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Caldeirão da Bolsa

A crise na RTP

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MiamiBlue » 26/8/2012 12:28

Dom_Quixote Escreveu:
Pois, era o ideal, mas para isso tinhas de alterar a constituição... e como "serviço público" é sinónimo de "controlo e poder" por parte de quem (des)governa, ora este ora aquele, não vai haver vontade política para tal...

Assim, essa tua opção a meu ver é um nado morto. Era a ideal mas nem em cima da mesa será colocada. :evil:

Já agora, porque é que terá surgido agora esta prenda ainda por cima colocada na ordem do dia por António Borges? :roll: Não será porque começa a aparecer na imprensa notícia de que o déficit já vai em 6%? :roll:

Continuam a fazer de nós uns tótós... :evil:


Negócio e acções de fazer inveja ao anterior Governo..

Andamos a falar de rendimentos excessivos, e segundo as contas do Expresso, o método de proposto assegura um lucro anual a rondar os 10%.

Criticam as PPP (que todos criticamos) e agora idealiza-se um negócio com rentabilidade semelhantes.

Ao mesmo tempo, o défice 2012 a caminho dos 6%..

JS não faria melhor..
 
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por Dom_Quixote » 26/8/2012 10:53

AutoMech Escreveu:
Dom_Quixote Escreveu:
AutoMech Escreveu:Não faz sentido extorquir a taxa audiovisual + impostos a todos só porque uma minoria (assim mostram as audiências) gosta e quer ver um determinado tipo de programação. Parece a discussão dos subsidio ao Manuel de Oliveira para filmes que ninguém vê.


Vais pagar à mesma a taxa de audiovisual, mas tens duas opções e isso é que está em causa (não é a programação):

1 - Pagas ao concessionário do canal 1.

2 - Pagas à RTP2, que assegura o serviço público.

A opção 2 pode e deve ser bem menos onerosa que a 1.


Há outra opção que é não haver televisão nem essa coisa do serviço público de televisão.


Pois, era o ideal, mas para isso tinhas de alterar a constituição... e como "serviço público" é sinónimo de "controlo e poder" por parte de quem (des)governa, ora este ora aquele, não vai haver vontade política para tal...

Assim, essa tua opção a meu ver é um nado morto. Era a ideal mas nem em cima da mesa será colocada. :evil:

Já agora, porque é que terá surgido agora esta prenda ainda por cima colocada na ordem do dia por António Borges? :roll: Não será porque começa a aparecer na imprensa notícia de que o déficit já vai em 6%? :roll:

Continuam a fazer de nós uns tótós... :evil:
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por alexandre7ias » 26/8/2012 10:34

Mcmad Escreveu:Opinião de um especialista.

Jorge Miranda considera insconstitucional modelo apresentado para RTP

Sandra Duarte/Paula Rebelo/Manuel Salselas/Nuno Castro 25 Ago, 2012, 22:29
O pai da Constituição diz que a concessão da RTP a privados é inconstitucional. Jorge Miranda não tem dúvidas de que o plano avançado por António Borges viola a lei fundamental do país.


http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
.


A constituição deve ser um pesadelo para alguns, principalmente para os que gostavam de fazer o que lhes da na cabeça!
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
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por Elias » 26/8/2012 9:46

Storgoff Escreveu:Elias, já vi que tens o dom de distorcer completamente aquilo que eu digo.


Não sei qual foi a parte que eu distorci.

O que eu sei é que continuas a não explicar quais são as minorias que consideras que o tal serviço público que defendes deve contemplar.

São as minorias étnicas? políticas? religiosas? ou outras?
Já percebi que tambem bebes das mesmas teorias dos Chicago boys.

Storgoff Escreveu:Alias o serviço publico é em regra o garante de padroes minimos dos conteudos pelo menos nos canais de sinal aberto.


Deve ser por isso que a RTP desde há vários anos que continua aperder quota de mercado... :roll:

Mas não há crise porque o contribuinte paga :lol:

Storgoff Escreveu:Senão a coisa entra na pura logica de audiencias vs. lucro e a coisa rapidamente descamba para conteudos a niveis abaixo de zero.
:wink:


Podes concretizar?

