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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bp1511 » 25/6/2009 14:24

Abri conta no Barclays e tudo... :lol:
Se quiser eu digitalizo os documentos.

No BEST e no Activo, acabava a campanha de um começava a do outro.

Caso não saiba o BEST é do BES e o Activo é do BCP.
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por bp1511 » 25/6/2009 14:19

Pata-Hari Escreveu:Nunoo, isso não é verdade. As taxas garantidas pelo BPP sempre foram superiores às do mercado. Sempre. È absoluta loucura tentar dizer o contrário e contrariar factos. Aliás, toda a discussão tem sido em torno da tentativa de argumentação contra coisas que são factos.


É verdade sim senhora, o BPN oferecia mais alto, o Best e o Activo, em curtos espaços de tempo, também ofereciam mais alto, o Barckleys chegou a oferecer 8%.

Como pode ver andava muito mal informada e se calhar continua...
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por Pata-Hari » 25/6/2009 14:11

Nunoo, isso não é verdade. As taxas garantidas pelo BPP sempre foram superiores às do mercado. Sempre. È absoluta loucura tentar dizer o contrário e contrariar factos. Aliás, toda a discussão tem sido em torno da tentativa de argumentação contra coisas que são factos.
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Re: resposta ao adrox

por Nunooo » 25/6/2009 12:44

Adrox Escreveu:
e-buy Escreveu:Mas, ao referir que a solução estaria na equiparação dos produtos de RA a depósitos, estava a apontar a solução, aliás já sugerida por muitos. Basta elevar o limite dos Sistema de Indemnização Directa aos Investidores (com ampla divulgação no site da CMVM) para Eur. 100 000, 00, e mudar umas pequenas regras.

Compreendeu, ou precisa que lhe explique melhor ?

Cumprimentos,

e-buy


Já agora, se soubesse que os 7% ou mais que o BPP dava com capital garantido.
Além de serem garantidos pelo Banco, ERAM GARANTIDOS PELO ESTADO. Eu tinha lá posto o meu dinheiro todo.
Alias até tentava arranjar credito a 4% e 5% só para meter o dinheiro no BPP a taxas ABSURDAS!



Cumprimentos.


Caro Adrox

Nunca vi taxas no BPP de 7% para os clientes com contrato de capital garantido.
A taxa mais alta que havia era 5,25% na mesma altura em que o BPN oferecia 6% o Banif 5,5% e o BES 5%.

Portanto caro amigo nao fale do que nao sabe, porque de ignorantes com a mania que sabem de tudo está este país cheio!


.
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Re: resposta ao adrox

por Adrox » 25/6/2009 3:10

e-buy Escreveu:Mas, ao referir que a solução estaria na equiparação dos produtos de RA a depósitos, estava a apontar a solução, aliás já sugerida por muitos. Basta elevar o limite dos Sistema de Indemnização Directa aos Investidores (com ampla divulgação no site da CMVM) para Eur. 100 000, 00, e mudar umas pequenas regras.

Compreendeu, ou precisa que lhe explique melhor ?

Cumprimentos,

e-buy

Ah, querem mudar a Lei.

Ok, deixem-me só comprar 100.000€ em Turbo Warrants, se perder muda-se a lei, e mete-se também os Turbos nessa historia do seguro.
Se ganhar tanto me faz.

De onde vem esses 100.000€ que vão dar a cada "lesado"?
Quem os paga?
É que o dinheiro dos depositos, CERTAMENTE VINHA DOS BANCOS QUE TINHAM QUE PAGAR UM SEGURO!!!
Ora os clientes do BPP querem receber de um seguro que nunca pagou um tostão.

Era como se ardesse a casa e viesse pedir ao estado para fazer seguros anti-incendiso à posteriori...
Olha ardeu-me a casa, faço aqui 1 seguro e pagam logo o seguro!!
O dinheiro vem de onde? Do ceu?

