Guy Villax culpa baixo preço dos genéricos por ruturas de "stock" nas farmácias

[MarcoAntonio]

Aqui fica a actualização do gráfico com a evolução das margens (as subidas esta semana foram abaixo do esperado):

[MarcoAntonio]

Não sei até que ponto a disponibilização dos preços online no portal estatal (tornando mais visíveis as disparidades dos preços) poderá ter influído no sentido de os preços terem passado a ser iguais em praticamente todos os postos. Mas enfim, é pura especulação da minha parte (embora me parece ser uma razão plausível pois nem sequer estamos numa fase de especialmente acalorada polémica sobre os combustíveis... o assunto até já passou um pouco de moda).

[Elias]

pois, eu reparei que os postos GALP estão agora todos ou quase todos a praticar os preços de referência, em distritos tão variados como Lisboa, Coimbra, Viseu, Évora, Castelo Branco ou Portalegre.

Também reparei noutro pormenor que pode começar a ser um problema: já há várias dezenas de postos que não actualizam os seus preços no site, induzindo em erro os utilizadores. Esta situação estará prevista?

1 abraço,
Elias

[MarcoAntonio]

Uma série de Postos que praticavam preços mais altos que os de referência e mais centrados em Lisboa e arredores, estão agora a praticar os preços de referência. Não é propriamente uma questão de opinião mas do que está a acontecer (preços são valores concretos e ou são iguais ou não são). Actualmente são iguais...

[Elias]

O pessoal que reclamava por preços diferenciados, já os começa a ter: tal como já ocorria em Espanha, os preços começam a tender a ficar mais caros nos grandes centros - especialmente Lisboa - e mais baratos nos pontos mais deslocalizados.

Marco,

Manténs a tua opinião relativamente a este ponto?

1 abraço,
Elias

[MarcoAntonio]

As subidas, não muito diferentes do que eu já tinha advertido/antecipado, estão perfeitamente de acordo com a evolução do preço dos combustiveis nos mercados internacionais a semana passada.

Para a semana que vem, alerto já para subidas ainda mais significativas. De acordo com o que já decorreu esta semana é de esperar subidas na ordem dos 3 centimos ou mesmo mais.

Os combustíveis estão agora, depois de uma fase de acalmia, a responder em força às subidas do petróleo, especialmente desde meados da semana passada...

Já tinha alertado para o amento mais significativo este semana portanto quem acompanha aqui o tópico já estava prevenido...

BP, Galp, Cepsa e Repsol
Gasolineiras voltam a aumentar preços dos combustíveis

As gasolineiras aumentaram esta noite os preços tanto do gasóleo como da gasolina. As subidas foram verificadas na BP, na Galp, na Repsol e na Cepsa.

Lara Rosa
lararosa@negocios.pt


As gasolineiras aumentaram esta noite os preços tanto do gasóleo como da gasolina. As subidas foram verificadas na BP, na Galp, na Repsol e na Cepsa.

A Galp aumentou o preço do gasóleo em 2,5 cêntimos, o que leva o litro do combustível a custar 0,974 euros. Já a subida da gasolina sem chumbo 95 octanas aumentou em 2 cêntimos para os 1,199 euros.

No caso da BP, o aumento foi de 2 cêntimos no gasóleo e de 1 cêntimo na gasolina, para os 0,979 euros e 1,199 euros, respectivamente.

Esta subida foi a segunda desta semana na BP, tal como acontece com a Repsol que avançou os seus preços em 1,5 cêntimos no caso do gasóleo, para os 0,973 euros e em 1 cêntimo na gasolina que passou a custar 1,197 euros.

A Cepsa aumentou esta noite o gasóleo para os 0,979 euros por litros, um acréscimo de 3,2 cêntimos, e a gasolina para os 1,199 euros, um aumento de 2,2 cêntimos.

Esta subida surge depois de tanto os preços do petróleo como da gasolina terem subido na semana passada.

Mais logo actualizo o gráfico da evolução das margens.

[MarcoAntonio]

As subidas, não muito diferentes do que eu já tinha advertido/antecipado, estão perfeitamente de acordo com a evolução do preço dos combustiveis nos mercados internacionais a semana passada.

Para a semana que vem, alerto já para subidas ainda mais significativas. De acordo com o que já decorreu esta semana é de esperar subidas na ordem dos 3 centimos ou mesmo mais.

