AmLat - resumo da semana
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update semestral
Olá novamente,
Uma pequena intromissão do AmLat só para dar conta dos ganhos semestrais dos 3 principais mercados da região. Assim, nos primeiros 6 meses de 2003, temos:
Bovespa / São Paulo + 12%
Mexico Bolsa / Mex + 15%
e a melhor de todas
Merval / Buenos Aires + 45%
Refira-se que a última triplicou nos últimos 18 meses, recuperando das fortes quedas dos tempos do calote, no final de 2001.
Para o investidor da Zona Euro, os lucros são ligeiramente maiores devido ao cambio, mas os investidores em dólar americano fizeram a festa, sobretudo em São Paulo, pois devido à valorização do Real no período, conseguiram um lucro de cerca de 40% na Bovespa...
Um abraço a todos, bom business
djovarius
Uma pequena intromissão do AmLat só para dar conta dos ganhos semestrais dos 3 principais mercados da região. Assim, nos primeiros 6 meses de 2003, temos:
Bovespa / São Paulo + 12%
Mexico Bolsa / Mex + 15%
e a melhor de todas
Merval / Buenos Aires + 45%
Refira-se que a última triplicou nos últimos 18 meses, recuperando das fortes quedas dos tempos do calote, no final de 2001.
Para o investidor da Zona Euro, os lucros são ligeiramente maiores devido ao cambio, mas os investidores em dólar americano fizeram a festa, sobretudo em São Paulo, pois devido à valorização do Real no período, conseguiram um lucro de cerca de 40% na Bovespa...

Um abraço a todos, bom business
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
AmLat - resumo da semana
Olá, tudo bem! Vamos ao que realmente importa, esperando que todos tenham feito bons negócios.
A América Latina não tem emenda. As suas principais nações insistem em complicar os seus problemas internos, mesmo quando a maré corre de feição.
Um pouco à margem do que dissemos está o México. Longe de ter resolvido os seus problemas sociais, pelo menos consegue melhorar as suas contas e as finanças públicas, um pouco à boleia dos seus “ricos” vizinhos a norte. Foi mesmo inaugurado na capital, o maior edifício da AmLat, com quase 300 metros de altura. Mas volto a falar do homem mais rico da região, o também Mexicano Carlos Slim. Está cheio de força no meio de uma fortuna de mais de 10 mil milhões de dólares. Ele controla grande parte da Telefonos de Mexico e também da América Movil, a maior operadora de telemóveis latino-americana. Agora, a novidade: Slim oferece 8 dólares por cada acção da norte-americana Circuit City. Esta cadeia de lojas de produtos electrónicos e informática apresentou resultados maus, as acções caíram bastante, dando azo a esta OPA que se anuncia. A verdade é que ontem em Nova York, as acções dispararam quase 10% perante estes rumores e o melhor está para vir porque a Administração da empresa, que não quer ouvir falar de tal coisa, contradiz-se e admite negociar lá para os... 12 dólares por acção. Es mucha plata, gringos...
Enquanto isto, a ChevronTexaco e a ConocoPhilips vão investir forte na Venezuela. Vão desenvolver nos próximos anos uma plataforma de exploração de gás natural, investindo dois mil milhões de dólares. Os EUA e Chávez vão se dando bem. Os primeiros precisam de diminuir a sua dependência energética em relação ao mundo árabe e o último preciso de mostrar aos concidadãos que não era nada o bicho-papão que as oposições afirmavam. Assim sendo, há negócios para todos...
As coisas não andam bem no paraíso de férias chamado República Dominicana. Por isso, o Fundo Monetário Internacional deverá libertar em Julho uma verba de cerca de mil milhões de dólares para ajudar o pequeno país caribenho que, de contrário, poderia ser mais um no rol do “default”.... (ai, tantos milhões e o meu bolso vazio...
) !!
Por falar em FMI, foram duras as conversas do director do Fundo com o novo governo Argentino. Apesar de reconhecer que reformas estruturais não se fazem em 6 meses, o FMI quer que elas avancem o mais rápido possível. O país deverá manter um elevado superavit primário do orçamento federal, como fez o Brasil. A Argentina fala em 2,5% do PIB. O FMI quer mais, talvez 3,5%. Nesse caso, o aperto de cinto poderia ser politicamente insustentável para o Governo.
Seja como for, a Argentina surpreendeu tudo e todos com uma medida pouco ortodoxa. Foi só a delegação do FMI dar as costas para o Governo local anunciar que vai impor restrições aos fluxos de capital. O chamado “hot money” dos investidores estrangeiros deverá permanecer investido no país por, pelo menos, 180 dias. Isto evitaria forte volatilidade do câmbio e dos restantes mercados financeiros, ajudando a estabilizar os níveis de investimento e a moeda, que se valorizou face ao dólar para desagrado do Presidente que insiste num cambio de um para três.