Se o Berardo arranjar alguem na caixa que lhe dissesse:"Eu disse ao Sr. Berardo que isto do BCP era um investimento sem risco."
Também indeminizam o Sr. Berardo?

Já agora, se soubesse que os 7% ou mais que o BPP dava com capital garantido.
Além de serem garantidos pelo Banco, ERAM GARANTIDOS PELO ESTADO. Eu tinha lá posto o meu dinheiro todo.
Alias até tentava arranjar credito a 4% e 5% só para meter o dinheiro no BPP a taxas ABSURDAS!

Também gosto muito da frase os clientes do BPP são aforradores, não são especuladores.

Eu também não sou especulador, dêm 10% ao ano de rentabilidade sem risco e sem mexer 1 palha que sou todos os nomes que me quiserem chamar.

Já agora a frase de que os Bancos não podem falir também é genial. Onde está escrita? Na Constituição?
Os Bancos como qualquer outro negocio pode falir.
E pelos vistos até sabe a historia de 1929 e não sabia que os bancos iam à falencia?

Cumprimentos.
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por Lacrau » 24/6/2009 15:11

O Berardo tem algumas coisas engraçadas...


http://www.berardocollection.com/?TopLevelID=28&lang=pt

http://www.buddhaeden.com/about.html


...por exemplo o jardim dele na Quinta dos Loridos, no Bombarral vale uma visita.

ainda andam a construir aquilo e já estava imponente no início deste ano.....


pergunto a mim mesmo se haverá lá algum daquele dinheirinho dos fundos geridos pelo BPP....???? hummmmm......
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por Flying Turtle » 24/6/2009 14:57

Ora aí está uma notícia bem interessante Lacrau, obrigado!

A ser totalmente verdade o que é dito nesta notícia, e apesar de todos os seus defeitos, o Comendador subiu uns pontinhos na minha consideração.

O que levanta a questão, já muito bem abordada aliás uma vez num artigo do Ulisses, da razão por que ele não se pôs a milhas do BCP enquanto era tempo.

FT
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por Lacrau » 24/6/2009 14:51

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... id=374452#

como os fundos são versáteis e convenientes.....



Joe Berardo diz que lançou avisos sobre João Rendeiro em 1998

Joe Berardo, um dos homens mais ricos de Portugal, afirmou hoje que foi accionista do BPP, mas que em 1998 retirou todo o dinheiro do banco liderado por João Rendeiro, depois de se aperceber de movimentos pouco transparentes.

"O BPP estava marcado há muitos anos. Em 1998 tirei de lá o meu dinheiro e fiz um anúncio de uma página inteira no Público", disse Joe Berardo, acrescentando que "as pessoas, quando não são honestas, nem o Banco de Portugal, nem ninguém pode ter controle sobre a situação".

"Podemos sempre criticar [a supervisão], mas não é fácil", considerou, ao mesmo tempo que disse sobre a possibilidade do Governo poder deixar falir o BPP.

“É sempre mau deixar um banco cair, ainda mais num sistema bancário pequeno como o português", acrescentou Berardo.

Sobre os clientes do BPP, Berardo frisou que "há um seguro que protege os depositantes, agora sobre os que investiram em bolsa, é como eu. Se vão salvar uns, também têm que salvar os outros".

Questionado sobre o produto de retorno absoluto com garantia de capital, o comendador sublinhou que "os bancos deviam ser supervisionados também pelos produtos que vendem, que deviam ser investigados".

Numa entrevista concedida a 15 de Março ao Correio da Manhã, Berardo explicou o porquê de ter vendido todas as acções que detinha no BPP em 1998: "Tínhamos uma guerra com o Sousa Cintra sobre as Pedras Salgadas. Aconteceram umas transacções e o banco estava a dever uns dinheiros. E como é que me pagaram? O fundo do banco vendeu-me acções a um preço mais barato".