Os combustíveis estão agora, depois de uma fase de acalmia, a responder em força às subidas do petróleo, especialmente desde meados da semana passada...

[pedrom]

Confesso que continuo a estranhar que neste país se façam notícias a informar que uma determinada petrolífera aumentou os preços em 1 cêntimo.

Eu acho que isso nem devia ser motivo de notícia.

Antes da liberalização as noticias e as ameaças de greves eram feitas com base em 1 escudo!!!!

Ainda me lembro que cada vez que se falava em aumento de 1 escudo era 8 dias a falar na questão....

[Elias]

Confesso que continuo a estranhar que neste país se façam notícias a informar que uma determinada petrolífera aumentou os preços em 1 cêntimo.

Eu acho que isso nem devia ser motivo de notícia.

[limpaesgotos]

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http://economico.sapo.pt/noticias/galp- ... _6608.html

Energia
Galp e Cepsa aumentam preços dos combustíveis
Rita Paz
25/03/09 11:41

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Esta semana, a BP é a petrolífera com os preços da gasolina mais baixos no mercado.

A Galp Energia e a Cepsa subiram os preços da gasolina e do gasóleo esta madrugada, apurou o Económico.

O aumento é justificado pela evolução das cotações dos produtos refinados nos mercados internacionais

Contactada pelo Económico, a Galp avançou que aumentou o preço do litro da gasolina e do gasóleo em 1 cêntimo.

Nos postos da petrolífera nacional, o preço do litro da gasolina passa assim a custar 1,179 cêntimos, enquanto que o do gasóleo vale 0,949 euros por litro.

Também a Cepsa aumentou o litro da gasolina 95 octanas em 1,4 cêntimos para 1,169 euros e o do gasóleo em 0,8 cêntimos para 0,945 euros, disse ao Económico fonte da petrolífera.

Já a BP e a Repsol disseram que, esta semana, ainda não tomaram uma decisão quanto aos preços dos combustíveis.

Assim, na Repsol, a gasolina vale 1,167 euros por litro e o gasóleo custa 0,938 euros. Já nos postos da BP, o preço do litro da gasolina custa 1,159 euros e o do gasóleo 0,939 euros.

Na semana passada passada, o petróleo passou a barreira dos 50 dólares por barril e mantém-se nesse patamar desde então.

O 'brent' (petróleo de referência para as importações portuguesas), valorizou neste período 14%, à semelhança dos produtos refinados, o que, a manter-se, poderá levar a novos aumentos dos preços dos combustíveis.

[tiagopt2]

Thanks

[MarcoAntonio]

O Gasóleo deverá subir ligeiramente (possivelmente 1 centimo), a Gasolina presumo que irá manter o preço.


Relativamente à semana que agora terminou, os preços da GALP não se alteraram o que no Gasóleo está correcto e em linha com o preço dos combustíveis nos mercados internacionais. Já a Gasolina nem por isso, havia espaço para uma ligeira descida. Esta semana os preços subiram ligeiramente de novo e daí a conclusão do parágrafo anterior.

Nas últimas 4/5 semanas as mexidas nos preços têm sido bem mais ligeira (mesmo esta semana, a subida do petróleo - que depois se reflecte no dos combustíveis refinados - foi atenuada pela subida do Euro face ao Dolar também).

[tiagopt2]

Marco,
Já tens uma estimativa para a próxima semana?

[Açor3]

Ana Isabel Pimenta
Era uma vez... o petróleo e os preços altos!

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Era uma vez a maior subida do preço do barril do ouro negro (mais conhecido por petróleo). Nunca se ouvira falar de tal valor nos mercados e o calendário apontava um ano que ficaria para sempre na História: 1973.


Era uma vez a maior subida do preço do barril do ouro negro (mais conhecido por petróleo). Nunca se ouvira falar de tal valor nos mercados e o calendário apontava um ano que ficaria para sempre na História: 1973. Mais tarde ficou conhecido como o primeiro choque petrolífero, seguindo-se outro em 1979, tendo sido a crise petrolífera mais grave de todos os tempos. Mas também hoje vivemos uma espécie de choque petrolífero, um choque petrolífero permanente e contínuo, no qual os preços se têm mantido altos relativamente a períodos anteriores. Contudo, apesar de terem ocorrido dois choques desde o final dos anos 90 muito similares aos dos anos 70, a economia manteve-se relativamente estável.

