Pedro Passos Coelho
Nyk Escreveu:Por este andar ainda vamos ter uma revolução.
Querem por isto como antes do 25 de Abril, só quem tem dinheiro é que tem saúde, educação, justiça, segurança, etc. os outros tem que ser pobres para ficarem com as migalhas que o governo que quer dar.
Mas não é está a situação actual do país. Quem tem dinheiro paga impostos e vai ao privado, quem não tem dinheiro paga impostos e morre a espera de uma consulta...
Linha de Tendência Análise da evolução dos principais indicadores macroeconómicos que afetam a economia portuguesa e europeia.
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tavaverquenao2 Escreveu:Nesta altura ninguém quer ouvir falar em despedimentos, não percebo qual foi a ideia do PC.
Mas a questão é mesmo essa. A razão pelo qual há tanto desemprego esta no facto dos empresários não estrem disponiveis para contratar para depois na eventualidade do negocio não correr bem ter que despedir e pagar uma indemenização. Não podem ser empreendedores e criar emprego por que custos do insucesso é demasiado elevado.
Elias Escreveu:...os eleitores não gostaram de ver os deputados derrubar um governo que tinha sido democraticamente eleito e castigaram quem tomou semelhante iniciativa...
E é por essa razão que devemos deixar o PS continuar a desgovernar o país. Onde está o conceito de meritocraia!! Fazem asneiro, mas como foram democraticamente eleitos devem continuar a fazer asneira?
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Passos acusa Sócrates de inventar realidades
Pedro Passos Coelho descobriu agora que Sócrates é um mentiroso (compulsivo acrescentaria eu) !
É caso para perguntar "Em que planeta vivia ele antes de chegar à liderança do PSD ? "
É caso para perguntar "Em que planeta vivia ele antes de chegar à liderança do PSD ? "
LTCM Escreveu:mfsr1980 Escreveu:... prendê-los por "gestão danosa".
Não é grande ideia. Devido ao seu elevado número o que preconizas ia provocar um grande aumento da despesa, novas prisões, alimentação, imbróglios jurídicos, etc., é melhor ficar tudo como está e substituir os rosa pelos laranja, que é a medida tradicional a que toda a gente já está habituada.
Venha a laranja mecânica ...

Lose your opinion, not your money
mfsr1980 Escreveu:... prendê-los por "gestão danosa".
Não é grande ideia. Devido ao seu elevado número o que preconizas ia provocar um grande aumento da despesa, novas prisões, alimentação, imbróglios jurídicos, etc., é melhor ficar tudo como está e substituir os rosa pelos laranja, que é a medida tradicional a que toda a gente já está habituada.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Já estou por tudo!
Quem quer que seja que tire aquele energúmeno mentiroso mentecapto do poder É BEM VINDO!
Se há coisa que me deixa aflito é vêr o "celeiro a arder" e ninguém pode alterar seja o que fôr com a ideia de que ficará tudo pior! (até já temos divida para dar aos nossos netos!)
É óbvio que a despesa terá que ser reduzida e que isso significa mandar os "boys" para casa e até talvez prendê-los por "gestão danosa".
Quem quer que seja que tire aquele energúmeno mentiroso mentecapto do poder É BEM VINDO!
Se há coisa que me deixa aflito é vêr o "celeiro a arder" e ninguém pode alterar seja o que fôr com a ideia de que ficará tudo pior! (até já temos divida para dar aos nossos netos!)
É óbvio que a despesa terá que ser reduzida e que isso significa mandar os "boys" para casa e até talvez prendê-los por "gestão danosa".
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Sondagem TSF
Sousa alcança 15 pontos negativos.
PSD perde gás em Setembro mas continua à frente nas intenções de voto
24 Setembro 2010 | 09:26
Bruno Simões
negocios.pt
O partido liderado por Pedro Passos Coelho recuperou ligeiramente nas intenções de voto em Setembro, depois do trambolhão registado em Julho, mas viu o PS aproximar-se ainda mais.
A sondagem da Marktest para a TSF revela que o PSD regista 38 pontos percentuais, à frente dos socialistas, que recolhem 35,7% das preferências. A diferença, de pouco mais de dois pontos, encaixa na definição de empate técnico.
