Novo artigo: Os três argumentos dos ursos
Caro visitante (porque não se regista de forma a ser mais fácil e personalizado o diálogo?),
De facto, o nosso mercado começou há dois dias a fazer a tal retracção. Tal como disse no artigo, este movimento é importante para que o nosso mercado alivie do seu estado de "sobrecompra" e ganhe forças para voltar às subidas e tentar chegar ao seu alvo nos 7200 pontos.
Até onde pode durar esta correcção? Não sei... Mas acredito que o nosso mercado ainda precisa que esta correcção se prolongue mais um bocadinho no tempo, antes de ficar em condições óptimas de voltar às subidas.
Um abraço,
Ulisses
De facto, o nosso mercado começou há dois dias a fazer a tal retracção. Tal como disse no artigo, este movimento é importante para que o nosso mercado alivie do seu estado de "sobrecompra" e ganhe forças para voltar às subidas e tentar chegar ao seu alvo nos 7200 pontos.
Até onde pode durar esta correcção? Não sei... Mas acredito que o nosso mercado ainda precisa que esta correcção se prolongue mais um bocadinho no tempo, antes de ficar em condições óptimas de voltar às subidas.
Um abraço,
Ulisses
Parece que vamos ter o primeiro dia de consolidação/retracção no PSI. Reafirmo que seria positivo para o nosso mercado entrarmos neste ritmo durante uns dias, de forma a aliviarmos o estado de "sobrecompra" de ficarmos em melhores condições técnicas para rumarmos ao alvo dos 7200 pontos.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
ok ulisses...
...entendi mal.
obrigado pela explicação com a qual concordo!
abraço
obrigado pela explicação com a qual concordo!
abraço
scuba
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Antunes...
Como eu sempre digo, de cada vez que esta questão é levantada, a manipulação é a natureza dos mercados de capitais.
Se num qq concurso de TV me dissessem «manipulação» e me pedissem um sinónimo o que me ocorrería de imediato sería: «mercados de capitais»!
A manipulação existe nos mercados de capitais desde que estes existem, está lá em praticamente tudo o que é movimento... para cima, para baixo, para o lado...

Como eu sempre digo, de cada vez que esta questão é levantada, a manipulação é a natureza dos mercados de capitais.
Se num qq concurso de TV me dissessem «manipulação» e me pedissem um sinónimo o que me ocorrería de imediato sería: «mercados de capitais»!

A manipulação existe nos mercados de capitais desde que estes existem, está lá em praticamente tudo o que é movimento... para cima, para baixo, para o lado...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: euforia
cmafonso Escreveu:bulls-56.8% bears-21.6% numeros do investors intelligence publicados hoje.
Ainda não percebi porque se dá tanta importancia a haver 56,8% de Bulls. Nessa sondagem eu fico admirado é por ainda haver 21,6% de Bears...
Mas adiante.
Suponhamos que determinado mercado está com uma linha de tendência ascendente. O que faz um investidor normal? Coloca-se do lado da tendência, compra qualquer coisa e passados uns dias (meses ou anos se a tendência se mantiver) vende realizando mais-valias. Ganhou dinheiro e é isso que interessa. Estar do lado contrário é que não compensa...
Mas vamos agora ao "sentimento".
Suponhamos o mesmo mercado e a mesma tendência. Ele comprou porque estava Bull mas quando vende isso não significa que tenha deixado de estar Bull. Pode apenas pretender mudar de cavalo ou pode ter pensado que ia haver uma pequena correcção. E até pode voltar a comprar o mesmo título mais caro.
Isto apenas para lembrar que um Bull pode estar a comprar e que um Bull pode estar a vender.
Generalizando, nós até podemos ter um mercado com 100% de Bulls que não será por aí que acaba a subida.
Simplificando podemos admitir que no início de um Bull Market os Touros compram aos Ursos, que no meio de um Bull Market os Touros transaccionam entre si e que no final do ciclo serão os novos Ursos que compram aos ainda Touros.
Simples.
Mas o Mercado não se reduz aos que contribuem para a sondagem...
Há ainda o Big money que nem sequer responde aos inquéritos e há a multidão a quem nunca perguntam nada e não é inquirida.
