Câmbios e Mercados
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Muito bom post !
De uma forma pratica e objectiva deste a volta ao mundo em 10 indices , focando um factor tão importante e por vezes tão desprezado como o cambio .
abraço
Millhouse
abraço
Millhouse
Amigo JAS,
Muito interessante este Post. Vou já responder às perguntas deixadas no meu Post, só que deixo aqui no teu.
Uma nota: quem for ao resumo da semana da América Latina - o primeiro deste ano - verifica que eu disse que o Ouro foi o melhor investimento para quem está no Brasil, relativamente ao ano de 2002. Deu cerca de 80%. Mas para quem está na zona Euro deu muito, mas muito menos do que isso. Pois é. Lá está o que eu digo, os mercados emergentes dão chatices, mas também grandes alegrias. No caso do precioso metal, os investidores dos países do terceiro-mundo podem ganhar duplamente. Porquê? Porque quando as condições macro do Planeta sofrem um revés ao ponto do Ouro se tornar um refúgio, também se verifica que o dólar sobe em relação às moedas desses países. Foi o que se passou no Brasil em 2002 - o Ouro ganhou valor face ao dólar que por sua vez ganhou valor face ao Real. Resultado: supervalorização Ouro face ao Real = 80%. E posso dizer que no mercado paralelo de São Paulo chegou a 120%.
Outro exemplo: a Bovespa é o melhor do ano, mas até à pouco tempo era o Merval. Engraçado o que se passou em Buenos Aires em 2001 quando a Bancarrota parecia inevitável. Toda a minha gente começou a comprar acções porque elas não seriam afectadas pelo encurralamento dos depósitos bancários. E assim foi.
Em dois anos o Merval triplicou (em pontos), compensando a perda do valor do peso Argentino. Ou seja, acções como refúgio!!!
Bom, JAS, quanto à Bovespa, vai um gráfico de velas semanais dos últimos 12 meses dos futuros do Ibovespa, onde se verifica que desde os mínimos de Outubro, época das eleições - cerca de 8300 pontos - atingimos os máximos agora com perto de 14.000 pontos. Não há mudanças nenhumas no indice que levem a isto - isto é entrada de capital nacional e estrangeiro na Bolsa. Os volumes triplicaram nos últimos tempos. Eu mesmo, esta semana, abri e fechei longos sobre a Bov em contratos e-mini como os que há na América.
Vai uma indicação sobre o cross Franco Suíço - Real.
No início de 2003 1 CHF = 2,50 BRL.
No fecho de sexta 1 CHF = 2,18 BRL.
Os valores expostos pelo Herr Fritz estão certos n time frame exposto também, em nove meses.
Eu tenho falado em euforia nos mercados financeiros: é isso que se passa aqui, mas atenção, quem vier agora, vem tarde.
P. S. - Eu tb invisto às vezes em Bovespa e em USD/BRL. Ganhei $$$ em 2001 na queda do Real.
Um grande abraço
dj
Muito interessante este Post. Vou já responder às perguntas deixadas no meu Post, só que deixo aqui no teu.
Uma nota: quem for ao resumo da semana da América Latina - o primeiro deste ano - verifica que eu disse que o Ouro foi o melhor investimento para quem está no Brasil, relativamente ao ano de 2002. Deu cerca de 80%. Mas para quem está na zona Euro deu muito, mas muito menos do que isso. Pois é. Lá está o que eu digo, os mercados emergentes dão chatices, mas também grandes alegrias. No caso do precioso metal, os investidores dos países do terceiro-mundo podem ganhar duplamente. Porquê? Porque quando as condições macro do Planeta sofrem um revés ao ponto do Ouro se tornar um refúgio, também se verifica que o dólar sobe em relação às moedas desses países. Foi o que se passou no Brasil em 2002 - o Ouro ganhou valor face ao dólar que por sua vez ganhou valor face ao Real. Resultado: supervalorização Ouro face ao Real = 80%. E posso dizer que no mercado paralelo de São Paulo chegou a 120%.
