácil, o que resta da "economia real" dos EUA seria devastado, mas como a economia é diversificada isso resultaria "apenas" numa recessão. Já a China, cuja moeda está mais ou menos indexada ao dólar, seria basicamente aniquilada.
Re: Crise Grega
híbrido Escreveu:se a Grécia não pagar as suas dívidas, o que nos acontece a nós, que estamos bem expostos a ela? Que acontece ao €? Se a Grécia sair
Se a Grécia não pagar num é nada de anormal ou acreditas que vai pagar?
Se eu tivesse investido dinheiro em dívida Grega já o dava como perdido.
Neste momento Portugal pouco ou nada está exposto á dívida Grega isso é coisa do ECB, como PT estava sobre resgate não contribuiu com nada.
Para mim, tal como deve ser para o resto de todos os Europeus, o problema não é a Grécia paga dívida é mais se é um país que mesmo sem dívida é auto-sustentável.
Portugal já deu essa ideia por isso que tivemos dívida negativa em alguns horizontes temporais.
Mas estamos a chegar a eleições com bestas capazes de cancelar privatizações e de voltar a engordar o estado, com milhares de contrações, nós somos a básicamente quem decide o rumo da Europa com a nossa insignificancia temos relevância ao nível dos descubrimentos.

“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Crise Grega
EuroSexy Escreveu:ifhm83,
Os EUA para se desendividarem precisam como todas as economias de uma moeda fraca que provoque mais inflação, não o contrário. Se o dolár estiver forte torna-se muito mais dificil os americanos saldarem dividas.
Eu estava a falar no sentido de contrair mais divida.
Acredito que neste momento é mais importante que saldar dívida.
Só uma nota, acho que a crise surgiu como uma consequência da divida e para se resolver esse problema economia 101 é reduzir os juros, mas isso só resolve no CP mais uma vez economia 101.
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Re: Crise Grega
Estou a ficar com a sensação que isto na proxima quinta feira dia 18, as coisas são mesmo capazes de aquecer e começar algo a ser cozinhado, mas o assado pode começar a queimar.
Eu não acredito em coincidencia de datas .
"Angela Merkel convocou o parlamento alemão para o mesmo dia em que, no Luxemburgo, o Eurogrupo tem agendada uma reunião . ( Muita coincidencia de datas, parece-me estrategico )"
"Dia 18 é (ou deve ser) o dia D para a Grécia. Agora foi Angela Merkel a convocar o parlamento alemão para discutir a situação do país. Coincidência, ou não, no mesmo dia o Eurogrupo tem encontro marcado no Luxemburgo, e também com o tema 'Grécia' em cima da mesa."
http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... uro-grego-
Eu não acredito em coincidencia de datas .

