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Caldeirão da Bolsa

Off Topic- Deolinda - "Parva que sou"

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rmachado » 11/3/2011 17:44

ferradura Escreveu:Isto é uma geração mole, não sabem o que é brincar às escondidas, ou à ***** cega.
Não brincam na rua, e mal jogam à bola.
Não andam de autocarro.

Só sabem enviar SMS, coisas intectualmente redutoras no facebook, e fazer "gosto" no Fbook.
É uma geração dos ipods.

Acham que vai haver alguma adesão ?
Se em Lisboa estiverem 5000 "jovens" será muito (eu prevejo pouco mais de 1000).

Será, claro uma vitoria para o P.S pois vai demostrar que estão todos de acordo.
Excepto algumas "ovelhas negras".

Mas também digo uma coisa, se assim for, esta geração rasca que apodreça !!


Mares Escreveu:"Deolinda",

amanhã é o vosso dia e o futuro vos pertençe!!!

Mostrem o descontentamento do povo que foi enganado por décadas!!


É pá...

No tempo do meu Avó passava-se fome e não se brincava na rua... iam logo trabalhar.. nessa altura nem se protestava... grande malandros que eles eram.


Gosto muito destas comparações, a "nossa" geração é sempre melhor que a posterior.

Como diria o meu Pai quando faziam o discurso do "no meu tempo é que era", "oh amigo as dificuldades dos jovens hoje são diferentes das do nosso tempo, mas não deixam de ser dificuldades, são é doutro tipo. Cada geração têm as suas preocupações".
 
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por Scorpio » 11/3/2011 17:37

Já agora permitam-me deixar aqui este testemunho, que, por também ter filhos, me arrancou as primeiras lágrimas em muito anos...

A POBREZA ENVERGONHADA PODE ESTAR AO NOSSO LADO!...ENQUANTO ALGUNS GASTAM À TRIPA FORRA O QUE PERTENCE AO POVO!...


NÃO FIQUE CALADO, SINTA-SE ANTES INDIGNADO, E FALE, SE CALHAR AO SEU LADO EXISTE ALGO IDÊNTICO, ABRA OS OLHOS E FALE...


O Diário do Professor Arnaldo - A fome nas escolas


Publicado em 19 de Novembro de 2010 por Arnaldo Antunes

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.

Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado.

Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.

De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila - oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.

Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche.

O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas...

Sem saber o que dizer, segurei-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta.

Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».

Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática.

Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado? É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos. É este o Portugal de sucesso e orgulho do Sócrates!!!!

Divulguem e não se cansem de divulgar por esse mundo fora... Não se calem... Pode ser que chegue à assembleia da República das Bananas!

Perguntem ao Sócrates e aos Boys se têm passado muita fome e quem é que lhes paga a gasolina e os fatos comprados em Nova Iorque!

Ainda há professores que não fizeram greve! Eu fiz e faço já outra se for preciso!
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por Scorpio » 11/3/2011 17:32

ferradura Escreveu:Isto é uma geração mole, não sabem o que é brincar às escondidas, ou à ***** cega.
Não brincam na rua, e mal jogam à bola.
Não andam de autocarro.

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Acham que vai haver alguma adesão ?
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Mas também digo uma coisa, se assim for, esta geração rasca que apodreça !!



Aqui estão explicadas as minhas razões para ir a este protesto. Só para não ter de explicar outra vez.

Agora deixe-me adicionar que a sua posição, que eu classifico de uma mesquinhez avassaladora só pode vir de alguém que não passa qualquer tipo de dificuldades e prefere assobiar para o lado enquanto a miséria que grassa no seu país e, quem sabe, à sua porta, vai crescendo. Não é apenas um bando de putos que lá está!! É todo um país que está no limite da conflitualidade social!!

Não quero que se apoquente até lá, mas quando os recibos verdes (sem qualquer tipo de direitos) da "geração do IPOD e do Facebook" já não chegarem para pagar os famosos 'direitos adquiridos' da geração que agora assobia para o lado, veremos então quem irá para a rua protestar.

Cumprimentos.
Editado pela última vez por Scorpio em 11/3/2011 17:38, num total de 1 vez.
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por Mares » 11/3/2011 15:28

ferradura Escreveu:Isto é uma geração mole, não sabem o que é brincar às escondidas, ou à ***** cega.
Não brincam na rua, e mal jogam à bola.
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Mares Escreveu:"Deolinda",

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Enviar SMS, facebook, geração de ipods.... é a geração que a eles pertençe!!

