Acordo ortográfico
Ele que continue a escrever os livros dele como quiser, é livre de fazê-lo.
Agora, na minha modesta opinião, bem ou mal, o estado português aderiu ao acordo, e não pode cada presidente de cada organismo publico fazer o que bem entende.
Era o mesmo que quando Portugal aderiu ao euro, o presidente do Banco de Portugal vir dizer que recusava-se e ia continuar com o escudo.
Agora, na minha modesta opinião, bem ou mal, o estado português aderiu ao acordo, e não pode cada presidente de cada organismo publico fazer o que bem entende.
Era o mesmo que quando Portugal aderiu ao euro, o presidente do Banco de Portugal vir dizer que recusava-se e ia continuar com o escudo.
Editado pela última vez por carf2007 em 3/2/2012 12:43, num total de 1 vez.
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Elias Escreveu:Graça Moura dá ordem aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico
03.02.2012 - 08:30 Por Luís Miguel Queirós
publico.pt
O recém-empossado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores - ferramenta informática que adapta os textos ao AO - sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.
Numa directiva datada de Setembro de 2011, o anterior conselho de administração do CCB adoptara o acordo em toda a documentação produzida pela instituição. Uma decisão que o novo presidente agora revogou com o apoio da nova administração. A questão que agora se coloca é a de saber se esta medida é legal, já que o Governo de José Sócrates ordenou, em Janeiro de 2011, que o AO fosse adoptado por todos os serviços do Estado e entidades tuteladas pelo Governo.
Não cumpre as ordens do patrão, é demiti-lo !
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Graça Moura dá ordem aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico
03.02.2012 - 08:30 Por Luís Miguel Queirós
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O recém-empossado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores - ferramenta informática que adapta os textos ao AO - sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.
Numa directiva datada de Setembro de 2011, o anterior conselho de administração do CCB adoptara o acordo em toda a documentação produzida pela instituição. Uma decisão que o novo presidente agora revogou com o apoio da nova administração. A questão que agora se coloca é a de saber se esta medida é legal, já que o Governo de José Sócrates ordenou, em Janeiro de 2011, que o AO fosse adoptado por todos os serviços do Estado e entidades tuteladas pelo Governo.
03.02.2012 - 08:30 Por Luís Miguel Queirós
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O recém-empossado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores - ferramenta informática que adapta os textos ao AO - sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.
Numa directiva datada de Setembro de 2011, o anterior conselho de administração do CCB adoptara o acordo em toda a documentação produzida pela instituição. Uma decisão que o novo presidente agora revogou com o apoio da nova administração. A questão que agora se coloca é a de saber se esta medida é legal, já que o Governo de José Sócrates ordenou, em Janeiro de 2011, que o AO fosse adoptado por todos os serviços do Estado e entidades tuteladas pelo Governo.
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O acordo ortográfico, que unifica a forma como é escrito o português nos países que falam a língua, aprovado pelo Parlamento de Portugal, vai modificar 0,43% do dicionário brasileiro. Os portugueses, que levaram 16 anos para ratificar a proposta e não tinham aderido à reforma ortográfica de 1971, terão que alterar 1,42%.
http://noticias.terra.com.br/educacao/i ... 66,00.html
A serem correctos os números acima apresentados, confirma-se aquilo que eu já suspeitava: é sobretudo Portugal quem tem de se adaptar à nova grafia e não o Brasil, onde as alterações são muito menos.
http://noticias.terra.com.br/educacao/i ... 66,00.html
A serem correctos os números acima apresentados, confirma-se aquilo que eu já suspeitava: é sobretudo Portugal quem tem de se adaptar à nova grafia e não o Brasil, onde as alterações são muito menos.
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Eu caa acho...
...que ee pena nao ser adoptado igualmente um acordo sintatico incluindo o riquiissimo calao brasileiro.
Alguns exemplos sem a respectiva correspondencia revelada para que os estimados forenses possam ter uma primeira aproximac,ao aa riqueza deste tesouro linguiistico.
in
http://natura.di.uminho.pt/~jj/pln/calao/dicionario.pdf
.cavalgar a jiboia
.abusar da mac,aneta
.biruta
.cacete
.cair fora
.come sopa de minhoca
.ir ch**** uma piroca
.largar o barro
.pegar o bonde andando
.presente de Grego
.quebrar o galho
.ser um pee no saco
.siririca
.viaduto

Alguns exemplos sem a respectiva correspondencia revelada para que os estimados forenses possam ter uma primeira aproximac,ao aa riqueza deste tesouro linguiistico.
in
http://natura.di.uminho.pt/~jj/pln/calao/dicionario.pdf
.cavalgar a jiboia
.abusar da mac,aneta
.biruta
.cacete
.cair fora
.come sopa de minhoca
.ir ch**** uma piroca
.largar o barro
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.presente de Grego
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Elias Escreveu:.A-330 Escreveu:Antigamente farmácia escrevia-se com PH. Hoje não.Há muito que não , na verdade. O mundo evolui , as línguas também.
