Off-topic - eleições legislativas e autárquicas
Distrito de Santarém
A capital do Ribatejo elege 10 deputados, mas ao contrário do que sucede em Coimbra, onde os 10 mandatos eram disputados pelos dois grandes, aqui a CDU elege sempre um deputado e o CDS elege às vezes (nas últimas eleições falhou essa eleição).
Nas últimas legislativas, o PS arrancou 6 dos 10 deputados, mas essa proeza dificilmente se repetirá e mesmo os 5 deputados constituem uma meta muito ambiciosa.
Uma eventual descida do PS semelhante à que houve nas europeias irá favorecer a CDU, o CDS e o BE, que deverão conseguir eleger um deputado cada. Os grandes levam pelo menos 3 mandatos cada um. O deputado que falta é flutuante e deve ir para o partido que ganhar o distrito.
A capital do Ribatejo elege 10 deputados, mas ao contrário do que sucede em Coimbra, onde os 10 mandatos eram disputados pelos dois grandes, aqui a CDU elege sempre um deputado e o CDS elege às vezes (nas últimas eleições falhou essa eleição).
Nas últimas legislativas, o PS arrancou 6 dos 10 deputados, mas essa proeza dificilmente se repetirá e mesmo os 5 deputados constituem uma meta muito ambiciosa.
Uma eventual descida do PS semelhante à que houve nas europeias irá favorecer a CDU, o CDS e o BE, que deverão conseguir eleger um deputado cada. Os grandes levam pelo menos 3 mandatos cada um. O deputado que falta é flutuante e deve ir para o partido que ganhar o distrito.
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Distrito do Porto
O Porto é um distrito importante - elege 39 deputados (ganhou 2 mandatos desde 1995). Tal como em Lisboa, é difícil fazer previsões exactas e qualquer variação nos votos dos dois maiores partidos terá impacto nos mandatos dos mais pequenos.
13 deputados para cada um dos dois grandes são mais ou menos "favas contadas". Os restantes três partidos (que na última eleição legislativa tiveram 2 deputados cada) vão tentar chegar aos 3 ou aos 4, mas isto vai depender fortemente da votação nos grandes em especial no PS.
Tal como em Lisboa, considerei dois mandatos flutuantes.
O Porto é um distrito importante - elege 39 deputados (ganhou 2 mandatos desde 1995). Tal como em Lisboa, é difícil fazer previsões exactas e qualquer variação nos votos dos dois maiores partidos terá impacto nos mandatos dos mais pequenos.
13 deputados para cada um dos dois grandes são mais ou menos "favas contadas". Os restantes três partidos (que na última eleição legislativa tiveram 2 deputados cada) vão tentar chegar aos 3 ou aos 4, mas isto vai depender fortemente da votação nos grandes em especial no PS.
Tal como em Lisboa, considerei dois mandatos flutuantes.
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Distrito de Portalegre
Durante muitos anos, Portalegre elegia 3 deputados, dos quais 2 iam para o PS e 1 para o PSD. Em 2005 o distrito perdeu um dos seus representantes e passou a eleger apenas 2, que foram ambos para o PS - Portalegre é, actualmente, o distrito com menor representatividade na Assembleia da República.
Conseguirá o PS repetir a proeza de 2005 e eleger os 2 deputados? Dificilmente, na minha opinião - para isso acontecer terá de obter o dobro dos votos do PSD, o que me parece improvável tendo em conta os resultados das europeias. Aposto assim numa repartição 1 - 1, sem mandatos flutuantes.
A CDU tem aqui uns expressivos 18% (ainda assim menos que no resto do Alentejo) e conseguiria assegurar o terceiro representante se ele ainda existisse (em 1987 a repartição foi 1 - 1 - 1). Havendo apenas dois mandatos possíveis, a eleição de um deputado comunista parece-me muito improvável.
As restantes forças políticas não levam nada.
Durante muitos anos, Portalegre elegia 3 deputados, dos quais 2 iam para o PS e 1 para o PSD. Em 2005 o distrito perdeu um dos seus representantes e passou a eleger apenas 2, que foram ambos para o PS - Portalegre é, actualmente, o distrito com menor representatividade na Assembleia da República.
Conseguirá o PS repetir a proeza de 2005 e eleger os 2 deputados? Dificilmente, na minha opinião - para isso acontecer terá de obter o dobro dos votos do PSD, o que me parece improvável tendo em conta os resultados das europeias. Aposto assim numa repartição 1 - 1, sem mandatos flutuantes.
A CDU tem aqui uns expressivos 18% (ainda assim menos que no resto do Alentejo) e conseguiria assegurar o terceiro representante se ele ainda existisse (em 1987 a repartição foi 1 - 1 - 1). Havendo apenas dois mandatos possíveis, a eleição de um deputado comunista parece-me muito improvável.
As restantes forças políticas não levam nada.
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Distrito de Lisboa
Com os seus 47 mandatos, Lisboa elege mais de 20% dos representantes na Assembleia da República. É muito difícil fazer previsões quanto à repartição de mandatos neste círculo eleitoral, pois algumas diferenças percentuais de votos têm grande impacto no número de mandatos.
A distribuição de votos neste distrito vai ter grande impacto na composição da Assembleia. Os partidos sabem isto e por isso este é um distrito onde todos os partidos investem bastante (até os pequenos partidos, que aqui têm alguma hipótese de eleger um deputado, se conseguirem 1,8% de votos no distrito).
O PS tem geralmente ganho em Lisboa, mesmo em 2002 quando o PSD ganhou as eleições. E também ganhou as europeias, ainda que por escassa margem. Os dois grandes partidos deverão conseguir eleger 14 deputados. Acima disso é tudo incremental (por exemplo, se o PS em vez de 26,5% tiver 30% consegue logo mais 3 deputados), mas muito conjectural.
O Bloco e a CDU poderão conseguir aumentar para 6 ou mesmo 7 e o CDS pode sonhar com o quinto deputado.
Dada a dimensão deste círculo eleitoral, neste caso considerei como flutuantes os dois últimos mandatos (em vez de ser só o último como fiz nos outros distritos).
Como curiosidade, refira-se que Lisboa tem vindo a perder deputados para o norte do país: em 1995 elegia 50, em 1999 elegia 49, em 2002 elegia 48 e agora desce para 47.
Com os seus 47 mandatos, Lisboa elege mais de 20% dos representantes na Assembleia da República. É muito difícil fazer previsões quanto à repartição de mandatos neste círculo eleitoral, pois algumas diferenças percentuais de votos têm grande impacto no número de mandatos.
