"CGD deve ter 10% da PT"
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"CGD deve ter 10% da PT"
" «CGD deve ter 10% da PT»
Com metas ambiciosas, o presidente executivo da PT promete cortar custos, diminuir a dívida e aumentar o dinheiro a distribuir pelos accionistas. Revisão da «golden share» é uma hipótese
Paulo Alexandre Rascão
No Dia do Investidor, a PT comprometeu-se a ser um dos operadores europeus mais eficientes
A CAIXA Geral de Depósitos deveria aumentar a sua posição na Portugal Telecom dos actuais 4,7% para 10%, considera o presidente executivo do grupo de telecomunicações, Miguel Horta e Costa. Em declarações ao EXPRESSO, este administrador defendeu o fortalecimento do núcleo duro da empresa através do reforço das participações dos accionistas de referência. Seria uma forma de «evitar ou minimizar o perigo de uma compra hostil», afirma. Horta e Costa acredita que, se a Caixa tivesse 10%, com os quase 10% que o BES tem neste momento, juntando-se a «outras entidades que hoje já são accionistas da PT, poder-se-ia chegar a um núcleo duro que representasse um terço do capital».
Outra ideia que preconiza é a redução da influência do Estado na empresa a que preside: «Defendemos uma alteração estatutária através da qual o Estado deixaria de influenciar a gestão do grupo, pois isso é algo que hoje em dia não faz sentido». Actualmente o Estado pode vetar a nomeação do presidente do Conselho de Administração e também tem uma palavra a dizer sobre um terço dos administradores. A ideia era que apenas pudesse ter influência na escolha do presidente.
«Alguns accionistas pretendem desencadear um processo de alteração estatutária no sentido de aproximarem a PT ao que é característico das congéneres europeias, o que naturalmente vai levar a uma alteração do perfil da ‘golden share’. O Governo, ainda que informalmente, mostrou-se aberto a que isso seja apresentado. Isso terá naturalmente de passar pela convocação de uma assembleia geral extraordinária», diz o presidente executivo da PT.
Horta e Costa, que esta semana acolheu em Lisboa uma série de analistas, no Dia do Investidor, apresentou uma mensagem ambiciosa: quer posicionar a empresa como operador integrado de telecomunicações e entretenimento, assim como colocá-la entre os operadores europeus mais eficientes em três anos. 2003 será marcado pela continuação da redução de custos, controlo de investimentos, dinamização de receitas e iniciativas de fidelização de clientes. A redução da dívida é outra prioridade: em 2002 esperava-se que a dívida diminuísse de 5,4 mil milhões de euros para 4,5 mil milhões, mas afinal ficou mais abaixo, nos 4 mil milhões. «Este ano podemos assegurar que vamos continuar a reduzir a dívida. Pensamos poder atingir pouco mais de três mil milhões de euros no final do ano», diz. Também a política de dividendos é para melhorar: prevê-se distribuir, em relação a este ano, entre 20 e 22 cêntimos por acção, em vez dos 16 cêntimos de 2002. «Vamos passar a distribuir todos os anos pelo menos 50% dos resultados aos accionistas», adianta.
De entre as promessas feitas no Dia do Investidor celebrado há um ano, destaca a alteração do modelo de governação da PT. «Há um ano decidi cortar a Comissão Executiva de sete para cinco membros. Os quatro administradores que estão comigo passaram a ter responsabilidades operacionais e, por isso, semanalmente, à quinta-feira de manhã, tenho a casa na minha mão, o que não acontecia antes. Temos também uma política de austeridade neste momento, porque esta casa tinha muitos dos tiques das empresas públicas».
Horta e Costa considera que a fronteira entre o que é fixo, móvel e cabo está a esbater-se e que «há um novo paradigma que engloba a voz, os dados e o vídeo», o que vai mudar a forma como as empresas se posicionam no mercado. Acredita, por outro lado, que há espaço para consolidação nas telecomunicações móveis: «Admito que, num mercado relativamente estreito como o português, onde está presente um grande operador internacional, a Vodafone, possa ser encarada alguma consolidação neste sector sem qualquer problema de carência de concorrência».
Em relação à rede de cabo, diz que a venda desta estrutura não é uma hipótese, lembrando que a PT investiu no cabo sem qualquer tratamento especial e numa altura em que todas as empresas o poderiam ter feito. Por outro lado, «a PT não tem qualquer intenção de colocar voz no cabo, nem quer investir o que seria necessário para o fazer».
Nos media, Horta e Costa entende que a PT poderá continuar a ter uma presença algo significativa, mas «num grupo mais diversificado». Candidatos a parceiros não faltam mas, apesar do «convite» feito recentemente pela Cofina, lembra que a PT tem um «passado de parceria» com o grupo Impresa e que tem tido conversas também com a Media Capital.