"Um mês depois comprou-me essas acções a um preço mais caro. Os fundos dirigidos pelo banco foram comidos. Em vez de pagar o banco pagou o fundo. Nesse dia, logo que recebi o meu dinheiro, disse ao meu advogado para reunir com o João Rendeiro e vender tudo", acrescentou.

"Mais cedo ou mais tarde algo ia acontecer. Porque se ele fez isso a mim, para meu benefício, porque é que não irá fazer outra vez para benefício dele ou de outras pessoas?", prosseguiu Berardo quando confrontado se já tinha percebido que algo corria mal no BPP.

O empresário madeirense garantiu ainda que nem a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), nem o Banco de Portugal lhe fizeram qualquer pergunta sobre o negócio, que ocorreu há 11 anos.
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por pedrom » 24/6/2009 10:45

Depois de concretizado o plano do Ministério das Finanças para os clientes de retorno absoluto, o Banco Privado (BPP) poderá ser transformado num "bad bank" para o sistema financeiro português.

BPP transformado em bad bank???? :shock: :shock: :shock: Mas não é já um "mau banco"????? :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

O ministro das finanças quer colocar o BPP a gerir m.... depois de não saber gerir dinheiro!!!!!! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

A sorte do BPP ainda vai outro tumulto financeiro que por ai apareça.......
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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Re: resposta ao adrox

por Flying Turtle » 24/6/2009 8:36

e-buy Escreveu:(...) Basta elevar o limite dos Sistema de Indemnização Directa aos Investidores (com ampla divulgação no site da CMVM) para Eur. 100 000, 00, e mudar umas pequenas regras.

Compreendeu, ou precisa que lhe explique melhor ?


:shock:

Fixe: Passei a ser candidato também à coisa, uma vez que perdi mais de 10.000 euros em produtos que o meu banco me vendeu como sendo defensivos e contra-cíclicos, isto é, que me protegeriam em caso de queda dos mercados. Mentira: Não só não subiram quando os mercados subiam, como desceram iguaizinhos aos demais quando as coisas começaram a dar para o torto...

E perdi mais 2.500 euros nuns ETF do Millennium porque, quando instei o meu gerente de conta a explicar-me em detalhe os fundamentais dos ditos ele me convenceu de que aqueles ETF tinham sofrido uma quebra em função de eventos muito específicos e irrepetíveis pelo que eram então excelentes para recuperar o investimento. Coisas mais ou menos em "banquês". Pois sim, lá se foram mais 2.500 euros.

Portanto, basta alterar umas coisitas na lei para que eu tenha direito a esses 12.500 euros de volta porque, tal e qual como no caso dos clientes do BPP, um banco supervisionado pelo Banco de Portugal e pela CMVM me vendeu gato por lebre.

Bora malta, juntei-me au clube! Onde é que assino?

:roll:

FT

P.S.: Os factos relatados acima são puramente verdade, não são inventados. O banco em causa é o ActivoBank 7, integralmente pertença do Millennium BCP
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por Pata-Hari » 24/6/2009 0:00

Eu gostava de entender qual a lógica ou justiça de se tornar produtos de RA em depósitos. Por essa ordem de ideias, deveríamos então indemnizar todos os clientes de todos os bancos que aceitaram rendimentos menores de DPs desde sempre por modo a terem garantias maiores.
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resposta ao adrox

por e-buy » 23/6/2009 23:42

Ó meu amigo, convem é ir ler melhor a Lei:

Diferenças entre Depositos e outra coisa qualquer:
1º: A diferença é que tu num Deposito a Prazo estás a emprestar dinheiro ao Banco, ficando credor deste, ou seja em caso de falência és dos 1ºs a receber.
Noutra coisa qualquer estás a por na mão do Banco dinheiro para investir.
ADROX disse :
Mas isto não tem nada a ver com o Fundo de Depósitos (que é o que efectivamente dá garantias dos depositos se o Banco falir).
Vamos ao Fundo de Depósitos, a legislação está aqui:
http://www.bportugal.pt/publish/legisl/rgicsf_p.pdf
(Páginal onde se encontra o link: http://www.bportugal.pt/publish/legisl/legisl_p.htm Lá diz: - "Documento de consulta, sem força legal, actualizado em Fevereiro de 2009", isto porque as Leis que contam encontram-se publicadas em diário da republica, aquilo é uma especie de resumo).