"Angela Merkel convocou o parlamento alemão para o mesmo dia em que, no Luxemburgo, o Eurogrupo tem agendada uma reunião . ( Muita coincidencia de datas, parece-me estrategico )"
"Dia 18 é (ou deve ser) o dia D para a Grécia. Agora foi Angela Merkel a convocar o parlamento alemão para discutir a situação do país. Coincidência, ou não, no mesmo dia o Eurogrupo tem encontro marcado no Luxemburgo, e também com o tema 'Grécia' em cima da mesa."
http://expresso.sapo.pt/internacional/2 ... uro-grego-
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Re: Crise Grega
ifhm83,
Os EUA para se desendividarem precisam como todas as economias de uma moeda fraca que provoque mais inflação, não o contrário. Se o dolár estiver forte torna-se muito mais dificil os americanos saldarem dividas.
Os EUA para se desendividarem precisam como todas as economias de uma moeda fraca que provoque mais inflação, não o contrário. Se o dolár estiver forte torna-se muito mais dificil os americanos saldarem dividas.
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Re: Crise Grega
híbrido Escreveu:São os alemães, que querem um euro forte e querem também a saída da Grécia.
Mas neste momento isso é uma contradição se a Grécia se resolve os juros descem o euro deprecia.
Toda a gente quer uma moeda forte desde que tenha economia para isso!
Já discuti isso noutro tópico mas uma moeda forte tem duas vantagens essenciais:
- Atrai mão-de-obra altamente qualificada, dado que os salários são melhores á proporção
- As importações são mais baratas
Ora neste momento penso que o senhor Obama estivesse a fazer bluf e os USA querem mesmo um $ forte.
Tendo em conta que os USA têm umas exportações gigantescas em produtos high tech ou de alto valor acrescentado não me parece que se parece que o pessoal deixe de comprar iPhones por que custam mais 100 euros ou não...
Além disso os USA necessitam de diminuir o nível de dívida e isso só se consegue com um USD forte.
EUR/USD abaixo da paridade é que não interessa a ninguém. A paridade penso que é o ideal para a economia fluir.
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― Leon C. Megginson
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Re: Crise Grega
O Euro veio para destruir a Europa.
Se a Grécia sair deverá ficar esquecida, mesmo dentro da UE. O euro apreciar-se-à por volta dos 1,24-1,26 e os chineses têm oportunidade para se ver livre dos investimentos que fizeram na Europa em Euros dos ultimos anos.
Se a Grécia não sair, deverá continuar a provocar depreciação na moeda e a dinamizar as exportações da zona euro. (bom para os PIGS)
Se a Grécia sair, o euro vai atingir um patamar que vai de novo testar a zona euro como um todo e Portugal pode ressentir-se e ser a próxima vítima.
Preocupa-me se Portugal não conseguir ficar, pois se não conseguir ficar daqui a 3 ou 4 anos o euro deverá apreciar-se ainda mais do que quando se apreciará na saída da grécia acima de 1,24-1,26. Se Portugal aguentar-se, mais tarde o euro deverá acabar por vir abaixo da paridade com o dolar.
Todos os Estados-Membro do euro estão momentaneamente a ser testados, excepto a Alemanha.
A Grécia como é o membro mais fraco e mais debilitado pode abrir a porta ao desmoronamento do próprio Euro.
Quer na saúde ou no funcionamento da economia e em muitas outras coisas eu sou adepto de que: é muito mais fácil e melhor a prevenção da doença, do que o tratamento ou interrupção do cataclismo uma vez iniciado.
Pelos vistos os Homens não se entendem e a Grécia sai fora, assim diz a história.
Se a Grécia sair deverá ficar esquecida, mesmo dentro da UE. O euro apreciar-se-à por volta dos 1,24-1,26 e os chineses têm oportunidade para se ver livre dos investimentos que fizeram na Europa em Euros dos ultimos anos.
Se a Grécia não sair, deverá continuar a provocar depreciação na moeda e a dinamizar as exportações da zona euro. (bom para os PIGS)
Se a Grécia sair, o euro vai atingir um patamar que vai de novo testar a zona euro como um todo e Portugal pode ressentir-se e ser a próxima vítima.
Preocupa-me se Portugal não conseguir ficar, pois se não conseguir ficar daqui a 3 ou 4 anos o euro deverá apreciar-se ainda mais do que quando se apreciará na saída da grécia acima de 1,24-1,26. Se Portugal aguentar-se, mais tarde o euro deverá acabar por vir abaixo da paridade com o dolar.
Todos os Estados-Membro do euro estão momentaneamente a ser testados, excepto a Alemanha.
A Grécia como é o membro mais fraco e mais debilitado pode abrir a porta ao desmoronamento do próprio Euro.
Quer na saúde ou no funcionamento da economia e em muitas outras coisas eu sou adepto de que: é muito mais fácil e melhor a prevenção da doença, do que o tratamento ou interrupção do cataclismo uma vez iniciado.
Pelos vistos os Homens não se entendem e a Grécia sai fora, assim diz a história.

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Re: Crise Grega
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Re: Crise Grega
Hibrido se reparares a evolução do Euro está indexado ás yields quanto mais sobem mais o euro tem força quanto mais descem mais valor perde o Euro.
Ou seja resolver o problema da Grécia provavelmente só vai enfraquecer o Euro, pelo menos enquanto o QE continuar
E sair a Grécia pode ser o melhor que pode acontecer é mesmo o chega para lá ao anti-liberalismo, isso aqui na UE não é admitido.
O PSI claro que vai ao arrasto do resto da Europa mas as quedas são mais fortes, para mim é mesmo o sentimento da corja que aí vem para governar o país.
Ou seja resolver o problema da Grécia provavelmente só vai enfraquecer o Euro, pelo menos enquanto o QE continuar

E sair a Grécia pode ser o melhor que pode acontecer é mesmo o chega para lá ao anti-liberalismo, isso aqui na UE não é admitido.
O PSI claro que vai ao arrasto do resto da Europa mas as quedas são mais fortes, para mim é mesmo o sentimento da corja que aí vem para governar o país.
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Re: Crise Grega
A Grécia chegou a um ponto que esta entre a espada e a parede,durante estes anos de crise foi sendo cozinhada em lume brando,
podem ter muita culpa,serem trafulhas etc,mas a UE também o são, para umas coisas é palmadinha nas costas somos todos amigos e tal .... e logo a seguir espetam a faca nas costas uns dos outros,basta ver o trafulha do junker como fazia no Luxemburgo. Como eu sempre achei que a UE é uma manta de retalhos imposta por lideres partidários e interesses obscuros a revelia da vontade dos povos, vejo muitas vezes que o que penso é a realidade.
Vem dizer para fotografia coitadinhos dos Portugueses e do Espanhóis,fomos muitos duros, mas logo a seguir da-lhes com o pau.
E retomando o tema da Grécia chegará o dia que os Gregos fartos de tudo dizem abertamente "Queremos Sair"
Não me esqueço dos esquemas e manipulação feitos no tempo do trafulha Barroso, para levar a agua ao moinho de interesses para que a Irlanda disse-se sim aos (Acordos de Lisboa) .
podem ter muita culpa,serem trafulhas etc,mas a UE também o são, para umas coisas é palmadinha nas costas somos todos amigos e tal .... e logo a seguir espetam a faca nas costas uns dos outros,basta ver o trafulha do junker como fazia no Luxemburgo. Como eu sempre achei que a UE é uma manta de retalhos imposta por lideres partidários e interesses obscuros a revelia da vontade dos povos, vejo muitas vezes que o que penso é a realidade.
Vem dizer para fotografia coitadinhos dos Portugueses e do Espanhóis,fomos muitos duros, mas logo a seguir da-lhes com o pau.
E retomando o tema da Grécia chegará o dia que os Gregos fartos de tudo dizem abertamente "Queremos Sair"
Não me esqueço dos esquemas e manipulação feitos no tempo do trafulha Barroso, para levar a agua ao moinho de interesses para que a Irlanda disse-se sim aos (Acordos de Lisboa) .
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Re: Crise Grega