Pedro Lima "
(in www.expresso.pt)
Com metas ambiciosas, o presidente executivo da PT promete cortar custos, diminuir a dívida e aumentar o dinheiro a distribuir pelos accionistas. Revisão da «golden share» é uma hipótese
Paulo Alexandre Rascão
No Dia do Investidor, a PT comprometeu-se a ser um dos operadores europeus mais eficientes
A CAIXA Geral de Depósitos deveria aumentar a sua posição na Portugal Telecom dos actuais 4,7% para 10%, considera o presidente executivo do grupo de telecomunicações, Miguel Horta e Costa. Em declarações ao EXPRESSO, este administrador defendeu o fortalecimento do núcleo duro da empresa através do reforço das participações dos accionistas de referência. Seria uma forma de «evitar ou minimizar o perigo de uma compra hostil», afirma. Horta e Costa acredita que, se a Caixa tivesse 10%, com os quase 10% que o BES tem neste momento, juntando-se a «outras entidades que hoje já são accionistas da PT, poder-se-ia chegar a um núcleo duro que representasse um terço do capital».
Outra ideia que preconiza é a redução da influência do Estado na empresa a que preside: «Defendemos uma alteração estatutária através da qual o Estado deixaria de influenciar a gestão do grupo, pois isso é algo que hoje em dia não faz sentido». Actualmente o Estado pode vetar a nomeação do presidente do Conselho de Administração e também tem uma palavra a dizer sobre um terço dos administradores. A ideia era que apenas pudesse ter influência na escolha do presidente.
«Alguns accionistas pretendem desencadear um processo de alteração estatutária no sentido de aproximarem a PT ao que é característico das congéneres europeias, o que naturalmente vai levar a uma alteração do perfil da ‘golden share’. O Governo, ainda que informalmente, mostrou-se aberto a que isso seja apresentado. Isso terá naturalmente de passar pela convocação de uma assembleia geral extraordinária», diz o presidente executivo da PT.
Horta e Costa, que esta semana acolheu em Lisboa uma série de analistas, no Dia do Investidor, apresentou uma mensagem ambiciosa: quer posicionar a empresa como operador integrado de telecomunicações e entretenimento, assim como colocá-la entre os operadores europeus mais eficientes em três anos. 2003 será marcado pela continuação da redução de custos, controlo de investimentos, dinamização de receitas e iniciativas de fidelização de clientes. A redução da dívida é outra prioridade: em 2002 esperava-se que a dívida diminuísse de 5,4 mil milhões de euros para 4,5 mil milhões, mas afinal ficou mais abaixo, nos 4 mil milhões. «Este ano podemos assegurar que vamos continuar a reduzir a dívida. Pensamos poder atingir pouco mais de três mil milhões de euros no final do ano», diz. Também a política de dividendos é para melhorar: prevê-se distribuir, em relação a este ano, entre 20 e 22 cêntimos por acção, em vez dos 16 cêntimos de 2002. «Vamos passar a distribuir todos os anos pelo menos 50% dos resultados aos accionistas», adianta.
De entre as promessas feitas no Dia do Investidor celebrado há um ano, destaca a alteração do modelo de governação da PT. «Há um ano decidi cortar a Comissão Executiva de sete para cinco membros. Os quatro administradores que estão comigo passaram a ter responsabilidades operacionais e, por isso, semanalmente, à quinta-feira de manhã, tenho a casa na minha mão, o que não acontecia antes. Temos também uma política de austeridade neste momento, porque esta casa tinha muitos dos tiques das empresas públicas».
Horta e Costa considera que a fronteira entre o que é fixo, móvel e cabo está a esbater-se e que «há um novo paradigma que engloba a voz, os dados e o vídeo», o que vai mudar a forma como as empresas se posicionam no mercado. Acredita, por outro lado, que há espaço para consolidação nas telecomunicações móveis: «Admito que, num mercado relativamente estreito como o português, onde está presente um grande operador internacional, a Vodafone, possa ser encarada alguma consolidação neste sector sem qualquer problema de carência de concorrência».
Em relação à rede de cabo, diz que a venda desta estrutura não é uma hipótese, lembrando que a PT investiu no cabo sem qualquer tratamento especial e numa altura em que todas as empresas o poderiam ter feito. Por outro lado, «a PT não tem qualquer intenção de colocar voz no cabo, nem quer investir o que seria necessário para o fazer».
Nos media, Horta e Costa entende que a PT poderá continuar a ter uma presença algo significativa, mas «num grupo mais diversificado». Candidatos a parceiros não faltam mas, apesar do «convite» feito recentemente pela Cofina, lembra que a PT tem um «passado de parceria» com o grupo Impresa e que tem tido conversas também com a Media Capital.
Pedro Lima "
(in www.expresso.pt)
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