Caro confrade de fórum :

A lei conheço-a, há muitos anos. E também conheço todo o tipo de argumentos literais. Daí que seja meridianamente claro que os clientes de RA do BPP não podem ser salvos pelo fundo de depósitos.

Mas, ao referir que a solução estaria na equiparação dos produtos de RA a depósitos, estava a apontar a solução, aliás já sugerida por muitos. Basta elevar o limite dos Sistema de Indemnização Directa aos Investidores (com ampla divulgação no site da CMVM) para Eur. 100 000, 00, e mudar umas pequenas regras.

Compreendeu, ou precisa que lhe explique melhor ?

Cumprimentos,

e-buy
 
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por Flying Turtle » 23/6/2009 22:35

economy Escreveu:e daí o interesse em defendê-lo


Sabes coisas que eu não sei pelos vistos, mas duvido que consigas alguma vez expressar essa tua sabedoria duma forma clara e inteligível.

FT
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por keromais » 23/6/2009 20:56

Caro Flying Turtle,

Seria de enaltecer o esforço do seus comentários se estes não fossem construidos com base em "alicerces de areia", os quais não têm qualquer consistência !...... Fala de empresas, interesse público, Lei, tribunais etc. !.......... Quer comparar empresas de outras actividades com bancos ?......... Fala de interesse público ?.... neste caso, está a confundir interesse público com eleições !........ Fala de Lei ?.... neste caso, onde é que a Lei está a ser cumprida ?..... ou a Lei só se respeita quando convém !........ Fala em tribunais ?..... O sr. acredita na justiça portuguesa ?..... Parece que vive num país diferente do meu !...... Não queira justificar o injustificável !.... Nada do que afirma tem qualquer sustentabilidade. Já ouvi o seu discurso em qualquer outro lado, e daí o interesse em defendê-lo !..... Não vou voltar a responder-lhe, apenas o remeto para o meu comentário que diz não perceber, pois leia-o e releia-o, que este apesar de curto diz-lhe muito respeito.
 
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por mfsr1980 » 23/6/2009 18:58

Não gosto insultar só por insultar, mas não posso ser brando na critíca porque houve incúria dos agentes reguladores(e não foi pequena). E porque os bancos não podem ser tratados como uma qualquer "tasca da esquina" que faliu!
A incúria continua, quando diz que se estão a acompanhar 2 bancos em situação semelhante aos anteriores! Os bancos não podem falir sejam pequenos ou grandes, PARA ISSO É QUE EXISTEM OS REGULADORES.
Quem viu a reportagem sobre o "crash de 1929" percebeu que mais grave que isso foi a desconfiança no sistema bancário subsequente ao "crash" e que levou mais de 3.000 bancos à falência, pois estavam à merçê de rumores muitas vezes infundados. E foi isso que gerou fome e miséria nos anos seguintes!
Não se pode dizer que estão 2 bancos mal sem dizer quais são, pois isso pode levar a uma corrida aos bancos, com as consequências que isso trás.
Decididamente a nossa civilização está muito mal!
 
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por Flying Turtle » 23/6/2009 18:41

economy Escreveu:Caro Flying Turtle,

Se não percebeu patavina, é porque a mensagem não é para si !.....
Acredite, que a mesma vai ser entendida, por muitos a quem se destina !.... Essencialmente aos que utilizam o argumento "teta dos contribuintes" e outros deste forum, que apesar de muito bem informados, lutam há meses, (ou seja desde o início), contra "os clientes depositantes" lesados pelo BPP e seus cúmplices, e defendem a discriminação deste grupo de portugueses, em relação a outros, em situação precisamente igual.


