Off-Topic: Alunos expulsam ministra de Fafe
No essencial concordo com o Artista e o Aikifriu.Devo esclarecer que não sou professor, nem nada que se pareça.
Do tudo o que tenho observado e lido, esta avaliação têm um objectivo exclusivamente economicista.
Sendo certo de que a progressão automática na carreira está fora de questão no futuro, aproveitemos para criar um sistema de avaliação o mais justo possível.
Ouçam os profissionais.
Acho que os professores tiveram muito azar, e a seu tempo o governo também,(não tenho qualquer interesse ou conotação politica) em escolher uma pessoa tão arrogante para o ministério da educação.
Esta senhora tem um problema.Não ouve e como tal é má negociante.
Quanto aos alunos , a nível educacional base(emoções ,estímulos,respeito social)- Na maioria dos casos são o reflexo dos pais/famílias.Dificilmente um professor concerta com perfeição o que já está em "cacos".
Embora seja pai e não professor, penso que se está a dar aos pais um papel excessivamente interventivo nas escolas. Em poucos anos passou-se do oito ao oitenta.
Com passagens administrativas de alunos, só para as estatísticas.Com o ataque e responsabilização pública dos professores ,por um sistema que funciona mal.E a desresponsabilização quase total de pais e alunos, é difícil ter uma educação a sério,num pais com um razoável défice educacional.
Um abraço.
Do tudo o que tenho observado e lido, esta avaliação têm um objectivo exclusivamente economicista.
Sendo certo de que a progressão automática na carreira está fora de questão no futuro, aproveitemos para criar um sistema de avaliação o mais justo possível.
Ouçam os profissionais.
Acho que os professores tiveram muito azar, e a seu tempo o governo também,(não tenho qualquer interesse ou conotação politica) em escolher uma pessoa tão arrogante para o ministério da educação.
Esta senhora tem um problema.Não ouve e como tal é má negociante.
Quanto aos alunos , a nível educacional base(emoções ,estímulos,respeito social)- Na maioria dos casos são o reflexo dos pais/famílias.Dificilmente um professor concerta com perfeição o que já está em "cacos".
Embora seja pai e não professor, penso que se está a dar aos pais um papel excessivamente interventivo nas escolas. Em poucos anos passou-se do oito ao oitenta.
Com passagens administrativas de alunos, só para as estatísticas.Com o ataque e responsabilização pública dos professores ,por um sistema que funciona mal.E a desresponsabilização quase total de pais e alunos, é difícil ter uma educação a sério,num pais com um razoável défice educacional.
Um abraço.
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<http://www.youtube.com/watch?v=smU1s63XK6k&eurl=http://movimentoescolapublica.blogspot.com/>
http://www.youtube.com/watch?v=smU1s63XK6k
http://www.youtube.com/watch?v=wuRio6SuXTg
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Ainda avaliação de professores:
As escolas têm cotas para as melhores classificações então os avaliadores e os avaliados vão competir por entrar nessas cotas...
como é possível alguém achar justo um sistema em que o juiz é parte interessada?
As escolas têm cotas para as melhores classificações então os avaliadores e os avaliados vão competir por entrar nessas cotas...
como é possível alguém achar justo um sistema em que o juiz é parte interessada?
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
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No seguimento do post do AikyFriu, como agora tenho mais tempo, vou deixar aqui mais uma razão para que as pessoas percebam porque é que este sistema é ridiculo... há muitas mais, algumas já identificadas, mas escolhi esta porque me afecta directamente e porque pouco tem sido falada e penso que será mais facilmente compreendida por aqueles que não conhecem o dia à dias das escolas!
A situação de que vou falar contraria aquilo que já vi a ministra dizer uma série de vezes, a primeira das quais no telejornal da SIC a seguir à manifestação de 8 de Março, nesse dia até eu acreditei que era verdade, obviamente eu rapidamente percebi que não era, mas a grande maioria das pessoas não tem forma de perceber!
Pertenço ao grupo 600 (Geometria Descritiva, Desenho, Educação Visual, etc) e na minha escola vou ser avaliado por um professor de... educação fisica!??! O documento de observação de aula tem uns 10 indicadores para avaliação, obviamente esse colega só poderá preencher um, o da "relação pedagógica com os alunos", uma vez que os outros se relaccionam com a componente cientifica!
Ou seja, no limite, eu posso passar as aulas em que ele lá for a contar anedotas, ou arranjar outra coisa qualquer que promova a minha boa relação com os alunos, é só isso que ele irá avaliar... e o problema não se restringe aos colegas do meu grupo, a escola tem cotas, como é que vai comparar a minha avaliação com a de outros colegas de outros grupos que foram avaliados em todos os indicadores? O conselho executivo da minha escola até já apresentou uma proposta para que no processo de avaliação, na componte de observação de aula, seja apenas considerado o indicador "relação pedagógica com os alunos"... isto realmente resolvia o problema da comparação mas tornaria o processoa ainda mais injusto e patético!!!