Quando a multidão entra no mercado é que acaba o Bull...
Não confundamos a "multidão" com os 56% de inquiridos Bull.
JAS
olha Ulisses aqui está a tua...
...recuperação anunciada pelo mercado financeiro. era bom era, que bastasse insuflar o mercado para resolver os problemas estruturais da macroeonomia.
Não concordo com esse argumento. Acho que o mercado tem uma relação de vai e vem com os fundamentais macro, influencia bastante, mas não faz magia.
abraço
Não concordo com esse argumento. Acho que o mercado tem uma relação de vai e vem com os fundamentais macro, influencia bastante, mas não faz magia.
abraço
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scuba
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MarcoAntonio Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:
Cmafonso, cada vez mais esses números me dizem menos. São números provenientes de analistas que não reflectem a opinião do público, sobretudo agora que cada vez menos pessoas acreditam e confiam nos analistas. Tu não achas que 57% das pessoas estivessem "bullishs" que as salas de mercado estavam repletas de pessoas? Que os jornais falavam de Bolsa pois eles escrevem o que vendem? Há muitos "indicadores" para medir o sentimento e, se queres que te diga, o "Investors Intelligence" cada vez tem menos importância para mim. Aliás, se era um bom indicador contrário, no último ano quem se tem guiado por ele tem estado do lado errado do mercado.
Concordo com tudo isto que o Ulisses disse. Quería apenas sublinhar a passagem final pois essa é uma das características base dos indicadores contrários, o que por vezes é esquecido...
No último ano, o «investors intelligence» (e não só) tem falhado claramente como indicador contrário. O que não é tão invulgar quanto isso mas que, de qq das formas, retira-lhe alguma validade/utilidade no dia a dia e no <i>trading</i> de curto-prazo. Os indicadores contrários são indicadores que regra geral funcionam apenas em «momentos chave» muito embora o aspecto gráfico seja, por vezes, bastante apelativo, parecendo que o indicador «adivinha» as inversões. Bem, mas a realidade não é bem essa nem os indicadores costumam funcionar de forma tão clara quanto parece no gráfico ao olhar para o passado...
Por vezes, pequenas variações no indicador correspondem a grandes variações no mercado. Exemplificando, o indicador encontra-se por hipotese nos 48pts e normalmente inverte por volta dos 50pts (valores para exemplo apenas). O que não quer dizer que o mercado suba uns 50% desde que o indicador atinge os 48pts para chegar aos 50pts... Ou que «desta vez» o indicador vá inverter um pouco acima.
A verdade é que o mercado pode subir (em especial subir, pois do lado inverso e como já defendi no passado, o timing tende a ser mais preciso nestes indicadores) durante longos períodos com um optimismo contido (ou mesmo uma euforia contida). O indicador contrário há-de dar sinal, num momento no futuro (exemplo, daqui a 2 meses). Dentro de um ano olharemos para o gráfico e a impressão que teremos é que o indicador acertou em cheio...
Mas trata-se, grande parte das vezes, de uma ilusão: no momento em que as coisas se desenrolaram, o sinal não foi nada evidente e até terá enganado bastantes investidores.
Eu já desenvolvi este tema há largos meses atrás (estava o mercado bem abaixo) quando defendia que estes indicadores têm uma enorme tendência para levar os investidores (que os seguem) a anteciparem-se ao topo. Em grande medida, devido a esta característica que é genérica nos indicadores contrários, que é a de estarem errados a maior parte do tempo e acertarem apenas num momento chave, o que no Futuro, olhando para o gráfico, aparecerá como evento evidente e isolado...
MarcoAntonio,
A verdade é que qualquer mercado pode ser manipulado e aí não há indicador que resista pelo menos no médio prazo. Já no longo prazo a história será completamente diferente... Como diria um reputado político Americano: "Podes enganar alguns por algum tempo mas não podes enganar todos por muito tempo..."
Cmafonso,
Sem dúvida e a nossa memória ainda está bem fresca do pico do último "bull market", momento de irracionalidade extrema.
As subidas já são muito elevadas? Não creio. Vamos tomar como exemplo o Nasdaq.