A reacção nesta quinta-feira foi óbvia, o Merval da Bolsa de Buenos Aires caiu logo 4,4%, mas hoje só caiu 0,6%, o que significa que esta medida poderá não afastar tanto os investimentos. Não esqueçamos que em 18 meses, o Merval subiu quase 300%... mas poderia ser evitada mais esta confusão !!
Finalmente, o Brasil. Enquanto, o governo encontra dificuldades nas discussões políticas sobre as reformas Fiscal e da Previdência Social, explodiu uma verdadeira bomba !! A Agência Nacional de Telecomunicações, ignorando os apelos para renegociar, decidiu autorizar os operadores de telefones fixos de todo o país a aumentarem as tarifas pela taxa de inflação dos últimos 12 meses, corrigida pelo dólar, em vez de aumentar pela expectativa de inflação futura ou em alternativa, parcelando os aumentos.
Nada disso. A partir do dia 1 de Julho aumentos médios de 25% nas contas telefónicas, doa a quem doer. O governo sente-se injuriado e o Ministério Público já estuda uma maneira de entrar na Justiça para impedir a aplicação imediata das novas tarifas. Vai ser uma semana bem quente...
Curioso, é que tudo acontece justamente quando o perigo inflacionista já fazia parte do passado. O índice IGP-M recuou em Junho (números provisórios) 1%. Uma deflação que permite falar em novos cortes da taxa de juro, actualmente em 26%. O governo divulgou que a meta de inflação para 2004 é de 5,5%, o que parece realista. O país está no limiar da recessão, mas a boa notícia vem dos campos, mais uma vez. A safra agrícola baterá novos recordes, deverá atingir quase 120 milhões de toneladas de grãos.
Mas a crise urbana segue: o desemprego das grandes áreas urbanas do país atingiu novo recorde, qualquer coisa como 12,8% contra 12,4% no mês anterior. São Paulo é o pior com 20,6%. A situação está cada vez mais complexa. A Canadiana Molson vai fechar uma das suas fábricas de cerveja no Brasil, demitindo 140 pessoas. A Ford em SP vai fechar a linha de montagem por 12 dias, a GM e a Fiat farão o mesmo em breve, os automóveis fabricados não se vendem, por falta de dinheiro ou crédito barato. Há quase 200 mil carros novos, parados nos pátios das fábricas. A degradação atingiu o auge no Rio de Janeiro, esta semana. Para concorrer a uma oferta de emprego de varredor de rua (ainda pior, não há garantia de emprego, a empresa está só a fazer a ficha dos interessados, podendo depois oferecer até 600 vagas) apareceram mais de 15 mil pessoas, as quais tiveram que dormir duas noites ao relento para não perder o lugar na fila. Houve tumulto, pancadaria, desespero. Tudo por uma vaga que poderá ter um salário equivalente a 180 euros por mês !!!! Não é de admirar que as vozes se levantem contra Lula, afirmando que ele segue a cartilha FHC – FMI.... América Latina, vais continuar à espera...
Mais uma semana de queda na Bolsa de São Paulo, embora leve, mas já é a segunda semana consecutiva, pelo que o entusiasmo parece ter arrefecido. Nos cambios, relativa estabilidade, o Real está bem suportado...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.024 pts – o índice desceu 0,8 % na semana
US$ 1 = R$ 2,88 – o dólar ficou praticamente inalterado na semana
€ 1 = R$ 3,29 – o Euro desceu 1,8% na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,15 aprox.
Um abraço lusitano e bom fim de semana
djovarius
A América Latina não tem emenda. As suas principais nações insistem em complicar os seus problemas internos, mesmo quando a maré corre de feição.
Um pouco à margem do que dissemos está o México. Longe de ter resolvido os seus problemas sociais, pelo menos consegue melhorar as suas contas e as finanças públicas, um pouco à boleia dos seus “ricos” vizinhos a norte. Foi mesmo inaugurado na capital, o maior edifício da AmLat, com quase 300 metros de altura. Mas volto a falar do homem mais rico da região, o também Mexicano Carlos Slim. Está cheio de força no meio de uma fortuna de mais de 10 mil milhões de dólares. Ele controla grande parte da Telefonos de Mexico e também da América Movil, a maior operadora de telemóveis latino-americana. Agora, a novidade: Slim oferece 8 dólares por cada acção da norte-americana Circuit City. Esta cadeia de lojas de produtos electrónicos e informática apresentou resultados maus, as acções caíram bastante, dando azo a esta OPA que se anuncia. A verdade é que ontem em Nova York, as acções dispararam quase 10% perante estes rumores e o melhor está para vir porque a Administração da empresa, que não quer ouvir falar de tal coisa, contradiz-se e admite negociar lá para os... 12 dólares por acção. Es mucha plata, gringos...
Enquanto isto, a ChevronTexaco e a ConocoPhilips vão investir forte na Venezuela. Vão desenvolver nos próximos anos uma plataforma de exploração de gás natural, investindo dois mil milhões de dólares. Os EUA e Chávez vão se dando bem. Os primeiros precisam de diminuir a sua dependência energética em relação ao mundo árabe e o último preciso de mostrar aos concidadãos que não era nada o bicho-papão que as oposições afirmavam. Assim sendo, há negócios para todos...