A distribuição de votos neste distrito vai ter grande impacto na composição da Assembleia. Os partidos sabem isto e por isso este é um distrito onde todos os partidos investem bastante (até os pequenos partidos, que aqui têm alguma hipótese de eleger um deputado, se conseguirem 1,8% de votos no distrito).
O PS tem geralmente ganho em Lisboa, mesmo em 2002 quando o PSD ganhou as eleições. E também ganhou as europeias, ainda que por escassa margem. Os dois grandes partidos deverão conseguir eleger 14 deputados. Acima disso é tudo incremental (por exemplo, se o PS em vez de 26,5% tiver 30% consegue logo mais 3 deputados), mas muito conjectural.
O Bloco e a CDU poderão conseguir aumentar para 6 ou mesmo 7 e o CDS pode sonhar com o quinto deputado.
Dada a dimensão deste círculo eleitoral, neste caso considerei como flutuantes os dois últimos mandatos (em vez de ser só o último como fiz nos outros distritos).
Como curiosidade, refira-se que Lisboa tem vindo a perder deputados para o norte do país: em 1995 elegia 50, em 1999 elegia 49, em 2002 elegia 48 e agora desce para 47.
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Distrito de Leiria
Leiria elege 10 deputados e é território PSD (foi o único distrito do continente onde o PS não ganhou as últimas legislativas). Tipicamente o PSD elege 5 deputados e às vezes elege 6 e o CDS em geral assegura um mandato.
Os resultados das europeias mostram uma ascensão importante do Bloco que passou os 10% nesta região. Se esta votação se repetir nas legislativas, a eleição de um deputado é quase garantida.
Quanto à CDU, que teve 6,5%, a situação é menos fácil, mas pode aspirar a eleger o último mandato (flutuante).
Leiria elege 10 deputados e é território PSD (foi o único distrito do continente onde o PS não ganhou as últimas legislativas). Tipicamente o PSD elege 5 deputados e às vezes elege 6 e o CDS em geral assegura um mandato.
Os resultados das europeias mostram uma ascensão importante do Bloco que passou os 10% nesta região. Se esta votação se repetir nas legislativas, a eleição de um deputado é quase garantida.
Quanto à CDU, que teve 6,5%, a situação é menos fácil, mas pode aspirar a eleger o último mandato (flutuante).
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Distrito da Guarda
Nos últimos anos a Guarda tem-se caracterizado por uma grande estabilidade: dos 4 deputados que elege vão 2 para cada lado. Em 1991, no tempo da maioria absoluta do PSD, chegou a fazer 3 - 1 (vantagem para o PSD) e curiosamente os resultados das eleições europeias também dariam (ainda que muito marginalmente) para o PSD eleger o terceiro deputado.
Contudo, para que um dos partidos eleja três deputados, será necessário que tenha mais 50% de votos que o outro. Embora este cenário seja teoricamente possível, tendo em conta a estabilidade dos últimos anos, neste caso vou considerar que se volta a repetir o cenário das últimas eleições (2 - 2) e sem mandatos flutuantes - no quadro abaixo marquei contudo o quarto deputado a cinzento para lembrar que este mandato poderá na verdade vir a ser disputado.
Quanto às outras forças políticas, o melhor é não criarem grandes expectativas...
Nos últimos anos a Guarda tem-se caracterizado por uma grande estabilidade: dos 4 deputados que elege vão 2 para cada lado. Em 1991, no tempo da maioria absoluta do PSD, chegou a fazer 3 - 1 (vantagem para o PSD) e curiosamente os resultados das eleições europeias também dariam (ainda que muito marginalmente) para o PSD eleger o terceiro deputado.
Contudo, para que um dos partidos eleja três deputados, será necessário que tenha mais 50% de votos que o outro. Embora este cenário seja teoricamente possível, tendo em conta a estabilidade dos últimos anos, neste caso vou considerar que se volta a repetir o cenário das últimas eleições (2 - 2) e sem mandatos flutuantes - no quadro abaixo marquei contudo o quarto deputado a cinzento para lembrar que este mandato poderá na verdade vir a ser disputado.
Quanto às outras forças políticas, o melhor é não criarem grandes expectativas...
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Distrito de Faro
O Algarve elege 8 deputados, tendo este valor permanecido estável desde 1995. Os deputados são habitualmente disputados pelos dois maiores partidos (desde 1995 o PS tem levado vantagem).
Tendo em conta os resultados das europeias, adivinham-se algumas alterações: em Faro o Bloco teve o seu resultado mais expressivo nas eleições europeias a nível nacional: 15% - este facto deverá permitir ao Bloco eleger um deputado e sonhar com o segundo.
O PSD poderá voltar a elegar 3 deputados, mas dificilmente chegará aos 4 que teve em 2002.
A CDU também pode almejar eleger um deputado (em 1987, quando o Algarve tinha direito a 9 mandatos, a CDU elegeu um e em 1985 até elegeu dois!).
O Algarve elege 8 deputados, tendo este valor permanecido estável desde 1995. Os deputados são habitualmente disputados pelos dois maiores partidos (desde 1995 o PS tem levado vantagem).
Tendo em conta os resultados das europeias, adivinham-se algumas alterações: em Faro o Bloco teve o seu resultado mais expressivo nas eleições europeias a nível nacional: 15% - este facto deverá permitir ao Bloco eleger um deputado e sonhar com o segundo.
O PSD poderá voltar a elegar 3 deputados, mas dificilmente chegará aos 4 que teve em 2002.
A CDU também pode almejar eleger um deputado (em 1987, quando o Algarve tinha direito a 9 mandatos, a CDU elegeu um e em 1985 até elegeu dois!).
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Distrito de Évora
Tal como a maioria dos distritos do interior, Évora tem sofrido o efeito da desertificação. Elegia 4 mandatos até 1999, mas em 2002 passou apenas para 3. Nesse ano o partido mais prejudicado foi o PS que perdeu o segundo deputado, mas em 2005 recuperou-o à custa do PSD.
Tendo em conta os resultados das europeias, aposto novamente numa repartição 1 - 1 - 1 sem mandatos flutuantes.
Tal como a maioria dos distritos do interior, Évora tem sofrido o efeito da desertificação. Elegia 4 mandatos até 1999, mas em 2002 passou apenas para 3. Nesse ano o partido mais prejudicado foi o PS que perdeu o segundo deputado, mas em 2005 recuperou-o à custa do PSD.
