A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.
É muito simples, trata-se de shortar o dollar.
Suponhamos que EUR/USD está a 1,4 e daqui a 1 mês o dollar desvaloriza para 1,5. Chegas a um banco americano e contrais um empréstimo de $1.000.000 a 1 mês. Vendes esses dollars por euros e ficas com 1.000.000 / 1,4 = 714.286 € na mão. Daqui a um mês o milhão de $ já só vale 1.000.000 / 1,5 = 666.667 €. Pegas nesses 666.667 € convertes no $1.000.000 e devolces ao banco, ficando com 714.286 - 666.667 = 47.619 € de lucro em 1 mês sem fazer força ...
Se muitos investidores fizerem isso com biliões de $$$ isso até cria uma pressão vendedora de dolares que faz precipitar a queda.
É claro que para o fazer é preciso ter crédito nos States e apresentar colaterais ou garantias para o banco te fazer o empréstimo.
Isso foi o que fez o George Soros em 92 contra a libra esterlina e ganhou 1 bilião no dia em que a libra desvalorizoou e teve de abandonar a EMU.
O risco é que se em vez de desvalorizar o dollar valorizar, então perdes dinheiro.
E se, por mero acaso, tiveres acções americanas num banco nos States e fizeres o empréstimo dando as acções como colateral e essas acções subirem, então ganhas pelos 2 lados - a valorização das acções e a desvalorização do dollar.
É um bom hedging
Suponhamos que EUR/USD está a 1,4 e daqui a 1 mês o dollar desvaloriza para 1,5. Chegas a um banco americano e contrais um empréstimo de $1.000.000 a 1 mês. Vendes esses dollars por euros e ficas com 1.000.000 / 1,4 = 714.286 € na mão. Daqui a um mês o milhão de $ já só vale 1.000.000 / 1,5 = 666.667 €. Pegas nesses 666.667 € convertes no $1.000.000 e devolces ao banco, ficando com 714.286 - 666.667 = 47.619 € de lucro em 1 mês sem fazer força ...
Se muitos investidores fizerem isso com biliões de $$$ isso até cria uma pressão vendedora de dolares que faz precipitar a queda.
É claro que para o fazer é preciso ter crédito nos States e apresentar colaterais ou garantias para o banco te fazer o empréstimo.
Isso foi o que fez o George Soros em 92 contra a libra esterlina e ganhou 1 bilião no dia em que a libra desvalorizoou e teve de abandonar a EMU.
O risco é que se em vez de desvalorizar o dollar valorizar, então perdes dinheiro.
E se, por mero acaso, tiveres acções americanas num banco nos States e fizeres o empréstimo dando as acções como colateral e essas acções subirem, então ganhas pelos 2 lados - a valorização das acções e a desvalorização do dollar.
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Ok, já percebi, isso implica converter os dólares noutra moeda que esteja em alta, mas significa também outra coisa, porque no mercado não há nada à borla, podemos ganhar de duas formas mas também podemos perder de duas formas, aumentamos o potencial porque aumentamos o risco...
abraço
artista

abraço
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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artista Escreveu:EuroVerde Escreveu:Ganham com a desvalorização da moeda porque depois vão dever menos do que aquilo que pediram, e ganham pela valorização dos activos em que estão investidos. Ganham 2 vezes!!
Explica lá como é que é isso?! Pedem mil dólares emprestados, se o dólar desvalorizar passam a dever menos dólares?! hummm...
abraço
artista
Está explicado na noticia acima.
Tu não tens dinheiro, certo?

Então vais pedir um emprestimo em dolares a um banco americano de 1000000 dólar por um ano.
ficas com esse dinheiro para investir.
O euro/dolar está a 1,4
passas os dolares a euros e vai aplicá-lo na compra de ouro por exemplo (suponhamos que este vai valorizando com a queda do dolar)...
dá-te 714285,7143 euros a uma determinada taxa de 1%.
o metal amarelo valoriza 10% ficas com 785714,2857 euros e tens que pagar os 714285,7143+1% ao banco que dá 721428,5714 euros para o banco.