Deixemo-nos de nacionalismos da treta.
A330
Na prática isto significa o seguinte: o portugu~es de Portugal deve evoluir para se aproximar do português do Brasil.
O português do Brasil não precisa de evoluir. O acordo ortográfico é o espelho disso mesmo.
Se o português do Brasil é mais evoluído , por que não?
O importante é que ganhe a língua como um todo.
A330
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Na prática isto significa o seguinte: o portugu~es de Portugal deve evoluir para se aproximar do português do Brasil.
O português do Brasil não precisa de evoluir. O acordo ortográfico é o espelho disso mesmo.
A-330 Escreveu:Antigamente farmácia escrevia-se com PH. Hoje não.Há muito que não , na verdade. O mundo evolui , as línguas também.
Deixemo-nos de nacionalismos da treta.
A330
Na prática isto significa o seguinte: o portugu~es de Portugal deve evoluir para se aproximar do português do Brasil.
O português do Brasil não precisa de evoluir. O acordo ortográfico é o espelho disso mesmo.
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Elias Escreveu:Estás a dar-me razão: Portugal baixa as calcinhas, o Brasil não.
Não se trata de dar razão, isto tem de ser visto de outro prisma, é obvio que o acordo ao que me parece, vem do maior número de falantes para o menor número o que está em causa para mim, e tenho-me batido principalmente na questão do "c" e do "p", não podemos ignorar o global de milhões de falantes e não se fazer nada para tentar normalizar a escrita, isso é que seria comprometer a lingua portuguesa pois às tantas surgia uma nova lingua derivada do português, ao longo dos anos corria-se esse risco penso eu, acho que faz sentido ou não, para mim faz....entretanto tenho de sair fica para mais logo.......

Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Elias Escreveu:charles Escreveu:Elias Escreveu:charles Escreveu:No caso do Português do Brasil existem exemplos em que eles tiveram de aceitar também outras palavras neste caso no que diz respeito à acentuação gráfica dupla, havendo palavras que foram acordadas terem dupla acentuação, priveligiando mais uma vez cada uma das pronúncias, sendo:- económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.".
charles quando há dupla grafia ninguém precisa de mudar a forma como escreve. O problema coloca-se nos casos em que a mudança é obrigatória e esses parece-me que acontecem apenas em Portugal.
É como disse o acordo tem alguma complexidade na leitura e requer muita atenção, sendo muitas as palavras referidas, portanto só lendo tudo, para perceber se foi alguma coisa alterada no Português do Brasil, mas isso também não me preocupa muito.
charles, a ti pode não te preocupar.
Eu fico desagradado com um acordo que supostamente é bilateral mas em que na prática se trata de mudar o português europeu para português do Brasil. Mais valia assumir isso de uma vez por todas
4 - Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas sequências consonânticas (base IV)
4.1 - Estado da questão
Como é sabido, uma das principais dificuldades na unificação da ortografia da língua portuguesa reside na solução a adoptar para a grafia das consoantes c e p, em certas sequências consonânticas interiores, já que existem fortes divergências na sua articulação.
Assim, umas vezes, estas consoantes são invariavelmente proferidas em todo o espaço geográfico da língua portuguesa, conforme sucede em casos como compacto, ficção, pacto; adepto, aptidão, núpcias; etc.
Neste caso, não existe qualquer problema ortográfico, já que tais consoantes não podem deixar de grafar-se [v. base IV, 1.º, a)].
Noutros casos, porém, dá-se a situação inversa da anterior, ou seja, tais consoantes não são proferidas em nenhuma pronúncia culta da língua, como acontece em acção, afectivo, direcção; adopção, exacto, óptimo; etc. Neste caso existe um problema. É que na norma gráfica brasileira há muito estas consoantes foram abolidas, ao contrário do que sucede na norma gráfica lusitana, em que tais consoantes se conservam. A solução que agora se adopta [v. base IV, 1.º, b)] é a de as suprimir, por uma questão de coerência e de uniformização de critérios (vejam-se as razões de tal supressão adiante, em 4.2).
