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Caldeirão da Bolsa

Divida publica portuguesa - resultado dos leilões

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JMHP » 3/3/2011 11:42

Retirado do artigo que o zundy colocou acima:

«...As it happens, Portugal is selling around €750m to €1bn of treasury bills on Wednesday. It will return to the market in much greater force later this month, following the EU summit. Despite the collapse in long-term foreign demand, we fully expect the auctions to go well and for the debt to be quickly sold on to secondary markets, actually.

After all, that’s where the ECB will be waiting — and financing the eurozone’s sovereigns is its job nowadays, isn’t it?
...»

Não admira de onde vem toda a confiança de Sócrates... Portugal é muito fácil de governar, não sabíamos era que mesmo "falidos" continuaria ser fácil. :roll:
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por Pata-Hari » 3/3/2011 8:05

Zundy, esse artigo é bem interessante, obrigada por o colocares :)).

A propósito disto, no outro dia em conversa, comentou-se que os bancos gregos estão neste momento a fazer é a fazer emissões de obrigações, que ninguém compra, a comprar as próprias emissões, e depois a ir descontar/trocar as mesmas ao banco central. É delicioso, não é? digno dos tugas...
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por Zundy » 2/3/2011 19:50

 
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por mais_um » 2/3/2011 14:04

RiscoCalculado Escreveu:
Yields dos leilões de hoje em linha com os fixings de ontem do MTS (ver imagem em baixo)


Os numeros são objectivos, o resultado do leilão foi inferior ao mercado secundário. Mas estamos sempre a falar de centimos, tal como o aumento em relação ao ultimo leilão dos BT a 12 meses, os juros aumentaram 1,5%, ou seja para cada 100€ de juros passamos a pagar 101,5€ a um ano.


RiscoCalculado Escreveu:
registo com alguma alegria o facto de reconheceres que existe um elefante :mrgreen: (seja ele na sala, ou no lago...)


:mrgreen: :mrgreen: vamos ver se consegue atravessar o lago sem se afogar.....
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por pepi » 2/3/2011 13:23

mais_um Escreveu:E de nenufar em nenufar o elefante vai atravessando o lago ....


:roll: :roll: :roll:
 
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por RiscoCalculado » 2/3/2011 13:22

mais_um Escreveu:

Juros sobem em emissão de dívida de curto prazo
02 Março 2011 | 11:09
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.ptPartilhar
O IGCP colocou no mercado a totalidade do montante indicativo (mil milhões de euros) através de duas linhas de bilhetes do Tesouro. Os juros subiram na emissão com o prazo mais longo, a cerca de 12 meses.
Portugal financiou-se em mil milhões de euros através da emissão de bilhetes do Tesouro. Os juros subiram na maturidade mais longa, para os 4,057%, através da qual o Estado “vendeu” 450 milhões de euros.

Foram ainda colocados 550 milhões de euros em dívida com prazo de cerca de seis meses. Segundo dados do IGCP, os juros mantiveram-se, aí, inalterados face à anterior emissão comparável (2,984%).

No início do mês, o Estado pagou um juro de 2,984% para emitir dívida com um prazo semelhante à maturidade mais curta utilizada esta manhã. Nos bilhetes do Tesouro a 12 meses (mais precisamente 11 meses e meio, já que a dívida vence a 17 de Fevereiro), Portugal tinha aceitado emitir os títulos com uma taxa implícita de 3,710%.

O IGCP previa encaixar entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros, um montante indicativo global e comum às duas linhas.

No prazo mais curto a procura ultrapassou a oferta em 2,6 vezes, ao passo que na emissão a 11 meses e meio, o rácio de cobertura foi de 3,1 vezes.

Nos leilões realizados há um mês, a procura no prazo mais reduzido superou a oferta em 4,8 vezes, segundo os dados do IGCP. No prazo mais longo, o rácio “bid-to-cover” havia sido de 2,6 vezes.