Depois de em Julho ter agradado a 37,3% do eleitorado (uma queda de dez pontos face a Junho), o PSD subiu sete décimas nas intenções de voto em Setembro. Já o partido socialista continua a recuperação encetada, precisamente, em Junho, subindo de 33,3% para 35,7%.
Nos restantes partidos, também há empate técnico. O CDS agrada a 6,7% dos 804 inquiridos, enquanto que Bloco de Esquerda e CDU têm exactamente as mesmas intenções de voto: 6,5%. Desde Julho, o Bloco é quem mais perde (desce dois pontos), apesar de centristas e comunistas também registarem uma queda. Quem capitaliza estas mudanças é o CDS, que se perfila agora como terceira força política.
Cavaco Silva perde popularidade
A Marktest também actualizou o índice de popularidade. O presidente da República, Cavaco Silva, está a perder popularidade: se em Abril tinha 60 pontos, agora o desempenho desceu para 38, no balanço de opiniões positivas e negativas. É, ainda assim, a figura mais popular do estudo.
José Sócrates recuperou o seu índice de imagem, passando de 42 pontos negativos para 36. Quanto à popularidade, 60% dos inquiridos consideram que a actuação do primeiro-ministro tem sido negativa e 27% considera que tem sido positiva. Passos Coelho, por seu turno, aprofundou a queda de popularidade: agrada a 31% dos 804 inquiridos e é reprovado por 36%.
Nos restantes partidos, Paulo Portas é o único que tem pontos positivos no índice de imagem. Francisco Louça tem 14 pontos negativos, enquanto Jerónimo de
Sousa alcança 15 pontos negativos.
PSD perde gás em Setembro mas continua à frente nas intenções de voto
24 Setembro 2010 | 09:26
Bruno Simões
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O partido liderado por Pedro Passos Coelho recuperou ligeiramente nas intenções de voto em Setembro, depois do trambolhão registado em Julho, mas viu o PS aproximar-se ainda mais.
A sondagem da Marktest para a TSF revela que o PSD regista 38 pontos percentuais, à frente dos socialistas, que recolhem 35,7% das preferências. A diferença, de pouco mais de dois pontos, encaixa na definição de empate técnico.
Depois de em Julho ter agradado a 37,3% do eleitorado (uma queda de dez pontos face a Junho), o PSD subiu sete décimas nas intenções de voto em Setembro. Já o partido socialista continua a recuperação encetada, precisamente, em Junho, subindo de 33,3% para 35,7%.
Nos restantes partidos, também há empate técnico. O CDS agrada a 6,7% dos 804 inquiridos, enquanto que Bloco de Esquerda e CDU têm exactamente as mesmas intenções de voto: 6,5%. Desde Julho, o Bloco é quem mais perde (desce dois pontos), apesar de centristas e comunistas também registarem uma queda. Quem capitaliza estas mudanças é o CDS, que se perfila agora como terceira força política.
Cavaco Silva perde popularidade
A Marktest também actualizou o índice de popularidade. O presidente da República, Cavaco Silva, está a perder popularidade: se em Abril tinha 60 pontos, agora o desempenho desceu para 38, no balanço de opiniões positivas e negativas. É, ainda assim, a figura mais popular do estudo.
José Sócrates recuperou o seu índice de imagem, passando de 42 pontos negativos para 36. Quanto à popularidade, 60% dos inquiridos consideram que a actuação do primeiro-ministro tem sido negativa e 27% considera que tem sido positiva. Passos Coelho, por seu turno, aprofundou a queda de popularidade: agrada a 31% dos 804 inquiridos e é reprovado por 36%.
Nos restantes partidos, Paulo Portas é o único que tem pontos positivos no índice de imagem. Francisco Louça tem 14 pontos negativos, enquanto Jerónimo de
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Sondagem
Passos cai nas intenções de voto e Sócrates recupera
Márcia Galrão
30/07/10 00:05
A sondagem da Marktest para o Diário Económico e TSF mostra o PSD a descer dez pontos para 37% mas mantém a liderança relativamente ao PS.
Durou pouco mais de quatro meses o estado de graça de Pedro Passos Coelho aos olhos dos portugueses. O PSD continua a liderar as intenções de voto, mas da maioria absoluta conquistada na última projecção da Marktest para o Diário Económico e TSF, desce agora dez pontos percentuais (de 47,7% em Junho para 37,3% em Julho) e vê o PS de José Sócrates voltar a ganhar terreno, aproximando-se com 33,3% das intenções de voto.