As palavras afectadas por tal supressão representam 0,54% do vocabulário geral da língua, o que é pouco significativo em termos quantitativos (pouco mais de 600 palavras em cerca de 110000). Este número é, no entanto, qualitativamente importante, já que compreende vocábulos de uso muito frequente (como, por exemplo, acção, actor, actual, colecção, colectivo, correcção, direcção, director, electricidade, factor, factura, inspector, lectivo, óptimo, etc.).
O terceiro caso que se verifica relativamente às consoantes c e p diz respeito à oscilação de pronúncia, a qual ocorre umas vezes no interior da mesma norma culta (cf., por exemplo, cacto ou cato, dicção ou dição, sector ou setor, etc.), outras vezes entre normas cultas distintas (cf., por exemplo, facto, receção em Portugal, mas fato, recepção no Brasil)....................................
Sobre a tua preocupação vai ao acordo http://www.priberam.pt/docs/acortog90.pdf e lê a explicação sobre as peripécias dos acordos dos últimos quase 100 anos e o porquê da sua não aprovação ao longo destas dezenas de anos.
Editado pela última vez por charles em 25/6/2011 16:54, num total de 1 vez.
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
ninja1200 Escreveu:charles Escreveu:ninja1200 Escreveu:Relativamente à palavra 'facto' que foi falada em cima, acho uma autêntica barbaridade sequer dizerem que o C é facultativo.
Nunca pode ser facultativo, quando já existe a palavra 'fato' e que tem um significado totalmente diferente.
A língua Portuguesa está viva e como tal é sujeita a mudanças com o passar do tempo, mas o intuito é evoluir e não fazê-la regredir.
.
Não sou eu que o digo, é o acordo ortográfico em vigor a palavra "facto" é mesmo à vontade do freguês, pessoalmente continuo a escrever e a pronunciar "facto", pois neste caso o "c" não é mudo, pronuncia-se logo faz todo o sentido, também se escreve, noutros casos sinceramente sendo os "cês" e os "pês" mudos não vejo onde é que a lingua Portuguesa regride, dantes farmácia escrevia-se com "ph" e se calhar na altura houve resistência à mudança, neste momento quem é que se importa com isso, ninguém acho eu, com este acordo é igual.
Quando disse que o intuito destas alterações deveria ser a favor da evolução da língua, apenas me referi ao exemplo da palavra 'facto' e não ao conjunto de todas as alterações.
Acho bem que se retirem as letras que não são lidas, mas no exemplo em cima é diferente dos outros. Já existe uma palavra 'fato', logo, e embora seja facultativo, não deixa de ser uma regressão passar de 2 palavras para uma só, mas mantendo na mesma os dois significados.
Como assim passar de duas palavras para uma só, a palavra "facto" continua-se a pronunciar e escrever com o "c", a palavra "fato" continua imaculada.
Passa a existir a possibilidade de incluir variantes das variedades portuguesa e brasileira na ortografia oficial para a palavra "facto", no entanto no dicionário Português o "facto" continua a ser "facto", a possibilidade de se escrever sem o "c" será mais aplicado no Português do Brasil, é bom lembrar que o acordo é bilateral.
Provavelmente a palavra "facto" pode ser pronunciada e escrita facultativamente sem o "c" embora me pareça que estas exceções são mais para o Brasil porque provavelmente no Brasil, a outra nossa palavra "fato", se calhar é só nossa e não se confunde no Brasil com "facto" pois não terá o mesmo significado para eles, ou seja "fato" para eles se calhar não existe como sendo roupa, um "fato" para eles é um acontecimento, e como o "c" neste caso emudece na pronúnica deles, não vejo problema que a solução encontrada tenha sido o ser facultativo o uso do "c".
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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Base XIX Das minúsculas e maiúsculas
1.º A letra minúscula inicial é usada:
a) Ordinariamente, em todos os vocábulos da língua nos usos correntes;
b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera;
c) Nos bibliónimos/bibliônimos (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele contidos, tudo em grifo): O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor;
d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano;
e) Nos pontos cardeais (mas não nas suas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste);
f) Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o cardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena);
g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas).