E eles, melhor que ninguém, vão saber expressar o que querem.

Possivelmente será por aí que eles vão construír o futuro.

Outras gerações tiveram chats, mirc, e-mail,... e o que fizeram?

Se vão de carro, a pé, de transportes públicos, cantando ou sorrindo, não irá fazer diferença.

A diferença são eles e estão de parabéns.

Só lamento que P.R., partidos politicos, etc, etc... tentarão tirar proveito disso. Mas isso depois verêmos...

Contrariamente a quem faça dos jovens uma fonte de voto, eu vejo nos jovens o futuro do País.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
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por pvg80713 » 11/3/2011 14:57

ferradura Escreveu:Isto é uma geração mole, não sabem o que é brincar às escondidas, ou à ***** cega.
Não brincam na rua, e mal jogam à bola.
Não andam de autocarro.

Só sabem enviar SMS, coisas intectualmente redutoras no facebook, e fazer "gosto" no Fbook.
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Mares Escreveu:"Deolinda",

amanhã é o vosso dia e o futuro vos pertençe!!!

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penso que a adesão vai ser grande !


o que é chato porque não vai haver estacionamento para tanto carro de papá que os putos vão levar...
 
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por ferradura » 11/3/2011 14:51

Isto é uma geração mole, não sabem o que é brincar às escondidas, ou à ***** cega.
Não brincam na rua, e mal jogam à bola.
Não andam de autocarro.

Só sabem enviar SMS, coisas intectualmente redutoras no facebook, e fazer "gosto" no Fbook.
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Acham que vai haver alguma adesão ?
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por Mares » 11/3/2011 14:40

"Deolinda",

amanhã é o vosso dia e o futuro vos pertençe!!!

Mostrem o descontentamento do povo que foi enganado por décadas!!
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por ferradura » 11/3/2011 14:29

Desculpem-la, mas andam todos aqui a brincar ou o quê ?

Quem ler estes comentários pensa:

-Em Portugal, tirar um curso superior dá direito a desemprego.

-Tirar outra qualquer especialização dá grandes riquezas e futuro certo (padeiro, sapateiro, etc) !

Estudar é importante pois dá outra abertura de espirito e melhor compreensão.

Cada um deve seguir o seu sonho e lutar por isso.Irei apoiar os meus filhos em tudo, mas tentarei é guia-los para o melhor possível.Ainda são pequenos, mas é assim que penso.

Não se devem destruir sonhos !

Entre desemprego e miséria, pelo menos que tenham o gosto de ter estudado (ensino sup ou não) algo que gostam
 
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por MiamiBlue » 11/3/2011 9:59

"Portugal é o segundo país da Europa com maior percentagem de trabalhadores contratados a prazo, segundo os dados mais recentes do European Company Survey."

E era interessante saber o salário médio destes contratos..
 
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por Quico » 22/2/2011 15:29

Tens toda a razão, radiohead!
Resta só dizer que a a corrupção e tráfico de influências deriva da omnipresença do estado em (quase) tudo que se faz neste país.

Mas o que acho mais piada é quererem equiparar estes movimentos aos movimentos que se verificam pelo mundo árabe. Enfim! Tiques da esquerda que se excita toda com tudo que é revolução e movimento contestatário... Esquecem que vivemos em democracia. Querem remover quem lá está? Existem eleições! ...só que quem lá pôs estes são os mesmos "revolucionários" que agora se "revoltam". E nem param para pensar que o sistema político está como está graças ao seu amor ao "estado social", omnipresente e protector dos empregos de quem está "dentro no sistema".

:roll:
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por radiohead » 22/2/2011 14:44

Mais de 20 mil confirmaram participação no protesto de dia 12 da "geração à rasca"

Mais de 20 mil pessoas confirmaram até hoje através da rede social Facebook que vão participar no Protesto da Geração à Rasca, agendado para 12 de Março em Lisboa e Porto e “fruto da frustração de muita gente”.

Na página do Facebook da iniciativa, o apelo é lançado aos “desempregados, ‘quinhentoseuristas’ e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal!”.

“Estávamos à espera que houvesse bastantes pessoas numa situação precária e que tivessem uma certa participação no movimento. Não estávamos à espera de um crescimento tão rápido”, disse à agência Lusa Paula Gil, da organização.