Tendo em conta os resultados das europeias, aposto novamente numa repartição 1 - 1 - 1 sem mandatos flutuantes.
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Distrito de Coimbra
E chegamos a Coimbra. Este distrito elege 10 deputados, o que lhe confere uma representatividade eleitoral moderada.
Nas últimas 4 eleições, os 10 mandatos foram disputados entre os dois grandes partidos, com vantagem para o PS que geralmente conseguiu eleger 6 deputados.
Este ano, a julgar pela votação expressiva de 11,65% do BE nas europeias, parece-me expectável que o Bloco eleja um deputado. Além disso, a descida do PS deverá favorecer a CDU, que poderá eleger um deputado por Coimbra (a última vez que isso sucedeu foi em 1987, quando o distrito elegia 11 deputados).
O CDS não costuma eleger qualquer deputado e essa situação deverá manter-se.
E chegamos a Coimbra. Este distrito elege 10 deputados, o que lhe confere uma representatividade eleitoral moderada.
Nas últimas 4 eleições, os 10 mandatos foram disputados entre os dois grandes partidos, com vantagem para o PS que geralmente conseguiu eleger 6 deputados.
Este ano, a julgar pela votação expressiva de 11,65% do BE nas europeias, parece-me expectável que o Bloco eleja um deputado. Além disso, a descida do PS deverá favorecer a CDU, que poderá eleger um deputado por Coimbra (a última vez que isso sucedeu foi em 1987, quando o distrito elegia 11 deputados).
O CDS não costuma eleger qualquer deputado e essa situação deverá manter-se.
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Distrito de Castelo Branco
Tal como acontece com Bragança, também o distrito de Castelo Branco perde um mandato este ano: elegia 5 deputados, passará a eleger 4 (a desertificação do interior vai-se traduzindo numa cada vez menor representatividade eleitoral destas regiões).
Este distrito costuma ser terreno socialista que habitualmente elegia 3 deputados, contra 2 do PSD. Nas últimas eleições o PS conseguiu mesmo chegar aos 4 deputados, ficando o PSD apenas com 1. No entanto, nas eleições europeias de 2009 o PSD ganhou por ligeira margem.
Tendo em conta a redução do número de deputados, aposto numa repartição 2 - 2 (para que o resultado seja 3 - 1 será preciso que um dos partidos consiga 50% mais de votos que o outro, o que me parece improvável tendo em conta os números da eleição europeia). Não considerei mandatos flutuantes, pois parece-me tudo decidido neste distrito.
As outras forças políticas não levam nada em Castelo Branco.
Tal como acontece com Bragança, também o distrito de Castelo Branco perde um mandato este ano: elegia 5 deputados, passará a eleger 4 (a desertificação do interior vai-se traduzindo numa cada vez menor representatividade eleitoral destas regiões).
Este distrito costuma ser terreno socialista que habitualmente elegia 3 deputados, contra 2 do PSD. Nas últimas eleições o PS conseguiu mesmo chegar aos 4 deputados, ficando o PSD apenas com 1. No entanto, nas eleições europeias de 2009 o PSD ganhou por ligeira margem.
Tendo em conta a redução do número de deputados, aposto numa repartição 2 - 2 (para que o resultado seja 3 - 1 será preciso que um dos partidos consiga 50% mais de votos que o outro, o que me parece improvável tendo em conta os números da eleição europeia). Não considerei mandatos flutuantes, pois parece-me tudo decidido neste distrito.
As outras forças políticas não levam nada em Castelo Branco.
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Distrito de Bragança
A principal alteração em Bragança vai ser a redução do número de deputados de 4 para 3.
Aqui a repartição de mandatos não deve ter muito ciência: 2 para o PSD e 1 para o PS. A redução do número de mandatos vai prejudicar o PS que perderá o segundo deputado em Bragança.
Não considerei mandatos flutuantes neste distrito, pois é muito improvável que o resultado seja diferente.
A principal alteração em Bragança vai ser a redução do número de deputados de 4 para 3.
Aqui a repartição de mandatos não deve ter muito ciência: 2 para o PSD e 1 para o PS. A redução do número de mandatos vai prejudicar o PS que perderá o segundo deputado em Bragança.
Não considerei mandatos flutuantes neste distrito, pois é muito improvável que o resultado seja diferente.
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Distrito de Braga
Braga é um distrito importante em termos eleitorais, e a sua importância tem vindo a crescer progressivamente: elegia 16 deputados em 1995, tendo passado para 17 em 1999 (nesse ano igualou Setúbal) e para 18 em 2002. Este ano o número de deputados aumenta para 19 e Braga mantém-se como terceiro distrito em número de mandatos.
Apesar do número elevado de mandatos, eles foram sempre disputados ombro a ombro entre os dois maiores partidos, que arrancam sempre 7 a 9 deputados cada um; o CDS costuma eleger um deputado e a CDU elege às vezes.
Este ano poderá haver algumas alterações em Braga: com estes resultados, a CDU conseguiria garantir o seu deputado (note-se que o aumento do número de mandatos torna mais fácil esta eleição), o CDS poderá conseguir dois mandatos e o Bloco (que teve mais de 8,5% no distrito) elegerá quase certamente um deputado e poderá mesmo chegar ao segundo. Todas estas subidas acontecerão à custa do PS, que deverá perder alguns mandatos neste distrito (isto, claro, se se mantiverem os resultados das europeias - convém recordar que tudo isto são meras suposições!).
Segue-se o quadro-resumo deste distrito.
Braga é um distrito importante em termos eleitorais, e a sua importância tem vindo a crescer progressivamente: elegia 16 deputados em 1995, tendo passado para 17 em 1999 (nesse ano igualou Setúbal) e para 18 em 2002. Este ano o número de deputados aumenta para 19 e Braga mantém-se como terceiro distrito em número de mandatos.
Apesar do número elevado de mandatos, eles foram sempre disputados ombro a ombro entre os dois maiores partidos, que arrancam sempre 7 a 9 deputados cada um; o CDS costuma eleger um deputado e a CDU elege às vezes.
Este ano poderá haver algumas alterações em Braga: com estes resultados, a CDU conseguiria garantir o seu deputado (note-se que o aumento do número de mandatos torna mais fácil esta eleição), o CDS poderá conseguir dois mandatos e o Bloco (que teve mais de 8,5% no distrito) elegerá quase certamente um deputado e poderá mesmo chegar ao segundo. Todas estas subidas acontecerão à custa do PS, que deverá perder alguns mandatos neste distrito (isto, claro, se se mantiverem os resultados das europeias - convém recordar que tudo isto são meras suposições!).
