Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Presidente da Euronext Lisboa: "O mercado está vivo&quo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MozHawk » 6/9/2003 9:55

Parece que a boa nova chegou à China. Fica a reacção do presidente chinês...

Um abraço,

MozHawk
Anexos
Presidente China.JPG
Presidente China.JPG (32.52 KiB) Visualizado 360 vezes
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2809
Registado: 25/10/2002 10:08
Localização: Lisboa

A liquidez..

por JAOR » 6/9/2003 2:42

assusta.
Cego não é o que não vê ,mas sim o que não quer ver.
E agora vou dar uma volta até vale dos lençois :wink:
cmpts
grão a grão enche a galinha o papo

----------------------------------

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4284
Registado: 23/11/2002 1:43
Localização: V. N. Gaia

re

por Info » 6/9/2003 2:25

..entrada em casa, e uma passagem rápida pelo pc antes de ir aos lençóis...

Com que então "O mercado não precisa de ser salvo, porque está vivo. A ideia é revitalizá-lo em segmentos onde não há negociação, como a dívida, onde não há uma única emissão, porque são feitas no estrangeiro. A ideia é tornar a Bolsa mais eficiente. "

Só se for o de W, que está a bater records de liquidez... que o mercado de acções...
Deve ser da hora mas para esta afirmação só me lembra algo do tipo: "senhor perdoai-lhe que ele não sabe que diz".

Que saudades da BVLP inserida na 2ª divisão mundial, onde os institucionais "especializados" mantinham parte da liquidez... que depois que pintámos o fiat uno e lhe demos 1s marteladas... e fomos competir com os audis e bmw ... foi o que se viu e vê.

Ainda me recordo do dinamismo e pujança que deram ao mercado de futuros... coff..cof..coff..coff... onde a sua divulgação e promoção nunca chegaram a resultados palpáveis e onde nem os simples "cofs" em real-time alguma vez chegaram aos investidores que poderiam dar mais alguma liquidez ao respectivo mercado.

Melhor ficar por estes singelos exemplos de dinamismo.. que ainda me engasgo.


Cump. e bom fim de semana
Info
 

Presidente da Euronext Lisboa: "O mercado está vivo&quo

por Ulisses Pereira » 6/9/2003 1:38

«O mercado está vivo»


"Após 17 anos no Barclays, João Freixa, há seis meses presidente da Euronext Lisbon, - a empresa que gere a Bolsa -, acredita que após a migração para a plataforma pan-europeia e o processo de reestruturação em curso, a empresa estará preparada para o acréscimo de concorrência que aí vem.

EXPRESSO - Liderar a Bolsa está a ser mais difícil do que esperava?


Nuno Botelho

«Tentou criar-se a ideia de que a centralização dos serviços em Lisboa resulta em prejuízo para os clientes do Porto, mas já há muitos anos que não existe uma Bolsa no Porto», diz João Freixa

JOÃO FREIXA - Está a ser estimulante. Não penso que seja nem mais nem menos difícil do que qualquer outro negócio.

EXP. - Contava com a turbulência que tem gerado a reestruturação em curso na Euronext?

J.F. - Não se pode falar de turbulência. 2002 foi um ano deficitário para a empresa em Portugal e por isso a situação não era sustentável. Era natural que parte da correcção desta situação viesse do corte de custos.

EXP. - As reacções em torno do fecho da representação da Bolsa no Porto não o surpreenderam?

J.F. - Foram as esperadas e não se pode dizer que tenham sido más. Algumas pessoas vieram dizer que havia Bolsa no Porto e que nós íamos encerrá-la. Mas é preciso ver que a integração dos mercados de Lisboa e Porto foi feita há muitos anos e por isso no Porto não havia Bolsa. Tentou criar-se a ideia de que a centralização dos serviços em Lisboa resulta em prejuízo para os clientes do Porto. Já há muitos anos que a relação comercial e o suporte aos membros da Bolsa, aos emitentes e aos investidores era feita em Lisboa. O que existia no Porto eram serviços de apoio.

EXP. - Há trabalhadores que dizem que a administração não conduziu o processo de despedimento de forma correcta.