O Nasdaq, num ano, subiu dos 1100 pontos para cerca de 2000. É muito, sem dúvida. Mas se repararmos bem, subiu desde os 1400 aos 5000 pontos no último "bull market"... E nos primeiros 10 meses subiu dos 1400 aos 2800, ou seja, dobrando o seu valor. Passado uns meses, verificou-se que afinal essas fortes subidas eram o início de algo maior...
Tentando não fugir à tua questão... Se isto for mesmo o início de um "bull market", os índices podem voar bem mais alto. Custa a crer, não é?
Vamos vendo... Eu estou do lado dos touros, mas sempre com os suportes de referência debaixo de olho, pois se esses níveis forem quebrados, isso coloca em causa tudo aquilo que venho defendendo e tenho que mudar rapidamente de posição. Porque contrariar o mercado é fatal.
Um abraço,
Ulisses
historicamente, as grandes valorizaçoes(irracionalidade) surgem no fim do mesmo
Sem dúvida e a nossa memória ainda está bem fresca do pico do último "bull market", momento de irracionalidade extrema.
As subidas já são muito elevadas? Não creio. Vamos tomar como exemplo o Nasdaq.
O Nasdaq, num ano, subiu dos 1100 pontos para cerca de 2000. É muito, sem dúvida. Mas se repararmos bem, subiu desde os 1400 aos 5000 pontos no último "bull market"... E nos primeiros 10 meses subiu dos 1400 aos 2800, ou seja, dobrando o seu valor. Passado uns meses, verificou-se que afinal essas fortes subidas eram o início de algo maior...
Tentando não fugir à tua questão... Se isto for mesmo o início de um "bull market", os índices podem voar bem mais alto. Custa a crer, não é?

Vamos vendo... Eu estou do lado dos touros, mas sempre com os suportes de referência debaixo de olho, pois se esses níveis forem quebrados, isso coloca em causa tudo aquilo que venho defendendo e tenho que mudar rapidamente de posição. Porque contrariar o mercado é fatal.
Um abraço,
Ulisses
Antes de mais gostaria de dar aos meus parabéns ao Ulisses e demais administradores do Caldeirão. Embora seja investidor de bolsa já com larga experiência, só há pouco comecei a espreitar na net e fiquei muito bem impressionado com este espaço, daí o ter resolvido registar-me.
Quanto à situação actual das bolsas,concordo com o sentimento positivo de médio prazo. As bolsas desceram bastante, com algum pânico pelo meio. E agora com o acalmar, começou-se a verificar que o mundo não estava a acabar e pouco a pouco há uma retoma normal.
Quanto há situação de longo prazo, a análise poderá ser diferente, mas há que esperar para se poder avaliar melhor.
Vejo no entanto que não considera a possibilidade de uma correcção das bolsas, com aceleração ao passar pelos suportes técnicos importantes, para depois voltar a subir para máximos. Correcção que aínda não houve desde que começou a subida.
Saudações
Marques
Quanto à situação actual das bolsas,concordo com o sentimento positivo de médio prazo. As bolsas desceram bastante, com algum pânico pelo meio. E agora com o acalmar, começou-se a verificar que o mundo não estava a acabar e pouco a pouco há uma retoma normal.
Quanto há situação de longo prazo, a análise poderá ser diferente, mas há que esperar para se poder avaliar melhor.
Vejo no entanto que não considera a possibilidade de uma correcção das bolsas, com aceleração ao passar pelos suportes técnicos importantes, para depois voltar a subir para máximos. Correcção que aínda não houve desde que começou a subida.
Saudações
Marques
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ulisses
Eu nao faço a minima ideia se estamos em bull ou em bear market ,espero que estejemos em bear porque consigo negociar melhor desse lado do mercado ,mas ha uma duvida que me "assalta" todos os dias e possivelmente me possas ajudar a intrepretar
Se estamos em bull market e sabendo-se que ,historicamente, as grandes valorizaçoes (irracionalidade) surgem no fim do mesmo ate onde nos pode levar este bull?
Nao cres que estas valorizaçoes tem sido demasiado grandes para se tratar da parte inicial(primeiro ano) de um bull market? agradecido
abraço.