2.º A letra maiúscula inicial é usada:
a) Nos antropónimos/antropônimos, reais ou fictícios: Pedro Marques; Branca de Neve, D. Quixote;
b) Nos topónimos/topônimos, reais ou fictícios: Lisboa, Luanda, Maputo, Rio de Janeiro, Atlântida, Hespéria;
c) Nos nomes de seres antropomorfizados ou mitológicos: Adamastor; Neptuno/Netuno;
d) Nos nomes que designam instituições: Instituto de Pensões e Aposentadorias da Previdência Social;
e) Nos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Ramadão, Todos os Santos;
f) Nos títulos de periódicos, que retêm o itálico: O Primeiro de Janeiro, O Estado de São Paulo (ou S. Paulo);
g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático;
h) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas: FAO, NATO, ONU; H2O; Sr., V. Ex.ª;
i) Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).
Obs.: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que obras especializadas observem regras próprias, provindas de códigos ou normalizações específicas (terminologias antropológica, geológica, bibliológica, botânica, zoológica, etc.), promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas internacionalmente.
Cumpt
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charles Escreveu:Elias Escreveu:charles Escreveu:No caso do Português do Brasil existem exemplos em que eles tiveram de aceitar também outras palavras neste caso no que diz respeito à acentuação gráfica dupla, havendo palavras que foram acordadas terem dupla acentuação, priveligiando mais uma vez cada uma das pronúncias, sendo:- económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.".
charles quando há dupla grafia ninguém precisa de mudar a forma como escreve. O problema coloca-se nos casos em que a mudança é obrigatória e esses parece-me que acontecem apenas em Portugal.
É como disse o acordo tem alguma complexidade na leitura e requer muita atenção, sendo muitas as palavras referidas, portanto só lendo tudo, para perceber se foi alguma coisa alterada no Português do Brasil, mas isso também não me preocupa muito.
charles, a ti pode não te preocupar.
Eu fico desagradado com um acordo que supostamente é bilateral mas em que na prática se trata de mudar o português europeu para português do Brasil. Mais valia assumir isso de uma vez por todas

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charles Escreveu:ninja1200 Escreveu:Relativamente à palavra 'facto' que foi falada em cima, acho uma autêntica barbaridade sequer dizerem que o C é facultativo.
Nunca pode ser facultativo, quando já existe a palavra 'fato' e que tem um significado totalmente diferente.
A língua Portuguesa está viva e como tal é sujeita a mudanças com o passar do tempo, mas o intuito é evoluir e não fazê-la regredir.
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Não sou eu que o digo, é o acordo ortográfico em vigor a palavra "facto" é mesmo à vontade do freguês, pessoalmente continuo a escrever e a pronunciar "facto", pois neste caso o "c" não é mudo, pronuncia-se logo faz todo o sentido, também se escreve, noutros casos sinceramente sendo os "cês" e os "pês" mudos não vejo onde é que a lingua Portuguesa regride, dantes farmácia escrevia-se com "ph" e se calhar na altura houve resistência à mudança, neste momento quem é que se importa com isso, ninguém acho eu, com este acordo é igual.
Quando disse que o intuito destas alterações deveria ser a favor da evolução da língua, apenas me referi ao exemplo da palavra 'facto' e não ao conjunto de todas as alterações.
Acho bem que se retirem as letras que não são lidas, mas no exemplo em cima é diferente dos outros. Já existe uma palavra 'fato', logo, e embora seja facultativo, não deixa de ser uma regressão passar de 2 palavras para uma só, mas mantendo na mesma os dois significados.
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Elias Escreveu:charles Escreveu:No caso do Português do Brasil existem exemplos em que eles tiveram de aceitar também outras palavras neste caso no que diz respeito à acentuação gráfica dupla, havendo palavras que foram acordadas terem dupla acentuação, priveligiando mais uma vez cada uma das pronúncias, sendo:- económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.".
charles quando há dupla grafia ninguém precisa de mudar a forma como escreve. O problema coloca-se nos casos em que a mudança é obrigatória e esses parece-me que acontecem apenas em Portugal.
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charles Escreveu:No caso do Português do Brasil existem exemplos em que eles tiveram de aceitar também outras palavras neste caso no que diz respeito à acentuação gráfica dupla, havendo palavras que foram acordadas terem dupla acentuação, priveligiando mais uma vez cada uma das pronúncias, sendo:- económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.".
charles quando há dupla grafia ninguém precisa de mudar a forma como escreve. O problema coloca-se nos casos em que a mudança é obrigatória e esses parece-me que acontecem apenas em Portugal.
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ninja1200 Escreveu:Relativamente à palavra 'facto' que foi falada em cima, acho uma autêntica barbaridade sequer dizerem que o C é facultativo.
Nunca pode ser facultativo, quando já existe a palavra 'fato' e que tem um significado totalmente diferente.
