Desde que foi anunciada a proposta de Isabel dos Santos de fusão do BCP com o BPI que não levei a sério tal proposta. Ela é, apenas, uma jogada de recurso, eu diria mesmo, de desespero, de Isabel dos Santos (já se percebeu que não avançará com uma OPA concorrente sobre o BPI), para tentar manter a cotação da ação do BPI mais alta do que o preço oferecido pela OPA e, assim, forçar a revisão em alta do preço da OPA.
A proposta de fusão do BCP com o BPI, apresentada por Isabel dos Santos, não é, realmente, para valer.
Repare-se que até agora nenhum acionista do BCP se pronunciou publicamente a favor da fusão do BCP com o BPI, nem mais nenhum acionista do BPI, além de Isabel dos Santos, o fez. Além disso, a Comissão Executiva do BPI ainda não manifestou disponibilidade (não significa que não o venha a fazer) para analisar a proposta de fusão do BCP com o BPI, como já fez a Comissão Executiva do BCP.
Tudo isto, diz muito, da falta de vontade de ambos os campos, BCP e seus acionistas e BPI e respetivos acionistas, na concretização da fusão dos dois bancos.
O efeito “fusão “, sobre o BCP, já se dissipou (se a cotação do BCP subir não será por causa da fusão), e, sobre o BPI, vai-se dissipar.
Para se dançar o tango são precisos dois ...