J.F. - Vieram a público críticas anónimas, mas as críticas directas que nos foram transmitidas dentro da empresa foram respondidas por mim em várias reuniões. Este processo não foi iniciado com um despedimento colectivo, ele começou com a informação prévia aos trabalhadores e com negociações. Só mais tarde, para os trabalhadores que não quiseram chegar a acordo - seis pessoas no Porto entre 30 - é que foi decretado o despedimento colectivo, que está em curso.

EXP. - Poderá haver um acordo na reunião que vão ter na terça-feira?

J.F. - Sim, nos termos que prevê a lei. A empresa, em face da necessidade de se reestruturar, pode recorrer ao despedimento colectivo e para isso é preciso que haja diálogo com os trabalhadores ou os seus representantes. É o que está a decorrer neste momento.

EXP. - Os trabalhadores dizem que não houve a reunião prévia que devia haver e que por isso o processo é impugnável.

J.F. - Houve também vários comentários e panfletos anónimos sobre a empresa e sobre algumas pessoas, entre as quais eu próprio...

EXP. - Após a migração poderá haver mais despedimentos?

J.F. - Nós dimensionámos a empresa para competir e servir melhor os clientes, concentrando tudo num único local. Fizemo-lo para ter uma estrutura de custos compatível com o volume de negócios que se possa esperar num mercado como o português, após a migração.

EXP. - A Interbolsa vai ficar como está?

J.F. - Até ver. Não há razões para crer o contrário.

EXP. - Como está a correr a migração?

J.F. - Continua prevista para 24 de Outubro. As decisões dos membros estão tomadas, as soluções técnicas escolhidas e estamos neste momento na fase da implementação técnica. A grande maioria das empresas de corretagem vai continuar a operar connosco. Há, no entanto, as que o farão indirectamente. Houve alguns operadores mais pequenos que optaram por não continuar como membros.

EXP. - Quando é que será possível fazer um balanço do impacto da migração no acréscimo de transacções das empresas portuguesas?

J.F. - Isso vai levar tempo. Ao fim de um ano, o volume de negócios na Bélgica tinha aumentado 15%. Para que a integração seja positiva para as empresas, é preciso que os corretores internacionais tenham interesse na Bolsa portuguesa e nesse sentido nós temos vindo a fazer alguns contactos incentivando-os a dar os passos operacionais necessários para ter acesso ao nosso mercado. Por outro lado, é preciso que as empresas portuguesas tenham visibilidade e para isso temos vindo a organizar algumas iniciativas. Vai haver nos dias 23 e 24 o encontro dos Next Segments, os segmentos onde estão empresas que cumprem regras mais exigentes de relacionamento com o mercado. Vamos também fazer uma apresentação dos principais emitentes em Novembro ou princípio de Dezembro.

EXP. - As empresas portuguesas não sabem promover-se?

J.F. - Sabem. As empresas de grande dimensão são dinâmicas e têm tomado iniciativas de promoção. Mas para as de média dimensão é difícil reunir o interesse de muitos investidores e analistas e foi para facilitar esses contactos que surgiram os Next Segments.

EXP. - Há seis empresas nos Next Segments. Esperava mais?

J.F. - Tínhamos como objectivo cinco empresas nesta fase mas esperamos ainda ter mais duas ou três antes da realização do evento dos Next Segments. Acredito que seja possível ter no próximo ano entre 13 a 15. Dessa forma o mercado português ficará representado de forma bastante digna.

EXP. - Teme que haja empresas que deixem de estar cotadas quando se processar a migração?

J.F. - É possível. Não houve agravamento das exigências ou dos custos por parte da Euronext, mas ainda não procedemos em Portugal a uma harmonização das tarifas de admissão e manutenção das empresas na Bolsa, fá-lo-emos a seu tempo e depois as empresas decidirão se querem continuar ou não. O que eu gostava era de ter mais empresas cotadas a transaccionar vivamente os seus títulos. Ter muitas empresas cotadas que não têm transacções não é o objectivo da Bolsa.

EXP. - Como está a reestruturação dos diferentes mercados?

J.F. - Em breve tomaremos uma decisão. Alguma da oferta que temos é desadequada. Temos coisas estranhas como o Mercado Sem Cotações, que é não regulamentado e já existe há muitos anos. É um pouco estranho, o próprio nome «sem cotações» gera equívocos. Estamos a tentar criar um conjunto de segmentos de negociação que constituam propostas claras para os emitentes e para os investidores. Vamos aproveitar o melhor do mundo Euronext e adaptá-lo à realidade portuguesa.