A língua Portuguesa está viva e como tal é sujeita a mudanças com o passar do tempo, mas o intuito é evoluir e não fazê-la regredir.
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Não sou eu que o digo, é o acordo ortográfico em vigor a palavra "facto" é mesmo à vontade do freguês, pessoalmente continuo a escrever e a pronunciar "facto", pois neste caso o "c" não é mudo, pronuncia-se logo faz todo o sentido, também se escreve, noutros casos sinceramente sendo os "cês" e os "pês" mudos não vejo onde é que a lingua Portuguesa regride, dantes farmácia escrevia-se com "ph" e se calhar na altura houve resistência à mudança, neste momento quem é que se importa com isso, ninguém acho eu, com este acordo é igual.
Um dos principais argumentos é o da aproximação da escrita à pronúncia, priveligiou-se o critério fonético ou da pronúncia com um certo detrimento para o critério etimológico, acho que isto faz todo o sentido.
Para esclarecimento aqui está:
a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferidos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;
b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;
c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;
Por exemplo estas palavras, director, acção, protecção, baptismo, adoptar e excepção, as quais passam a escrever-se diretor, ação, proteção, batismo, adotar e exceção, em nenhuma destas palavras nós pronunciamos os "cês" e os "pês", logo sinceramente não vejo que a lingua Portuguesa fique mais pobre pela alteração acordada, é uma questão de simplificação, não se diz não se escreve.
No caso do Português do Brasil existem exemplos em que eles tiveram de aceitar também outras palavras neste caso no que diz respeito à acentuação gráfica dupla, havendo palavras que foram acordadas terem dupla acentuação, priveligiando mais uma vez cada uma das pronúncias, sendo:
- económico e econômico, efémero e efêmero, género e gênero, génio e gênio, ou de bónus e bônus, sémen e sêmen, ténis e tênis, ou ainda de bebé e bebê, ou metro e metrô, etc.".
As explicações são vastas, portanto há que ler o acordo para ficarmos informados das alterações.
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Editado pela última vez por charles em 25/6/2011 1:37, num total de 1 vez.
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só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
No Brasil, pouco mais deve mudar que a eliminação dos dois pontinhos que eles "usam" na palavra 'freqüente'
Visto que nem eles próprios já deviam usar isso com regularidade, então na prática não devem ter mudado nada na sua forma de escrever com este acordo ortográfico.
Relativamente à palavra 'facto' que foi falada em cima, acho uma autêntica barbaridade sequer dizerem que o C é facultativo. Nunca pode ser facultativo, quando já existe a palavra 'fato' e que tem um significado totalmente diferente.
A língua Portuguesa está viva e como tal é sujeita a mudanças com o passar do tempo, mas o intuito é evoluir e não fazê-la regredir.
Outro assunto que, embora não tenha muito a ver com o tópico, acho interessante o que está a acontecer desde há uns bons anos para cá.
Desde o IRC na internet e continuando pelos SMS nos telemóveis, que grande parte das línguas sofrem com isso hoje. É difícil hoje em dia alguém conseguir aprender uma língua correctamente contando com a ajuda de outros, simplesmente porque a tendência para abreviações, a eliminação da pontuação e uso destes para esconder falhas de aprendizagem geral nas várias línguas, atrapalha qualquer pessoa que esteja a dar os primeiros passos nessa aprendizagem.
Visto que nem eles próprios já deviam usar isso com regularidade, então na prática não devem ter mudado nada na sua forma de escrever com este acordo ortográfico.
Relativamente à palavra 'facto' que foi falada em cima, acho uma autêntica barbaridade sequer dizerem que o C é facultativo. Nunca pode ser facultativo, quando já existe a palavra 'fato' e que tem um significado totalmente diferente.
A língua Portuguesa está viva e como tal é sujeita a mudanças com o passar do tempo, mas o intuito é evoluir e não fazê-la regredir.
Outro assunto que, embora não tenha muito a ver com o tópico, acho interessante o que está a acontecer desde há uns bons anos para cá.
Desde o IRC na internet e continuando pelos SMS nos telemóveis, que grande parte das línguas sofrem com isso hoje. É difícil hoje em dia alguém conseguir aprender uma língua correctamente contando com a ajuda de outros, simplesmente porque a tendência para abreviações, a eliminação da pontuação e uso destes para esconder falhas de aprendizagem geral nas várias línguas, atrapalha qualquer pessoa que esteja a dar os primeiros passos nessa aprendizagem.
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