Pedro Passos Coelho
Re: Passos Coelho - Perfil
Mcmad Escreveu:Deep Puple Escreveu:O Passos coelho ao anunciar todas estas reformas ultra liberais não está mais do que a ser coeerente com ele próprio.
Conheci o Passos Coelho na JSD na decada de 70 e 80.
Passos Coelho já naquela altura era um ultra liberal, um acérrimo defensor do capitalismo e contrário de tudo o que era função pública.
Caso o Passos Coelho ganhe as eleições podem crer que ele acaba com a maior parte da função pública.
Nunca simpatizei com o Passos Coelho naquelas décadas já que era um ditador.
Vejam a postura dele actualmente e notarão o seu carácter.
Sou Social democrata, mas esta ala ultra liberal nunca me agradou.
Espero sinceramente que Passos Coelho não chegue a 1º Ministro.
Ainda bem que confirmas a imagem que tenho do homem
Força Passos...
- Anexos
-
- passos.jpg (27.44 KiB) Visualizado 2253 vezes
-
- socrate.jpg (25.76 KiB) Visualizado 2248 vezes
Lose your opinion, not your money
Re: Passos Coelho - Perfil
Deep Puple Escreveu:O Passos coelho ao anunciar todas estas reformas ultra liberais não está mais do que a ser coeerente com ele próprio.
Conheci o Passos Coelho na JSD na decada de 70 e 80.
Passos Coelho já naquela altura era um ultra liberal, um acérrimo defensor do capitalismo e contrário de tudo o que era função pública.
Caso o Passos Coelho ganhe as eleições podem crer que ele acaba com a maior parte da função pública.
Nunca simpatizei com o Passos Coelho naquelas décadas já que era um ditador.
Vejam a postura dele actualmente e notarão o seu carácter.
Sou Social democrata, mas esta ala ultra liberal nunca me agradou.
Espero sinceramente que Passos Coelho não chegue a 1º Ministro.
Ainda bem que confirmas a imagem que tenho do homem

- Mensagens: 1477
- Registado: 29/11/2007 10:26
- Localização: Maia
Passos Coelho - Perfil
O Passos coelho ao anunciar todas estas reformas ultra liberais não está mais do que a ser coeerente com ele próprio.
Conheci o Passos Coelho na JSD na decada de 70 e 80.
Passos Coelho já naquela altura era um ultra liberal, um acérrimo defensor do capitalismo e contrário de tudo o que era função pública.
Caso o Passos Coelho ganhe as eleições podem crer que ele acaba com a maior parte da função pública.
Nunca simpatizei com o Passos Coelho naquelas décadas já que era um ditador.
Vejam a postura dele actualmente e notarão o seu carácter.
Sou Social democrata, mas esta ala ultra liberal nunca me agradou.
Espero sinceramente que Passos Coelho não chegue a 1º Ministro.
Conheci o Passos Coelho na JSD na decada de 70 e 80.
Passos Coelho já naquela altura era um ultra liberal, um acérrimo defensor do capitalismo e contrário de tudo o que era função pública.
Caso o Passos Coelho ganhe as eleições podem crer que ele acaba com a maior parte da função pública.
Nunca simpatizei com o Passos Coelho naquelas décadas já que era um ditador.
Vejam a postura dele actualmente e notarão o seu carácter.
Sou Social democrata, mas esta ala ultra liberal nunca me agradou.
Espero sinceramente que Passos Coelho não chegue a 1º Ministro.
- Mensagens: 496
- Registado: 10/1/2010 14:26
- Localização: Local do Inferno
marath Escreveu:Aqui no forum há muito liberalismo democrático. Sem querer atacar ninguem eu gostaria de ver esse liberalismo aplicado numa situação de desemprego de um dos liberais em causa, de doença (que nunca aconteça), ou de pobreza. Aí é que eu gostava de ver o ideal liberal a funcionar.
Sinceramente penso que o PC é a prova que não há entre os políticos portugueses alguém com ideais sólidos e capaz de liderar o país. Ele é simplesmente alguém a defender o capitalismo neoliberal que apenas serve os verdadeiramente ricos (não aqueles que se julgam ricos), ou seja, 10 ou 20 famílias portuguesas. Ainda por cima acredito que ele próprio não o sabe.
Eu já aqui alertei que este é o problemas de sermos governados por pessoas.
marath Escreveu:O triste é que o homem tem boas ideias. Por exemplo o principio de que quem recebe tem de trabalhar. Nada mais óbvio. O facto de que o estado gasta mais do que arrecada, onde a fatia fundamental está na educação e na saúde e a necessidade de corrigir o problema transferindo para os privados parte dessa responsabilidade. Excelente raciocínio. A insofismável verdade de que se os salários são penalizados mais ainda o devem ser determinadas reformas ( a partir de x€). O papel fortemente regulador que o Estado deve ter.
já não é mau ter boas ideias...
marath Escreveu:quando propõe leis em concreto sai-se com a razão atendível e mostra a confusão ideológica que vai dentro daquela cabeça.
este é mais um problema: ter ideias.
marath Escreveu:Todos aqueles que defendem, aqui no forum, menos estado, devem pensar que ao fazê-lo estão a defender mais brisa (quase monopólio), mais galp (quase monopólio), ataque às urgências e médicos de família tendencialmente gratuitos, fim da escola publica (sem impostos altos nunca poderemos sustentar um ensino e uma saúde como temos), fim ou quase do subsidio de desemprego, debilidade do investimento publico, etc. Alias eu gostava que alguém me explicasse, desmontando o mito, o que ganhou o Estado e o povo com a privatização da galp a 5€!!! Foi concorrência no mercado? Onde? Ainda não dei por isso...O que é que melhorou no país graças a essa privatização? (atenção que eu tambem não quero um estado máximo, quero um estado suficiente). A Galp até poderia vir a ser privatizada um dia, se isso fosse realmente bom para a concorrência, para o Estado e para o povo. Agora dá-la a um dos donos do país? Para quê?
O que me deixa mais curioso no PC e nos caldeireiros neoliberais é o facto de nunca os ver a criticar os péssimos empresários que o país tem. A prova que os trabalhadores são bons está à vista de todos. Basta olhar para a autoeuropa, para a sonae, para a jeronimo martins, e para os nossos emigrantes espalhados por esse mundo fora. O que não presta em portugal são os politicos, é a fiscalização e regulação estatal, é a justiça e são a maior parte dos empresários.
Veja-se o exemplo dos fundos de coesão no inicio da adesão. Onde andam os milhões para a agricultura??? Bem se fosse feita uma análise aos rendimentos dos empresários e proprietários agricolas do país, provavelmente veriamos com supresa que ganham um totoloto todos os anos e o que lhe fazem???Piscinas, mansões nos montes de férias, jipes e cavalos de lazer. Assim está a agricultura.
Qual é a primeira coisa que o verdadeiro empresário portugues faz quando obtem um subsidio? Compra um BMW.
O Estado é mal gerido actualmente, e com mais liberalismo e mais privados em funções nucleares, pior gerido será. Nós temos poucos gestores de qualidade e poucos empresários de qualidade. Essa é a realidade. Aliados a uma educação mediocre (que os cria) e a politicos mediocres sem ideais e confusos et voilá temos a Republica das Bananas.![]()
não consigo discordar da tua argumentação. sou bastante crítico em relação ao que se deve atribuir ao Estado, mas uma questão importante é essa mesma: a eficiência das empresas aumentou com a sua passagem ao privado?
E a eficiência não pode ser só medida nos rácios contabilísticos, porque então aí seria preferível mesmo assim mantê-las públicas porque assim, mesmo no meio de alguns excessos ou tentações, a riquesa seria de todos nós. E isso daria espaço para um eventual alívio da necessidade de impostos.
Analisemos a eficiência das empreas no global da economia, no que trás aos empregadores, empregados e sociedade, conumidores.
Nesta questão, do devem ou não ser públicas ou privadas, penso que o que está em causa são as grandes empresas como as referidas pelo marath, vias de comunicação, redes globais de água, esgotos, energia, e porque não outros, para além dos tradicionais ensino, saúde, segurança, etc.