O movimento, que se afirma “apartidário, laico e pacífico”, protesta pelo direito ao emprego e à educação, pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade, pelo “reconhecimento das qualificações, competência e experiência, espelhado em contratos e salários dignos”.

“Foi um movimento espontâneo e cívico em que ambicionávamos criar um grupo de debate, uma certa concertação social que envolvesse políticos, empregadores, jovens, pessoas de mais idade, que neste momento se encontram em situação precária”, explicou Paula Gil.

Questionada de que forma a canção dos Deolinda “Parva Que Sou” inspirou este protesto, a responsável respondeu: “A canção veio trazer uma certa consciência à sociedade. Mas este movimento é fruto da frustração de muita gente”.

A iniciativa está marcado para a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e Praça da Batalha, no Porto, mas a organização tem sido contactada “por muitas pessoas que pretendem desenvolver o protesto” noutras zonas do país.

É o que acontece, por exemplo, em Ponta Delgada, nos Açores, onde um grupo de cidadãos está a convocar uma ‘Manifestação da Geração à Rasca’ para o mesmo dia, nas Portas da Cidade.

“Estamos aqui para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa dos Açores e do país”, refere um comunicado dos promotores da iniciativa.

Nesse sentido, salientam que a manifestação pretende ser “um protesto para que todos os responsáveis pela actual situação de incerteza actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade que se tornou insustentável”.

Na página do Facebook do movimento é pedido aos manifestantes que levem uma folha A4 com “o motivo da presença e uma solução”, para depois ser entregue na Assembleia da República.


http://www.publico.pt/Sociedade/mais-de-20-mil-confirmaram-participacao-no-protesto-da-geracao-a-rasca_1481526

Pergunto-me qual é a pertinência de se dizer que o movimento é "laico" e "pacífico". Já ouvi esta linguagem em qualquer lado... :roll: Pelos textos não me parece que haja aqui nada de novo.

Na realidade estes organizadores não estão contra os privilégios das gerações anteriores, querem é esses mesmos privilégios para si (que não podem ter e que teriam que ser feitos à conta da geração seguinte).

Na realidade eu nunca participei em manifestações, mas se de facto fizessem uma para parar com o sufoco do Estado sobre os indivíduos (que afecta em muito as gerações mais novas) e contra a corrupção e tráfico de influências (que são feitos pornograficamente neste país) até consideraria.

Agora assim, em defesa de soluções requentadas não contem comigo.

Isto parece-me mais uma manifestação da CGTP, cujos membros não podem ir a manifestações da CGTP...porque estão desempregados.
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por urukai » 21/2/2011 17:25

Alladin Broker Escreveu:O problema está na admissão de novos alunos pelas Universidades.

Cada Universidade disponibiliza anualmente o número de vagas para cada curso e com isso estabelece uma média de entrada, no entanto, faz isso individualmente. Cada Universidade "olha" exclusivamente para si.

Caberia ao Ministério da Educação, em coordenação com o Ministério do Trabalho estabelecer num prazo de 5 a 10 anos, as necessidades efectivas do mercado de trabalho, tendo em conta o Plano Estratégico Nacional de longo prazo.

Assim as vagas estabelecidas por cada Universidade, teriam em conta o todo nacional e seriam orientadas para as necessidades concretas do mercado de trabalho e de ensino.

Ficaria também assumido, que as vagas disponibilizadas em excesso, seriam para exportação de mão de obra qualificada para o mercado internacional e nesse sentido os cursos seriam adaptados para esse efeito, com professores de língua nativa.


Abraço


Isto representa grande parte do problema. Mas para se poupar um punhado de professores que têm as suas quintinhas muito bem estabelecidas e enraizadas é preferível mandar para o desemprego carradas de jovens todos os anos!
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por Alladin Broker » 21/2/2011 16:59

O problema está na admissão de novos alunos pelas Universidades.

Cada Universidade disponibiliza anualmente o número de vagas para cada curso e com isso estabelece uma média de entrada, no entanto, faz isso individualmente. Cada Universidade "olha" exclusivamente para si.

Caberia ao Ministério da Educação, em coordenação com o Ministério do Trabalho estabelecer num prazo de 5 a 10 anos, as necessidades efectivas do mercado de trabalho, tendo em conta o Plano Estratégico Nacional de longo prazo.

Assim as vagas estabelecidas por cada Universidade, teriam em conta o todo nacional e seriam orientadas para as necessidades concretas do mercado de trabalho e de ensino.