Não sei se esta situação está a acontecer em muitas escolas mas o que é certo é que os meus dois melhores amigos, um vive no Porto outro em Portimão, estão exactamente na mesma situação. O do Porto é professor de Ed Fisica e vai ser avaliado por um de Ed Músical, o de Portimão é do meu grupo e vai ser avaliado por uma de Ed Especial...
Para reflexão...
abraços
artista
A situação de que vou falar contraria aquilo que já vi a ministra dizer uma série de vezes, a primeira das quais no telejornal da SIC a seguir à manifestação de 8 de Março, nesse dia até eu acreditei que era verdade, obviamente eu rapidamente percebi que não era, mas a grande maioria das pessoas não tem forma de perceber!
Pertenço ao grupo 600 (Geometria Descritiva, Desenho, Educação Visual, etc) e na minha escola vou ser avaliado por um professor de... educação fisica!??! O documento de observação de aula tem uns 10 indicadores para avaliação, obviamente esse colega só poderá preencher um, o da "relação pedagógica com os alunos", uma vez que os outros se relaccionam com a componente cientifica!
Ou seja, no limite, eu posso passar as aulas em que ele lá for a contar anedotas, ou arranjar outra coisa qualquer que promova a minha boa relação com os alunos, é só isso que ele irá avaliar... e o problema não se restringe aos colegas do meu grupo, a escola tem cotas, como é que vai comparar a minha avaliação com a de outros colegas de outros grupos que foram avaliados em todos os indicadores? O conselho executivo da minha escola até já apresentou uma proposta para que no processo de avaliação, na componte de observação de aula, seja apenas considerado o indicador "relação pedagógica com os alunos"... isto realmente resolvia o problema da comparação mas tornaria o processoa ainda mais injusto e patético!!!
Não sei se esta situação está a acontecer em muitas escolas mas o que é certo é que os meus dois melhores amigos, um vive no Porto outro em Portimão, estão exactamente na mesma situação. O do Porto é professor de Ed Fisica e vai ser avaliado por um de Ed Músical, o de Portimão é do meu grupo e vai ser avaliado por uma de Ed Especial...
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Bem, aos Papaas (demitidos papaas)...
ninguem lhes pode retirar a maior responsabilidade. Mas, convenhamos, que se nao pode chamar "miudos" a putalhada com 10 anos e a canzoada com 15-16 anos. Ee que estes jaa sabem o que querem, tenham-lhes ensinado ou nao. Se calhar atee querem o contrario do que aprenderam, viram as costas aas oportunidades que lhes ofereceram com esforco, ignoram modelos, direccoes, querem ee palhacada. Mas como culpar somente os pais sem culpar tambem os calmeiroes que jaa fumam, praticam sexo (nada contra !) e teem uma liberdade ampla ? Calma amigo... "miudos" quer dizer...
Na TV ontem mostravam uns bandos de adolescentes a rondar os 15 anos, em grande alvoroco, a estragar dezenas de ovos (ha gente com fome, carago !), e a voz "off" a trata-los por "criancas". Deixa-me rir.
Na TV ontem mostravam uns bandos de adolescentes a rondar os 15 anos, em grande alvoroco, a estragar dezenas de ovos (ha gente com fome, carago !), e a voz "off" a trata-los por "criancas". Deixa-me rir.


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canguru Escreveu:Actualmente, o nosso problema não está nos escassos recursos destinados a este ministério. Desde o OE de 1995 que o peso da Educação tem aumentado (para 2009 o OE vai aumentar em 10,8% as despesas de funcionamento e as de investimento crescer 3,4% (Fonte: Diário Económico)).
Já reparaste onde foi aplicado esse aumento?
quanto do aumento foi devido ao aumento da carga horária dos alunos? na maioria dos casos sem justificação? Nunca os alunos tiveram tantas horas de aulas (e já nem refiro ao cursos profissionais). Querem um exemplo do que digo? para o próximo ano lectivo os alunos dos 12º ano terão mais uma disciplina anual (6 horas) que pode não ter nada a ver com o curso... qual a finalidade? para mim é um mistério (ou talvez não).
Outro exemplo: o babysitting, desculpem, a escola a tempo inteiro no 1ºciclo.
E já nem falo as operações de cosmética à escolaridade...
canguru Escreveu:Nesse âmbito foi extremamente acertivo a introdução de aulas de substituição, passando parte do desleixo notório e propositado de uns a passar a ter consequências na escola!