Storgoff Escreveu:Por que se fosse apenas para os grandes públicos o mercado automaticamente garantia isso e então TVI e SIC garantiam o serviço publico
Essa é a lógica de mercado e é por isso que existe o serviço publico para garantir aquilo que o mercado nunca garantiria ao publico.


Ah sim? E que programas são esses?

Storgoff Escreveu:Quanto à RTP 1 até concordo em certa medida. Mas se reparares não passam telenovelas


Isso não é verdade. Durante a semana, logo após o jornal da tarde lá vem a bela da telenovela.

Storgoff Escreveu:e os intervalos publicitarios são mais pequenos que nos privados.


É natural, pois o contribuinte financia o resto.

Storgoff Escreveu:E quanto ao Malato há ali algo de serviço publico. È un concurso de cultura geral.


Há muito muito tempo que eu não vejo esse programa, das últimas vezes que vi até fiquei mal disposto porque eram frequentes as perguntas erradas ou ambíguas. Esse concurso de cultura geral, como lhe chamas, não serve para aprender nada, mas sim para dar os 15 minutos de fama a uma data de gente que não tem outra oportunidade para aparecer na TV. Para mim isso não é serviço público, mas sim caridade.
 
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por Mcmad » 26/8/2012 5:38

Opinião de um especialista.

Jorge Miranda considera insconstitucional modelo apresentado para RTP

Sandra Duarte/Paula Rebelo/Manuel Salselas/Nuno Castro 25 Ago, 2012, 22:29
O pai da Constituição diz que a concessão da RTP a privados é inconstitucional. Jorge Miranda não tem dúvidas de que o plano avançado por António Borges viola a lei fundamental do país.


http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=61
Confira as minhas opiniões

http://markoeconomico.blogspot.com/
 
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por Storgoff » 26/8/2012 1:48

AutoMech Escreveu:
Storgoff Escreveu:Automech quanto às condições de serviço publico não vou bater mais nessa tecla.
Esta la mais do que escarrapachado a questão de públicos minoritários.

So mesmo quem quiser ler aquilo de forma completamente distorcida é que pode negar essa evidencia.
Alias se assim não fosse nem fazia sentido muitas das condições de serviço publico .
Por que se fosse apenas para os grandes públicos o mercado automaticamente garantia isso e então TVI e SIC garantiam o serviço publico
Essa é a lógica de mercado e é por isso que existe o serviço publico para garantir aquilo que o mercado nunca garantiria ao publico.


Mais um bom argumento para acabar com essa palhaçada do serviço público. Se mesmo estando lá escarrapachado, temos de gramar aquilo que a RTP1 nos enfia pelo gargalo abaixo, nada impede que no futuro a concessionada não faça o mesmo.


Quanto à RTP 1 até concordo em certa medida. Mas se reparares não passam telenovelas e os intervalos publicitarios são mais pequenos que nos privados.
E quanto ao Malato há ali algo de serviço publico. È un concurso de cultura geral.
Mesmo o Portugal no coração é um progrma de divulgação do pais.

:lol:
 
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por Automech » 26/8/2012 1:37

Storgoff Escreveu:Automech quanto às condições de serviço publico não vou bater mais nessa tecla.
Esta la mais do que escarrapachado a questão de públicos minoritários.

So mesmo quem quiser ler aquilo de forma completamente distorcida é que pode negar essa evidencia.
Alias se assim não fosse nem fazia sentido muitas das condições de serviço publico .
Por que se fosse apenas para os grandes públicos o mercado automaticamente garantia isso e então TVI e SIC garantiam o serviço publico
Essa é a lógica de mercado e é por isso que existe o serviço publico para garantir aquilo que o mercado nunca garantiria ao publico.


Mais um bom argumento para acabar com essa palhaçada do serviço público. Se mesmo estando lá escarrapachado, temos de gramar aquilo que a RTP1 nos enfia pelo gargalo abaixo, nada impede que no futuro a concessionada não faça o mesmo.
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por Storgoff » 26/8/2012 1:31

AutoMech Escreveu:
Storgoff Escreveu:Se calhar tu é que não leste bem as condições de serviço publico
Ou fizeste apenas uma busca pela palavra minorias?


As condições que colocaste já por aqui passaram há muito tempo (estão lá para trás) por isso já as conhecia. A leitura das mesmas permite ver que não se aplicam, nem por sombras, a minorias, excepto um ou outro ponto.