Há então uma relação entre a subida do preço do petróleo e as recessões económicas, mas que não parece ser igual em todos os períodos. Este tema tem sido abordado por muitos economistas desde os anos 70 até aos dias de hoje. O objectivo tem sido tentar compreender quais as causas e as consequências desta subida do preço do petróleo enfatizando, ao mesmo tempo, o porquê destas diferenças entre os anos 70 e o final dos anos 90.

Estudos recentes de economistas como Hamilton, Barsky e Kilian, Jones, Leiby e Paik apontaram algumas explicações para este efeito menos negativo sobre a economia recentemente (quando comparado com os anos 70). Uma melhor e mais credível política monetária pelos bancos centrais parece ser um factor aceite por muitos. A diminuição da rigidez do valor real dos salários e a realocação da força laboral, que tornaram o mercado de trabalho mais flexível, são igualmente explicações dadas. A própria diminuição do peso do petróleo na produção industrial e no consumo também se ajusta a estas explicações. Não esqueçamos ainda que este é um mercado quase monopolista, ou seja, os produtores têm capacidade para fixar um preço bem acima do custo relativo de extracção da matéria, dado que actuam quase como um só. O caso mais relevante neste contexto é a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que possui cerca de 70% das reservas mundiais de petróleo, permitindo-lhes fixar um preço bem mais elevado do que o real e controlar o volume de produção. Por outro lado, existem factores como a especulação, o aumento da procura mundial e o problema da escassez desta matéria-prima.

Através de uma análise de dados das economias da Zona Euro entre 1970 e 2005, é possível verificar algumas destas teorias. Houve de facto uma quebra temporal na relação entre o preço do petróleo e o PIB da Zona Euro em 1980, sendo que o PIB reage negativamente e a inflação positivamente a um choque petrolífero. A inflação demora mais tempo a ajustar-se nos anos 70 comparativamente aos anos 90. Ao mesmo tempo, a procura mundial ajuda a explicar mais a variação total do preço do petróleo nos anos 70 do que nos anos 90. Estes podem ser factores relevantes na percepção das diferenças entre os anos 70 e os anos 90. De facto, se a inflação demorou mais tempo a ajustar-se e a procura mundial foi mais relevante nos anos 70, as economias terão sido mais afectadas por isso.

Causas, efeitos e consequências de um choque petrolífero foram alvo de investigação e pesquisa através das mais diversas abordagens. Actualmente a investigação continua e continuará... Talvez este seja um tema "de sempre" e "para sempre". Certamente o será enquanto o petróleo continuar a fazer parte das nossas vidas, comecem elas por "era uma vez" ou não...


Baseado no trabalho de projecto "The macroeconomic impact of oil price shocks on the Euro Zone economies", Mestrado em Economia, Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, 2009. Trabalho orientado pelo professor Luís Catela Nunes.

Aluna de Mestrado em Economia
Faculdade de Economia da UNL

JN

[Elias]

Será que o ACP fez algum estudo que permita sustentar a afirmação de que o preço dos conbustíveis não acompanha o preço do petróleo?

[Açor3]

ACP queixa-se a Durão Barroso do mercado de combustíveis em Portugal


17/03/2009


O presidente do Automóvel Club de Portugal, Carlos Barbosa, foi recebido na passada sexta-feira, pelo o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, tendo-se queixado sobre o mercado dos combustíveis em Portugal.

“Carlos Barbosa teve oportunidade de expor a Durão Barroso as preocupações do ACP e da FIA pelo facto do preços dos combustíveis, em Portugal e na Europa, não acompanharem as variações do preço do petróleo e da pouca transparência na formação dos preços”, conta o ACP, em comunicado.

Carlos Barbosa, citado no mesmo documento, diz que “o tema dos combustíveis, em Portugal e na Europa, é um tema demasiado importante para se perder em burocracias e que exige celeridade e rigor na abordagem”.

Outro assunto que levou o presidente do ACP a reunir-se com Durão Barroso foi a adjudicação de 500 milhões de euros para as infra estruturas rodoviárias europeias.