Se não era para mim tanto melhor. De facto nunca usei a expressão "teta dos contribuintes", desde logo porque a acho demasiado vulgar para este espaço e depois porque nunca me passaria pela cabeça insultar e achincalhar os clientes/lesados do BPP. No entanto, basta ler as minhas mensagens para perceber que sou dos que consideram que o Estado não deve garantir aplicações financeiras que não sejam, à luz da lei, depósitos.

Eu também nunca lutei contra os clientes/lesados do BPP, acho isso um total disparate. Mas discordo dos argumentos que eles apresentam. Já quanto aos seus cúmplices, nem sei mesmo quem são portanto não me pronuncio sequer.

Já quanto à questão da alegada discriminação - como se ela não existisse quando por exemplo o Governo se vira do avesso para salvar a Quimonda ou evitar que a Volkswagen diga adeus à Auto Europa, mas nada faz relativamente a milhares de empresas anónimas que entretanto enfrentam a falência - continuo a ter dois argumentos:

1) Ela existe e existirá sempre, e quanto a mim bem, porque o interesse público, que justifica que se utilize o dinheiro dos contribuintes (meu também, portanto), não é cego e abstracto, mas sim condicionado a cada caso concreto, desde que dentro da estrita aplicação da lei vigente como, ao que julgo saber, sucede tanto no caso do BPP como no do BPN (e não se veja aqui qualquer juízo valorativo sobre a acção do Estado quanto aos casos concretos enunciados);

2) Cabe a todo e qualquer cidadão que se sinta lesado, seja por privados seja por organismos públicos (por exemplo o Banco de Portugal ou a CMVM) ou mesmo pela Administração Pública (neste caso o Estado), o direito fundamental de se defender contra tais lesões através dos mecanismos judiciais existentes, incluindo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Assim:

- Se existe desequilíbrio ilegítimo na actuação do Estado;
- Se o Governo usa dois pesos e duas medidas;
- Se, à luz da lei e/ou da sua melhor interpretação (bom para os advogados), as aplicações feitas no BPP são de facto depósitos, como tal cobertos pelos mecanismos legais,

Os clientes/lesados do BPP não têm mais do que fazer valer os seus direitos no local próprio, como terão os do BPN se um dia, designadamente após uma anunciada reprivatização, se verificar que o Banco não consegue solver os seus compromissos (o que no caso do BPN penso ser quase certo e seguro porque a quase totalidade dos seus clientes debandará certamente no momento em que desapareça a mão protectora do Estado).

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por mfsr1980 » 23/6/2009 18:26

Claro que um dos responsáveis é o "Vitinho" e também é obvio que é também responsável o Partido Xuxialista que até teve o desplante de antecipar a recondução no cargo, já depois de o Cavaco Silva ser eleito( estas coisas só acontecem com partidos de baixo nível).
Toda a gente viu a ineficiência do Governador...TODA! Mas o PS como de costume ampara toda a xoldra do PS.
 
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por keromais » 23/6/2009 18:04

Caro Flying Turtle,

Se não percebeu patavina, é porque a mensagem não é para si !.....
Acredite, que a mesma vai ser entendida, por muitos a quem se destina !.... Essencialmente aos que utilizam o argumento "teta dos contribuintes" e outros deste forum, que apesar de muito bem informados, lutam há meses, (ou seja desde o início), contra "os clientes depositantes" lesados pelo BPP e seus cúmplices, e defendem a discriminação deste grupo de portugueses, em relação a outros, em situação precisamente igual.
 
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por Flying Turtle » 23/6/2009 16:53

economy, com toda a franqueza... não percebi patavina!