Porque falas do que não sabes? nunca houve desleixo nas escolas (pelo menos na maioria). Se fores ver as estatisticas verás que os professores não faltavam/faltam tanto como geralmente querem fazer crer.
canguru Escreveu:... desde quando é que as notas excelentes a toda a gente com a consequente progressão automática na carreira é um sistema de avaliação minimamente credível?
Os professores NUNCA tiveram notas excelentes, como alguém já disse 99% dos professores tinha SATISFAZ (agora corresponde ao BOM), para ter BOM (Muito Bom) tinha que ultrapassar uma série de burocracias, que incluiam a defesa perante um juri do seu relatório critico. Para evitar esta burocracia, a maioria dos professores preferia ficar pelo satisfaz.
canguru Escreveu:Já agora pergunto-te quantas vezes se indignaram e foram para a rua lembrado um número que simboliza a nossa maior vergonha enquanto pais: 38% de abandono escolar!
Seria interessante saber porque razão o abandono escolar é tão elevado. Será culpa dos profs? dos pais? da sociedade? do governo?
Estou convicto que os professores são os que mais contribuem para a diminuição desse abandono escolar, agora não podem é ir a casa dos meninos buscá-los.
canguru Escreveu: Esperavas que a brincadeira das progressões automáticas (também válidas na função pública) que perdura há anos continuasse válida num país que em que a produtividade e a consequente criação de riqueza é das piores de UE a 27 e se discute se 450€ é ou não um valor justo para salário mínimo?
Já leste o estatuto da carreira docente? ou dos funcionários públicos? é que a progressão até continua a ser tão automática como antes... qualquer professor/funcionário consegue atingir uma classificação de BOM e nesse caso a progressão é automática ao fim de X anos (6 para os professores).
Então porque é que os professores estão contra este sistema de avaliação?
por várias razões:
1º- este sistema provoca uma sobrecarga de burocracia inútil que sobrecarrega o professor e o impede de fazer o que ele mais gosta "ser professor"
2º- é um sistema que valoriza as aparências: o pior professor do mundo terá Muito Bom / Excelente se se dedicar à burocracia e esquecer os alunos
3º- este sistema premeia a desonestidade (se os meus alunos merecerem 12 e eu atribuir 16 vou beneficiar com isso), num caso extremo posso até não marcar faltas e atribuir uma classificação a alunos que nunca vi (bom para a redução do abandono escolar)
4º- este sistema permite distinguir os bons professores dos maus: o professor que se preocupe com os seus alunos não tem tempo para a burocracia da sua avaliação será avaliado com BOM, um professor que se preocupe com a sua avaliação não tem tempo para os alunos e será avaliado com Muito Bom.
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meus amigos
não vou intervir porque concordo com todos e com nenhuns .. mas por favor não culpem os miúdos que são vossos/nossos filhos e a educação que têm é a que lhe démos... Não façam como o outro que lhes chamava geração rasca... esse até nem sei se foi capaz de gerar alguém pela forma como se" maneirava"
TAL PAIS TAIS FILHOS
abraço
mcarvalho
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mcarvalho
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Maria de Lurdes Rodrigues pede desculpas a professores
Hoje às 19:27
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, pediu, esta quarta-feira, no Parlamento, desculpas aos professores pelo incómodo e pela desmotivação causada, mas voltou a avisá-los de que o processo de avaliação é para se manter, defendendo que este é um projecto de interesse para o país.
Apesar de ter admitido que os professores estão desmotivados, Maria de Lurdes Rodrigues mostrou-se, no entanto, irredutível no que respeita à avaliação dos docentes.
A ministra da Educação considerou que o processo de avaliação é para se manter e acompanhou esta declaração com um pedido de desculpas.
«Peço desculpa aos senhores professores de ter causado tanta desmotivação, mas é do interesse do país, dos alunos e das escolas. Espero que as escolas, os alunos e o país possam beneficiar desta disponibilidade dos professores para estar mais tempo na escola, é isso que eu espero», declarou.
Maria de Lurdes Rodrigues pediu mais tempo nas escolas e lembrou que os professores tinham possibilidade de acumular horas lectivas em colégios privados e em explicações particulares, mas que a situação foi alterada porque as escolas precisam do trabalho das pessoas mais qualificadas do país, que são os professores.
A responsável pela pasta da Educação acrescentou que é justo distinguir e premiar os melhores docentes.
«Dizem-me, é burocrático? Com certeza. Tem uma carga associada que tem sido, em muitos casos, levada ao extremo, ridicularizada», considerou.
A ministra lembrou uma outra medida de política educativa que foi ridicularizada à exaustão, na mesma Câmara, as aulas de substituição, em que se dizia que as professoras de matemática iriam dar aulas de educação física de salto alto.