Mas como a taxa nos EUA está mais baixa 0,25% o que tu tens que devolver em dolares são 1074107,143.
isso menos 1000000 iniciais dá-te 74107,14288 dolares
e em euros seria 7142,8571 euros. Ora isso é uma quantia menos elevada do que em dolares e ainda ficas com a tua mais valia do ouro. isto se o eur/dolar mudasse para 1,5 por exemplo
Penso que é assim, corrigam-me os entendidos.
EuroVerde Escreveu:Ganham com a desvalorização da moeda porque depois vão dever menos do que aquilo que pediram, e ganham pela valorização dos activos em que estão investidos. Ganham 2 vezes!!
Explica lá como é que é isso?! Pedem mil dólares emprestados, se o dólar desvalorizar passam a dever menos dólares?! hummm...
abraço
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in JN
17Setembro 2009
O dólar prossegue a rota descendente contra o euro e os especialistas acreditam que nos próximos seis meses a divisa norte-americana vai permanecer frágil face às principais moedas internacionais, de acordo com um inquérito realizado pela agência Bloomberg.
Ontem, por alguns instantes, bastava um euro para adquirir 1,47 dólares, que é o mesmo que afirmar que um dólar comprava apenas 0,68 euros. Desde finais de Setembro do ano passado, que esta barreira não era ultrapassada. E não é só contra o euro que o dólar está em queda. A descida observa-se contra as principais moedas mundiais, como a libra esterlina ou o iene japonês.
Começa a ganhar robustez a tese de que há uma mudança de fundo na dinâmica cambial mundial. Até pelo menos 2001, o Japão era o grande "banco" dos investidores estrangeiros, já que a deflação que se abateu sobre a economia nipónica obrigou a manter os juros em 0% durante cerca de uma década.
Assim, um investidor que quisesse maximizar o retorno dos seus investimentos, pedia um empréstimo no Japão, convertia o capital em ienes para outra divisa de uma economia onde os activos tivessem associados juros mais elevados. Este tipo de movimentos é denominado por "carry trade". A Suíça, embora com menos intensidade que o Japão, era também usual para este tipo de movimentos.
Há um número crescente de especialistas a acreditar que agora é a vez do dólar ocupar o lugar que a divisa japonesa mantinha no "carry trade". Os juros directores nos EUA estão próximos de zero - o financiamento no mercado, para um período de quatro meses, ronda os 0,43%, de acordo com os juros da Libor -, os estímulos à economia deverão manter-se por um período indeterminado e não se espera, pelo menos para já, uma explosão da inflação.
Assim, parece fazer sentido, dizem os especialistas, que os investidores peçam crédito nos EUA, convertam o dólar em outra moeda e invistam nos activos de mercados que oferecem elevadas rendibilidades. Ao aumentarem a pressão de venda sobre o dólar, a divisa norte-americana cai ainda mais. Esta estratégia de investimento está longe de estar isenta de riscos.
17Setembro 2009
O dólar prossegue a rota descendente contra o euro e os especialistas acreditam que nos próximos seis meses a divisa norte-americana vai permanecer frágil face às principais moedas internacionais, de acordo com um inquérito realizado pela agência Bloomberg.
Ontem, por alguns instantes, bastava um euro para adquirir 1,47 dólares, que é o mesmo que afirmar que um dólar comprava apenas 0,68 euros. Desde finais de Setembro do ano passado, que esta barreira não era ultrapassada. E não é só contra o euro que o dólar está em queda. A descida observa-se contra as principais moedas mundiais, como a libra esterlina ou o iene japonês.
Começa a ganhar robustez a tese de que há uma mudança de fundo na dinâmica cambial mundial. Até pelo menos 2001, o Japão era o grande "banco" dos investidores estrangeiros, já que a deflação que se abateu sobre a economia nipónica obrigou a manter os juros em 0% durante cerca de uma década.