A maior parte deles abrange um grande universo de público. Mal seria se não fosse assim, diga-se. Se realmente as condições de serviço público fossem orientadas para minorias seria um escândalo.

Storgoff Escreveu:O que referistes em termos de conteúdos diz respeito à RTP 1.
Os Malatos, preços certos e afins
Mas a RTP são muitos mais canais incluindo canais subscritos que representam receita para o grupo e nesses todos a RTP 2 é que melhor cumpre o contrato

Eu sei que abrange mais, lamentavelmente. Um mal nunca vem só.

Storgoff Escreveu:No entanto a obrigação da RTP é no seu conjunto de canais
Se a RTP 1 se afasta um pouco do que é serviço publico é exactamente porque adopta uma lógica comercial como os privados e segundo julgo saber o canal 1 não e deficitário


O que é imoral porque as outras têm de ser rentáveis e a RTP1, apesar de ter lógica comercial, recebe confortavelmente do estado centenas de milhões de euros extorquidos aos contribuintes, fazendo assim concorrência desleal.

O mesmo se aplica à RTP informação que compete com a TVI24 e com a SICN.



Automech,

Quanto às condições de serviço publico não vou bater mais nessa tecla.
Esta la mais do que escarrapachado a questão de públicos minoritários.

Refiro-me a publicos minoritários do ponto de vista de audiencias o que não tem nada a ver com minorias etnicas, religiosas ou afins.

So mesmo quem quiser ler aquilo de forma completamente distorcida é que pode negar essa evidencia.
Alias se assim não fosse nem fazia sentido muitas das condições de serviço publico .
Se fosse apenas para satisfazer os grandes públicos o mercado automaticamente garantia isso e então TVI e SIC garantiam o serviço publico
Essa é a lógica de mercado.
Por isso mesmo é que existe o serviço publico de forma a garantir a transmissão de conteudos televisivos que o mercado por si só nunca garantiria.

A minha tónica vai no entanto para a questão da privatização e eventual desmantelamento de alguns dos actuais canais da RTP.

Se a questão é o custo do serviço publico, que se faça uma discussão publica sobre o mesmo ajustando-o ás capacidades financeiras do pais.

Isso passara eventualmente por maior diminuição de custos e mordomias dentro da empresa.
Por corte nas remunerações das vedetas etc…
Não será é com certeza pelo desmantelamento do canal 2 que passa a solução porque esse é exactamente o que melhor define o serviço publico.

Agora virem dizer que a solução maravilha é concessionar a RTP1 a privados.
Tenham dó

È isso que se passa com a BBC, tida como referencia do serviço publico??
È isso que se passa em França e na Alemanha??

Países sempre referencia na boa gestão dos dinheiros publicos
Os privados só aparecem se a coisa for lucrativa.
Portanto vão querer rendas do estado mas não vão querer suportar os passivos da empresa.
O estado que fique com eles.


Na pratica não se vai discutir em nada o que deve ser o serviço publico e quais os custos que o pais esta disposto a suportar mas vai se impor uma solução que não passa de mais uma negociata com privados onde o estado em regra baixa as calcinhas e o publico vai claramente ficar como um serviço muito mais pobre e mais caro tendo em conta a oferta.

O privado que ficar com a concessão terá à semelhança das PPP´s rodoviárias um contrato bem armadilhado que o salvaguarda em todas as frentes e como tal vai fazer o mínimo dos mínimos em relação às condições de serviço publico impostas pelo estado.
Provavelmente vai tentar colar-se à SIC e TVI em termos de programação e receitas publicitarias mas simultaneamente tem as rendas certas do estado.

Ou seja, vamos continuar a pagar e a pagar bem mas agora apenas para ver trampa e encher os bolsos dum privado que ganha uma concessão por 20 ou 30 anos.

Se o estado respigar o privado espeta-lhe com o contrato bem armadilhado por uma dessas grandes sociedades de advogados do pais com larga experiencia em preparar contratos para PPP´s e ainda exige uma indeminização.

O estado enfim mete o rabinho entre as pernas, pede desculpa pelo incómodo e o negocio lá continua.

O tuga esse faz jus ao seu triste fado.
Paga e não bufa.
Editado pela última vez por Storgoff em 26/8/2012 15:49, num total de 1 vez.
 