Um ano depois, as escolas organizaram-se e tal questão foi posta de parte.
Maria de Lurdes Rodrigues afirmou acreditar que tal situação também se irá verificar no caso da avaliação dos professores.
Hoje às 19:27
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, pediu, esta quarta-feira, no Parlamento, desculpas aos professores pelo incómodo e pela desmotivação causada, mas voltou a avisá-los de que o processo de avaliação é para se manter, defendendo que este é um projecto de interesse para o país.
Apesar de ter admitido que os professores estão desmotivados, Maria de Lurdes Rodrigues mostrou-se, no entanto, irredutível no que respeita à avaliação dos docentes.
A ministra da Educação considerou que o processo de avaliação é para se manter e acompanhou esta declaração com um pedido de desculpas.
«Peço desculpa aos senhores professores de ter causado tanta desmotivação, mas é do interesse do país, dos alunos e das escolas. Espero que as escolas, os alunos e o país possam beneficiar desta disponibilidade dos professores para estar mais tempo na escola, é isso que eu espero», declarou.
Maria de Lurdes Rodrigues pediu mais tempo nas escolas e lembrou que os professores tinham possibilidade de acumular horas lectivas em colégios privados e em explicações particulares, mas que a situação foi alterada porque as escolas precisam do trabalho das pessoas mais qualificadas do país, que são os professores.
A responsável pela pasta da Educação acrescentou que é justo distinguir e premiar os melhores docentes.
«Dizem-me, é burocrático? Com certeza. Tem uma carga associada que tem sido, em muitos casos, levada ao extremo, ridicularizada», considerou.
A ministra lembrou uma outra medida de política educativa que foi ridicularizada à exaustão, na mesma Câmara, as aulas de substituição, em que se dizia que as professoras de matemática iriam dar aulas de educação física de salto alto.
Um ano depois, as escolas organizaram-se e tal questão foi posta de parte.
Maria de Lurdes Rodrigues afirmou acreditar que tal situação também se irá verificar no caso da avaliação dos professores.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
A canzoada quer ee galhofa !
Os putos dao o dito e 2 tostoes para lancar a confusao e estar mais um dia sem fazer nepia. Aquilo era dar-lhes uma cargada de porrada e pronto. Ora toma la morangos ! Era limpinho.
O que a Democracia de Abril trouxe a estes gandis foi a grande oportunidade de praticar uma anarquia estupida e preguicosa: pais, alunos e (muitos) professores querem ee mama.
E mai nada.
O que a Democracia de Abril trouxe a estes gandis foi a grande oportunidade de praticar uma anarquia estupida e preguicosa: pais, alunos e (muitos) professores querem ee mama.
E mai nada.


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...
rmachado Escreveu:Mas afinal qual a razão do protesto dos alunos?
O serem avaliados?
Os alunos estão a protestar devido à implementação do novo estatuto do aluno.
A principal fonte de criticas nesse documento são as soluções apresentadas para a falta de assiduidade. Nomeadamente porque não diferencia o aluno que não vai às aulas porque não lhe apetece (baldas), do aluno que fica doente em casa.
Em qualquer dos casos o aluno não fica retido (vulgo chumbo), no entanto em ambos os casos (uma vez que não há diferenciação), os alunos receberão material relativo às matérias perdidas e terão de fazer testes de recuperação de forma a confirmar-se as aprendizagens anteriormente perdidas e assim poderem acompanharem os restantes alunos da turma.
Pergunta:
Porque é que este sistema é mau para os alunos?
Ainda não consegui perceber, lol.
Porque não concordo com o sistema?
Porque os alunos que faltam por serem baldas não deveriam ter o privilégio de se poderem baldar sempre que quiserem sem serem punidos de alguma forma. A meu ver deverá haver sempre diferenciação entre os que cumprem e os que não o fazem.
Porque se manifestam os alunos?
Porque gostam de o fazer, deste modo já conseguiram um pretexto para faltar a mais algumas aulas e desta vez apoiados pelos pais que ainda não perceberam que o sistema, neste caso particular é bom para os filhos na perspectiva de progressão na escola.
Então está tudo bem?
Não, é mais uma medida do governo que promove o facilitismo e a desresponsabilização dos alunos por forma a garantir números de sucesso e de diminuição do abandono escolar no nosso ensino. As aprendizagens dos alunos são mais uma vez deixadas para 2º plano.
Então mas se os alunos são recuperados, vão aprender?
Seria verdade se não tivessem o nº de testes necessários até terem positiva e assim serem considerados recuperados, uma vez que o professor tem mais vinte e tal alunos na sala para ensinar vai cansar-se de andar a fazer e a corrigir testes para o baldas e vai-lhe facilitar a vida com uns testes mais simples e repetidos até que aquele consiga a tal positiva.