A minha tendência nesta matéria é dizer: produção para os privados, regulação para o Estado. Contudo, ocorre-me a questão: o que se ganha efectivamente com isso?
Ficamos mais descansados em dizer que o destino dos lucros de uma actividade é da unica e exclusiva responsabilidade dos accionista da empresa, e preferimos não ter que ter a responsabilidade e ambição em tornar uma empresa pública numa empresa eficiente admitindo ao mesmo tempo que onde há muito dinheiro há mais fuga, mais desperdício. É disso que queremos livrar o Estado? Ou achamos que os privados são melhores empregadores? O Estado é tendencialmente menos organizado e competitivo. Se calhar é isso! Mas pagamos caro, com impostos.
Em determinadas área o tamanho é indispensável para a capacidade de produção e concorrência e para dimensões maiores, a concorrência não está ao alcance de todos, por isso, os monopólios, quase monopólios ou tudo terminado em pólios, é inevitavelmente uma constante.
pergunto-vos para discussão, quais as vantagens de privatizar ren, galp, edp, pt, aguás de portugal (esta sempre em cima da mesa)?
Têm mais eficiência no privado e assim os preços baixam para o consumidor? o Estado não é capaz de competir? de ser eficiente?
Peço a vossa opinião, pois estou de férias e não sei porquê estou a ter dificuldades em pensar!
mas só agora.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Passos Coelho: o moço de recados
Passos Coelho não é um ideólogo, é alguém que se fez eleger como representante das forças do mercado indígena e que, portanto, utiliza a ideologia para se legitimar perante o pai.
Bruno Sena Martins
9:00 Sexta feira, 23 de Julho de 2010
Como sucessor de Manuela Ferreira Leite, um sério desastre político, Passos Coelho teria sempre muitas dificuldades em desiludir aqueles que há muito o tinham por certo na presidência do PSD. E, diga-se de passagem, Passos Coelho teve também algum mérito no crédito que foi granjeando: mostrou uma postura de honestidade, mostrou sentido de Estado quando ele foi necessário e mostrou ser capaz de levar o debate para além das suspeitas sobre a culpabilidade criminal de José Sócrates.
Da minha parte, lá lhe fui reconhecendo mérito político, ao mesmo tempo que me perguntava se uma fortíssima agenda ideológica neoliberal teria sido apenas um estandarte de campanha ou algo que definiria a matriz da sua oposição e eventual governação. A questão é tão mais premente dado que entre a primeira candidatura (contra Santana Lopes e Ferreira Leite) e a segunda se deu a crise mundial, sublime atestado da da embriaguez ideológica que conduz os apologistas da desregulação, do menos estado e do livre curso das forças económicas. A avaliar pelas atoardas sobre o Sistema Nacional de Saúde, Passos Coelho tampouco se comoveu com o facto de os Estados Unidos se terem disposto a repensar o seu sistema ao encontro de uma protecção universal que tantas provas tem dado (na eficiência e no investimento per capita do Estado). Chegamos à conclusão que Passos Coelho acredita num selvático neoliberalismo e não deixa que a realidade atrapalhe a pureza das suas ideias.
Nas propostas relativas à revisão da constituição fica, além de uma olímpica trapalhada, a impressão de um fervor ideológico demasiado incandescente para que Passos Coelho sequer conseguisse ponderar em algumas coisas básicas: não é pela constituição que se definem políticas económicas, as alterações ao sistema político não se fazem com esta leviandade, tratar-se-ia sempre de uma agenda com pouco apoio popular e sem hipóteses aprovação parlamentar.
Nesta semana Passos Coelho hipotecou de tal forma o seu futuro político que vale a pena indagar a que se deveu esse bizarro voluntarismo: inépcia política e fervor ideológico são as respostas mais óbvias. Eu tenho uma terceira: ao candidatar-se Passos Coelho terá recolhido apoios que o comprometeram na afirmação de uma agenda estranha ao próprio mainstream do PSD e pouco lógica na definição de uma oposição ao PS de Sócrates. Passos Coelho não é um ideólogo, é alguém que se fez eleger como representante das forças do mercado indígena e que, portanto, utiliza a ideologia para se legitimar perante os seus pais políticos. Passos Coelho fez um frete e à custa dele passou por uma semana de vergonha histórica. Resta saber se Passos vai para continuar a fazer de menino de recados ou se ganha coragem para matar o pai, permitindo-se, quem sabe, a uma relação menos afectada com a realidade.
http://aeiou.expresso.pt/passos-coelho- ... os=f595383
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
O tema é interessante...Pedro Coelho. Mas mais interessante é o debate ideológico em torno do PSD. Afinal é um partido social democrata ou um partido liberal? Isso é que eu ainda não consegui compreender.
Aqui no forum há muito liberalismo democrático. Sem querer atacar ninguem eu gostaria de ver esse liberalismo aplicado numa situação de desemprego de um dos liberais em causa, de doença (que nunca aconteça), ou de pobreza. Aí é que eu gostava de ver o ideal liberal a funcionar.
Sinceramente penso que o PC é a prova que não há entre os políticos portugueses alguém com ideais sólidos e capaz de liderar o país. Ele é simplesmente alguém a defender o capitalismo neoliberal que apenas serve os verdadeiramente ricos (não aqueles que se julgam ricos), ou seja, 10 ou 20 famílias portuguesas. Ainda por cima acredito que ele próprio não o sabe. Como muitos está iludido com as migalhas que caem da mesa do capitalismo neoliberal, julga que qualidade de vida que essas migalhas proporcionam são o resultado da livre concorrencia e do merito individual, mas não são. Todos são empregados do neoliberalismo, são peças na engrenagem que permitem continuar a campanha da inevitabilidade do actual sistema capitalista.
O triste é que o homem tem boas ideias. Por exemplo o principio de que quem recebe tem de trabalhar. Nada mais óbvio. O facto de que o estado gasta mais do que arrecada, onde a fatia fundamental está na educação e na saúde e a necessidade de corrigir o problema transferindo para os privados parte dessa responsabilidade. Excelente raciocínio. A insofismável verdade de que se os salários são penalizados mais ainda o devem ser determinadas reformas ( a partir de x€). O papel fortemente regulador que o Estado deve ter. Certissimo...O problema é que depois, quando propõe leis em concreto sai-se com a razão atendível e mostra a confusão ideológica que vai dentro daquela cabeça.
Todos aqueles que defendem, aqui no forum, menos estado, devem pensar que ao fazê-lo estão a defender mais brisa (quase monopólio), mais galp (quase monopólio), ataque às urgências e médicos de família tendencialmente gratuitos, fim da escola publica (sem impostos altos nunca poderemos sustentar um ensino e uma saúde como temos), fim ou quase do subsidio de desemprego, debilidade do investimento publico, etc. Alias eu gostava que alguém me explicasse, desmontando o mito, o que ganhou o Estado e o povo com a privatização da galp a 5€!!! Foi concorrência no mercado? Onde? Ainda não dei por isso...O que é que melhorou no país graças a essa privatização? (atenção que eu tambem não quero um estado máximo, quero um estado suficiente). A Galp até poderia vir a ser privatizada um dia, se isso fosse realmente bom para a concorrência, para o Estado e para o povo. Agora dá-la a um dos donos do país? Para quê?
O que me deixa mais curioso no PC e nos caldeireiros neoliberais é o facto de nunca os ver a criticar os péssimos empresários que o país tem. A prova que os trabalhadores são bons está à vista de todos. Basta olhar para a autoeuropa, para a sonae, para a jeronimo martins, e para os nossos emigrantes espalhados por esse mundo fora. O que não presta em portugal são os politicos, é a fiscalização e regulação estatal, é a justiça e são a maior parte dos empresários.
Veja-se o exemplo dos fundos de coesão no inicio da adesão. Onde andam os milhões para a agricultura??? Bem se fosse feita uma análise aos rendimentos dos empresários e proprietários agricolas do país, provavelmente veriamos com supresa que ganham um totoloto todos os anos e o que lhe fazem???Piscinas, mansões nos montes de férias, jipes e cavalos de lazer. Assim está a agricultura.