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por keromais » 23/6/2009 16:51

"A teta dos contribuintes é outra" !...... A política suja, essa sim, é a verdadeira teta dos contribuintes !.... Não queiram justificar o injustificável !.......E digo porquê !..... As pessoas bem esclarecidas, que lutam sistematicamente e insistentemente, contra os "Depositantes do BPP", estam a pactuar com os malfeitores deste país, ao defenderem a discriminação de alguns portugueses, com argumentos sem sustentabilidade e sem nexo...... Os objectivos destes cidadãos, estão à vista de toda a gente, basta consultar este tópico desde o início !..... Ao defenderem tal barbaridade e injustiça, demonstram bem a grande inveja com que convivem, ou então, estão muito bem pagos, ao serviço dos poderosos !..... O que este país mais precisa é de gente séria e honesta !...... BASTA DE INJUSTIÇA !.....
 
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por xtech » 23/6/2009 16:49

Concordo com o asd.

O mercado em que vivemos não é livre... isto não é a lei da oferta e da procura pura, não estamos num sistema 100% liberal!

Temos FEDs e BCEs que alteram o mercado (que por si próprio tenderia sempre para o equilíbrio) com as suas regulações, injecções de liquidez, etc etc que distorcem os mecanismos de funcionamento dos mercados, causando-lhe desiquilíbrios (bolhas).

Agora em relação aos clientes do BPP, estou solidário obviamente, tal como estou com qualquer pessoa que perde algo do que tem. Se o banco enganou os clientes, acho justo que as pessoas que sabiam disso e pactuaram com isso vendam o que têm para ressarcir os clientes enganados. Mas isso terá sempre a ver com a justiça dos tribunais que muitas vezes não funciona quando o jogo de interesses é complicado. Espero que os clientes que foram enganados tenham uma solução, mas não às custas dos contribuintes.

Se eu for roubado na rua, os contribuintes não me pagam os bens que me roubaram, certo?
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
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por asd » 23/6/2009 10:16

Nunooo Escreveu:
O problema está no facto de as autoridades de supervisao servirem ou nao para alguma coisa, porque se não servem nao afectem os nossos impostos para a manutençao e funcionamente de entidades que rigorosamente nao regulam, nao supervisionam, e em muitos casos até colaboram com os prevaricadores.

A sua ultima frase que passo a citar "O estado não tem/deve regular nada! O mercado regula-se por ele próprio" na actual conjuntura mostra bem a sua linha de pensamento e o resultado a que ela conduz!


Na actual conjuntura tens o resultado da (boa ou má)regulação do estado e do seu forte peso na economia, e não do mercado a funcionar livremente. Não diga disparates, desde quando isso é um mercado livre??


Nunooo Escreveu:A questao nao é como a colocou: "Quando ganham tudo bem, quando perdem nós é que assumimos os vossos riscos??"
A questao é: onde anda e para que serve uma supervisao que permite que um banco venda e publicite semanalmente produtos de capital garantido, sem fazer provisoes nesse sentido.
As pessoas que ouve falar nao assumiram riscos, ou melhor, assumiram um risco que pensavam nao existir: o risco de termos autoridades que permitam que um banco tenha uma contabilidade de mercearia de esquina.


.


A questão não é como coloquei porque não lhe interessa que seja.

Se acha que o estado falhou e que deveria fazer o seu trabalho(porque quando contrai algum produto deve informar-se das suas condições antes de o fazer, ou espera que o estado faça por si?) ou se foi burlado, voltamos ao inicio recorra aos tribunais e faça valer do seu direito de cidadania (seja contra o estado ou o banco) como já referi é para isso que eles servem.

Independentemente do que acha a resposta é sempre a mesma –> tribunais.

Agora não queiram é vir “agarrar-se a teta” dos contribuintes.
Quando ganha não distribui as suas mais valias com os contribuintes pois não?
Então porque quando perde tem de ser diferente?
 
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por Flying Turtle » 23/6/2009 8:42

Nunooo Escreveu:FTurtle as minhas provas são as palavras do Dr. Carlos Tavares na comissao de inquerito ao parlamento. Obviamente eu nao tenho acesso ao tipo de produto que teinha o BPN e que foi transformado em DP, mas se foi o proprio presidente da CMVM que o disse na comissao de inquerito quem sou eu para duvidar ou por em causa as suas palavras.