Outro exemplo: a Bovespa é o melhor do ano, mas até à pouco tempo era o Merval. Engraçado o que se passou em Buenos Aires em 2001 quando a Bancarrota parecia inevitável. Toda a minha gente começou a comprar acções porque elas não seriam afectadas pelo encurralamento dos depósitos bancários. E assim foi.
Em dois anos o Merval triplicou (em pontos), compensando a perda do valor do peso Argentino. Ou seja, acções como refúgio!!!
Bom, JAS, quanto à Bovespa, vai um gráfico de velas semanais dos últimos 12 meses dos futuros do Ibovespa, onde se verifica que desde os mínimos de Outubro, época das eleições - cerca de 8300 pontos - atingimos os máximos agora com perto de 14.000 pontos. Não há mudanças nenhumas no indice que levem a isto - isto é entrada de capital nacional e estrangeiro na Bolsa. Os volumes triplicaram nos últimos tempos. Eu mesmo, esta semana, abri e fechei longos sobre a Bov em contratos e-mini como os que há na América.
Vai uma indicação sobre o cross Franco Suíço - Real.
No início de 2003 1 CHF = 2,50 BRL.
No fecho de sexta 1 CHF = 2,18 BRL.
Os valores expostos pelo Herr Fritz estão certos n time frame exposto também, em nove meses.
Eu tenho falado em euforia nos mercados financeiros: é isso que se passa aqui, mas atenção, quem vier agora, vem tarde.
P. S. - Eu tb invisto às vezes em Bovespa e em USD/BRL. Ganhei $$$ em 2001 na queda do Real.
Um grande abraço
dj
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Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Câmbios e Mercados
Hoje vou falar do meu amigo Fritz o qual, como bom suíço que é, tem uma mulher gorda, prefere usar um relógio de corda marca Tissot, vive em Geneve numa moradia com vista para o lago, tem uma quinta nos arredores com algumas vaquinhas brancas com malhas pretas e possui uma fábrica de chocolates que lhe tem gerado, ao longo dos tempos, bons rendimentos.
No ano passado o meu amigo Fritz, na habitual troca de cartões de boas-festas, tinha mandado um post-scriptum dizendo que andava a investir noutros mercados e perguntando se eu estava a fazer o mesmo.
Nunca mais me tinha lembrado disso mas, quando andava a procurar facturas para a declaração trimestral do IVA, encontrei o cartão do Fritz no meio da papelada do meu enorme monte de assuntos pendentes (ou seja no 3º monte, do lado direito da minha secretária, situado entre o monte de revistas por ler e o monte de publicidade por abrir...).
E, como está na altura de lhe mandar os parabéns (porque a sogra faz anos e isso é uma coisa muito festejada lá em casa porque quantos mais fizer mais se aproxima do fim...), lembrei-me de lhe mandar um mail perguntando se sempre tinha investido noutros mercados.
Pois bem, já recebi a resposta dele.
Diz-me que consultou um familiar dele (qualquer suíço que se preze tem sempre um primo banqueiro muito habituado a administrar fortunas de qualquer parte do mundo desde que guardadas na Suíça...) que lhe disse que o melhor mesmo era deixar as coisas como estavam e continuar a fabricar chocolates.
O Fritz achou que o primo tinha razão(*1) mas, pelo sim pelo não, arranjou uma “pequena” carteira de 1 milhão de Francos Suíços com investimentos diversificados (todos em posições longas pois já não tem idade para andar de calções curtos) e que era a seguinte:
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o DOW
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o NAS
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o S&P
100.000 FS transformados em Dólares em Ouro
100.000 FS investidos sobre o índice suíço SMI
100.000 FS transformados em Libras e investidos sobre o FTSE
100.000 FS transformados em Reais e investidos sobre o BOVESPA
100.000 FS transformados em Yenes e investidos sobre o NIKKEI
100.000 FS transformados em Euros e investidos sobre o DAX
e finalmente, pasme-se (nem sabia que o Fritz o conhecia...)