Qual é a primeira coisa que o verdadeiro empresário portugues faz quando obtem um subsidio? Compra um BMW.
O Estado é mal gerido actualmente, e com mais liberalismo e mais privados em funções nucleares, pior gerido será. Nós temos poucos gestores de qualidade e poucos empresários de qualidade. Essa é a realidade. Aliados a uma educação mediocre (que os cria) e a politicos mediocres sem ideais e confusos et voilá temos a Republica das Bananas.

Aqui no forum há muito liberalismo democrático. Sem querer atacar ninguem eu gostaria de ver esse liberalismo aplicado numa situação de desemprego de um dos liberais em causa, de doença (que nunca aconteça), ou de pobreza. Aí é que eu gostava de ver o ideal liberal a funcionar.
Sinceramente penso que o PC é a prova que não há entre os políticos portugueses alguém com ideais sólidos e capaz de liderar o país. Ele é simplesmente alguém a defender o capitalismo neoliberal que apenas serve os verdadeiramente ricos (não aqueles que se julgam ricos), ou seja, 10 ou 20 famílias portuguesas. Ainda por cima acredito que ele próprio não o sabe. Como muitos está iludido com as migalhas que caem da mesa do capitalismo neoliberal, julga que qualidade de vida que essas migalhas proporcionam são o resultado da livre concorrencia e do merito individual, mas não são. Todos são empregados do neoliberalismo, são peças na engrenagem que permitem continuar a campanha da inevitabilidade do actual sistema capitalista.
O triste é que o homem tem boas ideias. Por exemplo o principio de que quem recebe tem de trabalhar. Nada mais óbvio. O facto de que o estado gasta mais do que arrecada, onde a fatia fundamental está na educação e na saúde e a necessidade de corrigir o problema transferindo para os privados parte dessa responsabilidade. Excelente raciocínio. A insofismável verdade de que se os salários são penalizados mais ainda o devem ser determinadas reformas ( a partir de x€). O papel fortemente regulador que o Estado deve ter. Certissimo...O problema é que depois, quando propõe leis em concreto sai-se com a razão atendível e mostra a confusão ideológica que vai dentro daquela cabeça.
Todos aqueles que defendem, aqui no forum, menos estado, devem pensar que ao fazê-lo estão a defender mais brisa (quase monopólio), mais galp (quase monopólio), ataque às urgências e médicos de família tendencialmente gratuitos, fim da escola publica (sem impostos altos nunca poderemos sustentar um ensino e uma saúde como temos), fim ou quase do subsidio de desemprego, debilidade do investimento publico, etc. Alias eu gostava que alguém me explicasse, desmontando o mito, o que ganhou o Estado e o povo com a privatização da galp a 5€!!! Foi concorrência no mercado? Onde? Ainda não dei por isso...O que é que melhorou no país graças a essa privatização? (atenção que eu tambem não quero um estado máximo, quero um estado suficiente). A Galp até poderia vir a ser privatizada um dia, se isso fosse realmente bom para a concorrência, para o Estado e para o povo. Agora dá-la a um dos donos do país? Para quê?
O que me deixa mais curioso no PC e nos caldeireiros neoliberais é o facto de nunca os ver a criticar os péssimos empresários que o país tem. A prova que os trabalhadores são bons está à vista de todos. Basta olhar para a autoeuropa, para a sonae, para a jeronimo martins, e para os nossos emigrantes espalhados por esse mundo fora. O que não presta em portugal são os politicos, é a fiscalização e regulação estatal, é a justiça e são a maior parte dos empresários.
Veja-se o exemplo dos fundos de coesão no inicio da adesão. Onde andam os milhões para a agricultura??? Bem se fosse feita uma análise aos rendimentos dos empresários e proprietários agricolas do país, provavelmente veriamos com supresa que ganham um totoloto todos os anos e o que lhe fazem???Piscinas, mansões nos montes de férias, jipes e cavalos de lazer. Assim está a agricultura.
Qual é a primeira coisa que o verdadeiro empresário portugues faz quando obtem um subsidio? Compra um BMW.
O Estado é mal gerido actualmente, e com mais liberalismo e mais privados em funções nucleares, pior gerido será. Nós temos poucos gestores de qualidade e poucos empresários de qualidade. Essa é a realidade. Aliados a uma educação mediocre (que os cria) e a politicos mediocres sem ideais e confusos et voilá temos a Republica das Bananas.


Passos Coelho admite que revisão pode ter preço político
O líder social democrata admite que 'seria mais fácil' para o partido 'não tocar nesta matéria', mas lembra que o PSD 'quer evitar que o país viva em crise permanente'
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que a proposta social democrata de revisão constitucional pode ter um preço político para o partido, mas afirmou não estar preocupado com sondagens nem haver razão para recuos.
Questionado pelos jornalistas, em Beja, sobre se a proposta do PSD de revisão da Constituição pode ter um preço político para o partido, Pedro Passos Coelho respondeu: 'Com certeza que sim'.
'Mas tenho dito, desde o início, que não estou a olhar para aquilo que tenho de fazer com a preocupação das sondagens', lembrou, referindo que 'a discussão sobre a reforma que precisamos de fazer do Estado e do nosso Estado Social pode ser incómoda, mas não é artificial'.
'É uma discussão que envolve uma situação real que temos de olhar de frente e é muito importante que o PS diga o que pensa, porque não podemos, em Portugal, passar os próximos 10 ou 15 anos como passámos os últimos', defendeu.
Ou seja, 'a endividarmo-nos, a aumentar os impostos, a ser olhados pelo exterior com maior desconfiança, a ter os portugueses cada vez com menos possibilidade de realizar poupanças e de investir no seu futuro, porque o Estado consome os recursos cada vez menores que temos', precisou.
Segundo Pedro Passos Coelho, 'muitas vozes se levantaram preocupadas com o alcance que o PSD queria dar à revisão constitucional' e 'seria mais fácil' para o partido 'não tocar nesta matéria'.
'Mas era mais difícil fazer reformar importantes para Portugal nos próximos anos sem este debate', disse, explicando que o que o PSD quer 'pôr em discussão, no essencial, é o modelo económico e social, que, até aqui, na Constituição, mais parece um programa de Governo do que uma regra de entendimento para os governos futuros e para todos os portugueses'.
'Espero sinceramente que, nessa matéria, não haja nenhum recuo da parte do PSD, porque não há razão para haver recuo', afirmou, insistindo que o PSD quer 'reformar o Estado Social para futuro, sob pena de ficar condenado como está hoje a ficar'.
Através da discussão, que considerou 'importante', 'o PSD não quer ajudar apenas o país a sair deste pequena crise. Quer evitar que o país viva em crise permanente e em dificuldade financeiras permanentes para os próximos 15 anos'.
De acordo com Pedro Passos Coelho, 'o que mais precisa de aperfeiçoamento e de reforma na nossa Constituição é a parte económica e a parte social'.
'A parte política pode ser aperfeiçoada e esses aperfeiçoamentos podem exigir pontualmente que existam pequenos retoques nos poderes do Presidente da República, do Parlamento ou até do Governo, mas não é daí que se esperará uma grande inovação constitucional', disse.
No entanto, o PSD gostaria que 'houvesse uma maior responsabilização' do Parlamento e do Presidente da República, disse Pedro Passos Coelho, que, na sua deslocação a Beja, visitou a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) e almoçou com agricultores.
O líder social democrata admite que 'seria mais fácil' para o partido 'não tocar nesta matéria', mas lembra que o PSD 'quer evitar que o país viva em crise permanente'
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que a proposta social democrata de revisão constitucional pode ter um preço político para o partido, mas afirmou não estar preocupado com sondagens nem haver razão para recuos.
Questionado pelos jornalistas, em Beja, sobre se a proposta do PSD de revisão da Constituição pode ter um preço político para o partido, Pedro Passos Coelho respondeu: 'Com certeza que sim'.
'Mas tenho dito, desde o início, que não estou a olhar para aquilo que tenho de fazer com a preocupação das sondagens', lembrou, referindo que 'a discussão sobre a reforma que precisamos de fazer do Estado e do nosso Estado Social pode ser incómoda, mas não é artificial'.