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por Automech » 26/8/2012 1:02

Storgoff Escreveu:Viva os Chicago Boys

:mrgreen: :mrgreen:


Sem complexos, embora não concorde com a cartilha toda. A diferença é que o liberal, ainda que não concorde, respeita os que são socialistas e comunistas, tratamento que sabe de antemão que jamais terá reciprocamente.
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por Storgoff » 26/8/2012 0:55

AutoMech Escreveu:Para mim a medida correcta era acabar com o serviço público de televisão e liberalizar as licenças de canais em sinal aberto.

Se houver restrições técnicas quanto ao número de canais que podem existir em sinal aberto, então abrir e leiloar o maior número de licenças possível. Tão simples como isso.



Viva os Chicago Boys

:mrgreen: :mrgreen:
 
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por Automech » 26/8/2012 0:53

Para mim a medida correcta era acabar com o serviço público de televisão e liberalizar as licenças de canais em sinal aberto.

Se houver restrições técnicas quanto ao número de canais que podem existir em sinal aberto, então abrir e leiloar o maior número de licenças possível. Tão simples como isso.
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por Automech » 26/8/2012 0:49

Storgoff Escreveu:Se calhar tu é que não leste bem as condições de serviço publico
Ou fizeste apenas uma busca pela palavra minorias?


As condições que colocaste já por aqui passaram há muito tempo (estão lá para trás) por isso já as conhecia. A leitura das mesmas permite ver que não se aplicam, nem por sombras, a minorias, excepto um ou outro ponto.

A maior parte deles abrange um grande universo de público. Mal seria se não fosse assim, diga-se. Se realmente as condições de serviço público fossem orientadas para minorias seria um escândalo.

Storgoff Escreveu:O que referistes em termos de conteúdos diz respeito à RTP 1.
Os Malatos, preços certos e afins
Mas a RTP são muitos mais canais incluindo canais subscritos que representam receita para o grupo e nesses todos a RTP 2 é que melhor cumpre o contrato

Eu sei que abrange mais, lamentavelmente. Um mal nunca vem só.

Storgoff Escreveu:No entanto a obrigação da RTP é no seu conjunto de canais
Se a RTP 1 se afasta um pouco do que é serviço publico é exactamente porque adopta uma lógica comercial como os privados e segundo julgo saber o canal 1 não e deficitário


O que é imoral porque as outras têm de ser rentáveis e a RTP1, apesar de ter lógica comercial, recebe confortavelmente do estado centenas de milhões de euros extorquidos aos contribuintes, fazendo assim concorrência desleal.

O mesmo se aplica à RTP informação que compete com a TVI24 e com a SICN.
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por Storgoff » 26/8/2012 0:40

AutoMech Escreveu:
Storgoff Escreveu:Eu não invento nada.
Esta aqui é so ler


Então é melhor leres porque em lado nenhum fala em programação para minorias.


Storgoff Escreveu:Quanto aos lucros da RTP, SA são lucros ponto final.
Ou as regras da contabilidade aqui já não são validas
Os ses que levantas não fazem sentido.



OK, então para ti é perfeitamente normal que uma empresa diga que tem lucros, apesar destes virem da extorsão do audiovisual e de transferências do orçamento de estado (ou seja impostos).

Nesse caso deves ser a favor de todas as PPPs porque elas também prestam um serviço e têm lucro. O facto de terem lucro à conta das transferências do estado não interessa nada.


Storgoff Escreveu:Uma coisa são indeminizações compensatorias.
São montantes definidos contratualmente que o estado tem de suportar por custos que a RTP tem ao prestar um serviço publico e que um operador privado nunca tem.
Portanto é uma receita que é devida à empresa.


Claro, indemnizações compensatórias para o programa do malato, o preço certo, touradas, futebol e afins. Se a SIC ou a TVI quiserem transmitir coisas destas têm de ser rentáveis. Mas a RTP não precisa de se preocupar com pormenores desses.

É óptimo ter uma empresa destas, dizer que tem lucro e ainda haver quem as defenda como sendo exemplos a seguir porque são rentáveis, apesar de viverem da extorsão de terceiros.