Ficaria também assumido, que as vagas disponibilizadas em excesso, seriam para exportação de mão de obra qualificada para o mercado internacional e nesse sentido os cursos seriam adaptados para esse efeito, com professores de língua nativa.

Se não existir uma entidade superior que faça essa coordenação, temos um problema sistémico, ou seja, excesso de alunos qualificados numa determinada área, escassez de alunos qualificados noutra.

O excesso de qualificação em determinada área conduz à banalização da mesma e a banalização, conduz ao perigo da promiscuidade e de abusos em termos de celebração de contratos de trabalho instáveis.

Contratos de trabalho instáveis, dão origem a um nome mais bonito e pomposo chamado de "Flexibilização do mercado laboral", a questão são os efeitos colaterais. Se a geração Deolinda já estuda para ser escrava, para com sorte poder estagiar. A geração PS2 Portable, por este andar, vai ter que pagar para trabalhar!!



Abraço
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por artista_ » 21/2/2011 16:35

AutoMech Escreveu:
artista Escreveu:Aí é que acho difícil que algum de nós seja capaz de não apoiar um filho que mostre uma forte determinação em seguir um determinado caminho, mesmo que a nós nos pareça arriscado!


Aqui é que discordamos. Apoiar um filho na sua ideia de tirar um curso (ou frequentar uma faculdade) com baixíssimas probabilidades de emprego, para mim está no mesmo plano que o incentivar a ir jogar à bola ou outra coisa em que a probabilidade de sucesso é mínima. Eu não o faria, mas cada um tem naturalmente a sua ideia em matéria de educação dos filhos. :wink:


Obviamente aceito a diferença de opiniões... mas sinceramente custa-me a acreditar que na prática o teu filho tenha média para entrar em arquitectura (por exemplo), mostre uma forte convicção em seguir essa profissão e tu lhe consigas dizer "vai mas não é com o meu dinheiro, mas se quiseres ir para XXXX ainda já te dou o graveto"!? :)
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por Automech » 21/2/2011 14:36

artista Escreveu:Aí é que acho difícil que algum de nós seja capaz de não apoiar um filho que mostre uma forte determinação em seguir um determinado caminho, mesmo que a nós nos pareça arriscado!


Aqui é que discordamos. Apoiar um filho na sua ideia de tirar um curso (ou frequentar uma faculdade) com baixíssimas probabilidades de emprego, para mim está no mesmo plano que o incentivar a ir jogar à bola ou outra coisa em que a probabilidade de sucesso é mínima. Eu não o faria, mas cada um tem naturalmente a sua ideia em matéria de educação dos filhos. :wink:
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por artista_ » 21/2/2011 14:16

AutoMech Escreveu:Artista, concordo que só vivendo as situações mas eu já assisti de perto a dois casos.

Dois miúdos, um no futebol e outro no ténis, que tinham mesmo muito jeito. Os miúdos, na sua inocência, acharam que seriam grandes estrelas (na altura Maradonas e John McEnroes) e os país embarcaram na loucura, ao ponto dos miúdos descurarem os estudos.

Hoje, nem foram grandes estrelas, nem tiraram nenhum curso e têm empregos precários. Os pais apoiaram (e como era alta competição esse apoio implicava descurar os estudos), mas será que fizeram bem ? Eu acho que não (embora seja fácil falar agora).

Hoje é fácil dizer que os pais do Ronaldo fizeram bem em por o futebol à frente da escola. Mas por cada Ronaldo há milhares e milhares que ficaram pelo caminho.

A questão é que a vida dos miúdos é demasiado preciosa para ser deixada ao sabor de baixas probabilidades (aqui refiro-me a cursos com baixa saída).

Também há a probabilidade de um tipo ir para arquitectura e vir a ser um Siza Vieira. Mas, se as probabilidades são tão más como tu dizes, deverão os pais realmente apoiar algo que entendem ser prejudicial para eles ?

Estarão a cumprir bem o papel de pais ao apoiar uma licenciatura em cinema ou outra coisa qualquer que muito certamente os vais condenar ao desemprego ?