'É uma discussão que envolve uma situação real que temos de olhar de frente e é muito importante que o PS diga o que pensa, porque não podemos, em Portugal, passar os próximos 10 ou 15 anos como passámos os últimos', defendeu.
Ou seja, 'a endividarmo-nos, a aumentar os impostos, a ser olhados pelo exterior com maior desconfiança, a ter os portugueses cada vez com menos possibilidade de realizar poupanças e de investir no seu futuro, porque o Estado consome os recursos cada vez menores que temos', precisou.
Segundo Pedro Passos Coelho, 'muitas vozes se levantaram preocupadas com o alcance que o PSD queria dar à revisão constitucional' e 'seria mais fácil' para o partido 'não tocar nesta matéria'.
'Mas era mais difícil fazer reformar importantes para Portugal nos próximos anos sem este debate', disse, explicando que o que o PSD quer 'pôr em discussão, no essencial, é o modelo económico e social, que, até aqui, na Constituição, mais parece um programa de Governo do que uma regra de entendimento para os governos futuros e para todos os portugueses'.
'Espero sinceramente que, nessa matéria, não haja nenhum recuo da parte do PSD, porque não há razão para haver recuo', afirmou, insistindo que o PSD quer 'reformar o Estado Social para futuro, sob pena de ficar condenado como está hoje a ficar'.
Através da discussão, que considerou 'importante', 'o PSD não quer ajudar apenas o país a sair deste pequena crise. Quer evitar que o país viva em crise permanente e em dificuldade financeiras permanentes para os próximos 15 anos'.
De acordo com Pedro Passos Coelho, 'o que mais precisa de aperfeiçoamento e de reforma na nossa Constituição é a parte económica e a parte social'.
'A parte política pode ser aperfeiçoada e esses aperfeiçoamentos podem exigir pontualmente que existam pequenos retoques nos poderes do Presidente da República, do Parlamento ou até do Governo, mas não é daí que se esperará uma grande inovação constitucional', disse.
No entanto, o PSD gostaria que 'houvesse uma maior responsabilização' do Parlamento e do Presidente da República, disse Pedro Passos Coelho, que, na sua deslocação a Beja, visitou a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) e almoçou com agricultores.
Lose your opinion, not your money
“É barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos!”
(Presidente Lula da Silva)
Caros Colegas do caldeirão, eu ouvi as propostas do meu partido, o PSD, para a revisão constitucional.
E confesso que me causaram uma profunda desilusão.
Desilusão pela ligeireza e displicência demonstrada na proposta de reforço dos poderes do Presidente da Republica.
Proposta que nos faria recuar a um modelo anterior a 1982 e contra o qual o PSD se bateu e foi a par do PS o principal motor de mudança no sentido precisamente de acabar com o poder demissão do governo pelo Presidente da Republica.
Desilusão por um partido que pretende ser uma alternativa de governo gastar o seu tempo a fazer uma proposta nefasta deste género em vez de dedicar o melhor do seu talento a procurar soluções para aquilo que de facto são os problemas dos Portugueses.
Desilusão pelas propostas feitas para acabar com a universalidade e gratuitidade do sistema de saúde e educação.
Proposta que demonstra uma desistência da procura de soluções para a construção de um país melhor.
Proposta que demonstra uma forma de ver a universalidade e gratuitidade destes dois sectores como um passivo em vez de ser visto como um activo(a China que está numa caminhada a passos de gigante na construção de uma fortíssima e concorrencial economia de mercado está a fazer precisamente o contrário ao projectar um sistema de saúde cada vez mais alargado e gratuito pois vê isso como necessário ao seu desenvolvimento económico).
Proposta que duvido venha resolver qualquer problema de financiamento do serviço nacional de saúde. Porque se é certo que a despesa do serviço nacional de saúde é galopante e começa a colocar-se o problema de saber como é que se irá no futuro pagar essa despesa que não para de crescer a solução proposta pelo PSD não é solução.
Porque é que não é solução?
Imaginemos que temos dez pessoas e essas dez pessoas são servidas por um sistema de saúde universal e gratuito.
Esse sistema é financiado pelos impostos que essas dez pessoas pagam ao fim do ano que fica nas mãos de um gestor.
Todos os anos as despesas com o serviço de saúde que serve essas dez pessoas aumenta a um ritmo galopante, a certa altura o gestor chega à conclusão que dentro em breve o dinheiro que recebe não será suficiente para pagar as contas do sistema de saúde.
Então na procura de soluções para o seu problema de financiamento decide que o sistema passa a servir gratuitamente só cinco dessas pessoas tendo as outras cinco de passar a pagar do seu bolso as despesas de saúde para além de pagarem impostos.
Porque é que isto não é solução?
Porque embora o gestor tenha cortado a despesa em metade (ao negar o acesso gratuito ao sistema de saúde a cinco pessoas) o ritmo de crescimento da despesa mantêm-se (embora incidindo sobre uma base que é metade da anterior).
E o que o gestor provavelmente conseguiu à custa de negar o acesso gratuito a cuidados de saúde a metade da população não é mais do que na pratica o adiar do problema pois mantendo-se o ritmo de crescimento da despesa do sistema de saúde (se bem que sobre uma base menor) irá enfrentar o mesmo problema só que num futuro mais longínquo em vez de ser num futuro mais próximo.
Eu não estou a dizer que tenho a solução para o problema mas o que eu posso dizer é que esta solução apresentada pelo meu partido não é solução.(Se há algum contributo que eu possa dar para esta discussão é: procure-se soluções olhando para o exemplo de países que conseguiram assegurar a sustentabilidade financeira dos seus sistemas de saúde sem abdicar da sua gratuitidade e universalidade).
Por fim e é aqui que entra a frase do Presidente Lula que li hoje no Jornal Brasil Económico: “É barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos!”
Porque quando instituições como por exemplo o Banco Português de Negócios ou Banco Privado Português são levadas à falência pelos seus directores e quem fica com a conta na mão para pagar é o estado (ou seja todos nós Portugueses) ninguém se lembra de dizer que essa despesa é insuportável e não há como financia-la.
Esse género de argumentos só aparece quando se trata de justificar propostas para cortar o acesso gratuito ao ensino e aos cuidados de saúde a milhares de Portugueses. E parece-me com bastante pena minha que foi nesta lógica de raciocínio que o meu partido infelizmente entrou.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
PS – A maior parte dos post que aqui tenho colocado têm sido sobre problemas nacionais que são no fundo problemas políticos, isto é algo que jurei a mim próprio que deixaria de fazer.
Por esta razão, para mim é um desvio muito grande em relação aquilo em que tenho de estar focado que é o meu trabalho. E no fim a qualidade do meu trabalho ressente-se do facto de despender muito tempo em outros assuntos.
Poderá haver alguém que veja nesta atitude egoísmo mas de facto não é mais do que um necessário sentido de auto-preservação.
(Presidente Lula da Silva)
Caros Colegas do caldeirão, eu ouvi as propostas do meu partido, o PSD, para a revisão constitucional.
E confesso que me causaram uma profunda desilusão.
Desilusão pela ligeireza e displicência demonstrada na proposta de reforço dos poderes do Presidente da Republica.
Proposta que nos faria recuar a um modelo anterior a 1982 e contra o qual o PSD se bateu e foi a par do PS o principal motor de mudança no sentido precisamente de acabar com o poder demissão do governo pelo Presidente da Republica.
Desilusão por um partido que pretende ser uma alternativa de governo gastar o seu tempo a fazer uma proposta nefasta deste género em vez de dedicar o melhor do seu talento a procurar soluções para aquilo que de facto são os problemas dos Portugueses.
Desilusão pelas propostas feitas para acabar com a universalidade e gratuitidade do sistema de saúde e educação.
Proposta que demonstra uma desistência da procura de soluções para a construção de um país melhor.