abraço.
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Ulisses Pereira Escreveu:
Cmafonso, cada vez mais esses números me dizem menos. São números provenientes de analistas que não reflectem a opinião do público, sobretudo agora que cada vez menos pessoas acreditam e confiam nos analistas. Tu não achas que 57% das pessoas estivessem "bullishs" que as salas de mercado estavam repletas de pessoas? Que os jornais falavam de Bolsa pois eles escrevem o que vendem? Há muitos "indicadores" para medir o sentimento e, se queres que te diga, o "Investors Intelligence" cada vez tem menos importância para mim. Aliás, se era um bom indicador contrário, no último ano quem se tem guiado por ele tem estado do lado errado do mercado.
Concordo com tudo isto que o Ulisses disse. Quería apenas sublinhar a passagem final pois essa é uma das características base dos indicadores contrários, o que por vezes é esquecido...
No último ano, o «investors intelligence» (e não só) tem falhado claramente como indicador contrário. O que não é tão invulgar quanto isso mas que, de qq das formas, retira-lhe alguma validade/utilidade no dia a dia e no <i>trading</i> de curto-prazo. Os indicadores contrários são indicadores que regra geral funcionam apenas em «momentos chave» muito embora o aspecto gráfico seja, por vezes, bastante apelativo, parecendo que o indicador «adivinha» as inversões. Bem, mas a realidade não é bem essa nem os indicadores costumam funcionar de forma tão clara quanto parece no gráfico ao olhar para o passado...
Por vezes, pequenas variações no indicador correspondem a grandes variações no mercado. Exemplificando, o indicador encontra-se por hipotese nos 48pts e normalmente inverte por volta dos 50pts (valores para exemplo apenas). O que não quer dizer que o mercado suba uns 50% desde que o indicador atinge os 48pts para chegar aos 50pts... Ou que «desta vez» o indicador vá inverter um pouco acima.
A verdade é que o mercado pode subir (em especial subir, pois do lado inverso e como já defendi no passado, o timing tende a ser mais preciso nestes indicadores) durante longos períodos com um optimismo contido (ou mesmo uma euforia contida). O indicador contrário há-de dar sinal, num momento no futuro (exemplo, daqui a 2 meses). Dentro de um ano olharemos para o gráfico e a impressão que teremos é que o indicador acertou em cheio...
Mas trata-se, grande parte das vezes, de uma ilusão: no momento em que as coisas se desenrolaram, o sinal não foi nada evidente e até terá enganado bastantes investidores.
Eu já desenvolvi este tema há largos meses atrás (estava o mercado bem abaixo) quando defendia que estes indicadores têm uma enorme tendência para levar os investidores (que os seguem) a anteciparem-se ao topo. Em grande medida, devido a esta característica que é genérica nos indicadores contrários, que é a de estarem errados a maior parte do tempo e acertarem apenas num momento chave, o que no Futuro, olhando para o gráfico, aparecerá como evento evidente e isolado...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Em jeito de esclarecimento, gostaria de acrescentar apenas mais uma ideia. Eu não digo que o futuro da economia vai ser brilhante. Não digo pois não acredito que consiga prever a evolução macroeconómica dos próximos anos. O que eu digo é que, ao longo da história secular dos mercados, eles têm provado ser um dos melhores indicadores nesse sentido, antecipando os ciclos económicos. Quem não se recorda do mercado começar a cair em 2000 numa altura em que a economia parecia imparável, onde os lucros das empresas batiam todos os recordes e o desemprego era muito reduzido. E, no entanto, o mercado começou a cair...
Ou seja, o que vislumbro já há algum tempo é um conjunto dos sinais do mercado que antecipam as subidas. Serão fiáveis? Eu acrdito que sim, mas se o mercado voltar a desabar como um mercado de cartas não hesitarei em mudar a posição. E isso acontecerá caso o PSI regresse abaixo dos 6200 pontos se o S&P abaixo dos 965.
Um abraço,
Ulisses
Ou seja, o que vislumbro já há algum tempo é um conjunto dos sinais do mercado que antecipam as subidas. Serão fiáveis? Eu acrdito que sim, mas se o mercado voltar a desabar como um mercado de cartas não hesitarei em mudar a posição. E isso acontecerá caso o PSI regresse abaixo dos 6200 pontos se o S&P abaixo dos 965.