AutoMech, mas eu não estava a falar de situações desse tipo... por acaso vieste foi ter com algo que tem bastante a ver comigo! Eu sempre fui um excelente jogador de futebol mas o meu pai não queria que eu prejudicasse os estudos por isso nunca me deixou jogar federado, só jogava com amigos na rua e em alguns torneios amadores. Só muito mais tarde, já com 24 anos e o curso quase concluído é que joguei mais a sério, ainda fiz 10 anos de futsal federado e cheguei mesmo a ganhar uma Taça de Portugal! Enfim, se há coisa que me pergunto muitas vezes era até onde teria chegado se tivesse feito um percurso de futebolista a sério desde criança! De qualquer forma não culpo o meu pai de nada, não tenho dúvidas que fez o que fez pensando no meu bem!

Bom, voltando ao teu post, eu falei foi em apoiar um filho no seu percurso escolar e não em alternativos. Apoiarei um percurso desportivo ou outro se não se comprometer o sucesso escolar... eu só me referi à esolha do curso superior, ou do percurso a seguir depois de completada a escolaridade obrigatória! Aí é que acho difícil que algum de nós seja capaz de não apoiar um filho que mostre uma forte determinação em seguir um determinado caminho, mesmo que a nós nos pareça arriscado!
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por pvg80713 » 21/2/2011 13:33

O parvo do meu filho deixou a parva da namorada guiar o carro que eu lhe dei a ele e que era meu...
A parva passou um sinal vermelho e ficou admirada de uma outra parva lhe ir bater...

pergunto : quem é parvo ?

sou eu. só posso ser eu !

abraço parvos a todos
 
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por Camisa Roxa » 21/2/2011 13:23

Tenho uma filha de 20 anos que estuda em Londres, desde os 18. Logo no primeiro ano, ao regressar a casa para as férias do Natal, disse-me que, quando voltasse a Londres em Janeiro, iria arranjar um emprego a part-time. Perguntei-lhe porquê.
Ela explicou-me que as colegas inglesas da Universidade a criticavam constantemente por ela viver à custa dos pais, ao passo que elas, com a mesma idade, já tinham saído de casa e eram independentes, custeavam os seus próprios estudos trabalhando em part-time (em restaurantes, caixas de supermercados, armazens, etc.) ou através de empréstimos bancários que pagariam quando terminassem os estudos. A ajuda financeira dos pais, quando existia, era marginal.
Disse à minha filha que conhecia muito bem essa cultura, que, como ela sabia, eu tinha vivido no Canadá, e lá também era assim. Os estudantes saíam de casa cedo, aos 18 anos, no momento em que entravam para a universidade. Normalmente iam estudar para uma universidade localizada em cidade diferente daquela em que vivia a família, e isso era encorajado pela própria família, de modo a torná-los independentes. Trabalhavam em part-time e nas férias, às vezes em bombas de gasolina ou servindo às mesas de restaurantes, e contraíam empréstimos para estudarem. Desde muito cedo, a vida era uma coisa séria para os jovens nesses países. Era uma cultura que encorajava as pessoas a viverem pelos seus próprios meios desde muito jovens, a tornarem-se autónomas. E era uma cultura responsável, porque libertava os pais do fardo de sustentarem os filhos numa idade em que eles ainda podiam gozar alguma coisa da vida.
A nossa cultura era diferente. Os pais sustentavam os filhos até tarde, às vezes a vida inteira. Era uma cultura de meninos-mimados que fomentava a irresponsabilidade e a dependência, e constituía um abuso sobre os pais - e esta devia ser a principal lição que ela devia extraír da questão. Ela que explicasse às colegas que se tratava de uma diferença cultural - embora as probabilidades de entendimento não me parecessem grandes -, mas a minha opinião era a de que ela devia continuar somente a estudar, e abandonar a ideia do emprego a part-time. Cá em casa, a política era de que os pais sustentavam os filhos até eles acabarem o curso. Nem mais um ano. Depois esperavam - mas esperavam seriamente - que eles voassem pelas suas próprias asas. Tinha sido assim com os três irmãos mais velhos, e todos tinham voado, seria assim com ela, que é a mais nova.
Ela propôs-me, então, um compromisso. A Universidade aceitava que, ao 3º ano, os estudantes fizessem, opcionalmente, o chamado "extra-mural year", um ano que contava curricularmente e em que os estudantes trabalhavam com remuneração numa instituição protocolada pela Universidade - um estágio profissional integrado no plano de estudos. O curso passaria a demorar quatro anos, em lugar de três. Aceitei o compromisso e é esse ano que ela está agora a fazer, trabalhando num instituto de investigação farmacológica e recebendo uma remuneração.
O ponto importante desta questão é que não é possível a Portugal competir economicamente com outros países, ou sequer ambicionar uma sociedade liberal - cuja primeira característica é o sentimento de independência dos seus cidadãos - quando, apesar de 25 anos de abertura à Europa, em lugar de educar pessoas independentes, educa Deolindas. E isto é um fenómeno novo, que não vem do tempo do Salazar - que tem as costas largas -, porque no tempo do Salazar todos os rapazes de 2o anos saíam obrigatoriamente de casa dos pais. Iam para a tropa. Fonte
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por rmachado » 21/2/2011 12:01