Uma queda que acontece exactamente na altura em que Passos Coelho decidiu romper com o Governo, depois de ter negociado o Programa de Estabilidade e Crescimento, e em que disse aos portugueses que quer acabar com a Saúde e Educação tendencialmente gratuitas e retirar da Constituição a "justa causa" para os despedimentos. É também a primeira vez que o novo líder do PSD desce nas sondagens desde que foi eleito em Março. Ao mesmo tempo, registou-se uma subida do PS (de 24,1% em Julho para 33,3% em Julho) que coincide, exactamente no campo oposto, com o retomar do discurso em defesa do Estado Social, mais colado à esquerda. Para o politólogo António Costa Pinto "o fundamental" continua a ser o "PSD apresentar sistematicamente intenções de voto acima do PS", provando que ao contrário da anterior direcção de Ferreira Leite, "consegue capitalizar o eventual descontentamento dos portugueses".
E se a maioria absoluta dos social-democratas na última sondagem, realizada entre 15 e 20 de Junho, aconteceu no momento em que Bruxelas exigiu a Portugal, até 2011, novas medidas de austeridade que Sócrates e Passos acordaram junto, o PSD desce agora e vê o PS aproximar-se exactamente quando essas medidas começam a sentir-se no bolso das famílias e quando o líder social-democrata decidiu promover uma ruptura com o Governo. Em Julho, quando os impostos aumentaram, os preços subiram e as taxas de juro voltaram a aumentar, o partido do Governo recuperou, curiosamente, terreno.
Realizada entre 20 e 26 de Julho, o inquérito da Marktest para o Diário Económico e TSF coincidiu também com o veto do Governo ao negócio que permitia à Portugal Telecom vender a sua participação na Vivo e, aqui, o politólogo Cardoso Rosas acredita que o Governo "aproveitou bem, acusando Passos de ser traidor à Pátria", quando criticou a ‘golden share' em Espanha: "houve um grande apoio popular mesmo para quem não percebia o que estava em jogo".
bolo Escreveu:marath Escreveu:Aqui no forum há muito liberalismo democrático. Sem querer atacar ninguem eu gostaria de ver esse liberalismo aplicado numa situação de desemprego de um dos liberais em causa, de doença (que nunca aconteça), ou de pobreza. Aí é que eu gostava de ver o ideal liberal a funcionar.
Sinceramente penso que o PC é a prova que não há entre os políticos portugueses alguém com ideais sólidos e capaz de liderar o país. Ele é simplesmente alguém a defender o capitalismo neoliberal que apenas serve os verdadeiramente ricos (não aqueles que se julgam ricos), ou seja, 10 ou 20 famílias portuguesas. Ainda por cima acredito que ele próprio não o sabe.
Eu já aqui alertei que este é o problemas de sermos governados por pessoas.marath Escreveu:O triste é que o homem tem boas ideias. Por exemplo o principio de que quem recebe tem de trabalhar. Nada mais óbvio. O facto de que o estado gasta mais do que arrecada, onde a fatia fundamental está na educação e na saúde e a necessidade de corrigir o problema transferindo para os privados parte dessa responsabilidade. Excelente raciocínio. A insofismável verdade de que se os salários são penalizados mais ainda o devem ser determinadas reformas ( a partir de x€). O papel fortemente regulador que o Estado deve ter.
já não é mau ter boas ideias...marath Escreveu:quando propõe leis em concreto sai-se com a razão atendível e mostra a confusão ideológica que vai dentro daquela cabeça.
este é mais um problema: ter ideias.marath Escreveu:Todos aqueles que defendem, aqui no forum, menos estado, devem pensar que ao fazê-lo estão a defender mais brisa (quase monopólio), mais galp (quase monopólio), ataque às urgências e médicos de família tendencialmente gratuitos, fim da escola publica (sem impostos altos nunca poderemos sustentar um ensino e uma saúde como temos), fim ou quase do subsidio de desemprego, debilidade do investimento publico, etc. Alias eu gostava que alguém me explicasse, desmontando o mito, o que ganhou o Estado e o povo com a privatização da galp a 5€!!! Foi concorrência no mercado? Onde? Ainda não dei por isso...O que é que melhorou no país graças a essa privatização? (atenção que eu tambem não quero um estado máximo, quero um estado suficiente). A Galp até poderia vir a ser privatizada um dia, se isso fosse realmente bom para a concorrência, para o Estado e para o povo. Agora dá-la a um dos donos do país? Para quê?