Assim, um investidor que quisesse maximizar o retorno dos seus investimentos, pedia um empréstimo no Japão, convertia o capital em ienes para outra divisa de uma economia onde os activos tivessem associados juros mais elevados. Este tipo de movimentos é denominado por "carry trade". A Suíça, embora com menos intensidade que o Japão, era também usual para este tipo de movimentos.
Há um número crescente de especialistas a acreditar que agora é a vez do dólar ocupar o lugar que a divisa japonesa mantinha no "carry trade". Os juros directores nos EUA estão próximos de zero - o financiamento no mercado, para um período de quatro meses, ronda os 0,43%, de acordo com os juros da Libor -, os estímulos à economia deverão manter-se por um período indeterminado e não se espera, pelo menos para já, uma explosão da inflação.
Assim, parece fazer sentido, dizem os especialistas, que os investidores peçam crédito nos EUA, convertam o dólar em outra moeda e invistam nos activos de mercados que oferecem elevadas rendibilidades. Ao aumentarem a pressão de venda sobre o dólar, a divisa norte-americana cai ainda mais. Esta estratégia de investimento está longe de estar isenta de riscos.
Existe investidores a contrair empréstimos em dolares (este está a desvalorizar) e a pegar nesse dinheiro e ir comprar commodities e outros activos?
Ganham com a desvalorização da moeda porque depois vão dever menos do que aquilo que pediram, e ganham pela valorização dos activos em que estão investidos. Ganham 2 vezes!!
Ganham com a desvalorização da moeda porque depois vão dever menos do que aquilo que pediram, e ganham pela valorização dos activos em que estão investidos. Ganham 2 vezes!!

O que li nesse link vai um pouco de encontro ao que disse atrás. Se os states não encontrarem alternativa à impressão de dólares para controlar o défice, então fica o pior cenário para os americanos.
As movimentações dos principais exportadores para encontrarem alternativas ao dólar começam já a ser evidentes.
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Tojo Escreveu:Razão tinha o Djovarius aqui à uns meses, em que dizia, que todos os mercados podiam ser altamente inflacionados em modo bull, devido á desvalorização do USD.
Podemos ver uma verdadeira subida no longo prazo.
Não me parece que vá ser assim porque o colapso do dólar iria conduzir irremediavelmente ao seu abandono como moeda de referência pois os principais países exportadores não iriam achar piada nenhuma a esse processo. Nesse caso, teriamos um cenário de hiperinflação nos states mas não necessariamente noutros países.
Por isso, os states vão acabar por tomar medidas e alterar agumas politicas para evitar que as coisas cheguem a esse ponto. A queda do dólar americano vai acabar por ser sustida em algum ponto que até pode estar próximo já que a moeda caminha rapidamente para mínimos históricos.
Era o que faltava, ver os americanos a trocarem os carros por bicicletas e os chinocas o contrário.
AA
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Fogueiro Escreveu:Em relação à desvalorização do USD, para além das razões debatidas noutros Tópicos, há quem diga que está a haver um carry trade, numa estratégia complexa, que envolve contrair empréstimos em USD (o que equivale a shortá-lo) para comprar outras coisas, como, p. ex., commodities e outros activos.
Um valioso insight!
Isso foi o que fez o George Soros em 1992 com a Libra britânica e a levou a uma desvalorização brutal (e o Soros a ganhar 1 bilião num dia...)
A ser assim é de esperar um colapso do dollar...
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Niccolò Machiavelli
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Fogueiro Escreveu:Comentário Semanal
Em relação à desvalorização do USD, para além das razões debatidas noutros Tópicos, há quem diga que está a haver um carry trade, numa estratégia complexa, que envolve contrair empréstimos em USD (o que equivale a shortá-lo) para comprar outras coisas, como, p. ex., commodities e outros activos.