Proposta que demonstra uma forma de ver a universalidade e gratuitidade destes dois sectores como um passivo em vez de ser visto como um activo(a China que está numa caminhada a passos de gigante na construção de uma fortíssima e concorrencial economia de mercado está a fazer precisamente o contrário ao projectar um sistema de saúde cada vez mais alargado e gratuito pois vê isso como necessário ao seu desenvolvimento económico).
Proposta que duvido venha resolver qualquer problema de financiamento do serviço nacional de saúde. Porque se é certo que a despesa do serviço nacional de saúde é galopante e começa a colocar-se o problema de saber como é que se irá no futuro pagar essa despesa que não para de crescer a solução proposta pelo PSD não é solução.
Porque é que não é solução?
Imaginemos que temos dez pessoas e essas dez pessoas são servidas por um sistema de saúde universal e gratuito.
Esse sistema é financiado pelos impostos que essas dez pessoas pagam ao fim do ano que fica nas mãos de um gestor.
Todos os anos as despesas com o serviço de saúde que serve essas dez pessoas aumenta a um ritmo galopante, a certa altura o gestor chega à conclusão que dentro em breve o dinheiro que recebe não será suficiente para pagar as contas do sistema de saúde.
Então na procura de soluções para o seu problema de financiamento decide que o sistema passa a servir gratuitamente só cinco dessas pessoas tendo as outras cinco de passar a pagar do seu bolso as despesas de saúde para além de pagarem impostos.
Porque é que isto não é solução?
Porque embora o gestor tenha cortado a despesa em metade (ao negar o acesso gratuito ao sistema de saúde a cinco pessoas) o ritmo de crescimento da despesa mantêm-se (embora incidindo sobre uma base que é metade da anterior).
E o que o gestor provavelmente conseguiu à custa de negar o acesso gratuito a cuidados de saúde a metade da população não é mais do que na pratica o adiar do problema pois mantendo-se o ritmo de crescimento da despesa do sistema de saúde (se bem que sobre uma base menor) irá enfrentar o mesmo problema só que num futuro mais longínquo em vez de ser num futuro mais próximo.
Eu não estou a dizer que tenho a solução para o problema mas o que eu posso dizer é que esta solução apresentada pelo meu partido não é solução.(Se há algum contributo que eu possa dar para esta discussão é: procure-se soluções olhando para o exemplo de países que conseguiram assegurar a sustentabilidade financeira dos seus sistemas de saúde sem abdicar da sua gratuitidade e universalidade).
Por fim e é aqui que entra a frase do Presidente Lula que li hoje no Jornal Brasil Económico: “É barato cuidar dos pobres. Difícil é cuidar dos ricos!”
Porque quando instituições como por exemplo o Banco Português de Negócios ou Banco Privado Português são levadas à falência pelos seus directores e quem fica com a conta na mão para pagar é o estado (ou seja todos nós Portugueses) ninguém se lembra de dizer que essa despesa é insuportável e não há como financia-la.
Esse género de argumentos só aparece quando se trata de justificar propostas para cortar o acesso gratuito ao ensino e aos cuidados de saúde a milhares de Portugueses. E parece-me com bastante pena minha que foi nesta lógica de raciocínio que o meu partido infelizmente entrou.
http://ruifilipecoelhofernandes.blogspot.com
Cumprimentos,
RCF.
PS – A maior parte dos post que aqui tenho colocado têm sido sobre problemas nacionais que são no fundo problemas políticos, isto é algo que jurei a mim próprio que deixaria de fazer.
Por esta razão, para mim é um desvio muito grande em relação aquilo em que tenho de estar focado que é o meu trabalho. E no fim a qualidade do meu trabalho ressente-se do facto de despender muito tempo em outros assuntos.
Poderá haver alguém que veja nesta atitude egoísmo mas de facto não é mais do que um necessário sentido de auto-preservação.
- Mensagens: 134
- Registado: 22/2/2008 12:02
tiopatinhas Escreveu:Eu não digo que não seja necessário flexibilizar...Mas se queres que te diga uma verdade aí vai mais uma: Se eu mandasse essa lei do despedimento sem justa causa seria para aplicar às Câmaras Municipais, Hospitais e outros monstros públicos.
Tens de reconhecer que nalguns lugares isto é uma missão titânicaChama-se a isto flexibilizar a incompetência. Não nego que na maioria das instituições públicas a inoperância, fraco desempenho e laxismo não sejam apanágio da mioria dos funcionários. Mas esta carapuça a mim, dcerteza, não encaixa
Tio, afinal até estamos de acordo! Quem diria, hein?!

Acho que temos que mudar os actuais paradigmas!!! Eles vão ter que mudar, com PPC ou outro qualquer...
Abraços
- Mensagens: 935
- Registado: 17/3/2009 14:43
- Localização: 16
Pepi, não é necessário ser muito inteligente e ter grandes poderes de adivinhação para acertares em eu ser funcionário público (aliás fui pois neste momento, como deverias saber este estatuto foi-se). Sou enfermeiro e trabalho em urgências! Com muito gosto pois adoro o que faço. Mas, como deves saber é um local de imenso stress e no qual não poderás fazer muita ronha porque a morte espera na esquina. Sempre tive como meta o exelente desempenho e para mim era melhor trabalhar num hospital privado pois ganharia muito mais e com geitinho trabalharia menos. Digo isto pois trabalhei (como enfermeiro) numa multinacional (aliás duas) de renome internacional onde não fazia puto e ganhava quase o dobro. Por fim houve cortes estupendos e queriam pagar-me a 3 euros hora (tinha uma empregada de limpeza a quem eu pagava a 6 euros/hora
)pelo que os mandei passear.
Por outro lado, é fácil adivinhares pois, a probabilidade é muito maior em ser funcionário público (existem em maior número).
Eu não digo que não seja necessário flexibilizar...
Mas se queres que te diga uma verdade aí vai mais uma: Se eu mandasse essa lei do despedimento sem justa causa seria para aplicar às Câmaras Municipais, Hospitais e outros monstros públicos. Isto vem de encontro ao que se tem dito:
Quando é preciso admitir alguém (se não fôr faz-se por sê-lo)faz-se um contrato e a lista está cheia de pessoal do aparelho partidário. A sustentação de muitos Presidentes de Câmara (logo do partido x ou y) depende muito deste tipo de colheita.Mais, se podermos atingir pessoal com familia mais numerosa melhor, entende-se o porquê
Ora, quando a cor da Câmara muda haveria que utilizar a tal lei e repôr os novos inquilinos. Tens de reconhecer que nalguns lugares isto é uma missão titânica
Chama-se a isto flexibilizar a incompetência. Não nego que na maioria das instituições públicas a inoperância, fraco desempenho e laxismo não sejam apanágio da mioria dos funcionários. Mas esta carapuça a mim, dcerteza, não encaixa 

Por outro lado, é fácil adivinhares pois, a probabilidade é muito maior em ser funcionário público (existem em maior número).
Eu não digo que não seja necessário flexibilizar...

Quando é preciso admitir alguém (se não fôr faz-se por sê-lo)faz-se um contrato e a lista está cheia de pessoal do aparelho partidário. A sustentação de muitos Presidentes de Câmara (logo do partido x ou y) depende muito deste tipo de colheita.Mais, se podermos atingir pessoal com familia mais numerosa melhor, entende-se o porquê



Jolly Roger Escreveu:De alguma forma as pessoas acham que manter as coisas como estão as protege.
É mentira.
Não as protege de pagar mais impostos, não as protege de piorar a situação económica do país e por arrasto a sua própria, por os custos serem incomportáveis para o Estado.
E não as protege de sucessivos recuos ao longo do tempo que é o que temos assistido.
O que se tem feito é recuar dizendo às pessoas que não se quer recuar. Mente-se.
Se isto não fosse verdade não era preciso andar a fazer e a alterar sucessivos códigos do trabalho.
Aqueles que mais se insurgem contra a precariedade no trabalho, são precisamente aqueles que criaram as condições para fomentar essa mesma precariedade.
Um contrato a prazo é por si mesmo precário e apenas serve para fazer de conta.
Além disso uma empresa deve ser uma entidade dinâmica que deve ser capaz de ajustar o peso da estrutura que tem de manter às necessidades de satisfazer o seu mercado.