O que me deixa mais curioso no PC e nos caldeireiros neoliberais é o facto de nunca os ver a criticar os péssimos empresários que o país tem. A prova que os trabalhadores são bons está à vista de todos. Basta olhar para a autoeuropa, para a sonae, para a jeronimo martins, e para os nossos emigrantes espalhados por esse mundo fora. O que não presta em portugal são os politicos, é a fiscalização e regulação estatal, é a justiça e são a maior parte dos empresários.
Veja-se o exemplo dos fundos de coesão no inicio da adesão. Onde andam os milhões para a agricultura??? Bem se fosse feita uma análise aos rendimentos dos empresários e proprietários agricolas do país, provavelmente veriamos com supresa que ganham um totoloto todos os anos e o que lhe fazem???Piscinas, mansões nos montes de férias, jipes e cavalos de lazer. Assim está a agricultura.
Qual é a primeira coisa que o verdadeiro empresário portugues faz quando obtem um subsidio? Compra um BMW.
O Estado é mal gerido actualmente, e com mais liberalismo e mais privados em funções nucleares, pior gerido será. Nós temos poucos gestores de qualidade e poucos empresários de qualidade. Essa é a realidade. Aliados a uma educação mediocre (que os cria) e a politicos mediocres sem ideais e confusos et voilá temos a Republica das Bananas.![]()
não consigo discordar da tua argumentação. sou bastante crítico em relação ao que se deve atribuir ao Estado, mas uma questão importante é essa mesma: a eficiência das empresas aumentou com a sua passagem ao privado?
E a eficiência não pode ser só medida nos rácios contabilísticos, porque então aí seria preferível mesmo assim mantê-las públicas porque assim, mesmo no meio de alguns excessos ou tentações, a riquesa seria de todos nós. E isso daria espaço para um eventual alívio da necessidade de impostos.
Analisemos a eficiência das empreas no global da economia, no que trás aos empregadores, empregados e sociedade, conumidores.
Nesta questão, do devem ou não ser públicas ou privadas, penso que o que está em causa são as grandes empresas como as referidas pelo marath, vias de comunicação, redes globais de água, esgotos, energia, e porque não outros, para além dos tradicionais ensino, saúde, segurança, etc.
A minha tendência nesta matéria é dizer: produção para os privados, regulação para o Estado. Contudo, ocorre-me a questão: o que se ganha efectivamente com isso?
Ficamos mais descansados em dizer que o destino dos lucros de uma actividade é da unica e exclusiva responsabilidade dos accionista da empresa, e preferimos não ter que ter a responsabilidade e ambição em tornar uma empresa pública numa empresa eficiente admitindo ao mesmo tempo que onde há muito dinheiro há mais fuga, mais desperdício. É disso que queremos livrar o Estado? Ou achamos que os privados são melhores empregadores? O Estado é tendencialmente menos organizado e competitivo. Se calhar é isso! Mas pagamos caro, com impostos.
Em determinadas área o tamanho é indispensável para a capacidade de produção e concorrência e para dimensões maiores, a concorrência não está ao alcance de todos, por isso, os monopólios, quase monopólios ou tudo terminado em pólios, é inevitavelmente uma constante.
pergunto-vos para discussão, quais as vantagens de privatizar ren, galp, edp, pt, aguás de portugal (esta sempre em cima da mesa)?
Têm mais eficiência no privado e assim os preços baixam para o consumidor? o Estado não é capaz de competir? de ser eficiente?
Peço a vossa opinião, pois estou de férias e não sei porquê estou a ter dificuldades em pensar!
mas só agora.
Alegra-me ver que há em Portugal quem admita que não tem ideias concretas sobre qual o caminho a seguir e duvida das suas próprias convicções. Isso é positivo. Significa que, embora tendo ideias para o país, facilmente as muda se lhe provarem que há outro caminho melhor. Eu tambem não tenho certezas, antes pelo contrário, tenho muitas dúvidas. Ainda assim creio que a social democracia como ideologia poderá conter em si os princípios correctos para nos levar ao caminho certo.