100.000 FS transformados em Euros e investidos sobre o PSI.20
Aproveitei este fim de semana prolongado para dar uma espreitadela a estes índices e fazer umas contas sobre o que teria sucedido à carteira do meu amigo Fritz.
Vocês vão ficar tão boquiabertos como eu...
Um Suíço que tivesse investido no Brasil há 9 meses atrás teria agora o dobro do dinheiro de um Suíço que tivesse investido em Tóquio!!!
(ainda por cima, sendo investidor endinheirado, devia ter uma brasileira gostosa e já um brasileirinho pequeno pois estamos a falar de um período de 9 meses...)
Aos 100.000 FS de cada um dos investimentos aconteceu o seguinte, no espaço de 9 meses, ordenando do melhor para o pior comportamento:
Valorização do BOVESPA 57,09%, valorização do Real 15,16%, vale 180.905 FS, lucro de 80,91%
Valorização do NAS 45,40%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 128.679 FS, lucro de 28,68%
Valorização do DAX 17,25%, valorização do euro 5,75%, vale 123.992 FS, lucro de 23,99%
Valorização do PSI 14,29%, valorização do euro 5,75%, vale 120.862 FS, lucro de 20,86%
Valorização do S&P 25,78,09%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 111.315 FS, lucro de 11,32%
Valorização do DOW 22,09%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 108.050 FS, lucro de 8,05% .
Valorização do SMI 4,84%, vale 104,840 FS, lucro de 4,84%
Valorização do FTSE 9,79%, desvalorização da libra 6,13%, vale 103.060 FS, lucro de 3,06%
Valorização do OURO 14,15%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 101.023 FS, lucro de 1,02%
Desvalorização do NIKKEI 2,68%, desvalorização do yen 8,09%, vale 89.447 FS, prejuízo de 10,55%
Depois de olhar para isto percebi finalmente porque andam os japoneses de olhos em bico...
Os ingleses, os suíços, alguns americanos conservadores e os garimpeiros do Ouro, continuam a chamar a isto apenas Rally...
Os outros chamam-lhe Bull...
E os Brasileiros dançam o Samba e têm razões para isso.
O meu amigo Fritz, apesar de ter diversificado pelos 4 cantos do mundo, ganhou 17,22%. Nada mau.
Recebi agora um e-mail dele em que me diz que se vai mudar para Portugal.
Explica-me que nós nem sabemos a sorte que temos por vivermos neste cantinho à beira-mar plantado.
Porque o PSI, afinal, comportou-se melhor que a média dele e, ainda por cima, temos Sol...
JAS
(*1) – o primo banqueiro é de opinião que só se deve investir o dinheiro dos outros. Ficando com uma fatia grande dos lucros quando existem, ou cobrando uma comissão grande sobre os prejuízos. Assim nunca se perde nem se correm riscos.
No ano passado o meu amigo Fritz, na habitual troca de cartões de boas-festas, tinha mandado um post-scriptum dizendo que andava a investir noutros mercados e perguntando se eu estava a fazer o mesmo.
Nunca mais me tinha lembrado disso mas, quando andava a procurar facturas para a declaração trimestral do IVA, encontrei o cartão do Fritz no meio da papelada do meu enorme monte de assuntos pendentes (ou seja no 3º monte, do lado direito da minha secretária, situado entre o monte de revistas por ler e o monte de publicidade por abrir...).
E, como está na altura de lhe mandar os parabéns (porque a sogra faz anos e isso é uma coisa muito festejada lá em casa porque quantos mais fizer mais se aproxima do fim...), lembrei-me de lhe mandar um mail perguntando se sempre tinha investido noutros mercados.
Pois bem, já recebi a resposta dele.