Agora estou cansado, vou ver se faço uma sesta.
MAV8
Carteira 69
Carteira 69
rmachado Escreveu:Mas afinal qual a razão do protesto dos alunos?
O serem avaliados?
Machado, os alunos gostam é de "caldeirada" provavelmente os que fazem mais barulho só ouviram falar de umas coisas que pouco lhe interessam

De qualquer forma há realmente possíveis razões para reclamarem, o novo estatuto do aluno introduziu alterações significativas sobretudo no regime de faltas... já falei disso lá atrás onde mostrei um trabalho que efectuei sobre o novo estatuto que está em estatutodoaluno.blogspot.com!
Canguru, não me revejo em algumas formas de luta mais extremistas, mas parece-me inevitável que elas surjam perante a "surdez" de governo e ministério... estes "desbafos" também demonstram aos extremos a que se chegou!
abraços
artista
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Artista, apesar de discordar de ti, gostei do teu texto e da forma como expuseste os teus argumentos.
Por outro lado temos aqui alguém a revelar-se ...
Ora ai está o “Portugal corporativo” em todo o seu esplendor!... Sinceramente, prefiro ingenuamente (?) continuar a acreditar que este discurso não é representativo da classe.
Por outro lado temos aqui alguém a revelar-se ...
Rosario2008 Escreveu:A Escola Secundária Alberto Sampaio foi fabulosa na recepção.
Rosario2008 Escreveu:Discute-se uma forma de luta.
Avaliar os alunos todos com 20 valores já no 1º periodo.
Ora ai está o “Portugal corporativo” em todo o seu esplendor!... Sinceramente, prefiro ingenuamente (?) continuar a acreditar que este discurso não é representativo da classe.
Re: ..Será..
lareco Escreveu:O triste é o verdadeiro exemplo que passam a europa os nossos professores...
Hoje na reunião o meu colega em madrid perguntou que alarido é este que se passa com os professores.
Tentei explicar mas sinceramente não consegui(nem a favor nem contra).
Ele apenas me perguntou se exitiam professores do privado?
Eu respondi que não.... retorquiu "ai reside a questão"..
...Será...
Mais um a falar sem conhecimento!
Existem professores no privado pelo país todo.
Continuem a perguntar, não se acanhem, tirar dúvidas com quem conhece é um acto de inteligencia que poucos Portugueses utilizam apesar de serem ensinados nas escolas para o fazerem, eu pelo menos fui.
Se quiser uma lista de colégios privados ou semi públicos, (em que os professores são contratados e se regem por normas internas), posso facultar os do Distrito de Leiria - cerca de 10 se não me engano, temos que somar ainda os cerca de 4 colégios de Fátima, aqui ao lado mas já no distrito de Santarém.
Abraço
MAV8
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Educação: Centenas de professores de Braga querem greve geral nacional até que equipa do Ministério se demita
12 de Novembro de 2008, 16:38
Braga, 12 Nov (Lusa) - Algumas centenas de professores do distrito de Braga aprovaram, terça-feira à noite, uma moção propondo aos colegas e à Plataforma Sindical a convocação de uma greve nacional "até que se demita a equipa do Ministério da Educação".
O porta-voz do grupo, Daniel Martins, adiantou hoje à Lusa que a proposta, aprovada com três votos contra, propõe que a greve comece a partir de 25 Novembro e só termine "quando forem satisfeitas as exigências de professores e educadores".
Os docentes, cerca de seis centenas, reunidos na Escola Alberto Sampaio de Braga, decidiram ainda que é "necessário intensificar e tornar eficaz a luta", considerando que a greve convocada para 19 de Janeiro, pela Plataforma Sindical, "não serve como tal".
"A marcação da greve para 19 de Janeiro de 2009, desfasada da realidade de mobilização em que nos encontramos, por ser tardia, não responde em intensidade aos desejos dos professores, por ser curta e com um carácter quase simbólico", argumentam.
Aqueles professores de Braga lembram que "são cada vez mais as escolas a assumir a suspensão do processo de avaliação", pelo que apelam "a que se continue esse processo".
Propõem-se, também, "apoiar, mobilizar, organizar e envidar esforços no sentido da realização de um Encontro Nacional de Escolas em Luta para Dezembro" e pedem aos colegas, de todo o país, que realizem mais plenários distritais.
No documento aprovado na noite de terça-feira, exprimem uma "revolta profunda contra o modelo de avaliação e todas as reformas para a educação que o Ministério da Educação tentou implantar nos últimos anos".