Há empresas que só são rentáveis nessas condições, o sector automóvel é um caso evidente.
Não vai haver nenhuma predada no charco, não acredito nisso.
Para haver seria preciso acabar com alguns dogmas, algumas mentiras, e seria preciso que todos percebessem o que está em causa e sobretudo que soubessem fazer contas.
Jolly, concordo com praticamente tudo... Não sei se PPC é a pessoa certa, nem sei se vai conseguir passar a mensagem. Há uma grande classe média que esta "aburguesada" e cheia de "direitos adquiridos", que olha para este discurso do PPC como uma ameaça ao status quo que lhes permitiu ter o estatuto que têm hoje...
Mas tenho que reconhecer que PPC teve muita coragem. Ao contrario de todos os outros (qualquer que seja o partido) decidiu atacar um problema de frente e agitar as aguas. Se o país n entende agora a msg, n vai demorar mto para que entenda... Qd batermons na parede e entrar o FMI por aki a dentro!
Jolly, n acredito no sebastianismo, temos q ser todos nos a querer mudar as coisas...
Abraços
- Mensagens: 935
- Registado: 17/3/2009 14:43
- Localização: 16
pepi Escreveu:
Jolly Roger:
Concordo contigo!!! Mas não será o momento de dar a pedrada no charco e acabar com este faz de conta?!
Abraços
Seria, mas a frase com que termino o post é sintomática da minha descrença sobre qualquer alteração.
De alguma forma as pessoas acham que manter as coisas como estão as protege.
É mentira.
Não as protege de pagar mais impostos, não as protege de piorar a situação económica do país e por arrasto a sua própria, por os custos serem incomportáveis para o Estado.
E não as protege de sucessivos recuos ao longo do tempo que é o que temos assistido.
O que se tem feito é recuar dizendo às pessoas que não se quer recuar. Mente-se.
Se isto não fosse verdade não era preciso andar a fazer e a alterar sucessivos códigos do trabalho.
Aqueles que mais se insurgem contra a precariedade no trabalho, são precisamente aqueles que criaram as condições para fomentar essa mesma precariedade.
Um contrato a prazo é por si mesmo precário e apenas serve para fazer de conta.
Além disso uma empresa deve ser uma entidade dinâmica que deve ser capaz de ajustar o peso da estrutura que tem de manter às necessidades de satisfazer o seu mercado.
Há empresas que só são rentáveis nessas condições, o sector automóvel é um caso evidente.
Não vai haver nenhuma predada no charco, não acredito nisso.
Para haver seria preciso acabar com alguns dogmas, algumas mentiras, e seria preciso que todos percebessem o que está em causa e sobretudo que soubessem fazer contas.
A mente humana é muito complexa e é capaz de acreditar numa coisa qualquer apesar das evidências sugerirem o abandono da crença.
Gostei muito dos exemplos do Pepi, mostram mesmo muitas das
razões pelas quais as empresas não querem ter pessoal no quadro.
E a principal segundo tenho ouvido é que a grande maioria dos funcionários assim que passam para o quadro
ficam mandriões e passam a ter 50% do rendimento que tinham, e por gato escaldado ter medo de água fria...
razões pelas quais as empresas não querem ter pessoal no quadro.
E a principal segundo tenho ouvido é que a grande maioria dos funcionários assim que passam para o quadro
ficam mandriões e passam a ter 50% do rendimento que tinham, e por gato escaldado ter medo de água fria...
- Mensagens: 118
- Registado: 8/12/2009 21:29
- Localização: 4
tiopatinhas Escreveu:O que eu acho é que se pretende desfasar o país. Fazer com que os pobres sejam mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Como susutentar uma sociedade nos termos que se pretendem (PPC)se a rede social e económica do país está débil.
Este senhor já falou em vigiar as contas das empresas e o rumo /aplicação que estas dão aos fundos ou financiamnetos do estado e da CEE(Há por aí muito que vigiar, decerto
); Já propôs algo para a racionlização dos cuidados de saúde em portugal
A relação do publico com o privado (tão promiscua nesta área
);A relação dos utentes/seguradoras/advogados/estado nas despesas e indemenizações desta quadratura
em que o estado surge altamente prejudicado
Porquê esta defesa acérrima dos poderosos
Este senhor já falou em acabar com os paraísos fiscais(atente-se nas palavras) em que decerto nem eu nem o Zé dos Anzóis tem poder para ter dinheiros (então quem terá esse poder
)
Poderia tomar a iniciativa nesta área ao nível de CEuropeia ou mesmo mais abrangente
Há tanta coisa para fazer e onde se pode poupar muito dinheiro
Agora assim....duvido
Meu caro, antes de mais queria dizer que o teu nick e avatar condizem muito bem com o que defendes... e não estou a ser ironico! O teu sonho é seres rico (eu tambem queria ser rico!!!), e sonhas em colocar esse dinheirinho todo num cofre, para assim contares o teu dinheirinho todos os dias... Nos teus sonhos a ideia de arriscares esse dinheiro e constituires a tua empresa, é um absurdo né?
Posso-te perguntar o que fazes? Com 99% de certeza aposto que es funcionario publico ou trabalhas numa empresa publica. Acertei?
Eu tenho 31 anos, sou licenciado e trabalho por conta de outrem. Ao contrario de ti, tenho a perfeita consciencia que no fim do mês tenho que fazer o meu patrão ganhar dinheiro. Caso contrário, a prazo, se ele não ganhar eu também não vou ganhar... Quem me paga o salário não é nenhuma entidade metasifica ou sobrenatural!
Meu, vamos a 1 suponhamos? Então, suponhamos que trabalhas numa empresa dinâmica, meritocrática, onde as pessoas têm reconhecimento, etc etc etc. (essas empresas existem!) Nessa empresa há um colega teu que cumpre escrupulosamente as regras que o impeçam de ser despedido com justa causa (cumpre os horarios, etc.) mas é incompetente, cheio de ronha, etc. Será injusto o patrão despedir este peso morto? Tem que continuar a pagar-lhe o salário? E que motivação tu tens? Tamos em crise, não há aumentos este ano, por isso o mandrião leva o mesmo aumento que tu (i.e. 0%!). Eh pah, o melhor se calhar é tornar-me um mandriao tambem...
Outro suponhamos: tamos numa empresa qualquer, boa ou má, tanto faz! tu tas com 1 contrato a prazo, e tens um colega que faz o mesmo que tu, mas teve a "sorte" de ser + velho e ter entrado + cedo e por isso é efectivo. Vem a crise e a empresa reduz a actividade e já não pode (ou não precisa!!!) manter os 2 postos de trabalho. O gajo + novo tem que saltar? Mas por ser + novo? E se fores + competente e + produtivo que o colega efectivo?
Pois é... lá bem no fundo parece-te injusto, né? Bom, se n te parece injusto, é porque temos valores diferentes e n valerá a pena continuarmos a perder o nosso tempo...
Jolly Roger:
Concordo contigo!!! Mas não será o momento de dar a pedrada no charco e acabar com este faz de conta?!
Abraços
- Mensagens: 935
- Registado: 17/3/2009 14:43
- Localização: 16
Agora é feito, meio na candonga.
Se for liberalizado, teremos o país a ferro e fogo.
Não esquecer:
Nível de vida com ordenados de há 20 anos, será um barril de polvora.
Por exmplo:
Uma renda de casa de 600 €, dois ordenados de 1000 €.
Com estas regras instituidas esses ordenados passavam rápidamente a 600 cada.
Isso significava gigantescas dificuldades.Quem sabe não conseguir pagar o crédito...e se isso acontecer em massa...o que vai acontecer à banca...
Por isso, não pensem que isto é bom, mesmo para os empresários...pensem nos DANOS COLATERAIS
Se for liberalizado, teremos o país a ferro e fogo.
Não esquecer:
Nível de vida com ordenados de há 20 anos, será um barril de polvora.
Por exmplo:
Uma renda de casa de 600 €, dois ordenados de 1000 €.
Com estas regras instituidas esses ordenados passavam rápidamente a 600 cada.