Segue-se o quadro-resumo deste distrito.
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Distrito de Beja
Beja elege 3 deputados (elegia 4 em 1995 mas em 1999 caiu para 3 e desde então o PSD nunca mais elegeu nenhum deputado por este distrito, embora em 2002 estivesse perto de o conseguir).
Nesta região a CDU tem forte expressão e em 2009 ganhou as europeias, contudo em legislativas o PS tem sempre conseguido arrecadar dois deputados. Mas em 2004 foi o PS que ganhou as europeias em Beja.
Como será desta vez nas legislativas? Considerei 1 deputado para cada um desses dois partidos e o terceiro é flutuante.
Beja elege 3 deputados (elegia 4 em 1995 mas em 1999 caiu para 3 e desde então o PSD nunca mais elegeu nenhum deputado por este distrito, embora em 2002 estivesse perto de o conseguir).
Nesta região a CDU tem forte expressão e em 2009 ganhou as europeias, contudo em legislativas o PS tem sempre conseguido arrecadar dois deputados. Mas em 2004 foi o PS que ganhou as europeias em Beja.
Como será desta vez nas legislativas? Considerei 1 deputado para cada um desses dois partidos e o terceiro é flutuante.
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Distrito de Aveiro
Aveiro elegia 15 deputados mas este ano passará a eleger 16. Um número elevado de deputados favorece as forças mais pequenas e penso que este ano é isso que vai acontecer em Aveiro, com a subida dos pequenos partidos.
Note-se que o CDS tradicionalmente elegia 2 deputados neste distrito, mas na última eleição caiu para 1.
Aplicando directamente os resultados das europeias, o PS caía de 8 para 4, o PSD passava de 6 para 7 e o CDS recuperava o seu segundo deputado. O Bloco deverá eleger pelo menos um deputado neste distrito e a CDU deverá igualmente eleger um deputado, algo que já não acontece desde 1985 (na altura chamava-se APU).
Os números que apresentei dão quinze deputados. O décimo sexto seria para o bloco de esquerda mas usando o tal critério dos "lugares flutuantes", este mandato também poderia ir para o PS que assim teria 5 deputados.
No quadro seguinte indicam-se as percentagens de cada partido. A amarelo vão os mandatos certos e a cinzento os mandatos incertos (ou flutuantes).
Aveiro elegia 15 deputados mas este ano passará a eleger 16. Um número elevado de deputados favorece as forças mais pequenas e penso que este ano é isso que vai acontecer em Aveiro, com a subida dos pequenos partidos.
Note-se que o CDS tradicionalmente elegia 2 deputados neste distrito, mas na última eleição caiu para 1.
Aplicando directamente os resultados das europeias, o PS caía de 8 para 4, o PSD passava de 6 para 7 e o CDS recuperava o seu segundo deputado. O Bloco deverá eleger pelo menos um deputado neste distrito e a CDU deverá igualmente eleger um deputado, algo que já não acontece desde 1985 (na altura chamava-se APU).
Os números que apresentei dão quinze deputados. O décimo sexto seria para o bloco de esquerda mas usando o tal critério dos "lugares flutuantes", este mandato também poderia ir para o PS que assim teria 5 deputados.
No quadro seguinte indicam-se as percentagens de cada partido. A amarelo vão os mandatos certos e a cinzento os mandatos incertos (ou flutuantes).
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Já imaginaram se as eleições europeias tivessem contado como legislativas? Qual seria a implicação em termos de mandatos na assembleia?
Estive a fazer as contas e cheguei a alguns resultados surpreendentes.
Mais do que as percentagens dos partidos, interessa aqui perceber como seria a distribuição de mandatos no parlamento, pois é isso que iria ter implicações reais para determinar o poder das várias forças na assembleia.
O número efectivo de mandatos seria o seguinte:
PS - 76
PSD - 92
CDU - 23
CDS - 16
BE - 23
Há nestes números vários aspectos que saltam à vista.
O primeiro seria a subida meteórica do BE (que passaria de 8 para 23 deputados), acompanhada de uma subida igualmente importante do PCP (tinha 14) e de uma subida mais modesta do CDS-PP.
O segundo é a queda vertiginosa do PS. Os deputados que o PS (45) perderia seriam distribuídos por todos os partidos, dos quais 17 para o PSD, 15 para o BE, 9 para a CDU e 4 para o CDS.
Mas o aspecto que me parece realmente interessante é que, com estes resultados, não é possível juntar nenhum par de partidos para formar a maioria absoluta de 116 deputados que seria necessária para um eventual governo de coligação.
Para tornar a simulação um pouco mais realista, introduzi um critério adicional: admiti que os últimos lugares elegíveis seriam "flutuantes", ou seja, considerei a possibilidade de haver uma pequena alteração na repartição dos votos (menos de 1%) nalguns partidos e nesse caso o último deputado eleito poderia ser perdido para o partido que estava em lugar seguinte na fila, pelo método de Hondt. Aplicando este critério cheguei aos seguintes resultados:
PS - 70 a 82
PSD - 89 a 95
CDU - 22 a 26
CDS-PP - 15 a 17
BE - 19 a 27
Mesmo nos casos extremos nunca seria possível fazer maiorias formadas por 2 partidos.
Há um aspecto que é importante reter: o número de mandatos vai depender muito daquilo que se passar em cada distrito e por isso nos posts seguintes vou fazer uma análise distrito a distrito.
Para facilitar a comparação dos valores totais, apresento abaixo um pequeno quadro com os resultados por partido nas últimas 4 eleições legislativas.
Estive a fazer as contas e cheguei a alguns resultados surpreendentes.
Mais do que as percentagens dos partidos, interessa aqui perceber como seria a distribuição de mandatos no parlamento, pois é isso que iria ter implicações reais para determinar o poder das várias forças na assembleia.
O número efectivo de mandatos seria o seguinte:
PS - 76
PSD - 92
CDU - 23
CDS - 16
BE - 23
Há nestes números vários aspectos que saltam à vista.
O primeiro seria a subida meteórica do BE (que passaria de 8 para 23 deputados), acompanhada de uma subida igualmente importante do PCP (tinha 14) e de uma subida mais modesta do CDS-PP.
O segundo é a queda vertiginosa do PS. Os deputados que o PS (45) perderia seriam distribuídos por todos os partidos, dos quais 17 para o PSD, 15 para o BE, 9 para a CDU e 4 para o CDS.