Um abraço,
Ulisses
Antunes, essa questão do elevado diferencial entre o crescimento da economia europeia e norte-americana nos últimos meses é bem colocada e também eu já a fiz a mim mesmo várias vezes. É evidente que eu não acredito que a economia norte-americana possa recuperar a este ritmo brutal dos últimos meses. É irreal. Mas ainda assim os Estados Unidos acabam por ter mais facilidade em estabelecer políticas que permitam o estímulo (bem como as retracções) da economia, até porque a FED tem como uma das suas metas o controlo do crescimento económico, algo que o BCE não tem e insiste em dizer que não tem...
Quanto aos volumes, acho que não podemos concluir nada, uma vez que - exceptuando situações de pânico- os volumes no início dos "bull markets" e de mais um "bear market rally" são sempre fracos.
D1as, bela transcrição. QUem sabe? Quem sabe...? Eu não me atrevo a fazer previsões dessa índole, mas esse é um cenário que não excluo mesmo.
Scuba, a economia está em profunda depressão. Elevadas taxas de desemprego, inúmeras falências, tudo aquilo que caracteriza uma economia em profunda depressão está presente. Claro que há pressa no sentido da recuperação, não fossem os políticos eleitos de X em X anos e terem que injectar optimismo nos eleitores para poderem ser reeleitos... Agora, não vislumbro um exemplo nos últimos 10 anos de um momento tão complicado para a economia mundial.
Quanto ao teu artigo, é um cenário possível, claro. Como já disse algumas vezes, não me aventuro pelos caminhos das previsões macroeconómicas.
Cmafonso, cada vez mais esses números me dizem menos. São números provenientes de analistas que não reflectem a opinião do público, sobretudo agora que cada vez menos pessoas acreditam e confiam nos analistas. Tu não achas que 57% das pessoas estivessem "bullishs" que as salas de mercado estavam repletas de pessoas? Que os jornais falavam de Bolsa pois eles escrevem o que vendem? Há muitos "indicadores" para medir o sentimento e, se queres que te diga, o "Investors Intelligence" cada vez tem menos importância para mim. Aliás, se era um bom indicador contrário, no último ano quem se tem guiado por ele tem estado do lado errado do mercado.
Um abraço,
Ulisses
Quanto aos volumes, acho que não podemos concluir nada, uma vez que - exceptuando situações de pânico- os volumes no início dos "bull markets" e de mais um "bear market rally" são sempre fracos.
D1as, bela transcrição. QUem sabe? Quem sabe...? Eu não me atrevo a fazer previsões dessa índole, mas esse é um cenário que não excluo mesmo.
Scuba, a economia está em profunda depressão. Elevadas taxas de desemprego, inúmeras falências, tudo aquilo que caracteriza uma economia em profunda depressão está presente. Claro que há pressa no sentido da recuperação, não fossem os políticos eleitos de X em X anos e terem que injectar optimismo nos eleitores para poderem ser reeleitos... Agora, não vislumbro um exemplo nos últimos 10 anos de um momento tão complicado para a economia mundial.
Quanto ao teu artigo, é um cenário possível, claro. Como já disse algumas vezes, não me aventuro pelos caminhos das previsões macroeconómicas.
Cmafonso, cada vez mais esses números me dizem menos. São números provenientes de analistas que não reflectem a opinião do público, sobretudo agora que cada vez menos pessoas acreditam e confiam nos analistas. Tu não achas que 57% das pessoas estivessem "bullishs" que as salas de mercado estavam repletas de pessoas? Que os jornais falavam de Bolsa pois eles escrevem o que vendem? Há muitos "indicadores" para medir o sentimento e, se queres que te diga, o "Investors Intelligence" cada vez tem menos importância para mim. Aliás, se era um bom indicador contrário, no último ano quem se tem guiado por ele tem estado do lado errado do mercado.
Um abraço,
Ulisses
D1as Escreveu:Que me desculpem os que acham isto conversa de treta e pouco práctica mas aturem-me um pouco!