Interessante nunca tinha pensado nessa perspectiva...
Bom cruzeiro!
Não faz mal!...
Comentário Semanal
As obrigações a subirem, os juros a cair, o ouro a subir e o USD a cair… uma combinação de tendências pouco provável… mas, muitas coisas pouco prováveis estão a acontecer!
Em relação à desvalorização do USD, para além das razões debatidas noutros Tópicos, há quem diga que está a haver um carry trade, numa estratégia complexa, que envolve contrair empréstimos em USD (o que equivale a shortá-lo) para comprar outras coisas, como, p. ex., commodities e outros activos.
Quanto à recuperação do Mercado, as opiniões dividem-se entre o fundo em V ou em W.
O anterior Mr Fed veio apontar para o W, mas, ontem, Geithner, perante o Congresso, disse:
Esta frase que sublinhei assume grande importância vinda do Ministro das Finanças da 1ª Economia do Mundo.
Na próxima semana farei um Cruzeiro – sem Net nem Telemóvel, salvo nos Portos… – pelo que não haverá actualização nem comentário semanal. É a principal razão porque tenho feito tão poucos movimentos ultimamente.
As obrigações a subirem, os juros a cair, o ouro a subir e o USD a cair… uma combinação de tendências pouco provável… mas, muitas coisas pouco prováveis estão a acontecer!
Em relação à desvalorização do USD, para além das razões debatidas noutros Tópicos, há quem diga que está a haver um carry trade, numa estratégia complexa, que envolve contrair empréstimos em USD (o que equivale a shortá-lo) para comprar outras coisas, como, p. ex., commodities e outros activos.
Quanto à recuperação do Mercado, as opiniões dividem-se entre o fundo em V ou em W.
O anterior Mr Fed veio apontar para o W, mas, ontem, Geithner, perante o Congresso, disse:
"Policymakers are in a position to evolve their strategy with the goal of repairing and rebuilding the economy's foundation for future growth."
…
It is unlikely more bank bailout money will be needed, so its contingency provision can be removed from the budget.”
Esta frase que sublinhei assume grande importância vinda do Ministro das Finanças da 1ª Economia do Mundo.
Na próxima semana farei um Cruzeiro – sem Net nem Telemóvel, salvo nos Portos… – pelo que não haverá actualização nem comentário semanal. É a principal razão porque tenho feito tão poucos movimentos ultimamente.
Comentário Semanal
Não vejo razão para alterar os comentários das últimas semanas.
Vou pois resumir, para evitar ser repetitivo.
Se isto é um fundo em “W”, então a Toolbox continua a dizer-nos que a 2ª perna (ascendente desde Março) persiste, não sabemos até quando.
As notícias macroeconómicas positivas desta semana ajudaram a prolongar as coisas.
Mais uma vez lembro que os activos tóxicos continuam algures… e tóxicos, que eu saiba. Por isso parece-me mais provável um “W” do que um “V”.
Mas com tanta intervenção governamental na Economia (dita) de Mercado, não arrisco dizer mais…
Não vejo razão para alterar os comentários das últimas semanas.
Vou pois resumir, para evitar ser repetitivo.
Se isto é um fundo em “W”, então a Toolbox continua a dizer-nos que a 2ª perna (ascendente desde Março) persiste, não sabemos até quando.
As notícias macroeconómicas positivas desta semana ajudaram a prolongar as coisas.
Mais uma vez lembro que os activos tóxicos continuam algures… e tóxicos, que eu saiba. Por isso parece-me mais provável um “W” do que um “V”.
Mas com tanta intervenção governamental na Economia (dita) de Mercado, não arrisco dizer mais…
Comentário Semanal
Com a época dos resultados (do 2º trimestre) a terminar, o Mercado reage a outras coisas, como hoje aos comentários de Bernanke que disse que a economia está “em vias de recuperar” ler aqui: http://www.zacks.com/stock/news/23879/B ... ckson+Hole
…e, assim, fechou bem positivo.