Isso significava gigantescas dificuldades.Quem sabe não conseguir pagar o crédito...e se isso acontecer em massa...o que vai acontecer à banca...
Por isso, não pensem que isto é bom, mesmo para os empresários...pensem nos DANOS COLATERAIS
Sr_SNiper Escreveu:ferradura Escreveu:ATITUDES DE HOMEM:
-Liberalizar, sim concordo...MAS se o ordenado pago a quem substituir não seja INFERIOR.Nas empresa onde trabalho (cotada no PSI20), anda a despedir pessoal, só porque tÊm X anos de casa...para contratarem estagiários...a custo ZERO.
-Despedir ?, tudo bem, então que o que venha a substituir tenha qualificações académicas iguais ou melhores (por exemplo, se for um licenciado, não seja um não licenciado).
Se for assim tudo bem....porque o que eu vi até agora, foi aproveitar isto para baixar ordenados (vais para a rua porque o outro aceita menos 20% do que tu...)
Mas se já acontece agora... de que têm medo então???
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
ferradura Escreveu:ATITUDES DE HOMEM:
-Liberalizar, sim concordo...MAS se o ordenado pago a quem substituir não seja INFERIOR.Nas empresa onde trabalho (cotada no PSI20), anda a despedir pessoal, só porque tÊm X anos de casa...para contratarem estagiários...a custo ZERO.
-Despedir ?, tudo bem, então que o que venha a substituir tenha qualificações académicas iguais ou melhores (por exemplo, se for um licenciado, não seja um não licenciado).
Se for assim tudo bem....porque o que eu vi até agora, foi aproveitar isto para baixar ordenados (vais para a rua porque o outro aceita menos 20% do que tu...)
Mas se já acontece agora... de que têm medo então???
Lose your opinion, not your money
ATITUDES DE HOMEM:
-Liberalizar, sim concordo...MAS se o ordenado pago a quem substituir não seja INFERIOR.Nas empresa onde trabalho (cotada no PSI20), anda a despedir pessoal, só porque tÊm X anos de casa...para contratarem estagiários...a custo ZERO.
-Despedir ?, tudo bem, então que o que venha a substituir tenha qualificações académicas iguais ou melhores (por exemplo, se for um licenciado, não seja um não licenciado).
Se for assim tudo bem....porque o que eu vi até agora, foi aproveitar isto para baixar ordenados (vais para a rua porque o outro aceita menos 20% do que tu...)
-Liberalizar, sim concordo...MAS se o ordenado pago a quem substituir não seja INFERIOR.Nas empresa onde trabalho (cotada no PSI20), anda a despedir pessoal, só porque tÊm X anos de casa...para contratarem estagiários...a custo ZERO.
-Despedir ?, tudo bem, então que o que venha a substituir tenha qualificações académicas iguais ou melhores (por exemplo, se for um licenciado, não seja um não licenciado).
Se for assim tudo bem....porque o que eu vi até agora, foi aproveitar isto para baixar ordenados (vais para a rua porque o outro aceita menos 20% do que tu...)
- Mensagens: 786
- Registado: 5/4/2010 21:14
- Localização: 1
Eu acho que quem "bufa" muito e barafusta contra este tipo de medidas é porque não quer trabalhar e/ou como tem emprego para toda a vida não quer o mesmo para os outros.
Devido ao "emprego para toda a vida" a geração do 25 e pos de Abril , que hoje em dia esta bem e vai continuar a estar, deu lugar a geração dos anos 80 e 90 que não vai ter esse emprego para toda a vida e muitas vezes nem emprego vai ter.
E isto porque? As empresas não podem ter tantas pessoas nos quadros , nem querem.Como despedir alguém por justa causa é quase impossivel (mesmo que esse alguem seja uma maça podre ou incompetente ) as empresas ja aprenderam.
Agora é so recibos verdes e contratos a termo. E o que é isto? Não é liberalização do mercado trabalho?
Eu acho que é pior, pois os recibos verdes são a pior coisa que existe.Agora até ja se fazem contratos a 15 dias!
E os 12 ou mais % de desempregados (incluir recibos verdes, gestores, empresarios ) que nao entram no sistema pois nem direito a subs. de desemprego tem.
Logo, o sistema esta podre e velho.
E preciso liberalizar todo o sistema e criar um verdadeiro mercado de trabalho que não existe.
Não digo que seja este do PSD mas alguma coisa vai ter que mudar.
Vejam os 6.3% de aumento nas despesas do Estado. Então não era para reduzir?
Devido ao "emprego para toda a vida" a geração do 25 e pos de Abril , que hoje em dia esta bem e vai continuar a estar, deu lugar a geração dos anos 80 e 90 que não vai ter esse emprego para toda a vida e muitas vezes nem emprego vai ter.
E isto porque? As empresas não podem ter tantas pessoas nos quadros , nem querem.Como despedir alguém por justa causa é quase impossivel (mesmo que esse alguem seja uma maça podre ou incompetente ) as empresas ja aprenderam.
Agora é so recibos verdes e contratos a termo. E o que é isto? Não é liberalização do mercado trabalho?
Eu acho que é pior, pois os recibos verdes são a pior coisa que existe.Agora até ja se fazem contratos a 15 dias!
E os 12 ou mais % de desempregados (incluir recibos verdes, gestores, empresarios ) que nao entram no sistema pois nem direito a subs. de desemprego tem.
Logo, o sistema esta podre e velho.
E preciso liberalizar todo o sistema e criar um verdadeiro mercado de trabalho que não existe.
Não digo que seja este do PSD mas alguma coisa vai ter que mudar.
Vejam os 6.3% de aumento nas despesas do Estado. Então não era para reduzir?
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Antes de dizer o que acho, tenho de começar por dizer umas duas ou três coisas:
- A primeira é que sempre trabalhei por conta de outrem.
- A segunda é que deixei de votar há uns anos e não tenciono voltar a fazê-lo.
- A terceira é que gosto tanto de políticos sejam eles de que quadrante forem, como gosto de doenças infecto-contagiosas.
Dito isto, tenho que dizer ainda o seguinte:
Antes do 25 do A, entrava-se para uma empresa, estava-se 15 dias à experiência, e a partir daí ou se era dispensado ou se integrava o quadro.
Nessa altura, antes do 25 do A, nunca o meu pai chegou a casa a dizer que tinha sido despedido, a minha mãe também não e nunca conheci ninguém a quem isso tivesse acontecido.
Depois do 25 do A, proibiram-se os despedimentos.
Como a partir desse momento as empresas deixaram de meter pessoal, houve um senhor muito entendido nestas coisas que resolveu criar os chamados contractos a prazo.
A partir daí começou o fandango.
A começar por mim que fui dispensado no final do contracto, conheci várias pessoas a quem aconteceu o mesmo.
O senhor entendido no assunto criou uma regra em que os contractos podiam ser renovados por iguais períodos até um determinado limite.
O fandango continuou com as empresas a mandarem pessoas embora quando esse limite era atingido para as voltarem a chamar passados uns dias para continuar a dança.
Passar a efectivo, integrar o quadro de uma empresa, é que virou sonho nunca atingido ou raramente atingido.
Chegava-se inclusivamente a quando se queria comprar uma casa por exemplo, o banco pedia que a pessoa fosse efectiva na empresa, fazendo disso depender a aprovação do empréstimo. A solução era ir pedir ao patrão que mentisse, atestando a efectividade do funcionário para o empréstimo poder ser aprovado.
Passou a viver-se no faz de conta.
Faz de conta que não posso ser despedido, mas não conheço nenhuma empresa que me dê outra coisa que não seja um contracto a prazo.
Faz de conta que estou a trabalhar, mas se o patrão me quiser mandar mesmo embora pode criar-me um clima insuportável metendo-me numa sala a tirar apontamentos da lista telefónica que ele deitará fora à minha frente quando eu lhos entregar e manda-me repetir a tarefa. ( vi isto acontecer a um colega).
Até que me canse e desista, faz de conta.
Faz de conta que estou empregado, mas o patrão não me dá trabalho e deu a minha secretária a outra pessoa.
