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Poll» de 16 analistas para o 1º semestre
Estimativa: Custos da reestruturação conduzem a queda nas contas da PT
Os custos associados à redução de pessoal no fixo serão o principal factor para a queda, no primeiro semestre, nos lucros da PT, esperada por todos os analistas contactados pelo Negocios.pt.

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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt



Horta e Costa está a cortar postos de trabalho no fixo
Os custos associados à redução de pessoal no fixo serão o principal factor para a queda, no primeiro semestre, nos lucros da PT, esperada por todos os analistas contactados pelo Negocios.pt. As receitas da operadora de telecomunicações também deverão diminuir, apesar da maior contribuição das operações no Brasil.

De acordo com as estimativas de 16 analistas contactados pelo Negocios.pt, os lucros da maior operadora de telecomunicações deverão apresentar uma queda de 39,72% para os 122,19 milhões de euros, com os analistas a atribuírem esta quebra aos custos extraordinários com a reforma antecipada de cerca mil colaboradores da PT Comunicações, operadora de telefonia fixa em Portugal nos primeiros seis meses deste ano.

Estes resultados extraordinários deverão oscilar em torno dos 200 milhões de euros.

A operadora da telefonia fixa começou a «emagrecer» os recursos humanos, como forma de compensar a recente tendência, que é esperada também para este semestre, de quebra nas receitas nas telecomunicações em detrimentos dos telemóveis.


Na telefonia móvel, são estimados acréscimos das receitas médias mensais por clientes (ARPU’s) quer em Portugal, através da TMN, quer no Brasil, através da Telesp Celular Participações (TCP).

Ainda assim, as receitas consolidadas do grupo PT deverão registar uma redução de 4,67% nos 2,719 mil milhões de euros, face ao igual período de 2002, com a depressão da procura mais visível no segundo trimestre deste ano, na telefonia fixa..

O valor das vendas deverá oscilar no intervalo entre os 2,685 mil milhões de euros e os 2,774 mil milhões de euros, menos do que no primeiro semestre de 2002, apesar do aumento da contribuição das operações no Brasil, com a consolidação da actividade da Tele Centro Oeste (TCO), operadora da TCP na região de Brasília comprada este ano.

Os resultados antes de impostos, juros, depreciações ou amortizações (EBITDA) ou «cash flow» operacional do grupo também deverá seguir este caminho negativo face ao primeiro semestre de 2002, com uma diminuição estimada, em média, de 9,18%.

A dívida da PT deverá apresentar uma «ligeira subida , com a aquisição da TCO que implicou gastos de 100 milhões de euros e o pagamento, em Maio, de dividendos de 200 milhões de euros relativos a 2002», declarou Maynard Benoit, analista da CDC Ixis.

As margens das operações da PT Multimédia também deverão apresentar melhorias neste semestre. Guy Peddy, analista do Deutsche Bank afirma que «a melhor recuperação operacional do grupo PT será da PT Multimédia [Cot], com a expansão das margens da TV Cabo».

Acções da PT nos últimos três meses

Analistas aguardam anúncio de dividendo extra
Uma das novidades que os analistas aguardam na divulgação dos resultados semestrais da PT [Cot] – o Deutsche Bank acha que o anúncio será feito em Outubro - será o eventual anúncio de pagamento de um dividendo extra relativo a 2003.

No «Investor Day», a PT admitiu o pagamento de dividendos extraordinários aos accionistas.

O Deutsche Bank entende que a PT terá capacidade para pagar mais 150 milhões de euros pelos accionistas. O BNP Paribas, defende, por seu lado, que a operadora terá capacidade para distribuir mais 680 milhões de euros pelos accionistas como dividendo extraordinário.

A PT vai divulgar os resultados semestrais no próximo dia 17 de Setembro, quarta-feira que vem, antes da Bolsa portuguesa abrir.

A quebra nos lucros e nas restantes rubricas, como vendas e EBITDA tem vindo a ser descontada no título da operadora.

As acções da PT encerraram nos 6,48 euros, a subir 1,89%.

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