Excelente por mais_um

É extremamente necessário incutir nos mais novos o valor do dinheiro..
Eu bem tento na filha de 5 anos e já dei por mim com uma irritação do tamanho de uma gálaxia por ela querer uma coisa por não ter daquele formato.. mas já tinha 4 ou 5...
Enfim.. birras...

Quanto aos cursos, segundo a informação que recebi de um médico que é coordenador (ou algo assim) de uma ARS (ou algo assim) é que daqui a 10 anos vamos ter excesso de médicos.
Nunca tinha ouvido ng ser tão lúcido na maneira como se referiu ao problema da falta de médicos.. em 30 minutos de conversa elencou todos os erros feitos nos últimos 50 anos, que são mais ou menos estes:

Muitos médicos devido a guerra ultramarina/colonial.
Redução de NC no tempo do Cavaco
Envelhecimento da classe
Reformas em catadupa
Má distribuição, gestão de fluxos de população
Aumento de NC nos nossos dias
Excesso daqui a 5-10 anos..
 
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por Automech » 21/2/2011 11:34

Artista, concordo que só vivendo as situações mas eu já assisti de perto a dois casos.

Dois miúdos, um no futebol e outro no ténis, que tinham mesmo muito jeito. Os miúdos, na sua inocência, acharam que seriam grandes estrelas (na altura Maradonas e John McEnroes) e os país embarcaram na loucura, ao ponto dos miúdos descurarem os estudos.

Hoje, nem foram grandes estrelas, nem tiraram nenhum curso e têm empregos precários. Os pais apoiaram (e como era alta competição esse apoio implicava descurar os estudos), mas será que fizeram bem ? Eu acho que não (embora seja fácil falar agora).

Hoje é fácil dizer que os pais do Ronaldo fizeram bem em por o futebol à frente da escola. Mas por cada Ronaldo há milhares e milhares que ficaram pelo caminho.

A questão é que a vida dos miúdos é demasiado preciosa para ser deixada ao sabor de baixas probabilidades (aqui refiro-me a cursos com baixa saída).

Também há a probabilidade de um tipo ir para arquitectura e vir a ser um Siza Vieira. Mas, se as probabilidades são tão más como tu dizes, deverão os pais realmente apoiar algo que entendem ser prejudicial para eles ?

Estarão a cumprir bem o papel de pais ao apoiar uma licenciatura em cinema ou outra coisa qualquer que muito certamente os vais condenar ao desemprego ?
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Re

por bolsa » 21/2/2011 11:23

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Já agora quero acrescentar o seguinte, no ano em que dei aulas, tive como alunos jovens adultos que andavam a fazer o ensino secundário à noite por unidades.


Eu também dei aulas à noite, há muitos anos. Tenho a idéia que por unidades era só o básico?! Tenho a certeza que dava "Unidades Capitalizadas" ao 3º ciclo e dava Geometria Descritiva ao 10º ano à noite, não tenho a certeza é se o secundário alguma vez foi feito através de Unidades?!

Eu sinceramente custa-me a imaginar não apoiar um filho que quer seguir esta ou aquela área, por mais que eu ache que não tem grande futuro... acho que tanto para mim como vocês só vivendo a situação poderemos saber o que faremos até porque há muitas variáveis a considerar, por exemplo, a própria maturiadade/autonomia do adolescente que nos poderá dar uma percepção diferente... por exemplo, se for um super aluno, muito maduro, muito dinâmico e determinado poderemos sentir que vai conseguir vencer em qualquer área, com mais ou menos saída. Em arquitectura as saídas são poucas mas há alguns que se vão safando, sobretudo alguns que emigraram, actualmente acho que o Brasil é o destino previligiado para esta área!



Havia também 10º, 11º e 12º anos (não sei se ainda há) por unidades capitalizáveis.