Também houve uma ajudinha do lado das vendas de casas:
http://www.zacks.com/stock/news/23862/U ... Sales+Jump
De resto não só os Indicadores da Toolbox apontam para cima como a desproporção entre os muitos máximos de 52 semanas do NYSE e os mínimos, continua enorme: hoje, mais um dia – 86 máximos, 1 mínimo…
Por outro lado, a “muralha do medo”, tão necessária nos Bull Markets, também se sente em muitos comentários e no VIX que se mantém nos 25…
Sem dúvida um Mercado diferente àquele a que estávamos habituados. Agora muito menos alavancado, por isso os ditos baixos volumes de que falam os Bears podem corresponder a uma nova escala neste conceito.
Aguardemos para confirmar…
Com a época dos resultados (do 2º trimestre) a terminar, o Mercado reage a outras coisas, como hoje aos comentários de Bernanke que disse que a economia está “em vias de recuperar” ler aqui: http://www.zacks.com/stock/news/23879/B ... ckson+Hole
…e, assim, fechou bem positivo.
Também houve uma ajudinha do lado das vendas de casas:
http://www.zacks.com/stock/news/23862/U ... Sales+Jump
De resto não só os Indicadores da Toolbox apontam para cima como a desproporção entre os muitos máximos de 52 semanas do NYSE e os mínimos, continua enorme: hoje, mais um dia – 86 máximos, 1 mínimo…
Por outro lado, a “muralha do medo”, tão necessária nos Bull Markets, também se sente em muitos comentários e no VIX que se mantém nos 25…
Sem dúvida um Mercado diferente àquele a que estávamos habituados. Agora muito menos alavancado, por isso os ditos baixos volumes de que falam os Bears podem corresponder a uma nova escala neste conceito.
Aguardemos para confirmar…
Boas Fogueiro,
Considero a tua coluna bastante "boa", e preso em saber que passados estes 2 anos ainda temos este tópico por cá.
Embora esteja, em posições abertas, 100% longo de momento, obviamente continuam a haver muitos sinais de inquietação...
O último com que me deparei (do fim desta semana), foi a capacidade instalada utilizada nos 65%-68% (em termos industriais nos EUA).
Como tu referes (ou pelo menos pareceu-me teres aflorado), ou a capacidade exportadora dos EUA aumenta (que não só serviços, mas sim bens industriais), ou não estou a ver como é que essa capacidade utlizada vai aumentar, e como o poderoso multiplo das compras de equipamentos/maquinaria se irá desenrolar para o resto da economia...
Não tenho estudos para o suportar, mas (sendo da área), assim a olhómetro, quer-me parecer que uma taxa de utilização dessas é sinónimo de deflação (ou perto disso) enquanto durar...
Mas enfim, o mercado manda, e como já referi, 100% longo nas posições abertas (embora a aumentar no CASH).
Para ter mais confiança (no mercado, e não na economia), e pensar que entrámos em velocidade de cruzeiro desta subida para 3 a 5 anos, terei de ver rotação por sectores, que ainda não ví.
Esta subida foi muito suportada pelas financeiras e tecnológicas.
Faltam a rotação para Consumer e Utilities...
E a súbida das taxas (embora nos EUA alguam coisa já tenha começado a subir nas duas últimas semanas).
Considero a tua coluna bastante "boa", e preso em saber que passados estes 2 anos ainda temos este tópico por cá.
Embora esteja, em posições abertas, 100% longo de momento, obviamente continuam a haver muitos sinais de inquietação...
O último com que me deparei (do fim desta semana), foi a capacidade instalada utilizada nos 65%-68% (em termos industriais nos EUA).
Como tu referes (ou pelo menos pareceu-me teres aflorado), ou a capacidade exportadora dos EUA aumenta (que não só serviços, mas sim bens industriais), ou não estou a ver como é que essa capacidade utlizada vai aumentar, e como o poderoso multiplo das compras de equipamentos/maquinaria se irá desenrolar para o resto da economia...