Se calhar tu é que não leste bem as condições de serviço publico
Ou fizeste apenas uma busca pela palavra minorias?

Le o texto e veras que muita da programação a que a RTP está obrigada se encaixa em regra em públicos minoritários e não apenas para os grandes publicos.

O que referistes em termos de conteúdos diz respeito à RTP 1.
Os Malatos, preços certos e afins
Mas a RTP são muitos mais canais incluindo canais subscritos que representam receita para o grupo e nesses todos a RTP 2 é que melhor cumpre o contrato

No entanto a obrigação da RTP é no seu conjunto de canais
Se a RTP 1 se afasta um pouco do que é serviço publico é exactamente porque adopta uma lógica comercial como os privados e segundo julgo saber o canal 1 não e deficitário
 
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por richardj » 26/8/2012 0:31

richardj Escreveu:
Elias Escreveu:
richardj Escreveu:eu sei, mas é isso mesmo que eu discordo, a flutuação é bastante significativa. repara aqui entre novelas, com o passar do tempo um canal perde +- 33% dos telespectadores enquanto que outro perde apenas -+ 10% dos telespectadores.


Sim, mas como bem referiste tens uma diminuição considerável em ambos os canais, o que retiras daqui é que depois das 23h há menos gente a ver TV. Não podes é retirar qualquer conclusão acerca de zapping ou mudança de canal.


não não tens, tens uma queda relevante em apenas um dos canais.
parte-se do pressuposto de que as pessoas que estão a ver tv das 23 às 24 estão incluídas nas pessoas que vem tv das 22 às 23, pelo que verifica-se efectivamente uma alteração significativa do interesse do espectador conforme o programa apresentado.

EDIT:
e estamos a comparar programa de exactamente o mesmo tipo, se fossem programas diferentes, tipo really show vs telenovela obtens variações superiores ao longo do tempo conforme o interesse dos telespectadores para programas em vários canais :)
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por richardj » 26/8/2012 0:28

Elias Escreveu:
richardj Escreveu:eu sei, mas é isso mesmo que eu discordo, a flutuação é bastante significativa. repara aqui entre novelas, com o passar do tempo um canal perde +- 33% dos telespectadores enquanto que outro perde apenas -+ 10% dos telespectadores.


Sim, mas como bem referiste tens uma diminuição considerável em ambos os canais, o que retiras daqui é que depois das 23h há menos gente a ver TV. Não podes é retirar qualquer conclusão acerca de zapping ou mudança de canal.


não não tens, tens uma queda relevante em apenas um dos canais.
parte-se do pressuposto de que as pessoas que estão a ver tv das 23 às 24 estão incluídas nas pessoas que vem tv das 22 às 23, pelo que verifica-se efectivamente uma alteração significativa do interesse do espectador conforme o programa apresentado.
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por Automech » 26/8/2012 0:24

Storgoff Escreveu:Eu não invento nada.
Esta aqui é so ler


Então é melhor leres porque em lado nenhum fala em programação para minorias.


Storgoff Escreveu:Quanto aos lucros da RTP, SA são lucros ponto final.
Ou as regras da contabilidade aqui já não são validas
Os ses que levantas não fazem sentido.



OK, então para ti é perfeitamente normal que uma empresa diga que tem lucros, apesar destes virem da extorsão do audiovisual e de transferências do orçamento de estado (ou seja impostos).

Nesse caso deves ser a favor de todas as PPPs porque elas também prestam um serviço e têm lucro. O facto de terem lucro à conta das transferências do estado não interessa nada.


Storgoff Escreveu:Uma coisa são indeminizações compensatorias.
São montantes definidos contratualmente que o estado tem de suportar por custos que a RTP tem ao prestar um serviço publico e que um operador privado nunca tem.
Portanto é uma receita que é devida à empresa.


Claro, indemnizações compensatórias para o programa do malato, o preço certo, touradas, futebol e afins. Se a SIC ou a TVI quiserem transmitir coisas destas têm de ser rentáveis. Mas a RTP não precisa de se preocupar com pormenores desses.

É óptimo ter uma empresa destas, dizer que tem lucro e ainda haver quem as defenda como sendo exemplos a seguir porque são rentáveis, apesar de viverem da extorsão de terceiros.
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por Storgoff » 26/8/2012 0:14

AutoMech Escreveu:
Storgoff Escreveu:Uma das condições do serviço publico é exactamenete ir ao encontro de públicos minoritarios.