O Nikos, deixou-se fotografar na ida para a casa de banho. Ainda foi a tempo de dizer umas verdades a propósito dos credores (hipócritas, veniais... umas coisas assim...). O homem sabe criar bom ambiente.
O ouzo, às vezes cai mal. Mesmo que seja bom.
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
Re: Crise Grega
Já me chega.
A rapaziada do governo do Syriza, depois de almoço, reúne-se. O Ouzo devia ser dos bons. Umas larachas, umas apreciações às pernas de algumas deputadas, umas rizadas...
Às tantas decidem que devem decidir alguma coisa.
Decidem que um acordo está mais próximo do que nunca (o que, a haver algum acordo... será sempre filosoficamente verdadeiro).
Depois decidem que se encontram amanhã com os representantes dos ... hip ... credores. Vai daí, enquanto uns telefonam ao ... hip ... Jun... un ...hip... Junker; outros ... hip ... tros decidem que ... hip ... taltalvesh não ... hips... foshe má i ... hic... hips.... ligar a um dexes xor ... hips ... xornalishtassssh can ... hips ... que andam a xiran ... hic ... a xirandar pu aí ... hips ... hic... por aí.
E prontesh! hipsh... Xá eshtá.
Eu, vou daí, depuro a minha carteira de ações especulativas e reduzo nas outras.
E pronto! Já vou de férias mais descansado.
A rapaziada do governo do Syriza, depois de almoço, reúne-se. O Ouzo devia ser dos bons. Umas larachas, umas apreciações às pernas de algumas deputadas, umas rizadas...
Às tantas decidem que devem decidir alguma coisa.
Decidem que um acordo está mais próximo do que nunca (o que, a haver algum acordo... será sempre filosoficamente verdadeiro).
Depois decidem que se encontram amanhã com os representantes dos ... hip ... credores. Vai daí, enquanto uns telefonam ao ... hip ... Jun... un ...hip... Junker; outros ... hip ... tros decidem que ... hip ... taltalvesh não ... hips... foshe má i ... hic... hips.... ligar a um dexes xor ... hips ... xornalishtassssh can ... hips ... que andam a xiran ... hic ... a xirandar pu aí ... hips ... hic... por aí.
E prontesh! hipsh... Xá eshtá.
Eu, vou daí, depuro a minha carteira de ações especulativas e reduzo nas outras.
E pronto! Já vou de férias mais descansado.
"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche
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Re: Crise Grega
Stresszero Escreveu:O Tripas e o Virafacas estão a apostar tudo no fim do prazos que se aproximam como forma de pressão adicional neste jogo infantil.
Só não repararam que vão perder o jogo e vão entalar-se de vez.
A Grécia nem nos próximos 30 anos levanta cabeça. Enfim...
Bons negócios!
Concordo, Estes pensavam que o discurso, " somos radicais de esquerda e temos o mandato do povo e agora mandamos nos " ia colar.
Quem dita as condições é quem tem o dinheiro, quem precisa de viver fiado, tem de aceitar as regras ou arranjarem outra forma de não dependerem do fiado.
Querem viver a fiado, cumprem as imposições e acabam com os joguinhos.
Querem ser soberanos, saem do Euro e vivem muito mais pobres e menor poder de aquisição e deixam de comprar carros de luxo á fartazana e lá em casa mandam eles e ninguem impoe nada.
Não percebo tanto joguinhos para perceber coisas tão basicas.
Pessoalmente continuo a achar que vão manter as posições radicais e algures no futuro a probabilidade maior será sairem do euro ou passam para um referendo ao povo grego e ai quase que apostava que o povo se amedronta e aceita todas as imposições.
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Re: Crise Grega
O Tripas e o Virafacas estão a apostar tudo no fim do prazos que se aproximam como forma de pressão adicional neste jogo infantil.
Só não repararam que vão perder o jogo e vão entalar-se de vez.
A Grécia nem nos próximos 30 anos levanta cabeça. Enfim...
Bons negócios!
Só não repararam que vão perder o jogo e vão entalar-se de vez.
A Grécia nem nos próximos 30 anos levanta cabeça. Enfim...
Bons negócios!
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