A minha categoria profissional passou a ser a partir desse dia, poste, ou empecilho. (também vi isto acontecer).
Sinto-me mal com tudo isto, mas faz de conta.
Substituir a proibição de despedimento sem justa causa, pela possibilidade de o fazer por causa atendível é acabar com o faz de conta.
Estranhamente há quem goste mais e prefira o faz de conta.
Coisas da vida...
O mesmo se passa com a saúde e o ensino tendencialmente gratuitos.
Faz de conta que são.
Mas não são.
Não são porque cada vez pagamos mais impostos para fazermos de conta que são.
E não são porque cada vez as propinas e as taxas moderadoras aumentam mais.
Mas pronto, com tanta gente contra, não temos outro remédio senão continuar a fazer de conta.
- A primeira é que sempre trabalhei por conta de outrem.
- A segunda é que deixei de votar há uns anos e não tenciono voltar a fazê-lo.
- A terceira é que gosto tanto de políticos sejam eles de que quadrante forem, como gosto de doenças infecto-contagiosas.
Dito isto, tenho que dizer ainda o seguinte:
Antes do 25 do A, entrava-se para uma empresa, estava-se 15 dias à experiência, e a partir daí ou se era dispensado ou se integrava o quadro.
Nessa altura, antes do 25 do A, nunca o meu pai chegou a casa a dizer que tinha sido despedido, a minha mãe também não e nunca conheci ninguém a quem isso tivesse acontecido.
Depois do 25 do A, proibiram-se os despedimentos.
Como a partir desse momento as empresas deixaram de meter pessoal, houve um senhor muito entendido nestas coisas que resolveu criar os chamados contractos a prazo.
A partir daí começou o fandango.
A começar por mim que fui dispensado no final do contracto, conheci várias pessoas a quem aconteceu o mesmo.
O senhor entendido no assunto criou uma regra em que os contractos podiam ser renovados por iguais períodos até um determinado limite.
O fandango continuou com as empresas a mandarem pessoas embora quando esse limite era atingido para as voltarem a chamar passados uns dias para continuar a dança.
Passar a efectivo, integrar o quadro de uma empresa, é que virou sonho nunca atingido ou raramente atingido.
Chegava-se inclusivamente a quando se queria comprar uma casa por exemplo, o banco pedia que a pessoa fosse efectiva na empresa, fazendo disso depender a aprovação do empréstimo. A solução era ir pedir ao patrão que mentisse, atestando a efectividade do funcionário para o empréstimo poder ser aprovado.
Passou a viver-se no faz de conta.
Faz de conta que não posso ser despedido, mas não conheço nenhuma empresa que me dê outra coisa que não seja um contracto a prazo.
Faz de conta que estou a trabalhar, mas se o patrão me quiser mandar mesmo embora pode criar-me um clima insuportável metendo-me numa sala a tirar apontamentos da lista telefónica que ele deitará fora à minha frente quando eu lhos entregar e manda-me repetir a tarefa. ( vi isto acontecer a um colega).
Até que me canse e desista, faz de conta.
Faz de conta que estou empregado, mas o patrão não me dá trabalho e deu a minha secretária a outra pessoa.
A minha categoria profissional passou a ser a partir desse dia, poste, ou empecilho. (também vi isto acontecer).
Sinto-me mal com tudo isto, mas faz de conta.
Substituir a proibição de despedimento sem justa causa, pela possibilidade de o fazer por causa atendível é acabar com o faz de conta.
Estranhamente há quem goste mais e prefira o faz de conta.
Coisas da vida...
O mesmo se passa com a saúde e o ensino tendencialmente gratuitos.
Faz de conta que são.
Mas não são.
Não são porque cada vez pagamos mais impostos para fazermos de conta que são.
E não são porque cada vez as propinas e as taxas moderadoras aumentam mais.
Mas pronto, com tanta gente contra, não temos outro remédio senão continuar a fazer de conta.
Bem fui aqui atacado nas horas
mas:
Quico-
Há muita gente que meteu e mete dinheiro em negócios e com imenso sucesso
Pelo que fico com a dieia que estás a falar de investidores sem o minímo de preparação para o ser
Há tantos
lamecence- Appoio-te inteiramente
Mais, já chamei noutro tópico à atenção para que fosse obrigatório os alunos de todos os colégios privados fazerem exame dos 10º, 11º e 12º anos em escolas limitrofes mas públicas
Eu sei porque digo isto
Haveríamos de ver os resultados
Quantos alunos meteu o colégio X em medicina
Sr Sniper- O lamecence está a ver o filme e com os olhos bem abertos
Elgenedy- Quanto ao agilizar o emprego tens alguma razão
Mas não pode ser à toa
Há direitos e deveres num contrato.O Pocoyo questiona a idade e se tu tiveres 55 anos, adoeceres, acredita que em 90% dos casos (na situação que o PPC quer implementar)não terás a mesma agilidade para combater o eventual despedimento
Fingerspitzengefuhl(que nome difícil
): Nimguém despede sem razão. Acredito que há sempre uma razão.Óbvio
Nem que seja para posteriormente admitir um compadre
E nimguém contrata sem motivo. Claro, nem que seja para admitir o irmão do meu cunhado
Esta vertente da cunha é actualmente em portugal escandalosa e mais viável devido aos contratos pois não existem concursos de admissão como ntigamente
Isto está só para amigos
um abraço

Quico-
Há muita gente que meteu e mete dinheiro em negócios e com imenso sucesso



lamecence- Appoio-te inteiramente





Sr Sniper- O lamecence está a ver o filme e com os olhos bem abertos

Elgenedy- Quanto ao agilizar o emprego tens alguma razão



Fingerspitzengefuhl(que nome difícil






um abraço
pocoyo Escreveu:elgenedy Escreveu:TioPatinhas,
Disclaimer: não sou gestor, nem tenho qualquer cargo de chefia. Sou apenas um mero funcionário
Que idade tens?
Agora imagina que és serralheiro e tens 50 anos.
Já foste.
Pocoyo,
Tenho 32 e sim, tens toda a razão.
No mercado actual, se és serralheiro com 50 anos já foste. A minha questão é: esta alteração iria prejudicar ainda mais o serralheiro ou criar possibilidades alternativas? (e acredita que faço esta a pergunta também a mim, porque não sei a resposta

Acredito que o serralheiro passe a ter problemas aos 40, pois provavelmente irá ser despedido antes da corda já não poder esticar mais; mas outras empresas terão menos dificuldade em contrata-lo, precisamente porque o risco é menor. E ele, serralheiro, sabe disso. E a empresa sabe que ele sabe e como tal não irá ter a postura de "procurar um canto para entreter até à reforma".
Como referi, apesar de pessoalmente preferir, não digo que um é melhor que o outro. Mas também acredito que, quando se está muito mal, porque não tentar a mudança?
Abraço,
Elgenedy
"When you have eliminated the impossible, whatever remains, however improbable, must be the truth." [Sherlock Holmes]
- Mensagens: 399
- Registado: 17/12/2002 22:25
- Localização: 16
tiopatinhas Escreveu:Já agora:
Mcmad, Fingerspitzengefuhl, e Pepi desconfio que vocês são gestores, banqueiros ou accionistas de referência da PT ou EDP pois de social não aparentam nada. Será que se fossem simples funcionários gostariam de um dia o patronato chegar junto de vós(aliás, chamarem-vos ao gabinete) e comunicarem-vos que são dispensáveis na empresaQue para o próximo mês já não necessitam de trabalhar na empresa, sem qualquer razão
Aliás não haveria razão para explicações
Gostariam
![]()
![]()
Não acredito
![]()
Ninguém despede um empregado sem uma razão, assim como ninguém contrata um funcionário sem um motivo.
Parece-me que aqui é mais uma questão de valores, porque mesmo um trabalhador efectivo pode ser despedido desde que lhe seja paga a quantia certa.
Editado pela última vez por Fingerspitzengefuhl em 21/7/2010 17:45, num total de 1 vez.
- Mensagens: 598
- Registado: 9/2/2010 6:36
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Google [Bot], Maverick StockMan e 238 visitantes