“Portugal continua a conseguir endividar-se sem grandes dificuldades. As taxas de juro a que o Estado emite saíram em linha com as praticadas no mercado”, comenta um gestor do mercado de dívida do Banco Carregosa, Filipe Silva, em nota enviada ao Negócios.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... OMEPAGE_V2




Yields dos leilões de hoje em linha com os fixings de ontem do MTS (ver imagem em baixo)

mais_um Escreveu:E de nenufar em nenufar o elefante vai atravessando o lago ....


registo com alguma alegria o facto de reconheceres que existe um elefante :mrgreen: (seja ele na sala, ou no lago...)
Anexos
yields_PT_bilhetes_tesouro_01Mar2011.JPG
yields_PT_bilhetes_tesouro_01Mar2011.JPG (35.69 KiB) Visualizado 3707 vezes
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por RiscoCalculado » 2/3/2011 13:18

mais_um Escreveu:
Considerando a fraca liquidez das OT portuguesas, com pouco capital é possivel subir e descer o preço sem grande dificuldade. Por exemplo, na bolsa alemã, no ultimo mês transacionaram-se cerca de 174 mil € (valor nominal) de OT portuguesas a 10 anos o que é ridiculo.

http://www.boerse-frankfurt.de/EN/index ... OTEYOE0007

Faz-me lembrar à uns dias as acções do Benfica estava a descer perto de 6%, fui ver tinha sido transacionadas 10 acções....

Na semana (11 a 17 de Fev.) que o BCE gastou 771 milhões de € a comprar divida publica, foram transacionadas no MEDIP 15 milhões de € de OT portuguesas a 5 anos e zero a 10 anos.

http://www.mtsdata.com/content/data/pub ... /bulletin/

Já agora na semana 18 a 24 de Fevereiro, o BCE comprou +/-400 milhões de € de divida publica.

http://www.ecb.int/press/pr/wfs/2011/ht ... 01.pt.html

O boletim saiu hoje e não me recordo de ler alguma coisa sobre o assunto na CS.


mas esse argumento ( do baixo volume de transacções) não pode ser usado no sentido inverso também, mais_um ??

Se o mercado é pouco líquido e facilmente manipulável porque motivo não estão alguns bancos portugueses
a tentar manipular o mercado no sentido de queda de yields , comprando OTs ??


Os presidentes de alguns bancos portugueses têm comentado que uma intervenção do FMI em Portugal não é desejável


http://theportugueseeconomy.blogspot.com/2011/02/bail-whom.html

The presidents of the top three Portuguese private banks have been saying that they are against an eventual IMF/EU loan to Portugal. (...)


http://economia.publico.pt/Noticia/presidente-do-bes-preocupado-com-queda-de-depositos-em-caso-de-intervencao-externa_1482498

“Os depósitos nos bancos portugueses não têm parado de crescer, enquanto os depósitos dos bancos gregos e irlandeses estão a cair. Isto é o efeito perverso da intervenção do fundo europeu e do FMI, uma quebra de confiança”, disse Ricardo Salgado, na II Conferência Reuters/TSF, que decorre em Lisboa.

Segundo o banqueiro, “em caso de intervenção, Portugal não está livre de lhe acontecer o mesmo”, acrescentando ainda que os spreads da dívida soberana dos países alvo de intervenção externa também não têm diminuído.




não deviam então estar a tentar pressionar as yields para baixo ( e os preços para cima) comprando OTs , por forma a transmitir para o exterior uma boa imagem do país e da sua capacidade de se financiar ?

O facto de não se estar a verificar uma queda de yields ( apesar de aparentemente ser esse o desejo de alguns bancos , como já explicado, e apesar de "supostamente" bastar um volume de compras não muito elevado uma vez que a liquidez do mercado é baixa ) não significará uma incapacidade total de o conseguirem ?
Será que se um banco o tentasse , comprando`Ots em quantidade significativa e aumentando a liquidez do mercado, não obteria como resposta por parte de outro banco uma venda igualmente volumosa que impediria a queda de yields ( sendo que a unica coisa que aconteceria seria a passagem da batata quente de um banco para outro ... ) ?




Enfim, nada como esperarmos pelo próximo leilão de OTs para verificar se o Estado se consegue financiar a taxas significativamente diferentes daquelas que são praticadas no mercado secundário ( eu penso que não) ...
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por mais_um » 2/3/2011 12:21


Juros sobem em emissão de dívida de curto prazo
02 Março 2011 | 11:09
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.ptPartilhar
O IGCP colocou no mercado a totalidade do montante indicativo (mil milhões de euros) através de duas linhas de bilhetes do Tesouro. Os juros subiram na emissão com o prazo mais longo, a cerca de 12 meses.
Portugal financiou-se em mil milhões de euros através da emissão de bilhetes do Tesouro. Os juros subiram na maturidade mais longa, para os 4,057%, através da qual o Estado “vendeu” 450 milhões de euros.

Foram ainda colocados 550 milhões de euros em dívida com prazo de cerca de seis meses. Segundo dados do IGCP, os juros mantiveram-se, aí, inalterados face à anterior emissão comparável (2,984%).