Aqui fica um excerto do George Soros:
"Então, que é o equilíbrio? Defino-o como o estado em que há correspondência entre as expectativas e os resultados. O equilibrio é inatingívl nos mercados financeiros, mas pode ser possível determinar se uma tendência predominante se dirige para o equilíbrio ou se afasta dele. Se pudermos identificar uma tendência predominante e uma divergência entre as expectativas e os resultados, isso dá-nos a capacidade de prever se uma tendência vai em direcção ao equilíbrio ou se afasta dele. Não é fácil fazê-lo e não o podemos fazer cientificamente, embora eu considere ser útil adaptar a teoria do método científico de Popper. Faço isso, pondo uma hipótese (ou tese, para simplificar) como base das minhas expectativas e testando-a em relação ao curso futuro dos acontecimentos. Nos meus tempos de gestor de capitais, costumava ficar especialmente excitado quando sentia o cheiro de um processo que, inicialmente, se reforçava a si mesmo, mas que acabaria por revelar-se auto-destrutivo. Começava a salivar como o cão de Pavlov. Assim como se diz que os economistas previram dez das últimas três recessões, eu fazia o mesmo com as sequências de expansão/declínio. Enganava-me na maioria das vezes, porque nem todas as situações se prestam à formação de uma tese reflexiva, mas as poucas ocasiões em que tive razão valeram o esforço, porque o potencial de lucro foi muitíssimo maior do que nas situações de quase equilíbrio. Era assim que operava como gestor de capitais, o que exigia imaginação, intuição e uma atitude crítica implacável."
in A Crise do Capitalismo Global.
A pergunta que eu me coloco é: não estaremos num quase equilíbrio neste momento?
Boas D1as!
Devo dizer que estive para comprar esse livro e que, depois de ler este pequeno excerto já estou arrependido de não o ter feito...
"O equilibrio é inatingível nos mercados financeiros, mas pode ser possível determinar se uma tendência predominante se dirige para o equilíbrio ou se afasta dele."
Quanto a mim é para esse equilíbrio que caminhamos actualmente: a tendência dominante já a tratar disso! Mas isso é um processo vagaroso, assim como o foi na altura do afastamento...
"Os "bull markets" iniciam-se com a economia em profunda depressão"
Achas Ulisses que assististe ao que escreveste? será que não se continua a sentir pressa na certeza da recuperação?
O meu comentário ao teu artigo está num artigo que escrevi ontem á noite, e como Bear refiro muita coisa, mas como podes ver os meus argumentos não são os que colaste aos Bears.
gostava mesmo que comentasses esse artigo.
Achas Ulisses que assististe ao que escreveste? será que não se continua a sentir pressa na certeza da recuperação?
O meu comentário ao teu artigo está num artigo que escrevi ontem á noite, e como Bear refiro muita coisa, mas como podes ver os meus argumentos não são os que colaste aos Bears.
gostava mesmo que comentasses esse artigo.
scuba
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Que me desculpem os que acham isto conversa de treta e pouco práctica mas aturem-me um pouco!
Aqui fica um excerto do George Soros:
"Então, que é o equilíbrio? Defino-o como o estado em que há correspondência entre as expectativas e os resultados. O equilibrio é inatingívl nos mercados financeiros, mas pode ser possível determinar se uma tendência predominante se dirige para o equilíbrio ou se afasta dele. Se pudermos identificar uma tendência predominante e uma divergência entre as expectativas e os resultados, isso dá-nos a capacidade de prever se uma tendência vai em direcção ao equilíbrio ou se afasta dele. Não é fácil fazê-lo e não o podemos fazer cientificamente, embora eu considere ser útil adaptar a teoria do método científico de Popper. Faço isso, pondo uma hipótese (ou tese, para simplificar) como base das minhas expectativas e testando-a em relação ao curso futuro dos acontecimentos. Nos meus tempos de gestor de capitais, costumava ficar especialmente excitado quando sentia o cheiro de um processo que, inicialmente, se reforçava a si mesmo, mas que acabaria por revelar-se auto-destrutivo. Começava a salivar como o cão de Pavlov. Assim como se diz que os economistas previram dez das últimas três recessões, eu fazia o mesmo com as sequências de expansão/declínio. Enganava-me na maioria das vezes, porque nem todas as situações se prestam à formação de uma tese reflexiva, mas as poucas ocasiões em que tive razão valeram o esforço, porque o potencial de lucro foi muitíssimo maior do que nas situações de quase equilíbrio. Era assim que operava como gestor de capitais, o que exigia imaginação, intuição e uma atitude crítica implacável."
in A Crise do Capitalismo Global.