Solicitam a todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas que enviem um, ou dois representantes, para participar no Encontro Nacional de Escolas, que pretendem realizar, e salientam que "os professores têm que encontrar formas democráticas de serem ouvidos e de serem tidos em conta nas decisões de luta".
12 de Novembro de 2008, 16:38
Braga, 12 Nov (Lusa) - Algumas centenas de professores do distrito de Braga aprovaram, terça-feira à noite, uma moção propondo aos colegas e à Plataforma Sindical a convocação de uma greve nacional "até que se demita a equipa do Ministério da Educação".
O porta-voz do grupo, Daniel Martins, adiantou hoje à Lusa que a proposta, aprovada com três votos contra, propõe que a greve comece a partir de 25 Novembro e só termine "quando forem satisfeitas as exigências de professores e educadores".
Os docentes, cerca de seis centenas, reunidos na Escola Alberto Sampaio de Braga, decidiram ainda que é "necessário intensificar e tornar eficaz a luta", considerando que a greve convocada para 19 de Janeiro, pela Plataforma Sindical, "não serve como tal".
"A marcação da greve para 19 de Janeiro de 2009, desfasada da realidade de mobilização em que nos encontramos, por ser tardia, não responde em intensidade aos desejos dos professores, por ser curta e com um carácter quase simbólico", argumentam.
Aqueles professores de Braga lembram que "são cada vez mais as escolas a assumir a suspensão do processo de avaliação", pelo que apelam "a que se continue esse processo".
Propõem-se, também, "apoiar, mobilizar, organizar e envidar esforços no sentido da realização de um Encontro Nacional de Escolas em Luta para Dezembro" e pedem aos colegas, de todo o país, que realizem mais plenários distritais.
No documento aprovado na noite de terça-feira, exprimem uma "revolta profunda contra o modelo de avaliação e todas as reformas para a educação que o Ministério da Educação tentou implantar nos últimos anos".
Solicitam a todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas que enviem um, ou dois representantes, para participar no Encontro Nacional de Escolas, que pretendem realizar, e salientam que "os professores têm que encontrar formas democráticas de serem ouvidos e de serem tidos em conta nas decisões de luta".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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..Será..
O triste é o verdadeiro exemplo que passam a europa os nossos professores...
Hoje na reunião o meu colega em madrid perguntou que alarido é este que se passa com os professores.
Tentei explicar mas sinceramente não consegui(nem a favor nem contra).
Ele apenas me perguntou se exitiam professores do privado?
Eu respondi que não.... retorquiu "ai reside a questão"..
...Será...
Hoje na reunião o meu colega em madrid perguntou que alarido é este que se passa com os professores.
Tentei explicar mas sinceramente não consegui(nem a favor nem contra).
Ele apenas me perguntou se exitiam professores do privado?
Eu respondi que não.... retorquiu "ai reside a questão"..
...Será...
...Será..
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Muito estranho este jornalismo!?? Passam a todo o momento elementos do governo e/ou do ministério a dizer que foi assinado o memorando de entendimento e que os sindicatos não o cumprem. No entanto não passam a opinião dos professores ou dos sindicatos em relação a isso. Deixam assim na opinião pública a idéia de que são realmente os sindicatos que quebraram o acordo, quando este previa uma negociação do sistema de avaliação, na qual, o ministério foi inflexivel provocando as actuais rupturas!
abraço
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Antes de mais gostaria de te agradecer pelo teu contributo positivo de alguém que tem uma visão relativamente favorável em relação à avaliação dos professores. Não concordo contigo mas não é preciso concordar, o importante é respeitarmos opiniões fundamentadas, favoráveis ou contrárias à nossa!
Todos concordam que a avaliação existente não era suficiente, de qualquer forma seria talvez um melhor ponto de partida que o modelo que o ME quer agora implementar porque tinha uma grande vantagem em relação a este, era muito mais simples e não obrigava os professores a tanto desperdício de tempo! E não era assim tão má quanto isso, tão má quanto querem fazer passar, com uns ajustes e intrução de algumas componentes era bem capaz de resultar bem...
Não estou minimamente de acordo contigo aqui, o problema é que a sociedade portuguesa não se importa minimamente com o abandono escolar, desde que não aconteça com os seus filhos são apenas números. As escolas fazem o que podem (e olha que fazem muito) os alertas e os números aparecem regularmente. Se por cada problema da educação os professores se manifestassem... vai lá vai!
Em relação a isto eu já respondi lá atrás. Alguma vez viste a posição dos sindicatos em relação a isso?? não achas estranho que uma coisa dessas não saibas o que eles têm a dizer? A realidade é que esse "acordo" previa uma negociação do sistema de avaliação e nessa negociação o ME não quis alterar rigorosamente nada... no entanto, por estranho que pareça, o Mário Nogueira falou disto ontem em directo na RTPn ou na Sicn e não mais vi essas imagens, nem vi mais essa resposta nem outra dos sindicatos a essa questão!??? estranho...