No início do mês, o Estado pagou um juro de 2,984% para emitir dívida com um prazo semelhante à maturidade mais curta utilizada esta manhã. Nos bilhetes do Tesouro a 12 meses (mais precisamente 11 meses e meio, já que a dívida vence a 17 de Fevereiro), Portugal tinha aceitado emitir os títulos com uma taxa implícita de 3,710%.

O IGCP previa encaixar entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros, um montante indicativo global e comum às duas linhas.

No prazo mais curto a procura ultrapassou a oferta em 2,6 vezes, ao passo que na emissão a 11 meses e meio, o rácio de cobertura foi de 3,1 vezes.

Nos leilões realizados há um mês, a procura no prazo mais reduzido superou a oferta em 4,8 vezes, segundo os dados do IGCP. No prazo mais longo, o rácio “bid-to-cover” havia sido de 2,6 vezes.

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por mais_um » 2/3/2011 11:01

IGCP
Portugal recompra 110 milhões de dívida
Mafalda Aguilar
02/03/11 09:44


--------------------------------------------------------------------------------

Portugal vai emitir esta manhã até mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro.
.Portugal foi hoje ao mercado recomprar 110 milhões de euros em OT que vencem em Abril e Junho. O montante e os juros foram mais baixos.

As Finanças, através do IGCP, recompraram hoje 90 milhões de euros em obrigações do Tesouro (OT) com maturidade em Abril, a um juro de 1,540%, abaixo da taxa de 1,746% registada na emissão anterior com as mesmas características, em meados de Fevereiro.

Além disso, Portugal recomprou ainda 20 milhões de euros em títulos de dívida com maturidade em Junho, tendo pago um prémio de 1,931%, também inferior aos 2,136% verificados na emissão anterior.

Antes destas operações o saldo vivo das linhas de OT que venciam em Abril e Junho era de 4.342 e 4.934 milhões, respectivamente, perfazendo o total de 9.276 milhões de euros.

Este é segundo leilão de recompra de dívida este ano, depois de Portugal ter recomprado 215 milhões de euros a 16 de Fevereiro.

Contas feitas, o Estado português já recomprou 325 milhões de euros de dívida em 2011.

O mercado aguarda agora os resultados de uma emissão de até mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro também agendada para esta manhã

http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 12415.html

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por mais_um » 2/3/2011 0:16

Aproveito para lembrar que amanhã há leilões de divida publica portuguesa, um de recompra à 9:30 e dois de BT, a 6 e 12 meses, às 10:30.
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por mais_um » 2/3/2011 0:11

RiscoCalculado Escreveu:a ideia é que o BCE tem um montante não desprezável da nossa dívida ( para aquilo que estávamos a discutir é indiferente se são 12, 15, 17 ou 20% ....)


Só posso considerar se é indiferente ou não se souber quanto é que o BCE tem de divida publica dos outros paises.

RiscoCalculado Escreveu:
De qualquer forma continuo a dizer que a probabilidade do BCE não ter comprado dívida portuguesa é baixíssima :

- vários jornais referem o facto
- as yields de Portugal têm sido das que mais têm subido nas últimas semanas.
Yield a 10 anos da Irlanda têm estado mais ou menos estável http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GIGB10YR:IND
Yield a 10 anos da Espanha subiu menos que a nossa
http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPG10YR:IND
Yield da Grécia tb tem subido consideravelmente:
http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GGGB10YR:IND

pq motivo o BCE compraria €711 mln de dívida e não estaria aí incluída dívida portuguesa cuja yield até tem sido das que mais tem subido ?



Por exemplo porque não houve leilões de OT portuguesas e houve espanholas no periodo em questão.



RiscoCalculado Escreveu:
De que outra forma todas essas diferentes entidades divulgariam e contribuiriam para informação na mesma
linha ?


A existir alguma tentativa de manipulação não é das entidades referidas, elas limitam-se a publicar dados que lhes são enviados.

Considerando a fraca liquidez das OT portuguesas, com pouco capital é possivel subir e descer o preço sem grande dificuldade. Por exemplo, na bolsa alemã, no ultimo mês transacionaram-se cerca de 174 mil € (valor nominal) de OT portuguesas a 10 anos o que é ridiculo.

http://www.boerse-frankfurt.de/EN/index ... OTEYOE0007

Faz-me lembrar à uns dias as acções do Benfica estava a descer perto de 6%, fui ver tinha sido transacionadas 10 acções....