Cump.s e B.N.
 
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por mais_um » 21/2/2011 11:23

artista Escreveu:Eu também dei aulas à noite, há muitos anos. Tenho a idéia que por unidades era só o básico?! Tenho a certeza que dava "Unidades Capitalizadas" ao 3º ciclo e dava Geometria Descritiva ao 10º ano à noite, não tenho a certeza é se o secundário alguma vez foi feito através de Unidades?!




Ensino Secundário recorrente por unidades capitalizáveis

A reforma do Ensino Secundário, no âmbito do Decreto-Lei nº 74/2004, de 26 de Março, determinou a substituição do Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis pelo Ensino Recorrente de nível secundário da educação por Módulos Capitalizáveis. Deste modo, o sistema de Ensino Secundário Recorrente por Unidades Capitalizáveis funciona apenas em regime presencial até ao ano lectivo de 2006/2007 e em regime não presencial até ao ano lectivo de 2007/2008

http://www.sitio.anq.gov.pt/ebr_sec_uc.html



Esclarecido? :wink:

Um abraço,

Alexandre Santos
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por artista_ » 21/2/2011 11:18

mais_um Escreveu:Já agora quero acrescentar o seguinte, no ano em que dei aulas, tive como alunos jovens adultos que andavam a fazer o ensino secundário à noite por unidades.


Eu também dei aulas à noite, há muitos anos. Tenho a idéia que por unidades era só o básico?! Tenho a certeza que dava "Unidades Capitalizadas" ao 3º ciclo e dava Geometria Descritiva ao 10º ano à noite, não tenho a certeza é se o secundário alguma vez foi feito através de Unidades?!

Eu sinceramente custa-me a imaginar não apoiar um filho que quer seguir esta ou aquela área, por mais que eu ache que não tem grande futuro... acho que tanto para mim como vocês só vivendo a situação poderemos saber o que faremos até porque há muitas variáveis a considerar, por exemplo, a própria maturiadade/autonomia do adolescente que nos poderá dar uma percepção diferente... por exemplo, se for um super aluno, muito maduro, muito dinâmico e determinado poderemos sentir que vai conseguir vencer em qualquer área, com mais ou menos saída. Em arquitectura as saídas são poucas mas há alguns que se vão safando, sobretudo alguns que emigraram, actualmente acho que o Brasil é o destino previligiado para esta área!
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por Automech » 21/2/2011 1:38

mais_um Escreveu:Não sou ninguém para dizer o que é correcto ou errado na forma de lidar com os filhos. Mas no meu caso garantidamente que não o faria.


Para já, o meu caso é apenas um cenário teórico porque o meu tem 13 anos e há 2 que já diz que quer ir para gestão. Mas decididamente eu não iria fazer sacrifícios para ele tirar um curso que o condenaria, com elevada probabilidade, ao desemprego.

Se insistir em tirar algo que não me convença que vale a pena, então terá de ir trabalhar, que além de não ser vergonha, não será caso único.

E, se realmente se vier a confirmar gestão, não vou andar a fazer das tripas coração para tirar gestão numa porcaria de universidade qualquer, daquelas onde a % de empregabilidade é mínima. Ou tira numa das melhores e aí vale todo o sacrifício ou se é para ficar com o canudo duma chafarica a enfeitar as paredes, nem pensar.

mais_um Escreveu: Nada como ter uma conversa franca com eles e explicar-lhes como funciona o mundo real. Qualquer miudo "normal" percebe.


Pois, mas infelizmente a maioria dos professores são professores de carreira e não têm contacto com o mundo empresarial, nem sensibilidade para estas questões. O Artista, por exemplo, será um caso raro.
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por mais_um » 21/2/2011 1:14

Já agora quero acrescentar o seguinte, no ano em que dei aulas, tive como alunos jovens adultos que andavam a fazer o ensino secundário à noite por unidades. Quase no fim do ano lectivo acabamos por conversar sobre os planos deles e quando ouvi uns a dizerem que queriam ir para Sociologia, outros para Direito e coisas semelhantes deu-me uma coisinha má!

Então passei uma aula a explicar-lhes a realidade!
Dei vários exemplos practicos da asneira que iam fazer. Por isso a ideia que eu tenho é que a maior parte dos jovens desconhece a realidade quando tem que fazer opções. Nada como ter uma conversa franca com eles e explicar-lhes como funciona o mundo real. Qualquer miudo "normal" percebe.
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