Por outro lado fico também muito satisfeito por verificar o elevado nível intelectual deste forum, provado na quase unanimidade em reconhecer que o Pedro Coelho é um ultra-liberal ou neo-liberal. Isso mostra uma elevada capacidade dos caldeireiros de analisarem a ideologia politica por trás do marketing politico. Muito bom.
A Republica está melhor de Povo do que de empresários e estes por sua vez são melhores que os lideres. Isto é que é preocupante. Queremos um Liberal confuso que se diz Socialista, ou um Neoliberal que julga ser Social Democrata? Grande Bananal o nosso.
Mais um editorial lapidar de PSG no negocios.pt:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=436767
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História aplicada da fuga ao Orçamento
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
Descobriu-se uma dívida das empresas municipais de mais 400 milhões, que agora é do Estado - que agora é sua. Alguém se espanta?
Não. Isso é que é espantoso. Não estar nas contas é fazer de conta que não existe. É como o célebre dilema: se uma árvore cair numa floresta sem ninguém para ouvir, será que ela fez barulho?
A desorçamentação é a história das nossas vidas. As Scut não são se não isso, corolário das parcerias público-privadas. Cada "P" das PPP é um Prego nesse altar de dívidas, como o Tribunal de Contas tem demonstrado. As parcerias, as titularizações, as empresas multimunicipais têm todas boas razões para existir: flexibilizam a gestão, dizem. Plasticina. Porque quase todas têm uma única razão de ser: embuste máximo do casamento entre o Estado falido e privados que fazem por cem hoje e cobram por mil amanhã.
O problema está no Estado central. Das Scut às empresas públicas de transportes, que são barrigas de aluguer de dívida pública tão descomunal quanto desorçamentada. O problema está também nas autarquias, que replicaram a lição e criaram empresas que lhes escondem problemas como invólucros de lixo radioactivo.
O problema das empresas municipais existe desde que elas foram criadas. E há 2,4 delas por cada uma das 308 câmaras! É como o BPN, "toda a gente sabia" mas ninguém fez nada. Na famosa série "Sim, Sr. Ministro", cuja actualidade permanece surpreendente, o assessor Bernard recomenda, a páginas tantas: "Seguramente, os cidadãos de uma democracia têm o direito de saber!" Ao que o astuto Sir Humphrey riposta: "Não. Eles têm o direito de ser ignorantes. O saber só os torna cúmplices na culpa; na ignorância há uma certa dignidade..."
Com a alteração de regras contabilísticas, as dívidas destas empresas passam a ser reconhecidas como dívidas do Estado. Dirá Fernando Ruas, como sempre: querem fazer das autarquias bodes expiatórios do Estado Central, cujas dívidas são incomparavelmente maiores. É verdade. Mas a desfaçatez é bastante comparável. No fundo, estamos a falar de Estado que gere hoje com o dinheiro que não tem, com dívidas que amanhã os contribuintes pagarão, num processo de amnistia retroactiva.
Até há dois anos, as empresas municipais eram uma realidade paralela e pouco auditada das câmaras. Há caso mais clamoroso do que as regalias na Epul, em Lisboa, um saco azulado de falta de vergonha de quem lá andava? No Porto, qual é o verdadeiro prejuízo do Circuito da Boavista, para o qual o Estado tão generosamente contribui, se ele está convenien-temente alojado numa empresa municipal, sem rasto?
São exemplos. O ponto alto da flexibilidade que estas empresas permitiam às autarquias, compungidas por estarem atadas por regras estatais, eram as adjudicações directas. Foi o regabofe, a legitimação dos contratos à medida que permite suspeitar das maiores fraudes e menores corrupções - pelo menos de gestão discricionária. Mesmo depois de 2008, quando as adjudicações passaram a ser forçosamente por concursos públicos e com publicitação de resultados na Internet, há arte e engenho que chegue para desdobramentos de empresas em concursos.
As dívidas contraem-se como as árvores que ninguém ouve. Mas estão lá os caídos. São florestas de contribuintes que também ninguém ouve mas a quem todos falam. Uma só palavra, aliás: "paga".
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AutoMech Escreveu:
Felizmente já acabaram com essa palhaçada das taxas moderadoras para internamentos e cirurgias de ambulatório (e a constituição não as evitou!).