Na semana (11 a 17 de Fev.) que o BCE gastou 771 milhões de € a comprar divida publica, foram transacionadas no MEDIP 15 milhões de € de OT portuguesas a 5 anos e zero a 10 anos.

http://www.mtsdata.com/content/data/pub ... /bulletin/

Já agora na semana 18 a 24 de Fevereiro, o BCE comprou +/-400 milhões de € de divida publica.

http://www.ecb.int/press/pr/wfs/2011/ht ... 01.pt.html

O boletim saiu hoje e não me recordo de ler alguma coisa sobre o assunto na CS.
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por atomez » 27/2/2011 20:51

Portugal faces more pressure on bail-out

Portugal is under increasing pressure to take a bail-out as its borrowing costs have stayed above a level widely considered unsustainable for longer than Greece and Ireland before their rescues last year.

Portugal’s benchmark market interest rates were above 7 per cent for the 16th consecutive trading day on Friday, closing at 7.55 per cent. Greece and Ireland, the two eurozone countries to seek bail-outs so far, lasted 13 and 15 trading days respectively with bond yields of more than 7 per cent.

“They are going to need some kind of support. You can’t magic this debt away,” said Gary Jenkins, head of fixed income at Evolution Securities.

Few expect Portugal to seek a bail-out before a European Union summit next month to discuss whether any reform of the eurozone’s bail-out mechanisms is necessary.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por atomez » 25/2/2011 18:58

JMHP Escreveu:Angela Merkel convidou José Sócrates para reunião em Berlim

O primeiro-ministro José Sócrates irá encontrar-se com Angela Merkel no dia 2 de Março, em Berlim, respondendo a um convite da chanceler alemã.
Na agenda do encontro estará a preparação das cimeiras europeias do próximo mês - o Conselho Europeu extraordinário de 11 de Março e o Conselho Europeu de 24 e 25 de Março - e a forma como o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou o mecanismo que lhe suceder poderá ser utilizado para ajudar de forma mais efectiva os países em dificuldades com dívidas soberanas, como Portugal.


Das ist nicht gut für Sócrates...
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por JMHP » 25/2/2011 18:00

Economistas alemães unem-se contra soluções de Bruxelas e apoiam reestruturações de dívida

Duas centenas de economistas alemães assinaram um manifesto contra as soluções negociadas em Bruxelas para a crise da dívida soberana, demonstrando-se a favor da reestruturação de dívida e da criação de um mecanismo que preveja a falência dos Estados.
"Nós apelamos ao Governo alemão para que coloca em curso as disposições para extinguir o mecanismo europeu de estabilidade e para elaborar rapidamente com os seus parceiros europeus um plano detalhado de bancarrota controlada para os países do euro sobreendividados", segundo o texto publicado pelo jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.


O texto, assinado por 198 economistas académicos alemães residentes no país e no estrangeiro, defende ainda a possibilidade de reestruturação de dívida pelos Estados, ao invés de um mecanismo colectivo, como já existe hoje com o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e se pretende criar a partir de 2013 com o Mecanismo Permanente.

"Uma reestruturação permite aos Estados em causa uma redução da sua dívida e garante um novo começo", argumentam.

Sobre a possibilidade de estender uma garantia permanente às dívidas dos países em maiores dificuldades, os economistas consideram que esta teria "consequências muito graves".

O manifesto dos economistas surge numa semana em que os partidos da coligação alemã - CDU/CSU - que suportam o governo da chanceler Angela Merkel aprovaram uma resolução na câmara baixa do Parlamento alemão em que rejeitam a compra de títulos de dívida soberana no mercado secundário pelo futuro mecanismo de resgate, que deverá ser estabelecido em 2013, quando expirar o FEEF.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470479


Angela Merkel convidou José Sócrates para reunião em Berlim

O primeiro-ministro José Sócrates irá encontrar-se com Angela Merkel no dia 2 de Março, em Berlim, respondendo a um convite da chanceler alemã.
Na agenda do encontro estará a preparação das cimeiras europeias do próximo mês - o Conselho Europeu extraordinário de 11 de Março e o Conselho Europeu de 24 e 25 de Março - e a forma como o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou o mecanismo que lhe suceder poderá ser utilizado para ajudar de forma mais efectiva os países em dificuldades com dívidas soberanas, como Portugal.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470503
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Re: Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março

por jcldsm » 25/2/2011 17:33

mais_um Escreveu:
jcldsm Escreveu:Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março. Postponed para depois da reunião da UE dia 11/3.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470355

No entanto não consegui ver nada no site do IGCP


O leilão de dia 2 mantém-se, é de divida de curto prazo (BT), seria muito grave o leilão ser anulado, quando vi o teu comentário até saltei da cadeira!