A pergunta que eu me coloco é: não estaremos num quase equilíbrio neste momento?

Aqui fica um excerto do George Soros:
"Então, que é o equilíbrio? Defino-o como o estado em que há correspondência entre as expectativas e os resultados. O equilibrio é inatingívl nos mercados financeiros, mas pode ser possível determinar se uma tendência predominante se dirige para o equilíbrio ou se afasta dele. Se pudermos identificar uma tendência predominante e uma divergência entre as expectativas e os resultados, isso dá-nos a capacidade de prever se uma tendência vai em direcção ao equilíbrio ou se afasta dele. Não é fácil fazê-lo e não o podemos fazer cientificamente, embora eu considere ser útil adaptar a teoria do método científico de Popper. Faço isso, pondo uma hipótese (ou tese, para simplificar) como base das minhas expectativas e testando-a em relação ao curso futuro dos acontecimentos. Nos meus tempos de gestor de capitais, costumava ficar especialmente excitado quando sentia o cheiro de um processo que, inicialmente, se reforçava a si mesmo, mas que acabaria por revelar-se auto-destrutivo. Começava a salivar como o cão de Pavlov. Assim como se diz que os economistas previram dez das últimas três recessões, eu fazia o mesmo com as sequências de expansão/declínio. Enganava-me na maioria das vezes, porque nem todas as situações se prestam à formação de uma tese reflexiva, mas as poucas ocasiões em que tive razão valeram o esforço, porque o potencial de lucro foi muitíssimo maior do que nas situações de quase equilíbrio. Era assim que operava como gestor de capitais, o que exigia imaginação, intuição e uma atitude crítica implacável."
in A Crise do Capitalismo Global.
A pergunta que eu me coloco é: não estaremos num quase equilíbrio neste momento?
Caro Visitante...
Anonymous Escreveu:Mesmo o terceiro argumento é relativamente fraco, em termos fundamentais as empresas podem estar sobrevalorizadas, mas todos sabemos que o que faz subir as acções não é o valor fundamental, mas sim a expectativa de resultados futuros... todos sabemos também, que os mercados tendem a excessos quer seja do lado da queda quer seja do lado da subida. Só precisamos de confiança, o resto o mercado faz e o excesso das subidas ainda vem longe.
...só lhe quero dizer uma coisa: os excessos nas subidas aconteceu voçê já viu recentemente mas esse excesso nas descidas, se calhar, nunca viu mas ainda poderá ver...

Caro Ulisses...
...a esta "discussão" eu não poderia faltar, né?
Olha, eu tenho muitos argumentos do ponto de vista fundamental e técnico mas só vou aqui mencionar um de cada:
- O fundamental: não achas que há algo que não bate certo nesta "recuperação económica"? Os EUA a terem trimestre a 8% e nós na Europa abaixo de 1% e já lá vão mais de 6 meses...
- O técnico: o teu gráfico de longo prazo do PSI com os respectivos volumes diz tudo sobre a sustentação destas subidas...

Olha, eu tenho muitos argumentos do ponto de vista fundamental e técnico mas só vou aqui mencionar um de cada:
- O fundamental: não achas que há algo que não bate certo nesta "recuperação económica"? Os EUA a terem trimestre a 8% e nós na Europa abaixo de 1% e já lá vão mais de 6 meses...

- O técnico: o teu gráfico de longo prazo do PSI com os respectivos volumes diz tudo sobre a sustentação destas subidas...
Jaor,
É evidente que a economia mundial não está bem. Estaria demente se o dissesse. Mas o que importa reter é que nenhum "bull market" se inicia com as economias em bom estado. Os "bull markets" iniciam-se com a economia em profunda depressão, com falências, desemprego e baixa crença no futuro. Os primeiros tempos de um "bull market" não são tempos fáceis para as economias que lutam para não se afundarem.