Podes arranjar muitas definições, mas ir ao encontro de minorias não é certamente a definição de serviço público. Caso contrário teríamos documentários sobre os morcegos da patagónia, transmissão de jogos de xadrez e debates sobre técnicas de pesca.


Storgoff Escreveu:Como eu disse atras o grupo RTP, SA tem dado lucros.
E quanto às indeminizações compensatorias dadas pelo estado elas tem caido consideravelemente.


Tem tido lucros à conta da taxa audiovisual e das transferências do orçamento de estado. Tira-lhe essas parcelas e o prejuízo é gigantesco.




Eu não invento nada.
Esta aqui é so ler


MISSÃO, ObjetivoS E OBRIGAÇÕES DE SERVIÇO PÚBLICO

A missão e objectivos são fixados na Lei e no Contrato de Concessão do Serviço Público de Televisão. As políticas da Empresa são estabelecidas pelo Conselho de Administração, em linha com os objectivos fixados e as orientações que vêm sendo transmitidas pela Tutela.


CONTRATO DE CONCESSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE TELEVISÃO

• Assegurar uma programação variada, contrastada e abrangente, que corresponda às necessidades e interesses dos diferentes públicos.

• Assegurar uma programação de referência, qualitativamente exigente e que procure a valorização cultural e educacional dos cidadãos.

• Promover, com a sua programação, o acesso ao conhecimento e à aquisição de saberes, assim como o fortalecimento do sentido crítico do público.

• Combater a uniformização da oferta televisiva, através de programação efetivamente diversificada, alternativa, criativa e não determinada por objectivos comerciais.

• Manter uma programação e informação de referência, contribuindo desse modo para regular e qualificar o universo do audiovisual nacional.

• Proporcionar uma informação isenta, rigorosa, plural e contextualizada, que garanta a cobertura noticiosa dos principais acontecimentos nacionais e internacionais.

• Assegurar a possibilidade de expressão e confronto das diversas correntes de opinião, designadamente de natureza política, religiosa e cultural.

• Assegurar a promoção da cultura portuguesa e dos valores que exprimem a identidade nacional, de acordo com uma visão universalista, aberta aos diferentes contextos civilizacionais.

• Assegurar uma informação precisa, completa e contextualizada, imparcial e independente perante poderes públicos e interesses privados.

• Assegurar a valorização da criatividade e a promoção do experimentalismo audiovisual.

• Assegurar a acessibilidade dos cidadãos residentes no território nacional aos serviços de programas por si difundidos.

• Assegurar a adopção de tecnologia, técnicas e equipamentos que proporcionem a melhoria da qualidade ou eficiência do serviço público de televisão.

• Promover a assimilação dos princípios, valores e direitos fundamentais vigentes na ordem comunitária e nacional, reforçando as condições para o exercício informado da cidadania e para o desenvolvimento de laços de solidariedade social.

• Garantir a produção e transmissão de programas educativos e de entretenimento destinados ao público jovem e infantil, contribuindo para a sua formação.

• Garantir a transmissão de programas de carácter cultural, educativo e informativo para públicos específicos.

• Garantir a emissão de programas que valorizem a economia e a sociedade portuguesa, na perspectiva do seu desenvolvimento.

• Participar em atividades de educação para os meios de comunicação social, garantindo, nomeadamente, a transmissão de programas orientados para esses objectivos.

• Promover a emissão de programas em língua portuguesa e reservar à produção europeia parte considerável do seu tempo de emissão, devendo dedicar-lhes percentagens superiores às exigidas na Lei a todos os operadores de televisão, atenta a missão de cada um dos seus serviços de programas.

• Apoiar a produção nacional de obras cinematográficas e audiovisuais, no respeito pelos compromissos internacionais que vinculam o Estado Português, e a co-produção com outros países, em especial europeus e da comunidade de língua portuguesa.

• Emitir programas destinados especialmente aos portugueses residentes fora de Portugal e aos nacionais de países de língua portuguesa.

• Garantir a possibilidade de acompanhamento das emissões por pessoas com necessidades especiais, nomeadamente através do recurso à legendagem por teletexto, à interpretação por meio da língua gestual, à áudiodescrição ou a outras técnicas que se revelem adequadas.