Mas o aspecto que me parece realmente interessante é que, com estes resultados, não é possível juntar nenhum par de partidos para formar a maioria absoluta de 116 deputados que seria necessária para um eventual governo de coligação.
Para tornar a simulação um pouco mais realista, introduzi um critério adicional: admiti que os últimos lugares elegíveis seriam "flutuantes", ou seja, considerei a possibilidade de haver uma pequena alteração na repartição dos votos (menos de 1%) nalguns partidos e nesse caso o último deputado eleito poderia ser perdido para o partido que estava em lugar seguinte na fila, pelo método de Hondt. Aplicando este critério cheguei aos seguintes resultados:
PS - 70 a 82
PSD - 89 a 95
CDU - 22 a 26
CDS-PP - 15 a 17
BE - 19 a 27
Mesmo nos casos extremos nunca seria possível fazer maiorias formadas por 2 partidos.
Há um aspecto que é importante reter: o número de mandatos vai depender muito daquilo que se passar em cada distrito e por isso nos posts seguintes vou fazer uma análise distrito a distrito.
Para facilitar a comparação dos valores totais, apresento abaixo um pequeno quadro com os resultados por partido nas últimas 4 eleições legislativas.
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- Lista dos mandatos por partido nas últimas 4 eleições legislativas
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mais_um Escreveu:De modo a ficarmos todos mais esclarecidos sobre as propostas dos nossos politicos deixo aqui os links dos respectivos programas eleitorais para a proxima legislatura
BE:
http://www.bloco.org/media/programabe.pdf
PCP:
http://www.pcp.pt/dmfiles/programa-eleitoral-ar2009.pdf
CDS:
será apresentado a 30 de Agosto
PS:
http://www.socrates2009.pt/Conteudos/No ... do_PS.aspx
PSD:
será apresentado a 27 de Agosto
Já com o link do PSD:
http://www.politicadeverdade.com/archiv ... 2009_0.pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
De modo a ficarmos todos mais esclarecidos sobre as propostas dos nossos politicos deixo aqui os links dos respectivos programas eleitorais para a proxima legislatura
BE:
http://www.bloco.org/media/programabe.pdf
PCP:
http://www.pcp.pt/dmfiles/programa-eleitoral-ar2009.pdf
CDS:
será apresentado a 30 de Agosto
PS:
http://www.socrates2009.pt/Conteudos/No ... do_PS.aspx
PSD:
será apresentado a 27 de Agosto
BE:
http://www.bloco.org/media/programabe.pdf
PCP:
http://www.pcp.pt/dmfiles/programa-eleitoral-ar2009.pdf
CDS:
será apresentado a 30 de Agosto
PS:
http://www.socrates2009.pt/Conteudos/No ... do_PS.aspx
PSD:
será apresentado a 27 de Agosto
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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RCF Escreveu:Caros colegas do caldeirão, aproveito este tópico sobre as eleições legislativas para falar sobre um cartaz de propaganda eleitoral que vi hoje no espaço público.
O cartaz a que me refiro é um cartaz do CDS-PP.
Quando escrevo estas palavras estou a ter uma atitude que evito ter.
E a atitude é primeiro criticar outros ( julgo mais proveitoso e inteligente guardar os conselhos para nós próprios e para os nossos defeitos do que pretender ensinar aos outros o que é suposto ser melhor ou pior) e segundo é criticar a estratégia de comunicação eleitoral de um partido do qual não sou militante e no qual nunca votei, portanto, o que estou a escrever é escrito com o devido respeito pelos dirigentes do CDS e pelos seus militantes.
O cartaz em questão era uma exclamação indignada (ou pelo menos foi assim que eu o li) que perguntava e censurava dizendo “ rendimento mínimo para quem não quer trabalhar ?!” , poderei não estar a citar o cartaz correctamente mas o espírito da mensagem era este.
Eu creio ( posso estar errado mas é a convicção que tenho do que captei da mensagem do CDS) que o CDS não nega os valores da solidariedade social que beneficia os nossos concidadãos que se encontram numa situação económica mais difícil, possivelmente o que pretende transmitir será que a recepção do rendimento mínimo venha onerada com determinadas clausulas como a obrigação de aceitar os empregos que estiverem imediatamente disponíveis.
Penso ser uma posição perfeitamente legitima de defender e com a qual alias devo dizer que concordo, no entanto, há formas e formas de dizer as coisas. Tentando pôr-me na pele de um cidadão que seja beneficiário do rendimento mínimo penso que este poderá sentir o que está escrito no cartaz e a forma como está escrito como um verdadeiro estalo que lhe é aplicado directamente na face.
As ideias podem ser defendidas de uma forma que não necessita de ser lamechas, de uma forma legitimamente veemente, sem que possam ser eventualmente recebidas pelos cidadãos ou pelo menos por parte deles como um ataque.
Tendo expressado a minha opinião só me resta pedir aos eventuais colegas forenses que sejam militantes do CDS desculpa pela ousadia de estar a falar de um assunto – a forma como o seu partido escolhe comunicar com os eleitores – que é interno ao CDS.
Cumprimentos,
RCF.
Caro,
Esse cartaz como outros são demagogicos, infelizmente há fraudes em todos os apoios sociais, sejam eles o rendimento social de inserção, o subsidio de desemprego ou o subsidio de doença, vulgarmente conhecido como baixa, como há mais pessoas a trabalhar do que a receber o RSI, é natural que apareçam cartazes desse genero, já que há mais probabilidade de render votos, puro calculismo politico. Aproveito para lembrar que as regras de atribuição do actual RSI foram criadas pelo governo PSD/CDS em que o ministro respectivo até foi indicado pelo CDS, o Bagão Felix.
Cumprimentos,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Jornal de Negócios com Lusa
José Sócrates aceita participar em três debates televisivos: dois frente-a-frente com a líder do PSD e um debate alargado com os presidentes dos cinco partidos com representação parlamentar, disse hoje à Lusa fonte socialista.
De acordo com o PS, esta proposta repete a fórmula utilizada para os debates televisivos nas legislativas de 2005.
No âmbito das legislativas de 27 de Setembro, o Partido Socialista avançou com a proposta de que um dos frente-a-frente seja concretizado na cidade do Porto.
O PS fez já saber que os seus dirigentes nacionais estarão igualmente disponíveis para participarem em todos os outros debates sectoriais para os quais sejam convidados.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Protesto
O partido do voto nulo que ataca a abstenção
por FRANCISCO MANGAS09 Agosto 2009
Promotores do movimento defendem o voto nulo como o mais seguro e mais eficaz para combater a crise de "representatividade" no actual sistema político português. Ideia inicial partiu do escritor Rui Zink.