Não tenho estudos para o suportar, mas (sendo da área), assim a olhómetro, quer-me parecer que uma taxa de utilização dessas é sinónimo de deflação (ou perto disso) enquanto durar...
Mas enfim, o mercado manda, e como já referi, 100% longo nas posições abertas (embora a aumentar no CASH).
Para ter mais confiança (no mercado, e não na economia), e pensar que entrámos em velocidade de cruzeiro desta subida para 3 a 5 anos, terei de ver rotação por sectores, que ainda não ví.
Esta subida foi muito suportada pelas financeiras e tecnológicas.
Faltam a rotação para Consumer e Utilities...
E a súbida das taxas (embora nos EUA alguam coisa já tenha começado a subir nas duas últimas semanas).
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Comentário Semanal
Ao contrário do habitual, o Mercado americano começou por ser positivamente influenciado pelas notícias vindas da Europa (crescimento do PIB na Alemanha e França) mas na 6ª feira a diminuição das vendas a retalho nos EEUU e o sentimento do consumidor, inverteram o clima de optimismo.
Todavia andámos todos a dizer que os excessos de consumo, alavancadissimos pelas 2ªa e 3ªs hipotecas das casas e pelo facilitismo na concessão de crédito barato nomeadamente via cartões de crédito, foram os grandes responsáveis pela crise financeira que depois virou recessão.
Agora, que alguma contenção aparece, e não será apenas devido à subida do desemprego, pois há muitos a poupar que não correm esse risco – acho que devia haver um pouco de regozijo pelo regresso de algum bom senso.
Claro que, para quem trabalha no retalho não é agradável, mas talvez devesse pensar em reconverter a sua actividade para outra que traga mais valor acrescentado.
A propósito: a produtividade americana aumentou 6,4% graças aos despedimentos e layoffs.
Uma coisa e outra facilitarão uma recuperação sustentada no futuro, mas é compreensível que a queda nas vendas a retalho (e no Reuters/University of Michigan index of consumer sentiment) tenha provocado esta reacção imediata de saída do petróleo e outras commodities e refúgio nos BTs, travando a queda do USD – dado que o consumo representa cerca de 70% do PIB americano.
Por enquanto, pois parece-me que seria saudável (e talvez mesmo necessário) que esta percentagem diminuísse. Mas isto daria pano para mangas, não cabendo neste pequeno comentário…
Ao contrário do habitual, o Mercado americano começou por ser positivamente influenciado pelas notícias vindas da Europa (crescimento do PIB na Alemanha e França) mas na 6ª feira a diminuição das vendas a retalho nos EEUU e o sentimento do consumidor, inverteram o clima de optimismo.
Todavia andámos todos a dizer que os excessos de consumo, alavancadissimos pelas 2ªa e 3ªs hipotecas das casas e pelo facilitismo na concessão de crédito barato nomeadamente via cartões de crédito, foram os grandes responsáveis pela crise financeira que depois virou recessão.
Agora, que alguma contenção aparece, e não será apenas devido à subida do desemprego, pois há muitos a poupar que não correm esse risco – acho que devia haver um pouco de regozijo pelo regresso de algum bom senso.
Claro que, para quem trabalha no retalho não é agradável, mas talvez devesse pensar em reconverter a sua actividade para outra que traga mais valor acrescentado.
A propósito: a produtividade americana aumentou 6,4% graças aos despedimentos e layoffs.
Uma coisa e outra facilitarão uma recuperação sustentada no futuro, mas é compreensível que a queda nas vendas a retalho (e no Reuters/University of Michigan index of consumer sentiment) tenha provocado esta reacção imediata de saída do petróleo e outras commodities e refúgio nos BTs, travando a queda do USD – dado que o consumo representa cerca de 70% do PIB americano.
