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Caldeirão da Bolsa

Ao Jas

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Aqui vai JAS

por soeirinho » 21/10/2003 11:01

21-10-2003 - 10:16
Operação deverá ficar concluída até ao final do ano
BCP pode dividir Seguros & Pensões para facilitar venda
Por Cristina Ferreira

A "holding" europeia Eureko, com a qual o Banco Comercial Português (BCP) desenvolve participações cruzadas, poderá vir a adquirir o controlo da companhia vida da Seguros & Pensões (S&P), sociedade de participações sociais detida pelo grupo bancário, não se excluindo a possibilidade deste poder manter uma posição no ramo vida (produtos financeiros).

A venda dos ramos reais (não financeiros) poderá ser negociada com uma instituição internacional, perfilando-se entre os interessados o grupo francês AXA e a CNP. Estes são cenários que estão em cima da mesa e que justificam que o Comercial Português esteja, entretanto, a ponderar a possibilidade de cindir a Seguros & Pensões, libertando as companhias vida e não vida, o que permitirá negociar a sua venda em separado. Esta solução vem alargar o lote de interessados na "holding" e assegurar, globalmente, um melhor resultado financeiro para o banco.

A operação de venda da Seguros e Pensões está a ser estudada ao mais alto nível, de forma a que nada transpire para o exterior, estando os pormenores a ser tratados por um comité que integra os administradores do BCP, Castro Henriques, que está à frente da Seguros & Pensões, e António Rodrigues, que lidera o centro operativo do grupo, assim como pelo líder da instituição, Jorge Jardim Gonçalves. O Deutsch Bank foi a instituição encarregue de liderar a operação de venda da Seguros & Pensões, que deverá estar concluída até final do ano, segundo declarações proferidas pelo banqueiro do BCP, facto que permitiria encerrar o exercício com resultados mais favoráveis.

O prazo previsto para apresentação das propostas deveria ter terminado, apurou o PÚBLICO, no final de Setembro. Nas suas declarações oficiais, Jardim Gonçalves tem admitido várias soluções: a venda da totalidade da S&P, ou apenas parte da "holding", não excluindo mesmo a hipótese de o grupo ficar com uma posição minoritária no ramo vida. Em síntese: a S&P pode ser segmentada, desde que o preço a obter seja razoável e sem prejuízo para o banco.
"Estado maior" na Grécia
Em véspera de apresentação de resultados (hoje divulgados em Atenas), o Banco Comercial Português optou, mais uma vez, por manter um manto de silêncio sobre a venda da sua "holding" seguradora. Mas o Conselho Superior do banco, que ontem se reuniu na capital grega, onde o BCP detém uma parceria bancária, deverá ser consultado sobre o destino a dar à Seguros & Pensões. No Conselho Superior, onde têm assento os principais accionistas do grupo, estão presentes representantes da Eureko, que detém, em conjunto com accionistas da "holding" holandesa, mais de oito por cento do BCP, que, por sua vez, controla quase cinco por cento desta empresa.

Em cima da mesa estão vários cenários, embora dentro do grupo a venda do controlo da companhia vida à Eureko apareça como a hipótese mais plausível, dadas as ligações accionistas existentes, o que facilita a negociação, pois interessará a Jardim Gonçalves manter algum domínio da companhia vida, que apresenta fortes sinergias com o sector financeiro. Os seguros de vida são, em regra, comercializados aos balcões dos bancos. E, ao contrário dos ramos reais, onde o cálculo dos riscos é acturial, os produtos vida envolvem uma análise financeira, que está ao alcance do sector bancário.

Daí que o BCP possa optar por alienar os seguros reais a uma entidade, nomeadamente estrangeira, com forte presença nos ramos não vida, como a AXA, ou a CNP, e ceder o controlo da companhia vida ao consórcio europeu sediado na Holanda. Em Setembro, conforme noticiou o PÚBLICO, os representantes da Eureko viajaram até Lisboa para levantar o caderno de encargos (dossier confidencial dos auditores facultado aos interessados mediante o pagamento de uma verba) de venda da S&P.

A reentrada da Eureko na S&P suscita, no entanto, algumas questões, pois o BCP readquiriu a totalidade do seu capital a 31 de Março deste ano, por 915 milhões de euros, não sendo compreensível que os holandeses aceitem agora comprar os mesmos activos por um valor superior (ou que os portugueses os aceitem vender por menos do que desembolsaram), a não ser que o que esteja em causa neste momento seja apenas uma parte da S&P, como a companhia vida, onde interessa ao BCP continuar a ter uma posição, ainda que minoritária. O PÚBLICO apurou que o grupo liderado por Jardim Gonçalves ainda não comunicou às instituições de supervisão dos sectores onde está presente qual o desenho da operação de venda da seguradora, bem como a sua decisão de segmentar a Seguros & Pensões.
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notícia

por JAS » 21/10/2003 10:49

Encontrei, por acaso, a transcrição da notícia no PortaldeBolsa. Mas não é novidade nenhuma.

Segundo a edição de hoje do jronal Público, a holding europeia Eureko, com a qual o Banco Comercial Português (BCP) desenvolve participações cruzadas, poderá vir a adquirir o controlo da companhia vida da Seguros & Pensões (S&P), sociedade de participações sociais detida pelo grupo bancário, não se excluindo a possibilidade deste poder manter uma posição no ramo vida (produtos financeiros).

A venda dos ramos reais (não financeiros) poderá ser negociada com uma instituição internacional, perfilando-se entre os interessados o grupo francês AXA e a CNP. Estes são cenários que estão em cima da mesa e que justificam que o Comercial Português esteja, entretanto, a ponderar a possibilidade de cindir a Seguros & Pensões, libertando as companhias vida e não vida, o que permitirá negociar a sua venda em separado. Esta solução vem alargar o lote de interessados na holding e assegurar, globalmente, um melhor resultado financeiro para o banco.


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por D1as » 21/10/2003 10:37

LOL !
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Re: Ao Jas

por JAS » 21/10/2003 10:35

jarcorreia Escreveu:Para saberes novas do BCP vai ao jornal Público.


Já fui e não encontrei lá nada. A notícia a que te referes será esta?

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por jarcorreia » 21/10/2003 10:01

Para saberes novas do BCP vai ao jornal Público.
 
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