Uma velha fortaleza
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Uma velha fortaleza
Não pretendendo fazer qualquer análise técnica sobre a General Motors (GM), acho no entanto muito curioso o modo como o mercado entendeu descontar os fundamentais da empresa. Junto o gráfico das cotações dos últimos 6 meses porque penso que este é um exemplo significativo do optimismo do mercado, facto que, nunca é de mais repetir, pode ter tanto uma leitura bullish como bearish.
A GM fez há poucas semanas uma emissão de 16 biliões de dólares de obrigações a 10 anos com um yield de 7,29%. É um montante astronómico, que aliás foi facilmente subscrito devido à elevada taxa de juro e ao nome da emitente. Claro que a GM é quase um caso à parte nos EUA, mas é bom não esquecer que já tinha dívidas de cerca de 240 biliões enquanto os seus capitais próprios são só de 9 biliões, atendendo a uma insuficiência de 19 biliões no fundo de pensões dos seus empregados.
É de realçar que a GM tem actualmente 2,5 pensionistas por cada empregado no activo. Quanto a mim, a sobrevivência da empresa está dependente principalmente de três factores:
a) Recuperação financeira do fundo de pensões destinado aos seus empregados e reformados
b) Níveis das taxas de juro de mercado
c) Consequências da concorrência crescente e com maior produtividade comparativa, de marcas japonesas como a Toyota, Nissan (ligada à Renault) e Honda, através de fábricas no sul dos EUA
Antigamente, quase se podia dizer que havia empresas que nunca “iriam à falência”, em face da sua enorme importância. Seria o caso da GM, mas os tempos mudaram muito e, já em 1992, a ruptura da empresa esteve iminente.
Como vêm isto é só mesmo um breve comentário que espero torne mais interessante o acompanhamento da evolução das cotações da empresa.
Um abraço e bons negócios.
Comentador
A GM fez há poucas semanas uma emissão de 16 biliões de dólares de obrigações a 10 anos com um yield de 7,29%. É um montante astronómico, que aliás foi facilmente subscrito devido à elevada taxa de juro e ao nome da emitente. Claro que a GM é quase um caso à parte nos EUA, mas é bom não esquecer que já tinha dívidas de cerca de 240 biliões enquanto os seus capitais próprios são só de 9 biliões, atendendo a uma insuficiência de 19 biliões no fundo de pensões dos seus empregados.
É de realçar que a GM tem actualmente 2,5 pensionistas por cada empregado no activo. Quanto a mim, a sobrevivência da empresa está dependente principalmente de três factores:
a) Recuperação financeira do fundo de pensões destinado aos seus empregados e reformados
b) Níveis das taxas de juro de mercado
c) Consequências da concorrência crescente e com maior produtividade comparativa, de marcas japonesas como a Toyota, Nissan (ligada à Renault) e Honda, através de fábricas no sul dos EUA
Antigamente, quase se podia dizer que havia empresas que nunca “iriam à falência”, em face da sua enorme importância. Seria o caso da GM, mas os tempos mudaram muito e, já em 1992, a ruptura da empresa esteve iminente.
Como vêm isto é só mesmo um breve comentário que espero torne mais interessante o acompanhamento da evolução das cotações da empresa.
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