É nisto que nos devemos centrar. Terá a economia condições para recuperar? É que, actualmente, já sabemos que as coisas estão muito complicadas, mas o caminho das condições macroeconómicas será para ainda se degradarem mais ou recuperarem? QUem tiver a certeza destas respostas diga-me.
Jas,
Percebi a tua interpretação e concordo a 100% com o teu raciocínio.
Um abraço a ambos,
Ulisses
É evidente que a economia mundial não está bem. Estaria demente se o dissesse. Mas o que importa reter é que nenhum "bull market" se inicia com as economias em bom estado. Os "bull markets" iniciam-se com a economia em profunda depressão, com falências, desemprego e baixa crença no futuro. Os primeiros tempos de um "bull market" não são tempos fáceis para as economias que lutam para não se afundarem.
É nisto que nos devemos centrar. Terá a economia condições para recuperar? É que, actualmente, já sabemos que as coisas estão muito complicadas, mas o caminho das condições macroeconómicas será para ainda se degradarem mais ou recuperarem? QUem tiver a certeza destas respostas diga-me.

Jas,
Percebi a tua interpretação e concordo a 100% com o teu raciocínio.
Um abraço a ambos,
Ulisses
re
Percebi bem o que querias dizer mas eu estava a falar do argumento dos Bears...
Eu fiz o raciocínio "Múltiplos altos por lucros baixos".
Mas achei isso muito normal para o fim de um Bear/princípio de um Bull.
A minha dúvida era se no início dos outros Bull Markets não tinha sido também assim.
E foi por isso que achei que o argumento só podia ser utilizado porque desta vez os múltiplos eram tão altos que historicamente seriam próprios AINDA de um Bear Market.
Sendo assim parece-me que o problema dos múltiplos não está nos lucros mas sim nas cotações.
As cotações é que não baixaram tanto quanto esperavam os Bears porque o Bear Market foi mais curto do que o previsto e não deu tempo para isso.
E os múltiplos ficaram demasiado altos...
Está claro que agora, se estamos em Bull Market e as cotações sobem, só se compõem os múltiplos com a subida dos lucros...
Acho que esta é mesmo a única regra que não se verificou neste Bull Market que, quanto a mim, começou mesmo.
JAS
Eu fiz o raciocínio "Múltiplos altos por lucros baixos".
Mas achei isso muito normal para o fim de um Bear/princípio de um Bull.
A minha dúvida era se no início dos outros Bull Markets não tinha sido também assim.
E foi por isso que achei que o argumento só podia ser utilizado porque desta vez os múltiplos eram tão altos que historicamente seriam próprios AINDA de um Bear Market.
Sendo assim parece-me que o problema dos múltiplos não está nos lucros mas sim nas cotações.
As cotações é que não baixaram tanto quanto esperavam os Bears porque o Bear Market foi mais curto do que o previsto e não deu tempo para isso.
E os múltiplos ficaram demasiado altos...
Está claro que agora, se estamos em Bull Market e as cotações sobem, só se compõem os múltiplos com a subida dos lucros...
Acho que esta é mesmo a única regra que não se verificou neste Bull Market que, quanto a mim, começou mesmo.
JAS
Caro Ulisses...relativamente ao conteúdo do texto em si..nada a debitar...mas fica uma dúvida...como é possível uma economia europeia,onde a França e Alemanha,não cumprem com os défices..o USD/EUR a desvalorizar...que raio de economia temos...andamos enganados??as empresas estão melhor(muito)do que se diz?? a economia USA anda alimentada a "pilhas"??
Muito honestamente...não entendo...até parece que temos petróleo
Se o problema da desvalorização do USD é o défice...e o nosso(europeu),não temos???hiiii e se temos..ou não??
Agradecia um teu comentário.
Desde já grato.
Cmpts
Muito honestamente...não entendo...até parece que temos petróleo

Se o problema da desvalorização do USD é o défice...e o nosso(europeu),não temos???hiiii e se temos..ou não??
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grão a grão enche a galinha o papo
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
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