Pois eu sou contra as taxas moderadoras em todos os serviços de saúde e não apenas nos internamentos / cirurgias.
Na prática as taxas estão a ser usadas para financiar o SNS.
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Ainda em relação à saude provavelmente poucos vão ter a paciência de ler mas é interessante a visão do cirurgião Manuel Antunes, que há muito que defende que o problema da saúde em Portugal não é a falta de recursos mas mais a sua organização e racionalização.
http://www.diariocoimbra.pt/index.php?o ... Itemid=135
Ele em tempos parodiou dizendo que em certos serviços a descoordenação é tal que quando há cirurgião não há enfermeiro, quando há enfermeiro não há cirurgião, quando estão os dois falta o anestesista e quando estão todos não há sala.
Claro que é uma forma de dizer (a brincar) que cada um tem a sua quinta (médicos, enfermeiros, auxiliares, etc) e ninguém abdica do exercicio do seu pequeno quinhão de poder, onde o doente não é o centro das atenções.
Ele pelo contrário diz, sem problemas nenhuns, que no serviço dele quem manda é ele e as pessoas da equipa estão disponiveis quando são precisas no serviço (e não quando lhes convém). Claro que isto aos olhos de muitos tugas é um autoritário com laivos de ditador...
Preferia que o PC apresentasse medidas para organizar e racionalizar o SNS em vez dessa proposta inócua e sem consequências práticas.
http://www.diariocoimbra.pt/index.php?o ... Itemid=135
Ele em tempos parodiou dizendo que em certos serviços a descoordenação é tal que quando há cirurgião não há enfermeiro, quando há enfermeiro não há cirurgião, quando estão os dois falta o anestesista e quando estão todos não há sala.
Claro que é uma forma de dizer (a brincar) que cada um tem a sua quinta (médicos, enfermeiros, auxiliares, etc) e ninguém abdica do exercicio do seu pequeno quinhão de poder, onde o doente não é o centro das atenções.
Ele pelo contrário diz, sem problemas nenhuns, que no serviço dele quem manda é ele e as pessoas da equipa estão disponiveis quando são precisas no serviço (e não quando lhes convém). Claro que isto aos olhos de muitos tugas é um autoritário com laivos de ditador...
Preferia que o PC apresentasse medidas para organizar e racionalizar o SNS em vez dessa proposta inócua e sem consequências práticas.
Realmente essa da saúde tendencialmente gratuita estar lá ou não estar não sei se fará muita diferença.
Felizmente já acabaram com essa palhaçada das taxas moderadoras para internamentos e cirurgias de ambulatório (e a constituição não as evitou!).
Como se um tipo acordasse de manhã e dissesse "Epá, hoje não tenho nada para fazer. Vou ali a Sta Maria ver se me podem operar a qualquer coisa"
Já a do emprego tem muito que se lhe diga. Pode ser o primeiro passo para finalmente flexibilizar o mercado de trabalho.
Felizmente já acabaram com essa palhaçada das taxas moderadoras para internamentos e cirurgias de ambulatório (e a constituição não as evitou!).
Como se um tipo acordasse de manhã e dissesse "Epá, hoje não tenho nada para fazer. Vou ali a Sta Maria ver se me podem operar a qualquer coisa"

Já a do emprego tem muito que se lhe diga. Pode ser o primeiro passo para finalmente flexibilizar o mercado de trabalho.
Mcmad Escreveu:Eu concordo com a visão do PPC. Só que a uma não gratuicidade da saúde para alguns terá que corresponder um desagravar de impostos no geral..
Sim e por essa ordem de ideias o tabaco devia baixar porque os aumentos anteriores eram para financiar as SCUT....

Não concordo com o fim da saúde tendencialmente gratuita...
E duvido que alguém concordasse se por acaso trabalhasse numa região desfavorecida, onde mais de metade das pessoas que por cá aparecem tem as famosas reformas miseráveis...
É a velha lei do és velho e doente não serves...
Nyk Escreveu:Louçã acusa PSD de querer tornar a Saúde mais cara
Francisco Louçã defendeu, este sábado à noite, no Furadouro, em Ovar, que a revisão constitucional apresentada pelo PSD, ao propor que o Serviço Nacional de Saúde deixe de ser público, obrigará o cidadão «a pagar mais quando está em maiores dificuldades».