EXP. - O PSI-20 vai ser substituído por um PSI-15?

J.F. - Fizemos vários exercícios internos e consultas aos investidores e concluímos que não há necessidade de alterar o PSI-20. Algumas das críticas feitas ao índice são pertinentes, por ele ser muito concentrado em torno de títulos com peso importante, mas a verdade é que isso acontece em muitos outros países. Por outro lado, não devemos restringir o índice a menos de 20 empresas sob pena de ele não ser representativo.

EXP. - A banca e a Euronext avançaram com um conjunto de propostas e a ideia que ficou é que a dinamização do mercado de capitais está dependente do Estado...

J.F. - O Estado é um actor importante, mas nós propusemos medidas de natureza legislativa, que passam pelo Estado, mas também de natureza regulamentar, que dependem das entidades de supervisão, havendo ainda práticas de muito detalhe técnico que têm de ser alteradas e que dependem dos próprios bancos e da Bolsa.

EXP. - Estas propostas têm como objectivo salvar o mercado português?

J.F. - O mercado não precisa de ser salvo, porque está vivo. A ideia é revitalizá-lo em segmentos onde não há negociação, como a dívida, onde não há uma única emissão, porque são feitas no estrangeiro. A ideia é tornar a Bolsa mais eficiente.



Pedro Lima




PEX não assusta
O ARRANQUE do mercado não regulamentado PEX em Portugal já no dia 19 não assusta a Euronext. Apesar de não conhecer o projecto, João Freixa sempre diz que «certamente haverá empresas que vão encarar a possibilidade de estar cotadas no PEX sem estar na Euronext, mas é bom perceber que são duas propostas completamente diferentes». Quando questionado sobre se as duas entidades não serão concorrentes entre si, João Freixa responde: «Vamos ver. Não estamos preocupados, pois temos concorrência em todos os mercados onde estamos. No mundo Euronext o PEX é um pouco original, mas há sistemas multilaterais de negociação em muitos sítios e por isso estamos habituados a conviver com essas realidades».

Já a tendência de internalização de ordens - que permite aos bancos o encontro de ordens de compra e venda sem recorrer à Bolsa - causa preocupação. João Freixa considera que «há questões pertinentes, como a de saber como é que, sendo estas ordens executadas ‘dentro de casa’, se poderá assegurar que o preço é o melhor possível. Com a fragmentação das ordens em três ou quatro livros fica sempre por saber se não seria possível fazer o negócio no mercado a um preço mais vantajoso. Pode haver para os clientes finais menos custos por haver menos um interveniente (a Bolsa), mas é discutível se esses ganhos vão compensar as perdas de eficiência. Em Portugal, a internalização nalguns papéis pode diminuir a liquidez onde ela já não é grande, encarecendo os negócios».



«Antes princípios do que regras»
«ACREDITO mais na formulação de princípios do que num mundo cheio de regras», diz o presidente da Euronext Lisbon quando confrontado com o aumento das exigências de prestação de informação feitas às empresas cotadas. João Freixa não concorda que se divulguem, nos actuais moldes, as sanções aplicadas nos processos de contra-ordenação. «O regime está centrado num jogo pouco equilibrado na medida em que o decisor, o acusador e o juiz são a mesma entidade, a CMVM. Eu não sou contra a divulgação, apenas penso que é uma sanção muito pesada e por isso os acusados devem ter meios de defesa mais independentes», afirma. O recurso para os tribunais é possível, «mas quem julga são os de pequena instância, que não estão preparados para a complexidade do mercado», diz. O problema resolver-se-ia se o recurso fosse feito para entidades com «tempo e conhecimentos para julgar de forma conveniente essas matérias», como os tribunais de comércio. Em 1999, quando João Freixa o liderava, o Barclays foi alvo de uma contra-ordenação: «Tenho a experiência vivida, mas esse caso está encerrado». "

(in www.expresso.pt)
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

Clickar para ver o disclaimer completo
Avatar do Utilizador
Administrador Fórum
 
Mensagens: 31013
Registado: 29/10/2002 4:04
Localização: Aveiro


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, dragom, karaya75, latbal, m-m, malakas, MR32, nunorpsilva, OCTAMA, PAULOJOAO, Pmart 1, PMP69, Shimazaki_2, Tosta mista e 323 visitantes