• Garantir o exercício dos direitos de antena, de resposta e de réplica política, nos temos constitucional e legalmente previstos.

• Emitir as mensagens cuja difusão seja solicitada pelo Presidente da República, pelo Presidente da Assembleia da República ou pelo Primeiro- Ministro.

• Ceder tempo de emissão à Administração Pública, com vista à divulgação de informações de interesse geral, nomeadamente em matéria de saúde e segurança públicas.



Contrato de Concessão do Serviço Público de Televisão




Quanto aos lucros da RTP, SA são lucros ponto final.
Ou as regras da contabilidade aqui já não são validas
Os ses que levantas não fazem sentido.

Uma coisa são indeminizações compensatorias.
São montantes definidos contratualmente que o estado tem de suportar por custos que a RTP tem ao prestar um serviço publico e que um operador privado nunca tem.
Portanto é uma receita que é devida à empresa.


Outra coisa bem diferente são aumentos de capital para fazer face a prejuizos da actividade.
 
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por Automech » 26/8/2012 0:05

Storgoff Escreveu:Quanto ao que se passa com o serviço publico de TV noutros paises da Europa como a Alemanha o UK a França,...

Fazer mal porque os outros também fazem mal é sempre um belíssimo argumento.
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por Storgoff » 26/8/2012 0:02

Elias, já vi que tens o dom de distorcer completamente aquilo que eu digo.

Já percebi que tambem bebes das mesmas teorias dos Chicago boys.



Como é lindo o mercado !!!

Ele tudo resolverá e trará a salvação da humanidade.
Nunca contrariarás o mercado porque ele é o teu guia e e salvador e o seu poder é infinitamente grande e belo.
:lol:


Enfim!!!

Historias da carochinha



Quanto ao que se passa com o serviço publico de TV noutros paises da Europa como a Alemanha o UK a França,...

Vai lá ver se não são empresas publicas suportadas pelo estado
Se não tem uma diversidade de conteudos que não correm apenas a atras das audiencias ou seja das maiorias mas tem em vista publicos minoritarios.

Alias o serviço publico é em regra o garante de padroes minimos dos conteudos pelo menos nos canais de sinal aberto.

Senão a coisa entra na pura logica de audiencias vs. lucro e a coisa rapidamente descamba para conteudos a niveis abaixo de zero.
:wink:
 
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por Automech » 25/8/2012 23:44

Tridion Escreveu:Estão a esquecer-se da rádio! Vamos ficar sem rádio do estado!?

Em caso de cataclismo, como é? Como se dá aconselhamento/notícias às pessoas? Pede-se à TSF?

Estes políticos são tontos...para não dizer perigosos!


Qualquer regulação implica a cedência de espaço compulsiva em determinadas circunstâncias. Já hoje há por exemplo o tempo de antena.
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por Automech » 25/8/2012 23:42

Storgoff Escreveu:Uma das condições do serviço publico é exactamenete ir ao encontro de públicos minoritarios.


Podes arranjar muitas definições, mas ir ao encontro de minorias não é certamente a definição de serviço público. Caso contrário teríamos documentários sobre os morcegos da patagónia, transmissão de jogos de xadrez e debates sobre técnicas de pesca.


Storgoff Escreveu:Como eu disse atras o grupo RTP, SA tem dado lucros.
E quanto às indeminizações compensatorias dadas pelo estado elas tem caido consideravelemente.


Tem tido lucros à conta da taxa audiovisual e das transferências do orçamento de estado. Tira-lhe essas parcelas e o prejuízo é gigantesco.
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por Elias » 25/8/2012 23:39

Storgoff Escreveu:As condições do serviço publico não são opiniao minha. Estão definidas. E os publicos minoritarios são uma das razoes do serviço publico.
Faz parte duma democracia.


Mas que públicos são esses? Consegues responder em concreto ou apenas em abstracto?

Storgoff Escreveu:O serviço publico e por definição algo fornecido pelo estado, portanto a questão do projecto ideologico do PSD que eu referi é o de acabar simplesmente com o serviço publico.


Do que percebi da tua mensagem, o Estado deve estar ao serviço das minorias, é isso?