As coisas não andam bem no paraíso de férias chamado República Dominicana. Por isso, o Fundo Monetário Internacional deverá libertar em Julho uma verba de cerca de mil milhões de dólares para ajudar o pequeno país caribenho que, de contrário, poderia ser mais um no rol do “default”.... (ai, tantos milhões e o meu bolso vazio...

Por falar em FMI, foram duras as conversas do director do Fundo com o novo governo Argentino. Apesar de reconhecer que reformas estruturais não se fazem em 6 meses, o FMI quer que elas avancem o mais rápido possível. O país deverá manter um elevado superavit primário do orçamento federal, como fez o Brasil. A Argentina fala em 2,5% do PIB. O FMI quer mais, talvez 3,5%. Nesse caso, o aperto de cinto poderia ser politicamente insustentável para o Governo.
Seja como for, a Argentina surpreendeu tudo e todos com uma medida pouco ortodoxa. Foi só a delegação do FMI dar as costas para o Governo local anunciar que vai impor restrições aos fluxos de capital. O chamado “hot money” dos investidores estrangeiros deverá permanecer investido no país por, pelo menos, 180 dias. Isto evitaria forte volatilidade do câmbio e dos restantes mercados financeiros, ajudando a estabilizar os níveis de investimento e a moeda, que se valorizou face ao dólar para desagrado do Presidente que insiste num cambio de um para três.
A reacção nesta quinta-feira foi óbvia, o Merval da Bolsa de Buenos Aires caiu logo 4,4%, mas hoje só caiu 0,6%, o que significa que esta medida poderá não afastar tanto os investimentos. Não esqueçamos que em 18 meses, o Merval subiu quase 300%... mas poderia ser evitada mais esta confusão !!
Finalmente, o Brasil. Enquanto, o governo encontra dificuldades nas discussões políticas sobre as reformas Fiscal e da Previdência Social, explodiu uma verdadeira bomba !! A Agência Nacional de Telecomunicações, ignorando os apelos para renegociar, decidiu autorizar os operadores de telefones fixos de todo o país a aumentarem as tarifas pela taxa de inflação dos últimos 12 meses, corrigida pelo dólar, em vez de aumentar pela expectativa de inflação futura ou em alternativa, parcelando os aumentos.
Nada disso. A partir do dia 1 de Julho aumentos médios de 25% nas contas telefónicas, doa a quem doer. O governo sente-se injuriado e o Ministério Público já estuda uma maneira de entrar na Justiça para impedir a aplicação imediata das novas tarifas. Vai ser uma semana bem quente...
Curioso, é que tudo acontece justamente quando o perigo inflacionista já fazia parte do passado. O índice IGP-M recuou em Junho (números provisórios) 1%. Uma deflação que permite falar em novos cortes da taxa de juro, actualmente em 26%. O governo divulgou que a meta de inflação para 2004 é de 5,5%, o que parece realista. O país está no limiar da recessão, mas a boa notícia vem dos campos, mais uma vez. A safra agrícola baterá novos recordes, deverá atingir quase 120 milhões de toneladas de grãos.
Mas a crise urbana segue: o desemprego das grandes áreas urbanas do país atingiu novo recorde, qualquer coisa como 12,8% contra 12,4% no mês anterior. São Paulo é o pior com 20,6%. A situação está cada vez mais complexa. A Canadiana Molson vai fechar uma das suas fábricas de cerveja no Brasil, demitindo 140 pessoas. A Ford em SP vai fechar a linha de montagem por 12 dias, a GM e a Fiat farão o mesmo em breve, os automóveis fabricados não se vendem, por falta de dinheiro ou crédito barato. Há quase 200 mil carros novos, parados nos pátios das fábricas. A degradação atingiu o auge no Rio de Janeiro, esta semana. Para concorrer a uma oferta de emprego de varredor de rua (ainda pior, não há garantia de emprego, a empresa está só a fazer a ficha dos interessados, podendo depois oferecer até 600 vagas) apareceram mais de 15 mil pessoas, as quais tiveram que dormir duas noites ao relento para não perder o lugar na fila. Houve tumulto, pancadaria, desespero. Tudo por uma vaga que poderá ter um salário equivalente a 180 euros por mês !!!! Não é de admirar que as vozes se levantem contra Lula, afirmando que ele segue a cartilha FHC – FMI.... América Latina, vais continuar à espera...

Mais uma semana de queda na Bolsa de São Paulo, embora leve, mas já é a segunda semana consecutiva, pelo que o entusiasmo parece ter arrefecido. Nos cambios, relativa estabilidade, o Real está bem suportado...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.024 pts – o índice desceu 0,8 % na semana
US$ 1 = R$ 2,88 – o dólar ficou praticamente inalterado na semana
€ 1 = R$ 3,29 – o Euro desceu 1,8% na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,15 aprox.
Um abraço lusitano e bom fim de semana

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Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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