«O centro da revisão constitucional do PSD é impor a cobrança sobre os trabalhadores a partir de um salário médio», afirmou no comício o coordenador nacional do Bloco de Esquerda (BE).
«[Pedro Passos Coelho] nunca precisou qual é esse salário, mas eu imagino que seja os 650 euros e isso significa que qualquer pessoa que está na média de Portugal teria que pagar as suas consultas, os seus medicamentos, veria acabadas as comparticipações e iria pagar uma operação ou uma cirurgia», acrescentou.
Para Francisco Louçã, essa situação «não é aceitável porque significa que essas pessoas são sujeitas a um imposto sobre a Saúde quando mais dela precisam e no momento das suas maiores dificuldades».
Na medida em que «os mais pobres passam a pagar o serviço de Saúde», a revisão proposta pela Direita revela-se assim «muito expressiva quanto ao que [os sociais-democratas] querem para o país». «O BE defende, pelo contrário, que o Serviço Nacional de Saúde seja pago por todos, para que todos, quando precisarem, possam ter a certeza de que têm acesso ao melhor serviço», referiu o líder do partido.
http://diario.iol.pt/politica/louca-psd ... -4072.html
Uma boa maneira de contornar isso era obrigar os seguros de saúde a terem taxas moderadoras inferiores à do estado...
São bastantes os casos de pessoas com seguro de saúde que fazem exames médicos pelo estado só porque a taxa moderadora é mais baixa...
Re: Passos Coelho - Perfil
Mcmad Escreveu:Deep Puple Escreveu:O Passos coelho ao anunciar todas estas reformas ultra liberais não está mais do que a ser coeerente com ele próprio.
Conheci o Passos Coelho na JSD na decada de 70 e 80.
Passos Coelho já naquela altura era um ultra liberal, um acérrimo defensor do capitalismo e contrário de tudo o que era função pública.
Caso o Passos Coelho ganhe as eleições podem crer que ele acaba com a maior parte da função pública.
Nunca simpatizei com o Passos Coelho naquelas décadas já que era um ditador.
Vejam a postura dele actualmente e notarão o seu carácter.
Sou Social democrata, mas esta ala ultra liberal nunca me agradou.
Espero sinceramente que Passos Coelho não chegue a 1º Ministro.
Ainda bem que confirmas a imagem que tenho do homem
Não tenho nada contra o Passos Coelho como homem. Ele sempre foi coerente com ele próprio. È um ultra liberal, não gosta da Ad. Pública e dos Serviços Públicos. Para ele toda a economia deve estar no privado, Segurança Social, educação, Etc.
No PSD, existem várias correntes e Passos Coelho é da ala mais ultra liberal. Não é por acaso que o Paulo Portas começa a atacar o PSD. Ele sabe que o Passos Coelho atrai votos que podem ser do PP.
Nota: Nunca votei PS.
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Louçã acusa PSD de querer tornar a Saúde mais cara
Francisco Louçã defendeu, este sábado à noite, no Furadouro, em Ovar, que a revisão constitucional apresentada pelo PSD, ao propor que o Serviço Nacional de Saúde deixe de ser público, obrigará o cidadão «a pagar mais quando está em maiores dificuldades».
«O centro da revisão constitucional do PSD é impor a cobrança sobre os trabalhadores a partir de um salário médio», afirmou no comício o coordenador nacional do Bloco de Esquerda (BE).
«[Pedro Passos Coelho] nunca precisou qual é esse salário, mas eu imagino que seja os 650 euros e isso significa que qualquer pessoa que está na média de Portugal teria que pagar as suas consultas, os seus medicamentos, veria acabadas as comparticipações e iria pagar uma operação ou uma cirurgia», acrescentou.
Para Francisco Louçã, essa situação «não é aceitável porque significa que essas pessoas são sujeitas a um imposto sobre a Saúde quando mais dela precisam e no momento das suas maiores dificuldades».
Na medida em que «os mais pobres passam a pagar o serviço de Saúde», a revisão proposta pela Direita revela-se assim «muito expressiva quanto ao que [os sociais-democratas] querem para o país». «O BE defende, pelo contrário, que o Serviço Nacional de Saúde seja pago por todos, para que todos, quando precisarem, possam ter a certeza de que têm acesso ao melhor serviço», referiu o líder do partido.
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"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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