E, mesmo assim, os sindicatos negociaram esse acordo para que o processo parasse no ano passado pois o ME queria que isto tudo acontecesse no final do ano lectivo... O que se está a passar actualmente prova que eles tinham razão, em 2 meses e meio ainda mal se conseguiu arrancar com o processo de avaliação, se isto acontecesse no final do ano lectivo, com os professores empenhados na recuperação final dos alunos seri bonito!!!!
Repara, isso é um engano, o novo estatuto da carreira docente acabou com as progressões automáticas, o que se está aqui a discutir é um processo de avaliação.... com este ou outro sistema de avaliação, ninguém vai progredir automaticamente, os professores sabem disso, não é isso que está em causa. O facto de se estarem a parar as avaliações até podem prejudicar muitos que não progredirão na carreira por causa disso! Além disso no sistema que querem implementar o Bom é fácil de conseguir, o difícil é ter um Excelente ou Muito bom, mas também não é isso que está em causa... O que está em causa é um modelo absurdo, tabalhoso e inútil!
Podia escrever muito mais e vou escrever provavelmente mas agora fico-me por aqui...
Um abraço
artista

canguru Escreveu:Tojo, desde quando é que as notas excelentes a toda a gente com a consequente progressão automática na carreira é um sistema de avaliação minimamente credível?
Todos concordam que a avaliação existente não era suficiente, de qualquer forma seria talvez um melhor ponto de partida que o modelo que o ME quer agora implementar porque tinha uma grande vantagem em relação a este, era muito mais simples e não obrigava os professores a tanto desperdício de tempo! E não era assim tão má quanto isso, tão má quanto querem fazer passar, com uns ajustes e intrução de algumas componentes era bem capaz de resultar bem...
canguru Escreveu: Onde estiveram as suas propostas? Já agora pergunto-te quantas vezes se indignaram e foram para a rua lembrado um número que simboliza a nossa maior vergonha enquanto pais: 38% de abandono escolar! (http://dn.sapo.pt/2007/09/05/sociedade/abandono_escolar_agravouse_2006.html)
Não estou minimamente de acordo contigo aqui, o problema é que a sociedade portuguesa não se importa minimamente com o abandono escolar, desde que não aconteça com os seus filhos são apenas números. As escolas fazem o que podem (e olha que fazem muito) os alertas e os números aparecem regularmente. Se por cada problema da educação os professores se manifestassem... vai lá vai!

canguru Escreveu:Em relação a isso, depois da célebre manifestação de Março foi lançada uma proposta de entendimento Governo - Sindicatos que foi quebrado pelos próprios sindicatos! Se alguém aqui mostra arrogância e inflexibilidade são os sindicatos.
Em relação a isto eu já respondi lá atrás. Alguma vez viste a posição dos sindicatos em relação a isso?? não achas estranho que uma coisa dessas não saibas o que eles têm a dizer? A realidade é que esse "acordo" previa uma negociação do sistema de avaliação e nessa negociação o ME não quis alterar rigorosamente nada... no entanto, por estranho que pareça, o Mário Nogueira falou disto ontem em directo na RTPn ou na Sicn e não mais vi essas imagens, nem vi mais essa resposta nem outra dos sindicatos a essa questão!??? estranho...
E, mesmo assim, os sindicatos negociaram esse acordo para que o processo parasse no ano passado pois o ME queria que isto tudo acontecesse no final do ano lectivo... O que se está a passar actualmente prova que eles tinham razão, em 2 meses e meio ainda mal se conseguiu arrancar com o processo de avaliação, se isto acontecesse no final do ano lectivo, com os professores empenhados na recuperação final dos alunos seri bonito!!!!
canguru Escreveu:Esperavas que a brincadeira das progressões automáticas (também válidas na função pública) que perdura há anos continuasse válida num país que em que a produtividade e a consequente criação de riqueza é das piores de UE a 27 e se discute se 450€ é ou não um valor justo para salário mínimo?
Repara, isso é um engano, o novo estatuto da carreira docente acabou com as progressões automáticas, o que se está aqui a discutir é um processo de avaliação.... com este ou outro sistema de avaliação, ninguém vai progredir automaticamente, os professores sabem disso, não é isso que está em causa. O facto de se estarem a parar as avaliações até podem prejudicar muitos que não progredirão na carreira por causa disso! Além disso no sistema que querem implementar o Bom é fácil de conseguir, o difícil é ter um Excelente ou Muito bom, mas também não é isso que está em causa... O que está em causa é um modelo absurdo, tabalhoso e inútil!
