superbem Escreveu:Marco, mesmo que se pague o mesmo por km, ficamos todos a ganhar, pois é mais um passo para melhorar o ambiente.
Citadinos eléctricos é boa ideia para combater a poluição.
Nós já somos deficitários em Energia Eléctrica. De onde virá o excedente? A produção do excedente não polui? E as instalações e rede eléctrica não tem de ser redimensionada toda ela ou criadas outras infra-estruturas? Essa actividade não polui? As baterias não têm de ser produzidas, poluindo? E não têm um tempo de vida útil da ordem de 100 e tal mil kilometros tendo de ser substituidas nessa altura? Não se necessitaram assim (em média) de vários packs de baterias por veículo? E se optar por uma difusão de uma rede de substituição de baterias não elevará ainda mais o volume de baterias e o seu número por veículo? Isso não tem impacto nenhum? Não polui nada?
A ideia de que o eléctrico não polui nada é outra falsa ideia porque na verdade ele polui. Há até quem argumente que acaba por poluir mais (embora, estritamente ao "rodar" polui menos). Não estou em condições de dizer qual o cenário que polui menos (até porque ainda não há um cenário concreto para comparar). Mas a ideia de que é bom para o ambiente é disputada...
Além disso, enquanto se apostar nessa solução não obstante sendo economicamente menos atraente, gastar-se-ão recursos que poderiam ser utilizados noutro lado (eventualmente até em prol do ambiente). Posto de outra forma: os montantes que os Governos possam gastar nestas parcerias/apoios (em grande parte por mera questão propagandística) poderia eventaulmente ser gasto de forma mais eficiente noutras medidas ecológicas.
Os pequenos citadinos ao estilo smart contudo são um nicho mais atraente para os eléctricos e daí a minha distinção. A razão porque são um nicho mais atraente são as seguintes:
> Os veículos são mais pequenos e leves, necessitando de menos baterias eléctricas;
> Os veículos por norma destinam-se a distâncias mais curtas e rotineiras (dentro de uma determinada rotina) pelo que é mais fácil conjuga-lo com as limitações do eléctrico de autonomia e recarga;
> A relação de eficiência é levada ao extremo no cenário citadino (é aqui que se nota a maior diferença de rendimentos conforme se utiliza um CI ou um VE) assim com uma maior poupança energética por kilómetro;
> Por norma trata-se de um segundo ou terceiro veículo da casa, pelo que as diversas limitações não são particularmente graves (se estiver descarregado ou não tiver autonomia para uma viagem mais longa, "há sempre o veículo a gasolina/gasóleo" a que recorrer).
Por isso, em termos de custos, características e limitações é onde os eléctricos aparecem (pelo menos aos meus olhos) como alternativa com mais força.