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Caldeirão da Bolsa

E se nos enriquecessem a todos?...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

E se nos enriquecessem a todos?...

por R_Martins » 20/11/2003 16:03

Os benefícios da crise

Opinião de José Gomes Ferreira



SIC
Pode uma forte crise económica como a que estamos a viver aproveitar a alguém?
Pode. Todo o país pode beneficiar da alteração do modelo económico em que vivemos alegre e inconscientemente durante anos a fio.



José Gomes Ferreira
Sub-Director de Informação SIC



2003-11-19 11:34

É o que está a acontecer e vem explicado, preto no branco, no último boletim económico do Banco de Portugal.
O documento diz que "o comportamento da procura interna está a ser acompanhado por uma redução das importações, a qual, associada a uma sustentação do crescimento real das exportações, permite que o contributo das exportações líquidas para o crescimento do PIB aumente, em 2003, para um valor de quase 2 pontos percentuais".

O excessivo aumento do endividamento dos particulares e das empresas na segunda metade da década de 90 criou uma situação insustentável para o país.

Depois do máximo atingido em 1999 (Sousa Franco ainda era Ministro das Finanças), começou a verificar-se uma redução das necessidades de financiamento face ao exterior.

O ajustamento foi tão forte que "o valor projectado para o défice conjunto das balanças corrente e de capital em 2003", de 2,75 por cento do PIB, "compara com 5,6 por cento em 2002 e 8,9 por cento em 2000"!

É verdade que este ajustamento foi feito à custa do sector privado e que as necessidades líquidas de financiamento do Estado não diminuiram, bem pelo contrário.

Mas neste momento, os gastos do Estado estão controlados, a variação prevista é nula entre 2002 e 2003.(O problema está na receita, que apresenta um rombo superior a 3 mil milhões de euros.)

Não devemos minimizar o impacto de uma queda superior a um por cento na criação de riqueza durante este ano.
É dever do Estado e de toda a sociedade civil ajudar as famílias que enfrentam o drama do desemprego.
Mas nesta conjuntura muito difícil há tendências positivas para a economia nacional: a taxa de poupança está a subir, tal como as exportações. O excesso de compras ao estrangeiro está a ser moderado. Estamos a aprender a viver de acordo com as nossas possibilidades. Finalmente.
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
 
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