Diz-me que consultou um familiar dele (qualquer suíço que se preze tem sempre um primo banqueiro muito habituado a administrar fortunas de qualquer parte do mundo desde que guardadas na Suíça...) que lhe disse que o melhor mesmo era deixar as coisas como estavam e continuar a fabricar chocolates.
O Fritz achou que o primo tinha razão(*1) mas, pelo sim pelo não, arranjou uma “pequena” carteira de 1 milhão de Francos Suíços com investimentos diversificados (todos em posições longas pois já não tem idade para andar de calções curtos) e que era a seguinte:
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o DOW
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o NAS
100.000 FS transformados em Dólares investidos nos EUA sobre o S&P
100.000 FS transformados em Dólares em Ouro
100.000 FS investidos sobre o índice suíço SMI
100.000 FS transformados em Libras e investidos sobre o FTSE
100.000 FS transformados em Reais e investidos sobre o BOVESPA
100.000 FS transformados em Yenes e investidos sobre o NIKKEI
100.000 FS transformados em Euros e investidos sobre o DAX
e finalmente, pasme-se (nem sabia que o Fritz o conhecia...)
100.000 FS transformados em Euros e investidos sobre o PSI.20
Aproveitei este fim de semana prolongado para dar uma espreitadela a estes índices e fazer umas contas sobre o que teria sucedido à carteira do meu amigo Fritz.
Vocês vão ficar tão boquiabertos como eu...
Um Suíço que tivesse investido no Brasil há 9 meses atrás teria agora o dobro do dinheiro de um Suíço que tivesse investido em Tóquio!!!
(ainda por cima, sendo investidor endinheirado, devia ter uma brasileira gostosa e já um brasileirinho pequeno pois estamos a falar de um período de 9 meses...)
Aos 100.000 FS de cada um dos investimentos aconteceu o seguinte, no espaço de 9 meses, ordenando do melhor para o pior comportamento:
Valorização do BOVESPA 57,09%, valorização do Real 15,16%, vale 180.905 FS, lucro de 80,91%
Valorização do NAS 45,40%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 128.679 FS, lucro de 28,68%
Valorização do DAX 17,25%, valorização do euro 5,75%, vale 123.992 FS, lucro de 23,99%
Valorização do PSI 14,29%, valorização do euro 5,75%, vale 120.862 FS, lucro de 20,86%
Valorização do S&P 25,78,09%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 111.315 FS, lucro de 11,32%
Valorização do DOW 22,09%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 108.050 FS, lucro de 8,05% .
Valorização do SMI 4,84%, vale 104,840 FS, lucro de 4,84%
Valorização do FTSE 9,79%, desvalorização da libra 6,13%, vale 103.060 FS, lucro de 3,06%
Valorização do OURO 14,15%, desvalorização do dólar 11,50%, vale 101.023 FS, lucro de 1,02%
Desvalorização do NIKKEI 2,68%, desvalorização do yen 8,09%, vale 89.447 FS, prejuízo de 10,55%
Depois de olhar para isto percebi finalmente porque andam os japoneses de olhos em bico...
Os ingleses, os suíços, alguns americanos conservadores e os garimpeiros do Ouro, continuam a chamar a isto apenas Rally...
Os outros chamam-lhe Bull...
E os Brasileiros dançam o Samba e têm razões para isso.
O meu amigo Fritz, apesar de ter diversificado pelos 4 cantos do mundo, ganhou 17,22%. Nada mau.
Recebi agora um e-mail dele em que me diz que se vai mudar para Portugal.
Explica-me que nós nem sabemos a sorte que temos por vivermos neste cantinho à beira-mar plantado.
Porque o PSI, afinal, comportou-se melhor que a média dele e, ainda por cima, temos Sol...
JAS
(*1) – o primo banqueiro é de opinião que só se deve investir o dinheiro dos outros. Ficando com uma fatia grande dos lucros quando existem, ou cobrando uma comissão grande sobre os prejuízos. Assim nunca se perde nem se correm riscos.
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