Em Setembro, antes da abertura da campanha para as legislativas, um novo partido vais ser apresentado aos portugueses. Chama-se Partido Nulo, mas não se trata, afinal, de um partido: é um movimento que pretende "pôr as pessoas a pensar sobre a falta de representatividade democrática" e combater a abstenção.
E qual é a arma deste movimento para conseguir os seus objectivos? É o voto nulo, um acto de protesto "mais forte e mais seguro que o voto branco", refere Manuel João Ramos, um dos promotores do movimento. E a abstenção, que chega a ultrapassar os 40% em certos actos eleitorais, é a "mais fraca voz de protesto": não altera em nada a proporcionalidade.
Manuel João Ramos, até há dois meses vereador na Câmara de Lisboa, eleito no Movimento Cidadãos por Lisboa, lembra que, por exemplo o presidente da autarquia lisboeta, António Costa, foi eleito em 2007 "por um cada dez eleitores". Ou seja, a abstenção, mesmo quando é elevada, não é capaz de regenerar os partidos. Já o voto nulo, que o seu movimento defende, é uma forma de os"responsabilizar".
A ideia de Partido Nulo, como forma criativa por uma nova prática política, partiu do escritor Rui Zink. Segundo o manifesto que o movimento já divulgou, "ao votar nulo, pedimos coerência e renovação; pedimos o fim da bastardização da democracia; pedimos que se considere a possibilidade de encarar novos caminhos políticos".
O Partido Nulo já existe noutros países. No Canadá, por exemplo, o partido apresenta os seus candidatos às eleições, mas, se forem eleitos, "não ocupam os lugares", diz Manuel João Ramos. Em Portugal, "para já não é um partido oficial, é um movimento para pretende pôr as pessoas a reflectir" sobre a saúde da nossa democracia.
Com o voto nulo, lê-se no manifesto do movimento, "é possível ser-se minimalista (basta estender uma perna da cruz para fora de um quadrado), figurativo, poético, e também insultuoso, surrealista". E esse voto será a expressão "do nosso contributo para a recriação da vida política".
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1329930
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Do ponto de vista do ordenamento geográfico dos eleitores, faz todo o sentido que assim seja, há pouco tempo tambem fui obter o CC e fiquei a saber que o cartão agrupa todos os documentos (Contribuinte, SNS, cartão de eleitor e bi), no fundo o CC vai validar com dados iguais cada um dos outros cartões e associa-os à residência, assim sendo a pessoa fica imediatamente associado à freguesia onde reside, que no fundo é a que lhe interessa.
segundo a informação que me deram na conservatória esta associação ainda não está a vigorar, mas quando o processo estiver a funcionar devidamente, o eleitor vai mesmo votar no local onde reside, penso que nestas eleições isso ainda não vai acontecer, pelo menos na globalidade dos eleitores.
No meu caso pessoal eu sempre votei no local onde residia em solteiro, onde passei a maior parte da minha vida, agora vai deixar de ser assim, no fundo este processo acaba por ordenar territorialmente o país em termos de uma correcta leitura de resultados.
O exemplo dessa senhora que vive em Oeiras há 20 anos, é precisamente um exemplo de que o eleitor deve votar neste caso em Oeiras onde reside
ela diz que se votasse onde nasceu isso a aproximava das raizes, a questão é mesmo essa, é ela estar afastada dessas raizes, e estar neste momento muito mais directamente ligada a Oeiras, aliás quantos não serão os casos que pelo facto de estarem deslocados não vão votar!
Cumpt e boas férias
segundo a informação que me deram na conservatória esta associação ainda não está a vigorar, mas quando o processo estiver a funcionar devidamente, o eleitor vai mesmo votar no local onde reside, penso que nestas eleições isso ainda não vai acontecer, pelo menos na globalidade dos eleitores.
No meu caso pessoal eu sempre votei no local onde residia em solteiro, onde passei a maior parte da minha vida, agora vai deixar de ser assim, no fundo este processo acaba por ordenar territorialmente o país em termos de uma correcta leitura de resultados.
O exemplo dessa senhora que vive em Oeiras há 20 anos, é precisamente um exemplo de que o eleitor deve votar neste caso em Oeiras onde reside
ela diz que se votasse onde nasceu isso a aproximava das raizes, a questão é mesmo essa, é ela estar afastada dessas raizes, e estar neste momento muito mais directamente ligada a Oeiras, aliás quantos não serão os casos que pelo facto de estarem deslocados não vão votar!
Cumpt e boas férias
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Cartão do cidadão vai afastar milhares dos concelho onde querem votar
09.08.2009 - 12h15 Lusa
Milhares de eleitores portadores do Cartão do Cidadão vão votar obrigatoriamente pela primeira vez nas autárquicas no local da sua residência, perdendo o direito de votar no concelho onde nasceram e mantinham laços afectivos com o poder local.
Mais de 1,7 milhões de cidadãos possuem o Cartão de Cidadão, segundo fonte do Gabinete da Secretária de Estado da Modernização Administrativa, uma situação que obriga os portadores a votar onde residem e não onde estavam recenseados.
A partir de agora, os eleitores ficam automaticamente inscritos na freguesia correspondente à morada que tenham indicado no pedido do cartão.
Segundo a Direcção-Geral da Administração Interna, até às Europeias foram enviadas 265 mil notificações (informando a freguesia e número de inscrição) para eleitores que, por terem obtido o Cartão de Cidadão, foram inscritos pela primeira vez ou alteraram o seu recenseamento.
Natural de Abrantes, Maria do Rosário Silva, 41 anos, sempre votou no concelho onde nasceu. Mas desta vez, vota pela primeira vez em Oeiras, onde vive há mais de 20 anos.
A advogada, que já tem Cartão de Cidadão, reconhece que "faz algum sentido" votar onde reside, mas preferia votar em Abrantes, até porque isso a aproximava das suas raízes.
"Votar nos dois concelhos nunca seria possível", lamenta Rosarinho, como é carinhosamente tratada no concelho onde cresceu, defendendo que os cidadãos deveriam ter opção de escolha.
Rosarinho assume que gostaria de continuar a contribuir para o seu concelho, bem como Nuno Saramago que, apesar de lisboeta, sempre votou no concelho do Crato (Portalegre), onde vivia desde os sete anos e onde se recenseou.
Depois de obter o Cartão do Cidadão, o informático de 33 anos é obrigado a votar pela primeira vez na Ajuda, onde reside.