Por enquanto, pois parece-me que seria saudável (e talvez mesmo necessário) que esta percentagem diminuísse. Mas isto daria pano para mangas, não cabendo neste pequeno comentário…
Tojo Escreveu:"O NYLOW tem tido leituras inferiores a 10 (hoje zero!) enquanto o NYHGH acima de 100 nos últimos dias"
Fogueiro, isso quer dizer exactamente o quê? Que podemos assistir à cont das subidas?
Obrigado
Sim, se bem que esta semana os NYHGH fizeram abaixo de 80, 6ª feira 38.
Mesmo assim muito acima dos NYLOW que oscilaram entre 1 e 3.
Bela relembrança fogueiro, mas antes de outubro também estou curioso para ver o "efeito psicológico de setembro", já que no ano passado foi o que foi...
Já que falas desses triliões e de tudo que teimosamente está abafado, escondido e até manipulado, tal como quele banco que pôde até não contabilizar o mês de dezembro passado, tudo isso também ajuda a explicar estes volumes, toda a desconfiança que ainda perdura, a confiança é tremendamente dificil de recuperar.
E sinceramente, eu até sou mais um daqueles que quanto mais isto sobe nestas condições mais bear fico, o S&P dos 600 e picos até aos 1000 e picos sem "nada de novo" é obra.
É curioso ver que Obama já "festeja" a recuperação e até fala que ele próprio salvou a economia do abismo,
se assim for e se este raly continuar sinalizando o novo bull aí sim, a equipa de obama terá feito um dos maiores feitos da história...Na minha terra costuma-se atirar os foguetes no fim da festa, mas isto sou eu que vivo na aldeia...
Já que falas desses triliões e de tudo que teimosamente está abafado, escondido e até manipulado, tal como quele banco que pôde até não contabilizar o mês de dezembro passado, tudo isso também ajuda a explicar estes volumes, toda a desconfiança que ainda perdura, a confiança é tremendamente dificil de recuperar.
E sinceramente, eu até sou mais um daqueles que quanto mais isto sobe nestas condições mais bear fico, o S&P dos 600 e picos até aos 1000 e picos sem "nada de novo" é obra.
É curioso ver que Obama já "festeja" a recuperação e até fala que ele próprio salvou a economia do abismo,
se assim for e se este raly continuar sinalizando o novo bull aí sim, a equipa de obama terá feito um dos maiores feitos da história...Na minha terra costuma-se atirar os foguetes no fim da festa, mas isto sou eu que vivo na aldeia...
Na bolsa como na vida, tudo é possível...
Comentário Semanal
Um rally destes com volumes tão baixos, o VIX em níveis de conforto enquanto os analistas não parecem nada certos de coisa alguma, uma figura importante da AT (o H&S) desmentida violentamente, etc. etc.
O que fazer?
O NYLOW tem tido leituras inferiores a 10 (hoje zero!) enquanto o NYHGH acima de 100 nos últimos dias.
Estes “internos” do Mercado, associados aos restantes Indicadores da Toolbox, dizem que as correcções são para comprar – por enquanto…
O Rally começou com as Financeiras e provavelmente acabará com elas. Por isso é um Sector a acompanhar. Aqueles célebres Fundos Público-Privados (em que a gestão era destes embora a maior parte do dinheiro fosse daqueles) para ficar com os activos tóxicos via leilões – qué deles?
Ou não estou a ler o que devia, ou foram esquecidos, o que significa que aqueles activos tóxicos continuam onde estavam: nos Bancos, mas fora dos balanços, como a actual contabilidade adaptada para o efeito, permite. Mas o que está previsto é que essas facilidades acabem no fim deste ano.
Haverá novo golpe de rins? Estou em crer que entre Outubro próximo e Janeiro de 2010 o Mercado ficará seriamente preocupado com esses triliões do buraco negro. A queda das Financeiras seria, então, o sinal para uma nova tendência descendente.