Sobe a noticia em si, já tinha dado essa informação em 18/02/2011 , neste topico:

Ontem era a data limite para anunciar leilão de OT para a proxima 4ª feira e considerando que não houve qualquer informação nesse sentido significa que não vai haver leilão.


Os motivos só o IGCP é que sabe, mas esse poderá ter sido um dos motivos, embora eu não o considere muito fiavel, já que com o lançamento da nova serie de OT, no inicio de Fevereiro o Estado tenha assegurado dinheiro mais que suficiente para amortizar o emprestimo de Abril, e com o dinheiro que já tinha em caixa no fim do ano passado, a venda da divida directa à China e o leilão de OT de Janeiro também tenha assegurado quase a totalidade senão mesmo a totalidade do dinheiro para amortizar a divida que vence em Junho.


Bem me parecia que tinhas tudo controlado.
:lol:
Abraço
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por RiscoCalculado » 25/2/2011 13:53

... e também nos fixings do MTS as yields da dívida portuguesa a irem um pouco mais para cima :

7.15% a 5 anos ( OT Fev 2016 ) e 7.45% e 7.40% a 9 e 10 anos respectivamente
Anexos
MTS_fixings_25Fev2011.JPG
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por Automech » 25/2/2011 13:30

E não acredito que não andem por aí em busca de mais colocações privadas (faz todo o sentido neste momento, por uma questão de precaução).

Como mero espectador eu acho que o IGCP, em termos tácticos, está a fazer um bom trabalho, dentro daquilo que são as suas funções e limitações.
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Re: Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março

por mais_um » 25/2/2011 12:28

jcldsm Escreveu:Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março. Postponed para depois da reunião da UE dia 11/3.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470355

No entanto não consegui ver nada no site do IGCP


O leilão de dia 2 mantém-se, é de divida de curto prazo (BT), seria muito grave o leilão ser anulado, quando vi o teu comentário até saltei da cadeira!

Sobe a noticia em si, já tinha dado essa informação em 18/02/2011 , neste topico:

Ontem era a data limite para anunciar leilão de OT para a proxima 4ª feira e considerando que não houve qualquer informação nesse sentido significa que não vai haver leilão.


Os motivos só o IGCP é que sabe, mas esse poderá ter sido um dos motivos, embora eu não o considere muito fiavel, já que com o lançamento da nova serie de OT, no inicio de Fevereiro o Estado tenha assegurado dinheiro mais que suficiente para amortizar o emprestimo de Abril, e com o dinheiro que já tinha em caixa no fim do ano passado, a venda da divida directa à China e o leilão de OT de Janeiro também tenha assegurado quase a totalidade senão mesmo a totalidade do dinheiro para amortizar a divida que vence em Junho.
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Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março

por jcldsm » 25/2/2011 11:54

Afinal já não venda de dívida dia 2 de Março. Postponed para depois da reunião da UE dia 11/3.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470355

No entanto não consegui ver nada no site do IGCP
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por JMHP » 24/2/2011 17:32

jcldsm Escreveu:De facto a gestão pelo IGCP do financiamento da dívida e da gestão das expectativas do mercado tem sido extremamente inteligente. Se assim não fosse já tinhamos pedido ajuda. Esta gestão tem um limite temporal quanto a mim. Julgo que foi tudo pensado para aguentar até Março com grandes esperanças que a UE tome finalmente uma decisão na flexibilização da utilização do FEEF. Se isso não acontecer não penso que nos safemos.


Os mercados conhecem bem as necessidades e nível de endividamento de Portugal, não são os meses de Abril e Junho que estão em causa, mas sim a nossa capacidade de financiamento a médio/longo-prazo a níveis elevados da taxa de juro (acima de 5%), com uma economia frágil à beira da recessão e com problemas estruturais que aumentam a necessidade de endividamento no futuro (défice maior que crescimento anual face ao PIB).

Os mercados à muito que indicam que não temos condições para fugir a um pedido de resgate ou de ajuda, os nossos políticos é que continuam a fazer o jogo politico do costume a pensar nas eleições e empurrando as responsabilidades.
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por Automech » 24/2/2011 16:51

mais_um Escreveu:
AutoMech Escreveu:Sim, visto por esse prisma faz sentido, de forma a aumentar a confiança nas emissões que acontecem pelo meio até Abril. :wink:

Sim, é meramente psicologico. Assim tem que encontrar outro motivo para "justificar" a subida das yields.