"Faz mais sentido votar naquele concelho que nos diz mais, onde temos maior ligação, onde conhecemos a maioria das pessoas", defende, assumindo que votar no Crato era um "pretexto" para lá ir e rever amigos e familiares.
"As pessoas deveriam ter a opção de escolher em qual concelho votar, deveria haver maior flexibilidade", sublinhou, salientando que "um voto tem muito mais peso num concelho com poucos habitantes".
Para Nuno esta situação vai gerar "desinteresse" à maioria dos cidadãos, podendo aumentar a abstenção.
Alguns responsáveis ligados à legislação eleitoral contactados pela Lusa reconhecem que é "injusto" o facto dos cidadãos serem obrigados a votar em determinado concelho, assumindo ser "um passo para o fim da liberdade, que é a residência obrigatória".
Os responsáveis salientam a importância do recenseamento obrigatório aos 18 anos, mas admitem que a obrigatoriedade de votar no local de residência "retira completamente o direito ao voto" no local onde se recensearam.
Já para o sociólogo André Freire, "faz mais sentido que as pessoas votem no local de residência", pois "quando há ligação com a terra, há sempre e não é o facto de votar sempre lá que aumenta a relação afectiva".
O investigador do ISCTE considera esta medida "muito positiva" pois "pode aumentar a participação dos cidadãos".
"Muitos eleitores que residem longe do seu local de voto não percorrem quilómetros de propósito para votarem nas eleições autárquicas, legislativas ou europeias", advertiu.
09.08.2009 - 12h15 Lusa
Milhares de eleitores portadores do Cartão do Cidadão vão votar obrigatoriamente pela primeira vez nas autárquicas no local da sua residência, perdendo o direito de votar no concelho onde nasceram e mantinham laços afectivos com o poder local.
Mais de 1,7 milhões de cidadãos possuem o Cartão de Cidadão, segundo fonte do Gabinete da Secretária de Estado da Modernização Administrativa, uma situação que obriga os portadores a votar onde residem e não onde estavam recenseados.
A partir de agora, os eleitores ficam automaticamente inscritos na freguesia correspondente à morada que tenham indicado no pedido do cartão.
Segundo a Direcção-Geral da Administração Interna, até às Europeias foram enviadas 265 mil notificações (informando a freguesia e número de inscrição) para eleitores que, por terem obtido o Cartão de Cidadão, foram inscritos pela primeira vez ou alteraram o seu recenseamento.
Natural de Abrantes, Maria do Rosário Silva, 41 anos, sempre votou no concelho onde nasceu. Mas desta vez, vota pela primeira vez em Oeiras, onde vive há mais de 20 anos.
A advogada, que já tem Cartão de Cidadão, reconhece que "faz algum sentido" votar onde reside, mas preferia votar em Abrantes, até porque isso a aproximava das suas raízes.
"Votar nos dois concelhos nunca seria possível", lamenta Rosarinho, como é carinhosamente tratada no concelho onde cresceu, defendendo que os cidadãos deveriam ter opção de escolha.
Rosarinho assume que gostaria de continuar a contribuir para o seu concelho, bem como Nuno Saramago que, apesar de lisboeta, sempre votou no concelho do Crato (Portalegre), onde vivia desde os sete anos e onde se recenseou.
Depois de obter o Cartão do Cidadão, o informático de 33 anos é obrigado a votar pela primeira vez na Ajuda, onde reside.
"Faz mais sentido votar naquele concelho que nos diz mais, onde temos maior ligação, onde conhecemos a maioria das pessoas", defende, assumindo que votar no Crato era um "pretexto" para lá ir e rever amigos e familiares.
"As pessoas deveriam ter a opção de escolher em qual concelho votar, deveria haver maior flexibilidade", sublinhou, salientando que "um voto tem muito mais peso num concelho com poucos habitantes".
Para Nuno esta situação vai gerar "desinteresse" à maioria dos cidadãos, podendo aumentar a abstenção.
Alguns responsáveis ligados à legislação eleitoral contactados pela Lusa reconhecem que é "injusto" o facto dos cidadãos serem obrigados a votar em determinado concelho, assumindo ser "um passo para o fim da liberdade, que é a residência obrigatória".
Os responsáveis salientam a importância do recenseamento obrigatório aos 18 anos, mas admitem que a obrigatoriedade de votar no local de residência "retira completamente o direito ao voto" no local onde se recensearam.
Já para o sociólogo André Freire, "faz mais sentido que as pessoas votem no local de residência", pois "quando há ligação com a terra, há sempre e não é o facto de votar sempre lá que aumenta a relação afectiva".
O investigador do ISCTE considera esta medida "muito positiva" pois "pode aumentar a participação dos cidadãos".
"Muitos eleitores que residem longe do seu local de voto não percorrem quilómetros de propósito para votarem nas eleições autárquicas, legislativas ou europeias", advertiu.
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RCF Escreveu:Caros colegas do caldeirão, aproveito este tópico sobre as eleições legislativas para falar sobre um cartaz de propaganda eleitoral que vi hoje no espaço público.
O cartaz a que me refiro é um cartaz do CDS-PP.
Quando escrevo estas palavras estou a ter uma atitude que evito ter.
E a atitude é primeiro criticar outros ( julgo mais proveitoso e inteligente guardar os conselhos para nós próprios e para os nossos defeitos do que pretender ensinar aos outros o que é suposto ser melhor ou pior) e segundo é criticar a estratégia de comunicação eleitoral de um partido do qual não sou militante e no qual nunca votei, portanto, o que estou a escrever é escrito com o devido respeito pelos dirigentes do CDS e pelos seus militantes.
O cartaz em questão era uma exclamação indignada (ou pelo menos foi assim que eu o li) que perguntava e censurava dizendo “ rendimento mínimo para quem não quer trabalhar ?!” , poderei não estar a citar o cartaz correctamente mas o espírito da mensagem era este.
Eu creio ( posso estar errado mas é a convicção que tenho do que captei da mensagem do CDS) que o CDS não nega os valores da solidariedade social que beneficia os nossos concidadãos que se encontram numa situação económica mais difícil, possivelmente o que pretende transmitir será que a recepção do rendimento mínimo venha onerada com determinadas clausulas como a obrigação de aceitar os empregos que estiverem imediatamente disponíveis.
Penso ser uma posição perfeitamente legitima de defender e com a qual alias devo dizer que concordo, no entanto, há formas e formas de dizer as coisas. Tentando pôr-me na pele de um cidadão que seja beneficiário do rendimento mínimo penso que este poderá sentir o que está escrito no cartaz e a forma como está escrito como um verdadeiro estalo que lhe é aplicado directamente na face.