Mas são só conjecturas.
A minha maior preocupação é preservar o capital para o que vier aí…
Um rally destes com volumes tão baixos, o VIX em níveis de conforto enquanto os analistas não parecem nada certos de coisa alguma, uma figura importante da AT (o H&S) desmentida violentamente, etc. etc.
O que fazer?
O NYLOW tem tido leituras inferiores a 10 (hoje zero!) enquanto o NYHGH acima de 100 nos últimos dias.
Estes “internos” do Mercado, associados aos restantes Indicadores da Toolbox, dizem que as correcções são para comprar – por enquanto…
O Rally começou com as Financeiras e provavelmente acabará com elas. Por isso é um Sector a acompanhar. Aqueles célebres Fundos Público-Privados (em que a gestão era destes embora a maior parte do dinheiro fosse daqueles) para ficar com os activos tóxicos via leilões – qué deles?
Ou não estou a ler o que devia, ou foram esquecidos, o que significa que aqueles activos tóxicos continuam onde estavam: nos Bancos, mas fora dos balanços, como a actual contabilidade adaptada para o efeito, permite. Mas o que está previsto é que essas facilidades acabem no fim deste ano.
Haverá novo golpe de rins? Estou em crer que entre Outubro próximo e Janeiro de 2010 o Mercado ficará seriamente preocupado com esses triliões do buraco negro. A queda das Financeiras seria, então, o sinal para uma nova tendência descendente.
Mas são só conjecturas.
A minha maior preocupação é preservar o capital para o que vier aí…
Comentário Semanal
Do lado da Toolbox, nada de novo. Como avisei na semana passada, reforcei as posições longas.
Começa-se a falar mais de como será 2010.
Os números falados (mais do lado bull…) são $75 para o S&P500 (actualmente a previsão média para 2009 anda pelos $60). Embora os $75 me pareçam exagerados (e já estão agora preçados: a um generoso PER de 13 teríamos 975), se o Mercado acreditar neles poderá continuar a subir, e só rever essa estimativa lá para Outubro/Novembro quando aparecerem as previsões para o 4º trimestre e outras mais próximas da realidade para 2010.
Por isso parece-me ser de aproveitar o lado longo, nesta fase.
Mas, a um prazo maior, não creio sustentáveis os múltiplos que levariam a uma muito maior valorização do Mercado. Os bons resultados foram sobretudo baseados em cortes de custos e recomposição de inventários. Faltou o regresso em força do consumidor final.
Parece-me, pois, que o cenário mais provável seja fundo em “W”.
Mas, pelo acima referido (sem nunca esquecer o efeito Obama) pode demorar bastante tempo (1 ou 2 trimestres?) até a inversão para baixo se concretizar.
Do lado da Toolbox, nada de novo. Como avisei na semana passada, reforcei as posições longas.
Começa-se a falar mais de como será 2010.
Os números falados (mais do lado bull…) são $75 para o S&P500 (actualmente a previsão média para 2009 anda pelos $60). Embora os $75 me pareçam exagerados (e já estão agora preçados: a um generoso PER de 13 teríamos 975), se o Mercado acreditar neles poderá continuar a subir, e só rever essa estimativa lá para Outubro/Novembro quando aparecerem as previsões para o 4º trimestre e outras mais próximas da realidade para 2010.
Por isso parece-me ser de aproveitar o lado longo, nesta fase.
Mas, a um prazo maior, não creio sustentáveis os múltiplos que levariam a uma muito maior valorização do Mercado. Os bons resultados foram sobretudo baseados em cortes de custos e recomposição de inventários. Faltou o regresso em força do consumidor final.
Parece-me, pois, que o cenário mais provável seja fundo em “W”.
Mas, pelo acima referido (sem nunca esquecer o efeito Obama) pode demorar bastante tempo (1 ou 2 trimestres?) até a inversão para baixo se concretizar.
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