Podia escrever muito mais e vou escrever provavelmente mas agora fico-me por aqui...
Um abraço
artista
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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O triste disto tudo é que a opinião pública não conhece os mecanismos do Estatuto da Carreira Docente e a Avaliação Docente. Como não conhecem limitam-se a concordar com o que a Ministra diz, que são 5 ou 6 frases concenssuais e mais algumas mentiras.
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Depoimento de José Matias Alves, ex- membro do Conselho Científico
para a Avaliação de Professores
Sempre pensei e escrevi e disse que este modelo de avaliação de
desempenho era impossível. Sempre pensei e escrevi e disse que era
desejável que este ano lectivo se seguisse a recomendação nº 2 do CCAP.
Porque permitia às escolas e aos professores organizarem-se numa outra
lógica de acção: mais sensata, mais económica, mais holística. Com,
provavelmente, menos danos colaterais. *_Com menos falsificações. Com
menos faz-de-conta_*. *Não que se resolvesse o problema de fundo*. Mas,
a meu ver, atenuava-se e poderia permitir ambientes mais respiráveis até
uma revisão obrigatória para o 2º ciclo avaliativo. Que vai ser inevitável.
Agora, um número indeterminado de escolas e de docentes vivem na
asfixia. Na maldição do tempo. Na invenção de realidades. Na fuga. Na
revolta mais ou menos latente. A raiar o esgotamento e a desmotivação.
Não serão todas. Mas serão, provavelmente, a maioria.
E isto causa dilacerantes problemas éticos. Ameaças identitárias cujos
impactos no ser e estar na profissão são muito difíceis de prever.
Ninguém está a ganhar nestes ambientes. Todos estão a perder. Os alunos,
as famílias, os professores, as escolas. Em última análise, o próprio
Ministério. Obviamente.
*_Salvam-se apenas aquelas (suponho que poucas) escolas que tiveram a
inteligência (e alguma ousadia) de colocar os alunos primeiro. De
centrarem a acção e o tempo dos professores na tarefa de ensinar e de
avaliar o resultado da sua acção profissional. De criarem dispositivos
de securização. _**_
_*
Como professor que procura ler e compreender o que (não) se passa, não
posso deixar de compreender as razões e os sentimentos que vão levar os
professores e educadores a Lisboa no dia 8 de Novembro (no que à
avaliação de desempenho diz respeito). E de desejar que um compromisso
seja possível em nome do mais importante: as pessoas e as suas
aprendizagens.
*José Matias Alves*
/Ex-membro do Conselho Científico para a Avaliação de Professores.
Demitiu-se em 20 de Outubro 2008
para a Avaliação de Professores
Sempre pensei e escrevi e disse que este modelo de avaliação de
desempenho era impossível. Sempre pensei e escrevi e disse que era
desejável que este ano lectivo se seguisse a recomendação nº 2 do CCAP.
Porque permitia às escolas e aos professores organizarem-se numa outra
lógica de acção: mais sensata, mais económica, mais holística. Com,
provavelmente, menos danos colaterais. *_Com menos falsificações. Com
menos faz-de-conta_*. *Não que se resolvesse o problema de fundo*. Mas,
a meu ver, atenuava-se e poderia permitir ambientes mais respiráveis até
uma revisão obrigatória para o 2º ciclo avaliativo. Que vai ser inevitável.
Agora, um número indeterminado de escolas e de docentes vivem na
asfixia. Na maldição do tempo. Na invenção de realidades. Na fuga. Na
revolta mais ou menos latente. A raiar o esgotamento e a desmotivação.
Não serão todas. Mas serão, provavelmente, a maioria.
E isto causa dilacerantes problemas éticos. Ameaças identitárias cujos
impactos no ser e estar na profissão são muito difíceis de prever.
Ninguém está a ganhar nestes ambientes. Todos estão a perder. Os alunos,
as famílias, os professores, as escolas. Em última análise, o próprio
Ministério. Obviamente.
*_Salvam-se apenas aquelas (suponho que poucas) escolas que tiveram a
inteligência (e alguma ousadia) de colocar os alunos primeiro. De
centrarem a acção e o tempo dos professores na tarefa de ensinar e de
avaliar o resultado da sua acção profissional. De criarem dispositivos
de securização. _**_
_*
Como professor que procura ler e compreender o que (não) se passa, não
posso deixar de compreender as razões e os sentimentos que vão levar os
professores e educadores a Lisboa no dia 8 de Novembro (no que à
avaliação de desempenho diz respeito). E de desejar que um compromisso
seja possível em nome do mais importante: as pessoas e as suas
aprendizagens.
*José Matias Alves*
/Ex-membro do Conselho Científico para a Avaliação de Professores.
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