As ideias podem ser defendidas de uma forma que não necessita de ser lamechas, de uma forma legitimamente veemente, sem que possam ser eventualmente recebidas pelos cidadãos ou pelo menos por parte deles como um ataque.
Tendo expressado a minha opinião só me resta pedir aos eventuais colegas forenses que sejam militantes do CDS desculpa pela ousadia de estar a falar de um assunto – a forma como o seu partido escolhe comunicar com os eleitores – que é interno ao CDS.
Cumprimentos,
RCF.
Claro que o partido não nega os valores da solideriedade social, esse estigma esta inscrito na mente dos portugueses, porque é um partido de direita, nao quer saber dos pobres só dos ricos. Nada mais errado. Sendo o partido da democracia cristã o apoio das classes socias é uma das bandeiras do partido. Nós defendemos é uma forma diferente de gerir os apoios sociais. As pessoas que merecem devem ter direito ao rendimento minimo social. Aquelas que roubam e nao fazem a ponta dum cauda um dia inteiro, não. Os ciganos vandalos que de nada trazem de novo á nossas sociedade também. Sendo que este então em certos casos até 3 e 4 rendimentos recebem com identidades falsas.
O senhor tenta ter um discurso cuidado e que demonstre alguma cultura, mas depois não percebe um argumento politico básico. lol grande contracenço
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Caros colegas do caldeirão, aproveito este tópico sobre as eleições legislativas para falar sobre um cartaz de propaganda eleitoral que vi hoje no espaço público.
O cartaz a que me refiro é um cartaz do CDS-PP.
Quando escrevo estas palavras estou a ter uma atitude que evito ter.
E a atitude é primeiro criticar outros ( julgo mais proveitoso e inteligente guardar os conselhos para nós próprios e para os nossos defeitos do que pretender ensinar aos outros o que é suposto ser melhor ou pior) e segundo é criticar a estratégia de comunicação eleitoral de um partido do qual não sou militante e no qual nunca votei, portanto, o que estou a escrever é escrito com o devido respeito pelos dirigentes do CDS e pelos seus militantes.
O cartaz em questão era uma exclamação indignada (ou pelo menos foi assim que eu o li) que perguntava e censurava dizendo “ rendimento mínimo para quem não quer trabalhar ?!” , poderei não estar a citar o cartaz correctamente mas o espírito da mensagem era este.
Eu creio ( posso estar errado mas é a convicção que tenho do que captei da mensagem do CDS) que o CDS não nega os valores da solidariedade social que beneficia os nossos concidadãos que se encontram numa situação económica mais difícil, possivelmente o que pretende transmitir será que a recepção do rendimento mínimo venha onerada com determinadas clausulas como a obrigação de aceitar os empregos que estiverem imediatamente disponíveis.
Penso ser uma posição perfeitamente legitima de defender e com a qual alias devo dizer que concordo, no entanto, há formas e formas de dizer as coisas. Tentando pôr-me na pele de um cidadão que seja beneficiário do rendimento mínimo penso que este poderá sentir o que está escrito no cartaz e a forma como está escrito como um verdadeiro estalo que lhe é aplicado directamente na face.
As ideias podem ser defendidas de uma forma que não necessita de ser lamechas, de uma forma legitimamente veemente, sem que possam ser eventualmente recebidas pelos cidadãos ou pelo menos por parte deles como um ataque.
Tendo expressado a minha opinião só me resta pedir aos eventuais colegas forenses que sejam militantes do CDS desculpa pela ousadia de estar a falar de um assunto – a forma como o seu partido escolhe comunicar com os eleitores – que é interno ao CDS.
Cumprimentos,
RCF.
O cartaz a que me refiro é um cartaz do CDS-PP.
Quando escrevo estas palavras estou a ter uma atitude que evito ter.
E a atitude é primeiro criticar outros ( julgo mais proveitoso e inteligente guardar os conselhos para nós próprios e para os nossos defeitos do que pretender ensinar aos outros o que é suposto ser melhor ou pior) e segundo é criticar a estratégia de comunicação eleitoral de um partido do qual não sou militante e no qual nunca votei, portanto, o que estou a escrever é escrito com o devido respeito pelos dirigentes do CDS e pelos seus militantes.
O cartaz em questão era uma exclamação indignada (ou pelo menos foi assim que eu o li) que perguntava e censurava dizendo “ rendimento mínimo para quem não quer trabalhar ?!” , poderei não estar a citar o cartaz correctamente mas o espírito da mensagem era este.
Eu creio ( posso estar errado mas é a convicção que tenho do que captei da mensagem do CDS) que o CDS não nega os valores da solidariedade social que beneficia os nossos concidadãos que se encontram numa situação económica mais difícil, possivelmente o que pretende transmitir será que a recepção do rendimento mínimo venha onerada com determinadas clausulas como a obrigação de aceitar os empregos que estiverem imediatamente disponíveis.
Penso ser uma posição perfeitamente legitima de defender e com a qual alias devo dizer que concordo, no entanto, há formas e formas de dizer as coisas. Tentando pôr-me na pele de um cidadão que seja beneficiário do rendimento mínimo penso que este poderá sentir o que está escrito no cartaz e a forma como está escrito como um verdadeiro estalo que lhe é aplicado directamente na face.
As ideias podem ser defendidas de uma forma que não necessita de ser lamechas, de uma forma legitimamente veemente, sem que possam ser eventualmente recebidas pelos cidadãos ou pelo menos por parte deles como um ataque.
Tendo expressado a minha opinião só me resta pedir aos eventuais colegas forenses que sejam militantes do CDS desculpa pela ousadia de estar a falar de um assunto – a forma como o seu partido escolhe comunicar com os eleitores – que é interno ao CDS.
Cumprimentos,
RCF.
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- Registado: 22/2/2008 12:02
jbraven Escreveu:pedrom Escreveu:Om mais provavel é nao votar em nenhuma!!!!
Ou seja, fazes birra! Como não te fizeram a vontade de marcar as duas na mesma data, não votas em nenhuma... depois, quando te queixares que "o governo não presta", lembra-te do teu excelente contributo![]()
BFDS
JB
Pode ser que daqui até lá a birra ainda passe!!!! O problema não é só o governo que não presta, mas toda a oposição, no entanto um gajo como bom portugues que é pode queixar-se na mesma de tudo mesmo sem votar!!!!!

De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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