Storgoff Escreveu:Depois em relação as indeminizações compensatorias , falei sobre elas se bem viste não omiti isso.
Mas tambem é um facto que tem vindo a diminuir.


Como referi, na mensagem anterior, isso só é verdade se ignorares por completo a tranche de 348 milhões que foi transferida este ano.

Storgoff Escreveu:O privado que surgir não vai receber as rndeminizações compensatorias?

Claro que vai e de forma a ser a tradicional PPP negocio de risco zero e rendas garantidas.


Olha que não. Segundo percebi das notícias, vai ter receitas da publicidade mais as receitas da taxa de audiovisual.

Storgoff Escreveu:Podem dizer que se vai pagar menos o problema é que o serviço sera uma sombra do que era .


E dizes isso baseado em quê?
Ou por outra, qual é exactamente a parte que achas que vai ficar pior?
Achas que vão deixar de ter programas para as minorias? Ou o problema é desaparecer o Malato?
Ou será que o verdadeiro problema é o Estado deixar de ter o controlo sobre o que passa na RTP?

Storgoff Escreveu:O publico provavelmente é que deixara de ver a RTP de tão fraquinho que serão os conteudos.


Acho piada dizeres isso numa altura em que as audiências da RTP já andam pelas ruas da amargura...

Storgoff Escreveu:Pergunto-te novamente :

Já viste como funciona noutros paises da Europa que tanto gostamos de citar?


Não conheço o modelo em detalhe, por isso que puderes esclarecer-me eu agradeço.

Tridion Escreveu:Estão a esquecer-se da rádio! Vamos ficar sem rádio do estado!?

Em caso de cataclismo, como é? Como se dá aconselhamento/notícias às pessoas? Pede-se à TSF?

Estes políticos são tontos...para não dizer perigosos!


Não faz sentido manter uma rádio a funcionar 24 hortas por dia com dinheiros públicos por causa de um cataclismo que pode acontecer uma vez de 10 em 10 anos. Nesse caso faz mais sentido definir por lei que em caso de cataclismo todas as rádios nacionais são obrigadas a divulgar informação (tal como acontece com a campanha eleitoral), ficando o teor da mensagem a cargo da Protecção Civil, por exemplo.
 
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por Automech » 25/8/2012 23:37

Dom_Quixote Escreveu:
AutoMech Escreveu:Não faz sentido extorquir a taxa audiovisual + impostos a todos só porque uma minoria (assim mostram as audiências) gosta e quer ver um determinado tipo de programação. Parece a discussão dos subsidio ao Manuel de Oliveira para filmes que ninguém vê.


Vais pagar à mesma a taxa de audiovisual, mas tens duas opções e isso é que está em causa (não é a programação):

1 - Pagas ao concessionário do canal 1.

2 - Pagas à RTP2, que assegura o serviço público.

A opção 2 pode e deve ser bem menos onerosa que a 1.


Há outra opção que é não haver televisão nem essa coisa do serviço público de televisão.
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por Automech » 25/8/2012 23:36

richardj Escreveu:eu sei eu sei, o que estou a tentar provar, é que as pessoas escolhem os programas, dentro do "tipo de programas". neste caso os programas da rtp2 são de tipo diferente dos restantes canais, e as pessoas preferem ver os restantes canais.

mas a pergunta mantem-se:

achas que se das 21 às 00 todos os canais ( RTP1 RTP2 SIC e TVI) fossem obrigados a dar programas de documentários ao estilo de discovery, canal historia, bbc etc, as pessoas deixavam de ver tv entre as 21 e as 00 ?


Penso que era uma imoralidade forçar a dar programas que as pessoas hoje podem ver e não vêm, preferindo outras coisas. A liberdade de escolha individual e a responsabilização por essa escolha deve ser sagrada em qualquer sociedade, a não ser quando a escolha individual prejudica a sociedade (estou aqui a pensar que facilmente se arranjará o argumento de que a casa dos segredos embrutece a pessoa e logo temos de a forçar a ver o documentário sobre tubarões da national geografic que é muito melhor).
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por Tridion » 25/8/2012 23:22

Estão a esquecer-se da rádio! Vamos ficar sem rádio do estado!?

Em caso de cataclismo, como é? Como se dá aconselhamento/notícias às pessoas? Pede-se à TSF?

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