Aí já não concordo mais_um.

As yields não são só destas OTs que agora atingem a maturidade. Quem tenha OTs 10YRS emitidas há um ano, dois anos, três anos, etc. pode legitimamente ter dúvidas se Portugal terá capacidade para as pagar nessa altura, o que leva à subida das yields
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por jcldsm » 24/2/2011 16:45

mais_um Escreveu:
AutoMech Escreveu:Mas mais_um, eu penso que o sinal que passa é 'apenas' de que pode haver excedente temporário de tesouraria.

Porque se realmente houvesse dinheiro em excesso com carácter permanente, então faria mais sentido o anúncio ser no sentido, não de recomprar algo passado que tem uma taxa 'baixa', mas sim reduzir uma emissão futura, que irá ter uma taxa mais alta.

Com a vantagem desse sinal ser tipo, nós até prevíamos X mas afinal nem isso vamos precisar.

Eu pelo menos leio isto como excedente temporário de tesouraria. É outra perspectiva :wink:


O facto de haver excedente de tesouraria é que faz com seja possivel amortizar antecipadamente, é obvio.

Vários analistas e OCS tem colocado em causa a capacidade do Estado português conseguir amortizar as OT que vencem em Abril e Junho. Esse tem sido um dos motivos apresentados para justificar a subida das yields no mercado secundário. Desta forma o Estado elimina esse motivo, que só é possivel devido à gestão de tesouraria (criar excedentes) que permite fazer estes "brilharetes".


De facto a gestão pelo IGCP do financiamento da dívida e da gestão das expectativas do mercado tem sido extremamente inteligente. Se assim não fosse já tinhamos pedido ajuda. Esta gestão tem um limite temporal quanto a mim. Julgo que foi tudo pensado para aguentar até Março com grandes esperanças que a UE tome finalmente uma decisão na flexibilização da utilização do FEEF. Se isso não acontecer não penso que nos safemos.
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por Trisquel » 24/2/2011 16:42

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por mais_um » 24/2/2011 16:41

AutoMech Escreveu:Sim, visto por esse prisma faz sentido, de forma a aumentar a confiança nas emissões que acontecem pelo meio até Abril. :wink:

Sim, é meramente psicologico. Assim tem que encontrar outro motivo para "justificar" a subida das yields.
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por mais_um » 24/2/2011 16:39

Teixeira dos Santos: "Não temos notado restrições da procura" de dívida pública
24 Fevereiro 2011 | 14:14
Jornal de Negócios
Ministro das Finanças sublinha a "capacidade de resistência" de Portugal face "às difíceis condições" que imperam nos mercados internacionais. E salienta que "apesar do muito ruído" não tem "notado restrições da procura" de dívida pública.
Teixeira dos Santos, em entrevista à “Valor” afirma que “apesar do muito ruído que se sente nos mercados, não temos notado restrições do lado da procura quando do acesso aos mesmos”.

O responsável sublinha que as necessidades de financiamento de Portugal são este ano 20% abaixo do valor necessário em 2010 e muito abaixo dos “cerca de 600 mil milhões de euros que a Itália, França e Alemanha necessitam para este mesmo ano”. Portugal precisa de financiar 20 mil milhões de euros, tendo já garantido cerca de 30% desse valor.

Quanto aos juros pagos, Teixeira dos Santos diz que “o prazo médio de vencimento da nossa dívida é de cerca de seis anos, e a taxa de juro implícita é de cerca de 3,6%, o que compara com cerca de 3,5% na Zona Euro”.

Na mesma entrevista, o ministro das Finanças realçou a redução do défice já conseguida em 2010 e os esforços que estão a ser feitos para que este ano Portugal cumpra o seu objectivo de défice, que é de 4,6% do produto interno bruto (PIB).

E recorda: “Entre 2005 e 2007 reduzimos o deficit de mais e 6% para menos de 3%. Sabemos como fazê-lo pois já o fizemos, e estamos a fazê-lo de novo.”

Teixeira dos Santos reiterou a aposta na internacionalização das empresas portuguesas e da importância do aumento das exportações para animar o crescimento da economia nacional.

“O futuro de Portugal passa, por isso, pelas exportações e pela internacionalização da economia”, adiantou.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=470283

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