De um total de 200 mil milhões de euros do Plano de Recuperação Económica da Europa, Carlos Barbosa defende que “se deve ir mais longe nesta verba uma vez que o mau estado das infra estruturas rodoviárias, em Portugal e não só, contribuem para o aumento da sinistralidade rodoviária, para a subida do consumo de combustível e consequentemente para o aumento das emissões de CO2”.

O presidente do ACP diz ainda que o acréscimo do investimento neste sector significaria também um aumento de postos de trabalho, tão valiosos na conjuntura actual de crise.




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Banco BPI

[MarcoAntonio]

A gasolina está a encarecer e é praticamente certo que irá subir na semana que vem nas bombas (possivelmente em 2 centimos). O gasóleo por seu turno deve manter o preço...

Perfeitamente como o esperado, a gasolina subiu (no caso 1.2 centimos) e o gasóleo manteve, na GALP.

Segue o gráfico anexo da evolução das margens onde se constata que os preços dos combustiveis continuam a evoluir dentro do esperado.

Desde Outubro passado a margem estimada situa-se nos 16 centimos em média...

[Flying Turtle]

Estimado/a utilizador/a,

Estamos empenhados em ajudar os consumidores a tornar o abastecimento da sua viatura numa tarefa mais cómoda e a reduzir cada vez mais a factura mensal com os combustíveis.

Uma pergunta frequente que os consumidores de combustível fazem é se realmente vale a pena fazer um desvio para abastecer num posto mais barato. Será que compensa? O Mais Gasolina tem a solução e criou o novo Comparador de preços dos combustíveis em http://www.maisgasolina.com/comparador- ... bustiveis/

Esta nova ferramenta permite comparar até 5 postos de abastecimento e calcular se compensa fazer um desvio para atestar numa bomba mais barata indicando o custo a cada 100km do depósito que irá abastecer. Caso vá de viagem, será indicado qual o posto que permite um custo total da viagem mais reduzido, assim como um custo por quilómetro inferior.

Para utilizar este comparador deve indicar o seu ponto de partida (e ponto de chegada, caso simule uma viagem), o consumo médio da sua viatura e o combustível utilizado. Deverá também indicar o preço por litro que pagou no último abastecimento e o valor que pretende abastecer em Euros ou Litros.

Recorrendo a um complexo algoritmo, esta ferramenta usa os dados do trajecto mais rápido indicado pelo Google Maps recorrendo a mapas e percursos da TeleAtlas, calculando assim os quilómetros percorridos e o custo do combustível, comparando os vários postos e indicando qual a opção mais barata.

Experimente o comparador em http://www.maisgasolina.com/comparador- ... bustiveis/


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O Mais Gasolina recebeu ontem vários preços errados de forma propositada do site da DGEG. Assim, e por pressões externas o Mais Gasolina deixará de publicar os preços da DGEG, devidamente identificados, como tem feito até hoje. Poderá visitar o blog do Mais Gasolina em http://blog.maisgasolina.com para mais informações.

Já experimentei e parece-me intererssante. Atenção: Utilizar sempre o ponto, e não a vírgula, como separador decimal.

E que me dizem do último parágrafo citado acima?

FT

[MarcoAntonio]

Os dois combustíveis estão com comportamentos distintos, muito diferenciados mesmo. A tal ponto que já estão os dois novamente ao mesmo preço!

A gasolina está a encarecer e é praticamente certo que irá subir na semana que vem nas bombas (possivelmente em 2 centimos). O gasóleo por seu turno deve manter o preço...



Já agora, só para se ter uma ideia da disparidade da evolução dos dois combustíveis, há seis semanas atrás os preços médios por litro eram estes:

Gasoleo - 0.281 eur/litro
Gasolina - 0.220 eur/litro

Na média mais recente que tenho disponível de momento estão nestes valores:

Gasoleo - 0.238 eur/litro
Gasolina - 0.238 eur/litro




Note-se que até chegar ao depósito do cliente final, os preços levam, por esta ordem com:

- Margem do sector (distribuição e retalho) na ordem dos 16 centimos por litro;

- ISP (imposto sobre combustíveis) que é de 36 centimos no gasóleo e de 58 centimos na gasolina, por litro;

- IVA a 20% sobra o somatório dos valores anteriores.


É desta forma que os combustíveis chegam ao depósito do cliente aos valores a que vemos e estão perfeitamente dentro dos valores expectáveis e nunca poderiam estar a preços que diversas mentes distraídas por aí apregoam...