Então não são provas nenhumas. É um mero parecer. Da mesma forma que todos os dias és confrontado com situações em que duas partes em desacordo alegam terem pareceres - contraditórios - de reputados advogados, constitucionalistas e etc.

No limite, e se reputas esse parecer de decisivo, avocas o Dr. Carlos Tavares como tua testemunha no processo.

Nunooo Escreveu:Mandar avançar para a justiça é a mesma coisa que mandar um amigo a um sitio feio mas com palavras bonitas. Deves saber como funciona e o tempo que demora a justiça em Portugal....


Não é, não. Pela parte que me toca é a única via ao meu alcance quando me considero vítima de uma injustiça, de uma burla ou de qualquer acto ilegítimo. Sei por experiência própria - e alguns ( muito poucos provavelmente) participantes aqui do Forum sabem do que falo - que a justiça não funciona sempre como deveria, o que já me fez desistir de acções em que estava absolutamente certo da minha razão.

Aquilo que eu não aceito, no entanto, é que o meu dinheiro sirva para "remendar buracos" na justiça de uma forma casuística. Isso não levaria senão a uma sociedade totalmente dependente do Estado (e já o é muito em demasia actualmente), o que é coisa que de todo em todo eu não quero para o meu País. Quero antes o meu dinheiro a fazer a justiça funcionar.

Lamento muito a situação penosa por que passam todos os ludibriados do BPP. Acho também que os accionistas dessa instituição não se têm portado à altura. Estou de acordo com uma apreciação negativa ou, pelo menos, pouco positiva da actuação do Banco de Portugal. Também penso que o Governo demorou tempo demais para tomar a posição que desde há muito era para mim óbvia. Tudo isso são para mim razões para defender um recurso generalizado e vigoroso à justiça e a exigência de reparações a quem as deve. Tudo isso justifica também que eu não deseje ver o sistema (ainda) mais pervertido através de mais e mais dinheiro dos contribuintes atirado à toa para tapar as asneiras e as insuficiências de todos aqueles que neste processo andaram mal. Apenas faria com que as coisas ficassem ainda pior.

FT
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Re: BPP

por Adrox » 23/6/2009 0:42

e-buy Escreveu:A questão, generalizada mas de forma incorrecta, é a seguinte : os chamados produtos de retorno absoluto são, materialmente, depósitos.

O Banco aceitava o depósito de uma determinada quantia, por determinado prazo e, em contrapartida, no final do prazo garantia o pagamento de uma remuneração (juro) entre 4,5 % e 5,3 %, líquido.

Basta ler a definição de Veiga Beirão, que tem muitas dezenas de anos.

Ou seja, o BPP comercializou depósitos a prazo com o nome de estratégias de retorno absoluto. O cliente lia no prospecto - capital garantido e juro garantido, pelo que subscrevia o produto. Ponto final.

O cliente confiou num Banco Português que lhe garantia o capital e o juro. Não eram aplicações especulativas.

Sucedeu que os depósitos, por definição, tinham de estar inscritos no balanço do Banco e só agora, em 2009 (ou em fins de 2008) é que se percebeu que não estavam. Grande bronca.

Ó meu amigo, convem é ir ler melhor a Lei:

Diferenças entre Depositos e outra coisa qualquer:
1º: A diferença é que tu num Deposito a Prazo estás a emprestar dinheiro ao Banco, ficando credor deste, ou seja em caso de falência és dos 1ºs a receber.
Noutra coisa qualquer estás a por na mão do Banco dinheiro para investir.