.

[pedrom]

Marco a subida que não ocorreu esta semana será de a esperar para a próxima semana ou a tendencia é para manter?

[MarcoAntonio]

Os preços médios dos combustíveis refinados acabaram por subir, embora ligeiramente apenas. A GALP optou por manter os preços esta semana, conforme confirmado numa das notícias do Negócios...

Assim, aqui fica a actualização do gráfico da evolução das margens por comparação entre o preço de referência e o preço médio semanal nos mercados internacionais na semana anterior.

[MarcoAntonio]

Ora um jogo pressupôe 2 intervenientes. Cnsigo descortinar apenas 1 no mercado dos combustíveis. [/b]

Um jogo pressupõe n intervenientes (e n pode ser 1).

No caso concreto dos combustíveis, existem n intervenientes em que n é bastante elevado (consumidores, produtores (refinadores), distribuidores, retalhistas, estado, entidades reguladoras, etc).

A razão porque separei o Estado das Entidades Reguladores deve-se ao facto do Estado actuar a dois níveis diferentes, pelo menos: ao nível fiscal dado que os impostos não são constantes e ao nível legislador.

Woodstock, sobre-simplificar as questões não nos leva a lado nenhum a não ser não esclarecer nada e passar ao lado dos problemas ou questões pertinentes que existem num determinado assunto. Dizer que só há um interveniente no mercado dos combustíveis não tem ponta de realismo...

[MarcoAntonio]

Economia
No actual panorama
ERSE: «regular combustíveis seria desperdiçar esforços»
2008/10/27 21:10 Marta Dhanis

Vítor Santos fala sobre a possibilidade de ter intervenção neste mercado
Com o actual panorama, em que a Autoridade da Concorrência (AdC) considerou num primeiro relatório que o sector dos combustíveis é competitivo, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) diz que não faz sentido regular este mercado pois seria «desperdiçar esforços», disse o presidente à Agência Financeira.

«Não faz sentido haver regulação com este panorama. Seria desperdiçar esforços», afirmou Vítor Santos, explicando que se poderia pensar numa regulação da ERSE no transporte e armazenagem apenas se a AdC concluísse falta de concorrência nestas áreas. «O que não aconteceu no relatório da AdC», sublinhou.

No entanto, é esperado um novo relatório de uma investigação aprofundada da Concorrência sobre o mercado dos combustíveis em Março do próximo ano e aí tudo pode mudar de figura, caso as conclusões sejam diferentes. «Se as conclusões se mantiverem não faz sentido estar a complementar a regulação. Aguardemos com tranquilidade», rematou o presidente da ERSE.

Portanto, hoje o mercado é regulado de forma passiva pela AdC através da vigilância e análise de comportamento do preço.

Contudo, se as conclusões da AdC começarem a ir num sentido diferente do que têm ido, então a ERSE poderá entrar em cena e a regulação passa a ser activa, com imposição ou limitação dos preços.

[Woodstock]

Regime jurídico da concorrência
Artigo 4º
1-São proibidos...nomeadamente os que se traduzam em:
a)Fixar de forma directa ou indirecta, os preços de compraou de venda ou interferir na sua determinaçãopelo livre jogo de mercado, induzinfdo, artificialmente, quer a sua alta quer a sua baixa.


Ora um jogo pressupôe 2 intervenientes. Cnsigo descortinar apenas 1 no mercado dos combustíveis. [/b]

[MarcoAntonio]

Naturalmente que se a AdC concluir que existem divergências assinaláveis no comportamento do preço, esse será um forte factor a concorrer para que a situação se venha a reverter e voltemos a ter preços regulados por uma qualquer entidade (por exemplo, a ERSE).

A ocorrerem, será oficialmente a AdC a entidade responsável por os detectar (bem como outras práticas lesivas)...

O tema esteve de resto na mesa e foi discutido no Parlamento há uns meses atrás mas perante os relatórios da AdC que na altura apontavam para uma evolução correcta dos preços, a ERSE afastou no seu parecer a necessidade de regular o preço dos combustíveis.

Mas vai ser uma matéria que vai estar sempre em ponderação. Este tema é demasiado importante, vital e complexo para ficarmos à espera que o mercado só por si determine o preço...