Mas isto não tem nada a ver com o Fundo de Depósitos (que é o que efectivamente dá garantias dos depositos se o Banco falir).
Vamos ao Fundo de Depósitos, a legislação está aqui:
http://www.bportugal.pt/publish/legisl/rgicsf_p.pdf
(Páginal onde se encontra o link: http://www.bportugal.pt/publish/legisl/legisl_p.htm Lá diz: - "Documento de consulta, sem força legal, actualizado em Fevereiro de 2009", isto porque as Leis que contam encontram-se publicadas em diário da republica, aquilo é uma especie de resumo).

A partir do Artigo 154º.
Quote:
Artigo 155º:
1 - O Fundo tem por objecto garantir o reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito que nele participem.
4 – São abrangidos pelo disposto no número anterior os fundos representados por certificados de depósito emitidos pela instituição de crédito, mas não os representados por outros títulos de dívida por ela emitidos nem os débitos emergentes de aceites próprios ou de promissórias em circulação.

Artigo 166º:
1 - O Fundo garante o reembolso da totalidade do valor global dos saldos em dinheiro de cada depositante, desde que esse valor não ultrapasse os € 25 000. (Este limite entretanto foi aumentado)


Ou seja, os depósitos estão abrangidos pelo fundo (e só até certo valor), qualquer outra coisa não...


Cumprimentos.
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BPP

por e-buy » 22/6/2009 23:40

Boas,

Na verdade, O Nunoo tem toda a razão. Não se trata de ultra-liberalismo, nem sequer de usar tratamento igual ao recebido pelos clientes do BPN.

A questão, generalizada mas de forma incorrecta, é a seguinte : os chamados produtos de retorno absoluto são, materialmente, depósitos.

O Banco aceitava o depósito de uma determinada quantia, por determinado prazo e, em contrapartida, no final do prazo garantia o pagamento de uma remuneração (juro) entre 4,5 % e 5,3 %, líquido.

Basta ler a definição de Veiga Beirão, que tem muitas dezenas de anos.

Ou seja, o BPP comercializou depósitos a prazo com o nome de estratégias de retorno absoluto. O cliente lia no prospecto - capital garantido e juro garantido, pelo que subscrevia o produto. Ponto final.

O cliente confiou num Banco Português que lhe garantia o capital e o juro. Não eram aplicações especulativas.

Sucedeu que os depósitos, por definição, tinham de estar inscritos no balanço do Banco e só agora, em 2009 (ou em fins de 2008) é que se percebeu que não estavam. Grande bronca.

E é aqui que as entidades oficiais - BP, Governo e CMVM têm responsabilidades ostensivas, pois o BPP era o terceiro Banco em Gestão de Activos. Ou seja, pelo Balanço não era (pois não tinha lá inscritos estes produtos) mas, na prática, como geria 1, 2 mil milhões de euros, ERA O TERCEIRO BANCO PORTUGUÊS EM GESTÃO DE ACTIVOS !!!!!!!!!!!!!


Como solucionar a questão com o mínimo de sentido de justiça ?

No meu entender, há que equiparar estes produtos a depósitos, o que, aliás, já foi defendido pela CMVM, e seu presidente, único homem com coragem no meio desta crise, pois também tem responsabilidades, e não as enjeitou.

Nesta hipótese, é certo, só se protegem os clientes que lá tenham entregue até Eur. 100 000, 00, mas a verdade é que o Estado só tem a obrigação, legal, de assumir a protecção destes montantes.

Para quem tem lá Eur. 500 00, 00, ou até alguns milhões, também tem possibilidades de pagar a um bom advogado, o qual, pelo seu lado, também tem de ganhar a vida.

E um bom advogado tem muitos argumentos para desenvolver.

No entanto, repito, a solução básica passa por equiparar os referidos produtos a depósitos.

Infelizmente, o mesmo Ministro que teve medo de ver o sistema falhar, ao nacionalizar o BPN, não é capaz de ter esta atitude de elementar justiça.

Uma mancha eterna no currículo do Ministro Teixeira dos Santos.

Por isso, prevejo um bom ano para alguns advogados....

Cumprimentos
 
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